5. Que opróprio não se apresenta para a condição humana o túmulo com a sua podridão! Jesus, isento deste opróprio universal, também dele isentou a Santa Virgem, porque a carne de Jesus é a de Maria.
7. Se Maria foi tão justamente ornada durante toda a sua vida com graças, mais abundantemente do que todas as outras pessoas, após a sua morte, a intensidade dessas graças haveria de diminuir? Por certo que não. Pois se a morte de todos os santos é preciosa (Sl 115, 15), a de Maria, certamente, é mais preciosa ainda. Ela, que pôde ser chamada Mãe de Deus e que o foi de fato.
8. Era justo ficar isenta da corrupção aquela que fora inundada com tantas graças. Deveria viver, toda inteira, aquela que gerou a Vida perfeita e completa de todos os humanos.
Que ela esteja com aquele a quem trouxe no seio: que esteja junto àquele que pôs no mundo, a quem aqueceu e nutriu. Maria, a mãe de Deus, a ama de Deus, o reino de Deus, a imitadora de Deus.
[Tratactus De Assumptione B. Mariae Virginis 5.7.8. Escrito atribuído.
in “Santo Agostinho – a Virgem Maria – Cem textos marianos com comentários”
Ed. Paulus
São Paulo, 2002]