A Escola Litúrgica da CAJU

Um amigo enviou-me por email uma pequena nota publicada no Sector Católico, sobre uma tal escola de liturgia brasileira “de Caju”, cujo conteúdo era o seguinte:

La Escola Litúrgica de Caju

Hoy SECTOR CATÓLICO publica un vídeo con nuevos abusos litúrgicos que se están produciendo en Brasil, en una mal llamada “escuela litúrgica” de Caju. Lamentable, pues, seguir permitiendo que sean los laicos los que, a su antojo, puedan decidir cambios en la estructura fundamental de la celebración sacramental de la Iglesia.

De seguir así las cosas, los fieles ya no podremos reconocer o diferenciar nuestra liturgia católica de otras que no lo son, y que, por tanto, no son capaces de transmitir el don de Dios, como canales ordinarios de la gracia divina que son.

Ya está bien. Los católicos nos merecemos algo mejor. Y por eso, recomendamos denunciar a las autoridades eclesiásticas este tipo de comportamientos, con el fin de que sean ellas las encargadas de actuar de oficio y poner orden en casa.

Juan Miguel Comas

Sem fazer a mínima idéia do que se tratava, ao chegar em casa vi que outro amigo havia encontrado o tal vídeo no youtube. Ei-lo:

Foi então que parte do mistério foi resolvido. Descobri no youtube que a tal escola litúrgica “da CAJU” era a  “Escola de Liturgia da Casa da Juventude Pe. Burnier, Goiânia/GO”. Procurando um pouco mais na internet, descobri no site da Casa da Juventude o convite para a “Escola de Liturgia para Jovens” de 2009! Em pleno século XXI, encontrar uma assombração dessas, fantasma das trevas libertacionárias, chega a ser frustrante.

O escândalo atravessou o oceano e chegou à Espanha. Os nossos irmãos católicos do outro lado do Atlântico recomendaram denunciar às autoridades eclesiásticas este tipo de comportamento, a fim de que elas ponham ordem na casa. Faço coro ao pedido. Coisas como “uma forma celebrativa de rosto orante, jovem e inculturada”, “vivência do Laboratório Litúrgico”, “[a]ssembléia celebrante”, “dança na liturgia” e afins que se encontram na programação da tal escola são injustificáveis. Não precisamos de outra liturgia que não a da Santa Igreja. Para vencermos o caos litúrgico hoje reinante, é fundamental que sejamos diligentes em apagar os focos de incêndio. O email de Sua Excelência Reverendíssima Dom Washington Cruz disponível no site da CNBB é dwcruz@uol.com.br e, o da cúria, curia@arquidiocesedegoiania.org.br. Sinceramente, não merecemos isso. Os jovens têm muito mais a oferecer.

Publicado por

Jorge Ferraz (admin)

Católico Apostólico Romano, por graça de Deus e clemência da Virgem Santíssima; pecador miserável, a despeito dos muitos favores recebidos do Alto; filho de Deus e da Santa Madre Igreja, com desejo sincero de consumir a vida para a maior glória de Deus.

45 comentários em “A Escola Litúrgica da CAJU”

  1. Esse é o resultado de uma Pastoral da Juventude levada na linha da TL.
    Essa mania que eles criaram de “montar” altares no chão, com velas e um monte de coisas estranhas é marca registrada PJ libertadora.
    98% das PJ são criadas e guiadas segundo a cartilha da TL. Algumas poucas conseguem seguir alguma coisa fora desse contexto, mas depois elas são obrigadas a “entrar no eixo”.

  2. Caríssimo Jorge!!

    Sabe que, mesmo morando aqui em Goiânia, nunca tinha sequer ouvido falar desta tal de CAJU!?

    Que coisa não!? Tenho conhecimento e até mesmo presenciado muitos abusos litúrgicos por aqui, mas até então acreditava ser um problema comum em todas as regiões devido à forte influência da TL em nosso país. Procurarei mais informações e detalhes e assim que os tiver, menciono aqui para maiores esclarecimentos, ok?

    De antemão, peço a oração de todos, pois neste domingo agora (24/05/2009) às 10:00 da manhã, acontecerá a celebração solene do anúncio do triênio de preparação e da realização do Sínodo Arquidiocesano – ‘O amor de Cristo nos uniu!’ – em 2012. Serão abordados três temas em especial: a Palavra, a Liturgia e a Caridade. Com objetivos bem específicos como: 1º Mergulhar no mistério da Igreja, 2º Formar discípulos missionários e 3º Viver a comunhão.

    Acredito ser este tempo, mui propício para rever e aprofundar estes e outros problemas aqui na Arquidiocese. Por isso, peço-lhes mais uma vez, orações neste intuído, pois, assim como muitos fieis cristãos sofrem pela Santa Madre Igreja em vários lugares do mundo, não é diferente aqui.

    Abraços a todos e até mais ‘ver’.

    André Víctor

  3. Caríssimo André Víctor,

    Pensei justamente em ti e no Demerval quando escrevi. Chega a ser ridículo: a nossa diocese é grande, mas o mundo é pequeno. Esta maluquice foi noticiada até na Espanha!

    Por favor, traga-nos mais informações assim que as tiver. No site indicado há uns telefones para contacto, e talvez (não cheguei a procurar) também o endereço.

    Abraços!
    Jorge

  4. Pois é, Jorge,

    Sei que a Casa da Juventude é um instituto fundado e dirigido pelos padres jesuítas, portanto, fora da alçada direta do Arcebispo Metropolitano de Goiânia, apesar de estar localizado no âmbito da Arquidiocese. Coisas de jurisdição, creio.

    Mas o mais próximo que estive dela foi quando estava cursando Teologia Pastoral no IFITEG (Instituto de Filosofia e Teologia de Goiás) pertencente a um “pool” de congregações religiosas para a formação de seus seminaristas e de alguns leigos e de viés libertacionista (mas que acredito ser mesmo ateísta e liberalista, tal o gosto pelo deboche sobre as coisas da Fé católica). Lá, vários dos professores leigos eram também funcionários da CAJU, inclusive alguns praticamente moravam na Casa. O maior problema (seriíssimo, por sinal) era o manifesto e assumido homossexualismo de alguns deles. Durante todo o curso, esses professores se referiam bastante sobre as “experiências” e “laboratórios” e citavam muito um curso sobre “sexualidade e afetividade”, de maneira que eu podia vislumbrar o que aquela moçada devia ouvir desses tais “professores”…

    Particularmente, conheço o diretor da CAJU, padre Geraldo, um homem excelente, de muita espiritualidade e com gigantesco bom humor. Mas sei que ele, como muitos padres bons por aí, não governa sozinho. Eis o resultado da famigerada “colegialidade” que muitas vezes se revela simples ditadura travestida de “sistema democrático”…

    Acho que, se essa denúncia der suficientes subsídios para o Arcebispo, algo bom ele pode fazer junto aos superiores jesuítas (e rezo muito para que isso aconteça, afinal os jovens realmente enchem aquela “casa” – na verdade é uma enorme estrutura física em pleno Setor Universitário). Mas creio que o problema mais grave das formações dadas ali se refere à sexualidade da juventude católica, se se considera o tipo de gente que lá fala sobre esse tema… Mas, infelizmente, o problema mais grave de formação na Arquidiocese de Goiânia AINDA continua sendo o IFITEG. Repito: infelizmente…

  5. Salve Maria!

    É senhores, nossa capital goiana não está livre desses horrores que assombram e aterrorizam qualquer católico que preze minimamente pela fé e pela moral. Lamento!

    Soube, por alguém próximo e que está tentando sobreviver num seminário, que a coisa em nossa capital está tão deprimente, que há planos que não sei se é real e se está em andamento, de fechamento do seminário desta capital, devido o homossexualismo (já ouvi dizer que há até “pastoral homossexual”, alguém confirma isso?) e a TL, que com as bênçãos da CNBB está destruindo tudo que nos resta de católico.

    Onde moro (Planaltina-GO, nordeste goiano), há um grupo de CEBs que realiza seus encontros da forma citada, em circulo, sobre um pano vermelho (estranho isso, não?) e com uma espécie de “altar” no centro, nada católico.

    Rezemos por nossa Santa Igreja, para que Cristo, pela intercessão de S. José, Padroeiro da Igreja Universal, possa enviar verdadeiros padres, que restabeleçam a única fé que salva.

    Cleber

  6. Sr. Cleber!

    [Soube, por alguém próximo e que está tentando sobreviver num seminário, que a coisa em nossa capital está tão deprimente, que há planos que não sei se é real e se está em andamento, de fechamento do seminário desta capital, devido o homossexualismo (já ouvi dizer que há até “pastoral homossexual”, alguém confirma isso?) e a TL, que com as bênçãos da CNBB está destruindo tudo que nos resta de católico.]

    Este ‘alguém próximo e que está tentando sobreviver num seminário’, seria o seminário inter-diocesano daqui de Goiânia?!

    Pergunto, pois conheço boa parte dos formadores, professores que posso afirmar são de altíssima seriedade e fidelidade a Santa Sé. Só para deixar mais claro, o que já foi dito pelo Demerval Jr., os seminaristas da arquidiocese, e das outras dioceses que para cá enviam o seus, não estudam no IFITEG.

    Quanto a existência de ‘planos… de fechamento do seminário desta capital’, posso lhe dizer com alguma propriedade, de que isso não processe e nem mesmo sequer ouvi falar sobre isso, nos vários momentos em que tive e tenho contado com o seminário e os Padres que participam ativamente no seu funcionamento.

    E no que se refere a ‘pastoral homossexual’, é ainda mais absurda esta informação. Conheço muito bem o Padre responsável pela Animação Vocacional em nossa Arquidiocese, e posso lhe garantir que faz um trabalho bastante sério quanto a isso. Tenho vivido isso juntamente com ele e posso afirmar que não nada disso. Clara que ainda, eu digo bem isso, ainda existem muitos ‘focos’ da TL que nos causam sofrimento, mas o nosso Arcebispo já eliminou muitos e muitos erros viu!? E vem conseguindo, a seu modo é claro, ‘arrumar a casa’. O que não é sem muito esforço e trabalho, acarretando assim, inevitavelmente, muito tempo para isso.

    Rezemos, caríssimo. Rezemos!! Nossa Arquidiocese está se empenhando muito para poder viver mais intensamente o verdadeiro Mistério da Igreja, e ser assim, fidedigna no anuncio da boa nova. Que Nossa Senhora, possa passar a frente desta empreitada, para que bons tempos, (que já começaram!) cheguem, e com bastante fieis católicos em suas fileiras.

    Abraços e até mais ‘ver’.

    André Víctor

  7. Caro André Víctor, salve Maria!

    Não, este alguém que citei é de outra diocese e arquediocese, porém, goiana, e segundo ele, soube de tais informações no próprio seminário.

    Fico contente em saber que não procedem, pois, são lástimas. No entanto, não disse, mas direi agora, que junto a estas informações, soube também que para o tal fechamento do seminário, já estariam sendo tomadas medidas de não enviar seminaristas de lá, do seminário ao qual pertence esta pessoa, para o de Goiania, e também, este tal plano, atingiria ainda o seminário de Tocantins que segundo as informações, também não estaria em boas condições.

    Fico ainda contente pelo Arcebispo, por estar combatendo estes marxistas, Deus seja louvado!

    Que Deus possa nos manter firmes e vigilantes,

    Obrigado,

    Salve Maria!

  8. Este lixo litúrgico além de ofender a Deus Onipotente, ofende a inteligência e o senso estético de qualquer um que tenha o mínimo de formação sobre a verdadeira liturgia católica. Esta praga se alastrou por todo o Brasil. É a liturgia entregue nas mãos de incompetentes!!!!

  9. [CENSURADO, PELOS MOTIVOS JÀ CONHECIDOS]

    [Argo, os próximos irão diretamente pela lixeira, como já mandei vários nos últimos dias. Não consigo ver o menor sentido na publicação, cá no blog, da imaturidade de um sujeito que parece julgar poder falar as maiores besteiras do mundo, sem ter o mínimo de comprometimento com aquilo que diz.

    Quer pensar besteiras? É um seu “direito”. Quer falar besteiras? Aqui, até pode, mas só dentro de alguns limites, e um deles é que as pessoas são responsáveis pelas besteiras que escrevem. Você encheu a paciência de todo mundo na semana passada falando na matematização da consciência, do amor, da memória e de outras tantas coisas mais. Deixei passar a estupidez, sabendo – e todo mundo aqui, idem – que era uma estupidez, unicamente para ver até onde você ia sustentá-la. O Deus lo Vult! não é depósito de lixo, onde você pode despejar a porcaria que bem queira sem depois ter nada a ver com ela. Aqui, as pessoas têm tudo a ver com as coisas que dizem.

    Portanto, você tem três opções. Ou você admite que queria apenas zoar e pede desculpas comprometendo-se a não mais fazer isso, ou você traz os papers que matematizam consciência, amor, memória, liberdade, igualdade, fraternidade e tudo o mais, ou você desaparece. Simples assim.

    É o último comentário meu. Ulteriores postagens suas, que não cumpram com uma das duas primeiras condições acima, vão para a lixeira direto.

    – Jorge]

  10. Jorge,
    (em relação ao argo) demorou…
    Apesar disso, obrigado por manter o blog livre de tanta besteira.
    Sds.,
    de Marcelo.

  11. Pessoal. Se eu estiver errado, vocÊs me corrijam: o básico,essencial e o necessário na Santa Missa é a celebração da memória do Sacrificio de Cristo por nós. Esse fato é o centro de toda a liturgia, pois sem esse Sacrificio não teria sentido nossas vidas.

    Sendo assim, é necessário que todos nós tenhamos que celebrar como o rito tridentino? Não basta manter a seriedade da situação, para manter a dignidade de toda a Santa Missa?

    O fato de alguns bispos negarem que sejam celebradas missas segundo o Motu Proprio Summorum Pontificum, de Bento XVI é extremamente lamentável, mas agora seus simpatizantes demonizarem outras formas de viverem o mesmo Sacrificio é válido?

    Dia após dia, percebo que os senhores se tivessem o poder nas mãos, limariam os adeptos da TL e depois os carismáticos da Igreja. Como Deus é justo e bom, só quem tem o poder são os escolhidos por eles (Santo Padre, cardeais e Bispos).

    Eu creio que a Igreja tem espaço para todos e quem está fora simplesmente está por não se enquadrar a Igreja e sua verdade. Agora, fazer campanha contra os próprios irmãos é muito deprimente.

  12. Sérgio,

    A Santa Missa é o Sacrifício incruento do Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo. Não “basta manter a seriedade da situação”, é preciso obedecer às rubricas. A Igreja diz de maneira muito detalhada o que pode ser feito na Sagrada Liturgia; não é permitido “inventar” nada para além disso. Citando o Concílio Vaticano II:

    [N]inguém mais, mesmo que seja sacerdote, ouse, por sua iniciativa, acrescentar, suprimir ou mudar seja o que for em matéria litúrgica.
    Sacrossantum Concilium, 22 §3

    Sem contar que o vídeo mostrado obviamente não guarda a “serenidade da situação” nem tampouco a “dignidade da missa”!

    Sobre demonizar “outras formas de viverem o mesmo Sacrificio”, depende. Se forem formas lícitas [autorizadas pela Igreja, como p.ex. a Nova Missa bem-celebrada], então não se pode demonizá-las. Mas se forem invencionices de católicos desobedientes à autoridade da Igreja [como o presente caso], então são elas próprias que se demonizam, porque atentam contra a Sagrada Liturgia da Santa Igreja de Cristo.

    Por fim, não tem ninguém aqui fazendo “campanha contra os próprios irmãos”. Estamos fazendo campanha a favor da Igreja, o que é bem diferente. Ou acaso os nossos irmãos estão contra a Igreja?

    Abraços,
    Jorge

  13. Caro Sérgio,
    Complementando o que disse o Jorge, comento o seguinte parágrafo.

    “Dia após dia, percebo que os senhores se tivessem o poder nas mãos, limariam os adeptos da TL e depois os carismáticos da Igreja. Como Deus é justo e bom, só quem tem o poder são os escolhidos por eles (Santo Padre, cardeais e Bispos).”

    Por mais que isso possa lhe soar estranho, os adeptos da TL (pelo menos boa parte deles) já não pertencem à Igreja, pois são hereges materialistas e marxistas. É claro que pode haver alguns que estejam de boa fé, e estes precisam ser reconvertidos. Mas a TL, enquanto tal, deve sim ser extirpada oficialmente da Igreja. Aliás, a TL já foi condenada por Joao Paulo II (só não sei dizer o nível canônico dessa condenação, porque acho que não houve declaração sonele de excomunhão para seus adeptos). Se alguém mais competente aqui puder esclarecer…

    Quanto aos carismáticos, sabemos que há vários grupos e vários graus de radicalismo nesse movimento. E aqui suspeito que os de boa-fé são em muito maior número. Mas acho que todos incorrem no grave erro de colocar o sentimento acima da razão e da verdade. De modo que caem no subjetivismo e no relativismo doutrinário, acreditando mais nos pretensos carismas e devaneios do que no magistério eclesiástico. Portanto, estes também deverão ser reconvertidos ao verdadeiro catolicismo.

    Conversava com uma mulher um dia desses e o assunto evoluiu para religião. Perguntei então qual era a sua religião e ele me respondeu que era “carismática”. Perguntou-me ela, também, qual era a minha religião e eu disse “católica”. Só aí ela esclareceu que também era católica.

    Tenho uma sobrinha que é carismática bem atuante em sua paróquia. Já discuti com ela várias vezes, mas nunca consegui convencê-la, porque diante de qualquer argumento contrário ela replica dizendo – “mas eu sinto”. Na última conversa, perguntei a ela o que faria se o Papa condenasse formalmente a Renovação Carismática, e ela me respondeu, de pronto, que continuaria carismática e ficaria contra o Papa.

    Esses fatos mostram que muitos já fazem uma certa confusão quanto ao que pertencem em matéria religiosa. E essa confusão pode derrapar facilmente para uma divisão.

    Por isso é que, desejando que todos sejamos um, espero que um dia a Igreja condene oficialmente a TL e a RC, sem que ninguém se perca em cismas dolorosos.

    Um abraço.
    Em Cristo,
    Carlos.

  14. Salve Maria!

    Quanto a condenação da TL, até onde sei não há uma condenação formal, se há desconheço-a. Mas já está bastante claro que ela pode ser tudo, menos católica.

    Disse o Papa Bento XVI em sua vinda ao Brasil:

    “Papa: Diria que com a transformação da situação política mudou também profundamente a situação da Teologia da libertação, e agora é evidente que estes milenarismos fáceis, que prometiam de maneira imediata, como consequência da revolução, as condições completas de uma vida justa, estavam equivocados.” (Quarta-feira, 9 de Maio de 2007, DURANTE O VOO PARA O BRASIL).

    Há sim, várias declarações informais como esta e ainda, a condenação de Leonardo Boff, principal “mentor” da TL. Daí conclui-se que é de fato condenada.

    Outras evidências que deixam claro que a TL é um mal para a Igreja, são por exemplo, seus trabalhos de combate ao celibato, à Hierarquia, aos Sacramentos, etc.

    Membros de uma CEBs de onde mora já não rezam, e dizem isso com toda tranquilidade, uma lástima.

    A TL, CEBs e congeneres, nada máis são do que vertentes do Comunismo infiltradas na Santa Igreja. Têm o mesmo objetivo que ele, acabar com a Igreja e implantar o ateismo marxista na terra, e isso inicia-se pelos membros que vão se engajando em seus principios “sociais” e afastando-se da Igreja, e aos poucos deixando as devoções, as praticas de piedade e enfim, a perda da fé. Conheço porque estive lá, sei do falo.

    Abraços, Cleber

  15. Boa tarde Jorge, Carlos, Cleber e os outros que estão acompanhando.

    Primeiro ao Carlos: A TL foi condenada em alguns aspectos, mas creio que tanto João Paulo II quanto Bento XVI não fizeram ou farão um condenação formal e final da mesma por acreditar que a mesma também é uma forma de evangelizar. Antes que comece os questionamentos, se o Cleber teve uma triste experiência com pessoas que diziam ser da TL, eu tive uma ótima experiência e hoje nem por ter vivido essa experiência não esqueci do valor das devoções, das práticas de piedade, enfim de todo o tesouro histórico de nossa Igreja.
    Eu confio que se não houve uma medida radical, foi porque não foi preciso. A fala do Papa no avião, eu creio, foi benefica pois se alguns adeptos estavam cometendo falhas, ele indicou caminhos novos e seguros.
    Aliás, transcrevo a introdução do documento Libertatis Nuntius que versa sobre a TL.
    “Esta advertência não deve, de modo algum, ser interpretada como uma desaprovação de todos aqueles que querem responder generosamente e com autêntico espírito evangélico à “opção preferencial pelos pobres”. Nem pode, de maneira alguma, servir de pretexto para aqueles que se refugiam numa atitude de neutralidade e de indiferença diante dos trágicos e urgentes problemas da miséria e da injustiça. Pelo contrário, é ditada pela certeza de que os graves desvios ideológicos que ela aponta levam inevitavelmente a trair a causa dos pobres. Mais do que nunca, convém que grande número de cristãos, com uma fé esclarecida e decididos a viver a vida cristã na sua totalidade, se empenhem, por amor a seus irmãos deserdados, oprimidos ou perseguidos, na luta pela justiça, pela liberdade e pela dignidade humana. Hoje mais do que nunca, a Igreja propõe-se a condenar os abusos, as injustiças e os atentados à liberdade, onde quer que eles aconteçam e quaisquer que sejam seus autores, e lutar, com os seus próprios meios, pela defesa e promoção dos direitos do homem, especialmente na pessoa dos pobres.”
    Se mesmo depois desse “puxão de orelhas”, os Santos Padres percebessem a persistência no erro, garanto que seriam os primeiros a atuarem energicamente.

    Aprendi a respeitar a RCC também pelas conversão de dezenas de amigos meus, gente que aprendeu a vivenciar a riqueza e o capital de graças que nossa Igreja oferece. Também creio que tanto João Paulo II quanto Bento XVI não fizeram ou farão uma condenação formal e final da mesma por acreditar que a mesma também é uma forma de evangelizar.

    Sabemos, e os senhores que são mais observadores sabem muito mais, que infelizmente tem gente que coloca a TL ou a RCC em maior evidência do que a Santa Igreja, chgando a acreditar mais nisso do que na verdade revelada. Gente que só atrapalha, pois quando faz isso, semeia escandalos e é biblico: ser causa de escandalo é extremamente desaprovável para Deus.

    Cleber, na sua realidade, os que se dizem seguidores da TL só estão dando bola fora, mas você precisa conhecer os outros rincões desse pais. Toda generalização é falha.

    E ao Jorge, segundo o mesmo documento que você citou:

    § 1. Regular a sagrada Liturgia compete ùnicamente à autoridade da Igreja, a qual reside na Sé Apostólica e, segundo as normas do direito, no Bispo.

    § 2. Em virtude do poder concedido pelo direito, pertence também às competentes assembleias episcopais territoriais de vário género legitimamente constituídas regular, dentro dos limites estabelecidos, a Liturgia.

    e no paragrafo seguinte

    23. Para conservar a sã tradição e abrir ao mesmo tempo o caminho a um progresso legítimo, faça-se uma acurada investigação teológica, histórica e pastoral acerca de cada uma das partes da Liturgia que devem ser revistas. Tenham-se ainda em consideração às leis gerais da estrutura e do espírito da Liturgia, a experiência adquirida nas recentes reformas litúrgicas e nos indultos aqui e além concedidos. Finalmente, não se introduzam inovações, a não ser que uma utilidade autêntica e certa da Igreja o exija, e com a preocupação de que as novas formas como que surjam a partir das já existentes.

    Gente, se o pessoal da CAJU está dando esse curso, tem gente séria prestando atenção. O curso não começou no nada, eu creio e se o provincial dos Jesuitas no Brasil e Dom Washington Cruz verificasse que existiriam abusos, certamente eles exigiriam que não continuasse.

    Se gostamos da Santa e Tradicional liturgia, benção de Deus, mas chamar de invencionices de católicos desobedientes à autoridade da Igreja, na minha opinião é uma declaração pesada. Mania de acreditar que os bispos não prestam atenção em seu rebanho.

  16. Prezado Sérgio,

    A TL é uma verdadeira praga. As sucessivas condenações vindas de Roma – Boff, Sobrino – dão testemunho inconteste disso. O “autêntico espírito evangélico” da opção preferencial pelos pobres NÃO EXISTE dentro do Marxismo, e a TL nada mais é que marxismo infiltrado na Teologia Católica. Este é o distintivo da TL. Todas as demais coisas boas que ela “ainda” mantém, pertencem à Igreja desde sempre e não são, de maneira nenhuma, uma “contribuição” da TL ao Cristianismo. Ao contrário, todas as “contribuições” desta teologia sem Deus são desastrosas. Quem mantém as práticas de piedade após ter contato com a TL, é porque as mantém APESAR da TL, e nunca “por causa” dela.

    Tu disseste que não te esqueceste de “todo o tesouro histórico de nossa Igreja”. Permita-me ser um pouco mais indelicado, mas é preciso: não parece nada que tu conheças o tesouro histórico da Igreja porque, se conhecesses, terias vergonha desta afronta à Liturgia que estão fazendo em Goiânia e não procuraria de modo algum justificá-la. As tuas citações da Sacrossantum Concilium evidentemente não autorizam os leigos a bagunçarem a Liturgia Católica e jogarem no lixo a práxis multi-secular da Igreja. Se tu não consegues ver isso com a clareza de uma evidência, é porque tu não conheces o tesouro histórico da Igreja Católica.

    E é tremenda ingenuidade achar que os bispos ou os superiores das ordens religiosas iriam exigir que as invencionices descalabradas da multidão incomensurável de católicos sem-noção que existe no Brasil “não continuassem”. Infelizmente, não estamos mais na Cristandade; e não há “mania de acreditar que os bispos não prestam atenção em seu rebanho”, e sim a constação de um triste e doloroso fato que precisamos nos empenhar para que seja corrigido.

    Abraços,
    Jorge

  17. Caro Sérgio:

    Qualquer que seja o background cultural de um católico, parece-me claro que uma informalidade excessiva durante a Missa acabará mais cedo ou mais tarde por levar à descrença nos valores espirituais ali presentes.

    Veja o seguinte exemplo.

    Em tese, teologicamente, tanto faz comungar na mão ou na boca. No entanto, basta fazer uma enquete para ver que, na prática, há uma grande diferença. Como é esperado, a porcentagem de católicos que acreditam na transubstanciação tende a ser menor entre os católicos que comungam na mão.

    Voltando ao filminho, notei que algumas cenas mostravam grupos de jovens cabeludos, de bermudões, de pernas cruzadas, sentados relaxadamente ao redor do que suponho serem partículas consagradas(?), as quais estavam postas numa toalha no chão.

    Você acha que esses jovens cabeludos realmente acreditam estar diante do Corpo de Cristo?

    Se neste instante Cristo se materializasse diante de você, que postura você adotaria? Permaneceria sentado ou se ajoelharia imediatamente? Ora, não é exatamente o mesmíssimo Jesus Cristo que está presente na Eucaristia?!

  18. Pragas são extirpadas e se a TL fosse de fato praga ela seria extirpada com certeza. As condenações foram pontuais, fruto de bobagens ditas e feitas que necessitavam ser corrigidas. Agora afirmar que”…Quem mantém as práticas de piedade após ter contato com a TL, é porque as mantém APESAR da TL, e nunca “por causa” dela…” é muito pretensioso.
    Jorge, quando vc comenta que devo não conhecer o tesouro histórico de nossa história, vc imitou algumas pessoas de triste memória que não devemos lembrar e que graças a Deus se esqueceu de nós. Creio que o que foi apresentado no video nunca será reproduzido por nós, porém se está sendo ensinado tem a sua função.
    A práxis multi-secular da Igreja nunca será jogada no lixo, pois existem aqueles que estão aqui trabalhando para isso. Quando o Papa publicou o Motu Proprio Summorum Pontificum, ele pensou em todos os que estavam se sentindo afastados da Igreja e desejavam participar do Sacrifício incruento do Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo com o respeito que eles queriam ter.

    Por fim, ver as imagens e fazer o julgamento que tiver é muito falho. Pra mim, antes de fazer qualquer julgamento é necessário entender o contexto. Foi assim que Boff e Sobrino entre outrois foram devidamente corrigidos.

    Fique com Deus.

  19. Prezado Sérgio,

    Roma é uma Mãe. A História mostra isso. O arianismo não foi extirpardo da noite para o dia, nem o nestorianismo, nem o jansenismo. O que tu chamas de “bobagens ditas e feitas que necessitavam ser corrigidas” são a própria essência da Teologia da Libertação.

    Claro que as condenações foram pontuais porque todas as condenações da Igreja são pontuais. A Exsurge Domine tem uma porção de condenações pontuais contra Lutero. Todos os concílios têm uma série de condenações pontuais contra uma série de coisas. Acontece que tirando todas as pontualidades da bula de Leão X não existe protestantismo, e tirando todas as “bobagens ditas e feitas” por TLs e seus sequazes não existe Teologia da Libertação.

    A práxis multi-secular da Igreja nunca será jogada no lixo porque existem católicos, claro. Mas alguns católicos podem jogá-la no lixo. Como, p.ex., os responsáveis por este gritante desrespeito à Liturgia da Igreja que podemos tristemente ver neste vídeo, e que tu insistes em defender dizendo que “tem a sua função”. A “função” disso é zombar de Nosso Senhor, humilhar a Igreja e semear o escândalo entre o povo de Deus.

    Repito: quem defende abusos litúrgicos (salvo o caso de ser um demônio encarnado, o qual eu não quero considerar) não conhece o tesouro da Liturgia da Igreja. Não existe contexto que justifique as cenas desse vídeo. Insisto: se tu não consegues ver isso, é porque o teu contato com a TL te fez, sim, muito mal, ainda que não o percebas.

    Abraços,
    Jorge

  20. Sou a favor de voltarmos às raízes do Cristianismo primitivo.

    Gostaria que a Missa fosse rezada como o era pelos primeiros cristãos: em silêncio, à luz de velas, tendo por altar, encostado à parede, a tumba de pedra de um mártir.

    Para que a Missa não ficasse careta demais, imitaríamos os cristãos dos primeiros séculos fazendo as confissões em voz alta e penitências públicas.

  21. Nos primeiros séculos do Cristianismo, a liturgia era de fato bem mais simples e “comunitária” do que nos séculos seguintes. Mas os costumes eram extremamente rígidos, resultando em excomunhões frequentes.

    Adúlteros, fornicadores, prostitutas e demais pecadores eram admoestados pelos presbíteros diante de toda a comunidade. As penitências eram humilhantes e muitas delas duravam toda a vida (o pecador obrigava-se a, por exemplo, andar descalço durante toda a vida).

    Será que nossos irmãos da TL topariam essa volta às raízes? Ou a volta às raízes só vale para o suposto “comunismo” dos primeiros cristãos?

  22. Por que a liturgia evoluiu? Não deveria ter continuado como naquela época?

  23. Amigos.

    Vamos fazer o seguinte: esse é um debate sem fim e sinto pela segunda vez sendo ofendido por ti. Peço desculpas se estou te deixando um tanto transtornado ou então se estou me tornando uma causa de escandalo para você.

    Desisto de comentar sobre isso e vamos seguir lutando pela nossa santidade. Pode ser por caminhos opostos, mas sempre com os mesmos instrumentos: o Rosário, a Biblia e a Santa Eucaristia.

    Fique com Deus.

  24. A liturgia modificou-se com o passar dos séculos por quatro motivos básicos:

    1) Os católicos deixaram de ser uma minoria perseguida e ganharam o direito de celebrar seu culto fora das catacumbas. Assim, foi necessário adequar os locais de culto.

    2) À medida que o número de católicos aumentava o fervor do “católico médio” naturalmente diminuia. Assim, foi necessário adequar algumas práticas visando à sua aceitação social.

    3) O Catolicismo expandiu-se para regiões com diferentes culturas e hábitos. Assim, foi necessário modificar alguns aspectos litúrgicos em consonância com os habitantes do lugar.

    e

    4) Melhor compreensão do conteúdo teológico da liturgia com o passar dos séculos.

  25. João de Barros:

    “2) À medida que o número de católicos aumentava o fervor do “católico médio” naturalmente diminuia. Assim, foi necessário adequar algumas práticas visando à sua aceitação social.

    3) O Catolicismo expandiu-se para regiões com diferentes culturas e hábitos. Assim, foi necessário modificar alguns aspectos litúrgicos em consonância com os habitantes do lugar.”

    Isso não pode também servir de argumento (note que não estou discutindo aqui se são argumentos válidos ou não) para os que querem atualmente mais modificação na liturgia, para torná-la mais “moderna”?

  26. É justamente por haverem católicos oriundos de várias culturas que existem mais de 20 diferentes ritos católicos. Todos diferentes, mas todos igualmente católicos.

    No entanto, há alguns detalhes que não podem ser ignorados. Os diversos ritos católicos surgiram de maneira espontânea e natural ao longo dos séculos. Não foram inventados por meia dúzia de inovadores.

    Nosso país já tinha quase 500 anos de rito tridentino quando se deu a catástrofe do CVII. Um rito “brasileiro” que fosse o desenvolvimento natural do rito seguido por nossos pais, seria perfeitamente aceitável, como rito bracarino (em Portugal) e o rito moçárabe (na Espanha) o são.

    Infelizmente, os “ritos” mostrados no filminho não são o desenvolvimento natural da liturgia católica no Brasil. Eles claramente são frutos da invencionice de algum modernista.

    Há ali uma evidente artificialidade. Aquelas pessoas estão lá, participando daquela macacada, não por apego aos costumes ancestrais de sua cultura afro-tupi-brasileira, mas sim por apego à novidade.

  27. Caro Alien:

    Obviamente, é necessário também que uma dada liturgia (ainda que “natural” e sem erros) seja aprovada pela autoridade eclesiástica competente.

    Note ainda que, além de ter um desenvolvimento natural, uma liturgia “inculturada” não pode, em hipótese alguma, conter – ou induzir a – erros doutrinais.

    A liturgia mostrada no filminho não só é artificial e não-autorizada como, e principalmente, leva a vários desvios de doutrina.

    Ia me esquecendo de um detalhe. A liturgia não evoluiu. Ela desenvolveu-se. “Evolução” implica em melhoria e não me parece correto dizer que as missas do século XVI eram melhores, nem piores, que as do século VI.

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