[Publico a nota cum iubilo. Fico muitíssimo feliz com a seriedade com a qual o Departamento de Polícia de Itaqui conduziu o caso; o nefasto crime do aborto, que clama aos Céus vingança, não pode continuar sendo tratado com a indiferença que encontramos muitas vezes nesta Terra de Santa Cruz. Permita a Virgem Santíssima que o exemplo do delegado Brodbeck possa inspirar mais policiais Brasil afora, a fim de que o covarde assassinato de crianças indefesas não continue impune.]
NOTA À IMPRENSA SOBRE A OPERAÇÃO REI HERODES
Degravando áudios de interceptação telefônica de conhecidos traficantes da cidade, todos devidamente presos e com inquérito policial remetido, os agentes da Delegacia de Polícia de Itaqui descobriram que uma das interlocutoras D. R. B. teria consentido que com ela se praticasse aborto. Registrada, desta feita, a devida ocorrência e instaurado o respectivo inquérito policial, diligenciou-se no sentido de buscar informações quanto à prática criminosa.
Ouvindo diferentes testemunhas, chegou-se à informação de que D. consentiu na prática do aborto, feito este por VIVIANA MESSA DA SILVA, de alcunha “TERESONA”. Houve, ademais, reconhecimento fotográfico de TERESONA por ALBINHA, na Seção de Investigação deste órgão policial. D., prestando depoimento em cartório, confirmou a história, apontando TERESONA como autora do aborto.
Na tarde de ontem, o Del. Pol. Rafael Vitola Brodbeck desencadeou a OPERAÇÃO REI HERODES. Imediatamente, sob suas ordens, o Insp. Pol. Gilmar Cavalheiro, em atividade disfarçada, deslocou-se com uma escrivã ad hoc, estagiária desta DP, para a casa de TERESONA, fingindo-se passar por um casal à procura de métodos abortivos. A ação logrou o êxito esperado, de vez que a filha de TERESONA, JOSIANE DA SILVA MACIEL confirmou que, na residência, praticava-se o delito.
JOSIANE também disse que TERESONA estava em Santa Maria, buscando drogas abortivas, e que retornaria à noite. Igualmente, avisou que duas moças de Ijuí estariam vindo para Itaqui a fim de abortar seus filhos.
De posse das informações, aguardamos o cair da noite, e designamos a mesma escrivã ad hoc para que fizesse contato telefônico com TERESONA, no que, atendendo sua filha, esta confirmou que sua mãe já estava em casa, e com as substâncias abortivas à mão. Esta autoridade ordenou que a escrivã ad hoc deslocasse, novamente com o Insp. Cavalheiro, até a residência de TERESONA e tentasse comprar as substâncias, para que, na confirmação, obtivéssemos o flagrante esperado de guarda dos medicamentos conforme o crime descrito no art. 273, § 1º-B, V e VI, do Código Penal, com pena prevista de dez a quinze anos. Na entrada da residência, TERESONA franqueou a entrada livremente, nos termos constitucionais, e, uma vez lá dentro, vasculhamos sob a supervisão da mesma, as dependências, vindo a encontrar inúmeros medicamentos.
Os remédios são, de fato, em grande quantidade, inclusive havendo seringas prontas para serem usadas, já com substâncias dentro, embora guardadas em caixas. Remédios de uso controlado, com retenção de receita, havia em quantidade verdadeiramente surpreendente. Também medicamentos exclusivos para uso hospitalar. Tudo isso reforçou a hipótese de que TERESONA pratica também o delito do art. 282, do Código Penal.
Livremente, TERESONA deixou-nos trazer os remédios para averiguação junto a um profissional farmacêutico, sendo que deslocamos, então, para uma drogaria, onde uma farmacêutica, cujo nome segue em sigilo, nos deu inúmeros apontamentos, confirmando a tese da polícia. Há suspeita, inclusive, de que um dos medicamentos provoca hemorragia, e o aborto, objeto da presente investigação, é justamente feito a partir de hemorragias forçadas. Outros remédios presentes na residência de TERESONA e levados à farmacêutica são anestésicos, de uso exclusivamente hospital, e ainda há inúmeros indicados para conter justamente os efeitos colaterais do abortamento. Ademais, butterflies e objetos para soro intravenoso foram encontrados.
Com esses dados, representamos, à noite, junto ao Plantão do Poder Judiciário, pela prisão preventiva de VIVIANA MESSA DA SILVA, a TERESONA, e de JOSIANE DA SILVA MACIEL. Obtido o mandado judicial, deslocamos para a residência do alvo e efetuamos as prisões, trazendo TERESONA e JOSIANE para a delegacia.
A Operação Rei Herodes desbarata, assim, uma clínica de aborto, crime dos mais hediondos, pois mata um ser humano inocente, que deveria ser alvo de todas as proteções.
O desdobramento das ações policiais serve de alerta à sociedade, especialmente às mães que procuram os “serviços” de aborteiros. Deveriam elas zelar por seus filhos, ainda que dentro do ventre. Em nada se diferencia, ontologicamente, um ser humano nascido de um não-nascido. Sua dignidade é idêntica. As “clientes” das clínicas de aborto matam seus filhos, mas, uma vez nascidos, talvez não o fizessem, por uma dificuldade, fruto, do egoísmo, de ver quem está em seu útero como um ser humano, uma pessoa, com seus direitos, mormente à vida.
Assim como Herodes, o rei da Judéia que mandou assassinar milhares de bebês nos tempos de Jesus, quem pratica ou se submete ao aborto comete um crime horrendo e nefasto, que terá dura reprimenda da Polícia Civil gaúcha.
Itaqui, RS, 20 de agosto de 2009
Dr. Rafael Vitola Brodbeck
Delegado de Polícia
Titular DP/Itaqui
Polícia para quem precisa. E como os fetos precisam hoje em dia!
“Em nada se diferencia, ontologicamente, um ser humano nascido de um não-nascido.”
Mentira. Prove tal afirmação.
“Sua dignidade é idêntica.”
Non sequitur retoricíssimo.
Parabéns a Polícia Gaúcha por ação tão eficiente e oportuna. Parabéns Dr. Brodbeck.
Continuem o ótimo trabalho!
Deus que é Pai, Filho e Espírito Santo os abençoe.
Cara, esse Mallmall é um chato. Sua mãe deveria tê-lo considerado uma coisa quando ainda estava no ventre, para ele não vir a falar besteiras. No mais, respondendo a ele, para quem acha que fetos e crianças são coisas diferentes, porque o feto precisa inteiramente da mãe, eu faço responder que, assim sendo,meu bebê de 9 meses ainda não é gente, pois se eu deixá-lo sozinho não poderá sobreviver. Aliás, nenhum ser humano pode ser considerado como tal, seguindo esse raciocínio, até completar sei lá, seus 4, 5 anos… Vamos, então, aprovar uma lei do aborto até essa idade, já que as crianças dependem totalmente dos pais e não podem ser consideradas “gente”… Ih, mas como ficam os adultos doentes, que dependem de alguém para ajudá-los a se vestir, se alimentar… Pronto, também não são gente e podem ser mortos. Bem como velhinhos “improdutivos”. Bem como adultos sem raciocínio lógico, como o Mallmall. Pronto, aos que defendem o aborto, peço que o defendam dessa forma.
Karina,
O “Umbert the Unborn” é genial quanto a este tema da dependência do nascituro:
http://diasimdiatambem.wordpress.com/2009/08/13/umbert-mascote-pro-vida/
Life begins at conception. Viability starts after college. =)
Abraços,
Jorge
Caro Mallmall:
É o contrário.
A diferença ontológica é que tem que ser provada. A “hipótese nula” é sempre pela igualdade/continuidade. Quem postula uma alteração é que tem que provar a realidade dessa alteração.
Nós católicos defendemos que o ser humano é ontologicamente o mesmo da concepção até a morte. Se você acha que o nascimento modifica a essência e a natureza do ser humano, prove-o.
É isso aí, polícia para quem precisa!
Parabéns a Polícia Gaúcha! Parabéns Dr. Brodbeck!
Deus os abençoe e Nossa Senhora rogue sempre por vocês, pelo Jorge Ferraz e por todos que lutam pela vida!
Karina, se você morrer, outra pessoa pode exercer as suas funções maternas.
Se você estiver grávida de 4 meses e morrer, o feto, como bom apêndice que é, morre junto.
João de Barros, não venha com essas falacinhas de inversão de ônus da prova. Neste caso quem fez a afirmação positiva não fui eu.
Jorge, muito engraçado e bem pensado o mascote, mas é só isso que ele é. Um apelo ad populum para apelar aos sentimentos e não à razão.
Abraços a todos.
Morre junto, Mallmal, unicamente por uma contingência técnica da não-disponibilidade atual de super-incubadoras.
Cem anos atrás, se uma mulher estivesse grávida de 22 semanas e morresse, o feto morria junto. Hoje já há chances de sobrevivência.
Pela tua lógica, então, no início do século passado um feto de 22 semanas não era ontologicamente um ser humano e, pelo andar da carruagem, daqui a uns cem anos um feto de 12 semanas vai ser?
A definição ontológica de um ser depende de fatores extrínsecos a ele?
Abraços,
Jorge
Caro Mallmall:
Não há falácia alguma. É só lógica.
A frase inicial (“Em nada se diferencia, ontologicamente, um ser humano nascido de um não-nascido”) é obviamente uma frase negativa.
Você negou uma negativa dizendo “É mentira” e negar uma negativa equivale a uma afirmação. Logo, é você que tem que provar a sua afirmação de que há diferenças essenciais entre um ser humano nascido e não-nascido.
Já nós católicos afirmamos que há uma continuidade ontológica entre o ser humano da concepção até a morte, o que pode ser facilmente provado. Logo, para nós, o nascimento em nada altera a essência humana, embora altere os acidentes.
Tadinho do Malmall, ele não sabe ler. O que eu disse foi “deixar meu bebê sozinho”, ao que a sociedade chama de “abandono de incapaz”… Tadinho do Mallmall, ainda DEPENDE dos outros para raciocinar… JOrge, o Umbert é dez. De fato, só somos viáveis quando podemos nos sustentar sozinhos, e hoje em dia, muitas vezes, nem depois da faculdade isso acontece. Aliás, outra pro Mallmall: eu, com 30 anos, sou ontologicamente diferente de “eu” daqui a 50 anos? Eu sou uma idosa em gestação :):):):):):)
Ao ler os comentários de certos indivíduos que aparecem aqui nesse blog e insistem em defender ideias indefensáveis, com um ar de autoridade e empáfia, me vem à mente a sabedoria de Nelson Rodrigues:
“[Até o século XIX] o idiota era apenas o idiota e como tal se comportava. E o primeiro a saber-se idiota era o próprio idiota. Não tinha ilusões. Julgando-se um inepto nato e hereditário, jamais se atreveu a mover uma palha, ou tirar um cadeira do lugar. Em 50, 100 ou 200 mil anos, nunca um idiota ousou questionar os valores da vida. Simplesmente, não pensava. Os ‘melhores’ pensavam por ele, sentiam por ele, decidiam por ele. Deve-se a Marx o formidável despertar dos idiotas. Estes descobriram que são em maior número e sentiram a embriaguez da onipotência numérica. E, então, aquele sujeito que, há 500 mil anos, limitava-se a babar na gravata, passou a existir socialmente, economicamente, politicamente, culturalmente etc. houve, em toda parte, a explosão triunfal dos idiotas”.
“Outrora, os melhores pensavam pelos idiotas; hoje, os idiotas pensam pelos melhores. Criou-se uma situação realmente trágica: — ou o sujeito se submete ao idiota ou o idiota o extermina”.
Salve Maria!
Parabéns ao Vitola e toda sua equipe pelo sucesso da Operação “Rei Herodes”.
Em Cristo,
Pedro.
Francisco, de onde você tirou essa pérola?? Muito bom. Aliás, às vezes a gente dá tanta trela para idiotas que nos esquecemos de dizer coisas bem mais importantes: as pessoas que contribuiram para essa operação estão de parabéns!! Deus abençõe que tenhamos sempre “anjos” assim dispostos a trabalhar pelo bem e para o bem.
Tentar convencer o Mallmal de qualquer coisa é inútil.
Nele se dá um indissolúvel casamento entre a burrice e a má-fé. O fruto dessa união espúria só pode ser um obstinado psicopata. Ele não veria problema nenhum em abortar todos os fetos existentes no mundo, de maneira que em pouco tempo estaria extinta a humanidade. Ignorem esse fulano porque ele é do (Mall)mal.
Carlos.
Não adianta… a policia(gestapo) pode fechar clinica A B ou C… é inutil sempre surgirão novas clinicas(inda bem) pra o desespero de vocês, seus hipocritas metidos a “provida”)….
Podem berrar fazer estardaço.. mas o aborto é direito sim… até as freiras fazem.. com o conivencia de Roma!
Viva o direito do aborto!! Viva a mulher!!!
Em que universo as duas afirmações se suportam? Na primeira, há uma “substituição” da garantia de vida do bebê (“outra pessoa pode exercer as suas funções maternas”), na segunda, não.
O pressuposto é diferente para ambas as hipóteses, não tem como chegar a uma conclusão. O pressuposto da primeira hipótese tem de ser o mesmo da segunda, isto é, não haver um “substituto” para a mãe. Ora, um bebê muito novo, totalmente abandonado, também não pode sobreviver. Logo, um bebê nascido também não é humano. Taí a lógica do Malmall.
Mais: em havendo uma possibilidade de “substituir” a mãe de um feto de 4 meses — possibilidade técnica que, como apontou o Jorge, é plausível: há 100 anos um bebê no sétimo mês de gestação não sobrevivia fora do útero; hoje sobrevive — o conceito de “humano viável” muda? Por essa lógica, primeiro temos de convir que um fator externo — algo ou alguém que suporte a vida — é o que definiria o caráter ontológico do humano. Isso torna “inumano” qualquer um que dependesse de qualquer fator externo para sobreviver e, no limite, inumanos seríamos todos nós, já que precisamos de comida, vestuário e apoio de terceiros para viver.
Também implica que o caráter humano muda de acordo com o fator externo, o que é absurdo. Confunde-se a matéria pelo acidente, para usar uma terminologia tomista. Quanta lógica… pensei que esses racionalistas fossem, bem, racionais.
joe,
Engraçado comparar a polícia gaúcha com a Gestapo, porque a Alemanha nazista foi o segundo país a legalizar o aborto! O primeiro foi a União soviética. Curioso, não?
Jorge,
“Morre junto, Mallmal, unicamente por uma contingência técnica da não-disponibilidade atual de super-incubadoras.”
Tá. Vamos começar uma conversa de “e se?”?
É seu único argumento?
Ok.
Já respondendo também o Pedro M, atualmente somos capazes de produzir ratos e ovelhas a partir de células somáticas de indivíduos adultos. A tecnologia para criar seres humanos através de uma célula da mucosa oral (ou de um apêndice cecal – obviamente preterível devido às dificuldades de obtenção – não é irrealista, portanto. Vocês considerariam que ontologicamente meu apêndice é um ser humano, caso tal tecnologia fosse em mim aplicada?
Percebam que a ontologia isolada é uma besteira sem tamanho, pura masturbação filosófica. Pode ser ferramenta útil na análise dos fatos. Ou pode ser utilizada na defesa de argumentos descabidos.
Refaço a pergunta: No caso de clonagem a partir de uma célula de meu apêndice cecal, ontologicamente o dito apêndice não difere de um ser humano?
Quanto a Karina & Francisco, só posso ignorá-los já que não apresentam argumentos, mas apenas ofensas. Passar bem os dois.
João de Barros. Negativas são em geral irrefutáveis, concordo. Eu nunca poderei provar que não existem unicórnios, assim como nunca ninguém poderá provar a inexistência do seu Deus. Da mesma maneira, vocês nunca poderão provar a inexistência de Braham, Krishna, Zeus, etc. O mínimo que peço, portanto, é a apresentação de evidências cabíveis, o que quis dizer com a expressão “prove tal afirmação”. Vocês gastam tanto tempo com exercícios de retórica vazia que a discussão não progride…
Abraços ao Jorge, João e Pedro.
“jamais se atreveu a mover uma palha, ou tirar um cadeira do lugar. Em 50, 100 ou 200 mil anos, nunca um idiota ousou questionar os valores da vida. Simplesmente, não pensava. Os ‘melhores’ pensavam por ele, sentiam por ele, decidiam por ele.”
Só um comentário sobre o texto do Nelson Rodrigues… Trocando “melhores” por “Papa e sua turma” eu não vejo melhor definição do Catolicismo.
Especialmente no que tange à frase “nunca um idiota ousou questionar os valores da vida”…
Mallmal então é o primeiro idiota que ousa que questionar os valores da vida…
Falso. Um óvulo ou um espermatozóide, sozinhos, não são um ser humano, da mesma forma que um apêndice ou uma mão sozinha não o é.
Assim como um espermatozóide e um óvulo tem de se unir com sucesso para que ocorra a concepção, uma célula qualquer teria de sofrer por um processo técnico com sucesso para que “se transformasse” num embrião. Aliás, pelo que já ouvi das notícias sobre essas pesquisas — e não me consta que elas partam de um princípio diverso — eles “regridem” a célula a um estágio embrionário e ela deixa de ser diferenciada, deixando, portanto, de ser apêndice, mucosa ou o que seja.
Você está usando a mesma premissa (desenvolvimento do feto a partir de uma célula) para coisas diferentes (um embrião e uma célula do apêndice, p.e.) que, sendo assim, não podem compartilhar da premissa.
Abs.
Só para dizer mais uma pro Chatomall: captei suas idéias, percebi que você estava com razão, Ser Superior e Perfeito, e estou pensando seriamente em abandonar esse planeta, já que percebi que não sou humana, pois dependerei de artifícios externos e artificiais eternamente para enxergar e, portanto, sobreviver. Os cegos totalmente são mais humanos que eu, pois eles desenvolvem outros sentidos para “compensar” a falta da visão. Eu, no entanto, tenho a visão bem comprometida, não posso me submeter a uma cirurgia (já fiz exames e, de fato, a cirurgia não pode ser aplicada no meu caso), e aí dependerei do meu fundinho de garrafa para sempre. Assim sendo, Chatomall, obrigada por “alumiar a escuridão da minha burrice” e digo adeus a todos, não digo que foi tão bom assim enquanto achei que era humana pois estes “humanus perfectus superiorious” são capazes de coisas medonhas, muitas vezes.
Caro Mallmall:
É simples.
O ser humano é constituído de alma espiritual e corpo material. É isso que define o que é um ser humano. Todo o restante (idade, tamanho, altura, tipo de alimento, cordão umbilical, etc.) não passam de acidentes, não-essenciais à definição de humanidade.
Portanto, um ser humano permanece *essencialmente* o mesmo ser humano desde o momento em que a alma espiritual se une ao corpo material (o número de células nesse corpo é irrelante por ser mero acidente) até o instante em que a alma abandona esse mesmo corpo.
Gêmeos divitelinos possuem exatamente o mesmo DNA. Não obstante, são obviamente dois seres humanos distintos, pois possuem dois corpos animados por duas almas distintas.
Na hipótese bizarra de gerar-se um clone do seu apêndice, ele seria naturalmente outro ser humano, pois teria corpo e alma distintos dos seu.
Veja que os gêmeos homozigóticos também são formados por “clonagem” natural: um único espermatozóide fecunda um único óvulo, cujo zigoto só posteriormente se divide em dois ou três.
A diferença entre (i) você e seu clone e (ii) você e seu irmão gêmeo é, neste contexto, apenas a idade em que a divisão do “zigoto” ocorre.
Puxa, eu tinha de comentar isto:
Trocando “melhores” por “Dawkins e sua turma”, não vejo melhor definição do ateísmo militante. Aliás, vou mais fundo do que a definição do Mallmal sobre catolicismo: os ateus militantes — ao contrário dos idiotas, que sabem que sua superioridade vem do número e não do intelecto — pensam que sua superioridade vem do intelecto e do livre pensamento, quando na verdade só repetem “os melhores” nas suas papagaiadas. E aí acreditam em conclusões brilhantes como a de Dawkins quando afirma que cristãos pensam que a Bíblia caiu do céu e disse que o universo só tem 6 mil anos.
A universidade, as escolas, as bases do estudo das ciências naturais, a sobrevivência até nossos dias da retórica, da lógica, da dialética e da filosofia, tudo isso devemos à Igreja (para lembrar o outro post). Todos os dogmas, sem exceção, são definidos a partir de debates que chegam a durar séculos. É de uma burrice (e arrogância) imensa insistir em acreditar que o religioso é um ser não-pensante. Enquanto ateus como você continuarem nessa crença, NUNCA entenderão o que é fé, tampouco o que é doutrina, magistério, teologia.