“A esperança se foi”, disse dom Antônio de Orleans e Bragança em entrevista à ÉPOCA. Dom Antônio é o pai do Príncipe Pedro Luiz de Orleans e Bragança, que estava no fatídico vôo 447 da Air France.
Sua Alteza deixa transparecer serenidade em meio à dor; a entrevista, embora curta, possui muito conteúdo exatamente por causa disso. Perguntado sobre como está a família com esta perda, Sua Alteza responde: “Conformados. Somos católicos de muita fé e respeitamos a vontade de Deus”.
O Mallmal perguntou no seu blog onde estavam agora os católicos, para atribuírem à vontade de Deus o acidente aéreo da mesma forma como atribuem à Sua mão os acidentes que são evitados. Pois bem: eis aqui um membro da Família Imperial, católico, em meio à dor da perda de um filho, afirmando respeitar a vontade de Deus no acidente!
E isso conforta. São ainda palavras de Sua Alteza, imediatamente após curvar-se ante a vontade divina: “Muitas pessoas, em horas de sofrimento como esta, questionam erradamente a bondade de Deus. Penso que meu filho era bom demais, e talvez por isso Deus tenha o chamado para perto mais cedo”. Tristeza, sem dúvidas; luto, inegavelmente. Mas um luto sereno, e não desesperado. Isso faz toda a diferença.
Porque a dor é inevitável para quem vive. Nós, católicos, sabemo-lo muito bem; dizemos à Virgem Santíssima todos os dias que a Ela recorremos e suspiramos, “gemendo e chorando neste Vale de Lágrimas”. A dor, repito, não deveria surpreender ninguém cuja religião brotou de uma Cruz no alto do Gólgota. Ao contrário do que parecem acreditar os detratores da Religião, Ela não promete (e nem nunca prometeu) um mundo isento de dores, e sim conforto e fortaleza em meio à dor, um sentido para a dor.
Outrossim, não somos marionetes nas mãos do Altíssimo, como também parecem acreditar os irreligiosos. O Mallmal disse que “quando o Airbus da US Airways caiu no Rio Hudson em Janeiro de 2009, multidões de religiosos (…) [d]esmereceram a incrível habilidade e experiência do piloto, que realizou um pouso dificílimo e arriscado” ao dizerem que foi “a mão de Deus [que] guiou o piloto”. Negativo. A Providência não “age sozinha”, e Deus de ordinário não evita acidentes por meio de milagres no sentido estrito (de uma derrogação das leis da natureza). À Providência de Deus, no caso do avião que pousou no Rio Hudson, coube fazer com que, no avião acidentado, estivesse exatamente um piloto com incrível habilidade e experiência, que conseguisse fazer o pouso arriscado, e não outro piloto inexperiente que não o conseguiria. Não tem ninguém “desmerecendo” a habilidade do piloto quando agradece a Deus, muitíssimo ao contrário. Agradecemos a Deus a habilidade do piloto e a sua presença no momento em que ela foi necessária.
Do mesmo modo, Deus não “derrubou” o avião da Air France no sentido de que uma Mão Gigante tivesse caído dos céus e batido no avião como a gente bate num mosquito. Não é isso que significa a vontade de Deus. O fato é que o avião caiu e ponto; e, se caiu, é porque aprouve ao Onipotente que caísse, porque nem mesmo um passarinho cai por terra sem o consentimento do Deus que está nos Céus (cf. Mt 10, 29). Ao religioso, cumpre reconhecer esta verdade e buscar as forças para vencer a dor em Nosso Senhor Jesus Cristo, cujo Sagrado Coração é fons totius consolationis. Repetimos: a Igreja não prometeu jamais uma terra sem males, e ninguém pode dizer-se enganado quanto a isso.
O que se pode esperar do Onipotente é consolo e fortaleza, e disso a Família Imperial está dando um belíssimo testemunho. Fé, em meio à dor. A pseudo-religiosidade atacada pelos anti-clericais, de um deus que fosse muleta para os fracos e os fizesse acreditar que não sofreriam, não existe na Igreja Católica, porque uma tal religiosidade desmanchar-se-ia qual castelo de areia quando confrontada com a dura realidade que é sempre dolorosa. Mas a Fé Católica resplandece, mesmo durante as tragédias, e as vence e supera porque é maior do que elas. Nossos pêsames a todos os vitimados por esta tragédia; que a Virgem Santíssima possa conceder a Misericórdia do Altíssimo aos que partiram e a Fortaleza do Espírito Santo aos que ficaram.
E o que acham daquele ditado: “Deus ajuda aqueles que se ajudam”?
porque nem mesmo um passarinho cai por terra sem o “…consentimento do Deus que está nos Céus.”
Fala sério!
Que bom seria se a Família Imperial pudesse voltar ao poder!!! ;-)
André Víctor
Salve Maria!
Irmãos de fé, sua Alteza dom Antônio de Orleans e Bragança e familiares, parabéns pelo exemplo de conformidade com a vontade Divina, Deus os guarde. E a todos os familiares das demais vitimas do desastre, que o Deus altíssimo os console e que a Virgem Aparecida possa cobri-los todos com seu manto sagrado. Recebam meus pêsames.
Salve Maria, Mãe da Misericórdia!
Genivaldo,
Estou falando seriíssimo: foi Nosso Senhor quem o disse!
“Não se vendem dois passarinhos por um asse? No entanto, nenhum cai por terra sem a vontade de vosso Pai”.
[Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus, Capítulo Décimo, Versículo 29]
Abraços,
Jorge
Lendo há algum tempo blogues sobre religião ou falta dela, além de comentários como o do Genivaldo, percebi o seguinte: quem acredita num deus velho e barbudo, malvado, brincando com o destino das pessoas e com as leis da natureza são justamente os ateus.
hehehe…esses ateus acreditam em cada coisa…
è , meu caro Jorge… parece que teu Deus é tão competente quanto o governo brasileiro. Realmente.. é a vontade de Deus que as pessoas sofram tragédias, passem fome….
te digo.. até Stalin na frente de teu Deus é gente boa!
Jorge… a tiete da familia real…. hahahaha….
1 dia vc leverá xeke-mat moral por ser tão puxasaco dela
Prezado autor
Você escreveu: “À Providência de Deus, no caso do avião que pousou no Rio Hudson, coube fazer com que, no avião acidentado, estivesse exatamente um piloto com incrível habilidade e experiência, que conseguisse fazer o pouso arriscado, e não outro piloto inexperiente que não o conseguiria”.
Pergunto: por que à Providência de Deus não cabe fazer com que em todos os vôos estejam pilotos com incrível habilidade e experîência para fazer pousos arriscados, como no caso do vôo 447, que deveria contar com um Ás capaz de fazer uma aquaplanagem perfeita?
Será que faltam pilotos capacitados?
Se faltam, por que à Provodência de Deus não cabe fazer com que todos os pilotos formados sejam incríveis em habilidade e experiência para fazer pousos arriscados?
Será que faltam instrutores habilitados?
Se faltam, porque à Providência de Deus não cabe …
Politeista,
É fácil falar quando se está no conforto, meu caro. Os católicos atingidos pela tragédia têm opinião diferente da tua…
O que viria a ser um “xeke-mat moral”?
* * *
sr. Marcelo Druyan,
O “mundo perfeito” não existe, meu caro. Não cá nesta terra. A Religião NUNCA prometeu um mundo cor-de-rosa. Aqui, neste Vale de Lágrimas, o sofrimento faz parte das nossas vidas, e Deus existe – repito – para dar sentido ao sofrimento, não para “eliminá-lo”.
Condenar a religião por uma coisa que ela não promete – no caso, proteção irrestrita contra todas as catástrofes da humanidade – é um boneco de palha pueril.
Abraços,
Jorge
Lendo os comentários constato o quanto são rasteiros e infantis a grande maioria deles. O homem, mesmo após 2.000 anos pouco conhece da vida e do sentido da mesma. São homens maus e querem a vida plena. Esbofeteiam Nosso Senhor e querem ter uma vida no mundo repleta de intervenções divinas para lhes salvar das suas encrencas criadas a partir de ambições desmedidas. Pecadores que criaram esse mundo de trevas onde o que se busca é somente autosatisfação. Hedonistas hipócritas. Nada sabem. Quem reina nesse mundo é o maligno. Não se preocupem com a morte do corpo e sim com a morte da alma!
Engraçado que acabo de escrever o que escrevi e o Marcelo Druyan, assim como o Genivaldo, confirma o que eu disse…
Os católicos que mantém este sitio são todos doentes mentais!
“A dor, repito, não deveria surpreender ninguém cuja religião brotou de uma Cruz no alto do Gólgota”
Muito bom! Disse tudo.
Apesar disso, por fé fraca, ela me pega desprevenido de vez em quando.
A melhor religião é mesmo o mitraísmo. Quantas coisas o cristianismo copiou deles? Natal…
Genivaldo,
http://www.veritatis.com.br/article/5677/a-data-do-natal
Abraços,
Jorge
Ou, falando sério, Jorge: você não se cansou desses incrédulos (cuja idade mental, pela qualidade dos comentários, sugiro que seja de até 16 anos) fugindo de argumentos com mudanças de assunto e acusações de debilidade mental? Tem mais ou menos um ano que acompanho seu blogue, e tenho de confessar: você aguenta o tranco.
A minha prova irrefutável da debilidade dos ateístas militantes (pois os não-militantes não incomodam ninguém) é uma de suas maiores associações em língua portuguesa: a Sociedade da Terra Redonda (http://pt.wikipedia.org/wiki/Sociedade_da_Terra_Redonda). Pelo que me consta, a Igreja, seu principal alvo, acusada de obscurantismo, nunca teve problemas com pessoas dizendo que a Terra era redonda.
Só me faltam falar que Galileu foi queimado na fogueira por “arredondar” a Terra…
Qual é mais antigo? O mitraísmo ou o cristianismo?
“Os católicos que mantém este sitio são todos doentes mentais!”
Sem agressões, Giovane.
As indulgências foi uma coisa da qual a igreja se orgulha? Os papas que as instituiram privavam da prerrogativa de infalibilidade?
Vocês afirmam:
“não somos marionetes nas mãos do Altíssimo, como também parecem acreditar os irreligiosos”
Deveriam dizer ATEUS…
Ah sim! Realmente não são marionetes nas mãos de deus, são marionetes nas mãos de padres pedófilos, pastores que roubam, papas etc…
Nós ATEUS não acreditamos em contos da carochinha, vivemos o mundo REAL, a vida REAL.
Veja só oQ Andrea says:
“hehehe…esses ateus acreditam em cada coisa…”
Depois somos nos aTeus que acreditamos em qualquer besteira, kkkkkkkkkkkkkkk.
Jorge
Vc escreveu: “Condenar a religião por uma coisa que ela não promete – no caso, proteção irrestrita contra todas as catástrofes da humanidade – é um boneco de palha pueril.”
Boneco de palha? Você acaba de cometer um non sequitur!
Em nenhum momento eu condenei a religião. Apenas apontei uma incoerência em seu discurso, ou seja, por que à Providência Divina cabe salvar uns e não outros?
Se, como você disse “Deus existe – repito – para dar sentido ao sofrimento, não para eliminá-lo”, por que elimina o sofrimento de uns – como no caso em que intercedeu no acidente no rio Hudson – e não elimina de outros – como no vôo 447?
Que Deus é esse que não existe para eliminar o sofrimento mas, quando quer, contraria a si mesmo?
Não encare isso como um ataque á religião ou uma afronta a Deus.
É apenas uma crítica à sua péssima teologia …
A vida está cheia de cruzes. De ordem física (dores, doenças e a própria morte); de ordem moral (pecados e falhas cometidas e, também, humilhações e injustiças recebidas). Isto tudo faz parte do Mistério da Cruz.
São Paulo afirma: “O que falta às tribulações de Cristo, completo na minha carne, por seu corpo que é a Igreja” (Cl 1,24).
MAIS O IMPORTANTE É QUE TODO CRISTÃO SABE QUE NO FIM DEUS..
..Enxugará toda lágrima de nossos olhos e já não haverá morte, nem luto, nem grito, nem dor, porque passou a primeira condição (Ap 21,4)
wagner soares,
Disseste muito bem: “Não se preocupem com a morte do corpo e sim com a morte da alma!”
Coisas que os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem o coração humano imaginou, tais são os bens que Deus tem preparado para aqueles que o amam
Eu adorei essa parte sobre o voo que pousou no rio “deus colocou um piloto experiente para pousar” e “que se fosse outro piloto aconteceria diferente”..
Quer dizer que o voo 447 tinha um piloto estupido?
Por favor, nao me venha com falacias e crendices. Aviões caem, é o acaso, não é deus que quis que caisse, mas sim uma TEMPESTADE, condição comum em um mundo como o nosso.
Ateus acreditam em “acaso”. O universo surgiu por acaso, os planetas, todos os seres vivos em nosso planetinha… A inteligência humana… tudo isso, obra do acaso.
Eita povinho que tem fé!
Genivaldo,
http://www.veritatis.com.br/article/1583
http://www.veritatis.com.br/article/3874
http://www.veritatis.com.br/article/4580
Gentileza usar o Google para tirar as suas dúvidas mais básicas e, aqui, esforçar-se para se manter nos limites de cada post. Agradeço.
* * *
Marcello, Diego,
O.K., informação registrada. Tchau.
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Druyan,
Você sabe o que é uma “incoerência”? Onde foi que eu disse que a Providência “salvava todos”? Isso é exatamente o espantalho dos ateus que eu estou denunciando.
O ponto aqui não é “por que a Providência salva uns e não outros”. O ponto é que “Providência” não tem nada a ver com Deus “pousar” ou “derrubar” aviões.
Você sabe o que é “non sequitur” do que me acusou? Eu desenho: do fato de Deus não existir para eliminar o sofrimento, não segue que Ele fique proibido de eliminar o sofrimento quando a Ele aprouver.
:)
A “teologia” de botequim dos ateus, eu dispenso, obrigado.
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Cris,
Quem disse isso?
É exatamente isso: não é que Deus tenha “batido” no avião para que ele caísse, mas sim que tudo o que acontece só acontece por permissão de Deus.
Abraços,
Jorge
Jorge
Obrigado pelos links. Só faltou voce me responder se é o mitraísmo ou o cristianismo o mais antigo dos cultos. Se é o mitraísmo, a lógica nos diz que foi neste que surgiu, primeiro, o culto ao dia 25 de dezembro, não o contrário.
“…não segue que Ele fique proibido de eliminar o sofrimento quando a Ele aprouver.”
Não é este um argumento de “autoridade”? Já que este é todo-poderoso ele pode fazer o que bem lhe der na telha etc