Jornais e Gayzismo

– Um texto contrário à decisão do STF de acabar com a exigibilidade de diploma de jornalismo para o exercício da profissão. Eu acho terrorista a argumentação de que “vão aparecer oportunistas”, “vai cair o nível do jornalismo”, “os profissionais vão ficar desempregados” e congêneres. Francamente, não vejo motivo para se fazer estardalhaço quanto a isso. No texto citado, no entanto, existe um argumento que é, no mínimo, interessante: o fim da exigência do diploma seria “mais uma etapa de levar o pais à comunistização, onde não existe profissional qualificado”. Não tinha visto ninguém abordar o problema sob esta ótica.

– Um sujeito teve a capacidade de dizer que a mídia é subserviente ao Opus Dei, em detrimento dos homossexuais. É uma das coisas mais surreais que já li na minha vida, uma tão absurda inversão da realidade que não sei como alguém tem coragem de o dizer em público sem corar de vergonha. Tudo isso porque alguns jornais não quiseram publicar uma refutação dele a um artigo de Carlos Alberto Di Franco. Só faltou um grande banner escrito “censura nunca mais”.

– Enquanto isso, pesquisadores da Universidade de Michigan chegaram à brilhante conclusão de que os desenhos infantis são homofóbicos, já que “só mostram casais heterossexuais”. Se depender da Gaystapo, este horrível preconceito está com os dias contados: nos quadrinhos infantis tupiniquins, a Turma da Mônica já começou a flertar com o Gayzismo

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Jorge Ferraz (admin)

Católico Apostólico Romano, por graça de Deus e clemência da Virgem Santíssima; pecador miserável, a despeito dos muitos favores recebidos do Alto; filho de Deus e da Santa Madre Igreja, com desejo sincero de consumir a vida para a maior glória de Deus.

3 comentários em “Jornais e Gayzismo”

  1. Jorge,
    a imprensa brasileira é de baixíssimo nível. O diploma não a melhorou em nada. Muito pelo contrário, porque afastou muita gente inteligente das páginas dos jornais. Todos os argumentos emitidos por essa senhora, com cara de ter menos de trinta anos, mas que insinua ter vivido os “anos 50 e 60” (???), já forma sobejamente derrubados. O grande ídolo dos jornalistas, Cláudio Abramo, era autodidata, não tinha nem o certificado do primário. Aliás, a lei nacional já tinha fulminado a exigência do diploma com a ratificação do Pacto de S. José da Costa Rica. Quem ainda esperneia são meros corporativistas mofados e embolorados.
    Esse comentário sobre comunistização é ainda mais assombroso. Todas as redações que conheci, especialmente na década de 80 e na de 90, eram totalmente alinhadas com as diretrizes do PT (ou do PCB, na época decadente). Sem o diploma obrigatório, é de se esperar um arejamento de idéias, um certo pluralismo.
    Outro argumento idiota é o do interesse dos donos de meios de comunicação na queda do diploma com o intuito de rebaixar salários. Os meios de comunicãção social estão em crise mundial. Situam-se numa encruzilhada histórica, sinucados pelos efeitos da internet, especialmente entre os jovens. Vc. acha que um dono de jornal está tão preocupado assim em economizar uns mil reais no salário de um bom jornalista? Ou ele quer é pagar mais para ter profissionais de alta qualidade, capazes de atrair mais leitores?
    Também é preciso ressaltar que os cursos de jornalismo não foram extintos. Bons cursos superiores de qualquer coisa são altamente desejáveis. Mas as fábricas de diploma para cumprir exigência legal, essas devem ser sumariamente abandonadas.
    Sds.,
    de Marcelo.

  2. Sobre desenhos e quadrinhos, essa pesquisa faz lembrar outras teses estranhas sobre o assunto, como um célebre livro chamado a “A Sedução do Inocente” publicado nos EUA por psiquiatra chamado Frederick Wertham, nos anos 50, que acusava as HQ’s de incitar à violência e ao homossexualismo (Wertham citava como exemplo a suposta’homossexualidade’ de Batman e Robin, que virou tema de anedotas); Anos depois, o chlieno Ariel Dorfman, no seu “Para Ler o Pato Donald”, livro que ainda goza de prestígio em certos meios de esquerda, “descobriu” que os quadrinhos promoviam o machismo, o patriarcado, o fascismo, o anticomunismo, o consumismo e a coitofobia (só porque Donald não tinha filhos, apenas sobrinhos). Esses dois livros são considerados hoje por muita gente como rídiculas e até desonestas (Dorfman, p. ex., só usou para seu livro as histórias que se encaixavam no que ele queria provar, e mesmo assim, alguns acham que ele as interpretou mal). Será que no fundo os pesquisadores de Michigan, assim como Wertham e Dorfman, não estariam projetando seus preconceitos pessoais nos quadrinhos?

  3. Acho que comparar Gays com Gestapo é uma comparação que, apesar de me ter feito rir, não devia ser feita :)

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