Comunhão na boca JÁ!

Mundo afora, as pessoas estão preocupadas com a propagação da gripe suína. De diversos lugares, chegam-nos notícias de que os hábitos das pessoas estão sendo adaptados para minimizar os riscos de contágio com o temível vírus.

Uma mudança que encontramos em quase todos os lugares é a orientação para que, nas missas, a Sagrada Comunhão seja distribuída nas mãos dos fiéis, e não na boca, para diminuir o risco de contágio. Tal costume, segundo me informou um amigo, está bastante forte também em terras brasileiras, particularmente no Rio Grande do Sul.

Tal medida é claramente abusiva – porque ninguém pode obrigar o fiel a comungar nas mãos caso ele deseje receber a Santíssima Eucaristia na boca – e, ainda, é inadequada como “medida profilática” para o presente caso de pandemia. Faz muito mais sentido proibir a comunhão na mão, como muito argutamente apontou uma amiga.

Vejamos: a pessoa chega na igreja, possivelmente de ônibus. Senta-se nos bancos onde outras pessoas já sentaram, apoiando as mãos no banco da frente. Pega em jornaizinhos que foram utilizados anteriormente por outras pessoas. Pega em dinheiro na hora do ofertório. Aperta as mãos de cinco ou seis pessoas durante o “abraço da paz”. Dá as mãos durante o pai-nosso. Depois de tudo isso, sem lavar as mãos, ela vai receber a Eucaristia e, pegando-A com as mãos sujas, leva-a à boca! É muito mais razoável que o sacerdote, com as mãos lavadas antes da Santa Missa e durante o ofertório, coloque diretamente a hóstia sagrada na boca dos comungantes, bastando que ele distribua a comunhão como deve fazer, isto é, sem tocar nos lábios dos fiéis.

Não deixemos que as pessoas se aproveitem da situação difícil que atravessamos para, em nome de preocupações sanitárias – de cuja sinceridade não duvidamos, mas que são contra-producentes, como acabamos de mostrar -, proibirem as legítimas práticas da piedade cristã. Procuremos as nossas paróquias, os nossos padres e os nossos bispos, pedindo que eles reflitam com mais cuidado em suas determinações. Incentivemos a recepção da Sagrada Eucaristia diretamente na boca. Diante do atual surto de gripe, piedade cristã e boa medida profilática se encontram.

Publicado por

Jorge Ferraz (admin)

Católico Apostólico Romano, por graça de Deus e clemência da Virgem Santíssima; pecador miserável, a despeito dos muitos favores recebidos do Alto; filho de Deus e da Santa Madre Igreja, com desejo sincero de consumir a vida para a maior glória de Deus.

11 comentários em “Comunhão na boca JÁ!”

  1. Além do mais colocar o Corpo de Cristo em mãos sujas é uma falta de respeito ENORME, também por isso. Comunhão na boca já!

  2. O Corpo de Cristo em si não é contaminado por nada. Ainda que um doente com ulceras na boca não poderia ser proibido recebe-lo. O que se deve destacar aqui é o ato externo de adoração. Não recebemos o corpo de cristo com pão… um alimento comum, como numa lanchonete. Alem disso nós é que podemos nos contaminar por não estarmos co mas mãos limpas. Sempre penso nisso , pois realmente pegamos em dinheiro pra ofertas e depois vem a comunhão. Mas isso não contamina Cristo a que nos unimos à sua pessoa Ressuscitada e de pão há só os acidentes. O que nos faz afastar de Cristo e mantermos uma situação irregular de pecado. No entanto insisto em afirmar é necessário todo uma ritual externo de oração pra receber o Senhor, pios se quissemos tal e qual apareceu aos apóstolos não nos postaríamos a seus pés? Não iríamos adora-lo? Ora, ele está invisível em pessoa sob as aparencias de pão, então é dingo de toda adoração. Por isso creio ser muito mais significativo a comunhão na boca e de joelhos. Embora na ultima ceia tal não tenha acontecido…mas neste caso Jesus estava visivelmente com os apóstolos numa ceia de despedida dentro do rito judaico e só depois a transformou dando um novo significado tendo em vista sua morte redentora. E anunciou sua presença…então todo o ritual de adoração teria que vir depois mesmo, apos a ressurreição e com a certeza de sua presença real do sentido de seu sacrifico …

  3. O Francisco Castro disse quase tudo que eu queria dizer.
    Só faltou uma coisa: o ato de lavar as mãos após a apresentação das oferendas é ritual, não tem valor sanitário. O padre sequer usa um sabonete, apenas molha as mãos. Isso não mata um vírus. E, depois disso, ele ainda vai virar as folhas do missal, cumprimentar algumas pessoas na suadação da Paz, para só então distribuir a eucaristia à assembléia.
    A rigor, seria o caso (triste) de poibir as reuniões públicas – missas, jogos de futubel, cinema, teatro, shopping centers e outros – todas elas, sem exceções. Acho que ainda não estamos em pânico para tanto. Bom senso e caldo de galinha ajudam muito. E muita fé também.
    Sds.,
    de Marcelo.

  4. e ainda perdemos energia e tempo com esse tipo de coisa. será mesmo necessário?

  5. A comunhão não é só a Santa Ceia mas é também a consumação do sacríficio do Calvário.

    E no calvário, tanto quanto podemos inferir, os primeiros Cristãos estavam ajoelhados em adoração silenciosa.

  6. Gente, essa medida não está sendo tomada para proteger os padres, diaconos e ministros da eucaristia e contato com a respiração dos fieis???

    Quando pede para não dar o abraço da pza, não dar as mãos no pai nosso e comungar com a mão, ao meu ver, e diminuir drasticamente o contato dos fieis com outros fieis. Eu compreendo, entendo e apoio a medida, até porque eu creio que uma vida piedosa nãop será manchada por ter que segurar o sagrado Corpo de Cristo com as mãos.

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