[O]s fiéis leigos devem empenhar-se em exprimir na realidade, inclusive através do empenho político, a visão antropológica cristã e a doutrina social da Igreja. Diversamente, os sacerdotes devem permanecer afastados de um engajamento pessoal na política, a fim de favorecerem a unidade e a comunhão de todos os fiéis e assim poderem ser uma referência para todos. É importante fazer crescer esta consciência nos sacerdotes, religiosos e fiéis leigos, encorajando e vigiando para que cada um possa sentir-se motivado a agir segundo o seu próprio estado.
O aprofundamento harmônico, correto e claro da relação entre sacerdócio comum e ministerial constitui atualmente um dos pontos mais delicados do ser e da vida da Igreja. É que o número exíguo de presbíteros poderia levar as comunidades a resignarem-se a esta carência, talvez consolando-se com o fato de a mesma evidenciar melhor o papel dos fiéis leigos. Mas, não é a falta de presbíteros que justifica uma participação mais ativa e numerosa dos leigos. Na realidade, quanto mais os fiéis se tornam conscientes das suas responsabilidades na Igreja, tanto mais sobressaem a identidade específica e o papel insubstituível do sacerdote como pastor do conjunto da comunidade, como testemunha da autenticidade da fé e dispensador, em nome de Cristo-Cabeça, dos mistérios da salvação.
Ad Limina dos Bispos do Brasil – Regional Nordeste 2,
17 de setembro de 2009,
Papa Bento XVI
Terça-feira, 22 de Setembro de 2009
É a esta Cnbb que devo seguir tudo o que dizem e ensinam?
É a esta Cnbb que devo seguir tudo o que dizem e ensinam?
Caríssimos,
Sempre gosto de dar uma olhada no site da Cnbb para ver o que os Bispos brasileiros andam fazendo, falando e ensinando por aí.
E encontrei um artigo que chamou minha atenção. O artigo é da autoria do já conhecido Dom Pedro Casaldáliga – Bispo emérito da Prelazia de São Félix do Araguaia. Vejam:
Carta Circular de Dom Pedro Casaldáliga
Terça-feira, 2 de Junho de 2009-09-21
Como Igreja queremos viver, à luz do Evangelho, a paixão obsessiva de Jesus, o Reino. Queremos ser Igreja da opção pelos pobres, comunidade ecumênica e macroecumênica também. O Deus em que acreditamos, o Abbá de Jesus, não pode ser de jeito nenhum causa de fundamentalismos, de exclusões, de inclusões absorventes, de orgulho proselitista. Chega de fazermos do nosso Deus o único Deus verdadeiro. “Meu Deus, me deixa ver a Deus?”. Com todo respeito pela opinião do Papa Bento XVI, o diálogo inter-religioso não somente é possível, é necessário. Faremos da corresponsabilidade eclesial a expressão legítima de uma fé adulta.
Exigiremos, corrigindo séculos de discriminação, a plena igualdade da
mulher na vida e nos ministérios da Igreja. Estimularemos a liberdade
e o serviço reconhecido de nossos teólogos e teólogas. A Igreja será
uma rede de comunidades orantes, servidoras, proféticas, testemunhas
da Boa Nova: uma Boa Nova de vida, de liberdade, de comunhão feliz.
Uma Boa Nova de misericórdia, de acolhida, de perdão, de ternura,
samaritana à beira de todos os caminhos da Humanidade. Seguiremos
fazendo que se viva na prática eclesial a advertência de Jesus: “Não
será assim entre vocês” (Mt 21, 26). Seja a autoridade serviço. O
Vaticano deixará de ser Estado e o Papa não será mais chefe de Estado.
A Cúria terá de ser profundamente reformada e as Igrejas locais
cultivarão a inculturação do Evangelho e a ministerialidade
compartilhada. A Igreja se comprometerá, sem medo, sem evasões, com as
grandes causas de justiça e da paz, dos direitos humanos e da
igualdade reconhecida de todos os povos. Será profecia de anuncio, de
denúncia, de consolação. A política vivida por todos os cristãos e
cristãs será aquela “expressão mais alta do amor fraterno” (Pio XI ).
Nós nos negamos a renunciar a estes sonhos quando possam parecer
quimera. “Ainda cantamos, ainda sonhamos”. Nós nos atemos à palavra de
Jesus: “Fogo vim trazer à Terra; e que mais posso querer senão que
arda” (Lc 12, 49). Com humildade e coragem, no seguimento de Jesus,
tentaremos viver estes sonhos no dia a dia de nossas vidas. Seguirá
havendo crises e a Humanidade, com suas religiões e suas Igrejas,
seguirá sendo santa e pecadora. Mas não faltarão as campanhas
universais de solidariedade, os Foros Sociais, as Vias Campesinas, os
movimentos populares, as conquistas dos Sem Terra, os pactos
ecológicos, os caminhos alternativos da Nossa América, as Comunidades
Eclesiais de Base, os processos de reconsiliação entre o Shalom e o
Salam, as vitórias indígenas e afro y, em todo o caso, mais uma vez e
sempre, “eu me atenho ao dito: a Esperança”.
Cada um e cada uma a quem possa chegar esta circular fraterna, em
comunhão de fé religiosa ou de paixão humana, receba um abraço do
tamanho destes sonhos. Os velhos ainda temos visões, diz a Bíblia (Jl
3,1). Li nestes dias esta definição: “A velhice é uma espécie de
postguerra”; não precisamente de claudicação. O Parkinson é apenas um
percalço do caminho e seguimos Reino adentro.
DOM PEDRO CASALDÁLIGA
BISPO EMÉRITO DA PRELAZIA DE SÃO FÉLIX DO ARAGUAIA
CIRCULAR 2009
Alguns trechos desta carta merecem uma atenção especial:
“Queremos ser Igreja da opção pelos pobres, comunidade ecumênica e macroecumênica também”.
Sempre que vejo ou ouço a expressão “Queremos ser Igreja da opção pelos pobres…”, sinto um arrepio na espinha. Não que eu seja contra o olhar da Igreja pelos pobres, mas que geralmente tal expressão é apenas uma introdução para uma enxurrada de teologia da libertação que vem pela frente. No entanto tem algo mais arrepiante ainda: “Comunidade ecumênica e macroecumênica também”. Ao longo do texto vocês entenderão esse “ecumenismo” defendido pelo Bispo (que há tempos já não é mistério para ninguém).
Chega de fazermos do nosso Deus o único Deus verdadeiro. “Meu Deus, me deixa ver a Deus?”.
Chega de fazermos do nosso Deus o único Deus verdadeiro? E existe outro Deus? E o que devo fazer? Talvez ele tenha tido por intenção falar que Deus não pode ser causa de exclusão, causa para não “enxergamos a Deus”, mas se observarem o próximo trecho verão o que verdadeiramente está por trás dessas palavras…
“Com todo respeito pela opinião do Papa Bento XVI, o diálogo inter-religioso não somente é possível, é necessário. Faremos da corresponsabilidade eclesial a expressão legítima de uma fé adulta (…)”.
Vejam meus amigos, ele primeiramente diz que não podemos mais fazer de nosso Deus o único Deus verdadeiro e depois diz que o diálogo inter-religioso não somente é possível, é necessário (com destaque para o “com todo respeito pela opinião do Papa Bento XVI”). Fica claro aqui o apoio ao pseudo-ecumenismo, onde meu Deus não pode ser o único verdadeiro, preciso olhar para o Deus daquele separado do corpo místico do próprio Deus. Mas, se você é neoconservador (acho que nem eles são trouxas o bastante) e como conseqüência, cético em acreditar que a Cnnb diga besteiras, se você acha que eles em sua maioria são o grande exemplo da ortodoxia brasileira e se acha que o Papai Noel é quem preenche suas meias com presentes no natal, vejam o que vem a seguir para não dizer que é tudo malícia desse mero e miserável leigo que vos escreve…
“Exigiremos, corrigindo séculos de discriminação, a plena igualdade da mulher na vida e nos ministérios da Igreja”.
Prestem atenção nesse trecho acima! Teria a Igreja exercido séculos de discriminação com a mulher? A Igreja errou durante todos esses séculos “não dando plena igualdade à mulher dentro da Igreja?” O que seria essa plena igualdade? Seriam estas cenas que temos visto onde meninas têm tomado os altares? Ou pior, seria a ordenação feminina? Antes de maiores observações vejamos o que ainda é dito:
A Igreja será uma rede de comunidades orantes, servidoras, proféticas, testemunhas da Boa Nova: uma Boa Nova de vida, de liberdade, de comunhão feliz.
A Igreja “exerceu” plenamente durante todos estes séculos a tradição, sem “o moderno”, só pelo “de sempre”, só pelo que é eterno. Durante todo esse período a Igreja evangelizou, pegue como referencia a idade média, onde nunca se viu o florescer de tanta santidade, isso sem musiquetas, sem inovações, sem aproximação com hereges, seguindo o que sempre foi ensinado conforme instrui São Vicente de Lerins guardião da valorosa tradição: “Nenhuma novidade, mas só o que tem sido transmitido”.(1) Mas, o que é dito por D. Pedro Casaldáliga é o contrário, segundo sua lógica (bem marxista, diga-se de passagem) a Igreja oprimiu as mulheres e restringiu a liberdade, mas agora com a “liberdade moderna” (a qual prefiro chamar de anarquia) a Igreja SERÁ (será?): “uma rede de comunidades orantes, (será no estilo G12?) servidoras, proféticas, testemunhas da Boa Nova”.
Alguém ainda tem alguma dúvida que as palavras do Bispo estão recheadas pela TL? Melhos dizer: Alguém já teve alguma dúvida? Então leiam a “profecia” feita por D. Pedro:
O Vaticano deixará de ser Estado e o Papa não será mais chefe de Estado. A Cúria terá de ser profundamente reformada e as Igrejas locais cultivarão a inculturação do Evangelho e a ministerialidade compartilhada. A Igreja se comprometerá, sem medo, sem evasões, com as grandes causas de justiça e da paz, dos direitos humanos e da igualdade reconhecida de todos os povos. Será profecia de anuncio, de denúncia, de consolação… . Seguirá havendo crises e a Humanidade, com suas religiões e suas Igrejas,seguirá sendo santa e pecadora. Mas não faltarão as campanhas universais de solidariedade, os Foros Sociais, as Vias Campesinas, os movimentos populares, as conquistas dos Sem Terra, os pactos ecológicos, os caminhos alternativos da Nossa América, as Comunidades Eclesiais de Base, os processos de reconsiliação entre o Shalom e o Salam, as vitórias indígenas e afro y, em todo o caso, mais uma vez e sempre, “eu me atenho ao dito: a Esperança”.
Preciso dizer mais alguma coisa? Acho que as palavras acima falam por si só!
E é a esta Cnbb que devo seguir cegamente? É a esta que negando me torno um cismático? É a esses que profetizam a vitória dos “sem terras” que devo estar em comunhão.
Pois bem, para responder essas perguntas… com a palavra: São Vicente de Lerins!
Qual deverá ser a conduta de um cristão católico, se alguma pequena parte da Igreja se separa da comunhão na Fé universal?
– Não cabe dúvida de que deverá antepor a saúde do corpo inteiro a ummembro podre e contagioso.
Mas, e se for uma novidade herética que não está limitada a um pequeno grupo, mas que ameaça contagiar à Igreja toda?
– Em tal caso, o cristão deverá fazer todo o possível para agarrar-se à antiguidade, a qual não pode evidentemente ser alterada por nenhuma nova mentira.
E se surge uma nova opinião acerca da qual nada tenha sido ainda definido?
– Então indagará e confrontará as opiniões de nossos maiores, mas somente daqueles que sempre permaneceram na comunhão e na fé da única Igreja Católica e vieram a ser mestres provados da mesma. Tudo o que ache que, não por um ou dois somente, mas por todos juntos de pleno acordo, tenha sido mantido, escrito e ensinado abertamente, freqüente e constantemente, sabe que ele também pode crer sem vacilação alguma. (2)
As palavras do grande guardião da tradição são claras quanto à postura de resistência que devemos ter diante das novidades profanas, mesmo que estas venham diretamente da hierarquia eclesiástica.
Que São Vicente de Lerins interceda pela Igreja no Brasil.
Jefferson Nóbrega
Pax et Bonvs.
http://praelio.blogspot.com/2009/09/e-esta-cnbb-que-devo-seguir-tudo-o-que.html
D. Pedro Casaldaliga há muito tempo tá merecendo uma boa chicotada sustenta. Essa frase ´´Chega de fazermos do nosso Deus o único Deus verdadeiro´´, é a simbologia máxima da alienação que a TL impõe à Igreja e que até indiretamente a maioria dos Bispos do Brasil são influenciados. É por causa dessa alienação imbecil que muita gente deixa de evengelizar e defender a Igreja, e a verdade que é Cristo. É por isso que a maioria dos catecismos, cursos de Crisma e de noivos são uma porcaria, mantém os Cristãos burros e ignorantes em relação à nossa fé. Aí depois esses mesmos caras de pau da TL aparecem na mídia defendendo legalização de abortamento, contracepção artificial, cotas universitárias, bolsa família, com o pretexto que o povo cristão é ignorante demais para seguir o que a Igreja ensina. Ou seja, essas almas sebosas promovem a alienação e ignorância do povo, e ao mesmo tempo discordam do que a Igreja ensina pelo fato de o povo ser ignorante. Concluímos com isso que os TL querem destruir a Igreja. Se eu pudesse, jogava esses TL tudo na fogueira e mandava o diabo carregar. Como Deus é infinitamente misericordioso, e nós devemos imitar a Cristo, me limito a rezar pela conversão dessas almas heréticas.
Embora não esteja tão esperançoso, espero que o nosso Santo Padre consiga acordar alguns de nossos bispos do Brasil pra Jesus. Para que acabe esse pseudo-ecumenismo anti-evangelizador nas dioceses.
Opinião de um não-católico que assiste “de fora”: lendo essas declarações de Dom Pedro Casaldáliga NA MINHA OPINIÃO pensaria até que ele quer fundar uma nova igreja… não dá essa impressão a vocês???
Alien, há muito tempo os teologos dda liberação fundaram uma ”Nova igreja”… A igreja popular.
Esses hipocritas libertários aproveitam que há muito tempo a Santa Doutrina Católica de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo não é ensinada nas escolas; instituições e até mesmo nas Igrejas, então eles fazem os católicos mal-informados acharem que esses malditos teologos da libertação falam em nome da Santa Igreja Católica.
Para piorar a situação ainda aparecem os carismáticos pentecostalôides que criaram o ”católico coração de melão”.
É, Alien.
Isso é bem evidente nas frases relativistas de D. Pedro Casaldáliga.
Só espero que Deus tenha misericórdia do Brasil, terra tão afetada pelos males da Teologia da Libertação.
Everth,
VC disse: “Só espero que Deus tenha misericórdia do Brasil, terra tão afetada pelos males da Teologia da Libertação.”
Concordando e completando: não só a TL como a famigerada e destruidora da fé católica, Renovação Carismática Católica. Agora sim.
E o pior é a CNBB publicar isso.
Casaldaglia já errou feio ao aderir à TL há tempos.
A CNBB publicar isses dogmas de religião civil e, consquentemente, heresias, é o “ó do borogodó”.
Correção: onde se lê CNBB, leia-se CNB do B.
Dom Pedro deveria ter a honestidade ,a ombridade de assumir que não é mais católico.É claro q ele é marxista.
É evidente que ele apenas usa as estruturas da Igreja para poder se fazer ouvir.
Agora a CNBB…A CNBB é uma tristesa.É revoltante o que essa CNBB faz.
Maldita CNBB (Como Nós [e o PT] Bagunçamos o Brasil)!
Voces estão é ultrapassados. Caiam na real, saiam da idade média.
Messias disse: “Correção: onde se lê CNBB, leia-se CNB do B.”
Você errou feio meu caro. É Comite Nacional dos Bispos do Brasil!
Falta mão de ferro! A igreja(sic) de hoje passa a mão na cabeça até do demônio!
“Mas, não é a falta de presbíteros que justifica uma participação mais ativa e numerosa dos leigos.”
Fantástico!!!!
Mais uma ‘tapinha’ corretivo de nosso Santo Padre.
Vida longa ao Santo Padre Bento XVI…
Abraços e até mais ‘ver’.
André Víctor
Andre,
Realmente e “Fantastico”!!!
Tapinhas corretivos nao adiantam nada, o que vale e ordens que obrigam,punicoes,expulsoes,excomunhoes…proclamacoes!
Vida longa ao Santo Padre Bento XVI!
Mas com socos e pontapes.