Velhas falácias em uma roupagem não tão nova assim: o CFM e o aborto

Na última segunda-feira (18 de março), o “Contra o Aborto” fez uma oportuna denúncia: o Conselho Federal de Medicina (CFM) deu os braços à militância abortista para fazer lobby a favor da legalização do aborto no Brasil. Ontem (20 de março), o “Blog da Vida” publicou uma importante matéria chamada “Por que os motivos do CFM para apoiar o aborto não se sustentam?”, levantando questões bem pertinentes (e incômodas…) sobre as alegadas razões do CFM para o órgão se posicionar a favor do aborto. Estes dois textos põem a tagarelice abortista a descoberto e dirimem (pela milésima vez) a questão para quem não tem compromissos ideológicos com a cultura da morte. Ontem, portanto, estavam já sepultados os sofismas dos quais recentemente os burocratas do CFM lançaram mão para minar a defesa da vida no Brasil. O zelo dos pró-vida brasileiros garantiu que a refutação deles estivesse disponível antes mesmo que a imprensa começasse a divulgá-los, trabalho pelo qual estão de parabéns.

A despeito do atraso, com monótona previsibilidade, o establishment tomou partido do Conselho. Hoje, os órgãos de mídia parecem não falar em outra coisa! Em particular, o Sakamoto ressuscitou velhos sofismas e preconceitos puídos para encher de clichês o seu blog:

  • “defesa do direito ao aborto é diferente de defesa do aborto…”
  • “aborto hoje é legal para quem é rico…”
  • “[a] discussão não é quando começa a vida, sobre isso dificilmente chegaremos ao um consenso, mas as mulheres que estão morrendo nesse processo…”
  • “eles [os abortos] vão acontecer legal ou ilegalmente…”
  • “[n]egar a uma mulher o direito a realizá-lo [o aborto] é equivalente a dizer que ela não tem autonomia sobre seu corpo…”
  • “podemos entregar a questão da saúde pública aos cuidados da Igreja Católica…”
  • “[d]efendo incondicionalmente o direito da mulher sobre seu corpo…”
  • “o Estado brasileiro, laico, não pode se basear em argumentos religiosos para tomar decisões de saúde pública ou que não garantam direitos individuais…”
  • “não se pode defender que minhas crenças, físicas ou metafísicas, se sobreponham à dignidade dos outros…”

Incrível, não? Em pleno século XXI o cara me sai com este discurso do século passado, mais furado que tábua de pirulito e mais mentiroso do que propaganda eleitoral gratuita! E o pior é que ele não se dá sequer ao trabalho de argumentar: simplesmente vomita as mesmas bobagens de sempre, como se elas fossem alguma novidade intelectualmente relevante às quais nunca ninguém tivesse sequer tentado dar resposta.

Rapidamente, ajudemos o Sakamoto a se situar no mundo moderno e tragamos à mesa o que já se disse sobre o assunto (sobre o qual ele prefere lançar um cômodo manto de silêncio, fingindo que nunca existiu ou que não é com ele):

  • Defender o direito de se fazer alguma coisa e defender a própria coisa são posições estreitamente afins, de modo que não é possível conceber um sistema de valores no qual a primeira seja moralmente exigível e, a segunda, execrável e inadmissível. A distinção é completamente irrelevante para o mérito da celeuma. Ainda: no caso concreto, insinuar que seja possível defender um “direito” mas não o exercício desse “direito” chega a ser ridículo e ofensivo à inteligência dos adversários.
  • Sim, crimes sempre vão continuar acontecendo e, sim, quanto mais recursos uma pessoa tiver mais fácil será para ela cometer um crime e permanecer impune. Isso é lamentável, mas é uma característica das relações humanas da qual os contemporâneos (e indignantes) crimes de corrupção política são talvez o exemplo mais embaraçosamente eloqüente. A óbvia bandeira de luta a ser levantada diante disso é pela punição dos poderosos, é lógico. Querer democratizar o acesso à degeneração moral e garantir que os pobres também possam cometer “em segurança” os crimes dos ricos é simplesmente nonsense.
  • Nenhum direito é absoluto. A partir do momento em que uma mulher carrega um outro ser humano no ventre ela deixa, sim, de poder dispôr do seu corpo da mesma forma que fazia quando não estava grávida. Isto é uma decorrência imediata do princípio da igualdade fundamental entre todos os homens, fundamento basilar de qualquer sistema de direitos humanos que se possa conceber.
  • Não existe nenhuma discussão sobre “quando começa a vida”, esta resposta já foi dada há muito tempo pela genética e pela embriologia: com a junção dos gametas masculino e feminino surge um novo indivíduo, distinto dos seus progenitores, que é humano e está vivo. Qualquer tentativa de negação dessa verdade é arbitrária e ideológica, nunca racional. O que os defensores do aborto propagam é que alguns seres humanos são mais humanos do que outros: e sobre tão bárbara crença, de fato, nós nunca chegaremos a um acordo.
  • Nenhum dos pontos acima é um “argumento religioso”; são sempre os promotores do aborto que trazem o tema “religião” à baila, numa tentativa patética e desesperada de desqualificar uma discussão incômoda que eles não são capazes de travar com honestidade intelectual.

Enfim, nada de novo sob o sol. No entanto, é de se lamentar que os defensores do aborto não estejam mais sequer fingindo argumentar, e tenham aparentemente partido para a estratégia de ignorar cinicamente tudo o que já se disse contra a posição macabra que eles defendem. É de se lamentar que, agora, a ideologia abortista se limite a papagaiar de tempos em tempos a mesmíssima cantilena que lhe embalou as vergonhosas derrotas passadas, sem nem sequer fingir debater mais.

Publicado por

Jorge Ferraz (admin)

Católico Apostólico Romano, por graça de Deus e clemência da Virgem Santíssima; pecador miserável, a despeito dos muitos favores recebidos do Alto; filho de Deus e da Santa Madre Igreja, com desejo sincero de consumir a vida para a maior glória de Deus.

47 comentários em “Velhas falácias em uma roupagem não tão nova assim: o CFM e o aborto”

  1. Sabe Daniel Pires, acho que deveríamos rever o número oficial de pessoas católicas no Brasil. Temos um sério problema.

    Vocês alegam serem maioria, mas contam com o público excomungado para tanto. Quando interessa ser maioria, para por exemplo, se opor a uma política pública de aborto, vocês contam com os números do IBGE. Quando tem de responder pelas práticas de seus próprios integrantes, excluem os excomungados.

    E olha que não falta gente auto-excomungada nesse país: de abortistas a apoiadores do comunismo e socialismo (não preciso lembrar que o PT, partido que se diz socialista, tem ampla aprovação popular), é muita gente.

    Sendo assim, é natural que continuem de pé. Basta ignorar os excomungados, quando for conveniente.

    Segundo, você está coberto de razão: o Pacto de San José não apoia explicitamente a união homoafetiva, embora diga que ninguém será discriminado nem privado de direitos por qualquer motivo. Aliás, nenhum código de direitos humanos que eu conheça advoga a favor dela.

    “Para as questões de orientação sexual, o Pacto Internacional Sobre Direitos Civis e Políticos – principal tratado internacional sobre os direitos civis e políticos – é importante porque, em 1994, no caso Toonen versus Austrália, o Comitê de Direitos Humanos estabeleceu que a referência ao “sexo”, no artigo 2, parágrafo 1, (da não-discriminação) e 26 (da igualdade perante a lei) do PIDCP deveria ser entendida pela inclusão da questão da orientação sexual. Como resultado desse caso, a Austrália revogou a lei de criminalização do ato sexual entre homens em seu Estado da Tasmânia. Com esse caso, o Comitê de Direitos Humanos criou o precedente dentro do sistema de direitos humanos da ONU referente à discriminação contra lésbicas, gays e bissexuais.” Fonte.

    E até onde eu saiba, a sua Igreja apoia a Declaração Universal de Direitos Humanos, que é onde as revindicações dos grupos homossexuais estão inseridas.

    Terceiro, parece que você não lê os links que você posta. A ciência NÃO admitiu que a camisinha é ineficaz contra a AIDS. Admitiu que na África ela não é o método mais eficaz. E eu não me referi somente à África.

    Quarto, não estou me lixando pra vida. Concordo com os argumentos da Júlia e sou também á favor da vida das mães. Aquelas mães que morrem por se submeterem a abortos sem condições sanitárias mínimas. Só acrescento que não é possível no Brasil chegarmos a um número EXATO de mulheres mortas em decorrência de complicações em abortos, tendo em vista que muitas não confessam que cometeram o ato, tendo em vista se tratar de crime. E por isso, sempre teremos que trabalhar com estimativas.

    E por último: argumento imbecil? Por que não respondeu racionalmente então?

    Deus não criou a morte, quem criou fomos nós, ao aceitarmos o pecado que resultou em degeneração do homem. Nós nos condenamos. Sério mesmo, tem anos que debato essa questão e nunca vi um argumento tão idiota.

    Quer dizer que quem criou o aborto espontâneo não foi Deus, e sim os homens? Pode descrever como foi que criamos isso? Foi uma maldição de Deus?

    (Quanto ao seu Deus ser contra a morte eu tenho sérias objeções, mas deixemos isso pra outra oportunidade…)

    Ah, e garanto que você já viu coisa muito pior que esse argumento, tal como: “você é a favor do aborto porque você já nasceu!”.

    Abraços

  2. Seo Antônio Gusmão o senhor advoga a ideia de separar católicos de evangélicos para permitir que o comissão seja invadida pelos militantes anti cristãos, é muito mau intencionado, o senhor com certeza jamais comungou a fé cristã.

  3. Ah, Lenievérson(que nome é esse? Cruzes) não enche o saco com essa de ala conservadora, a mesma adoraria que você pegasse o barquinho e fosse de volta para à África!!!

  4. Agora vamos a Julia

    “É fato que não acho que a abstinência seja uma política razoável. A atividade sexual é benéfica ao humano mesmo quando não há o objetivo reprodutivo. Sexo consensual, valorizado pela dádiva que é, e não por quaisquer carências que supra nem neuroses que aplaque. Sexo como atividade de dar prazer à outra pessoa e recebê-lo de volta, e não de masturbação com um corpo alheio. Faz sentido que, dispondo dos meios para impedir uma gravidez e dificultar a propagação de doenças, o sexo possa fazer parte, como tantas coisas benéficas, de uma existência saudável. Sim, vale muito mais a pena a contracepção do que o aborto. Este, exceto quando tudo mais falha, é um absoluto contrassenso”.

    Hummm, Julia, pois é, para os laicistas de plantão a castidade, não é uma política razoável. Novamente incorre no discurso de que o que vale é o sexo, a cultura hedonista, do prazer pelo prazer, vamos nos salvar com a camisinha (que falha). E aí, se pintar um filho, vamos matar, para corrigir o errado. Logo para a Júlia, a vida de um animal irracional vale mais que a vida humana. Curioso, não? Vamos bater palmas para a Júlia. Afinal, não, a vida que vem desde a concepção não vale nada. Oras, pessoas como você até agora não nos disse, como um casal de namorados ou até casadosf az sexo sabendo que pode pintar um filho, aborta e se acha mentalmente feliz por fazer tal ato? Intrigante isso, né? A irresponsabilidade se cura com o aborto. Que coisa de louco, não?Vai lá entender essa loucura. Se a pessoa por julgar que o filho é um peso que castre, fica muito melhor. Lembrando que eu aconselharia isso a pessoas com o perfil da Julia, porque com católicos a análise é outra.

    Continuando….Você disse:

    “- Olha… Sim, a decisão foi sábia. Foi absolutamente racional e tomada, pasme, em defesa da vida. Mesmo que a estatística de 200.000 mortes em tentativas de aborto seja superestimada, 50.000 já seriam suficientes para embasar a mesmíssima decisão. O CFM, assim muitos conselhos profissionais, não é um órgão democrático, uma vez que não é um órgão de representação, mas de regulação (ao contrário da OAB, que se propõe a representar os advogados, por exemplo). Dizer que o Conselho representa é uma falha na qual a imprensa (e que surpresa?) incorre.”

    Errado, não foi sábia porque não ouviu o contráditório, só tinha abortistas lá. Afinal, Julinha (perdoe a intimidade)do coração, já ouviu falar da palavra contraditório? Pelo jeito, não. Não há sabedoria democrática e lucidez discursiva, quando se vive uma ditadura, ou como se diz, um rolo compressor. Alias, júlia, os médicos se formam para defender a vida ou a morte? Me diz? E romper com pactos internacionais, tratados assinados é coisa de país democrático? Alias, bandidos, políticos corruptos, agiotas, são outros tipos de pessoas que transgridem a lei e vivem a certeza da impunidade. Que pena, Júlia, você defender idéias ilícitas como algo correto. Quanto as estatísticas sobre os abortos, já foram provadas que são manipuladas. Vejam isso, minha gente, o que acontece nos Estados Unidos e no Brasil:

    Vejam, só um Grrrrande trecho de uma conferência do médico americano Bernard N. Nathanson, proferida no Colégio Médico de Madri. Nathanson morreu no dia 21 de fevereiro de 2011, aos 85 anos. Foi um dos fundadores da Associação Nacional para a Revogação das Leis de Aborto, militante ativo da causa. Ginecologista e obstetra, confessou ter realizado mais de 5 mil abortos. Converteu-se, depois, em defensor incondicional da vida.

    “(..)É preciso trabalhar com números mentirosos
    É uma tática importante. Dizíamos, em 1968, que na América se praticavam um milhão de abortos clandestinos, quando sabíamos que estes não ultrapassavam de cem mil, mas esse número não nos servia e multiplicamos por dez para chamar a atenção. Também repetíamos constantemente que as mortes maternas por aborto clandestino se aproximavam de dez mil, quando sabíamos que eram apenas duzentas, mas esse número era muito pequeno para a propaganda. Esta tática do engano e da grande mentira se se repete constantemente acaba sendo aceita como verdade.
    É preciso ganhar os meios de comunicação e a universidade
    Nós nos lançamos para a conquista dos meios de comunicações sociais, dos grupos universitários, sobretudo das feministas. Eles escutavam tudo o que dizíamos, inclusive as mentiras, e logo divulgavam pelos meios de comunicações sociais, base da propaganda.
    É importantíssimo que vocês se preocupem com os meios de comunicações sociais porque, segundo explicam os fatos, assim se infiltrarão as idéias entre a população. Se na Espanha esses meios não estão dispostos a dizer a verdade, vocês se encontram na mesma situação que criamos nos EE. UU.em 1968/69, quando contávamos através desses meios todas as mentiras que acabo de mencionar.

    É preciso apresentar pesquisas falsas
    Outra prática eram nossas próprias invenções. Dizíamos, por exemplo, que havíamos feito uma pesquisa e que 25 por cento da população era a favor do aborto e três meses mais tarde dizíamos que eram 50 por cento, e assim sucessivamente. Os americanos acreditavam e como desejavam estar na moda, formar parte da maioria para que não dissessem que eram “atrasados”, se uniam aos “avançados”.

    Mais tarde fizemos pesquisas de verdade e pudemos comprovar que pouco a pouco iam aparecendo os resultados que havíamos inventado; por isso sejam muito cautelosos sobre as pesquisas que se fazem sobre o aborto. Porque apesar de serem inventadas têm a virtude de convencer inclusive os magistrados e legisladores, pois eles como qualquer outra pessoa lêem jornais, ouvem rádio e sempre fica alguma coisa em sua mente.

    É preciso satanizar os cristãos
    Uma das táticas mais eficazes que utilizamos naquela época foi o que chamamos de “etiqueta católica”. Isso é importante para vocês, porque seu país é majoritariamente católico.

    Em 1966 a guerra do Vietnam não era muito aceita pela população. A Igreja Católica a aprovava nos Estados Unidos. Então escolhemos como vítima a Igreja Católica e tratamos de relacioná-la com outros movimentos reacionários, inclusive no movimento anti-abortista. Sabíamos que não era bem assim mas com esses enganos pusemos todos os jovens e as Igrejas Protestantes, que sempre olhava com receio a Igreja Católica, contra ela. Conseguimos inculcar a idéia nas pessoas de que a Igreja Católica era a culpada da não aprovação da lei do aborto. Como era importante não criar antagonismos entre os próprios americanos de distintas crenças, isolamos a hierarquia, bispos e cardeais como os “maus”. Essa tática foi tão eficaz que, ainda hoje, se emprega em outros países. Aos católicos que se opunham ao aborto se lhes acusava de estar enfeitiçados pela hierarquia e os que o aceitavam se lhes considerava como modernos, progressistas, liberais e mais esclarecidos. Posso assegurar-lhes que o problema do aborto não é um problema do tipo confessional. Eu não pertenço a nenhuma religião e em compensação estou lhes falando contra o aborto.

    Também quero dizer-lhes que hoje nos Estados Unidos a direção e liderança do movimento antiabortista passou da Igreja Católica para as Igrejas Protestantes. Há também outras igrejas que se opõem, como as Ortodoxas, Orientais, a Igreja de Cristo, os Batistas Americanos, Igrejas Luteranas Metodistas da África, todo o Islã, o judaísmo Ortodoxo, os Mórmons, as Assembléias de Deus e os Presbiterianos.

    Outra tática que empregamos contra a Igreja Católica foi acusar seus sacerdotes, quando tomavam parte nos debates públicos contra o aborto, de meter-se em política e de que isso era anticonstitucional. O público acreditou facilmente apesar da falácia do argumento ser clara(…) “.Fonte: http://www.providafamilia.org.br/doc.php?doc=doc45845

    Agora vamos ver o que ocorre no Brasil. Que impressionante:
    “(…)Segundo o Mapa da Violência (aqui), dos 49.932 homicídios havidos no país em 2010, 4.273 eram mulheres. Muito bem: dados oficiais demonstram que as doenças circulatórias respondem por 27,9% das mortes no Brasil — 123.643 mulheres. Em seguida, vem o câncer, com 13,7% (no caso das mulheres, 60.713). Adiante. Em 2009, morreram no trânsito 37.594 brasileiros — 6.496 eram mulheres. As doenças do aparelho respiratório matam 9,3% dos brasileiros — 41.214 mulheres. As infecciosas e parasitárias levam outros 4,7% (20.828). A lista seria extensa.

    Agora eu os convido a um exercício aritmético elementar. Peguemos aquele grupo de 443.166 óbitos de mulheres e subtraiamos as que morreram assassinadas, de doenças circulatórias, câncer, acidentes de trânsito, doenças do aparelho respiratório, infecções (e olhem que não esgotei as causas). Chegamos a este número: 185.999!!!

    Já começou a faltar mulher. Ora, para que pudessem morrer 200 mil mulheres vítimas de abortos de risco, é forçoso reconhecer, então, que essas mortes teriam se dado na chamada idade reprodutiva — entre 15 e 49 anos. É mesmo? Ocorre que, segundo o IBGE, 43,9% dos óbitos são de idosos, e 3,4% de crianças com menos de um ano. Então vejam que fabuloso:
    Total de mortes de mulheres – 443.166
    Idosas mortas – 194.549
    Meninas mortas com menos de um ano – 15.067
    Sobra – 233.550
    Dessas, segundo os delirantes, 200 mil teriam morrido em decorrência do aborto — e necessariamente na faixa dos 15 aos 49 anos! (…)”(fonte http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/a-grande-mentira-sobre-as-200-mil-mulheres-que-morreriam-em-decorrencia-do-aborto-pior-o-governo-brasileiro-ajuda-a-espalhar-a-falacia/)

    Portanto Julia, quando vier com estatística, venham com as reais e não as tendenciosas de ONGS abortistas e abortistas da ONU. Senão vou tachá-la de desonesta intelectual, se bem que já estou achando.

    “Não compreendo como as palmas e o Nobel entraram nessa discussão… :/

    – Mmm… Não me senti empurrando nada a ninguém com meu comentário. Na verdade, me senti advogando pelo direito de os que adotam uma cultura judaico-cristã continuarem a adotá-la. Assim como os muçulmanos, os budistas, os umbandistas, os hindus, os satanistas, os ateus… Cada um vivendo conforme sua fé ou convicção, mas não obrigando indivíduo algum a viver também. Confesso que tenho extrema dificuldade para identificar o totalitarismo nessa atitude.”

    Foi uma forma irônica para dar um frescor, um ar mais leve ao duro e sério debate. Afinal, você demostra ser uma pessoa que além das coisas já ditas por mim acima, não sabe descontrair no debate (lembrando que não estamos numa guerra). Mas, sim, você empurra os abortistas e simpatizantes da causa gay, não sabem debater dentro do princípio democrático, são desonestos e tiranos, como os ditadores. Querem impor um pensamento único, não sabe ouvir discordâncias de forma equilibrada.Se você não admite isso, são outros 500.

    ” Quanto a regimes políticos que matam opositores, essa é uma seara muito complicada. Em geral, regimes matam opositores, exceto quando banem a pena de morte (e mesmo assim nem sempre). Tivemos aqui mesmo no Brasil dois regimes ditatoriais nos últimos 100 anos. Ambos, inclusive, aceitos pela sociedade em parte pela capacidade de rechaçar o comunismo. Enfim… Enveredar por aí leva toda uma outra discussão vasta e espinhosa. A princípio, não recomendo.”

    Não é complicada, basta você juntar as peças do quebra cabeça. As mesmas cabeças pensantes do PT, do PC do B e do PSOL que lutam a favor do aborto são as mesmas que são simpatizantes dos regimes comunistas sanguinários. Nunca brincou de quebra cabeças na infância? Não sei.

    “Quanto ao Marco Feliciano, não, não acho que seja a pessoa para presidir a comissão. Sim, aceitaria a presença dele a contragosto. Não acho que duraria muito tempo mesmo… Porém, ele mesmo já se condenou com a história do vídeo dos assessores, e vai sair mais cedo do que tarde. Quanto mais tempo ficar lá, inclusive, melhor para seus opositores, uma vez que estará forçando uma politização do mérito da representação religiosa na política do Estado.”

    Leia o que eu disse ao Antônio Gusmão com um acréscimo. Porque será que não existe os mesmos tons de protestos contra os mensaleiros, na Comissão de Constituição de Justiça, presididas por mensaleiros condenados pelo STF? Imagino, que a indignação é seletiva, não é? Vai lá entender a loucura, não?

    Para terminar, você disse:

    “Wilson Ramiro: Vou continuar a debater com o Leniéverson, tá? Todas as suas respostas estão contidas no primeiro texto e na resposta a ele. E tente, assim como a matéria original, descartar a religiosidade de antemão. Fosse este um debate religioso mal haveria debate. E, por favor, não finja que não leu e não edite ao seu bel prazer de novo, ok? :)”

    Minha Cara, Júlia, o debate não tem dono, por isso, quem quiser entrar nele é bem vindo, não é Igual a mesa totalitária e absolutista de Belém. Se você não sabe respeitar o jogo democrático de um diálogo, mostra que tens problemas seriíssimos. Pode vir, Wilson Ramiro e quem quiser debater, é bem vindo, não ligue para a tirania. E concluindo, creio que tu deve ter uma mente limitada, porque quem disse que o aborto é só uma questão religiosa? Fontes????? Pessoas não-religiosas são contra o aborto também. Alias, seria a mesma coisa dizer que, se eu sou contra o PT, logo deve-se concluir que sou do PSDB , do DEM ou PPS? Não sou militante e nem simpatizante desse partidos.

    Um abraço!

  5. Pois é, Leniéverson. Achei que poderíamos ser civilizados. O motivo pelo qual resolvi responder a você, e não ao Wilson, foi o fato de você, em sua primeira réplica, não ter apelado para desqualificações pessoais. Infelizmente, você acaba de fazer o mesmo, diminuindo o nível do debate.

    – Sua lógica me escapa. Onde entram os animais irracionais na história?

    – Ignorar a existência de diversos métodos contraceptivos além da camisinha não ajuda a fortalecer a sua posição. Não consigo compreender como um casal que usa contraceptivos e no qual, mesmo assim, a mulher engravida, pode ser considerado irresponsável. Irresponsável seria se não usasse ao menos um (frequentemente mais de um) método. É justo que essa mulher possa abortar caso todos eles falhem.

    – Fato. Para mim, nesse caso não comprometida com nada além da pragmática, a castidade jamais será uma política razoável. Ela é exceção, e não regra, e não se pode contar com ela como política social. Deve-se trabalhar com a regra, e, para a regra, a contracepção é mais eficiente.

    – Você não pode aconselhar a castração a pessoas com o meu perfil, e isso já está demonstrado nos comentários anteriores.

    – Certamente o contraditório foi considerado e descartado. De que forma? Não pesquisei os meandros da decisão do conselho para saber. Disse antes que o órgão não é democrático… porque a diretoria não é eleita, como na OAB. Os médicos têm entidades de classe eleitas para isso, como os sindicatos. Perguntar as opiniões dos sindicatos seria uma boa forma de avaliar como pensam órgãos democráticos.

    – Já disse antes e vou repetir: os médicos defendem a vida… da mãe. Em caso de complicações no parto, salva-se… a mãe. Em caso de risco de vida para a mãe, aborta-se para salvar… a mãe. Neste caso, decide-se pela autonomia materna até o momento em que o aborto não implica em sofrimento fetal (com a preocupação de limitar a 12 semanas, com justa margem de segurança, pois poderiam ser quase 16 antes da formação do sistema nervoso central e, portanto, da possibiliade de sofrimento). A medicina tradicionalmente decide pela mãe. Como deixar isso mais claro?

    – Leis e tratados que levam a contradições com leis e tratados superiores são automaticamente anulados nas cláusulas conflitantes. O aborto é visto, nesse caso, como uma questão de direitos humanos a partir do momento em que gera risco de vida para a mãe. A questão da individualidade que gera o sujeito do direito já foi explicada nos comentários anteriores, assim como os motivos pelos quais prevalece o direito da mãe até certo estágio da gravidez, mas não depois.

    – Já parti do princípio de que a estatística era desproporcional quando disse que, mesmo menor, já justificaria a mesma ação. Não sou a favor da manipulação, uma vez que deslegitima qualquer discurso frente à opinião pública, que, ao perceber uma tentativa de logro, geralmente se torna indferente à validade de todas as demais bases do discurso.

    “Mas, sim, você empurra os abortistas e simpatizantes da causa gay, não sabem debater dentro do princípio democrático, são desonestos e tiranos, como os ditadores. Querem impor um pensamento único, não sabe ouvir discordâncias de forma equilibrada.Se você não admite isso, são outros 500.”

    – Por que eu estaria aqui, se não para ouvir e trazer o contraditório? Onde está a minha desonestidade? E onde foi parar a sua civilidade? Agredir não demonstra desequilíbrio? Note que não revidei. E por fim, explique como “cada um vivendo conforme sua fé ou convicção, mas não obrigando indivíduo algum a viver também” pode ser considerado empurrar algo a alguém?

    – Há ditaduras de esquerda e de direita. Você escolheu se opor a um lado. Eu, particularmente, escolhi me opor a ambos.

    – Mmm… Disse eu que sou a favor de qualquer outra coisa? Há protestos contra os mensaleiros. A maioria protestos justos, diga-se. Mas essa, novamente, é outra seara.

    “E concluindo, creio que tu deve ter uma mente limitada, porque quem disse que o aborto é só uma questão religiosa?”

    – Procure uma citação minha completa em que eu não afirme justamente o contrário. Comece por uma parte da que você mesmo fez. “Fosse este um debate religioso mal haveria debate.”

  6. Sim, Carlos, este é o meu abençoado nome e eu o amo muito, e sim, sou conservador, com muito orgulho. Você tem problema com isso? E um detalhe, sou negro e o que o pastor falou não foi racismo, foi uma bobagem exegética e só. E obrigado por me convidar a pegar um barquinho (se eu tivesse um) e ir para a Africa. Lá é um continente lindo, apesar das agruras étnicas e políticas.

  7. “Pois é, Leniéverson. Achei que poderíamos ser civilizados. O motivo pelo qual resolvi responder a você, e não ao Wilson, foi o fato de você, em sua primeira réplica, não ter apelado para desqualificações pessoais. Infelizmente, você acaba de fazer o mesmo, diminuindo o nível do debate”.

    Hummmm. Em primeiro lugar, sou civilizado, e este é um debate civilizado e para mim, espaços como esse não cabe muito definição de quem entra ou deve participar, desde que esteja dentro das regras do blog. E cite, onde te desqualifiquei. Alias, o que mais os favoráveis ao aborto fazem é chamar cristãos de ignorantes nas entrelinhas, então não vejo motivos para reclamação.

    Vamos lá…

    “- Sua lógica me escapa. Onde entram os animais irracionais na história?
    – Ignorar a existência de diversos métodos contraceptivos além da camisinha não ajuda a fortalecer a sua posição. Não consigo compreender como um casal que usa contraceptivos e no qual, mesmo assim, a mulher engravida, pode ser considerado irresponsável. Irresponsável seria se não usasse ao menos um (frequentemente mais de um) método. É justo que essa mulher possa abortar caso todos eles falhem”.

    Muito curioso, você certamente sabe do anteprojeto (macabro) do código penal que tá rolando por aí. Vou transcrever as modificações nos textos do artigo 128 e 391 para vc.

    Art. 128.
    I – se houver risco à vida ou à saúde da gestante;
    II – se a gravidez resulta de violação da dignidade sexual, ou do emprego não
    consentido de técnica de reprodução assistida;
    III – se comprovada a anencefalia ou quando o feto padecer de graves e incuráveis anomalias que inviabilizem a vida extrauterina, em ambos os casos atestado por dois médicos; ou
    IV – se por vontade da gestante, até a décima segunda semana da gestação, quando o médico ou psicólogo constatar que a mulher não apresenta condições psicológicas de arcar com a maternidade.
    artigo 391 do CP.
    Praticar ato de abuso ou maus-tratos a animais domésticos, domesticados ou silvestres, nativos ou exóticos:
    Pena – prisão, de um a quatro anos.
    § 1o Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos.
    § 2o A pena é aumentada de um sexto a um terço se ocorre lesão grave permanente ou mutilação do animal.
    § 3º A pena é aumentada de metade se ocorre morte do animal

    Entendeu agora, a vida humana valerá menos que a de um animal irracional. A questão é que enquanto você está munida de uma ideológia, te apresento dados com fontes e artigos juridicos, que alias, você é fraca nisso. Uma pena.

    Vamos lá de novo….
    “- Fato. Para mim, nesse caso não comprometida com nada além da pragmática, a castidade jamais será uma política razoável. Ela é exceção, e não regra, e não se pode contar com ela como política social. Deve-se trabalhar com a regra, e, para a regra, a contracepção é mais eficiente.”

    Tu o dizes mais uma vez, a castidade é a prática mais sensata, porque ajuda a evitar exatamente essas ‘burradas’ como abortar. É fato, que numa sociedade hedonista certas as pessoas querem ser guiadas pelos seus caprichos humanos e não gostam de freios morais. Mas não queiram impor sua visão egoísta de mundo numa lei, é autoritarismo e totalitarismo.

    Mais uma….

    “- Você não pode aconselhar a castração a pessoas com o meu perfil, e isso já está demonstrado nos comentários anteriores.
    – Certamente o contraditório foi considerado e descartado. De que forma? Não pesquisei os meandros da decisão do conselho para saber. Disse antes que o órgão não é democrático… porque a diretoria não é eleita, como na OAB. Os médicos têm entidades de classe eleitas para isso, como os sindicatos. Perguntar as opiniões dos sindicatos seria uma boa forma de avaliar como pensam órgãos democráticos”.

    Realmente, vou ser obrigado a fazer uma correção, o termo correto não é fazer castração, mas sim a ligadura de trompa e vasectomia, isso impede burradas melhor que a camisinha. Mais, eu não falei de eleição para os membros de diretoria e executiva do Conselho Federal de Medicina, eu me refiro a mesa redonda do evento em Belem. Na mesa, não EXISTIU o contráditório, porque todos na mesa, inclusive o presidente do CFM era a favor do aborto. Portanto, minha cara foi uma ditadura imposta, sem que uma voz contrária tivesse o direito de participar, então….sua fala é conversa fiada. Mas aproveitando a sua fala equivocada, existe a UNE, União Nacional dos Estudantes, chefiada há mais 15 anos pela ala do PC do B (partido de esquerda) e a UJS, lá não há democracia, é aparelhada pelo governo federal do PT. É uma entidade que apoia as lutas a favor do aborto, etc e sem consultar os alunos universitários e secundaristas em forma de plebiscito. Não sei se o CFM está entrando nesse jogo, apesar da aparentar.

    “Por que eu estaria aqui, se não para ouvir e trazer o contraditório? Onde está a minha desonestidade? E onde foi parar a sua civilidade? Agredir não demonstra desequilíbrio? Note que não revidei. E por fim, explique como “cada um vivendo conforme sua fé ou convicção, mas não obrigando indivíduo algum a viver também” pode ser considerado empurrar algo a alguém?”

    Poxa, vou ter de revelar minha identidade secreta. Bem, sou jornalista, portanto da área de humanas. Eu respeitei o seu contraditório, eu estou lendo e refutando. Coisa que não existiu na tal mesa redonda, é isso que eu repudio. Que tal se a entidade fizesse um plebiscito nos estados para saber se os médicos de todo país apoiam ou não? Não seria mais democrático? Não vai me dizer que você é contra? Embora o CFM seja um conselho, não pode fazer em nome de TODOS os médicos do país, porque te garanto (e sem fazer pesquisa) que a grande maioria é contra.

    “- Há ditaduras de esquerda e de direita. Você escolheu se opor a um lado. Eu, particularmente, escolhi me opor a ambos.”

    Well, darling, a ditadura que me refiro é a de esquerda, a marxista cultural de veneta. Toda vez que me refiro a ditadura, é a esquerda que falo.Para deixar mais claro. Ex: O chaviismo, castrismo, bolivarianismo, kirchnerismo, lulismo, etc. Entendido?

    “Mmm… Disse eu que sou a favor de qualquer outra coisa? Há protestos contra os mensaleiros. A maioria protestos justos, diga-se. Mas essa, novamente, é outra seara.”

    Não, não é outra seara. Não vi a CCJ ter manifestantes atrapalhando, os jornais questionando, programas de televisão batendo a tecla, articulistas promovendo foro de debates, miliatntes gays ensadecidos, o problema foi localizado, ou seja, foi só na CDHM. Porque será? Curioso, não?E nem deixam o cara falar, propor coisas. Isso é indelicadeza.

    “Procure uma citação minha completa em que eu não afirme justamente o contrário. Comece por uma parte da que você mesmo fez. “Fosse este um debate religioso mal haveria debate.””

    Sabe, Júlia, enquanto eu tava redigindo isso, soube de uma assunto desagradável. Certamente, você deve ter assistido alguma vez o telejornal SBT Brasil. Uma das apresentadoras e âncora daquele noticiário. Paraíbana, Rachel Sheherazade, é cristã e fiel da Igreja Batista. Ela tem feito comentários contra ateus, contra o aborto, contra a descriminalização das drogas e contra o linchamento mediático ao tal pastor. Hoje, pimba, soube que há manifestos contra ela, principalmente da emissora em que ela trabalhas obre o brado “você não me representa”. http://f5.folha.uol.com.br/televisao/1251840-apresentadora-de-jornal-causa-indignacao-entre-artistas-do-sbt.shtml

    De fato, Júlia, a ditadura da opinião única e do politicamente correto, em curso no Brasil, é algo impressionante. O diretor de Jornalismo disse que não fará nada com a jornalista, se verdadeiro é um alívio. Alias, juliaaa, o que seria do verde se todos fossem azuis ou amarelos?

    Obs: Cadê os dados reais com fontes sobre o aborto?

  8. É Júlia, queria ter avisado antes, mas você se enfiou num mato sem cachorro. Resolveu debater com um cara que te acusa de tudo aquilo que ele mesmo faz. Um que cita estatísticas do Malafaia e que quer que haja contraditório em todos os espaços que se discute o aborto… menos no Vaticano, é claro.

    E ainda, vai tentar a qualquer custo te botar a pecha de comunista ateia dos infernos. A partir daí, vai te acusar de ser ditadora, totalitária e tudo o mais. Basta ver como ele se comporta nos demais comentários.

    E se você argumentar racionalmente, e com informações esclarecidas, ainda vai ser acusada de chamá-lo de ignorante nas “entrelinhas”. Ou seja, um debatedor que clama pelo contraditório mas não o suporta, pois quando você contradiz suas ideias, ele leva pro lado pessoal.

    Boa sorte!

  9. “É Júlia, queria ter avisado antes, mas você se enfiou num mato sem cachorro. Resolveu debater com um cara que te acusa de tudo aquilo que ele mesmo faz. Um que cita estatísticas do Malafaia e que quer que haja contraditório em todos os espaços que se discute o aborto… menos no Vaticano, é claro”.

    Mato sem cachorro, porquê? Caro, JBC, eu estou apresentando dados seguros e não tendenciosos. Ou você quer transparecer que só os seus e os da Júlia são o que servem?Sim, estou usando um pouco a técnica que vocês usam: o totalitarismo ideológico. Afinal, tenho idéias diferentes das suas com argumentos e dados estatísticos, mostro até legislação.Vocês só trazem vícios ideológicos.

    “E ainda, vai tentar a qualquer custo te botar a pecha de comunista ateia dos infernos. A partir daí, vai te acusar de ser ditadora, totalitária e tudo o mais. Basta ver como ele se comporta nos demais comentários.”

    Para de mimi, JBC, vou transcrever o que ela disse:

    “Sou mulher, não cristã, não conservadora, individualista (no sentido do respeito ao indivíduo) e coletivista (no sentido de zelar pelo bem comum), pacifista (no sentido de evitar a violência contra outros seres), animista. Tenho formação científica e filosófica, assim como de abordagem comparativa de culturas e seus sistemas de pensamento, transcendentes ou não”.

    Então….acho que você não leu.

    “E se você argumentar racionalmente, e com informações esclarecidas, ainda vai ser acusada de chamá-lo de ignorante nas “entrelinhas”. Ou seja, um debatedor que clama pelo contraditório mas não o suporta, pois quando você contradiz suas ideias, ele leva pro lado pessoal.”

    Bom, o que é uma informação esclarecida pra você? Aquela que tenha que passar por sua aprovação e da Julia?Quanto as entrelinhas, você, a Júlia e outros fazem o mesmo conosco e deixe ser Rei mandão. Esse é um debate e não uma guerra. E mais, traga fontes, dados, estatísticas não tendenciosas e pare de birra, debata.

  10. Achei que dava para debater. Infelizmente, o nível desceu demais para mim. Arremato, então, minha participação aqui.

    A pedido, citando trechos explícitos de desqualificação pessoal no seu texto:
    “Senão vou tachá-la de desonesta intelectual, se bem que já estou achando.” … “E concluindo, creio que tu deve ter uma mente limitada…”

    Há trechos implícitos, com uso abundante das entrelinhas, mas vale menos a pena listá-los. O tom também mudou, tornando-se progressivamente mais agressivo. O uso do diminutivo como distanciamento e posicionamento em relação ao interloctor também não passou despercebido, assim como a tática de ignorar o que foi dito e considerar apenas o que é conveniente para a continuação da refutação indignada. Como cereja do bolo, a invenção de posicionamentos que não estão no texto e um subsequente uso retórico desastrado da pseudovantagem argumentativa.

    Esclarecendo minha posição de ua vez por todas:

    O anteprojeto é absolutamente sensato. Por motivos que já foram exaustivamente expostos nos comentários anteriores, do ponto de vista que defendo por considerar o mais correto, honesto e pró-vida, um feto não é um ser humano. Ele é algo que, em certo momento, se tornará um ser humano, e só terá direitos humanos quando o fizer. Feto não tem direitos humanos porque ainda não é um ser humano. Aborto se torna assassinato a partir do momento em que há a alternativa do parto. Simples. Matar um feto antes de determinado estado da gestação é o mesmo que comer um ovo de granja (é comum serem ovos fecundados). E abortar antes da 12a semana é tão desumano quanto colher uma alface.

    Feto não é criança. Ovo não é pinto. Aborto não é assassinato. E não tenho uma ideologia, religião nem motivação outra que me impeça de dizer isso, nem tampouco que me obrigue. É apenas uma conclusão lógica, já exaustivamente explicada.

    Não disse, e jamais direi, que a castidade é sensata. Os freios morais são individuais, e a liberdade, inalienável quando não cerceia a liberdade alheia. O hedonismo é uma escolha entre tantas outras, não mais benéfico nem prejudicial que o asceticismo, por exemplo. Não critico os hedonistas como não critico os ascetas, a menos que prejudiquem outrem.

    Eu falei da ausência de eleição no CFM para demonstrar a falta de democracia. O conselho sofre de vício de base. A ausência de debatentes antiaborto em Belém é fruto indireto disso. Teria feito diferença na decisão? Sinceramente, duvido. Certamente ela não foi tomada como fruto de um único evento. Mas acho que teria, sim, sido adequado ter uma representação do outro lado.

    A UNE não é pertinente para este debate. Não sei e sinceramente não quero mais saber como ela apareceu aqui.

    Sua identidade secreta me levaria a esperar mais de sua capacidade argumentativa.

    Sim, seria interessante um plebiscito. Marcado com antecedência razoável. Argumentos pró e contra, discussões em todas as esferas sociais e uma explicitação das diferenças que no Brasil sempre foram escondidas e minimizadas. Acho que seria ótimo, na verdade. Em caso de vitória acachapante antiaborto, saberíamos o quanto falta para atingirmos um grau digno de civilidade.

    Você nem acha os regimes militares latinoamericanos tão ruins assim, né? Interessante. Interessante também como apenas um dos regimes citados não é democrático… Sua posição política está muito bem entendida. Estude Stalin, Vargas, Franco, Salazar, Pol Pot, Fulgêncio Batista, Kim Jon Il e as ditaduras latinoamericanas de 60/70/80 para entender o que é ditadura. Depois volte e veja quão democráticos são os países latinoamericanos de hoje. Seja contra, mas qualifique corretamente.

    Há um posicionamento da imprensa em geral contra os mensaleiros. Ao contrário da oposição ao Marco Feliciano, a oposição aos mensaleiros sempre foi incompetente. E, ao contrário do Marco Feliciano, os mensaleiros sempre souberam como não atrair atenção indesejada. Pode-se argumentar que o Marco Feliciano adota uma estratégia de polemização como César Maia, Romário, Maluf, os Suplicy, e mesmo o próprio Jean Wyllys, adotam. Dessa vez talvez o tiro tenha saído pela culatra.

    Além disso, há a triste tradição brasileira de zelar pelo direito particular e relaxar com o direito público. O mensalão é uma grande falcatrua distante. A comissão de direitos humanos trata de temas que afetam @ cidadã(o) diária e diretamente. Triste, mas é fato. Muito mais importante para mim do que o resultado do mensalão, na verdade, é o resultado de julgamentos vindouros no Supremo, fruto de diversas operações da Polícia Federal nos últimos anos. O contraste, se houver, entre as decisões e entre elas e as do mensalão ajudará a demonstrar para que lado pende (se pende) o Supremo em sua configuração atual. Aguardo este desenrolar com muito interesse.

    Voltando ao Marco Feliciano, confesso-me curiosa a respeito das propostas dele para as questões que costumam entrar em pauta na comissão. Mórbida? Não sei. Antropológica, certamente.

    Apoio a jornalista do SBT. Já disse e repito: a explicitação do contraste é benéfica. Ela não representa os funcionários do SBT, e nem deveria se supor que representasse qualquer pessoa além dela mesma. Resta saber se ela representa a linha editorial do SBT… Mas o que isso tem a ver com minha afirmação de que este debate (aqui, nestes comentários) não era religioso, pois a religiosidade já havia sido descartada pelo próprio articulista? Nada. Non-sequitur.

    E, finalmente, uma vez mais, que diabo de opinião única ditatorial é a minha? Digo eu mesma: nenhuma. Estou desde o primeiro comentário afirmando que sou a favor do indivíduo, contra a coação, a favor do debate, a favor da liberdade. Cadê o pensamento único na noção de que todo pensamento e toda ação que não prejudica o outro são válidos? Não estou aceitando todos os pensamentos a priori? Não estou aceitando a maioria das ações a priori? Não estou renegando a priori a imposição de uma crença, opinião ou conduta a quem quer que seja? Estarei querendo “impor a liberdade”? Cercear o direito de cercear? Essa é a única acusação possível!

    Me chamar de totalitária, ditatorial, desonesta, etc é uma senhora ofensa. Não se sustenta nas minhas palavras, não se sustenta em qualquer argumentação digna e não se sustenta em qualquer debate racional. Mas, infelizmente, a racionalidade deixou este debate faz tempo. No rastro dela, deixo-o eu.

    JBC, boa sorte se quiser continuar. Não vim aqui para trollar. Queria uma conversa aberta e séria. Você viu. Eu bem que tentei. Fiquei dando a outra face até cansar. Pronto. Cansei. E eu teria me satisfeito com uma resposta do tipo “Não posso abrir mão de minhas convicções…”…

  11. Tem pessoas que acham que um dia foram ovo (como de aves) e alfaces?, credo!, pelo que eu sei todos nós algum dia foi: ovo; zigoto; embrião; feto; bebê; criança; adolescente; jovem; adulto; idoso e por final, um defunto, estes são os estágios da vida de um ser humano, destruindo o ovo, zigoto, embrião ou o feto, não se terá a crianças o adolescente, jovem adulto e o idoso, embora a morte por vias naturais posa acolher qualquer um antes de alguns destes estágios, mas, se seguir a linha natural, todo mundo deveria morrer na velhice.
    Outra coisa que todo mundo esquece, até mesmo os defensores do aborto, querendo desclassificar o ser humano no seu primeiro estágio de vida, um espermatozoide assim como o óvulo tem apenas 23 cromossomos cada um, o que daí não resulta indivíduo algum, porém, ao somar os 23 cromossomos do espermatozoide com os 23 cromossomos do óvulo, haverá então 46 cromossomos alinhados em 23 pares de cromossomos, o qual trazendo os genes tanto de um quanto do outro, formará a individualidade deste novo ser que se inicia, tudo o que este novo ser será, nesta união e alinhamento de cromossomos, já está agendado nesta primeira célula resultante desta união, tudo o que este novo indivíduos terá, como a cor dos olhos, dos cabelos, a altura, a propensão a certas doenças, etc, portanto, não se trata mais apenas de uma simples célula, mas a célula mãe de todo este novo ser, que irá se dividir e multiplacar em várias etapas, até chegar ao seu termino natural após passar pelos estágios acima mencionados. Portanto, dizer que um feto é tão insignificante quando um ovo de uma ave ou de um alface, é ignorar o maravilhoso ato da natureza da propagação da espécie, que se inicia em uma única célula, passa por vários estágios até o seu fim natural, e arrancar o fundamento de uma nova vida já no seu inicio, é uma violência sem cabimento. O feto,como os estágios anteriores , o ovo e o zigoto, é um ser humano, em formação, mas um ser humano, não irá destes estágios lá na frente, surgir um carro, um avião ou uma bola de sorvete, mas um ser humano, que de fato já o é.
    Por final vou citar a frase de alguém muito famoso, mas que disse uma verdade muito profunda: “Quem não for fiel nas pequenas coisas, não será nas grandes”, pois é, tem pessoas que desprezam a vida de um ser humano nos primeiros estágios de sua existência, quem garante que desprezara nos estágios seguintes.

  12. Julia, o grande problema seu é o de não olhar internamente para os seus argumentos, mas vamos pegar pontos principais da sua fala.

    “Achei que dava para debater. Infelizmente, o nível desceu demais para mim. Arremato, então, minha participação aqui.

    A pedido, citando trechos explícitos de desqualificação pessoal no seu texto:
    “Senão vou tachá-la de desonesta intelectual, se bem que já estou achando.” … “E concluindo, creio que tu deve ter uma mente limitada…”

    Eu vou deixar de lado, se é que é possível, o meu lado cristão para falar como jornalista, portanto, da área de humanas e dizer coisas mais assertivas e ponderadas. Quando eu estava na faculdade de jornalismo, meu então e hoje saudoso professor de radialismo, contava a turma que para tomarmos cuidado, porque havia jornais que tinham uma inclinação política. E, que para trabalhar nesses jornais tinha que dançar conforme a música. Aqui na minha cidade há um jornal que só fala bem da prefeita, mostra uma cidade sem defeitos, tudo é perfeito e muito surreal. E quem é o dono do jornal? O marido da prefeita, que é deputado federal. O jornal é um panfleto estatal enrustido.No jornal, o contraditório não existe e quando se toca no contraditório é demonizado. Oras, um dos príncipios do jornalismo é exatamente o ouvir o outro lado. É permitir que vozes discordantes tenham vez. Mas esse jornal como outros pelo Brasil a fora descumpre o que diz a ética.Enfim, parecem copias do Granma, jornal estatal de Cuba.

    Foi o mesmo que aconteceu naquela mesa redonda, não houve o contraditório. O problema Júlia é você não entender a necessidade de uma oposição sistemátíca, escutá-la e ouvi-la democráticamente. Nas ditaduras opinativas, há um ‘general’ que media e, sob a ordem de um superior hierárquico impede que decisões desfavoráveis a o ‘regime’ sejam implementados. É uma pena não perceber e entender certas sutilezas democráticas e anti-tiranas .

    Vamos lá a outra proposição sua.

    “O anteprojeto é absolutamente sensato. Por motivos que já foram exaustivamente expostos nos comentários anteriores, do ponto de vista que defendo por considerar o mais correto, honesto e pró-vida, um feto não é um ser humano. Ele é algo que, em certo momento, se tornará um ser humano, e só terá direitos humanos quando o fizer. Feto não tem direitos humanos porque ainda não é um ser humano. Aborto se torna assassinato a partir do momento em que há a alternativa do parto. Simples. Matar um feto antes de determinado estado da gestação é o mesmo que comer um ovo de granja (é comum serem ovos fecundados). E abortar antes da 12a semana é tão desumano quanto colher uma alface.”.

    Esse é o ponto mais macabro do processo de inversão de valores da socieddae. Para a Júlia, a vida de um filhote de cachorro vale mais que a vida humana. Você não explica porque a vida humana vale menos que a vida animal irracional. Alias, eu esqueci de falar sou do Estado do Rio de Janeiro e, recentemente 33 pessoas morreram na região serrana e, como se diz por aí e, é um termo que repudio, mas vá lá, foi uma tragédia anunciada. Dinheiro que deveria ser usado para a prevenção foi desviado e, só foi usado pasmem, para construção de sirenes. Ontem teve uma missa em Petrópolis e a Dilma estava lá, os seguranças presidenciais impediram os familiares das vítimas de participar. Vejam só as coisas. Para certos governos, para certas pessoas a vida humana vale muito pouco.Realmente, quando você usa o termo sensato, não seria para nós entendido eufemisticamente como um adjetivo bizarro, escabroso, de arrancar os cabelos?Não acredito que li isso.

    “Feto não é criança. Ovo não é pinto. Aborto não é assassinato. E não tenho uma ideologia, religião nem motivação outra que me impeça de dizer isso, nem tampouco que me obrigue. É apenas uma conclusão lógica, já exaustivamente explicada.

    Não é o que diz o pacto de São José da Costa Rica, vamos lá ver?

    “No inciso 1º, do artigo 4º capítulo II, desse pacto ou convenção diz:Toda pessoa tem o direito de que se respeite sua vida. Esse direito deve ser protegido pela lei e, em geral, desde o momento da concepção.”

    Para o pacto, já a vida na concepção, o que demonstra que sua opinião é forçada, tem um viés ideológico. Moça ou mulher, menos emoção ideológica e mais técnica com dados biológicos, legais e até científicos – decentes. Seja menos torcedora.

    “Não disse, e jamais direi, que a castidade é sensata. Os freios morais são individuais, e a liberdade, inalienável quando não cerceia a liberdade alheia. O hedonismo é uma escolha entre tantas outras, não mais benéfico nem prejudicial que o asceticismo, por exemplo. Não critico os hedonistas como não critico os ascetas, a menos que prejudiquem outrem.”

    Sim, o problema do ser humano é ver a castidade, apenas pelo prisma ‘impositivo’ religioso. Essa visão é equivocada, na Africa tem sido um meio eficaz no combate a Aids. Veja http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/uganda-bem-sucedida-no-combate-aids-pregando-abstinencia-fidelidade/ Aí, você pode me dizer foi escrito por um reaça católico da Veja, mas eu irei te dizer, as suas fontes são o quê mesmo?

    Agora…

    “Além disso, há a triste tradição brasileira de zelar pelo direito particular e relaxar com o direito público. O mensalão é uma grande falcatrua distante. A comissão de direitos humanos trata de temas que afetam @ cidadã(o) diária e diretamente. Triste, mas é fato. Muito mais importante para mim do que o resultado do mensalão, na verdade, é o resultado de julgamentos vindouros no Supremo, fruto de diversas operações da Polícia Federal nos últimos anos. O contraste, se houver, entre as decisões e entre elas e as do mensalão ajudará a demonstrar para que lado pende (se pende) o Supremo em sua configuração atual. Aguardo este desenrolar com muito interesse.””

    Errado, minha cara, o mensalão envolve dinheiro público para fins escusos, dinheiro que poderia ir para saude, educação, prevenção de enchentes e outras catástrofes naturais, dentre outras coisas. Foi um dinheiro usado também para compra de partidos para perpetuação no poder.Além disso, há a triste tradição brasileira de zelar pelo direito particular e relaxar com o direito público. O mensalão é uma grande falcatrua distante. A comissão de direitos humanos trata de temas que afetam @ cidadã(o) diária e diretamente. Triste, mas é fato. Muito mais importante para mim do que o resultado do mensalão, na verdade, é o resultado de julgamentos vindouros no Supremo, fruto de diversas operações da Polícia Federal nos últimos anos. O contraste, se houver, entre as decisões e entre elas e as do mensalão ajudará a demonstrar para que lado pende (se pende) o Supremo em sua configuração atual. Aguardo este desenrolar com muito interesse.o poder. Tudo com dados comprovados pela Procuradoria Geral da República. Não foi uma simples investigação foi um fato grave que feriu a ordem jurídica e a ordem econômica. Mas…..João Paulo Cunha e o José Genoíno, dois condenados pelo Mensalão, estão lá na Comissão de Constituição de Justiça. Não há baderneiros no auditório, nem artistas protestando contra eles em diversas cidades do pais e até do mundo. Porque será?? Porque essa indignação seletiva?Você insiste em não explicar.Não é explicável, não?Apenas a constatação do óbvio: intolerância religiosa. Se você não admite isso ou não, são outros quinhentos.

    “A UNE não é pertinente para este debate. Não sei e sinceramente não quero mais saber como ela apareceu aqui.”

    Ela apareceu para fazer uma comparação entre ela e a escolha dos membros da mesa redonda. É igualzinho. Não tergiverse, por favor.

    “Apoio a jornalista do SBT. Já disse e repito: a explicitação do contraste é benéfica. Ela não representa os funcionários do SBT, e nem deveria se supor que representasse qualquer pessoa além dela mesma. Resta saber se ela representa a linha editorial do SBT… Mas o que isso tem a ver com minha afirmação de que este debate (aqui, nestes comentários) não era religioso, pois a religiosidade já havia sido descartada pelo próprio articulista? Nada. Non-sequitur.

    Errada a sua análise, eu não sei se você tem facebook ou tem acesso a sites de militantes abortistas ou atéias,, ela está sendo pega pra cristo exatamente por proferir opiniões que destoam das ideias dele. Afinal, não conseguem lidar com o contraditório, contraditando apenas, apelam para a censura de todas as formas e das mais virulentas, como a petição de demissão. Cadê a democracia?É a síndrome do pensamento único? Eu venho acompanhando o trabalho dela, até por ser colega de profissão, e não me recordo de ela dizer que está representando alguém.

    Você disse…

    “Me chamar de totalitária, ditatorial, desonesta, etc é uma senhora ofensa. Não se sustenta nas minhas palavras, não se sustenta em qualquer argumentação digna e não se sustenta em qualquer debate racional. Mas, infelizmente, a racionalidade deixou este debate faz tempo. No rastro dela, deixo-o eu.”

    Aprendi na língua portuguesa, uma coisa chamada intencionalidade discursiva. Lemos o texto, percebemos o contexto e vemos eufemismos que querem dizer coisas. E lendo a sua forma de escrever, percebi claramente isso. Se eu tiver errado, que me prove.

    “JBC, boa sorte se quiser continuar. Não vim aqui para trollar. Queria uma conversa aberta e séria. Você viu. Eu bem que tentei. Fiquei dando a outra face até cansar. Pronto. Cansei. E eu teria me satisfeito com uma resposta do tipo “Não posso abrir mão de minhas convicções…”…”

    Tá vendo, isso mostra que vocês dois devem se conhecer pessoalmente. Eu também não vim para ‘trolla’, vim para discutir como você. Mas discuto com dados e fontes não viciadas. “Pronto, Cansei, Joguei a tolha, pendurei a chuteira”. É interessante isso. Sim, tenho convicções e você tem as suas. Estamos quites, não acha?

  13. Julia,

    Achei interessante seus argumentos e tento, então, compreendê-los melhor e, algumas vezes, contestá-los.

    “Sou mulher, não cristã, não conservadora, (…) Dito isto, sou, também, favorável ao aborto.”

    Bom, creio que seja irrelevante nesse debate suas crenças religiosas ou políticas, uma vez a intenção é restringi-lo ao racional, certo?

    “Nenhum direito é absoluto”

    Sim, no arcabouço jurídico brasileiro isso é uma realidade e, aliás, foi assim reiterada por diversos ministros do Supremo no julgamento acerca do abortamento de anencéfalos.

    “Poder-se-ia afirmar que, se nenhum direito é absoluto, também não o seria o do feto. ”

    Sim, sem dúvida.

    ” Afirmar que a mulher deixa de dispor de seu corpo em função do feto é torná-la (ela, um indivíduo completamente formado e autônomo) refém de um proto-indivíduo”

    Aqui começam os problemas com sua argumentação. Se é correto que no sistema jurídico brasileiro nenhum direito é absoluto, é, igualmente verdade que a nossa legislação tem a vida como o bem por excelência e somente em raríssimas e excepcionalíssimas exceções o sopesamento entre o direito à vida e outro direito pende para este último. [veja que reconheço que esse é o status quo jurídico do Brasil, mas não necessariamente concordo com ele, pois para mim a vida inocente é um bem a ser protegido de forma praticamente absoluta. Reconheço pouquíssimas exceções a isso].

    Tenho para mim que isso é quase senso comum entre nós e duvido que você discordasse disso, apesar de ver em não poucos abortistas um sopesamento com valoração bem distinta dessa. E, por isso, é que você cria um conceito ininteligível juridíca, biológica e filosoficamente falando para justificar a sua predileção pelo aborto, isto é, ao considerar um feto algo como “proto-indivíduo”, “quase-humano”, etc você pode, então, sem dor na consciência preferir o direito à auto-determinação da mulher à vida do feto, pois você, de forma totalmente arbitrária (sem nenhuma fundamentação, apenas jogando palavras ao ar), o desqualifica como humano.

    ” refém de uma promessa de futuro ser.”

    O feto já é um ser. Ou é um ser ou é nada. Você, tendo como afirma, uma formação filosófica certamente não pode negar isso.

    ” Ela também parte de um pressuposto perigoso de que o papel biológico original da fêmea como portadora do feto em mamíferos até o nascimento (quando o feto passa a ser filhote) desautoriza uma decisão consciente de não sê-lo, invalidando qualquer julgamento pessoal contrário à procriação.”

    Se entendi o que você quis dizer, parece-me falso. Uma mulher pode – e há muitas que assim fazem – optar por nunca ser mãe, por “n” motivos: vocação religiosa, carreira profissional, falta de aptidão para cuidar de crianças, dedicar-se àquilo que lhe dá prazer a todo momento, etc. Basta abster-se de ter relações sexuais ou fazer uso de um sem-número de métodos anticoncepcionais. Fazer uso do aborto para essa finalidade (método anticoncepcional) é algo que vejo em pouquíssimas defesas do abortismo de tão degradante que soa.

    “Porém, um feto não é mais um humano do que um ovo é uma galinha.”

    Sim, exatamente! O feto é tão humano quanto um ovo fecundado é uma galinha!
    Se você teve oportunidade de estudar os conceitos filosóficos clássicos de “ato/potência” saberá que isso é totalmente correto. Não confunda o conceito de “pessoa” em termos jurídicos com o de “pessoa” filosoficamente falando.

    Aliás, se o feto é um ser (inquestionável), é vivo (inquestionável), é distinto da mãe (inquestionável – tem outro DNA) por que não é humano? Se não for humano, então, A QUE ESPÉCIE PERTENCE ESSE SER?

    ” Até o momento em que o vínculo pode ser cortado com chance de sobrevivência para a futura criança, o feto é, sim, parte da mãe (…). O direito da mãe, por conseguinte, prevalece.”

    Exatamente com esse argumento há autores atuais (e ouso dizer a mesma base que justificava esse tema no Direito Romano) que defendem o infanticídio, pois o bebê também depende integralmente de terceiros para sobreviver. Você não percebe que ao desvincular o “ser humano” biologicamente falando do “ser humano” juridicamente considerado abro as portas para toda sorte de arbitrariedades? O Estado pode, então, decidir quem é pessoa (sujeito de direitos) e quem não é pelos critérios preponderantes da ocasião. Já houve estados que julgaram que, sei lá, judeus, por exemplo, não tinham direito à vida.

    “Porém, o que surge com a junção dos gametas ainda não é um indivíduo, mas uma vida em processo de individuação.”

    Sim, esse é o ponto! É vida!!! E a individuação se deu quando da junção dos gametas criando uma vida BIOLOGICAMENTE distinta da mãe. O que, afinal, você entende por indivíduo?

    ” Proto-humano, certamente. Está vivo? Claro. ”

    Sinceramente, é a primeira vez que ouço falar em “ser proto-humano”… Novamente, acho que você confunde biologia com direito. Sim, o Estado brasileiro reconhece [a meu ver de forma errada e acho que não há consenso nessa afirmação] o estatuto de pessoa ao feto nascido vivo, mas isso é um conceito jurídico que não tem fundamento na biologia;

    “Vale mais que um humano plenamente individuado? Certamente não. Isso quer dizer que um feto é menos humano? Pois é. Sim.”

    Além de ser estranho à literatura que conheço sobre o tema, gostaria de saber o que você entende por “plenamente individuado”. Ter certidão de nascimento, RG, CPF?

    ” A questão central é sobre o indivíduo e seu direito à autodeterminação. Todos os outros derivam daí.”

    Não, na verdade, a partir do momento que damos vazão à ciência que nos diz que há um indivíduo distinto da mãe quando da fecundação do óvulo, a questão central passa a ser o que vale mais: o desejo de ‘auto-determinação’ da mãe ou a vida do filho que carrega em si. Tudo o demais é pura tergiversação e tentativa inócua de se auto-justificar.

  14. “Provas? Fatos?os que querem o lugar dele na CDHM são aos mesmos que são a favor do aborto, do casamento homossexual, dentre outras coisas e que são fãs de regimes tiranos. Se você não lê sobre o assunto e tá por fora, não é problema meu. (risos)”

    Para um “jornalista” você está muito mal informado. Será culpa da falta de diploma ou uma faculdade ruim? Quem se alia aos ímpios, ímpio se torna! Quem se rende ao pragmatismo abre as portas para a iniquidade! Não há maior ofensa a Deus do que este pastor que ganha dinheiro às custas dele – até pede a senha do cartão! Lamento o ponto que estamos chegando no Brasil. De um lado, o progresso travestido de morte, de outro, a estupidez travestida de conservadorismo. Tristes tempos…

  15. Caro Gusmão???

    Você quer tirar um pastorzinho ruim e colocar no lugar um excelente gaY????
    Esta tua escala de valores precisa ser melhorada.

  16. O amigo Leniéverson Azeredo levantou uma questão jurídica importantíssima que poderia sepultar a causa abortista: o pacto São José da Costa Rica. O Supremo Tribunal Federal já reconheceu ser esse tratado de direitos humanos, com a natureza de norma supralegal de direito fundamental, ou seja, está acima das leis. Na época, houve, inclusive, a discussão se o pacto deveria ser ou não recebido com status constitucional, mas prevaleceu o entendimento de que ele deveria passar primeiro pelo procedimento do art. 5º, §3º da CF (apesar de várias vozes discordantes no próprio tribunal dizendo ser uma norma constitucional). In casu, fica claro que aborto consentido não pode ser implantado por lei ordinária por ser hierarquicamente inferior ao mencionado documento internacional. Isso torna a pretensão abortista quase impossível, uma vez que em tese precisarão de uma emenda constitucional.
    Entretanto, mesmo no caso de emenda ela seria de duvidosa constitucionalidade, haja vista que a Constituição não pode ser emendada para restrição de direitos fundamentais, o que obviamente ocorrerá com a restrição da proteção da vida ao feto. Há também corrente constitucionalista, abalizada pelo STF, que diz que a norma de direito fundamental ainda que não esteja expressa na própria CF, mas que dela decorra, não pode ser suprimida posteriormente em razão do princípio da vedação ao retrocesso.

Os comentários estão fechados.