Vale a pena ler o artigo do Percival Puggina sobre a Campanha da Fraternidade; é muitíssimo oportuno porque – e isto precisa ficar claro – esta Campanha da Fraternidade deste ano não é somente inútil, é errônea mesmo, transmitindo valores [no mínimo] questionáveis e propagando idéias [no mínimo] estranhas. O articulista demonstra isso muito bem [vale a pena, repito, ler o artigo inteiro]:
O mesmo matiz ideológico concede uma espécie de indulgência plenária à criminalidade que mais asusta o país, toda ela vista como conseqüência do tipo de sociedade onde vivemos. Denuncia as penas de prisão como “vingança” social e convoca os fiéis a “assumir sua responsabilidade pessoal no problema da violência”. Trata-se, em resumo, da velha luta de classes, segundo a qual as vítimas da criminalidade são socialmente culpadas, ao passo que os criminosos são inocentados por inexistência de outra conduta exigível. É a tese do Marcola, sendo acolhida pela CNBB.
E é lamentável que os católicos sejam [na prática] obrigados a engolirem este lixo durante a Quaresma. É frustrante que os nossos bispos, que deveriam ser sentinelas fiéis zelosos pela integridade da Sã Doutrina, pouco ou nada façam para proteger os fiéis destes perigos. A coisa é particularmente grave em cidades de interior, sobre as quais posso falar um pouco porque, já há alguns anos, participo das atividades da Juventude Missionária na Semana Santa. Todo ano vamos a uma cidade diferente; em todas elas, a situação é muito diferente daquela que encontramos na capital. O único ponto de contato daquelas pessoas com a Igreja é o seu pároco – cercado pelos leigos que o ajudam no desempenho das atividades paroquiais. Se elas recebem, destes, lixo “CFista” no lugar de Doutrina Católica, vão acreditar piamente que a Doutrina Católica é o conjunto das besteiras contidas nas Campanhas da Fraternidade.
Conto um caso. Não me lembro da cidade, mas me lembro do fato: 2007, sexta-feira santa, quatro horas da manhã, via-sacra. Todo o povo da cidadezinha reunido. Nós, recém-acordados, não percebemos a tragédia: ia ser rezada a via-sacra da Campanha da Fraternidade. Amazônia. Infelizmente não a consegui encontrar na internet, mas recordo-me que era repleta de coisas como “rios e pororocas”, e “mártires índios”, e “irmã Dorothy Stang” e coisas do gênero. Nós não rezamos. E ficamos contemplando aquele povo simples, inocente, piedoso, em procissão de madrugada, rezando qualquer coisa tosca e estranha ao catolicismo como se fosse a Via Sacra de Nosso Senhor.
Não estou exagerando: estas orações não são católicas. Encontrei neste documento da Diocese de Cachoeiro [v. Anexo 01] a Via Sacra 2009. Só à guisa de exemplo:
- Primeira Estação: “O nosso país é marcado por grandes escândalos. Corrupção, tráfico de influências, desvios de verbas, entre outros, estão sempre presentes no nosso noticiário. São crimes que trazem trágicas conseqüências para a nossa sociedade (…). O pobre é quase sempre preso, mas as pessoas que pertencem às altas rodas do crime estão apenas respondendo processos e recorrendo às instâncias diversas do sistema judiciário, e muitas vezes até conseguindo da opinião pública a aprovação de seus atos, com a expressão: ‘esse rouba, mas faz!'”.
- Canto: “Ó Senhor, Caminho e Vida / o Brasil pede perdão / Pelas mortes e agressões” – tiraram os tradicionais versos à Virgem Santíssima!!
- Sexta Estação: “Assim como essa mulher [Verônica] que se aproxima de Jesus, existem entidades e organizações que trabalham com a formação da consciência das pessoas e com a organização da sociedade para que aconteça a luta por direitos e por uma nova sociedade fundamentada em uma nova hierarquia de valores que tem no seu topo a pessoa humana e a sua dignidade”.
- Décima Estação (Oração): “Livrai-nos da concentração dos bens nas mãos de poucos. Ajudai-nos a colocar, fraternalmente, nossos bens a serviço do povo desta terra”.
- Décima Quarta Estação: “Enquanto os poderosos chefes dessa rede de produção e distribuição [narcotráfico] dispõem de muitos meios para escapar da repressão policial, inclusive fazendo a “lavagem de dinheiro”, os pequenos traficantes e os usuários de droga acabam atrás das grades ou mortos pelos becos das favelas. São culpados também, mas é injusta a diferença de punição dos pequenos e a impunidade dos grandes”.
É já difícil imaginar um excremento desta magnitude sendo impresso e distribuído com a assinatura da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil; contudo, ainda mais doloroso é ver o povo humilde rezando isso, de madrugada, com a melhor das boas intenções, acreditando que está praticando o catolicismo tradicional que receberam de seus pais. Isso é escandaloso, ignominioso, vergonhoso, ultrajante, revoltante, é um pecado que brada aos Céus. Para piorar, já existe o regulamento para o concurso do Hino da Campanha da Fraternidade 2010, cujo tema é… Economia e Vida! Isso não pode ficar assim. Já basta de ofender a Nosso Senhor. Queremos uma Quaresma de verdade.
QUE ABSURDO O MEDIAVELISMO HIPOCRITA DE VOCES
Vejo, que se eu amo a minha religião, amo minha Igreja Católica, eu nao vou sair por ai defamando dela, mesmo que eu saiba que tenha erros (que não são da Igreja, pq ela é de Cristo é perfeita) Mas os erros são pq eu sou pecadora, pq vcs todos que falaram são pecados, os padres buscam a santidade mas são tentados e muitas vezes erram. Mas precisamos chegar a igreja e contar tudo que achamos e não sair colocando nos blogs, nossos irmãos protestantes vão amar olhar tudo isso. Que tentativa de evangelização é essa? que tentativa de quaresma de paz é essa? Que falta de amor com a Igreja é essa? Meus irmãos como a Igreja precisa de pessoas que chegue ajude, participe e não que se vistam do mal e joguem pedras nela. Os sacerdotes estão querendo ouvir, vão ate eles e falem… mas não sejam hipocritas e acabam a sua Fé diante de Todos irmãos. Busquem a santidade nas pequenas coisas. E lembrem Deus escuta tudo que dizemos, e como seu coração deve estar ferido com tantas acusações infudadas a sua AMADA IGREJA!
Deus abençoe Vcs e Maria lhes Interceda a Salvação
.É bom rezar de acordo com a tradição. Mas, não podemos ignorar atitudes de mãos que em defesa de inumeros interesses, que, nada tem a ver com o sacrificio de Jesus Cristo. Jesus, morreu para nos libertar de toda injustiça e a Igreja do Seculo 21, não pode limitar-se a dizer AMÉM! Ela precisa continuar gritando aos quatro cantos, basta de destruição das nossas fontes de água doce, de destruição das matas que dá equibílbrio ao aquecimento global.Parabéns aos Irmãos que fizeram a Via Sacra, ainda que na madrigada, provocando reflexões a resspeito a tantas martelas e tacadas no corpo de Jesus. Este nosso salvador, que ainda hoje sofre a injhustiça contra seus pequenos. Quem quizer encontrar Jesus, deve se aproximar cada veza mais dos injustiçados. Não tenha vergonha. Abraços. Anísio Pereira Faustino, católico residente em Dourados – Ms., Diocese do Coração.