– Bento XVI caminha na corda bamba entre israelitas e palestinos, conforme diz o título de uma matéria-desabafo do pe. Thomas Williams, LC, publicada em ZENIT na última quarta-feira. “Parece que alguns dos ouvintes do Santo Padre – afirma – não se sentiriam satisfeitos com nada do que o Papa possa dizer ou fazer, a ser não que caísse de joelhos suplicando que a terra o engolisse na mais total das vergonhas. […] Como um equilibrista espiritual, ele tem de oscilar com cuidado à direita e à esquerda, e imediatamente é rotulado como insensível ou mau. […] Parece que muitos observadores não se importam com as verdadeiras intenções do Papa, e passam todas as suas palavras e ações pelo microscópio, em busca de uma falta”.
– Surgem rumores de que o homem que tentou assassinar papa se converteu ao catolicismo e quer ser batizado. “Mehmet Ali Agca, o homem que em 13 de maio de 1981 tentou matar o papa João Paulo II, alega ter se convertido ao catolicismo”. A mesma reportagem diz que o seu ex-advogado é cético quanto à sua conversão. Aqui tem uma entrevista estranha que não sei se é com o próprio Agca ou com o seu atual advogado; são essas coisas confusas que me fazem achar melhor aguardar um pouco para saber se é verdade ou se é boato.
– O Estado e o aborto: artigo de Ogeni Luiz Dal Cin, advogado e filósofo. “Ora, como preservar a liberdade – esse o paradoxo do liberalismo – em detrimento da vida, se a liberdade supõe a vida e se a destruição da vida em nome da liberdade destrói a potencialidade da liberdade na vida violada? Destruir o outro antes que possa exercer sua liberdade para não precisar reconhecer-lhe a liberdade? […] De nada adiantou nosso constituinte definir, em cláusula pétrea, o direito à vida, sem nenhuma restrição, e defini-lo como direito superior e independente do Estado, se agora, por uma lei ordinária, na junção de interesses ideológicos e personalíssimos, já se considera casuisticamente mais que suficiente o intuito de legalizar o direito de matar a vida humana, antes do nascimento”.
– Cientista nega tese de Anjos e Demônios, mas ninguém liga. “Zichichi, religioso e antidarwiniano, foi o homem que descobriu a antimatéria em 1965. Segundo ele, sua descoberta não pode ser roubada e muito menos contida num recipiente, mas é isso que ocorre em Anjos e Demônios, a nova parceria com a qual a dupla Howard/Hanks espera superar a receita bilionária do O Código da Vinci”. Parece que, não contente em apresentar aberrações históricas, o filme traz também aberrações científicas…
– Aliás, aos que dizem que o filme é ficção e ninguém confunde com a realidade, a própria matéria do Estadão acima citada traz a seguinte declaração do direitor do filme, Ron Howard: “Quando li Anjos e Demônios pela primeira vez, foi o que realmente ficou comigo. Essa sociedade secreta perseguida pela Igreja tinha entre seus integrantes Galileo Galilei e Bernini. O que aconteceu com eles? Os illuminatti existem até hoje? Meu Deus, se eu não me interessasse por isso, com o que mais iria me interessar?”. Se aparentemente nem o diretor do filme sabe que Galileo e Bernini não fizeram parte de Illuminati nenhuma, quanto mais o espectador de cultura mediana!
– Sobre a mesma confusão feita [por ignorância ou cretinice] pelo próprio Dan Brown, vale ler este post do blog do Veritatis que traduz uma entrevista do escritor disponível no seu site: “Sim, parte da informação factual revelada é surpreendente, mas eu acho que a maioria das pessoas compreende que uma organização tão longeva e poderosa como o Vaticano não poderia ter chegado a esse ponto sem guardar alguns esqueletos no armário. Eu acho que a razão pela qual “Anjos e demônios” está criando polêmica agora é que o livro abre alguns desses armários, que a maioria das pessoas nem sabia que existiam”. E então, será que somos nós que não sabemos diferenciar ficção de realidade?
– Escritor inglês ateu, amigo de Dawkins e Hitchens, converteu-se em abril passado ao cristianismo. A. N. Wilson anunciou no início do mês passado o seu retorno à Fé Cristã em um artigo de jornal chamado “por que eu creio novamente”! Da primeira matéria citada: “No han descubierto [seus amigos ateus] – como creen ellos – el tremendo engaño de la religión (…) El problema es que no se han dado cuenta de algo muy sencillo. Quizá es demasiado obvio para entenderlo; tan obvio como los amantes creen que deben estar juntos, o tan obvio como la decisión final del que se fuga”.
Jorge, A. N. Wilson se converteu em qual Igreja?
Foi para a Santa Igreja Católica Apostólica Romana que aconteceu a sua conversão?
Renato
Não, Wilson retornou à sua fé de batismo: anglicana.
o autor deste blog deve estar desesperado e com razão, uma vez que a [CENSURADO] Igreja tem ultimamente deixado mais evidente suas contradições internas.
o que o caostolico não quer perceber ou entender é que qualquer um pode alegar ser “ateu” e fica por isso mesmo, uma vez que o Ateísmo não é uma instituição dogmática e ditatorial como a Igreja.
Jorge, vc está com problemas no cérebro de tanto [CENSURADO]. eu sou apenas eu e não outro. ou vc nunca ouviu falar em ctrl+c/ctrl+v?
Então ele não se converteu ao cristianismo, não é Jorge!
É claro que a Igreja Anglicana é cristã. São cristãos protestantes (embora na liturgia se assemelhem muito aos católicos, assim como os luteranos; os protestantes da velha guarda não se parecem nada com os pentecostais, que se tornaram a imagem padrão do que tem no Brasil como protestantismo).
Caríssimos,
Mea culpa! Na pressa, acabei não colocando no blog que A. N. Wilson havia se convertido ao anglicanismo.
É sem dúvidas de se lamentar. É óbvio que ainda precisamos rezar para que ele se converta à Igreja Católica; no entanto, o anglicanismo é menos ruim que o ateísmo, porque a distância restante a ser percorrida até a Igreja é menor [já tem bem mais de meio caminho andado]. E a história dele é mais um testemunho de como as pessoas mais inteligentes e honestas estão abandonando as loucuras dos ateus.
Sim, o anglicanismo só é “cristianismo” em sentido latu, como p.ex. “igreja anglicana” só é “igreja” em sentido latu.
Abraços,
Jorge
Jorge: “a história dele é mais um testemunho de como as pessoas mais inteligentes e honestas estão abandonando as loucuras dos ateus.”
pois para mim parece mais uma história de outro borra-botas, inseguro demais para ser um ateu (se é que algum dia o foi realmente)
parabéns a ele e a todos os demais que como cães voltam ao próprio vômito. agora que ele voltou a andar de quatro, pode voltar a ser um primata.
profeta do profano:
Já notou que o que você falou serviria exatamente no sentido oposto (sobre um religioso que virou ateu)? Depende de quem o está proferindo… interessante ,né?
Caro JOrge,
Você diz que ‘o anglicanismo é menos ruim que o ateísmo’. Não é, não. Subjetivamente falando, vá lá, os angliganos estão melhores do que os ateus, pois pelo menos acreditam em Deus. Objetivamente falando, porém, quanto mais uma mentira se aproxima da verdade, mais perigosa ela é, porque engana mais. Ateísmo é coisa pra burro e, portanto, só burro vira ateu. Mas falso cristianismo (como o anglicanismo) atrai pessoas inteligentes, que compreendem a necessidade da existência de Deus, mas não querem ser católicas. É claro que ambos estão no erro. Pois quem diz que 2 + 2 = 5 erra, assim como quem diz que 2 + 2 = 33,18. Ambos estão reprovados e vão tirar zero. Mas, na prática, é mais fácil errar dizendo que 2 + 2 = 5 do que dizendo que 2 + 2 = 33,18.
Um abraço.
Carlos.
sim, alien, eu percebi. isso se chama relatividade.
realmente uma pessoa pode alegar pertencer a uma religião sem o ser. essa é uma defesa que pode ser usada no caso da pessoa em questão cometer algum crime usando a crença como justificativa, caso esteja interessado.
alguns casos de violencia cometidas por evangelicos, por exemplo, contra imagens (catolicas ou outras).
cabe ao poder publico provar que houve uma incitação, uma participação ou ordem do templo, igreja ou grupo religioso que tal pessoa declara ser parte para que os suspeitos de serem os autores intelectuais sejam julgados.
Atenção, Jorge!
Desconfio que o tal ‘profeta profano’ é o Roberto Quintas sob novo pseudônimo.
As burrices são as mesmas, inclusive o vício de não usar letra maiúscula nem no início das frases.
Talvez tenha sido o meio que ele arrumou para continuar chateando os outros, já que como Roberto Quintas está proibido de vomitar outras asneiras até que prove as que já expeliu em outros posts.
Carlos