– Muito boa a matéria do Gazeta do Povo sobre Pio XII: Pontificado de Pio XII pauta visita do Papa a Jerusalém. É com muita alegria que vejo um órgão de imprensa ter a coragem de publicar uma matéria assim quando todos os demais silenciam e/ou fazem coro ao processo de desinformação histórica perpetrado pelos inimigos da Igreja. É muito reconfortante saber que há jornais sérios, que não se curvam diante da censura anticlerical. Para parabenizar o jornal pela reportagem: leitor@gazetadopovo.com.br – nome completo, cidade e estado.
– Príncipe jordaniano agradece valentia moral do Papa; o “príncipe Ghazi Bin Muhammed Bin Talal, primo e conselheiro do rei da Jordânia” fez “um profundo e amplo discurso em inglês”, onde acolheu o Papa “cujo pontificado esteve marcado pela valentia moral para falar e atuar em consciência, muito além das modas do momento”. Muito além das modas do momento – destaco. O empenho do Papa em preservar o patrimônio doutrinário da Igreja – e a importância deste trabalho – é reconhecido até mesmo por quem não é cristão!
– Na mesma matéria, Sua Alteza falou ainda nos “países subsaarianos onde as ‘minorias muçulmanas são submetidas a duras pressões por parte das maiorias cristãs, assim como em outros lugares onde acontece o contrário'” – gostaria muitíssimo de saber que países são esses e a exatamente quais “duras pressões” se refere o príncipe da Jordânia. Alguém faz idéia?
– Feliz dia das mães I: a mulher não foi feita para menstruar tanto. Ela foi feita para estar grávida e amamentar. “Apesar das mudanças de comportamento, o organismo feminino ainda funciona à moda antiga. Com isso, doenças ligadas à menstruação, que antes eram raras, agora são mais frequentes”. Raios, não é que a Igreja estava certa de novo!
– Feliz dia das mães II: Maria Mariana lança livro para contar experiência de criar 4 filhos. Vale muito a pena ler a entrevista concedida à revista Época, da qual destaco (quase tudo): “O valor de ser mãe não está sendo levado em conta. […] Mas eu sonhava com uma enorme mesa de família com aquela macarronada no domingo. […] Amamento há nove anos seguidos. Só desmamo um quando engravido do outro. […] Não acredito na igualdade entre homens e mulheres. Todos merecem respeito, espaço. Mas o homem tem uma função no mundo e a mulher tem outra. (…) Deus preparou o homem para estar com o leme na mão. […] O valor básico da maternidade é cuidar do outro, doar, servir. Nada a ver com o mundo competitivo. Maternidade é tirar seu ego do centro”.
– Por Rodrigo Pedroso, “a estatização da teologia”; fala sobre o projeto do senador Marcelo Crivella para regulamentar o exercício da profissão de teólogo no Brasil. “Ao regulamentar a profissão de teólogo, o Estado adentrará em seara alheia, imiscuir-se-á num campo que não lhe pertence. Tal intromissão representará violação da liberdade religiosa, garantida pelo art. 5º, VI, da Constituição Federal. E, na medida em que a teologia é uma disciplina do intelecto e uma ciência, representará igualmente uma infração da liberdade intelectual e científica, que a Constituição declara ser livre não apenas de censura, como também de licença (art. 5º, IX)”.
– Você se lembra desta foto? Fiquei sabendo no blog do Veritatis que o site da Fox News trouxe uma reportagem com o garoto que, quando estava no útero de sua mãe, emocionou o mundo. Hoje ele tem nove anos. E a foto salvou muitos bebês de serem abortados. Muitos tentaram impedir isso: “a Life Magazine tentou comprar os direitos sobre a fotografia para que ela jamais fosse republicada; e o médico que fez a cirurgia chegou a dizer que foi ele quem puxou para fora a mão do bebê. A acusação acabou com a carreira do fotógrafo, mas não abalou sua determinação”. E, graças a Deus, não conseguiram.
– Faço coro ao desabafo do Rafael Vitola; e acredito não ser o único a fazê-lo. “Até quando teremos que aturar a Fé Católica seqüestrada por quem deveria ser seu defensor?” Levantai-Vos, Senhor. Salvai-nos.
Meu desabafo para o pessoal do Veritatis:
Até quando vocês irão se calar para os escândalos dos ”movimentos carismáticos?”
Até quando vocês irão esconder dos católicos os padres que aproveitam a sua fama na mídia e imprensa, e criam heresias como os ”católicos protestantizados?”
Até quando o Veritatis vai omitir dos seus leitores que eles seguem os ”carismáticos” do Monsenhor Jonas Abib?
Até quando Veritatis?
PS: O segundo parágrafo do artigo do Veritatis, se encaixa nitidamente para os seguidores da ”Teologia da Libertação” e para os ”movimentos carismáticos!”
O Sr. Rafael Vitola escreveu tudo tão bonitinho… Tão tocante… Tão realista… Pena que tenha omitido o essencial…
Que cardeais e bispos de tendência neoconservadora (como a adotada por ele) são os que mais impedem e sabotam o Rito Gregoriano e que mais interferem negativamente nas devoções e confrarias religiosas…
Que acatam sem pestanejar todos os textos dúbios do Concílio Vaticano II em uma demonstração das mais covardes de temor humano!
Que não levantam a voz para condenar esta demagógica e panfletária Campanha da Fraternidade, de cunho marxista e insufladora da luta de classes…
Emfim, esperamos dele, um dia, a sinceridade de reconhecer que toda esta bagunça tão bem descrita em seu texto foi gerada pela “Primavera da Igreja”.
Ufa, o Rafael disse tudo o que eu queria…
até quando… até quando…
Julie Maria
Que acatam sem pestanejar todos os textos dúbios do Concílio Vaticano II em uma demonstração das mais covardes de temor humano!
Uai, como quer o sr. Dionisio Lisbôa que os católicos acatemos o magistério da Igreja? Pestanejando? Desde quando ser fiel e obediente ao magistério é “uma demonstração das mais covardes de temor humano”?
Textos dúbios? Será que o sr. Dionisio não sabe ler, e por isso não entendeu os documentos do Concílio?
Esses pseudo-tradicionalistas (sim, pseudo-tradicionalistas, pois o tradicionalismo deles é absolutamente falso, pois a desobediência e a rebeldia nunca foram tradições na Igreja) têm como único resultado concreto atacar a credibilidade da própria Igreja. Os ateus e antiteístas de prontidão já estão usando como argumento contra a Igreja o suposto “arianismo do papa Libério”. De quem eles tiraram essa, senão das calúnias dos pseudo-tradicionalistas contra a Santa Igreja?
Eis mais um neoconservador de plantão…
Nem preciso dizer quem é… Ele se entrega por si mesmo!
O papa, em diversas ocasiões, já afirmou que o Concílio Vaticano II é PASTORAL e cai em erro quem o tem como Superdogma, como algo inquestionável!
Contra os fundamentalistas do Concílio Vaticano II, disse o papa:
“A verdade é que o próprio Concílio não definiu nenhum dogma e conscientemente quis expressar-se em um nível muito mais modesto, meramente como Concílio pastoral; entretanto, muitos o interpretam como se ele fosse o super dogma que tira a importância de todos os demais Concílios.” (Cardeal Joseph Ratzinger, Alocução aos Bispos do Chile, em 13 de Julho de 1988, in Comunhão Libertação, Cl, año IV, Nº 24, 1988, p. 56).
Se assim não o fosse, não teria aberto o diálogo para tratar das “questões em aberto” com a Fraternidade Sacerdotal São Pio X.
É preciso um pouco de sinceridade intelectual e boa vontade (coisas que faltam a muito neoconservador) para fazer uma comparação entre os textos do Magistério anteriores ao Concílio (tais como o Syllabus de Pio IX e a Pascendi de São Pio X) e os que se seguiram à “Primavera da Igreja”, tais como Lumen Gentium, Gaudium et Spes: verão que a ruptura salta aos olhos!
Fato é que os neocons de carteirina, ao invés de colocarem a pecha de “falso tradicionalista” a quem não aceita cegamente os textos e a exegese da ruptura têm que decidir: ou são frios ou são quentes! Mornos não são aceitáveis para Deus!
Prezado Dionísio,
Que o Vaticano II não é “um superdogma” é fato. Agora, entre não ser um superdogma e ser a heresia responsável pela crise da Igreja vai uma grande diferença…
Aliás, até mesmo sem entrar no mérito dos debates conciliares, a honestidade intelectual manda considerar a integridade das atitudes do Santo Padre. P. ex., quanto às “questões em aberto” e o diálogo com a FSSPX, “[n]ão se pode congelar a autoridade magisterial da Igreja no ano de 1962: isto deve ser bem claro para a Fraternidade” [Bento XVI, carta aos bispos]. A posição de Bento XVI é portanto radicalmente incompatível com a de alguns críticos do Concílio.
Abraços,
Jorge
Caríssimo Jorge
“A posição de Bento XVI é portanto radicalmente incompatível com a de alguns críticos do Concílio.”
O interessante é que se não fosse compatível com as severas críticas que a FSSPX tece ao Concílio, a Santa Sé já não estaria discutindo estas “questões em aberto” (agora, Deo Gratias, fora dos holofotes da imprensa) com a FSSPX e muito menos teria retirado as excomunhões…
Respeitosamente acredito que tuas considerações devem ser mais apropriadas aos sedevacantistas, estes sim, sem um porto seguro para se fixarem, ficam ao sabor dos ventos de seus exercícios intelectuais, inconciliáveis com tudo e com todos em prol de suas elocubrações quase gnósticas…