Sua Excelência Reverendíssima,
Dom José Cardoso Sobrinho,
Arcebispo Metropolitano de Olinda e Recife,
Faço questão de divulgar, e com muito orgulho, a presente carta aberta de apoio a Vossa Excelência Reverendíssima. Faço questão de juntar a minha voz à voz de outros tantos católicos que escreveram em solidariedade a V.E.R. (como a carta escrita por uma católica do Rio de Janeiro e publicada hoje no Veritatis Splendor, que subscrevo integralmente), desejando também eu manifestar publicamente o meu mais sincero apoio a Vossa Excelência, Dom José, que é vítima injustiçada de terrível perseguição realizada pela mídia, pelo único fato de ter sido Vossa Excelência fiel ao mandato que recebeu de pastorear as ovelhas do Senhor.
Multiplicam-se acusações infundadas. Fala-se que V.E.R. excomungou a criança, que não teve pena da menina estuprada, que desejava a sua morte, que era indiferente ao sofrimento da família, que estava acobertando o estuprador, etc, etc, etc. Tudo falso; a única coisa que fez Vossa Excelência Reverendíssima – e fez muito bem – foi levantar a voz em defesa das duas crianças, dos dois irmãos gêmeos, que foram covardemente assassinados por culpa de um crime que não cometeram. A única coisa que Vossa Excelência fez foi chamar a atenção para a gravidade deste crime horrendo – que clama aos Céus vingança! -, quando ninguém lhe prestava atenção. A única coisa feita por Vossa Excelência foi comunicar a todo mundo que a pena prevista pelo Direito Canônico – que, aliás, independe completamente da vontade de Dom José ou de qualquer outro bispo – para os que cometem o crime bárbaro do aborto é a excomunhão. O inferno, por causa disso, urra de raiva.
Nós, no entanto, só podemos agradecer. Obrigado, Dom José, pelo Arcebispo fiel que V.E.R. é, como poucos existem hoje em dia. Obrigado, Dom José, por V.E.R. ter se pronunciado claramente contra o crime horrendo que foi praticado no solo de Recife, sob o olhar complacente da mídia, contando até mesmo com o apoio e incentivo de criminosos contra os quais a voz de Vossa Excelência foi a única a ser levantada. Obrigado, Dom José, pela radical fidelidade à Igreja de Nosso Senhor, expressa – uma vez mais – no desapego de si próprio e na aceitação voluntária da perseguição, tudo isso para não se calar diante de uma flagrante injustiça. Obrigado, Dom José, porque nós nos sentimos seguros sob o báculo de V.E.R., com a certeza de que temos a nos guiar um pastor fiel, verdadeiramente compromissado com a Igreja de Cristo e com um santo zelo pelas coisas divinas. Obrigado, Dom José; enquanto o inferno ruge, os Céus estão em festa com a atitude heróica de V.E.R., que não pode, do povo católico fiel, receber senão apoio e admiração.
Obrigado, Dom José Cardoso; Vossa Excelência conta com a nossa mais completa solidariedade, e estamos sinceramente dispostos a sofrer o que quer que seja necessário para a defesa de V.E.R., só pela – imerecida! – honra de sermos contados entre aqueles que padecem sofrimentos pela radical e intransigente defesa dos ensinamentos de Nosso Senhor. Alegramo-nos com Vossa Excelência pelas tribulações atravessadas por V.E.R.; exultamos, porque sabemos que a justa recompensa de Vossa Excelência será grande nos Céus. O Justo Juiz tudo vê; e Sua Mãe Santíssima, Maria, Mãe da Igreja, saberá recompensar àqueles que são servos fiéis do Seu Divino Filho.
Com a minha mais sincera admiração,
subscrevo-me, em Cristo,
Jorge Ferraz
Católico, Arquidiocese de Olinda e Recife
P.S.: também subscrevem estas linhas:
João de Barros – Belo Horizonte/MG
Claudemir Pacheco – Recife/PE
Leonardo Silvestre – São João Del Rei/MG
Rodrigo Pedroso – São Paulo/SP
Caro Jorge:
Gostaria de subscrever sua carta. Se possível, por favor, acrescente meu nome também. Eu sou de Belo Horizonte.
Obrigado.
JB.
Jorge,
excelente!
Subscrevo integralmente.
Abraços,
em Cristo,
Pacheco.
É isso mesmo.
Não se preocupem irmãos, a nossa Igreja é como ouro, quanto mais esfregam, mais brilha.
Subscrevo também!
Abraços e fique com Deus,
Léo
Também subscrevendo:
membro da Comissão de Defesa da República e da Democracia da OAB/SP.
Hipócritas. Minha mãe foi estuprada pelo próprio pai, engravidou dele aos 14 anos e resolveu ter o filho. Esse filho e minha mãe nunca puderam se amar. Sabem qual foi o resultado? Esse menino, que sempre quis ser reconhecido como filho, resolveu se vingar da indiferença materna molestando seu proprio irmão. Apesar disso, nunca apareceu padre, pastor, rabino ou qualqueis outros religiosos na nossa casa para perguntar se precisavamos de alguma coisa. E olha que a minha mãe trabalhou, como faxineira, em igrejas católicas durante vários e vários anos. Demonstrem um pouco de respeito pela vida doando uma parcela do patrimonio de voces para que possamos fazer os tratamentos adequados à nossa recuperação.
Engraçado é que não vejo um manifesto do clero, de outros bispos, da CNBB em apoio a Dom José. Aqueles que apóiam o aborto são articulados. Lula falou, o Ministro falou, toda a imprensa falou, insinuou. Cadê a união do clero agora em favor de um membro importante e desrespeitado? Cadê a CNBB defendendo o seu membro como fez tão rapidamente para defender assassinos do MST?
É, ricardo dabbo, a igreja católica é formada, em sua grande maioria, de hipócritas. O que me espanta é que eles nunca pararam para pensar ” por que pensam isso da gente? será verdade? o que estamos fazendo de errado? “. Para a igreja confessar que está errada é uma dificuldade.
Por isso desejo que meus filhos fiquem longe da igreja católica, onde fui criado e conheci seus males, Deus há de mostrar a realidade a meus filhos, distante de tanto ódio e punição.
Sr. Johnny,
Faça a gentileza de dobrar a sua língua antes de vir à casa alheia xingar aos donos da casa. “Hipócrita” é a corja de canalhas que por aqui – e por outros lugares internet afora – passou nos últimos dias, proferindo sentenças condenatórias sobre assuntos que ignoram completamente, metendo-se em assuntos que não têm nada a ver com eles, dirigindo o seu ódio e indignação contra um Arcebispo que só fez levantar a sua voz em defesa das três crianças (quando, para duas delas, ninguém estava dando a mínima) e comunicar publicamente uma obviedade que consta no Código de Direito Canônico para quem quiser ver.
Atenciosamente,
Jorge
César, espere sentado uma atitude de apoio da CNBB .
Essa ex- Conferência Episcopal a muito tempo já demonstrou que não tem mais vínculo com a Santa Igreja Católica e com o Santo Papa Bento XVI.
Não se surpreenda com as atitudes destes.
Puxa Jorge, até que enfim aparecesse e põe ordem na casa, porque tá vindo um monte de gente mau intensionada aqui para com seus argumentos toscos bagunçar mais do que emitir opiniões, e quanto ao Johnny que quer ver seus filhos longe da Igreja Católica ele também que fique longe dela a começar deste blog que é justamente um blog católico, se não gosta da Igreja Católica, de nós católicos, está fazendo o que aqui, se toca e se manda meu amigo, a porta da rua é a serventia da casa.
Em primeiro lugar o Bispo não excomungou mas , antes, previniu que a atitude do aborto leva a Igreja a excomungar alguém.
É interessante que em meio a tudo isso não foi dito claramente que a criança teria possibilidade de levar a gestação a diante, mas se optou, é claro, pelo meio mais fácil ou seja o aborto.
A medicina tão avançada consegue levar ao fim nos dias hoje gravidez de auto risco por que não se tentou neste caso?
As crianças embora não fossem desejadas poderiam sobreviver e alegrar a vida de tantos que desejam adotar uma criança.
Duas vidas foram sacrificadas, vidas inocentes e indefesas.
Dou meu apoio ao bispo dom Jose Cadoso Sobrinho. Que Deus o abençoe e Ele acolha nos céus estas duas inocentes crianças assassinadas.
Também subscrevo integralmente a carta de apoio ao Arcebispo!
Quanto à CNBB, não duvido nada que logo logo saia uma notinha condenando não o aborto, mas… o Arcebispo! Assim como fizeram no caso dos assassinos do MST que mataram quatro seguranças de uma fazenda. Esse sindicato clérico-comunista (CNBB) é o que há de pior na Igreja Católica brasileira.
Um abraço.
Subscrevo-me, decididamente!
Demerval Jr.
Fraternidade N. Sra. do Bom Sucesso
Trindade-GO
Caros católicos, entendo que sejam firmemente presos a seus dogmas. Tanto, que se tornam cristalizados e obtusos e incapazes de enxergar um pingo fora da asa da ICAR.
Ainda assim, percebam a insensatez do que estão dizendo. Foi levantada a questão do direito à vida das duas crianças abortadas, que em seu léxico presumo que se transforma em “direito sagrado” ou similar.
Como foi claramente demonstrado pelo corpo médico que atendeu a pobre pequena, o seu corpo de 9 anos é incapaz de conduzir adequadamente uma gestação, que dizer de uma gestação gemelar!!!
Não realizando o abortamento (a palavra “aborto” refere-se ao produto conceptual extraído ou eliminado, não ao procedimento), tal equipe produziu duas mortes injustificáveis em lugar de três, pois a menina corria óbvio risco de morte.
Acredito que tenha entendido corretamente a postura da ICAR a respeito do conflito vida materna x vida fetal. A vida materna prevalece. Foi o que aconteceu.
A atitude do V.E.R. [BLASFÊMIA CENSURADA] é tão somente arbitrária, irracional, extremista, fanática, imoral, indecente e de uma crueldade absurda para com a pobre família já acometida pelo ordálio e – por que não? – calvário de uma situação de violência sexual doméstica, estupro e pedofilia.
É revoltante que nos dias atuais pessoas continuem guiando suas vidas com base em escritos inconsistentes, internamente contraditórios e claramente derivados da cultura obtusa e arcaica do Oriente Médio de 2000 anos atrás. É triste que se escudem atrás desse livreto adulterado à lá volonté de imperadores romanos, copistas e monges de moral duvidosa. É patético que a mídia dê ouvidos a um [CENSURADO], cuja única autoridade é oriunda do dinheiro roubado pela sua organização financeira durante séculos, visto que o número de fiéis só faz cair paulatinamente ano após ano.
Gostaria de poder manipular o universo da forma que o seu alegado Deus teoricamente é capaz para fazer com que cada um de vocês fosse transformado nessa pobre menina de 9 anos, estuprada por um ignorante (e provavelmente católico ou similar) padrasto e que fossem obrigados a gestar, parir e cuidar durante o resto de suas vidas desses duplos rebentos frutos da violência, da indecência, da desumanidade e, no caso, de suas doutrinas incoerentes com a liberdade e a dignidade humanas.
Mallmal,
Ok. A sua parcela de estupidez já foi registrada. Agora, xau.
– Jorge
Blog Mallmal,
O mais interessante de seu comentário é que as críticas ali feitas valem mais para… você!
E o motivo é realmente muito simples. Sua ingenuidade em acreditar que se a menina não abortasse imediatamente, morreria. Fosse isso verdade o procedimento abortivo adotado não seria aquele, mas você, do auge de sua sapiência, deve ter plena consciência, não é mesmo?
Mas, vamos lá. Para vc ver como são as coisas, há um caso ****análogo**** no RS, só que a menina tem 11 anos – o que não é lá muita diferença, especialmente em termos de formação do aparelho reprodutor. Afinal, meninas de 11 ou 9 anos são isso: meninas. Não entraram da puberdade. Mas enfim, vamos aos fatos.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u530198.shtml
Repare bem nesses pontos:
“Uma menina gaúcha de 11 anos está ***prestes a ter bebê*** após ser estuprada pelo pai adotivo, em caso semelhante ao da gravidez de uma garota de nove anos que foi interrompida em Pernambuco anteontem.
A criança é de Iraí (481 km de Porto Alegre) e está no sétimo mês de gestação. Ela está internada desde a semana passada, em Tenente Portela, em ala para grávidas com ***risco moderado***. O hospital e o Conselho Tutelar não dão mais informações sobre o caso. ”
Eis aí. O caso de PE, não havia risco iminente de morte da criança, tanto que ela havia recebido ***alta*** do hospital. Efetivamente, havia possibilidade de manter a gravidez por mais poucas semanas, e induzir um parto e tentar salvar os filhos. Caso fosse ***impossível***, aí sim seria o momento de um procedimento que, mesmo causando a morte dos fetos, preservasse a vida da mãe. Ou seja, os médicos foram, ao contrário do que vc diz, precipitados. Os fatos estão aí e são incontestáveis, por mais que vc esperneie em contrário.
Por fim, seu maravilhoso comentário sobre o desejo de fazer a muitos estar na pele dessa criança demonstra sua absurda falta de bom senso e caráter. Fosse eu, gostaria que nenhum ser humano jamais passasse por uma situação dessas.
Vc, ao contrario, deseja que passássemos para ‘aprender a lição’. Fica aí evidente que vc não tem realmente misericórdia da garota pela situação, e antes age por crendices que cegam sua inteligência, bom senso, capacidade de reflexão e tudo o mais.
Só tenho a lamentar que haja pessoas, como vc, que venham aqui dizer tais descalabros e fazem desejos tão horríveis quanto esse.
É profundamente entristecedor e mesquinho de sua parte.
Aponto que não tenho participação efetiva nos comments daqui, mas visito esse magnífico blog diariamente. Se me permitirem, gostaria muitíssimo de me subscrever também.
Sou de Itajaí, SC, e católico, claro. Hoje mesmo fui “atacado” por dois colegas de turma, que me perguntavam tolerantemente “o que eu pensava sobre a atitude idiota, daquele arcebispo metido”.
Essa gente não perde mais tempo algum, em atirar lixo naqueles que não têm vergonha de ser católicos. E detalhe que sou um simples aluno da faculdade de Design Gráfico…
Deus abençoe o trabalho de vcs.
O padrasto que violentou a enteada de nove anos e a engravidou não foi excomungado como os médicos que realizaram o aborto e a mãe que autorizou o procedimento. Não me admira que seja assim. Todos nós sabemos com que carinho a igreja católica trata os agressores sexuais.
Dias atrás um padre deputado foi expulso da igreja por ter defendido, entre outras coisas, o uso da camisinha. Se tivesse molestado uma criança, teria recebido tratamento vip da igreja e hoje seria um modelo de conduta para os capatazes dessa organização criminosa chamada igreja católica.
Sr. Ricardo,
Não sei de onde o senhor tirou o “carinho [com que] a igreja católica trata os agressores sexuais”. Em comentários como este do senhor – e tantos outros que eu vi por aqui -, a única coisa que eu vejo é um ódio doentio contra a Igreja e uma ânsia patética de falar a primeira estupidez que vier à cabeça; de preferência, uma calúnia cretina como a que tu lançaste agora. Já que não tens nenhuma vontade de discutir, e somente de vomitar acusações descabidas, tenha a gentileza de fazê-lo bem longe daqui.
– Jorge
“Se tivesse molestado uma criança, teria recebido tratamento vip da igreja e hoje seria um modelo de conduta para os capatazes dessa organização criminosa chamada igreja católica.”
Me aponte qual o padre que molestou alguma criança recebeu algum tratamento vip por parte da Igreja, por acaso algum pedófilo se tronou bispo, cardeal e até Papa, pelo que eu sei os padres pedófilos, que foram realmente declarados culpados através de provas contundentes estão na cadeia, então veja lá como fala da Igreja Católica, que o maior crime quem está cometendo aqui é você que está atacando uma religião com seus seguidores e tudo, isto já é descriminação religiosa.
A cnbb divulgou uma notinha pífia.
É claro que para o arcebispo o estupro e a pedofilia não são tão graves, AFINAL ESSAS SÃO PRATICAS COMUNS PARA A MÁFIA DE BATINA. Como esse sujeito conseguiu sobreviver até hoje sem nem sequer ter um cérebro de verdade ? Tudo bem que padre só falar besteira é uma constante, é como se estivessem constantemente bêbados de vinho canônico.
A IGREJA CATÓLICA É A GUARDIÃ E TEM O DEVER DA DEFESA INTRANSIGENTE DA VIDA.
NÃO CABE AQUI A DISCUSSÃO APENAS DA VIDA DA CRIANÇA QUE ESTAVA SENDO GERADA, FILHA DA VIOLÊNCIA, DO CRIME, DA LOUCURA, MAS DESSA CRIANÇA DE NOVE ANOS, QUE TEVE A VIDA ARRISCADA TRÊS VEZES: NOS ESTUPROS QUE SOFREU DURANTE SUA VIDA, NA GESTAÇÃO COM RISCO DE MORTE EM UM ÚTERO SEQUER AINDA FORMADO, E NA TOTAL IMATURIDADE PSICOLÓGICA E FÍSICA PARA SER MÃE E DAR O MÍNIMO DE CONDIÇÕES DE SOBREVIVÊNCIA APÓS O NASCIMENTO DESSA CRIANÇA.
O QUE SERIA ESSA CRIANÇA GERADA E NASCIDA DESSA MENINA? MAIS UMA VÍTIMA QUE SERIA VIOLENTADA PELO PADRASTO?
QUEM VAI DAR ESSAS CONDIÇÕES? DOM JOSÉ (LEMBREM QUE ELE É O BISPO DA DITADURA, QUE PREGA DISCÓRDIAS ENTRE PADRES, PAROQUIANOS E ENTRE SÍ) SAIU O DOM DA PAZ (DOM HÉLDER) E FICOU O DOM DA DISCÓRDIA (DOM JOSÉ)
PASMÉM, APÓS UMA MISSA NA QUINTA-FEIRA, QUE FOI BELÍSSIMA E DIGNA DE LOUVORES O PADRE LUCIANO AMEAÇOU OS PAROQUIANOS E PREGOU O MEDO ENTRE TODOS, AFIRMANDO QUE “QUEM DISCORDASSE DA ATITUDE DE DOM JOSÉ, NÃO ERA CATÓLICO E DEVERIA SE AFASTAR DA IGREJA”.
É ISSO AÍ DÁ PANO PRA MANGA, PRA EVANGÉLICO FALAR BESTEIRA… AFASTA OS DE POUCO CONHECIMENTO DE NOSSA BELA IGREJA CATÓLICA.
COM ISSO NÃO DEFENDO QUE A IGREJA TENHA QUE FAZER AS COISAS PARA AGRADAR OS OUTROS E NÃO PERDER OU ATRAIR MAIS FIÉIS (COMO FAZEM OS EVANGÉLICOS- TUDO É SHOW PRA NÃO PERDER MAIS UM RÉIS DE DÍZIMO).
A IGREJA DEVE SER INTRANSIGENTE SIM NAQUILO QUE ACREDITA E DEFENDE, MAS DEVE PONDERAR OS FATOS, ASSUMIR SOCIALMENTE AQUILO QUE DEFENDE E NÃO FICAR BUSCANDO PLATÉIA COMO ESTÁ FAZENDO DOM JOSÉ CARDOSO.
Prezado Ricardo.
Não fale do que só escuta falar pela midia.
Todos nós sabemos que infelizmente existem padres que abusam de crianças, porém são a minoria e para que você fique bem tranqüilo digo com muito pezar que isso ainda vai acontecer.
Mas o senhor esqueçe de São Francisco, Santo Antônio, Santa Catariana entre outros gigantes da história.
O senhor se esqueçe dos hospitais, das universidades, e de outras belezas da humanidade que a Igreja Católica criou.
Me diga uma coisa.
O fato de haver maus policiais faz da instituição Policia Militar uma coisa ruim?
Claro que não.
Divida a bem as coisas.
Senhor João Jardim.
Por favor, me mostre os males da Igreja Católica.
Prezado Eduardo
O senhor diz:
“É claro que para o arcebispo o estupro e a pedofilia não são tão graves, AFINAL ESSAS SÃO PRATICAS COMUNS PARA A MÁFIA DE BATINA”
Você sabe quantos padres existem no mundo e a porcentagem desses fatos para falar “praticas comuns para a máfia de batina”.
Informe-se.
Prezado
Rodrigo Athanilio dos Santos
Li que você estuda Design Gráfico, que bom, sou designer também, sei que este não é o assunto neste post, mas como é raro encontrar designers Católicos, por favor visite o meu blog para conversarmos sobre a nossa profissão regrada na Igreja.
Irmãos Católicos, nesta hora de batalha me chega esse texto que para nós é brisa de Deus a nos encorajar.
Vamos em frente.
Mesmo que todos nos afrontem, mesmo que todos nos chamem de hipócritas, mesmo que todos debochem, de nós.
Peçamos a Deus uma alma cruzada e vamos em frente.
A HISTÓRIA DE UMA RELIGIOSA QUE FOI ESTUPRADA
Filed under: Aborto — Prof. Felipe Aquino at 8:50 pm on Friday, March 6, 2009
A Irmã Lucy Veturse, da Bósnia, foi estuprada por soldados sérvios durante a guerra entre essas etnias da antiga Iugoslávia, após a queda do comunismo. Embora violentada e humilhada, ela não admitiu o aborto e preferiu ter que deixar a vida religiosa para criar seu filho, do que abortá-lo.
Eis, a seguir, a carta emocionante que ela escreveu à sua Superiora ( publicado na revista Pergunte e Responderemos, Nº 386, 1994, págs. 318 a 321), que publiquei em meu livro “Entrai pela porta estreita”:
Revda. Madre Geral,
Eu sou Lucy Veturse, uma das Junioristas que foram violentadas pelos milicianos sérvios … acontecimento que atingiu a mim e às duas Irmãs Religiosas: Tatiana e Sendria.
Seja-me permitido não descer a certos particulares do fato. Há experiências tão tristes na vida que não podem ser comunicadas para ninguém a não ser àquele Bom Pastor a quem me consagrei no ano passado com os três votos religiosos.
O meu drama não é a humilhação padecida, como mulher, nem a ofensa insanável feita à minha escolha existencial e vocacional, mas é sobretudo a dificuldade de inscrever na minha fé um acontecimento que certamente faz parte do insondável e misterioso plano dAquele que eu continuarei a considerar sempre o meu Divino Esposo.
Tinha lido, poucos dias antes, o “Diálogo das Carmelitas” de Bernanos e me tinha sido espontâneo pedir ao Senhor poder eu mesmo morrer mártir. Ele me tomou na palavra,…mas de que jeito! Encontro-me atualmente numa angustiante noite escura do espírito. Ele destruiu o projeto de vida que eu considerava definitivo para mim. De improviso me inseriu em um novo desígnio que neste momento é , para mim, ainda a ser descoberto.
No meu caderno de notas tinha escrito, nos anos de minha adolescência, que nada é meu, eu não pertenço a ninguém, ninguém me pertence. Alguém, pelo contrário, me apanhou, numa noite que não queria mais lembrar, me arrancou de mim mesma, pensando tornar-me algo dele.
Era dia quando acordei; o primeiro pensamento foi mesmo aquele da agonia de Jesus no Horto. Desencadeou-se em mim uma luta terrível: perguntava-me, de um lado, por que Deus teria permitido que eu fosse dilacerada e destruída, naquilo mesmo que eu considerava a razão do meu viver, e, de outro lado, para qual novo chamado queria Ele que eu me candidatasse.
A custo, levantei-me e, enquanto auxiliada por irmã Josefina, procurava-me arrumar, escutei do Mosteiro das Agostinianas, que se situava perto do nosso, o toque do sino de Sexta. Fiz o sinal da cruz e mentalmente rezei o hino da Liturgia: “Nesta hora foi nos dada gloriosa salvação, pela morte do Cordeiro, que na Cruz trouxe o perdão…”
O que é, Madre, o meu sofrimento e a ofensa padecida em comparação a tudo aquilo que sofreu Aquele pelo qual eu tinha mil vezes prometido dar a vida? Disse então bem devagar: “Seja feita a tua vontade, sobretudo agora que não tenho outro apoio senão a certeza de que Tu, Senhor, estás perto de mim”.
Escrevo, Madre, não para receber da senhora conforto, mas para que me auxilie a agradecer a Deus por me ter associado a milhares de minhas compatrícias ofendidas na honra e forçadas à maternidade indesejada. Minha humilhação junta-se à delas e, pois que não tenho outra coisa para oferecer para a expiação dos pecados cometidos pelos anônimos violentadores e para uma pacificação entre as duas opostas etnias, aceito a desonra padecida e a entrego à misericórdia de Deus.
Não se surpreenda se eu lhe peço compartilhar comigo o “obrigado” que poderia parecer-lhe absurdo. Chorei, nestes meses, todas as minhas lágrimas pelos meus dois irmãos assassinados pelos mesmos agressores que estão espalhando terror em nossas cidades e pensava que mais do isso não poderia sofrer. Nem imaginava que a dor pudesse ter bem outras dimensões…
À porta do nosso convento batiam cada dia centenas de criaturas famintas, tiritando de frio, com o desespero nos olhos. Lembro-me que na semana anterior uma moça de dezoito anos me tinha assim falado: “Felizes vocês que escolheram um lugar onde a maldade não pode entrar”. Tinha em mãos o livro “As alegrias do Profeta” e continuou em voz baixa: “Vocês não vão mais experimentar o que é desonra”.
Refleti demoradamente naquelas palavras e me convenci de que havia uma parte secreta da dor e do sofrimento de minha gente que ficava despercebida também a mim, e quase sentia um sentimento de pudor por ser excluída de sua participação.
Agora eu sou uma entre elas, uma das tantas anônimas mulheres do meu povo com o corpo destruído e a alma devastada. Nosso Senhor me admitiu a participar de seu mistério de vergonha; mais ainda a mim, Religiosa e freira, concedeu o privilégio de compreender até o fundo a força diabólica do mal.
Sei que, de agora em diante, as palavras de encorajamento e de consolação que conseguir extrair do meu pobre coração, serão com certeza aceitas, porque a minha história é a história delas e a minha resignação, sustentada pela fé, poderá servir, se não de exemplo, pelo menos de referencial para as suas reações morais e afetivas.
É bastante um sinal, uma pequena voz, um chamariz fraternal para colocar em movimentação a experança de um exército de criaturas desconhecidas. Deus escolheu a mim (Deus me perdoe esta presunção) para guiar as pessoas mais humilhadas da minha gente para um alvorecer de redenção e de liberdade. Não terão mais dúvidas sobre a sinceridade das minhas propostas, porque estou chegando da fronteira da abjeção.
Lembro que, quando freqüentava em Roma a Universidade “Auxilium” para a formatura em Letras, uma idosa docente de Literatura Eslava citava os seguintes versos do poeta Alexei Mislovich: “Tu não deves morrer, porque tu escolheste ficar do lado da vida”. Na noite em que fui dilacerada pelos sérvios, por horas seguidas continuava a repetir para mim mesma aquelas palavras que me pareciam como um bálsamo para a alma, mesmo no momento em que o desespero parecia aflorar para me apanhar. Agora tudo passou e, se me volto para trás, tenho a impressão de ter tido um terrível sonho feio.
Tudo passou, mas, Madre, tudo está para começar. No seu telefonema, depois de suas palavras de conforto, de que ficarei agradecida por toda a minha vida, a senhora me colocou uma clara pergunta: “Que farás da vida que te foi jogada no seio? “. Percebi que sua voz tremia ao me colocar esta interrogação, à qual achei pouco oportuno responder logo, não porque não tivesse já refletido sobre a escolha, a decisão a ser tomada, mas para não atrapalhar as eventuais propostas e projetos seus a meu respeito.
Eu já decidi. Se for mãe, o menino será meu e de ninguém mais. Sei que poderia confiá-lo a outras pessoas, mas ele tem direito, mesmo não sendo esperado por mim, nem pedido, ao meu amor de mãe.
Não se pode arrancar uma planta de suas raízes. O grão caído no chão precisa de crescer lá onde o misterioso semeador, mesmo sendo iníquo, o jogou. Realizarei minha vocação religiosa, mas de outra maneira. Não peço nada à minha Congregação, que já me deu tudo. Fico agradecida pela solidariedade fraternal das coirmãs, que nestes dias me encheram de atenções e amabilidades, em particular por não me ter incomodado com perguntas indiscretas. Irei embora com meu filho, se Deus quiser. Não sei ainda aonde, mas Deus, que interrompeu improvisamente minha maior alegria, me orientará e indicará o caminho a percorrer para cumprir sua vontade.
Voltarei a ser uma moça pobre, retomarei meu velho avental, meus tamancos, que as mulheres usam nos dias de semana, e irei com minha mãe a recolher a resina da casca dos pinheiros dos nossos vastos bosques.
Deve mesmo haver alguém que comece a quebrar a corrente de ódio que deturpa, há tanto tempo, os nossos países. Ao filho que vier (se Deus quer que venha) ensinarei mesmo somente o AMOR. Ele, nascido pela violência, testemunhará, perto de mim, que a única grandeza que honra a pessoa humana, é aquela do PERDÃO.
Irmã Lucy Veturse