Ditadura Gay no Primeiro Mundo

Vale muito a pena ler o artigo do pe. Flynn, publicado em ZENIT no último domingo. O parágrafo que termina o artigo sintetiza muito bem aquilo que nós, católicos, estamos denunciando aqui e em vários outros lugares, sobre o risco de implantação de uma Ditadura Gay no Brasil:

Durante décadas defensores dos direitos dos homossexuais têm feito apelos à tolerância e compaixão. Qualidades que infelizmente faltam agora que eles estão cada vez mais a ganhar reconhecimento legal.

O padre escreve olhando para a situação dos Estados Unidos e da Inglaterra, que são lugares onde o Gayzismo já provocou estragos consideráveis. Olhemos para estes países, e aprendamos com os erros alheios: o mundo ao qual a militância Gay conduz não é bonito, não é agradável, não é justo. Olhemos para os países que já capitularam diante do lobby gayzista, e não nos iludamos: são o Brasil amanhã, caso nós fiquemos calados, caso achemos que está tudo muito bem, caso não ofereçamos resistência à implantação da cultura gayzista e não protestemos enquanto podemos protestar.

Um artigo publicado no Washington Post em abril passado (citado por ZENIT, original aqui) traz alguns exemplos de derrotas judiciais sofridas pelos que não comungam do “gay-way-of-life”:

— Uma fotógrafa cristã foi forçada pela Comissão dos Direitos Civis do Novo México a pagar US$ 6.637 em custos de advogado depois que ela se recusou a fotografar a cerimônia de compromisso de um casal do mesmo sexo.

— Uma psicóloga na Geórgia foi despedida depois que ela se recusou, por motivos religiosos, a aconselhar uma lésbica sobre seu relacionamento.

— Doutores em fertilização, cristãos, na Califórnia, que se recusaram a inseminar artificialmente uma paciente lésbica foram barrados pelo Supremo Tribunal do Estado por invocar as suas crenças religiosas para recusar o tratamento.

— Um grupo de estudantes cristãos não foi reconhecido em uma faculdade de direito da Universidade da Califórnia pelo fato da agremiação negar filiação a quem pratica sexo fora do casamento tradicional.

— Um site de namoro on-line, eHarmony, criado por um cristão evangélico, Neil Clark Warren, teve de aceitar prestar serviços a homossexuais, após ser processado por um homem de Nova Jersey, que acusou o site de discriminação.

Não pensemos que isso são abusos de alguns extremistas que corromperam a nobreza imaculada da luta GLBT: ao contrário, a intolerância está na própria natureza do Gayzismo, e a sanha doentia de serem tratados “como iguais” – atropelando quaisquer convicções pessoais que não estejam sintonizadas com a agenda gay – transforma os militantes homossexuais em verdadeiras ameaças àqueles que não pensam exatamente como eles.

Publicado por

Jorge Ferraz (admin)

Católico Apostólico Romano, por graça de Deus e clemência da Virgem Santíssima; pecador miserável, a despeito dos muitos favores recebidos do Alto; filho de Deus e da Santa Madre Igreja, com desejo sincero de consumir a vida para a maior glória de Deus.

190 comentários em “Ditadura Gay no Primeiro Mundo”

  1. Não, Manzoni. Ele escorregou de novo. Veja:

    Mauro says:

    June 10th, 2009 at 6:18 pm

    “Ups, li mal a pergunta.

    O problema dessa questão é que os ateus não têm esse tipo de problemas, já que ateísmo não passa doutrina.

    Os fanáticos e intolerantes sim, independentemente das suas crenças ou falta delas.

    E dê por onde der, é isso que vocês são, intolerantes.”

    Está difícil…

    Um abraço, e que Deus abençoe a todos (inclusive a você, Mauro).

  2. Jones,

    Obrigado.

    Mas o que o Mauro quis dizer com a frase “já que ateísmo não passa doutrina.”?

    O que ele tenta fazer aqui? O que tentam fazer os livros de Dawkins e Hitchens, por exemplo?

  3. “E ainda assim quer dizer que não houve um avanço estupendo na Idade Média nesse quesito?”

    o senhor deve estar de brincadeira, não é? avanço nos direitos das mulheres??? na idade média???

    “Basta ver quem foi responsável pelas primeiras universidades no Ocidente.”

    era o único poder. só que, ai de quem ousasse contradizer o que estava escrito na bíblia. só após a separação da igreja do estado houve progresso, realmente.

    e foi bom voce ter frisado “no ocidente”. se não fossem os árabes e os chineses… só após se quebrarem os tabus do feudalismo impostos pela religião católica é que se começou a pensar independentemente.

  4. Marcelo

    (Com o perdão do Jorge, novamente)

    1 – Essa sua dúvida em relação à situação das mulheres na Idade Média só pode ter como referência a situação atual e quando se fala em evolução ou progresso deve-se partir da situação anterior. Logo, estude a situação feminina na Roma ou Grécia antiga, para ficarmos nos expoentes da Antiguidade…

    2 – É fácil ver – até HOJE, aliás – o quão independentes são os pensamentos no mundo islâmico e chinês.

  5. Hummm.

    Eu sou agnóstico.

    Não concordo com as ideias e práticas dos católicos.

    Portanto achavam bem que eu me recusasse a prestar serviços profissionais a católicos ?

    Se eu fosse dono de um restaurante pudesse recusar a entrada a católicos, se eu fosse fotógrafo pudesse recusar a fotografar católicos, se fosse venddor de gelados me recusasse a vendê-los a crianças católicas porque n concordo com o modelo educacional a k são sujeitas ?

    E se o estado me negasse o direito de descriminar e promover a exclusão social contra os católicos eu ainda por cima eu dissesse que EU era a vitíma ?

    Bem, mesmo que achem bem eu NÃO acho. Considero absolutamente NOJENTO que um profissional recuse os seus serviços a pessoas apenas porque não concorda com o seu estilo de vida.

    Quer sejam homosexuais ou católicos, como profissional, seja qual for a profissão que eu exerça no momento, hei-de tratar a todos como iguais. Como seres humanos que recorrem a serviços profissionais que consideram necessários para as suas vidas.

    Apesar de considerar a vossa ideologia criminosa, como neste caso, estejam descansados. Como profissional nunca vos discriminarei. Teria vergonha se o fizesse. Considerar-me-ia uma criatura animalesca.

  6. Tamyres says:

    “Nossa, o pessoal não vê a diferença entre prestar um atendimento médico e prestar serviços como os mostrado.

    Se um foftografo ateu não quisesse fotografar meu casamento, eu não faria nada, na cabeça dele ele estaria contribuindo com algo que ele não gosta, existem outros.”

    Eu sou agnóstico e conheço muitos ateus. Mas não conheço nenhum que fizesse uma barbaridade dessas. Isso é mais o vosso estilo. A generalidade dos ateus considera, como eu considero que esse tipo de atitude demonstra um profundo desrespeito pelas pessoas. E a maior parte de nós não vos iria desrespeitar como vocês fazem aos outros. Se eu fosse fotógrafo não teria nenhum problema em fotografar o seu casamento e teria como ponto de honra demonstrar o maior respeito pelo local que você considera sagrado. Fazer o contrário seria para mim uma vergonha.

  7. Jorge Ferraz says:

    June 10th, 2009 at 6:03 pm

    Mauro,

    Não enrola. Responde a esta pergunta do Lampedusa. Repito:

    Uma dúvida: se eu quiser contratar um fotógrafo ateu que se recuse a fotografar um casamento católico porque considera isso uma bobagem supesticiosa, a justiça deveria condená-lo por discriminação?”

    Na minha qualidade de agnóstico posso também responder a essa pergunta ?

    Sim. Sem dúvida. Porque isso seria um acto mesquinho e insultuoso de discriminação em que o fotógrafo ateu estaria se superiorizando em relação a vocês, isto é, estaria REBAIXANDO vocês, estaria INSULTANDO vocês pretendendo que apenas os casamentos ateus fossem reconhecidos socialmente.

    A justiça deve proteger TODOS do preconceito e da discriminação. Inclusive vocês.

  8. “Convivo, como qualquer pessoa, com minhas limitações e procuro evitar quem não me respeita. MAS NÃO ADMITO QUE ME TIREM A LIBERDADE DE DIZER O QUE PENSO. Uma pessoa que me chama de “SACO DE BANHA” por diversão no meio da rua – ou surra um gay – por esporte É UM GROSSO E MENOS QUE HUMANO. NEM POR ISSO ACHO QUE SER GORDO – OU GAY – É ALGO BONITO QUE TEM DE SER TRATADO COMO VIRTUDE. ”

    Mas, portanto, acha bem que, como eu prefiro magras e novinhas, me recuse a prestar-lhe serviços profissionais ?

    Se eu fosse fotógrafo me recusasse a fotografá-la, se fosse dono de um restaurante recusasse servi-la porque as magras e novas dão melhor aspecto ao ambiente ?

    Tudo bem. Mas eu, pelo contrário, se fisesse isso, achava muito bem que você me pusesse em tribunal. Porque eu me teria comportado como uma besta indigna da convivência civilizada.

  9. Perdão por me meter. Mas você é que precisa de se informar.

    “Jones says

    Antes que comece a choradeira: Por definição, um não Católico NÃO TEM COMO SER HEREGE!!”

    Então não sabe que os judeus e muçulmanos foram EXPULSOS pela violência de muitos países católicos ?

    Não sabe que a alternativa à expulção era a conversão FORÇADA ?

    Não sabe que uma vez baptizada sem ninguém lhe ter perguntado se queria, simplesmente por ser filho de católicos, a pessoa não podia NUNCA deixar de o ser ?

    Não podia mudar de religião ou simplesmente reconhecer que deixara de acreditar ou que nunca tinha acreditado ?

    E, se esses dois por cento serão verdade, está-se a esquecer de uma coisa. Esses dois por cento foram os que foram mortos OFICIALMENTE. Muitos morreram devido às torturas, à fome e privações que passaram nas masmorras por “crimes” como não acreditar em vocês…

    E mesmo os que não morreram foram um bom exemplo. Eram torturados, condenados a penas pesadas de prisão em condições sub-humanas, reduzidos à miséria pela confiscações de bens etc.

    Além disso esses 2%, que significam milhares de vitímas inocentes, representam apenas a inquisição oficial. Porque inquisições oficiosas houve muitas. Padres e leigos católicos exaltados suscitaram pogroms em que populações inteiras eram massacradas por se desconfiar da pureza da sua fé. Era o equivalente medieval da exclusão social que hoje vocês tentam praticar.

  10. “Sue says:

    NEM POR ISSO ACHO QUE SER GORDO – OU GAY – É ALGO BONITO QUE TEM DE SER TRATADO COMO VIRTUDE. ”

    O facto de vocês precisarem achar bonito ou virtuoso para conseguir respeitar é precisamente o vosso problema.

    Respeitar aquilo com que nos identificamos é muito fácil.

    O verdadeiro carácter mede-se quando conseguimos respeitar aquilo que nos é estranho e de que não gostamos.

    A civilidade não é respeitar aquilo que gostamos, é respeitar inclusive aquilo de que não gostamos.

    Alguém disse um dia que é fácil ser bom para os amigos, difícil é ser bom com os inimigos. Mas pela vossa conversa vocês realmente NUNCA ouviram falar dessa pessoa. Ou pelo menos estiveram-se nas tintas para a sua mensagem…

  11. Eu não vos considero mesmo NADA virtuosos e não acho nada bonito o vosso preconceito e presunção.

    Mas eu era incapaz de vos atender menos bem no exercício das minhas funções profissionais fossem elas quais fossem.

  12. Já agora assumo a minha profissão. Sou segurança. Sou agnóstico e segurança. Mas quando estou a trabalhar sou essencialmente um profissional e um ser humano. Os meus clientes são para mim acima de tudo clientes e seres humanos que necessitam de um serviço. A qualidade do meu serviço não se mede por o cliente concordar ou não concordar com a minha ideologia.

    Aliás, já fiz segurança a padres. Concretamente aos tão célebres radicais de monsenhor lefévre. Nunca me passou pela cabeça recusar o serviço. Nunca me passou pela cabeça negligenciar o serviço. Se alguém pusesse em perigo a vida ou a propriedade dos padres que eu apoiava eu interviria exactamente com a mesma rapidez e vontade do que se fossem os dirigentes da associação ateísta, com cujas ideas eu me identifico muito mais.

    Porquê ? Por coisas que vocês desconhecem. Ética profissional e solidaridade humana.

    Eu não me identificava com as ideias dos padres. Mas respeitava a opção de vida deles e achava que todos tinham de respeitar. Apesar de o contrário já não se verificar…

  13. Sr. Oliveira,

    Primeiro, gostaria de pedir a gentileza de que o senhor evite multiplicar os comentários, condensando tudo em um único comment. Facilita o acompanhamento.

    Segundo, o senhor ter trabalhado para pessoas com as quais não concorda trata-se simplesmente do exercício da liberdade do senhor de trabalhar quando quiser, quanto quiser e em quê quiser.

    O senhor acha que as pessoas devem ser obrigadas pela lei a trabalharem quando não quiserem, é isso? A lei deveria impôr “trabalhos forçados” aos cidadãos?

    Poderia por obséquio informar em quê, exatamente, o senhor está se baseando para defender esta posição?

    Abraços,
    Jorge

  14. Jose Carlos,

    Dizer que o homossexualismo “não é natural” não tem nada a ver com dizer que ele “não se encontra na natureza”. Também o canibalismo, para ficar só em um exemplo, encontra-se na natureza, e nem por isso a antropofagia passa a ser um direito.

    Abraços,
    Jorge

  15. Sue

    Você disse que ja foi discriminada por ser católica, conte como foi isso. Acho dificil em um Pais onde +- 70% da população é católica, você ser discriminada por isso.
    Se uma pessoa que estiver acima do peso sofrer discriminação por causa disso e procurar a justiça esta fazendo algo errado? Ou esta querendo impor uma Ditadura da Obesidade?
    O mais natural seria baixar a cabeça e aceitar que a vida é injusta e que por estar acima do pesso merece ser discriminada e humilhada?

    Oliveira

    Sou contador e tenhu clientes de várias religiões, de pigmentos de pele diferentes, pesos diferente e até homossexuais.
    Trato todos da mesma forma, com o mesmo profissionalismo. Por isso entendo bem sua posição e concordo com você.
    É muito vergonhoso discriminar alguém.

  16. Natural é, então, o que o senhor acha que é. Se o senhor (extensivo a quem pensa do mesmo modo) só considera natural o sexo heterossexual, os demais são obrigados a concordar?

  17. Jose Carlos,

    Se o senhor (extensivo a quem pensa do mesmo modo) só considera natural o sexo heterossexual, os demais são obrigados a concordar?

    Não. E o contrário? Se o senhor [ou quem quer que seja] considera que o sexo homossexual é perfeitamente natural, eu sou obrigado a concordar? Não posso manifestar minha discordância?

    – Jorge

  18. {Se o senhor (extensivo a quem pensa do mesmo modo) só considera natural o sexo heterossexual, os demais são obrigados a concordar?}

    Jorge diz: “Não.”

    Já começou a melhorar, senhor Jorge. Nos demais tópicos que li sua posição não era essa, lembra-se? Viu como começou a dar resultado a tomada de posição dos homossexuais? É para isso que serve a luta deles.
    Todo o poder à diversidade de opiniões! Não à ditadura religiosa!

  19. Jorge

    “Uma psicóloga na Geórgia foi despedida depois que ela se recusou, por motivos religiosos, a aconselhar uma lésbica sobre seu relacionamento.”

    Para ela ser despedida, ela trabalhava em uma empresa. Provavelmente a lésbica em questão era funcionária da empresa e ela teria, pelo contrato de trabalho, obrigação de atender. A demissão foi por justa causa.

  20. Que mentira, senhor Jose Carlos.

    Onde foi que eu disse que as pessoas eram “obrigadas a concordar” com o que eu penso? Mostre-me, por gentileza.

    – Jorge

  21. Parece ainda não haver uma clareza dos oponentes da posição católica em relação à objeção de consciência que um pode fazer em uma dada situação, em particular as expostas por Jorge. Ninguém pode ser privado de sua liberdade natural e individual de consciência, logo é justo que não haja proibição direta de relações homossexuais consentidas entre adultos; e por tal é justo lutar. Mas daí não se tira que alguém não possa objetar à positivação de tais práticas por meio de uniões legitimadas pelo Estado. E esta consciência também a ninguém pode ser subtraída.
    A posição católica não é da proibição da prática homossexual, portanto; mas sim de que sendo considerada errada um indivíduo que tenha tal consciência não só deve abster-se das práticas ele mesmo, como também não deve cooperar para que sejam levadas a cabo. Exemplificando com o caso da fotografa, a posição católica não é defender que ela se oponha a fotografar uma pessoa que seja homossexual numa formatura, por exemplo, ou mesmo individualmente, mas sim que ela deveria ter o direito de privar-se de fotografar uma união homossexual. Imaginemos pelo viés mais a esquerda, um fotografo membro do PETA (Pessoas pelo tratamento ético dos animais) agiria por puro revancismo egoísta se não aceitasse fotografar o casamento de um toureiro, mas estaria em seu pleno direito de objetar-se por consciência a fotografar o mesmo na arena de Pamplona a matar um touro.

  22. Com outras palavras, senhor Jorge, com outras palavras. É a mesma coisa que a política da igreja com relação a muitas outras. Se quem professa uma opinião contrária tem suas aspirações torpedeadas em proveito de quem “chaleira” os outros, não é a mesma coisa que forçar alguém a não ter opiniões diferentes daquelas? A politicalha na igreja vem de há muito, e voce sabe disso.

  23. Uau, vamos analisar os casos…

    [quote]Uma fotógrafa cristã foi forçada pela Comissão dos Direitos Civis do Novo México a pagar US$ 6.637 em custos de advogado depois que ela se recusou a fotografar a cerimônia de compromisso de um casal do mesmo sexo.[/quote]

    Como profissional, ela tem o direito de se recusar a prestar qualquer serviço POR QUALQUER MOTIVO QUE SEJA. Ela não precisaria nem mesmo explicar. Mas porque o motivo era religioso, ela é condenada a pagar por isso? Tão (in)justo quanto um profissional ateu que se recusa a prestar o serviço a alguém por seu pensamento ser condenado a pagar por isso.

    [quote]Uma psicóloga na Geórgia foi despedida depois que ela se recusou, por motivos religiosos, a aconselhar uma lésbica sobre seu relacionamento.[/quote]

    A psicóloga se recusou, frisem bem, se recusou a aconselhar uma lésbica sobre seu relacionamento. Ela não condena, ela não diz o que pensa, ela OPTA POR NÃO FALAR SOBRE O RELACIONAMENTO COM A CLIENTE! E POR ISSO É DESPEDIDA?!

    [quote]Doutores em fertilização, cristãos, na Califórnia, que se recusaram a inseminar artificialmente uma paciente lésbica foram barrados pelo Supremo Tribunal do Estado por invocar as suas crenças religiosas para recusar o tratamento.[/quote]

    Esse aqui tem que ser analisado sobre o direito norte-americano, cuja primeira emenda diz que: “[i]Congress shall make no law respecting an establishment of [u]religion, or prohibiting the free exercise thereof; or abridging the freedom of speech[/u], or of the press; or the right of the people peaceably to assemble, and to petition the Government for a redress of grievances[/i]”. Esse é um caso para o Estadunidenses julgarem, mas que parece bem claro que os médicos tem sim o pleno exercício de sua religião, a empresa deveria ter outro profissionais para lidar com o caso, e não coagí-los a agir. É a pergunta anterior já feita nesta discussão sobre a justiça de forçar alguém a agir porque não concorda em fazer aquilo. Talvez devessemos forçar as pessoas pacifistas a se alistarem e matar outros, hmm?

    [quote]Um grupo de estudantes cristãos não foi reconhecido em uma faculdade de direito da Universidade da Califórnia pelo fato da agremiação negar filiação a quem pratica sexo fora do casamento tradicional.[/quote]

    Caso bem fácil de ver de discriminação, de uma instituição laica, sobre um grupo que não estava a impor sua crença sobre a totalidade da instituição. Pelo pleno direito da liberdade de expressão e da democracia, eles poderiam expressar suas opiniões E ainda concorrer a cargos nessa instituição SOB OS AUSPÍCIOS E DESEJO DE SEUS VOTANTES, mas não era esse o caso. Discriminação tão simples de ver que me deixa surpreso alguém vir aqui e dizer que era “direito dos homossexuais”…

    [quote]Um site de namoro on-line, eHarmony, criado por um cristão evangélico, Neil Clark Warren, teve de aceitar prestar serviços a homossexuais, após ser processado por um homem de Nova Jersey, que acusou o site de discriminação.[/quote]

    “Discriminação” é não oferecer, [i]a priori[/i], esses serviços? Quer dizer que as universidades discriminam os negros quando não tem cotas raciais? Ou um site de relacionamentos discriminam ateus quando não tem uma opção específica “ateu” na parte sobre religião? Porque esse homem homossexual desejava ARDOROSAMENTE usar AQUELE SITE, quando há milhares de sites de relacionamento homossexuais dos quais poderia desfrutar?

    Quanto ao sr. Oliveira:

    Desculpe, mas você não adicionou muito à este debate, apesar dos longos comentários. Até entendo o seu ponto de vista, mas enquanto historiador eu devo dizer que sua análise histórica é vaga e preconceituosa, fruto da visão Iluminista, que qualquer estudante de primeiro ano de História entende tratar-se de uma falácia do historiador (aplicação de juízo sobre eventos do passado baseado em seu pensamento atual ao invés de analisar a época com o pensamento da mesma).

    Como historiador, recomendo as leituras mesmo do (relativamente ácido) Jacques LeGoff, bem como de Hilário Franco Júnior, apenas como tira-gosto inicial, do papel da Igreja Católica Apostólica Romana para o desenvolvimento e o atual estado da civilização cristão ocidental, dos quais muitas vezes achamos ser de natureza espontânea e não adquirida por milênios de luta, incluso da Igreja tão vilipendiada. Alías, dê graças a Deus por viver em um país democrático que aceita sua visão de mundo, porque isso é um desdobramento não só de muitos homens que não eram diretamente ligados à Igreja (mas ainda religiosos), como de várias ações da Igreja e de seus membros no passado (apesar de muitos ainda acreditarem na versão estupidamente simplista e falaciosa que os Iluministas chegaram e transformaram o mundo em uma maravilha cor-de-rosa, savalando o mesmo como se fossem algum tipo de super-heróis com seu anti-clericalismo injusto).

    Para você ter um exemplo de como a civilização cristã ocidental é “malvada”, me lembro de uma frase muito pertinente: chega a ser covardia dizer “Deus está morto” em Nova York, Londres, etc… quero ver dizer “Alá está morto” em Teerã, ou expressar-se contra o grande Partido Comunista na China…

  24. “como também não deve cooperar para que sejam levadas a cabo. ”

    Não é uma forma de impor às minorias toda sorte de empecilhos? À maioria, tudo; às minorias, nada. Então, na cabecinha dos sennhores isso não é uma forma de proibir?

  25. Pois é, sr. Oliveira (e demais que com eles concordam), finalmente chegamos aonde queria quando fiz essa pergunta no início desse thread).

    Essa sua afirmação que julga correto impedir a objeção de consciência afirmando que um ateu deve ser obrigado pela justiça fotografar um casamento católico que ele se recusa por ideologia ou doutrina pessoal, manifesta (vide o contraponto das respostas da Sue, p. ex.) a natural convergência que o pensamento laicista atual (não digo ateu, pois sei que há muitos ateus democráticos e de bom senso que não concordam nem com a condenação da fotógrafa católica ou do fotógrafo ateus nos exemplos que tratamos) para o totalitarismo e autoritarismo do Estado. Os indivíduos devem pensar, agir e se manifestar de acordo com aquilo que o Estado ( seja ou não a opinião da maioria) determina e não respeitar a objeção de consciência aplicável a tudo aquilo no qual não há um óbice grave.

    É impressionante como o relativismo moral acaba rapidamente descambando para o totalitarismo! Não seria de se surpreender, pois o próprio valor da democracia e liberdade individual acaba sendo relativizado quaando não se tem um norte moral.

  26. Interessante, um religioso Jesuíta (Romano), lidera num grande estado brasileiro , em uma universidade Católica, um grande grupo de homossexuais. Não pensem que lá, o tal religioso jesuíta tenta curá-los do pecado contra à natureza. Não! Os gays,lésbicas & simpatizantes que lá frequentam são muito encorajados pelo tal jesuíta “surfista” a lutarem por seus direitos como cidadãos que pagam impostos, que vivem em sociedade. Que não se afastem da fé católica pelo fato de terem uma realidade sexual diferente dos demais. Muitos gays assistem as palestras e missas ao lado de seus namorados. Hoje em dia, muitos tentam em vão intimidar os gays, alegando que não são obrigados a engolir o homossexual(ismo) – Não engulam, de forma alguma, estão nos seus direitos. Por questões morais e religiosas podem não aceitar a homossexualidade como algo natural, porém, não podem ir contra os direitos humanos. Os direitos humanos estão acima da questão “ser ou não ser gay”. Atendo muitos gays em meu consultório, e, vejo nitidamente que ser gay não está necessariamente ligado à promiscuidade. Existem gays que se amam mutuamente, são fiéis uns aos outros em suas relações afetivas & de forma alguma participam de paradas gays onde só há anarquia. Portanto, há casos e casos. Muitos gays unidos afetivamente, diríamos de forma conjugal, são fiéis a seus parceiros, muito mais do que em muitas relações matrimoniais católicas convencionais, obviamente heterossexuais. Hoje, felizmente, apesar do ódio velado de muitos heterossexuais, ou simplesmente da repugnância ou por questões religiosas, muitas pessoas diferentes (seres humanos de fato)estão obtendo judicialmente muitas conquistas. Conhecemos casos de uniões gays, onde se obteve o mister da adoção de crianças, estes infantes, crescendo em tais ambientes, não se tornarão gays por terem “pais” adotivos gays. Motivo: Ser gay não é opção. Poderiam dizer: ah, uma criança convivendo com gays vai crescer achando aquilo tudo muito natural. Sim, acharão natural, é provável. Podem até sofrer preconceito por parte dos coleguinhas de escola, quando souberem que tal jovem tem dois pais ou duas mães. Todavia há casos em que a criança de pais legítimos e aparentemente heterossexuais, descobrem no futuro que o papai traía a mamãe com um gay, por exemplo, fica revoltado, porque ele, o (filho), é hetero. Ora, sabemos que tais coisas ocorrem, e os filhos deste casal não se tornariam gays, por esta bissexualidade do pai exemplificado aqui. Por que dizem não odiar os gays, mas, ao mesmo tempo se sentem tão incomodados com a presença deles no mundo? Não quero que ninguém aqui concorde comigo, jamais, quero até que discordem, mas, não neguem aos seres humanos um lugar ao sol.

    Sol lucet omnibus!

  27. “Para você ter um exemplo de como a civilização cristã ocidental é “malvada”, me lembro de uma frase muito pertinente: chega a ser covardia dizer “Deus está morto” em Nova York, Londres, etc…”

    Meu senhor, se v. excia estivesse na época da idade média aconteceria a mesma coisa ao voce dizer “Deus está morto”? Claro que não. Se podemos hoje desfrutar dessa liberdade, lógico que não devemos isso à igreja católica. Devemos a muitos heróis que arriscaram sua cabeça, sua reputação, seu tudo, em luta contra a igreja. Tal e qual continuamos a fazer até os dias de hoje.

  28. A mesma coisa acontece no oriente médio. Ainda vai ser preciso muita briga para que, lá também, a igreja dissocie-se do estado. As circunstâncias são outras, mas o dinheiro do pétroleo deles tem apenas 100 anos; levou-se, ao menos, uns 500 anos para se diminuir o poder da igreja nos países mais adiantados.
    Não se importe, chegaremos lá. O mundo caminha para frente, não para trás como os obscurantistas como voces o deseja.

  29. Senhor Jose Carlos,

    Não inventa. “Com outras palavras” nada. Jamais disse nem insinuei que os homossexuais [nem ninguém] deveriam ser “obrigados a concordar” que o homossexualismo é anti-natural [ou qualquer outra coisa], e repudio completamente esta acusação mentirosa lançada contra mim.

    Cansado de defender o indefensável das suas posições, o senhor resolveu me atacar mentindo sobre o que penso, é? Que coisa feia, senhor, Jose Carlos!

    – Jorge

Os comentários estão fechados.