Projeto para a (de)formação de católicos

Vejam esta “maravilha”. Fiz questão de transcrever na íntegra.

amor-jamais-acabara

12º Encontro

Ceia: memória, comunhão e partilha

Mantra: Onde reina o amor, fraterno amor,
Onde reina o amor Deus aí está
.

1. Acolhida

(Acolher as pessoas, dando-lhes as boas-vindas e deixando-as bem à vontade.)

Canto: “Ó Senhor, nós estamos aqui”.

(Ou outro à escolha.)

1. Ó Senhor, nós estamos aqui,
junto à mesa da celebração
Simplesmente atraído por vós
desejamos formar comunhão.

Igualdade, fraternidade,
nesta mesa nos ensinais
/:As lições que melhor educam
na Eucaristia é que nos dais!:/

2. Este encontro convosco,
Senhor, incentiva a justiça e a paz!
Nos inquieta e convida a sentir
os apelos que o pobre nos faz.

Animador(a): Irmãos e irmãs, que a alegria, mística da evangelização, a esperança e a paz estejam sempre conosco como força e testemunho de comunhão eclesial! Nós nos reunimos em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém!

2. Oração inicial

Senhor, nosso Pai, estamos reunidos para conhecer melhor Jesus e sua proposta, e partilhar a experiência da fé. Queremos reafirmar nosso compromisso batismal como discípulos missionários de teu Filho Jesus. Ajuda-nos na fidelidade à missão. Por Cristo, nosso Senhor, na unidade do Espírito Santo. Amém!

3. Deus nos fala pela vida

Animador(a): A celebração da Ceia do Senhor era uma prática muito comum nas primeiras comunidades cristãs. Era celebrada nas casas com alegria e simplicidade. Nos Atos dos Apóstolos encontramos os textos que falam dessa experiência como perseverança aos ensinamentos recebidos; testemunho de comunhão fraterna; fração do pão; oração e solidariedade com os pobres (cf. At 2, 42-47; 4, 32-37; 5, 12-16). “Todos os que abraçavam a fé viviam unidos e possuíam tudo em comum” (At 2, 44). No início da comunidade de Corinto, parece que a Ceia ou Eucaristia era uma refeição fraterna onde todos se sentiam como irmãos num clima de alegria, confiança e comunhão.

Todos(as): “A Eucaristia, participação de todos no mesmo Pão de Vida e no mesmo Cálice de Salvação, nos faz membros do mesmo Corpo (cf. 1Cor 10, 17). Ela é a fonte e o ponto mais alto da vida cristã, sua expressão mais perfeita e o alimento da vida em comunhão” [DA 158].

Leitor(a) 1: O Apóstolo Paulo, ao tomar conhecimento de que a celebração da ceia estava causando divisão, chama a atenção da comunidade para três dimensões essenciais dessa refeição especial:

  • Eucaristia/Ceia é memória, comunhão com Jesus e comunhão com as pessoas;
  • Eucaristia/Ceia é partilha com os mais pobres;
  • Eucaristia/Ceia é compromisso com o ato celebrado.

Por isso, na ceia eucarística não pode haver divisão, separação, privilégios, discriminação por motivo de raça ou situação social… Vamos contemplar os símbolos que trouxemos hoje para nosso encontro [Bíblia em lugar de destaque, flores, um pão e o Círio Pascal ou uma vela]. O que eles despertam em nós? Em nossas celebrações como percebemos as três dimensões acima citadas? (Motivar e dar tempo para as pessoas falarem.)

Refrão: Comungar é tornar viva a aliança com Jesus, razão de nossa esperança.

4. Deus nos fala pela Bíblia

Animador(a): Há um consenso entre os pesquisadores do Novo Testamento sobre a época em que Paulo escreveu esse texto sobre a Eucaristia/Ceia. Ele é considerado como um dos escritos mais antigos, datado aproximadamente entre os anos 51-56. No início, a celebração da Eucaristia/Ceia era feita depois de uma refeição em que os participantes traziam os alimentos e os repartiam entre si. Na comunidade de Corinto surgem alguns problemas decorrentes de divisões de classe e de mentalidade: “Ouço dizer que, quando vós vos reunis como Igreja, têm surgido dissensões entre vós” (1Cor 11, 18). Paulo alerta que a Eucaristia/Ceia não deve estar separada da dimensão de comunhão e partilha.

Leitor(a) 1: O Apóstolo recorda também que a Eucaristia é memória perpétua da paixão/morte e ressurreição de Jesus. É um sinal da Nova Aliança. Por isso, quando participa da Ceia, a comunidade vive a experiência de todos serem um no mesmo Corpo de Cristo. Paulo orienta a comunidade para a dimensão de unidade, comunhão e partilha: “Meus irmãos, quando vos reunirdes para a ceia, esperai uns pelos outros […] para que vossas reuniões não sejam para vossa condenação (1Cor 11, 33-34).

Canto acolhendo a Palavra.

Leitura atenta do texto: 1Cor 11, 17-34.

Para meditar e refletir:

1. O que diz o texto? (Repetir as palavras que mais lhe tocaram o coração.)

2. O que o texto diz para mim/nós? (Iluminação do texto para a vida e missão.)

3. Como estamos vivendo a Eucaristia em nossa vida e na vida da comunidade?

5. Deus nos envia em missão

O que o texto nos faz dizer a Deus?

(Momento de silêncio e interiorização.)

Animador(a): Num momento de silêncio, vamos interiorizar a Palavra e expressar através das preces o que o texto e a reflexão nos fizeram sentir. (Motivar o grupo para fazer preces espontâneas. Depois de cada prece, todos pedem: “Senhor, ensina-nos a viver com intensidade a dimensão pessoal, comunitária e social da Eucaristia”.)

Leitor(a) 1: Com o coração agradecido, vamos rezar a oração em que pedimos ao Pai que venha a nós seu Reino, que não nos falte o pão de cada dia e que estejamos livres de desvios em relação ao projeto amoroso de Deus: Pai Nosso

Compromisso: O que podemos assumir concretamente a partir das reflexões feitas neste encontro?

Oração Final: Deus da vida e da comunhão, ensina-nos a ser sempre mais fiéis à dimensão profunda da Eucaristia em nossa vida e missão. Reforça os laços de unidade e do testemunho de comunhão eclesial entre nós. Por Cristo Jesus, nosso Senhor, na unidade do Espírito Santo. Amém!

Bênção: Deus, que é nossa salvação, nos abençoe e faça brilhar sobre nós sua paz agora e sempre. Amém!

Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo! Para sempre seja louvado!

Canto final à escolha.

(Neste momento faz-se a partilha do pão entre os participantes.)

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O amor jamais acabará (1Cor 13, 8) – Roteiros de estudo para os Círculos Bíblicos e Grupos de Reflexão sobre a Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios, pp. 90-94
Círculos Bíblicos 8
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
Paulinas / Paulus
1ª Edição – 2008

Alguém consegue encontrar uma explicação minimamente razoável para um livro de roteiros para círculos bíblicos, supostamente católico, com o nome da CNBB, editado e vendido em livrarias católicas, em um capítulo dedicado à Eucaristia, não trazer uma única referência à presença real e substancial de Nosso Senhor Jesus Cristo em Corpo, Sangue, Alma e Divindade no Santíssimo Sacramento, nem ao Sacrifício de Cristo no Calvário tornado presente de maneira incruenta sobre o altar quando se celebra o Santo Sacrifício da Missa?