Loucuras da dra. Zatz: estamos mais próximos de produzir um clone humano? O “raciocínio” da geneticista: é mais fácil [do ponto de vista técnico] clonar um ser humano por meio das iPS do que por clonagem terapêutica. Os religiosos foram contra a clonagem terapêutica e aplaudiram as iPS. Então, os religiosos são culpados por se terem aberto as portas à clonagem humana que eles próprios condenam (!).
Resta “somente” lembrar à Mayana que “clonagem terapêutica” é já clonagem e, portanto, condenável ab initio. A petição de princípio é gritante: para a Mayana Zatz, um “clone” é somente um ser adulto. A ovelha Dolly só passou a ser um clone… quando nasceu! Se a gente pegasse um óvulo humano e inserisse nele material genético adulto, “transformando-o” num embrião – “clonagem terapêutica” -, isso não seria clonagem, na cabeça da cientista. Mas, graças a Deus, a realidade não é plasmada pelo raciocínio da Dra. Zatz.
Se a clonagem terapêutica é já clonagem, o mesmo não acontece com as células-tronco pluripotentes induzidas (iPS) – e esta “sutil” distinção parece escapar completamente à Mayana Zatz. A técnica permite, sim, que as células adultas sejam reduzidas ao estado de embrião – e isto seria clonagem, moralmente inaceitável -, mas permite igualmente que elas não o sejam. Com as iPS, não é necessário (é possível, mas não necessário) produzir embriões para fins terapêuticos, ao contrário da assim chamada clonagem terapêutica. Portanto, é óbvio que não há problemas morais intrínsecos com esta técnica.
Se isso tornou mais fácil produzir clones adultos, tal temor só se justifica por causa da mesma falta de ética que nós denunciamos o tempo inteiro, e que está presente na sanha por clonagem terapêutica e por pesquisas com embriões humanos. E vem a dra. Zatz falar de ética… oras, o que ela sabe sobre o assunto? É a Igreja que é Mestra em Moral, e não a dra. Zatz. Louvável (sem dúvidas) a preocupação da geneticista, mas completamente inócua, porque se assenta sobre a areia. Há pessoas sem ética que poderiam usar iPS para clonar humanos? Há, sem dúvidas. Mas há igualmente pessoas sem ética que destroem embriões humanos em laboratório. E estas últimas não são muito melhores do que as primeiras.
Jorge,
O seu blog está na lista tríplice de um prêmio inédito feito pelo VS Blog na blogosfera católica. Passe lá para saber como fazer.
Essa Dra. Zatz é meio maluca, para se dizer o mínimo. Defende o estudo com células tronco embrionárias para “salvar” as mesmas pessoas que ela sugere morrer por aborto quando alguém se descobre grávida de uma delas. Não dá para levar muito a sério uma pessoa assim… pelo menos eu não consigo levar a sério uma pessoa assim.