É com tristeza que comunico o encerramento das atividades do Instituto Bom Pastor no Brasil. A última missa foi celebrada no Domingo [03 de agosto de 2008], e reproduzo abaixo a homilia do padre Roch Perrel proferida na ocasião. Ela foi enviada para a lista de emails do ibp-brasil e foi também postada no Orkut.
12º Domingo depois de Pentecostes
Meus caros irmãos,
Este domingo é muito particular porque é hoje que celebro a última Missa pública do Instituto Bom Pastor no Brasil. A meu pedido, o Reverendo Padre Laguérie tomou a decisão de fechar a casa de formação do IBP. O diácono Vincent e eu partiremos esta semana para a França. Muitas razões motivaram nossa partida definitiva, mas para evitar toda polêmica e para não ferir ninguém em particular, darei uma só razão que concerne a muitos. Não se trata de um acerto de contas, pois aqui não é nem o lugar nem o momento. Até porque também devo agradecer pela ajuda financeira . A generosidade dos senhores não faltou jamais. A questão que coloco e deixo para a meditação dos senhores é: que lugar deve ser dado ao sacerdote numa vida cristã.
Durante esses seis meses no Brasil, tive o sentimento de que para muitos o sacerdote é somente um distribuidor de sacramentos. Sem dúvida, o sacerdote é o homem da Missa e da liturgia e foi para isso que ele foi chamado por Jesus Cristo Sumo Sacerdote. E apesar de suas fraquezas, o padre continua a obra salvífica de Jesus Cristo.
Ele infunde a vida da graça nas almas pelo sacramento do Batismo; ele perdoa os pecados em nome de Cristo no sacramento da penitência e ele renova, de maneira não sangrenta, o sacrifício do calvário a cada Missa. Tantas coisas maravilhosas que somente a sabedoria de Deus podia instituir. Somente Deus podia arriscar-se a confiar um tal tesouro a vasos de argila. E a salvação das almas que Nosso Senhor confiou aos seus sacerdotes é um fardo terrível e uma missão exaltante. Mas o sacerdote não é somente isso.
Será que alguns já se perguntaram porque o sacerdote é chamado “Padre”? Porque é preciso admitir que as palavras que empregamos têm uma significação, correspondendo à realidade que designam. É de se admirar, todavia, que o termo “Padre” não evoca diretamente a dimensão sacrificial de sua obra. Ele evoca, porém, a paternidade espiritual do sacerdote. O sacerdote é um pai porque pelos sacramentos, começando pelo batismo, mas não somente por eles, ele infunde a vida divina nas almas. E esta é uma das razões do celibato eclesiástico na Igreja Romana. O Padre renuncia à paternidade natural em vista de uma mais perfeita: a paternidade espiritual. “Ninguém há que tenha deixado casa, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou filhos, ou terras por causa de mim ou por causa do Evangelho, que não receba, já neste mundo, cem vezes mais casa, irmãos, irmãs, mães, filhos e terras, com perseguições, e no mundo vindouro a vida eterna.” (Mc X, 29-30).
Esta promessa de Jesus Cristo se realiza eminentemente no sacerdócio e na vida religiosa, mas é preciso que seus filhos aceitem essa paternidade, consintam a ver no Padre um verdadeiro pai para a sua alma e, sobretudo, que tal paternidade não se exerce unicamente na capela. É neste ponto que a atitude de alguns está errada pois limitaram o Padre à capela, impedindo-o de ir mais além na sua paternidade espiritual. Não quero dizer que o Padre deva dirigir tudo nas famílias, mas muitos praticamente nunca me permitiram entrar no seio das famílias. É para mim uma tristeza sacerdotal enorme de ver que praticamente não os conheço. Minha alma está triste nesse dia. Essa decisão de cessar o apostolado brasileiro não foi tomado com alegria no coração. Não se trata nem de rancor nem de ódio, mas da tristeza de ter batido em portas que permaneceram fechadas.
Padre Roch Perrel
Instituto do Bom Pastor
Eu vinha escutando desde o final do ano passado que isto iria acontecer e, agora, confirmou-se oficialmente a notícia que eu havia recebido de maneira informal. É lamentável; e a crítica do pe. Roch sobre os muitos para os quais o sacerdote é somente um distribuidor de sacramentos é clara, posto que todos sabem qual é o grupo de leigos em São Paulo que rouba ao clero o munus docendi e, auto-instituído como Magistério Paralelo, não quer dos sacerdotes senão os sacramentos que os seus próprios membros não são capazes de ministrar.
Kyrie, eleison.
Esses, para os quais “o sacerdote é somente um distribuidor de sacramentos”, que rezem muito pra que a Misericórdia lhes seja benévola no Dia do Juízo Final.
Pax et Bonum!
Eles têm contato para tentar pedir que voltem?
Digo: poderíamos pelo menos agradecer e deixar uma porta para tentar retornar…
José Armando
José Armando,
Tenta o site do instituto na América Latina:
http://www.ibp-la.org/
Abraços,
Jorge
Lamentável! Grande perda para TODO o catolicismo brasileiro…
[COMENTÁRIO APAGADO A PEDIDO DO AUTOR]
A pedido do padre Roch Perrel, o IBP encerrou, no domingo pass lado (3 de agosto de 2008), suas atividades no Brasil. Conforme sua última homilia, o motivo para esta drástica decisão foi a recusa dos tradicionalistas em “ver no Padre um verdadeiro pai para a sua alma”.
O IBP é um Instituto de Direito Pontifício que tem uma missão dada pelo próprio Soberano Pontífice de propagar a missa tradicional e colaborar com o Santo Padre através de uma crítica construtiva aos textos do Concílio Vaticano II.
O fechamento da casa do IBP no Brasil somente pode se justificar caso a sua missão se mostrasse um fracasso. Foi este o caso?
Vamos aos fatos: conforme o próprio padre Perrel na sua homilia, as atividades do IBP sempre contaram com a generosidade dos brasileiros.
“Até mesmo os inimigos da Igreja davam sinais de resignação pelo estabelecimento definitivo do IBP no país, quando até os bispos abriam portas ao IBP.” (Fratres in Unum)
Mas vale uma pergunta: até que ponto o IBP no Brasil cumpriu seu dever de modo construtivo criticar os erros do Concílio Vaticano II ?
Digamos que certos críticos tenham razão, e as causas tenham sido apenas querelas pessoais entre o padre e leigos. Nenhuma razão doutrinária, portanto.
Querelas pessoais podem causar o fim das atividades do IBP no Brasil?
Não seria mais razoável apenas a transferência de outro padre para conduzi-las e tentar conquistar os corações daqueles que não enxergaram no padre Perrel “um verdadeiro pai para as suas almas”?
Evidentemente que a justificativa do padre Perrel não faz sentido.
Ricardo,
Está insinuando que o pe. Perrel é mentiroso, e que ele está encenando uma farsa diante dos católicos brasileiros?
Em quê se baseia para sustentar isso?
Abraços,
Jorge
Jorge Ferraz,
Voce insinua que o Ricardo insinuou e parece nao ter lido direito o que o Ricardo disse.
Em nenhum momento ele insinuou, o minimo que seja, que o Pe Perrel é farsante ou mentiroso. Ele justamente por TOMAR TUDO ISSO COMO VERDADE ( o que o padre disse) é que perguntou se isso é motivo o suficiente para acabar com as atividades de um instituto em um pais. E de fato, essa se faz tambem minha pergunta:
Nao discutiremos se é verdade o que disse o Padre. Pode ser sim verdade. A pergunta é, por que isso, o fato dos leigos nao reconhecerem o exercicio paternal e espiritual do padre, é motivo para UM INSTITUTO OFICIAL EREGIDO PELO VATICANO DEIXAR UMA CIDADE.
Isso deixa claro que o fato deles terem saido foram sim querelas pessoais, e que esses leigos que nao reconheceram o que reclamou o padre, incomodam tanto ao ponto do IBP ter tido que sair.
Outra pergunta: O que tanto os incomodava no Brasil?
Os jesuitas nao foram muito bem recebidos quando chegaram no Brasil antigamente e nem por isso voltaram para a Europa. E no caso do IBP, o proprio Pe Perrel diz que foi bem recebido. Entao, qual era o problema?
Se os fieis nao tem o conhecimento para reconhecer a paternidade do padre, eles devem entao ser instruidos. E os fieis que nao tem nada a ver com isso, ficam sem IBP? Em quem eles pensaram, nos fieis, ou em alguns fieis?
Portanto, ha mais coisas por tras disso, do que somente o que disse o Pe Perrel (sendo ou nao verdade).
Senhores, realmente fiquei muito triste. É uma grande perda. Se é assim a vontade de Deus que assim seja. Nunca deixarei de ir nas missas em latim, pois na missa nova não consigo ir devido a muitos barulhos,
Vladimir,
O Ricardo disse:
E tu repetiste a mesmíssima coisa:
Ou seja: estão ambos insinuando que o padre está escondendo alguma coisa e apresentando ao povo brasileiro uma justificativa que não é o verdadeiro motivo da partida.
Sugiro, então, a ambos que entrem em contato diretamente com o distrito latino-americano do IBP, posto que eu não sou procurador do pe. Roch e – ao contrário de algumas pessoas – não tenho o costume de especular para além daquilo que foi dito pelas partes autorizadas a passar as informações.
* * *
Mudando de assunto: a quem interessar ler o BLOG do Wagner Moura, eu recomendo.
Abraços, em Cristo,
Jorge Ferraz
É bem o estilo deles… começam a fazer especulações sobre supostas entrelinhas dos pronuciamentos das partes competentes.
Ricardo e Vladimir, não tem mistério nenhum no discurso do pe. Perrel e na saída do IBP: toda a estrutura que o Instituto tinha disponível no Brasil era oriunda do mesmo grupo de leigos e seu “guru”. Com isso, tal “guru” ditava as regras de comportamento e os limites da ação apostólica do IBP conforme seus interesses.
Por isso não havia condições de permanência. A necessidade de “fechar as portas” e partir é importante até para quebrar qualquer vínculo. Não é impossível retornarem posteriormente completamente “livres” das rédeas do “guru”.
[] ‘s
Luiz Henrique
É por isso que clero e leigo não devem misturar-se.
A saída do IBP do Brasil é uma perda muito grande para nós católicos mas de certa forma, oportunidade para reflexão:
Será que também sou responsável por essa saída?
Tenho divulgado a verdadeira Igreja de Cristo?
Os meus amigos sabem o que é o IBP e a oportunidade que tínhamos com ele?
Tenho coragem de falar sobre os erros da Missa de Paulo VI na minha paróquia e pro padre dela, mostrando o caminho certo e o lugar pra encontrar o conhecimento sobre a missa certa?
O Papa Bento XVI está fazendo a parte dele. E eu, estou fazendo a minha?
Sabendo do erro, combato-o?
Será que assisto a missa certa e deixo que o povo se perca por falta de conhecimento conforme diz o profeta Oséias?
Como na política, também na religião, o povo tem o padre que merece. Explico: na minha cidade, divulgamos através de cartazes nas paróquias, convites nos grupos das tais sobre a Missa Tridentina e quem aparece para assisti-la? Os mesmos de sempre. Uma meia dúzia. Um povo que não procura o conhecimento e muitas vezes critica sem saber o que se critica, só pode viver uma vida religiosa achando que é católico mas com costumes protestantes que chegam a ser mais perigosos que os próprios.
De inofensível, passei a ser censurado na minha paróquia por causa da divulgação/explicação que tenho feito sobre a Missa Tridentina. Só que não desisto porque acredito que as portas do inferno não prevalecerão…
[COMENTÁRIO APAGADO A PEDIDO DO AUTOR]
Prezado Vitor Martins,
Continuemos no Bom Combate, tomando cuidado com os excessos.
E, se me permite um pequeno conselho, invista no “tato”. Muitas vezes a causa católica perde terreno e encontra resistência pela forma como ela é apresentada. Em nossas paróquias, p.ex., devemos nos empenhar o quanto for possível para não sermos censurados e segregados. Importa que estejamos no mundo. E uma pequena quantidade de fermento leveda toda a massa.
Abraços,
Jorge
Pe.,
Muito me alegra encontrá-lo por aqui. O senhor está coberto de razão. Que deixemos de lado as disputas vãs e nos concentremos em trabalhar para a maior glória de Deus.
Sua bênção!
Abraços,
Jorge
Boa tarde!
Jorge,
Perfeita conclusao. Eu disse de fato o que havia dito o Ricardo. E voce parece nao ter entendido denovo. Que o Pe Perrel esta escondendo alguma coisa, eu disse, digo denovo e isso nao ha duvida alguma, ate porque como bem lembrou o Pe Anderson, o proprio Pe Perrel disse que nao falaria coisas que no momento ali nao seriam pertinentes…nao seriam pertinentes mas eram verdades.
Logo, voce usou dois termos “ farsa“ e “mentindo“, o que remetia ao Ricardo o insulto ao Pe Perrel…e agora, de quebra, disse que eu assim como o Ricardo, chamo o Pe Perrel de mentiroso e farsante.
E denovo, insinuar que o Pe Perrel nao disse tudo, e que aqueles nao era os unicos motivos, nao ‘e chama-lo de mentiroso nem de farsante. Pois afinal no proprio discurso ele diz que existem outros. Eu somente discuti em relacao ao COLOCADO COMO UUUUM DOS MOTIVOS no sermao. E esse nao parece sustentar a saida. E os que estao por tras e que o Pe Perrel nao disse (e nao disse prudentemente, pois existem momentos que nao falamos certas verdades, e isso nao ‘e ser farsante nem mentiroso) podem ser mais do que suficientes.
Voce diz para que eu entre em contato com os representantes do IBP na AL para entender o que se passou. Voce diz COM ABSOLUTA CERTEZA no comentario de seu blog que os responsavei sao leigos que formam um grupo em Sao Paulo, que tem magisterio paralelo etc. Ora, voce tambem parece saber bem. Da mesma forma que voce se refere a este tal grupo, eu tambem tentei cogitar algo sobre a tal saida do IBP.
Especulacoes geram especulacoes. O verbo “ser“ gera ponto final. Deus ‘e Aquele que ‘e.
Mas enfim, tudo parece um mal entendido, voce querendo dizer algo sobre uma coisa, eu sobre outro e por ai vai.
Rezemos pelo Papa, por Pedro, pois somente ele acaba com as especulacoes, quando todos se calam, somente ele se levanta e diz: ” Tu es Cristo, o filho de Deus Vivo” …Pedro ‘e a pedra, e nao saiamos de cima desta pedra. Qualquer grupo, padres ou institutos que sejam, se nao estiverem com Pedro, perecerao.
Rezemos para que nao saiamos de perto de Sao Pedro.
Isso no fundo, depois de qualquer atrito entre qualquer pessoa, ‘e o que importa. E quantas pessoas, poderiam estar observando este conflito, e quem sabe ate especulando, mas nao podem, porque ninguem ensinou a elas nem ao menos o que ‘e Missa.
Disse bem o Luis Henrique. Quem sabe o IBP possa ainda voltar. Nao ‘e impossivel.
Fiquem com Deus e perdoem-me por qualquer coisa…
Vladimir,
A homilia final do pe. Roch falou em “muitos [para os quais] o sacerdote é somente um distribuidor de sacramentos”. O Fratres in Unum, no mesmo sentido, falou em “um digníssimo sacerdote [que] sobrepõe sua condição de pastor de almas à de mero instrumento nas mãos dos que desejam apenas uma máquina sacramental”, e também que os leigos estão “num lugar de subordinação e não de comando”. O Rorate Caeli falou que “a certain sectarian, probably lay-dominated, mindset was making the full exercise of spiritual fatherhood difficult for the IBP clergy in Brazil”. Portanto, a referência aos leigos paulistas responsáveis pelo triste ocorrido consta em todos os meios oficiais que eu vi até agora, e não somente no meu BLOG, de modo que, se eu sei bem, é porque eu sei o que foi tornado público.
Uma coisa é haver outros motivos, e outra coisa é o motivo divulgado não ser um motivo (e sim qualquer coisa dita para encobrir o motivo verdadeiro). Foi neste último sentido que entendi tanto o comentário do Ricardo quanto o teu. Se foi assim, sustento e, se não foi, peço perdão pelo mal entendido.
Rezemos pelo Papa, sim, confiantes de que, no final, triunfará o Imaculado Coração da Virgem, e que somente cum Petro et sub Petro é possível construir o que quer que seja na Igreja de Cristo.
Abraços,
Jorge Ferraz
Oi Jorge,
Sim, mas no momento em que voce escreve “posto que todos sabem qual é” acho que voce deveria citar nominalmente logo o tal “mal”.
Mas isso é só o que eu acho e nao tira a gravidade do tema. Nao quero ficar desviando o foco do que é mais serio e me perdoem caso eu o tenha feito. No fim das contas eu entendi,e todos entenderam.
So para constar, eu de forma alguma desmereço o tal motivo que o Pe Perrel citou como sendo UM DOS motivos. Realmente acredito, so nao é o maior, mas enfim, é aquele que ele poderia dizer numa homilia (pois é o motivo de carater espiritual).
De resto é isso ai!
Um abraço,
Vladimir
Certamente o grupo de leigos é da Associação Montfort, que já tem seu pai e guru, Orlando Fedeli. A Montfort é um grupo fechado, onde o novato é testado: se aprovado é doutrinado e fica no grupo, se não é escurraçado e humilhado, visto como maldito. O pai deles é OF, e é claro que o Padre do IBP se sentiu ofendido e pulou fora, pois viu que tinha virado empregado da Montfort, ou melhor, escravo. Intectualmente, fez a decisão correta: deixar a Montfort, que é um grupo sectário. Além disto, o IBP já dá claro sinais de divisão interna e de aceitação da Missa nova e do Vaticano II… o que conflitaria, mais cedo ou mais tarde, com o pensamento da Montfort. A Fraternidade São Pio X, já há muitos anos, quer distância de OF, pois não são empregados de guru algum…
Mais uma vez, a Montfort se isola. Tentou agradar o IBP, tentou não criticar o Papa Bento XVI (fez olhos de mercador aos seus erros), tudo para ter sacramentos e Missa… e deu com os burros nágua…
Pe. Perrel: “Não quero dizer que o Padre deva dirigir tudo nas famílias, mas muitos praticamente nunca me permitiram entrar no seio das famílias. É para mim uma tristeza sacerdotal enorme de ver que praticamente não os conheço.”
Mas vejamos estes links abaixo:
a) http://www.youtube.com/watch?v=Zo46fRSSBAY
b) http://www.youtube.com/watch?v=YkUsiPxHVF8)
Evidentemente que a justificativa do padre Perrel para o FECHAMENTO DAS ATIVIDADES DO IBP NO BRASIL não faz sentido.
Talvez a resposta para este gesto extremado esteja nos “sinais de divisão interna e de aceitação da Missa nova e do Vaticano II” (Luis).
As finalidades deste Instituto são: criticar o Concílio Vaticano II e defender a Missa de sempre com exclusividade.
Opor-se a isto é colocar-se contra a existência do IBP.
Mas o ato de oposição se exerce por PALAVRAS OU ATOS.
Um dos fundadores do IBP, padre de Tanoüarn, afirmou que a aceitação de assistir a essa missa [nova], com « todos os seus defeitos, suas ambigüidades e suas insuficiências » é necessária para permanecer católico.
Esta é uma posição apenas defendida pelo padre de Tanoüarn no IBP?
Ricardo,
Com dois vídeos recém-publicados no orkut, tu queres “desmentir” o sacerdote. Como se jogar futebol excluísse ser somente um “administrador de sacramentos”, e como se o padre estivesse se referindo a futilidades assim.
Aproveitando o ensejo, e já que tu falaste nas “finalidades” do Instituto, tu não queres nos ajudar neste post daqui?
Abraços,
Jorge
Do Blog Unam Sanctam :
“Ainda assim temos que colocar aqui abaixo que se havia algo que o IBP tinha e tem bem claro em sua mente é porque existe e o que devem fazer. Se houveram intrigas é porque alguém tentou fazer o IBP a própria imagem e semelhança. Veja o que diz o Pe Rafael Navas Ortiz no site:
“Ave Maria Puríssima!
8 de setembro de 2006 – O Papa Bento XVI outorga um grande e bonito presente a Nossa Senhora no dia de seu aniversário. Foi fundado canonicamente o Instituto do Bom Pastor (IBP), como sociedade de vida apostólica de Direito Pontifício, reunindo sacerdotes, com a tripla missão de promover uma crítica construtiva ao Concílio, que permita finalmente ao Papa dar uma interpretação autêntica de seus documentos, de instituir paróquias pessoais para celebrar o rito Gregoriano, como rito próprio e exclusivo conservando todos os livros litúrgicos vigentes na Igreja no ano de 1962.
Apresentamos ao mundo ibero-americano estas páginas no site do IBP-La, para os que queiram conhecer “diretamente da fonte”, o que é o IBP na Igreja, já que lamentavelmente alguns (de um e doutro lado), não parecem haver compreendido o que é realmente o caráter do Instituto do Bom Pastor.”
Eis o próprio pe. Navas dizendo quais são as finalidades do IBP:
a) crítica construtiva ao Concílio
b) instituir paróquias pessoais para celebrar o rito Gregoriano, como rito próprio e exclusivo.
E “até mesmo os inimigos da Igreja davam sinais de resignação pelo estabelecimento definitivo do IBP no país, quando até os bispos abriam portas ao IBP.” (Fratres in Unum)
Mas já foram publicados em diversos sites “sinais de divisão interna e de aceitação da Missa nova e do Vaticano II”.
O pronunciamento do padre de Tanoüarn reflete apenas uma posição individual ou sinaliza uma importante dissidência interna que trabalha, por ATOS E PALAVRAS, contra as finalidades do IBP?
Ricardo,
As perguntas que fiz são as que estão neste post (veja o link, por favor); os pronunciamentos à época em que o IBP foi erigido, eu já os conheço.
Abraços,
Jorge
Pe. Navas : ” Foi fundado canonicamente o Instituto do Bom Pastor (IBP), como sociedade de vida apostólica de Direito Pontifício, reunindo sacerdotes, com a tripla missão de promover uma crítica construtiva ao Concílio, que permita finalmente ao Papa dar uma interpretação autêntica de seus documentos, de instituir paróquias pessoais para celebrar o rito Gregoriano, como rito próprio e exclusivo conservando todos os livros litúrgicos vigentes na Igreja no ano de 1962. ”
Pe. de Tanoüarn, afirma que a aceitação de assistir a essa missa [nova], com « todos os seus defeitos, suas ambigüidades e suas insuficiências » é necessária para permanecer católico.
Logo, os sinais de divisão interna no IBP são visíveis.
O Fratres in Unum noticia que ” até mesmo os inimigos da Igreja davam sinais de resignação pelo estabelecimento definitivo do IBP no país, quando até os bispos abriam portas ao IBP.”
O pe. Perrel anuncia o FECHAMENTO DA CASA DO IBP NO BRASIL, porém sua justificativa que não fazia sentido é desmentida pelos fatos.
Faço a seguinte pergunta: o pe. Perrel alinha-se com o pe. Navas no cumprimento das finalidades do IBP ou age conforme a posição do pe. Tanoüarn?
Não há como negar a divisão interna no IBP.
Na realidade, O IBP, formado por membros dissidentes da FSSPX, foi criado para esvaziar a Fraternidade São Pio X, com objetivos que seriam os mesmos da Fraternidade: criticar o Vaticano II e celebrar Missa antiga. Evidente que o IBP é controlado pelo Papa, ou melhor, pela política do Vaticano que quer acabar com a incômoda questão dos católicos tradicionais, que atrapalham (e muito) a questão ecumênica. (Tratemos pois de controlar os tradicionais, acabando com a resistência da Fraternidade, que é a que mais incomoda…)
Tanto incomoda que foi dada à ela um “ultimato”, que para OF e outros deveria ter sido aceito…
A Fraternidade deve aceitar acordos e se amansar, tal qual o IBP?
O IBP, que pouco ou nada critica o Concílio? Que na verdade quer é fazer uma “leitura Tradicional” do Vaticano II, tal qual quer o Papa? Que em pronunciamentos públicos aceita a paticipação na Missa Nova?
Orlando Fedeli não é bobo. Queria ter padres tradicionais para realizar os sacramentos para seu grupo. Já tinha usado os serviços dos padres da Permanência, mas estes cairam fora, face aos desvarios de OF. A Associação Montfort sempe era visto como grupo sectário, era necessário mudar esta faceta: OF vai à JP II e faz o “beija-mão” com a desculpa de entregar um abaixo-assinado contra o aborto… evidente, tinha lá um fotógrafo para registrar o momento, que seria estampado no site da Montfort.
Agora a Montfort faria parte da Igreja, pois estava ligada ao IBP… OF e seu grupo construíriam a Capela e dariam $$$ ao IBP, mas teriam que fazer pressão contra a Fraternidade com artigos contrários a ela, proclamando que eles devem fazer acordos, que a Igreja estava mudando, que o Papa estava “do lado dos tradicionais” e iria restaurar tudo etc. O ultimato, arma utilizada para pressionar, foi amplamente defendida por Fedeli, que fez um apelo à Fraternidade para que aceitasse…
Mas como já disse, OF não é bobo. Sabia dos objetivos do IBP, da aceitação do Vaticano II e da Missa Nova, da leitura tradicional do Concílio… OF não podia publicamente ir contra, mas usou seus alunos para que eles agissem, na moita, contra o IBP. Pois na verdade, OF queria era controlar o IBP. Como? Colocando seus alunos como seminaristas do IBP. Em alguns anos, eles seriam Padres e dominariam o Instituto, colocando para fora os Padres dissidentes e criando o IBP pró-Fedeli…
O objetivo de Fedeli não parece com um antigo “amigo” seu, o agora Padre Jão Clá, que criou o grupo dos Arautos e foi indo, indo, indo… até criar uma associação composta por inúmeros sacerdotes?
Fedeli queria fazer algo semelhante, mas se utilizando do IBP, daria um golpe a longo prazo… mas não contava com a inusitada saída do IBP do Brasil, que fez naufragar seus planos.
Aonde agora irão os alunos da Montfort para se tornarem padres? Na Fraternidade não podem, nos seminários modernistas nem pensar, nem em Campos…
Luis: ” O IBP, que em pronunciamentos públicos aceita a paticipação na Missa Nova?”
Mais adequado seria referir-se à dissidência interna do IBP, tornada pública pelo pe. de Tanoüarn, que trabalha contra os próprios estatutos canônicos do Instituto.
A questão permanece: pe. de Tanoüarn está sozinho ou lidera uma facção sectária dentro do IBP?
E mais: como a oposição aos estatutos do IBP se daria apenas por meio das palavras do pe. de Tanoüarn ou também acompanhada de atos por vezes inusitados?
Vejamos o que foi noticiado por Fratres in Unum em 25 de Junho de 2008:
“Um leitor nos envia a notícia que abaixo reproduzimos:
Caros fieis,
O Instituto do Bom Pastor tem a alegria de dar-vos a notícia da concessão de uso da capela do Sagrado Coração de Jesus para celebração de missas aos domingos e festas de guarda. A capela encontra-se na rua Paulo Bregaro, 400, bairro Ipiranga, São Paulo – SP, na continuação da rua Gonçalo Pedrosa. As missas serão sempre às 10 h 30 da manhã. Não havendo, nesses dias, missa na capela em nossa casa. Esperamo-vos já neste domingo (29 de junho) para a primeira missa celebrada por nos nesta capela.
Que Deus o abençoe.
Padre Roch Perrel
Instituto do Bom Pastor
_________________________________
40 dias depois da concessão de capela ao IBP em São Paulo, o mesmo padre Roch Perrel FECHA AS ATIVIDADES DO IBP NO BRASIL.
Já que a divisão interna do IBP é pública, novamente faço a pergunta:
O pe. Roch Perrel está vinculado à facção sectária liderada pelo pe. de Tanoüarn?
Ricardo,
Você disse (grifos meus):
A pergunta que não quer calar:
ONDE ESTÃO OS ESTATUTOS??
Abraços,
em Cristo,
Jorge Ferraz
Pe. Navas : ” Foi fundado canonicamente o Instituto do Bom Pastor (IBP), como sociedade de vida apostólica de Direito Pontifício, reunindo sacerdotes, com a tripla missão de promover uma crítica construtiva ao Concílio, que permita finalmente ao Papa dar uma interpretação autêntica de seus documentos, de instituir paróquias pessoais para celebrar o rito Gregoriano, como rito próprio e exclusivo conservando todos os livros litúrgicos vigentes na Igreja no ano de 1962. ”
________________________
Jorge, o pe. Navas teria proferido uma MENTIRA?
Ricardo,
1 – O post que pergunta sobre as fontes oficiais é este aqui (clique no link).
2 – ONDE ESTÃO OS ESTATUTOS?
O pe. Navas não diz o que você diz.