Debate sobre o aborto – Facvldade de Direito

Ontem à noite, estive presente em um debate sobre o aborto realizado na centenária Facvldade de Direito do Recife. Um amigo ia defender a posição de absoluto repúdio ao aborto, contra “uns abortistas”, conforme ele me havia dito. Fui ver o espetáculo.

Na mesa, quatro pessoas: uma moderadora e três debatedores. O Thiago Moraes, meu amigo, defendendo a posição “da Igreja”; uma mulher da ONG abortista SOS Corpo, chamada Sílvia Regina, e um advogado criminalista, chamado Paulo César. No início, uma exposição preliminar de cada um deles: primeiro o católico, depois a senhora da ONG, e por fim o criminalista.

A platéia era ofensiva à posição da Igreja; Thiago optou por um estilo agressivo, falando alto, com indignação, pondo ênfase nas palavras, elevando o tom de voz; até o final do debate, iriam dizer que ele estava “esbravejando”, “expondo as coisas de uma forma raivosa”, “impondo e não debatendo”, etc. Embora não saiba até onde foi proveitosa, acredito que tenha sido uma estratégia; ele queria indignar as pessoas, e conseguiu. Falou em Lei Natural e na importância de se defender a vida humana, pois a omissão nesta defesa solapa toda a ordem jurídica; falou que a posição contrária ao aborto é “racionalmente defensável”, e esforçou-se para desvinculá-la da “posição da Igreja” – termo que carrega uma conotação religiosa; falou na “mistificação” do aborto, nos ossos carcomidos de Comte, e falou que, no Brasil, não iria acontecer a mesma coisa que na Colômbia, porque esta aqui “é a Terra de Santa Cruz” e os abortistas iam encontrar resistência. Falou bem, e o estilo agressivo irritou a platéia.

Depois, veio a mulher da SOS Corpo. Cara feia, fala mansa: falou que o aborto “sempre foi praticado” desde que o mundo é mundo, que só passou a ser crime no Brasil “na década de 40”, que a culpa era das “sociedades patriarcais”, que “as nossas mães também abortam”, que “as freiras abortam”, que um “embrião de ser humano” não era um ser humano porque, para ser “um ser humano”, era necessário ter “um projeto de vida”, falou na luta das mulheres, nas conquistas do feminismo, que as mulheres têm direito a abortar porque têm o direito de escolher o seu futuro, porque os métodos contraceptivos falham, porque quando uma “porcaria de gravidez” vem na hora errada e a mulher está cheia de problemas, a vida “é o que menos importa”, e falou que uma sociedade que liberasse o aborto seria “mais humana”, e blá-blá-blá-blá-blá… como muito argutamente comentou uma amiga à saída, o tom de voz manso dela “escondia” as barbaridades faladas. Se a gente fosse prestar atenção à quantidade de besteiras proferidas no meio da fala suave, iria ficar impressionado.

Depois, o advogado. Possuía um tique no olho esquerdo, mas falava bem, e prendia a atenção: o cerne do seu discurso era o fato de que “nós não poderíamos responder a uma mulher que aborta com o Direito Penal”, porque o drama por ela vivido já lhe era sofrimento o bastante. No meio das besteiras [o sujeito era relativista e pragmático até a medula], pelo menos duas informações trazidas por ele são relevantes:

– a maior parte dos doutrinadores ensina que o art. 128 do Código Penal consiste em uma exclusão de ilicitude [? ou “de tipicidade”? Não conheço os termos jurídicos…], e não de punibilidade (trocando em miúdos, que o aborto provocado em caso de estupro e quando não há outra forma de salvar a vida da mãe não simplesmente “não é punido”, mas sim “não é crime” mesmo – sobre este assunto, talvez valha a pena a leitura deste documento que encontrei – não li ainda – no site do padre Lodi).

– a porcentagem de absolvição para mulheres que cometem aborto e são levadas a julgamento, pelo menos nas capitais, é próxima dos 100%, de modo que, segundo ele, se o Legislativo não tiver a coragem de retirar o aborto do Código Penal, a própria sociedade vai se encarregar de fazer com que a lei vire “letra morta” por simples desuso.

Pronto. Após a primeira fala de cada um dos debatedores (e – na minha opinião erroneamente – sem tempo para as réplicas e tréplicas), seguiram-se blocos de perguntas, com três em cada bloco (só houve tempo para dois blocos). Obviamente, os debatedores aproveitaram-se deste tempo concedido para fazerem as réplicas que cabiam (principalmente o Thiago, que havia sido o primeiro a falar). Como o tempo era curto, ele foi lacônico: “o assassinato [como o aborto] também sempre existiu e a gente não vai legalizá-lo por causa disso”; “se você é católico, se você é hinduísta, budista, ateu ou o que seja, você deve ser contra o aborto”; “um embrião é um ser humano, e não ‘um projeto’ de ser humano”; e outras sentenças proferidas com a concisão exigida pelo tempo e a agressividade adotada como estratégia. Do fundo do auditório ensaiaram algumas vaias. Ele conseguiu realmente incomodar.

Daqui em diante, pouco ou quase nada é digno de menção, porque a palhaçada atingiu o apogeu. A sra. Sílvia falou do patriarcalismo da Igreja, o sr. Paulo falou no respeito às opiniões dos outros, ambos iluminaram o auditório com incontáveis alusões às fogueiras da Inquisição, rejubilaram-se com o fim da Idade Média que já passou e não volta mais, enforcaram o último rei nas tripas do último padre com as loas ao Iluminismo, falaram mal de Dom José com a atitude “que envergonhou Recife” diante do mundo, e foram completamente vãos todos os esforços do Thiago para arrancar o debate da esfera do preconceito e trazê-lo para a da argumentação racional. Não adiantou.

No fim, o povo já não ouvia o que Thiago falava, pois o burburinho crescia, os pedidos de silêncio aumentavam, as perguntas começaram a ficar [ainda mais] estúpidas [“se sua mulher fosse estuprada, o que você faria?”], e quase ninguém percebeu a leitura de um texto sobre Moloch no final – texto muito bom, diga-se de passagem. Fim de noite, saí do debate com duas sensações: frustrado, porque são pessoas como aquelas que estavam no auditório que serão os futuros formadores de opiniões e fazedores de leis; e atônito, porque os abortistas não são capazes de apresentar um único argumento e, contudo, defendem as suas barbaridades assim mesmo e encontram quem lhes dê ouvidos! Mas um outro amigo que lá estudava disse-me que foi muito bom: afinal, as pessoas estariam nos próximos dias comentando sobre o assunto, criando assim um território fértil para se fazer apostolado.

Tomara que elas discutam, sim, e discutam com sinceridade, sem paixões, sem preconceitos, sem irracionalismos; tomara que os pró-vida daquela faculdade – entre os quais conto alguns bons amigos – tenham as oportunidades de que precisam para defender as crianças por nascer. E que a Virgem da Conceição Aparecida, Padroeira do Brasil, seja em seu favor; e  que Ela livre o Brasil da maldição do aborto.

48 comentários em “Debate sobre o aborto – Facvldade de Direito”

  1. Jorge tive duas experiências de debate com feministas-abortistas. Simplesmente o que elas fazem é patético. Querem se colocar como salvadoras da pátria… quando são instrumentos do demônio para destruir a sociedade.

    Ridículo.

    Você leu a nota do Cardeal Siri que eu coloquei hoje no blog? Se puder divulgar… as mulheres modestas agradecem :)

    Julie Maria

  2. Meu amigo, na FDR tem que ter muita esperança mesmo. Estudei lá e sei como é a realidade.POr isso quando falei, fiz para irritar. Nunca num lugar ouvi tantas bobagens. Parabéns a Thiago que se saiu muito superior e saiba que as palmas aos pró-abortistas fazem eco às palavras de Nosso Senhor,”o número de tolos é indefinido como as areias do mar”.
    Que Deus tenha misericórdia!

    Antônio M.

  3. A posição “estratégica” do Thiago não foi inteligente porque ele tinha poder de diálogo. E, depois, para se aceitar participar de um debate desses, o pró-vida tem de examinar se as regras são justas tanto para expôr sua opinião, quanto para responder às diferentes indagações. Ele deve exigir regras justas no debate, assim não tem como perder.

    Essa questão do aborto é totalmente de razão natural. Argumentos religiosos nunca devem ser levantados. Quando se vai a um debate, não há interesse em converter o oponente, mas em destrui-lo em virtude da platéia que deve rever conceitos e tornar-se pró-vida.

  4. Já perceberam que em qualquer debate quando envolve assuntos ligados a Igreja sempre se colocam 1 do lado da Igreja e dois contra, ou dois do lado da Igreja e 3 a 4 contra, já assisti um debate desses, ligado ao casamento homossexual na TV Senado e lá estavam 3 a favor e um único deputado contra, no programeco da Luciana Jimenez na Rede TV a um ano atrás em um debate sobre células tronco embrionárias lá estavam dois contra um padre e um médico e 6 a favor sendo dois paraplégicos, a própria apresentadora que deveria ser neutra e a Maina Zats que deram oportunidade para ela falar via telefone, ou seja, bela democracia que temos neste pais vemos que por esta mídia nojenta que é a favor de tudo que vai contra as leis de DEUS e da Igreja colocar nestes debates sempre um de um lado e dois a três de outro para dar a entender que a sociedade estão a favor de tudo que vai a contra a Igreja, realmente não dar para acreditar na imprensa deste pais.

  5. Mídia podre Sidnei…. instrumento do pai da mentira e não da verdade.

    Quando teremos uma rede aberta CATÓLICA (católica como a EWTN) aqui? não vejo a hora!!!!

    JM

  6. Concordo com o Sidnei. Também estava lá neste debate e a primeira coisa que comentei foi exatamente isso.

    Quando há esse tipo de debate, smpre há: O católico, o herege e o “neutro”.

    Neutro coisa nenhuma! Não há neutralidade nesse tipo de assunto. SIM, SIM! NÃO, NÃO!

    Eles colocam 3 pessoas para debaterem uma coisa quando, na verdade, só haveria necessidade de duas: O católico e o herege.

    Foi triste assistir tudo isso, pois a senhora do SOS corpo era uma…. uma… =X …. uma senhora que só se preocupava com o conveniente e não mostrava muito saber, o criminalista falava bonito, mas muito relativista.
    (E ainda por cima falou mal do nosso querido D. José), e o Thiago não teve – com certeza – a oportunidade de falar as outras coisas que tinha programado, em vigor da hora, da falta de educação e da falta de Deus que aquelas pessoas tinham.

    Rezemos pela alma desses relativistas e dos ignorantes que assistiam e aplaudiam a elevação da opinião abortista e escandalização dos consagrados.

  7. ainda bem que os “fazedores de lei” não são pessoas que nem você. Porque se “fazedor” de lei escrevesse assim, a probição do aborto não seria nada em relação a tanta barbaridade, começando pelo nome da profissão: “fazedor” de lei… é realmente muito racional de sua parte construir essa palavra nova. Tem até sentido né? Quem faz é fazedor…

    palhaço

    hahahhahahaha

  8. Senhor Mário,

    Qualquer busca no google revela que “fazedor” é palavra existente, ao menos em Portugal, e portanto eu não estou “inventando” nada ao mesmo tempo em que me faço compreender.

    Hasta,
    Jorge

  9. Caro Jorge,
    Esse advogado sofismou ao dizer que o art. 128 do CP constitui uma exclusão da tipicidade. É mentira, ainda que alguns juristas aborteiros assim o declarem.
    O aborto é sempre um fato típico e antijurídico (o que equivale a dizer que é sempre crime). Ocorre que o legislador, por uma questão de política criminal, previu algumas situações em que, apesar de criminoso, o fato deixa de ser punido (exclusão da pena).
    Assim, se um garoto de onze anos atira em alguém e mata esse alguém, há crime de homicídio, mas esse garoto não será preso, porque a lei brasileira prevê que somente os maiores de 18 anos cumprem pena (essa idade varia de país a país).
    Também não se pune penalmente pequenos furtos praticados pelos cônjuges ou por seus filhos (cf. CP, art. 181), embora o fato em si seja típico e antijurídico.
    Resumindo, o aborto é crime, como prevê o art. 124, mas se praticado nas situações previstas no artigo 128 não será punido.
    Compare-se com a legítima defesa, em que de fato não há crime. Quando uma pessoa mata outra em legítima defesa, há fato típico (matar alguém), mas não antijurídico (porque se defender de uma agressão injusta não é contrário ao direito). Quando alguém pratica aborto, há fato típico (provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque) e antijurídico (porque é sempre contrário ao direito destruir a vida de um ser humano inocente).
    Tanto que o próprio artigo 128 não diz que não há crime, mas sim que não se pune:
    “Art. 128 – Não se pune o aborto praticado por médico, etc.”
    Um abraço.
    Carlos.

  10. Mário otário,
    O que faz o legislador? Leis. Portanto é um fazedor de leis, assim como o senhor quis ser um fazedor de piadinha. Só que ficou sem graça.
    Pegue o pai dos burros – que deve ser seu parente – e vá estudar um pouco.

  11. Caríssimo Carlos,

    Eu não sou da área de Direito, mas já tinha ouvido falar, até pelo próprio pe. Lodi, que afirmar que o “o aborto não se pune” tratava-se justamente de uma exclusão de pena.

    O criminalista no debate, no entanto, disse que tal interpretação não é sustentada pela maior parte dos doutrinadores. Claro que maioria não é sinônimo de corretude, mas é no mínimo frustrante saber que se está ensinando o contrário do que a gente defende [inclusive foi dito que, para concursos públicos, a resposta correta seria “exclusão de tipicidade”].

    Disse inclusive que um dos motivos para se interpretar dessa maneira era o fato de que o aborto “se for a única forma para salvar a vida da mãe” configurava claramente um estado de necessidade, onde há exclusão não de pena, mas de tipicidade mesmo…

    Enfim, precisamos de mais Ives Gandras Martins!

    Abraços,
    Jorge

  12. Um se utiliza do Google como fonte de pesquisa confiável, como se fosse uma Bíblia, fonte de confiança inconteste.

    O outro quer dar uma de neologista, numa autoridade Machadiana de ser neologista. Em tempo: o pai dos burros (que não deveria ter esse apelido porque burro é quem não o utiliza) não autoriza essa barbaridade. Tente a tão desrespeitada Gramática meus caros e também não terão tanta sorte.

    outra coisa: Ive Gandras é tributarista!

    Mas o grande problema, e o único na verdade, é que vcs, assim como todos religiosos fundamentalistas, se acham superiores. Vai tomar um banho de humildade, saibam respeitar a opinião do próximo e não vejam as opiniões contrárias com desprezo. Se não quiser nada disso, pelo menos façam uma autocrítica antes de falar besteira. Chama o outro de animal, de ignorante, e completa: “é uma pena que ele se torne um “fazedor” de lei”. Não sabe ao menos que “fazedor” de Lei não é advogado nem professor de direito, mas sim DEPUTADO, VEREADOR e SENADOR. O operador APLICA, INTERPRETA. Claro que tem também o STF, as súmulas dos Tribunais e as medidas provisórias e os decretos mas em tese são exceções à regra e não podem ser contra legem.

    O problema não é escrever errado, isso acontece. O problema é vaidade e ausência absoluta de humildade e de capacidade de escutar o próximo. Aposto que a Bíblia jamais autorizou esse imperativo de imperador, essa ditadura de opinião.

    Agora, por favor, se eu fosse vcs nem responderia esse post. Não virei mais aqui, só se houvesse espaço para debate. Mas vcs – fazedores deste Blog – são muito mais superiores que eu.

  13. Luciana Jimenez ou Lucianta Gimenez, entendeu?, então não enche o saco.

  14. Caro Jorge,
    É possível que a maior parte dos juristas, atualmente, entenda que seja exclusão da tipicidade, o que vejo mais como opção politico-ideológica em favor do aborto do que como fruto de convicção sincera. Tanto que num passado recente, quando o aborto ainda era visto com horror pela quase totalidade da população e não contava com grupos militantes poderosos para o defender, era pacífico o entendimento de que se tratava de simples caso de não aplicação da pena.
    De fato, sendo o aborto, em geral, um crime, é algo que o Estado não quer que aconteça. Mas, dadas certas circunstâncias, o estado não pune se ocorrer. É como se o Estado dissesse: “não quero que faças isso de jeito nenhum, mas se fizeres nessas condições, não te punirei porque não acho conveniente”. E tanto não queria o Estado que isso acontecesse, que o “aborto legal” tinha que ser praticado por médico, mas médico particular, não do Estado. Ou seja, o Estado não ajudava em nada. Apenas não punia.
    Quando o Estado passa a financiar e promover o aborto, como acontece atualmente através do SUS, ocorre uma inversão formidável. Agora o Estado quer que a mulher aborte praticamente em qualquer caso. Imagine se o Estado usasse o mesmo critério para com os inimputáveis e dissesse: “agora eu quero que vocês, crianças de 10 anos (p.ex.) cometam crimes, por isso vou fornecer-lhes armas e ensiná-los a roubar e a matar com segurança”. É um absurdo total, não é? Mas é exatamente o que está acontecendo com relação ao aborto.
    Por último, comparar ao estado de necessidade, neste caso, é balela, pois o estado de necessidade, independentemente do crime, é sempre causa de não antijuridicidade (e não de atipicidade, diga-se de passagem). Exemplo: uma mulher grávida sofre um acidente qualquer e o médico tem que intervir numa cirurgia emergencial, sabendo que a criança, devido àquela intervenção, vai morrer. Neste caso o médico pode e deve atuar, pois a situação é de estado de necessidade e o médico está no exercício do seu legítimo ofício. Observe que neste caso o aborto não é procurado nem como meio nem como fim, mas comparece como simples conseqüência não buscada nem desejada pelo médico. Mais. Neste caso, se o médico não atuasse imediatamente, morreriam os dois.
    Infelizmente, como você notou bem, há uma lamentável carência de juristas católicos no país. Para piorar, alguns que se dizem católicos tentam harmonizar a consciência com a vontade da mídia ou do governo, buscando sempre um meio-termo chocho que não leva a nada (refiro-me aqui ao Min. Menezes Direito, do STF, que nem no caso das células-tronco embrionárias teve coragem de emitir um voto totalmente contra).
    Uma lástima!
    Que Nossa Senhora te proteja sempre.
    Carlos.

  15. Mário Otário,

    É um prazer saber que você não volta mais aqui.
    Porque você é tão estúpido, arrogante e contraditório que sua ausência fará melhorar o nível em todos os aspectos.

    Por que digo que vc é estúpido?
    Porque estou com um dos seus papais aqui em mãos (Dicionário Brasileiro Globo – Francisco Fernandes, Celso Pedro Luft e F. Marques Guimarães, Ed. Globo, 50ª edição). Abro na letra F e o que encontro? “Fazedor, s.m. Aquele que faz, cumpre ou executa alguma coisa”.
    Poderia ter consultado outros paizinhos seus, mas nem me dei ao trabalho porque essa palavra é mais conhecida que nota de um real. Menos para um estúpido mário otário, que não procura se aconselhar nem com o própro pai antes de escrever besteira.

    Por que digo que você é arrogante?
    Porque você, sendo burro desse jeito, fica querendo tirar onda de erudito.

    Por que digo que você é contraditório?
    Porque começou agredindo o Jorge, com deboche, por ter ele usado uma palavra que você, na sua imbecilidade, achava que não existia. Depois dessa demonstração vergonhosa de vaidade e orgulho, se achando o próprio Machado de Assis, vem você agora exigir humildade dos outros.

    Desapareça, pilantra!

  16. Sidnei,

    Acho que a Ângela estava só querendo fazer uma “brincadeira” com o nome de Luciana, chamando-a de anta (é fato conhecido de que não é das mais inteligentes essa Sra. Luciana Gimenez), meio que concordando com o que o Sr. havia falado…

    E, depois, penso que não há necessidade de xingar ninguém, Sr. Carlos? De fato, o Sr. Mário disse, grosseiramente, que alguém era “Palhaço”, mas se o Sr. Mário comer pedras, não é por isso que vamos começar a comê-las também, não é mesmo?

    Bom. Eu também me exalto com esse tipo de discussão, e não estou querendo dizer que nunca cometi esses erros, mas eles não ajudam. Também não gosto de debates. O aborto não é legalizado no Brasil, quem deseja debater sobre esse assunto são pessoas que o querem legalizar (é óbvio). E pôr em dúvida a cabeça da população, ao invés de fazê-las compreender, de forma séria, esta problemática como costuma afirmar o Dr. Celso Galli Coimbra.

    O Estado de Necessidade, ao contrário do que afirmam muitos doutrinadores, não é justificativa para toda e qualquer ação. Se o fosse, estaria justo se prostituir para “sustentar a família”; matar o filho no Siri Lanka(?) e comê-lo para não “morrer de fome” e, além de tudo, existe o Dever Moral de Responsabilidade para com a Prole, um risco que todo pai e mãe “corre” para proteger a vida de seus filhos custe o que custar.

    Mas, acima de tudo, o aborto nunca é meio para salvar a vida de ninguém. Uma pessoa com câncer no útero e grávida, matando-se o bebê e com o tumor de câncer intacto, fica curada? Nem aqui, nem na China. O que a faria sarar seria a retirada do tumor e não a retirada do bebê.

    Vários médicos constatam ainda que o aborto piora o estado de uma mulher que, grávida, o faz para tentar “se salvar”.

    Tudo isso pode ser lido no livro “Aborto na Rede Hospitalar Pública: o Estado financiando o Crime” (espero que esse direcionamento esteja viável):

    http://www.providaanapolis.org.br/lancament.pps

    Penso, por fim, que apesar da raiz do blog ser de debates e tudo mais, certas manifestações de algumas pessoas não ajudam em nada. E são mesmo uma tristeza de se ler, inclusive do lado católico.

  17. Sidnei,

    Caríssimo, vc está muito sensível; porque falar assim? Eu só quis com esse trocadilhozinho infame (reconheço) dizer o que aquela apresentadora é de fato. Ao menos como eu a vejo. (uma anta burra e falante) Pareceu a você que eu poderia estar do outro lado?

    Deixa estar, eu o desculpo; mas cuidado com as excessivas suscetibilidades.

    Abraço em Cristo,

  18. Prezado Mário:

    Numa coisa você tem toda razão: o Google não é fonte confiável. Porém, o vetusto dicionário Caldas Aulete registra a palavra “fazedor”:
    http://www.aulete.portaldapalavra.com.br/site.php?mdl=aulete_digital&op=loadVerbete&pesquisa=1&palavra=fazedor

    E a dá como sendo utilizada em 1922 pelo gramático Mário Barreto. Como se vê, é um “neologismo” de longa data.

    Quanto ao restante de suas opiniões, têm elas o mesmíssimo valor de seu infeliz palpite lexical. É bom mesmo que o senhor se retire daqui e se recolha à sua insignificância argumentativa.

  19. Cara Emanuelle,
    Admito que me excedo às vezes em relação a alguns arrogantes bobocas que aparecem por aqui.
    Admiro sua capacidade argumentativa e o seu estilo sempre respeitoso.
    Mas sabe como é, estilo e paciência diferem muito entre as pessoas.
    Eu, particularmente, não resisto a uma boa “chicotada” no lombo dos tolos, quando eles merecem.
    E o Mário Otário (tá vendo? não resisto) bem que mereceu.
    Um abraço.

  20. Esse tipo de xigamento não ajuda em nada e é pecado, às vezes, mortal (fere a dignidade humana). Devemos lembrar (começando por mim) que, fazendo isso, estamos xingando alguém por quem Cristo morreu.

  21. Cara Emanuelle,

    Vejo que vc entendeu perfeitamente o que eu quis dizer ao Sidnei. Obrigada por dizê-lo.

    Em relação aos xingamentos concordo que não é o melhor caminho,mas é que as vezes não aguentamos tanta má vontade, intolerância, ignorância e sobretudo tanto ódio à nossa Igreja.

    Apesar do próprio Carlos reconhecer que por vezes comete excessos, gosto demais do seu estilo.
    Ao mesmo tempo que ele xinga, ele argumenta e convenhamos que ele o faz muito bem.

    Estou lendo um post de novembro de 2008 sobre Dom Alano de Niterói. Mais precisamente o post: Mais uma bela atitude de Dom Alano.

    Neste post há um testemunho de uma certa Edenilde (Ex carismática) pelo que entendi.

    A senhora responde de forma não muito simpática: destaco um parágrafo que colo aqui:

    “A RCC é um movimento íntegro. Porém, os conselhos do Pe. Paulo Ricardo recentemente postados valem bastante. Se você acha que não combina mais com o movimento, o melhor é sair dele. Mas depois de tudo, posar de amargurada como se fosse mulher traida pelo marido que não o consegue perdoar, é pior para sua alma.”

    Não foi exatamente um xingamento, mas a meu ver um resposta exagerada, sarcástica, desprovida de caridade.

    E aí? Como ficamos?

  22. Emanuelle,

    Voltei ao post de Dom Alano e reli os comentários; o seu e da dona Edenilde.

    Pude concluir que: Vc além de faltar com a caridade, julgou; pois disse que a citada senhora estava posando de amargurada. Tem certeza?

    Você precipitou-se.

  23. Angela, desculpa pela fraze que citei acima, é que aparecem tanta gente por aqui tocando pedras que acontece até de disparar um fogo amigo e atingir até o que estão de nosso lado, portanto, mais uma vez, pesso perdão.

  24. Caríssimos,

    Sugiro que evitemos os ad hominem, com as alfinetadas múltiplas que não levam a lugar algum. As ironias e até mesmo a contumélia são lícitas para se combater os inimigos de Deus; se, contudo, até mesmo contra os inimigos é preciso ponderar o discurso e usar com parcimônia as palavras que ofendem, quanto mais não devemos ter cuidado no trato entre irmãos!

    Aproveito, outrossim, para agradecer ao Mário pela edificante lição de humildade que ele nos deu desde a sua primeira postagem aqui, majestosamente coroada com a sua profunda digressão sobre o tema. Não obstante, a honestidade manda registrar duas coisas por ele faladas:

    a) que Ives Gandra Martins é tributarista e não criminalista;
    b) que, propriamente falando, é o Poder Legislativo – “DEPUTADO, VEREADOR e SENADOR” – quem faz as leis.

    Acontece que nada disso muda o cerne do que estou falando aqui.

    Abraços,
    Jorge

  25. Senhora Ângela,
    Muitíssimo obrigado pela defesa que fez de minha pessoa insignificante. Que Deus lhe pague.

    Emanuelle,
    Você me acusa de ter cometido pecado mortal ao xingar o Mário Otário que veio aqui posar de sabichão.
    Sei que meu estilo não lhe agrada e respeito isso.
    Só não entendo porque a sua sensilidade e revolta é só contra mim, que só ajo em legítima defesa (no caso, defendi o Jorge que fora xingado de palhaço) e só ataco os inimigos da Igreja.
    Veja que quando o Mário Otário xingou o Jorge de palhaço, você não protestou. Só quando eu entrei na briga e o xinguei também foi que você se encheu de indignação.
    Desculpe-me a franqueza, mas isso é próprio do sentimentalismo carismático, que é todo doçura para com protestantes, ateus e todos os inimigos da Igreja, mas que não admite nenhuma combatividade por parte dos católicos. Lamento isso.
    E veja que você é contraditória, como mostrou a Ângela. Digo mais: num outro post você chamou um fulano que se assinava “EU” de nojento, lembra? Eu me lembro bem disso, porque eu, ao contrário de você, fiz foi elogiá-la por aquele xingamento. Aliás, já te elogiei em outros posts também, coisa que você ignorou solenemente. Por que será?
    Eu estou do seu lado, atacandos os inimigos da Igreja. Só que eu ataco com pedras. E você com pétalas de rosa. De repente, você, vendo que eu estou jogando pedras em retribuição às que recebo, volta-se contra mim, e passa a atirar, em mim, não pétalas de rosa, mas pedras!!!
    Que estranho, Emanuelle!
    Carlos.

  26. Pois é, Ângela: é isso mesmo. Às vezes a gente exagera e isso não ajuda muito. Reconheço que fui agressiva neste comentário (foi à Sra. que escrevi isso? porque nem lembro mais o nome da mulher para quem o falei… lembro-me apenas que ela, agora, fala mal de todo o movimento da RCC por ter passado por uma grande decepção pessoal, parece que, hoje, virou lefebrista: o que é uma pena).

    Quando somos traidos, independente da matéria em questão, costumamos ficar bem revoltados e agir de modo generalizante, isso é coisa de momento (diz-se “sob violenta emoção”); mas quando é permanente: faz um mal danado à alma. Algumas pessoas sofrem decepções enormes na Igreja Católica e viram protestantes. Isso porque não conseguem separar as coisas com maturidade. Outras, saem de um movimento e vão para outro como se estivessem saindo de uma Igreja Católica e entrando em outra diferente, que dizem ser “a verdadeira”.

    Existe uma moda atualmente de ser “de Apolo”, “de Paulo” e esquecer que temos mesmo de ser é “de Cristo”, orientando-nos pela obediência ao Magistério da Igreja (seja ordinário, seja extraordinário).

    Não somos discípulos de um homem, de um movimento, seja lefebrista, seja “carismático”. Somos discípulos de Cristo, Deus Verdadeiro, d’Aquele que nem São João Batista era capaz de “amarrar as sandálias”. Não somos discípulos de São João Batista…

    Ora, nossos tempos são difíceis. Há muita confusão. Pouca paciência e muita generalização.

    Se a Sra. não vai muito com a minha cara porque elogio o movimento da RCC (apesar de ter minhas reservas) e não passar a mão na cabeça de certos erros cometidos como esse gol contra com a Ministra Dilma, eu não posso fazer nada, minha cara. Saiba que o movimento pró-vida também já marcou muitos “gols contra” e, nem por isso, deixo de admirá-lo ou de fazer parte dele. Tenho mais motivos de ser a favor da RCC do que do movimento lefebrista que para mim, é cheio de gente que só critica e aponta erros, mas não colocam a “mão na massa” .

    Intrometo-me mais nessa questão da Defesa da Vida porque tenho ciência de vários aspectos que foge ao conhecimento de muitas pessoas e porque está em jogo a vida de inocentes (que não têm culpa do meu temperamento ou do jeito pessoal de qualquer um).

    E, repito: falar que fulana é Anta, que sicrano é Palhaço, que outro é Otário: não ajuda no debate. Isso é coisa para o Olavo de Carvalho que já não respeita nem seu reflexo no espelho. E, se eles (os abortistas) falam isso, realmente não é sinal de humildade nem de ausência de arrogância. Confesso que a moderação ajuda as coisas chegarem a esse ponto com a desculpa que é a “raiz do blog”.

    Enquanto estamos só na “brincadeira”, pode ser que as consequencias não sejam tão sérias. Mas, na prática, isso pode ser uma bomba . O inimigo espreita nossos erros, para nos atacar e nós não temos nada mais do que a inteligência para lidar com isso: dinheiro que é bom, nada! Mídia: toda contra a gente!

    É só uma questão de olhar e enxergar a realidade.

    E, para mim, também não deixa de ser um exame de consciência pessoal. Dizem que com os erros, a gente aprende e não estou falando isso porque não os cometi, falo – justamente – porque já cometi vários.

    Muçulmanos são agressivos, católicos são mansos.

    Aprendamos a ser católicos!

  27. Prezado Sr. Carlos,

    Como muitas pessoas já desistiram desse blog, eu também o farei daqui por diante. Não deixarei de o acompanhar porque acho muito interessante as matérias trazidas à tona que são muito do meu interesse (continuará nos meus “favoritos”). Mas vou me abster de entrar nos debates, afinal, não há proteção do moderador para que certos abusos não aconteçam e os nervos não se inflamem.

    O Sr. Jorge Ferraz é uma pessoa inteligente e sabe se defender (parece-me que é “de maior” e vacinado também). Foi ele, aliás, que deixou o comentário do Sr. Mário, que o xingava de palhaço, vir à público. Já deixou passar até comentário de gente insinuando que os Bispos da CNBB eram “celeiro de baratas” e alguém que, “em legítima defesa”, veio xingar o Arcebispo da Academia Pontifícia Pró-Vida (que errou feio), mas ainda é Bispo.

    Defesa legítima é algo pessoal e não por outrem. E, de qualquer modo, quando passa dos limites não pode mais ser chamada de legítima, tanto que alguém que, “para se defender”, mata um agressor a 14 facadas, praticou qualquer outra coisa – menos legítima defesa.

    Agora que todo mundo sabe que eu não sou a santinha da novela Paraíso, pode ficar me acusando à torto e à direito. Mas o que estou querendo dizer é algo ensinado pela Igreja, pelo Magistério Católico.

    Não estou insinuando, com isso, que as pessoas não possam ser incisivas e mesmo duras em suas posições: pode-se o fazer sem xingar os outros . O vício ruim que se contrai com a mania de xingar todo mundo é terrível para alma e, saiba que, para retirá-lo da minha tive e, tenho ainda, de rezar muito.

    Como diz o ditado os incomodados que se retirem .

    Au revoir, mes amis!

  28. Au revoir…mademoiselle
    Desrespeitou muita gente boa aqui no fórum se arrogando a sabichona e inerrante.
    Saiba aprender a ser mais equilibrada e menos grosseira com os outros.

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