Recebi, via email, uma notícia dizendo: “Bento XVI restaura a comunhão de joelhos”.
O mesmo – ou seja, haver um genuflexório para as pessoas receberem ajoelhadas a comunhão do Sumo Pontífice – já havia acontecido na Missa de Corpus Christi, em 22 de maio último.
Nesta mesma celebração, Sua Santidade disse na Homilia:
Ajoelhar-se diante da Eucaristia é profissão de liberdade: quem se inclina a Jesus não pode e não deve prostrar-se diante de nenhum poder terreno, por mais forte que seja.
[SS Bento XVI, Homilia de Corpus Christi – 22 de maio de 2008]
E, que pedagogia excelente do Santo Padre, dando um exemplo prático, na hora da Comunhão, daquilo que ele havia falado pouco antes, na Homilia! Que maneira enfática de se passar um ensinamento, fazendo as atitudes seguirem-se às palavras. Olhemos para Pedro: ele não só nos aponta o caminho, como ainda caminha à nossa frente. Sigamo-lo! Até os pés da Cruz. De joelhos!
A rigor, o título da notícia do “Diário de Natal” está impreciso; o Papa não “restaurou” a comunhão de joelhos no sentido de ter emitido uma norma segundo a qual as paróquias deveriam adotar essa prática. O Papa “apenas” deu a comunhão diretamente na boca dos comungantes, que estavam ajoelhados num genuflexório para receber a Nosso Senhor.
“Apenas…”? Já é a segunda vez que Bento XVI procede desta forma! Não sei qual a origem daquele ditado que diz que “as palavras convencem, mas os exemplos arrastam”. Mas espero que os exemplos do Santo Padre, que acompanham as suas palavras, possam arrastar milhares de almas a se prostrarem diante de Cristo Nosso Senhor.
Longa vida ao Papa!