Possível milagre em Lourdes

Nós não precisamos de milagres. A Fé Católica já está selada com eles. Segundo a clássica argumentação de Santo Tomás de Aquino, no início do Cristianismo, os povos pagãos abraçaram com entusiasmo a Fé Católica, abandonando rapidamente as falsas religiões seguidas pelos seus antepassados. Ora, ou estes se converteram por terem visto milagres, ou se converteram sem os ter visto, e tertium non datur. No primeiro caso, eis aí os milagres que legitimam a Fé; no segundo caso, seria um verdadeiro milagre que os homens tivessem abandonado as suas tradições familiares sem motivos. Deves te dar por vencido.

No entanto, Deus ainda realiza milagres. Mesmo neste século sem Fé. E talvez tenha realizado um em Lourdes. Em uma dona de casa chamada Antonia Raco. “A doença [esclerose lateral amiotrófica – neurodegenerativa progressiva e fatal] foi diagnosticada em 2004 e desde 2006 já não caminhava mais. Porém, no dia 5 de agosto, voltando de Lourdes, retomou todas atividades normais que a doença lhe impedia realizar”. Segundo o neurologista que cuidava da senhora, “[é] uma doença que pode diminuir de velocidade e, no máximo parar, mas não acreditamos possível que melhore, porque atinge os neurônios irreversivelmente”.

Acessem o link, vejam as fotos e o vídeo. Não precisamos de milagres, mas Deus às vezes digna-Se conceder-nos um. Talvez em Lourdes, por intercessão da Virgem lá aparecida. Ad Majorem Dei Gloriam.

Publicado por

Jorge Ferraz (admin)

Católico Apostólico Romano, por graça de Deus e clemência da Virgem Santíssima; pecador miserável, a despeito dos muitos favores recebidos do Alto; filho de Deus e da Santa Madre Igreja, com desejo sincero de consumir a vida para a maior glória de Deus.

29 comentários em “Possível milagre em Lourdes”

  1. Esta notícia é excelente, pois desde o Concílio Vaticano II o número de milagres naquele local caiu muito e outro dado interessante é que a vazão da água, que chegou a limites críticos desde então até bem recentemente, está voltando a ser como antes… Soube disto por mais de uma pessoa que esteve por lá, uma delas, sacerdote (que não é ligado à Tradição).

  2. O que acho incrível é que sempre que um acontecimento do tipo “um em um milhão” acontece e é positivo ou benéfico, o tal do Deus é responsável.
    Porém quando é maléfico ou negativo, só se vê os católicos assobiando, olhando pra cima e girando os polegares, como no caso das crianças vitimadas pela morte súbita infantil ou pelas não-pessoas que apresentam anencefalia.
    Esse viés é muito interessante, pois se foi “Deus” quem reverteu uma doença degenerativa em uma velha, deve ter sido também “Ele” o causador de desastres aéreos, gripe suína, desastres naturais, etc…

  3. Caro Mallmal…

    “se foi “Deus” quem reverteu uma doença degenerativa em uma velha, deve ter sido também “Ele” o causador de desastres aéreos, gripe suína, desastres naturais, etc…”

    Inclua nestes desastres e acidentes seu nascimento com vida e agradeça a Ele… Suas colocações demonstram que V. S.ª pode não ser anencéfalo, mas que a condição é quase a mesma e seu argumento de quase-pessoa é perfeitamente aplicável a V. S.ª!

  4. Caro Dionísio Lisboa,
    Concordo 100% com você. Mas o AniMallmal é caso perdido. É só um menino mimado querendo contestar tudo para chamar a atenção.
    Ignore-o, que talvez ele acorde.
    Um abraço.
    Carlos.

  5. Estive em Lourdes em dezembro de 2007. O que diz o Dionísio Lisboa é verdade. Pouquíssimas pessoas, a maioria simples turistas tirando fotos. Quase ninguém rezava. Ninguém entrou na água (o frio era de lascar!). Acho que voltando a Missa de Sempre, voltam os milagres, voltam os Santos, volta a coragem, voltam os martírios…
    Carlos.

  6. Mallmal, não iria comentar nada do que você disse, porque foi tudo um monte de bobagem, mas o que me assaltou aos olhos foi o desrespeito que você tem com as pessoas mais idosas, chamando uma senhora de velha em sentido pejorativo, e não me venha dizer que não era, que não foi bem assim, que não cola não, sua arrogância (típica dos ateus), sua prepotência e escárnio com os outros é tão grande que seu comportamento e palavreados te acusam e condenam, portanto, se queres descordar dos outros, é um direito seu, agora querer ofender, ai está passando dos limites. Há mas o Carlos ou você me chamam de burro, isso foi de nós para você, mas não desta senhora, portanto, mais respeito com quem nada tem haver com as discussão que ocorrem neste blog e que as vezes se rebaixamos ao ponto em que vocês ateus se encontram, é um erro nosso, e que devemos tomar todo o cuidado de não repetir.

  7. Recebi respostas “mimimi”, de como não gostaram da expressão velha para definir uma… velha (!) e demais bobagens. Os outros praticaram os ad homini de sempre, sobre minha alegada personalidade rebelde e demais bobagens.

    Pois bem, responder os MEUS ARGUMENTOS, que eram sobre a evidente DISCREPÂNCIA no tratamento de eventos positivos e negativos e sua relação com Deus feita pelos católicos ninguém quis, né?

    Bem previsível…

  8. Mallmal,

    Reverter uma doença degenerativa incurável é algo que vai contra o curso natural da matéria. Dado que a ciência não pode explicar tal fenômeno (ao menos ainda) e, simultaneamente, ocorreu a alguém que estava em Lourdes justamente com esse fim parece-me lícito que aqueles que não mutilam sua racionalidade limitando-a aos conhecimentos advindos do método das ciências naturais que atribuam esse fato à intervenção divina.

    Já os outros fenômenos que você cita (gripe suina, desastres aéreos, etc) ainda que ocorrem com a permissão divina não exigem a intervenção de Deus uma vez que podem ocorrer apenas com o curso natural da matéria.

  9. Pois bem, responder os MEUS ARGUMENTOS, que eram sobre a evidente DISCREPÂNCIA no tratamento de eventos positivos e negativos e sua relação com Deus feita pelos católicos ninguém quis, né?

    Bem previsível

    Responder para você alguma coisa é perda de tempo, e se ainda queres ofender os outros, sobre tudo, uma senhora, isto demonstra sua falta de carater.

  10. Pois bem, responder os MEUS ARGUMENTOS, que eram sobre a evidente DISCREPÂNCIA no tratamento de eventos positivos e negativos e sua relação com Deus feita pelos católicos ninguém quis, né?

    Quem não quer responder argumentos aqui é você. Vide os tópicos sobre aborto (“Operação Herodes”) e crucifixos em lugares públicos.

    E só você vê discrepância. Ela não existe:

    Porém quando é maléfico ou negativo, só se vê os católicos assobiando, olhando pra cima e girando os polegares, como no caso das crianças vitimadas pela morte súbita infantil ou pelas não-pessoas que apresentam anencefalia.

    Mais uma prova de que você não sabe o que é religião, portanto não tem nenhum cacife para refutá-la. Basta qualquer entrevista breve com um fiel católico sobre algo de mal acontecido em sua vida para constatar que o fiel considera a ação de Deus também nesses eventos (e não, não a vê como punição ou algo semelhante). O Catecismo da Igreja Católica também não “tira Deus da reta” do sofrimento e do mal que há no mundo; muito pelo contrário.

    A respeito desse assunto, os primeiros livros do Confissões de Santo Agostinho esclareceriam bastante sua mente intolerante.

  11. Lamp,

    Por que poluir a imagem de seu Deus atribuindo-o a uma coincidência estatística?
    É muito mais provável que a paciente tenha recebido um diagnóstico errado do que um “milagre” tenha acontecido!
    Mais uma vez repito, não consigo entender em que parte de um Deus atemporal e onisciente cabe um milagre.
    O que dizer dos milhares e milhares de fiéis que se martirizam viajando pra Lourdes com suas deficiências a troco de nada? Ou melhor, a troco da GIGANTESCA indústria turística da região.

    Abraço!

    Sidnei,

    Não respondeu minha crítica e meu argumento continua sem resposta da sua parte. Você está se tornando um mestre nas artes do Leão da Montanha: “Saíííída pela direitaaaaa!!!” :)

    Pedro,

    “Quem não quer responder argumentos aqui é você. Vide os tópicos sobre aborto (”Operação Herodes”) e crucifixos em lugares públicos.”

    Ad hominem e Non sequitur.

    “Basta qualquer entrevista breve com um fiel católico sobre algo de mal acontecido em sua vida para constatar que o fiel considera a ação de Deus também nesses eventos (e não, não a vê como punição ou algo semelhante).”

    Acho que você não anda indo muito à Igreja. Converse com os 99% que não são extremamente doutrinados como você. Você talvez se surpreenda. Sério. Você acha que os cristãos comuns tem essa compreensão dogmática? De quem é o interesse que essa situação se perpetue? Talvez ensiná-los demais os afaste?

    E agora, a PÉROLA:
    “Mais uma prova de que você não sabe o que é religião”

    São tantas falácias que nem vou perder tempo enumerando. De qualquer modo, a única PROVA que você pode extrair de meu comentário (e uma prova beeeeem discutível devido ao ambiente) é que eu discordo da SUA religião. Ponto final.

  12. Não precisamos de milagres,

    porque felizes são aqueles que acreditam sem precisar de ver para crer, mas milagres acontecem todos os dias, só não vê quem não quer ver.

    Nossa Senhora de Guadalupe por exemplo é um milagre permanente, ou seja já se provou pela ciência que não existe pintura no pano e no entanto a imagem continua aparecendo com a melhor nitidez que uma imagem digital, a ponto de ver e fotografar reflexos na pupila de seus olhos.

    Lânciano é outro milagre permanente, ou seja não aconteceu no ano de 700 d.c., mas continua acontecendo hoje em 2009.

    E muitos outros acontecem todos os dias, alguns são testemunhados, outros não, alguns são aceitos, outros não e asim a Igreja vai em frente, mas quando um milagre de grande vulto acontece é impossivel esconder, ja´que quando Jesus curava os enfermos, Ele pedia que não fosse revelado e como São Marcos nos falou no evangelho deste último Domingo, quanto mais Jesus proibia, mais eles espalhavam os milagres que Ele realizava.

    O milagre não é um segredo para ser guardado e sim uma verdade a ser revelada ao mundo que Deus existe e age no meio de seu POVO.

    paz e bem

  13. Mallmal,

    Porque um milagre denigre a imagem de Deus? Se você me falasse que nada acrescenta à Sua dignidade e que não há necessidade de milagres para atestar a Glória de Deus eu concordaria, mas o milagre em nada diminui a “idéia” de Deus.

  14. Mallmal,

    Eu concordo com você que há uma possibilidade de que esses milagres de Lourdes serem mera coincidências estatísticas.

    Mas, e você, concordaria comigo que há a possibilidade de realmente ser uma intervenção divina ou um evento sobrenatural?

    Se sua resposta for sim, estamos mais próximos do que imaginávamos.

    Se for não, terei de dar razão ao Chesterton quando afirma que os crentes têm muito mais liberdade que os ateus, pois nós podemos atribuir um evento a ambas as causas e os ateus – ao menos os fanáticos – não têm a liberdade disso.

  15. “Quem não quer responder argumentos aqui é você. Vide os tópicos sobre aborto (”Operação Herodes”) e crucifixos em lugares públicos.”

    Ad hominem e Non sequitur.

    Uia, também não sabe usar latim ou termos de lógica. Seria ad hominem se eu atacasse sua pessoa, não seus argumentos. Mas eu apontei a sua afirmação: você disse que “responder os MEUS ARGUMENTOS, (…) ninguém quis”, e refutei dizendo que quem não quer responder argumentos aqui é você, como ocorreu em outros tópicos. E que continuam sem resposta.

    Contrariamente ao que você disse, há respostas argumentativas sobre milagres, aqui e em outros lugares. Logo, também não é non sequitur.

    Ao invés de soltar afirmações nonsense quando acha que está por cima, fugir quando não sabe responder argumentos e jogar com termos que não conhece, que tal debater?

    Acho que você não anda indo muito à Igreja. Converse com os 99% que não são extremamente doutrinados como você. Você talvez se surpreenda. Sério. Você acha que os cristãos comuns tem essa compreensão dogmática?

    Só na minha paróquia, houve duas tragédias recentes: um acidente de carro que vitimou um rapaz de 22 anos e uma esposa jovem que morreu quase sem explicação, no hospital, deixando marido, um filho de 2 anos e uma menina aos 7 meses de gravidez, que passou por uma cesária bem-sucedida (até agora). Não posso dizer se são “doutrinados” ou não, ou se têm uma “compreensão dogmática” do evento, seja lá o que isso for. O fato é que não culparam Deus pelo ocorrido, muito pelo contrário. Se este é seu ponto, não procede (como explico abaixo).

    De quem é o interesse que essa situação se perpetue? Talvez ensiná-los demais os afaste?

    O que você quer dizer com isso? Mais instrução os faria culpar Deus pelas desgraças e deixar de acreditar em milagres? Instrução não significa ceticismo, falta de religiosidade ou propensão a blasfemar, a não ser na sua cabeça. Até Einstein te contraria.

    “Mais uma prova de que você não sabe o que é religião”

    São tantas falácias que nem vou perder tempo enumerando.

    Falácia sua, só se for. Foi você quem disse:

    (…) sempre que um acontecimento do tipo “um em um milhão” acontece e é positivo ou benéfico, o tal do Deus é responsável.
    Porém quando é maléfico ou negativo, só se vê os católicos assobiando, olhando pra cima e girando os polegares, como no caso das crianças vitimadas pela morte súbita infantil ou pelas não-pessoas que apresentam anencefalia.

    E eu pergunto: com base em quê você afirma isso?

    Por outro lado, os casos da menina anencéfala Marcela de Jesus, do membro da família imperial que morreu no desastre do Airbus, e do que citei na minha paróquia, só como exemplo, e respectivas declarações religiosas dos parentes envolvidos, te contradizem frontalmente.

    Você afirma algo que é contrário aos fatos. Logo, não sabe do que está falando. Onde há falácia nisso?

    De qualquer modo, a única PROVA que você pode extrair de meu comentário (e uma prova beeeeem discutível devido ao ambiente) é que eu discordo da SUA religião.

    Aí é problema seu e não vem ao caso. A questão é que você não pode atribuir ao catolicismo algo que ele não afirma e atacá-lo por isso. Mas não se preocupe: apesar de ser de uma burrice imensa e um desprezo total pelo bom senso alheio, Dawkins faz a mesma coisa. E ganha dinheiro com isso.

  16. Lamp,

    “Porque um milagre denigre a imagem de Deus? Se você me falasse que nada acrescenta à Sua dignidade e que não há necessidade de milagres para atestar a Glória de Deus eu concordaria, mas o milagre em nada diminui a “idéia” de Deus.”

    Tirou as palavras de minha boca até a vírgula. Foi o que quis dizer. Se assim o é, porém, para quê milagres?
    Depois da vírgula, eu tenho que discordar. Um Deus que salva esse ou aquele, independente de seus méritos, não pode ser bom nem justo. Mais ainda, um Deus infinitamente bom que julga (ou que evita a punição per) as falhas que ele mesmo criou, não pode ser bom nem justo.

  17. Lamp again,

    “Eu concordo com você que há uma possibilidade de que esses milagres de Lourdes serem mera coincidências estatísticas. Mas, e você, concordaria comigo que há a possibilidade de realmente ser uma intervenção divina ou um evento sobrenatural?”

    Claro!

    “Se sua resposta for sim, estamos mais próximos do que imaginávamos.”

    Estamos próximos! Você é um livre-pensador católico e eu sou um livre-pensador ateu. Ambos temos nossos axiomas, porém estamos convictos na questão de derrubá-los caso haja comprovação (factual) contrária. Dificilmente haverá!

    “Se for não, terei de dar razão ao Chesterton quando afirma que os crentes têm muito mais liberdade que os ateus, pois nós podemos atribuir um evento a ambas as causas e os ateus – ao menos os fanáticos – não têm a liberdade disso.”

    Nem os ateus fanáticos e nem os crentes fanáticos, meu caro Lampedusa. Esses não possuem qualquer liberdade. Exemplos de ambos os lados:
    1) O Daniel Sottomaior da Atea, pagando mico em rede nacional.
    2) Ratzinger, pagando mico afirmando que usar camisinha aumenta a transmissão de HIV.
    (antes que crucifiquem meus exemplos, ambos sabem pouquíssimo sobre o que estão falando – esse é meu voto de armistício)

    Ambos arbitram além do que podem, abandonam a discussão para abraçar a pregação. Triste. Ridículo.

    Dos dois lados.

    Abraços, Lamp!

    (deixa eu abrir o guarda-chuva, que lá vem pedrada! – hehehe)

  18. Pedro,

    Uia, também não sabe usar latim ou termos de lógica.”

    Ad hominem na primeira parte. Saber Latim não é pré-requisito para a discussão e puro ataque ao argumentador. De novo.

    “Seria ad hominem se eu atacasse sua pessoa, não seus argumentos. Mas eu apontei a sua afirmação: você disse que “responder os MEUS ARGUMENTOS, (…) ninguém quis”, e refutei dizendo que quem não quer responder argumentos aqui é você, como ocorreu em outros tópicos. E que continuam sem resposta.”

    Como disse, não quis atacar minha afirmação: “ninguém quis me responder”, preferindo atacar a pessoa (eu): “você não respondeu tambééééém!”. Ad hominem de livro.
    Só explicando, já que vi que você é “intelectualmente desafiado” (ingrish tranlaxion), você não contra-argumentou, apenas atacou a mim com base em OUTRAS discussões. Foi sua ÚNICA contra-argumentação, portanto, ad hominem.
    E, para se eximir de um ad hominem, fez outro. Já vi que é uma rotina.

    “Contrariamente ao que você disse, há respostas argumentativas sobre milagres, aqui e em outros lugares. Logo, também não é non sequitur.”

    Está ficando engraçado! O fato de existirem (dubitavelmente) contra-argumentações em outros tópicos não conduz logicamente ao fato de que as temos aqui, portanto:
    NON SEQUITUR de novo. De novo… (que saco) Para fugir de um non sequitur, usa um non sequitur… Parece que fez de propósito!

    “Ao invés de soltar afirmações nonsense quando acha que está por cima, fugir quando não sabe responder argumentos e jogar com termos que não conhece, que tal debater?”

    Ao invés de soltar afirmações nonsense quando acha que está por cima, fugir quando não sabe responder argumentos e jogar com termos que não conhece, que tal debater? (isso é a resposta, caso não tenha entendido.)

    “Só na minha paróquia, houve duas tragédias recentes: um acidente de carro que vitimou um rapaz de 22 anos e uma esposa jovem que morreu quase sem explicação, no hospital, deixando marido, um filho de 2 anos e uma menina aos 7 meses de gravidez, que passou por uma cesária bem-sucedida (até agora). Não posso dizer se são “doutrinados” ou não, ou se têm uma “compreensão dogmática” do evento, seja lá o que isso for. O fato é que não culparam Deus pelo ocorrido, muito pelo contrário. Se este é seu ponto, não procede (como explico abaixo).”

    O fato de não culparem Deus pelo ocorrido só corrobora minha argumentação, já que só “culpam” Deus pelo que acontece de bom! Você sequer LEU E PENSOU?

    “O que você quer dizer com isso? Mais instrução os faria culpar Deus pelas desgraças e deixar de acreditar em milagres?”

    Se você quer afirmar que TUDO vem de Deus, as coisas boas e ruins vem Dele. Se querem “acreditar” em milagres, que “acreditem” também na ira de Deus quando algo de ruim acontece. Não é tudo VONTADE DELE?
    Explicando, pois já vi que você é limitado, atribuir conceitos positivos a Deus quando algo de estranho acontece é tão fácil quanto atribuir conceitos negativos a Deus quando algo de mal acontece. É coisa de crente tosco e de ateu malvado. Pena que o Ratzinger faz…

    “Instrução não significa ceticismo, falta de religiosidade ou propensão a blasfemar, a não ser na sua cabeça.”

    De fato. Ceticismo faz parte de uma instrução que leva à liberdade, ao livre-pensar. O oposto leva ao conformismo, à ausência de pensamento e à assimilação do que lhe entregam para ingerir.
    Religiosidade não depende da falta de ceticismo. Blasfêmia só existe dentro de seus paradigmas.

    “Até Einstein te contraria.”

    Essa foi a pior. Apelo à autoridade pífia! Qual o quesito do Einstein? Ele era sociólogo? Antropólogo? Teólogo? Ele era um FÍSICO, imbecil!
    Ok, vou refutar seu argumento porque a dona Maria, minha VIZINHA (Oh, Yeah!) diz que você está errado! Ponto. Ela sabe de tudo…
    Como disse antes, às vezes me arrependo do elogio que fiz ao Jorge uma vez sobre a qualidade dos debatedores…

    “Falácia sua, só se for.”

    A falácia era sua, por afirmar que eu não sei o que é religião, como se isso fosse argumento. Enumere os motivos pelos quais pensa isso ou cale-se.
    Cuidado que vai tomar o lugar do Carlos como Capitão Falácia!

    “E eu pergunto: com base em quê você afirma isso?”

    Simples. Vamos fazer um joguinho? Acho que no seu nível intelectual é mais fácil acompanhar a discussão assim!
    Vamos procurar declarações oficiais de membros do alto clero, incluindo o seu pa-pa.
    Você tem que achar UMA declaração atribuindo uma desgraça a Deus.
    Eu tenho que achar CINQUENTA declarações atribuindo coisas boas a Deus.
    Garanto que eu ganho.

    “Por outro lado, os casos da menina anencéfala Marcela de Jesus, do membro da família imperial que morreu no desastre do Airbus, e do que citei na minha paróquia, só como exemplo, e respectivas declarações religiosas dos parentes envolvidos, te contradizem frontalmente.”

    O “caso da menina anencéfala” não me contradiz. A declaração oficial da imprensa do parente do sujeito não me contradiz, pois ele não é do clero. As declarações feitas a você não me contradizem, pois foram feitas a… VOCÊ?

    “Aí é problema seu e não vem ao caso. A questão é que você não pode atribuir ao catolicismo algo que ele não afirma e atacá-lo por isso.”

    Não o fiz. Quem afirma que coisas boas são milagres e coisas ruins são (girar de polegares) é o SEU PAPA, OS SEUS BISPOS, OS SEUS PADRES.

    “Mas não se preocupe: apesar de ser de uma burrice imensa e um desprezo total pelo bom senso alheio, Dawkins faz a mesma coisa. E ganha dinheiro com isso.”

    E o que eu tenho a ver com o Dawkins? Sou parente dele e não sei? Vá pentear macacos!

  19. Mallmal,

    Ao invés perder meu tempo respondendo esse comentário hipócrita, cheio declarações ad hominem (“imbecil”, alusões a “nível intelectual baixo” etc.), eu vou simplificar:

    A) Você disse que ninguém quis responder seus argumentos. Mas há pessoas aqui (e em outros lugares) respondendo a seus argumentos. Então, o que você disse é falso.

    B) Obviamente, haver contra-argumentação lá e não haver aqui é non sequitur. Não é esse o caso. Essa reclamação sobre a falta de argumentação foi apenas um espantalho levantado por você. O caso é que você alegou que as pessoas só reclamam, logo elas não querem debater; você, ao contrário, apresenta os argumentos, logo quer debater. Essa alegação é falsa. Você não apresenta argumentos e desvia do assunto, tanto aqui, quanto em outros posts. Aí não há non sequitur.

    C) Não invoquei Einstein como autoridade, mas apenas uma citação famosa dele (que imaginei que você lembraria): “Algum estudo nos afasta da religião, muito estudo nos aproxima dela”. Se ele, um FÍSICO, logo alguém fora da área religiosa, reconhece que o estudo (uso das faculdades racionais) mais aproxima do que afasta da religiosidade, você, como bom cético, há de questionar o seu dogma da oposição entre razão (e ceticismo) e fé.

    Quanto a desafios de meia tigela, dispenso. Típico de quem nem sabe o que diz a Bíblia. A fé católica, em seus principais documentos (Bíblia — pelo menos o Livro de Jó inteiro, p.ex.; catecismo) está repleta de afirmações de que Deus é responsável por todos os eventos, “bons” ou “maus”. E assim acredita a maioria esmagadora dos católicos. E assim assume o Papa em qualquer declaração sobre qualquer tragédia. Por isso, seu ponto inicial de “só se vê os católicos assobiando, olhando pra cima e girando os polegares” quando algo negativo acontece é totalmente falso. Não há respaldo nem na fé, nem na doutrina, nem nos atos dos católicos.

    Mas você insiste em dizer que o catolicismo não é assim:

    Quem afirma que coisas boas são milagres e coisas ruins são (girar de polegares) é o SEU PAPA, OS SEUS BISPOS, OS SEUS PADRES.

    Se você continua monotônico, sou obrigado a repetir: ao afirmar que o catolicismo prega algo que não prega, só posso inferir que você não conhece o catolicismo, logo não pode criticá-lo por aquilo que não diz. O resto é divagação sua.

  20. Ah, só um comentário sobre esta frase, achei interessante:

    Ceticismo faz parte de uma instrução que leva à liberdade, ao livre-pensar. O oposto leva ao conformismo, à ausência de pensamento e à assimilação do que lhe entregam para ingerir.

    Grifei o “leva” porque sugere que, no limite, o ceticismo traz a liberdade plena. Isso é puro wishful-thinking. No limite, o ceticismo traz a pior das escravidões: a da dúvida absoluta.

  21. Mallmal,

    Sim, podemos estar mais próximos do que aparentam nossos embates. Ratzinger – indubitavelmente um dos maiores intelectuais contemporâneos – afirma em uma obra sua do início dos anos 60 (Introdução ao Cristianismo) que a dúvida é o ponto de encontro entre os crentes e os não-crentes (honestos). Apenas parece-me razoável que sua (Mallmal) dúvida se estenda sobre a metodologia que aceita como parâmetro para o conhecimento do real, isto é, a verificabilidade factual pode não ser o único critério gnoseológico do homem.

  22. ainda Mallmal,

    Não sei exatamente o que você entende por livre-pensador, mas prefiro definir-me como alguém que tenta a todo instante estar consciente da própria ignorância e não me conformar com ela.

    Não conheço esse Daniel Sottomaior e nem sei o que é o Atea, mas quanto ao “mico” do Papa penso que você deveria não se prender às interpretações da mídia “politicamente correta” e, se quiser, pode ver que o Papa não erra ao defender a moral católica como eficaz no combate à transmissão da aids via sexual.

    Aliás, sobre esse tema quem realmente “pagou um mico” total foi a imprensa e certos organismos da ONU que açodadamente sairam atacando o Papa e foram contestados por um dos maiores (talvez o mais conceituado) especialista em epidiomologia da aids no mundo, como mostra o artigo do Washington Post que o Jorge trouxe aqui: https://www.deuslovult.org//2009/05/28/o-papa-pode-estar-certo-edward-c-green/

    Mas isso é off-topic…

  23. Ahh… Mallmal,

    E eu estaria sendo injusto em não reconhecer-lhe a razão ao atribuir ao fanatismo a incapacidade da dúvida (que é bem diferente do ceticismo ou da descrença).

  24. Lamp,

    “Ratzinger – indubitavelmente um dos maiores intelectuais contemporâneos – afirma em uma obra sua do início dos anos 60 (Introdução ao Cristianismo) que a dúvida é o ponto de encontro entre os crentes e os não-crentes (honestos).

    Concordo, desde que o que há entre parênteses estenda-se a abas as partes citadas.

    “Apenas parece-me razoável que sua (Mallmal) dúvida se estenda sobre a metodologia que aceita como parâmetro para o conhecimento do real, isto é, a verificabilidade factual pode não ser o único critério gnoseológico do homem.”

    Ótimo. Concordo com você. Mas devemos confiar mais em “revelações” – que há dezenas delas de todos os credos e etnias, todas discordantes – ou em fatos verificáveis por qualquer um?

    Não digo que seja o único critério, mas o considero o melhor dentro de nossas limitações.

  25. Lamp,

    “Não sei exatamente o que você entende por livre-pensador, mas prefiro definir-me como alguém que tenta a todo instante estar consciente da própria ignorância e não me conformar com ela.”

    Exato.

    “Não conheço esse Daniel Sottomaior e nem sei o que é o Atea, mas quanto ao “mico” do Papa penso que você deveria não se prender às interpretações da mídia “politicamente correta” e, se quiser, pode ver que o Papa não erra ao defender a moral católica como eficaz no combate à transmissão da aids via sexual.”

    Cara, a mídia “P.C.” é a que está do SEU lado (leia-se do lado dos católicos). O papa erra redondamente ao condenar o preservativo, especialmente porque o preservativo não só evita AIDS como evita gestações indesejadas (agora virou off-topic de vez!!! hehehehe).

    “Aliás, sobre esse tema quem realmente “pagou um mico” total foi a imprensa e certos organismos da ONU que açodadamente sairam atacando o Papa e foram contestados por um dos maiores (talvez o mais conceituado) especialista em epidiomologia da aids no mundo, como mostra o artigo do Washington Post que o Jorge trouxe aqui: https://www.deuslovult.org//2009/05/28/o-papa-pode-estar-certo-edward-c-green/

    Ahan! Não é porque ele exerce um cargo de diretoria em uma organização respeitada que toda afirmação sua seja justificada ou científica. Quero ver UNZINHO estudo científico que mostre que utilizar preservativos não diminui a transmissão de AIDS. O que ele disse é que a POLÍTICA de incentivo ao uso de preservativos *na África* foi inferior à POLÍTICA de incentivo à monogamia. (com base em QUÊ eu não sei, mas) Oras, a África é um dos maiores objetivos de conquista e expansão da ICAR agora que ela perdeu severo terreno no resto do mundo e não vê via de entrada no Oriente. Faz completo sentido que o incentivo à monogamia icariana leve a menor transmissão de HIV que o uso de condom. Isso contudo, não prova que o condom permite a passagem do vírus nem que sexo desprotegido seja tão nocivo quanto sexo protegido. É puro blá-blá-blá.

    Mas isso é off-topic…”

    AHAN!

  26. Porque será que a mídia “politicamente correta” não noticia isso com o mesmo espaço dos que criticaram a fala papal???

  27. mallmal, tome o cha do santo daime, e depois fale nesse seu blog ridiculo sobre nosso grandioso Deus, se conseguir pois vc vai levar uma surra do divino .Seu ego é podre e vc se acha o senhor do raciocinio, do logico, sendo que o logico disso tudo é que vc vai precisar de um milagre um dia na tua vida seca, e é a hora que vc vai procurar por Deus e ele como é infinitamente bom atendera seu pedido, daí vc ficara pequenino diante da grandeza de Deus, e o minimo que vc devera fazer para reparar sua covardia é assumir que és um tolo e imbecil.

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