Vi na Folha de São Paulo que “Mercosul e Venezuela querem proibir anúncios de cigarros”. A idéia nonsense e arbitrária não é novidade; no Brasil, isso já acontece há bastante tempo.
A mesma Folha de São Paulo, em uma outra notícia, questiona o mito de que os fumantes fumam porque são movidos a isso pela propaganda tabagista. Mario Cesar Carvalho, repórter da FOLHA, afirma com muita propriedade: “É claro que a publicidade ajudou o fumo a alastrar-se pelo mundo, e a indústria do cigarro é das que mais investem em propaganda. Mas acreditar que o fumante é um autômato movido a impulsos externos de desejo seria subestimar em demasia a inteligência humana”.
Não estou aqui para questionar ou defender a indústria tabagista, nem para fazer estudos sobre a eficácia (e a moralidade…) da proibição das propagandas na redução do número de fumantes, nem nada disso. No fundo, o problema digno de menção aqui é a substituição, no inconsciente popular, da Moral Católica por uma “moral arbitrária”. Afinal de contas, do ponto de vista moral, qual o problema intrínseco em fumar? Absolutamente nenhum. Os problemas podem surgir quando se fuma “para se exibir”, quando se fuma de maneira exagerada, quando um pai de família deixa de comprar a comida dos filhos para comprar cigarros, etc. No entanto, o problema não está no cigarro, e sim nas atitudes desses fumantes. O tabaco em si é moralmente neutro; o prazer de fumar um cigarro não é intrinsecamente desordenado.
A nova “moral arbitrária” que deseja tomar o lugar da Moral Católica considera as coisas neutras como más e as coisas más como louváveis. Por exemplo, é muitíssimo comum que a demonização do cigarro ande lado a lado com uma simpática afinidade para com as drogas (como a maconha, cujo uso é sim passível de condenação moral porque provoca estados alterados de consciência). No início deste ano, eu li que a Holanda havia proibido o tabagismo, mas isentado os cigarros de maconha desta proibição (!!). É uma completa inversão de valores. O uso do tabaco não é pecaminoso; o uso da maconha, salvo algum caso de prescrição médica ou outro motivo proporcionado, é pecaminoso sim. Do mesmo modo, as mesmas pessoas que consideram o tabagismo uma prática gravemente imoral muitas vezes não vêem nenhum problema no comportamento sexual desregrado dos nossos jovens. A “moral arbitrária” – que bem pode ser chamada uma Anti-Moral – ganha adeptos numa velocidade vertiginosa.
Chesterton disse certa vez que “ter horror de tabaco não é ter um padrão abstrato do que seja certo; é exatamente o contrário. É não ter padrão algum do que seja certo, e colocar certos gostos ou repulsas no lugar”. Do mesmo modo, ser um militante anti-tabagista não é ter um senso moral apurado; é, ao contrário, desconhecer a Moral da Igreja e colocar a Anti-Moral impostora no lugar d’Ela. Claro que ninguém é obrigado a fumar para ser católico; mas o católico pode muito bem fumar, se o quiser, e achar que existe alguma ilicitude moral no fumo em si (em outras palavras, achar que fumar é sempre pecado) não é de modo algum uma idéia católica. É, ao contrário, uma idéia puritana, que precisa ser expurgada porque impede a Moral Católica de ser conhecida, na medida em que coloca uma caricatura em Seu lugar.
Olha,acho que não é bem assim.O cigarro faz mau a saúde sim,ou alguém duvida disso?
Se não faz bem,não é moralmente bom.
Caríssimo Antonio,
O cigarro é moralmente neutro. Faz mal à saúde, sim, mas não é essa a questão; não estou fazendo uma análise do ponto de vista médico, e sim do ponto de vista moral. Tem muitas outras coisas que fazem mal à saúde (deixar de fazer exercícios, ficar muito tempo defronte do computador, comer gordura, passar a noite acordado, etc, etc) e que, evidentemente, não são pecados.
Como disse um amigo meu, daqui a pouco “ser gordo” vai ser pecado, já que obesidade mata mais tanto quanto fumo. Ou, então, vai ser pecado usar celular, já que há quem diga que os celulares fazem mais mal à saúde do que cigarro. Como tais afirmações são absurdas, segue-se como conclusão inevitável que simplesmente “fazer mal à saúde” não é o critério para se avaliar a moralidade dos atos humanos.
Abraços,
Jorge
Bom… eu considero que tudo o que nos vicia e cerceia a nossa vontade não é muito legal… porque aí já não depende mais da nossa racionalidade e da nossa inteligência. A liberdade fica limitada. Mesmo assim, depende do livre arbítrio e com um esforço imenso pode-se deixar de praticá-lo, assim como ocorre com chocólatras, compulsão por sexo, por video-games, álcool ou qualquer outra coisa.
Já ouvi pessoas dizerem que não confiam em quem fuma, pois essas pessoas voluntariamente fazem mal a si mesmas.
Se pensarmos bem, viver faz mal à saúde. O ar que respiramos não é limpo, a água que bebemos também não. Sem contar as nossas práticas alimentares. Claro que podemos e devemos buscar formas cada vez melhores de vida, mas deterioraremos de qualquer forma.
O cigarro hoje em dia não é moralmente aceitável. Isso é porque está causando custos enormes à saúde pública o tratamento das doenças causadas pela exposição prolongada à nicotina (e às outras substâncias). Tudo pela saúde pública – até aborto. Por essa questão eu gostei muito mesmo do seu post.
O que posso dizer é o seguinte: as pessoas em que mais confio fumam. Gosto de estar perto delas, mesmo quando estão fumando (já me disseram que posso ser uma fumante passiva viciada o.O). Tenho problemas respiratórios e o cigarro agravou muito isso na infância, tendo consequências estéticas… Se não tivessem feito um programa de televisão sobre as deformações ósseas que podem ser causadas por alergias e problemas respiratórios, eu não saberia disso e viveria minha vida feliz. Só que quando se descobre que algo pode ter impacto não só na sua vida, mas também na vida dos outros, é melhor ter cuidado. Porque se culpou as samambaias, mas na verdade era o cigarro (ou os dois juntos) que causavam alergia e me dificultavam a respiração… passar noites no hospital pra mim era corriqueiro até os 5 anos. Depois nos mudamos para um local mais arejado.
As coisas que aconteceram a gente não pode mudar… Mas mais importante que apagar um cigarro da mão de alguém, é acender o amor no coração das pessoas. É buscar alternativas de convivência e não ficar julgando um tipo de comportamento e o proibindo. Pode-se fazer fumódromos para não prejudicar os não-fumantes… Mas o que se faz quanto as fábricas que poluem bem mais, quanto aos carros que soltam aquela fumaça horrorosa (que me dificulta muito mais a respiração)?
A sociedade está hipócrita mesmo.
Quanto à propaganda, acredito que não afete os adultos, mas afeta as crianças… e elas são quem mais assiste televisão hoje em dia. Por isso acho importante reduzir mesmo. Mas não só esse tipo de propaganda… propaganda de bebidas, de pornografia (que está atingindo até os desenhos infantis), propagandas que fazem as pessoas não se aceitarem…
Desculpe o enorme comentário.
Um beijo maior ainda e parabéns pelo blog!
Jorge,
E não pense que a situação holandesa não seja a que desejam implantar por aqui. É sim.
Os fumantes daqui a pocuo terão que viver em guetos.
Jorge Ferraz
Sou gorda, fumante, sedentária, adoro um bife acebolado, com a beiradinha de gordura, adoro um chopinho escuro… e claro também, tô ferrada…
Fumar é moralmente errado, pois a fumaça do cigarro faz mal tanto para o fumante quanto pra quem ta a seu redor.
Fumar não é algo natural, é um vício horrível.
Me admira alguém que combate o homossexualismo ser a favor do cigarro. É uma contradição interessante.
Lucas,
Obrigado. Você trouxe um exemplo perfeito daquilo que eu falava quando dizia que a “moral arbitrária”, que era na verdade uma Anti-Moral, estava tomando o lugar da Moral Católica e estabelecendo como senso comum os maiores disparates.
Acrescento ao rol que eu fiz acima: muitas das pessoas que têm horror ao tabaco não vêem problema algum nas depravações homossexuais. É a esse tipo de confusão que as pessoas podem chegar, quando se deixam levar pelo “politicamente correto” e pelas exigências (distorcidas) da sociedade, ao invés de se pautarem pelo Magistério da Igreja, única autoridade segura para indicar aos homens o que deve ser feito e o que deve ser evitado.
A única referência que existe ao fumo no Catecismo da Igreja Católica está no seu parágrafo 2290, que diz:
Ou seja, o que é moralmente errado é abusar do fumo, como também abusar da comida, da bebida ou dos medicamentos. Se é perfeitamente lícito comer sem abusar, beber sem abusar e tomar medicamentos sem abusar, é também perfeitamente lícito fumar sem abusar do fumo e, por conseguinte, sem cometer pecado algum.
Coisa bem diferente é dita no que se refere aos atos homossexuais: estes “não podem, em caso algum, ser aprovados” (CIC 2357). Portanto, combater o homossexualismo e defender a possibilidade de se fumar sem que se esteja pecando não é “uma contradição interessante”, e sim a única coisa que um católico pode fazer: obedecer ao que ensina a Igreja Católica.
Como já foi dito acima, “fazer mal” [à saúde] não é o critério para se discernir o que é moralmente errado daquilo que não o é, pois existe uma infinidade de coisas que “fazem mal” e não são pecados.
Reitero o que disse antes: a “Anti-Moral” na qual as pessoas são criadas e que acabam absorvendo por osmose causa grandes males, pois impede as pessoas de conhecerem a Moral verdadeira e as leva a tomarem como verdade absoluta coisas que não fazem nenhum sentido. Faço uma aposta contigo: para cada “motivo” que tu trouxeres pelo qual o cigarro seria moralmente mau, eu trago um contra-exemplo de outra coisa que não é moralmente má mas que deveria ser, se fosse julgada apenas pelo “motivo” utilizado para a condenação do cigarro.
Do puritanismo,
libera nos, Domine!
Abraços, em Cristo,
Jorge Ferraz
Bom, pensando por esse aspecto acho que você tem razão mesmo.
Um abraço!
O cigarro contém drogas e vicia.
Portanto causa dependência química, uma escravidão.
Creio também que abre as portas para droga + pesadas.
O combate ao fumo é pela questão da saúde, e creio
seja por essa ótica que deve ser visto.
Vanderley,
Bom, sim, vicia.
Quem não quiser fumar, portanto, que não fume.
O problema ao qual estou me referindo está na demonização do cigarro.
Não necessariamente.
Pela questão da saúde, sim, é lícito combatê-lo.
O que não pode – repito – é combatê-lo pela questão moral.
Abraços,
Jorge
vanderley
Sou fumante desde os 15 anos, e nunca sequer peguei num “baseado”.
E olha que fui usuária do trem dos estudantes, durante todo meu curso na faculdade, e a maconha e lsd corriam livres nos vagões.
É só dizer não!
Em função da quantidade de impostos que são cobrados todas as vezes que alguém compra cigarro, duvido muito que a sociedade seja prejudicada pelos problemas de saúde dos fumantes.
Pelo contrário, o dinheiro dos impostos dos fumantes ajuda a subsidiar a saúde pública. Se todos pararem de fumar, corre-se o risco de faltar dinheiro nos hospitais.
Aliás, seguindo o raciocínio anti-tabaco, andar de moto e asa-delta deveria ser proibido já que os inúmeros acidentes são custeados pela saúde pública
Eu não gosto de cigarro… talvez por ter visto minha mãe fumar em toda minha infância, adolescência e começo de juventude… quando criança, quem ia comprar cigarro pra minha mãe era eu… parei de comprar quando tomei real noção do que é o cigarro… ela passou anos tentando parar de fumar… conseguiu enquanto eu ainda estava grávida… tenho rinite alérgica que, não por coincidência melhorou muito depois que saí de casa e mais ainda depois que ela parou de fumar… hoje, quando sinto cheiro de fumaça de cigarro me dá uma falta de ar, uma angústia =P boa parte deve ser psicológica… não demonizo o cigarro, mas não quero pra minha saúde algo que sabidamente faz mal e vicia… por sinal… você já fez seus exames? =P
Eu também não suporto cigarros. Fumo cachimbo diariamente e charutos em dias de festa.
JB
João de Barros
Que chic…
Gente fina é outra coisa…
Fico no meu hollywood… que pobreza!
Já foi dito que o cachimbo é o charuto do pobre. Há uma certa verdade pois o preço dos bons charutos é absurdamente alto. Puros cubanos, só quando vem o décimo-terceiro.
Apenas para me juntar ao coro, sou ateu (ou seja, alguém com uma moral “fraca” segundo o ponto de vista de vocês), quase 32 anos, fumante desde os 19 e nunca utilizei drogas ilícitas.
Abraços.
Muitas verdades foram ditas, eu fumo e as vezes me controlo para não exagerar, nunca usei drogas que são bem diferentes do cigarro.Drogas, como dizem os jovens , dá onda e fumando os meus cigarrinhos nunca senti nem marolinha, mas tenho conciência que faz mal, já perguntei ao padre, meu conselheiro, se é pecado fumar, não, mas deve-se moderar e tentar parar a mesma coisa da bebida, moderadamente. Não fumo em público, dentro de casa e recentemente na rua estava fumando, uma jovem senhora passou por mim e abanou as mãos, mas nada falou, ela está com razão a rua é pública e por isso mesmo não tenho o direito de atrapalhar ninguém, desse dia em diante não fumo mais nas ruas, mas eu fico pensando que fumar deve sim ser contrário aos bons costumes, se faz mal, porque fuma, o suicídio é pecado. Falou irmãos.Jorge não vai me ironizar, vai? cuidado o sub zero.
Enquanto leio os comentários vou fumando meu Dunhill Carlton (e achando bão).
E só não estou tomando uma skolzinha bem gelada porque estamos na Quaresma e essa é uma das penitências que faço.
Parece incontroverso até aqui que o cigarro faz mal à saúde… Pois eu tenho cá minhas dúvidas. Já comentei sobre isso em outro post e vou repetir.
No tempo em que eu assistia à porcaria do Jô Soares, lembro-me de uma série de entrevistas com as quatro pessoas mais velhas do Brasil. Dois velhinhos e duas velhinhas. Todos com 115/120 anos. Cada dia ia um. Pois bem, destes quatro, TODOS, SEM EXCEÇÃO, fumavam desde os nove, dez anos de idade. E era cigarro mesmo (Carlton, Hollywood). E todos também bebiam cerveja (inclusive beberam e fumaram durante a entrevista, para relaxar). Agora eu pergunto: essas pessoas, se não fumassem nem bebessem, será que viveriam uns 200 anos? Acho que não, porque os que não fumam nem bebem mal chegam aos setenta.
Com relação aos gastos, é o melhor negócio do mundo para o governo. Há alguns anos uma pesquisadora anti-tabagista da UNB publicou um estudo no qual afirmava que o Estado gastava não sei quantos milhões por ano com doenças relacionadas ao cigarro. Era só um palpite dela, mas digamos que seja verdade. Acontece que a Souza Cruz mostrou que só ela (Souza Cruz) recolhia de impostos para o Governo, no mesmo período, cerca de cem vezes aquele valor. Ou seja, se todo mundo parasse de fumar de repente, o Estado quebraria.
Isso é que é hipocrisia! O Estado ganha com os fumantes e fica com essa psicose politicamente correta contra o tabaco. Mas doido para liberar a maconha.
O asqueroso Lula fuma mais que chaminé. Só que fuma umas cigarrilhas caríssimas. Sei disso porque tenho um amigo que é motorista da Presidência e às vezes tem que sair de madrugada para comprar as cigarrilhas do canalha. Vêm numa latinha com seis unidades e custa mais de R$ 20,00. Com o nosso dinheiro é fácil, né? Esse é o pobre presidente operário que representa o povão.
Um abraço a fumantes e não fumantes.
Carlos.
Carlos só você, então vou esquecer esse negócio de parar de fumar, o cigarrinho do Lulalá será que não é um…
para custar tão caro, também conheci um senhor que deveria ter uns 90 anos e fumava dois maços por dia e olha que não era carlton, mas um cigarrinho pior do que derby, ah esse senhor faleceu com 102 anos,a minha meta é chegar aos 85, se Deus quiser, depois vou para o Paraíso, se o Jorge não me irritar. Abraços e boa noite.
Não deixe que um miserável como o Jorge atrapalhe a sua ida ao Paraíso, sr. Cândido. Longe de mim! Eu quero é que o senhor vá para o Céu. Para, de lá, pedir ao Altíssimo misericórdia para mim.
Vamos marcar um encontro qualquer dia desses. Depois da Quaresma. Cervejas e cigarros: militância anti-puritanismo.
Abraços,
Jorge
Falando de cigarro e já que amanhã é segunda-feira, deixa eu contar uma historinha verídica sobre a frase que usei na mensagem anterior (“E achando bão”), para espairecer.
Aconteceu na minha cidade natal, bem pequeninha, no interior de Minas Gerais. Lá ninguém fala “fumar”, mas “pitar”.
Tem um rapaz lá (vamos chamá-lo de “Chico”), que pitava.
Até que um dia, miseravelmente, o Chico virou crente. “Aceitou Jesus” e começou a frequentar a igreja pentecostal que tem lá. Parou imediatamente de fumar. Passado o fervor inicial, porém, não aguentou e voltou a suas dar pitadas, só que às escondidas, principalmente do pessoal da igreja.
Durante aqueles cultos enormes, de até três horas, ele dava pelo menos umas duas escapadas. Ia até a parede lateral da Igreja, acendia o cigarro e ficava fumando ali, sempre olhando para o rumo da porta do templo para ver se não vinha ninguém.
As “irmãs” logo descobriram e o denunciaram ao pastor. Este resolveu dar o flagrante.
No culto seguinte, assim que as “irmãs” deram o sinal, o pastor deixou o coral cantando um hino qualquer e saiu de fininho pelos fundos, junto com algumas “irmãs”. Chegou devagarinho, silenciosamente, às costas do coitado do Chico, que no momento dava uma tragada bem saborosa, com o corpo escondido atrás da parede e o pescoço esticado para fora, a ver se vinha alguém da Igreja.
Só que senhor pastor e irmãs dedo-duro vinham pela retaguarda.
Qual não foi o susto de Chico ao ouvir a voz grave e potente do Pastor, bem às suas costas: “Uai, Chico, cê tá pitando???!!!”
O Chico levou um susto. Virou-se de frente para os censores, meio sem jeito. Depois, vendo que o caso era perdido mesmo, recuperou-se do susto e respondeu com valentia: “E achando bão!”
Essa história é verdadeira e virou a piada da cidade por um bom tempo. Até hoje é a resposta padrão que os habitantes usam para justificar qualquer comportamento. Tipo assim: alguém tá tomando uma cerveja de manhã. Passa outro e pergunta: Bebendo uma hora dessas? A resposta é fatal: “E achando bão!”
Como é “bão” ser católico!
Um abraço e boa semana para todos.
Carlos
Falou Jorge, mas isso ainda vai demorar muito, eu gosto da terra e quando subir,vou ajudar todo mundo, até o Lulalá parar de fumar (o que ele fuma mesmo?) a Dilma estou em Dúvida, só se Jesus mandar. Bem que agente poderia virar anjo né.
Estou em casa de molho, chove fino a faz frio, acordei cedo e vim internetear, ninguém entra cedo? Que chato, aliás os chatos não. Ah, alguém disse aí em cima que cigarro é parecido com drogas, tem um vizinho que mora no ap. dos fundos que usou no passado drogas pesadas, e agora ficou doente da cabeça e dá ataques sempre pela manhã, tem hora marcada, mas é realmente doente, viram a diferença do cigarro e das drogas.Eu, que Deus me perdoe fico achando graça dele, porque ele diz cada uma, tipo: Napoleão está chegando, O leandro e o Leonardo estão vindo cantar…Leandro? eu hem. Bom dia para todos e trabalhem por mim, pelo Lulalá e pela campanha da Dilma.
O catecismo da Igreja católica diz no seu artigo 2290:
“A virtude da temperança manda evitar toda espécie de exceção, o abuso da comida, do álcool, do fumo e dos medicamentos. Aqueles que, em estado de embriaguez ou por gosto imoderado pela velocidade, põem em risco a segurança alheia e a própria, nas estradas, no mar ou no ar, tomam-se gravemente culpáveis.”
Muitas pessoas usam isso para dizer que fumar não é pecado, o que considero um erro. Mas como explicar isso então? O uso do fumo em si não é mal, mas ocorreu uma corrupção na nossa linguagem, a corrupção está em considerar fumo o cigarro industrializado, e esse já deixou de ser fumo há muito tempo e passou a ser apenas um veneno prazeroso.
Entre as várias substâncias do cigarro industrializado estão o Acetaldeído, Acetona, Ácido cianídrico [Pasmem, é cianeto!],Alcatrão, Amoníaco, Arsênio, Benzopireno, Butano, Cloreto de Vinila, DDT, Dietilnitrosamina, Fenol, Formol, Mercúrio, Metanol, Monóxido de carbono, Naftalina, Níquel, Pireno e Polônio. Não sei se estas substâncias já tinham no começo do cigarro industrializado ou foi posto depois, é mais provável que no começo não tinham. Todas estas substâncias, sem excessão, fazem mal ao nosso organismo e estão aí para causar dependência na primeira tragada, fazem um mal gigantesco ao nosso corpo em apenas uma tragada. Estas substâncias não estão aí a toa. Portanto, ao fumar um só cigarro industrializado, você está se suicidando aos poucos, o que é imoral.
Quando o catecismo fala de abuso ao fumo, com todas estas substância, um único cigarro industrializado já se pode considerar abuso, bem diferente, por exemplo, de um cigarrinho de palha caipira. A depêndencia que o cigarro industrializado causa é gigantesca, não existem, por exemplo, pessoas que só fumam aos finais de semana, ou só em dias de comemorações especiais. E também a indústria tabagista está de pé e faturando milhões mesmo sem propagandas na TV, seu uso sendo proibido em diversos lugares, e todo o trabalho de conscientização a respeito dos seus malefícios. É triste ver uma pessoa dependente a ponto, de como ocorre em meu serviço, a pessoa ter que largar seu trabalho para poder dar uma fumada; ou como já vi em vídeos na internet, a pessoa respirando com a ajuda de aparelhos no hospital e implorando por um cigarro.
O cigarro industrializado é uma ilusão, é um veneno que causa dependência química e deve ser combatido. É um ato de caridade com o próximo incentivar as pessoas a largar este vício e sair desta ilusão, cigarro mata. Portanto, chego a conclusão de que fumar um cigarro que contém todas estas substâncias é pecado sim; e não está em nenhum momento em desacordo com a doutrina da igreja, que fala apenas do fumo.