Os símbolos religiosos (nas repartições públicas inclusive) refletem a cultura de uma sociedade. E, queiram ou não queiram os ateus, não existe uma sociedade atéia natural. Nem nunca existiu, nem nunca é possível que exista, porque o elemento religioso é parte integrante da cultura humana.
O ateísmo é profundamente anti-natural, uma vez que o conhecimento de Deus pertence à natureza humana. Nas palavras de Santo Agostinho, “criastes-nos para Vós, Senhor, e o nosso coração vive inquieto enquanto não repousa em Vós”. Nas palavras de São Paulo, “as perfeições invisíveis de Deus, o seu sempiterno poder e divindade, se tornam visíveis à inteligência, por suas obras” (Rm 1, 20). E, nas palavras do Primeiro Concílio do Vaticano, a Igreja “crê e ensina que Deus, princípio e fim de todas as coisas, pode ser conhecido com certeza pela luz natural da razão humana, por meio das coisas criadas” (Vaticano I, Seção III, Cap. II).
É preciso um profundo ato de “fé” irracional para negar a existência de Deus e, deste modo, professar positivamente o ateísmo. Por isso, embora haja (e sempre tenha havido) ateus individuais, nunca foi possível haver uma civilização atéia. Aliás, “ateísmo” e “civilização” são termos contraditórios entre si, uma vez que uma civilização se constrói com base no reto conhecimento, e não na ignorância; sendo o ateísmo ignorância do Deus Verdadeiro, não pode subsistir enquanto elemento civilizatório. Vivemos (ainda) em tempos (relativamente) civilizados apesar do ateísmo, e jamais por causa dele.
Estranhamente, o ateísmo costuma padecer da mesma sanha proselitista cuja alegada presença, nas religiões, ele gosta de atacar. Por ser irracional, no entanto, o discurso ateu pretende impôr-se por meio da força e da agressão, e jamais pela razoabilidade dos argumentos. Exemplos não faltam. Basta olhar, p. ex., para o sr. Richard Dawkins: neste exemplo belíssimo de argumentação racional (seguido pelos estúpidos aplausos da plebe ignara), ou nesta (mais recente) fanfarronice estúpida do ano passado da qual até mesmo os ateus mais razoáveis devem se envergonhar. Como o ateísmo jamais terá poder de penetração real em todas as camadas da sociedade (ou sequer em uma parte considerável delas), resta-lhe a sanha doentia de fazer o maior estrago possível por meio da imposição, a toda a sociedade, das suas crenças absurdas.
Talvez um dos mais claros exemplos desta intolerância atéia seja a luta encarniçada, travada a ferro e a fogo, contra os símbolos religiosos nas repartições públicas daquilo que o ateu gosta de chamar de “estado laico”. Esquece-se, contudo, ou finge esquecer, que a laicidade se caracteriza precisamente pelo respeito a todos os credos, e não pela eliminação deles. Esquece-se, ou quer esquecer, que o ateísmo também pode, em certo sentido, ser encarado como uma religião – às avessas, mas ainda uma espécie de religião -, a qual não pode receber nenhum favorecimento estatal. Esquece-se, ou reza para esquecer (e para que as outras pessoas não percebam), que a parede vazia é também ela um símbolo de um credo: no caso de um anti-credo, do espaço que não pode ser ocupado por Deus, da crença que confina a religião à esfera privada, da intolerância que nega a Deus o direito à cidadania.
Ao contrário do que pretendem fazer acreditar os inimigos da religião, não há menos ideologia nas paredes vazias do que nos crucifixos pendurados. Em se tratando de algo tão inerente ao ser humano como o fenômeno religioso, não há neutralidade possível. A escolha necessariamente precisa ser entre a cultura tradicional de um povo e a irracional imposição dos descrentes. Ou o símbolo religioso, ou a parede atéia – e terceira opção não existe.
Exemplos:
-Voce combate o homossexualismo, ou o tolera?
-Voce combate a remoção do crucifixo, ou tolera que as paredes fiquem sem eles?
-Voce combate o aborto, ou o tolera?
-Voce combate as outras religiões, ou as tolera?
No próprio ato do combate, é lógico que não (e mesmo assim só sob um certo aspecto – a saber, o campo no qual se está travando o combate). Mas isso não impede que haja convivência em outros momentos nem em outros aspectos.
Quanto aos teus exemplos, as duas coisas, é óbvio. Combato a cultura gay, mas não saio por aí batendo em homossexuais e, portanto, os tolero. Combato a ostentação da parede vazia atéia, mas não jogo bombas na estátua pagã de Themis da Praça dos Três Poderes e, portanto, a tolero. Combato o aborto, mas não lincho aborteiro e, portanto, neste sentido tolero. Combato os erros e heresias, mas não deixo de almoçar com amigos protestantes nem de beber com amigos ateus e, portanto, os tolero.
Precisa desenhar mais do que isso?
– Jorge
Ricardo,
Existe uma grande diferença entre tolerar aquele que erra e tolerar o erro!
Você não percebe isso? Se assim não fosse, por que cargas d’água você se dá ao trabalho de contestar qualquer ideia que não corresponda à sua (inclusive essa)?
Não, não e não, Jorge.
Coexistencia pacífica e combate não podem estar juntos, nunca!
Só na tua cabeça – e na do outro fanático chamado Lampedusa.
Deus te abençoe Jorge ! Vou postar esse também !!!
Fantástico texto. Bendito seja o Espírito Santo que tanto te iluminou !
Rezemos pelo pobre ateu (da moda) Ricardo…
Ricardo,
-Você combate a Igreja Católica, ou a tolera?
-Você combate os cristãos, ou os tolera?
Sim, porque para você combater e tolerar são coisas mutuamente excludentes.
Portanto, só posso concluir que, com suas críticas à Igreja, você é altamente intolerante para com ela e a combate. Para você, é impossível nos tolerar e nos combater. Se você combate a Igreja é porque você é um intolerante e não consegue conviver pacificamente com ela e seus fiéis. Você está dizendo que é impossível conviver pacificamente conosco.
Ricardo
Acho q no fim das contas ninguém “tolera” da forma que você prega que deveria ser, inclusive você mesmo. Acho que “combater” é uma palavra aparentemente forte, mas enquanto se trata de um debate no âmbito das idéias, acredito não haver tanto mal nisso, até porque aqui é permitido discordar, pelo menos pelo tempo que acesso o site nunca fui bloqueado de expor alguma idéia, apesar de não fazê-lo com muita constância.
Jorge,
Já que esse otário não quer entender, faça como ele quer. Não o tolere mais. Bloqueie o infeliz!
Carlos
Acabei de mandar uma mensagem à favor da democracia desse blog, apesar de não concordar com todas as opinões aqui expressas, e vejo que seu comentário estraga um pouco a coerência de minhas palavras. Entendo não haver motivos para xingar ou destratar nenhum usuário, isso só mancha a história do Deus lo Vult.
Como cristão em um blog cristão, pense nisso.
A ponte que une os religiosos radicais e os ateus é a arrogãncia.
Se em algum tempo no futuro for provada a existência de Deus, digo provada de forma a não haver qualquer tipo de discussão racional, será o fim dos ateus, mas até agora a fé é grande luz para os crentes.
Se em algum tempo no futuro for provado que Deus NÃO existe, seria o fim de todos os teístas.
Até agora o que temos são pessoas que garantem que Deus não existe e para provar isto, usam como argumento o fato de os crentes não poderem apontar onde está Deus. É uma coisa IDIOTA, nenhum ateu tem uma prova da inexistência de Deus e estupidamente acusa os crentes de não terem provas da existência.
Quanto a parede branca…
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.
…Sob a proteção de DEUS… sinto, mas neste país, não consta sob a proteção de paredes vazias.
Deixem os ateus em paz.(Assim como vocês desejam não serem incomodados por eles).
Tenho um amigo ateu e ele nunca tentou me converter ao ateísmo.
Se alguém quer ter a ideia triste de que Deus não existe, paciencia.
Gustavo: mas são os ateus que entram aqui para expressarem suas idéias e reclamarem. EU, pelo menos, nunca entrei em sites, blogs, etc. ateus e comecei a atacé-los…
Caro Jorge,
“com o sujeito que é “ateu graças a Deus” e que nunca parou para pensar seriamente no problema de Deus.” Ao contrário do que você deixa implícito na frase, os ateus “sensatos” chegaram ao ateísmo por concluir que: 1) o conceito de “deus” é incoerente e incompatível com a realidade e 2) não existe nenhuma prova ou evidência que nos faça pensar o contrário. Não obstante, nós não “acreditamos” que Deus não exista. O que nós pensamos é mais ou menos o seguinte:
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Entretanto, nenhum ateu sensato afirma que “Deus não existe”, pois não há provas para esta afirmação (o famoso “bule voador” de Russell). O que afirmamos é que a existência de uma divindade é tão infinitamente improvável que, para todos os efeitos, não a consideramos. E vivemos tranqüilamente com isso.
A maioria dos ateus sensatos chegou ao ateísmo por um processo sofrido de ir contra tudo que lhe foi incutido durante a vida (desde a doutrinação que sofreu por seus parentes até o convívio em uma sociedade fortemente religiosa) através de contínuo questionamento. Para os ateus, nada é sagrado demais para que não mereça ser questionado. Esses ateus são geralmente militantes.
Existem, contudo, os ateus “naturais”: pessoas que nunca sentiram necessidade de uma divindade superior (seja por consolo ou qualquer outro motivo) e viveram suas vidas independentes da religião. Eles às vezes não sabem explicar porque ignoram o conceito de divindade pois, para eles, o absurdo deste conceito já é algo quase que natural: não estão nem aí para isso! Nunca chegaram a refletir profundamente sobre o assunto, a não ser quando requisitados. São quase sempre ateus “neutros”, não-militantes. Um grande exemplo é Warren Buffett (um homem que, apesar de poder comprar um país inteiro, vive com um despojamento material digno de um santo) e Mark Zuckerberg (outra pessoa que não está nem aí para as montanhas de dinheiro que possui).
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“ela é inerente, é essencial e, por definição, não pode ser “removida”” Ok. Afirmar, porém, não é o bastante. Eu quero que você prove biológica e evolutivamente esta afirmação.
““subjetiva”? A metafísica? Tem certeza que estamos falando da mesma coisa?” Uma vez discuti com um cara que afirmava que não podemos sequer saber o que é “real”. Desculpe-me, mas questionamentos neste nível (“O que é real?”) não são apenas subjetivos; são insanos.
“que não é baseada em nada “de fora”” Explique o “de fora”
“Anti-científico é dizer que Deus não existe, pois isso não pode ser demonstrado empiricamente.” Tanto que, como eu disse, não afirmamos que Deus não existe. Afirmamos que a existência de Deus é tão improvável que, para todos os efeitos, consideramos que ele não existe. vide, novamente, o “Bule Voador”.
“Ah! Pode resumi-los, por favor?” Jorge, já os expus de maneira bem resumida. Não adianta fugir do assunto assim: contra-argumente ou se retrate.
“Sim, pelo uso de uma coisa que existe e que foi colocada como exemplo da “racionalidade” do bufão do Dawkins.” Jorge, 1) você acusa o cara novamente de irracionalidade sem sequer saber qual o argumento dele nem se dar o trabalho de buscar um vídeo completo do debate. 2) Se o cara que postou o vídeo tinha a mesma intenção que a sua, ele também comete o mesmo erro. 3) Sim, a “coisa existe”. Procure, contudo, o resto da “coisa” para poder atacar o senhor Dawkins.
“Mande proibir o véu islâmico no Afeganistão ou os símbolos judaicos em Israel” Que lindo você usar exemplos de países onde a religiosidade ultrapassa o bom senso e atinge níveis de fanatismo e irracionalidade! Sabia que a mera apostasia, no Afeganistão, resulta em morte e, em Israel, resulta em discriminação e expurgo social?
“Exato! É tão irreligioso quanto a parede vazia.” Você não consegue disfarçar sua preferência pela cruz em detrimento de qualquer outro símbolo, não? Por favor, não me venha mais com questões de “cultura nacional” e afins… a simples presença de outros símbolos religiosos configura em irreligiosidade! Além de irracional, este argumento é de um egoísmo que eu não esperava encontrar neste fórum.
“Se o sujeito procurar sempre selos diferentes para comprá-los e tocar fogo depois, sim, é um hobby (estranho, mas um hobby), e se o não-fumante sair feito um louco apagando os cigarros de todo mundo que encontra na frente dele, sim, é um vício.” Ah, a grandiosa verborragia! Sério, você não disse nada com nada! Por favor, Jorge, use um argumento de verdade (ou pelo menos explique qual foi sua intenção com este aqui) E antes que consiga fazê-lo, pare de repetir a falácia de que “ateísmo é religião”, que você vêm fazendo apenas por mero trollismo (provocação).
Atenciosamente,
Diogo Cysne.
Graça e paz, Jorge!
A tempos acompanho com atenção o teu blog e ja o divulguei para muita gente. Esse texto da parede vazia ficou ótimo! tomei a liberdade de apresenta-lo no meu site/blog, citando a fonte; vou colocar o “Deuslovult” na lista dos meus sites recomendados.
Deus te abençoe e proteja!
Cristo, nosso Rei!
Caro Cysne…
Warren Buffett era Presbiteriano, mas se auto-descreve como agnóstico.
Você sabe o que é ser agnóstico? Uma dica, NÃO É ATEU!
Mark Zuckerberg é assumidamente ateu… de origem judaica, com muito dinheiro, e praticamente imberbe, não ter fé é uma conveniência.
A filargíria é talvez a doença espiritual mas grave em judeus ricos e jovens, não sendo possivel curar a doença, mata-se o espirito, simples.
Grande parte desta página está muito interessante! A maior parte da discussão é enriquecedora. A página está comprida mas a sua leitura quase não me cansou.
Blog Mallmal escreveu:
Ateísmo não é religião se nos apegarmos à etimologia da palavra e ao significado de “religar-se” a uma divindade. Mas, em muita coisa referente às crenças, o modo de existir de um ateu (alguém que crer umas coisas) assemelha-se ao modo de existir de um religioso (alguém que crer outras coisas).
Jorge escreveu:
Todos “cremos” no que defendemos ser verdade. Se somos lógicos, podemos crer nisso. E na lógica também se crer. O empirismo pode facilitar a administração de nossas crenças. Na realidade, nada se pode provar. Quero dizer: creio que, na realidade, nada se pode provar. Falamos em “provas” quando nos aproximamos das crenças universais, aquelas que são como que naturais de todo homem.
Fábio escreveu:
Racionar também é um forma de experimentar. Não é experimentação de observação física, mas intelectual. Negando-se a razão nega-se experiência. Todos vivemos do que acreditamos. Quanto mais se acredita em mentira, menos vida se tem. Sem a fé (as crenças), de nada nos serviria a razão; e é impossível exercitar a razão sem fé, enquanto até se pode ter fé sem razão (em múltiplos sentidos). Isso que falo, creio.
Jorge escreveu:
É dessa fé como crença que eu falo acima. Ela é exigida tanto para se ter a Fé (que é um dos conjuntos de crenças verdadeiras – segundo o que acredito) como para se ter quaisquer outras crenças.
Lampeduesa escreveu:
Cremos que vemos. A visão facilita o acreditar. O que pensamos provar é apenas assinatura em tratado de crenças universais.
Wilson Ramiro escreveu:
Mas nem os crentes (em Deus) nem os ateus tem como garantir a validade de suas crenças. Cada um testemunha a sua “fé”; com ou sem estudos teológicos, com ou sem argumentações lógicas, com ou sem a ajuda do método científico, da própria visão ou dos sentidos.
Gustavo escreveu:
Eu suspeito que interiormente ele comemoraria, se você se convertesse ao ateísmo, “como” (em algum aspecto) um religioso cristão também pode comemorar se alguém se faz cristão. Também suspeito que as motivações de um de outro, para tais comemorações, podem ser muito diferentes. Um ou outro pode comemorar por mais ou menos vaidade, ou por mais ou menos bondade.
…
PS.: Lampedusa, você é “ele” ou “ela”?
Cysne,
Blá-blá-blá, meu caro. Isto é verborragia vazia de conteúdo e totalmente dissonante da realidade. Todo ateu afirma “Deus não existe”, esta é a definição de ateísmo.
Outrossim, ainda considerando o teu blá-blá-blá e a tua redefinição dos termos, não muda absolutamente nada. Pari passu, um religioso poderia perfeitamente dizer que “a inexistência de uma divindade é tão infinitamente improvável que, para todos os efeitos, não a consideramos”.
Por que eu deveria provar “biológica e evolutivamente”? Quem foi que disse que a religiosidade é um produto da biologia e da evolução? Isto é apenas um dos dogmas da tua religião que eu não sou obrigado a aceitar. Prove, primeiro, que a religiosidade provém da biologia e da evolução.
Isto só mostra que nós, de fato, não estamos falando da mesma coisa. Sem dúvidas discussão sobre “o que é real” são insanas e não têm nada a ver com a boa metafísica. Este nível de questionamentos são, justamente, das filosofias modernas que pariram o ateísmo moderno.
Tu leste o que o Lampedusa escreveu? Repito:
A filosofia clássica sempre partiu exatamente da observação e reflexão do real, das coisas, da natureza! Os gregos já diziam que o princípio do filosofar é o “mirandum”, o comtemplar! Somente a partir de Descartes é que se abandona esse princípio. O subjetivo é que ganha a primazia sobre o objetivo. E é isso que permeia grande parte da filosofia moderna.
No real, nas coisas, na natureza.
Em primeiro lugar, como eu disse, todo ateu afirma que Deus não existe. O sujeito que suspende o juízo recebe a qualificação técnica de “agnóstico” (que, no entanto, iguala-se ao ateu por sempre agir na prática como se Deus não existisse, como eu já disse aqui outra vez).
Em segundo lugar, não há nenhuma diferença entre a tua “existência tão improvável” e a crença na inexistência, tanto que (como tu mesmo disseste) os ateus vivem segundo esta.
Em terceiro lugar, o bule voador é um exemplo idiota que não guarda a mais remota analogia com o problema de Deus. Igualmente o dragão da garagem de Sagan. Colocar as coisas nestes termos é insistir em não enfrentar o problema, uma vez que não estamos tratando de coisas empíricas como bules e dragões.
Não, não os expuseste, tu copiaste um texto (dizendo expressamente que ele veio “de outra discussão”) que não oferece contraponto à irracionalidade atéia, uma vez que nem sequer trata dela.
Mas, beleza, eu vou comentar o texto em outro post, já que ele não tem nada a ver com assunto aqui.
1) O “argumento” que existe é aquele que está disponível, eu não posso ser obrigado a adivinhar o pensamento do sr. Dawkins quando ele dá incontáveis mostras de que o seu “pensamento” é pelo menos tão idiota quanto a declaração que foi aqui apresentada. 2) Então vá lá no youtube e reclame com ele. 3) Existe? Prove!
O que eu posso fazer se os lugares onde a religiosidade mantém o bom senso são, precisamente [e nada surpreendentemente], países de cultura cristã?
Não faz a menor diferença, Cysne. Pegue o país que você quiser, que tenha uma religião diferente da cristã. É evidente que será ofensivo à população daquele país a substituição dos símbolos que remetem à sua cultura pela imposição da parede vazia atéia estranha à cultura deles.
Eu não preciso “disfarçar” isso. Se tu ainda não percebeste, eu sou cristão (mais especificamente, católico apostólico romano) e, naturalmente, identifico-me com a Cruz. Tu, enquanto religioso ateu, identificas-te com a parede vazia e não disfarças a tua preferência por este símbolo do ateísmo. E daí? Onde isto é argumento a favor (ou contra) nada?
A questão da “cultura nacional” é real, é factual, histórica, sociológica e antropologicamente. Se tu não queres aceitar isso… paciência! É só (mais) um dos aspectos da realidade que os ateus adoram ignorar quando não batem com a sua estreita visão de mundo.
Outrossim, a presença de um símbolo religioso qualquer (seja estrela de Davi, seja parede vazia) é símbolo da religião à qual ele se refere (judaísmo no caso da estrela de Davi, ateísmo no caso da parede vazia). Longe de ser irracional, isto é evidente.
Por fim, não existe “egoísmo” em reconhecer que a Cruz e a Parede Vazia são símbolos de religiões contraditórias e absolutamente incompatíveis. Isto é, de novo, um fato.
Eu apenas peguei a tua analogia descabida (comparando a fé na inexistência de Deus com o não-tabagismo) e coloquei-a de uma maneira que se aproximasse melhor da realidade.
Não é falácia, é fato perfeitamente demonstrável. Citando de novo o Lampedusa: “Como afirmar a não existência de Deus é algo que não é evidente, não se prova especulativamente e muito menos com o método científico, logo é uma crença”. Não há como fugir desta conclusão.
A única falácia aqui (e bem fraquinha, diga-se de passagem) é querer transformar “crença” em “existência infinitamente improvável”. O que, como eu falei, não muda absolutamente nada, porque você também pode definir a crença dos crentes em termos de “inexistência infinitamente improvável”, que não muda nada.
Aliás, esta desculpa é uma perfeita fuga pela tangente, porque esta probabilidade (“infinitamente baixa”!) certamente não foi calculada por nenhum critério científico sério. É puro discurso retórico da tua parte.
Abraços,
Jorge
Primeiramente, é necessário diferenciar a questão “o que é real?” da outra “o que o real é?”. E, sinceramente, nenhuma das duas me parecem insanas e são, pelo contrário, fundamentais para o homem. Saliento que não estou falando de solipsismo.
Em segundo lugar, gostaria de questionar ao Cysne se ele crê no “bule voador”. Se não crê, questionaria se ele não percebe a falácia lógica desse argumento (apesar de ter saído da pena de um brilhante lógico, Bertrand Russell) que é tomar o todo pela parte.
O próprio Carl Sagan (ídolo de ateus e admirado por todos os que amam a ciência – crentes ou não) dizia que “ausência de evidência não é evidência de ausência”.
E essa “ponta quase inexistente” de possibilidade que o ateu (nessa definição canhestra de ateu…) afirma admitir pode ser a mesma que ninguém menos que Ratzinger afirma unir os crentes e ateus acerca de Deus, em seu livro “Introdução ao Cristianismo”, do início da década de 1960.
E alguém perguntou se sou “ele ou ela”: sou “ele” :)
Jorge, eu não sei como funciona o trackback, então lá vai:
http://betoquintas.blogspot.com/2011/03/ateus-catolicos-e-pagaos.html
Nunca li nada tão ridículo sobre “anti” ateísmo…rs
O mais gozado é induzir teses demoníacas aos ateus q tb não creem neles…rs
Para crer em um, teria que se crer no todo.
Tenho pena da ignorância e fanatismo religioso de vocês…
Os grandes gênios, filósofos, matemáticos, físicos e ganhadores do prêmio Nobel “ateus” eram burros? Talvez o problema de vocês seja esse…
Nós ateus lemos tudo sobre vocês e não temos aversão a simbologias, apenas sabemos que são apenas desenhos, eu não mataria em nome do CHAPOLIM COLORADO, mas a população mata em nome da sua cruz e do desenho perfeito de Jesus que inventaram.
Luciana,
Fiquei impressionado com suas ridículas opiniões…rs.