Há uns quatro meses, eu escrevi aqui sobre a ordenação episcopal do bispo de São Gabriel da Cachoeira. Estarrecido diante da cerimônia na qual Dom Edson Damian foi ordenado, eu comentei: “Para afastar os maus espíritos, Sua Excelência parece preferir o Yaigê às orações católicas; para ser coroado no dia de sua sagração, Sua Excelência parece preferir um cocar indígena a uma mitra católica. Parece preferir o paganismo ao Evangelho”.
Temo ter estado certo. Em recente reportagem do Jornal Nacional, Dom Damian foi capaz de fazer a seguinte afirmação: “São os índios que estão vivendo como viviam os primeiros cristãos que tinham tudo em comum, nós é que temos que nos converter a eles”. O vídeo está gravado (tem no link), e foi transmitido em cadeia nacional. Vergonha, escândalo: então um bispo católico tem a capacidade de afirmar publicamente que nós devemos nos converter ao paganismo!
E, então, estas tosquíssimas e estapafúrdias declarações de um Sucessor dos Apóstolos são utilizadas para embasar o resto das baboseiras veiculadas na reportagem. “Deus é a natureza, são as árvores, a própria caça, a própria pescaria”, fala um índio ex-padre. “A ideia de que há almas pagãs vagando na floresta e de que elas precisam ser salvas a qualquer custo já não é mais aceita pela direção da Igreja. […] [O novo bispo] veio disposto a rever o conceito de conversão”.
O conceito de “conversão” não pode ser revisto. Simplesmente não pode significar outra coisa que não o abandono dos erros e a aceitação da Fé Católica, a Fé Verdadeira, sem a qual é impossível agradar a Deus e se salvar. Sim, provavelmente ainda há almas pagãs vagando na floresta e, sim, elas precisam ser salvas, porque foi por elas que Nosso Senhor derramou o Seu Divino Sangue na Cruz do Calvário. Que o mundo não saiba dessas coisas, é compreensível. Agora, que não as saiba um bispo católico, sucessor dos Apóstolos, colocado pela Igreja para tomar conta da porção do povo de Deus a ele confiada, é estarrecedor. O que ele dirá, quando o Justo Juiz for lhe pedir contas das almas que foram deixadas sob os seus cuidados?
“Durante quase um século os ritos romanos da igreja tomaram o lugar dos mitos ancestrais” – é o que diz a reportagem. E é o mais frustrante: então a Cruz de Cristo imperou sobre o paganismo durante quase um século e, hoje, todo o trabalho realizado às custas das vidas de tantos bons e zelosos missionários foi lançado por terra. Acho que já falei aqui sobre o obelisco que tem no centro da Praça de São Pedro, e sobre o motivo que me faz gostar sobremaneira dele. É um símbolo pagão, sem dúvidas, mas faz as vezes de despojos de guerra: foi exorcizado, foi colocado diante da Basílica de São Pedro, no alto dele foi colocada uma cruz com relíquias da Cruz de Nosso Senhor e, na base, foi escrito: vicit Leo de tribu Iuda. Venceu o Leão da Tribo de Judá. Venceu a Cruz de Nosso Senhor. Venceu a Igreja Católica. E o paganismo foi derrotado, e está aos pés da Cruz: é o que diz o obelisco da Praça de São Pedro.
Isso, em Roma. Porque aqui, no Brasil, no interior do Amazonas, o paganismo escarnece da Cruz de Cristo. Sob as bênçãos de um sucessor dos Apóstolos de mitra e cajado, ou de cocar e lança, não o sei. Sei que é tremendamente frustrante. Se, em Roma, a Cruz de Nosso Senhor levanta-se acima do obelisco pagão, aqui, em terras tupiniquins, o cocar pagão ergue-se garboso sobre a cabeça de um bispo da Igreja Católica. Que o Deus Altíssimo tenha misericórdia de todos nós.
Essa é outra falácia, baseada em mentira. Os católicos não acreditam que Jesus revogou a lei antiga:
Não julgueis que vim abolir a lei ou os profetas. Não vim para os abolir, mas sim para levá-los à perfeição. Pois em verdade vos digo: passará o céu e a terra, antes que desapareça um jota, um traço da lei. Aquele que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e ensinar assim aos homens, será declarado o menor no Reino dos céus. Mas aquele que os guardar e os ensinar será declarado grande no Reino dos céus. (Mt 5,17-19)
Jesus não revogou nenhuma lei, mas a aperfeiçoou. Sendo bem didático: os antigos, com o tempo, passaram a acreditar que fazer altares e taças de ouro era o mais importante. Jesus veio e disse que o mais importante é o mandamento duplo do amor. Isso dá para entender pela Escritura.
Ele não veio e disse que altares de ouro são maus. Isso não dá para entender pela Escritura.
O material é totalmente desimportante. Quer ver? Adianta ter altares ricos e desrespeitar os mandamentos (ou seja, esquecer Deus)? Não. Adianta ter altares pobres e desrespeitar os mandamentos? Também não. O que vale é respeitar os mandamentos, tendo coisas ricas ou pobres, em louvor a Deus e não esquecê-Lo.
De outra forma, pra não restar dúvida: se a parte material não é importante, pouco importa se é com riqueza ou não. Ela pode tanto ser rica quanto pobre, que uma coisa não tira o valor da outra.
Entendeu ou quer que eu desenhe?
Eurípedes,
Você se esqueceu da frase que fecha minha citação:
“É fácil “pescar” passagens da Bíblia para dizer o que eu quero, e não o que Deus quer.”
Se alguém usa a Escritura para dizer o que quer — defendendo a riqueza ou a pobreza, o azul ou o amarelo — e não o que a Escritura quer, comete um erro grave.
Ao vir humilde, Jesus não condenou a riqueza. Ele condenou o apego, a opulência, a ganância. Nisso concordo com você.
Mas é preciso tomar cuidado para não cair na seguinte lógica: ‘A’ é louvado, então ‘não A’ é condenado. Se a humildade é louvada e a escolha preferencial do Evangelho é pela pobreza, não significa que o rico é condenado e o que tem valor material não presta. Esse pensamento é gnóstico e herético porque, com a desculpa de se ater à essência do Evangelho, faz é se afastar dela, pois a medida das coisas vira a matéria, e não o amor, contrariando frontalmente o Evangelho.
Quem pensa assim hoje só vê o Evangelho nos confins do mundo e da pobreza, e não no irmão abastado que às vezes mora ao lado. Isso não é evangélico. Não me admiraria se tais pessoas criticassem Nosso Senhor por escolher o cobrador de impostos Mateus — que equivaleria a um político corrupto, rico e opulento nos dias de hoje — como Seu apóstolo. Pois mediriam os méritos de Mateus pelo que tivesse, não pelo que fosse.
“Portanto quem se envergonhar da condição de simples e humilde, se envergonhará do próprio Jesus, o Filho amado de Deus, o Cristo.”
Portanto, e por tudo que eu disse, não ver o mau na riqueza pura e simplesmente não significa “se envergonhar da condição de simples e humilde”.
Paz e bem.
PedroM,
“Em relação às coisas materiais, Cristo prega o desapego, não a pobreza ou a riqueza. É óbvio que é mais fácil ser desapegado pobre do que rico. Mas não significa que a riqueza em si seja má.”
Cadê o “desapego” dos católicos? Cadê o “desapego” do Vaticano?
Voltando às escrituras, seu Deus disse que é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha que um rico entrar no reino dos Céus…
OU SEJA, seu Deus disse que é melhor ser pobre.
Não estou praticando qualquer falácia aqui. Seu Deus disse: Ricos dificilmente entram no reino dos Céus.
Por que motivo deve um católico buscar a riqueza, portanto?
Por que motivo a Santa Sé deve ser uma empresa multimilionária?
João de Barros,
“Portanto, um juiz do STF, por exemplo, no exercício de suas funções, deve vestir-se proporcionalmente ao cargo em que foi investido já que o cargo não é dele e sim da res-pública.”
Não vejo juízes do STF utilizando martelos de ouro (e sim, de madeira) e nem vestes bordadas que custam horrores.
Eles usam FERRAMENTAS SIMPLES para demonstrar sua posição. Madeira, vestes pretas.
Não sei de onde você tirou que o preço de uma vestimenta é sinônimo de sua “importância”.
Jalecos de médicos custam R$ 50,00, ou menos. Eles deveriam ser feitos de OURO e RUBIS?
E do Titular da Faculdade?
E do Reitor da Universidade?
O Lula é presidente do país. Teoricamente, ele recebe uma ajuda de custo que não lhe permite se cobrir de ouro e pedrarias.
Perceba que esse DINHEIRISMO acontece tão-somente no Catolicismo.
“Não entendi o que você perguntou sobre o cilício, os fins e os meios. Os fins justificam os meios? Às vezes sim, às vezes não. Qual é a dúvida?”
Usar o cilício é suficiente para a ostentação nababesca e desnecessária de um papa?
“a imensa maioria dos padres tem padrão de vida de classe média baixa”
Discordo. A imensa maioria dos padres tem casa “própria”, veículo “próprio” e não se preocupa com as contas. Isso está beeeeeeeeem distante da “classe média baixa”, a não que moremos na Suécia, claro.
“Quando andam de carro “novinho”, se é que andam, é sempre de um modelo popular.”
Astra? Acho que preciso redefinir meu conceito de “carro popular”…
“Mas não é isso que a frase citada (”Deus é grande demais para ser entendido e expresso por uma só religião”) expressa.
É óbvio que o sentido da frase acima é o de que as religiões existentes, se misturadas, poderão então compreender a Deus. É uma apologia ao sincretismo e é simplesmente anti-católica.”
Tá, a apologia ao sincretismo é anti-católica.
Mas foi você quem disse que nenhuma religião pode entender e expressar Deus.
A ICAR não é religião?
“Organize melhor seu pensamento antes de escrever e separe-o por categorias. Pois está realmente difícil compreender o que você escreve.”
Tentarei. Acho que fui meio confuso em algumas partes. Espero ter esclarecido agora.
Jorge,
“Insisto: teu conceito de “perfeição” é exótico. Mostre-me por qual misterioso processo dedutivo chega-se à conclusão de que Deus não é perfeito considerando-se o fato (auto-evidente, axiomático) de que as coisas criadas são distintas do Criador delas.”
Entenda, Jorge, que o fato de ser “axiomático”, não o torna verdade.
Algo perfeito não pode necessitar criar algo a ele distinto!
Se o necessitasse, obviamente não seria perfeito, pois “algo” estaria faltando a ele…
“E tais existem e são utilizados. Mas a Beleza inclui materiais nobres, que são também adequados ao culto do Deus que é Belo. Aliás, Mallmal, o valor do material é via de regra decorrente da beleza dele, e não o contrário.”
Mentira, Jorge. Não vejo ornamentos baratos no Vaticano. Além disso, o valor das coisas não está associado à beleza. Dezenas de gemas coloridas (águas-marinhas, topázios, jades, etc) são mais bonitos que uma pedra transparente que pode ser imitada com vidro ou quartzo.
Apesar disso, essa pedra, que se chama diamante, é mais cara que as outras por um simples fato: É difícil E CARO obtê-la.
A pirita (“ouro-de-tolo”) é extremamente parecida com o ouro. Só que não vale tanto. Por que será? Porque é FÁCIL encontrá-la. É BARATO encontrá-la.
Por que motivo será que os ornamentos católicos não são feitos de pirita e quartzo?
“Não, não execrava. Quando eu falo que a tua exegese malassombrada não tem valor, tu bates o pé e pedes “refutações”. Que refutações são possíveis?”
Passagens bíblicas, por exemplo, enaltecendo a riqueza!
As passagens enaltecendo a pobreza são MÚLTIPLAS, tanto que foram suficientes para fundar uma vertente de sua fé, o Franciscanismo.
“Nas minhas Escrituras, o culto ao meu Deus era feito com altar de ouro (Êxodo 39,38), candelabro de ouro (Levítico 24,4), taças de ouro (Números 7,84). Nas minhas Escrituras, o templo levantado ao meu Deus era todo de ouro (I Reis 6,22). ”
Agora você se enforcou. Já que você quer ser literalista e não tomar esse “ouro” como figura metafórica, esteja preparado, também, para cumprir TODOS os ensinamentos contidos nos livros que citou, como APEDREJAR homossexuais, APEDREJAR adúlteras e, em resumo, MATAR todos os que não seguem o credo judaico.
AT é pra acabar, Jorge. Você apelou ridiculamente…
“para os católicos, tem valor a interpretação que a Igreja diz que é correta, e nenhuma outra”
Ou seja, OBEY!
Horrível isso, Jorge. Em nenhum momento o seu Cristo afirmou coisa parecida e esse tipo de doutrina só serve à perpetuação política e econômica da Igreja…
““católicos vs. a interpretação Mallmaliana das Escrituras Sagradas””
Pois é! E ambas tem o mesmo valor dentro de uma análise racional… Esse é teu calcanhar de Aquiles e é por isso que fica todo nervosinho quando chegamos a esse ponto! :)
“é motivada por um desejo de contrariar e ridicularizar o Cristianismo, simplesmente.”
Mentira! Apenas o Catolicismo. O Cristianismo é 90% interessante.
“As Escrituras Sagradas dizem isso.”
Continua no raciocínio circular… E essa parte do seu texto mostra apenas que perdeu a paciência e apelou para o ad hominem…
De qualquer modo, reescrevo: a ICAR diz que a ICAR é intérprete infalível das escrituras. A ICAR diz que as escrituras apóiam a ICAR. Onde ISSO NÃO É RACIOCÍNIO CIRCULAR?????
“Idem, idem, idem. O “pobre carpinteiro” jamais se posicionou contra a riqueza do culto a Deus.”
Mentira. Parábola do novo testamento. Camelo… Buraco de agulha… Rico…
“Não julgueis que vim abolir a lei ou os profetas. Não vim para os abolir, mas sim para levá-los à perfeição. Pois em verdade vos digo: passará o céu e a terra, antes que desapareça um jota, um traço da lei. Aquele que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e ensinar assim aos homens, será declarado o menor no Reino dos céus. Mas aquele que os guardar e os ensinar será declarado grande no Reino dos céus. ”
(frase do PedroM, valendo pro Jorge!)
Estou esperando O PAPA apedrejar um homossexual e um adúltero ou proclamar-se COMPLETO HIPÓCRITA!
Não tenho culpa de que vocês pegam um amontoado mal costurado de escritos e o chamam de fonte de saber divina…
A sua bíblia é muito feia. Eu teria vergonha. Ainda mais agora com esses brados de literalismo!
Abraços a todos!
Que a Paz esteja com vocês!
POR FAVOR JORGE, PEÇO-LHE QUE EXCLUA O POST IMEDIATAMENTE ANTERIOR, POIS ACABEI EXECUTANDO O SUBMIT SEM QUERER… ESTOU SUBSTITUINDO POR ESTE… OBRIGADO!
Caro João,
“Volto a perguntar-lhe: Se Jesus aparecesse em sua casa hoje e tivesse sede, você Lhe ofereceria água num copo de plástico ou no melhor copo de sua cristaleira?”
Não me recordo de você ter feito essa pergunta nos posts anteriores, mas vamos a ela:
O que importa para Jesus Cristo, o Nazareno, não é que o cálice seja de ouro, mas que o gesto que brota do coração seja de ouro. Portanto, somente a ação de Amor será capaz de inclusive fazer com que eu ofereça a Ele água antes mesmo que peça: “Estou com sede, dá-me água de beber”. Portanto, para Deus o que importa é que assumamos esse Espírito de Amor.
Enfim, a essência NÃO reside no fato do cálice ser de ouro, prata ou cristal, mas SIM no gesto que faz do coração, um coração de ouro. Para Deus não é relevante o valor que damos às coisas materias por suas propriedades e atributos; para Deus o valor está na beleza espiritual que brota do coração e que se faz presente no gesto de Amor.
Há uma passagem no Evangelho de Lc(7, 36-50) há dois ensinamentos em torno de um elemento central: a prática do Amor, onde um deles tem correlação direta ao
que estamos a refletir. Jesus, compara o gesto de Amor demonstrado pela mulher de má fama em contrapartida à ausência de igual gesto por parte do anfitrião, que se
preocupou primeiro em observar os pecados da mulher e não na beleza de seu gesto e que cobre uma multidão de pecados. As lágrimas, os cabelos, o perfume foram
meros coadjuntes à atitude de carinho, ao gesto de Amor de inigualável beleza e que Jesus pôs-se a contemplar.
Concluo dizendo que prefiro manifestar a Essência do que me preocupar com qual tipo de copo iria servir ao Cristo e ao próximo; e isso o faria sem distinção.
João, perceba a íntima relação que há entre o que me perguntastes e a percepção que tivestes:
“Você diz que a essência da liturgia não está nos adornos externos. Você está corretíssimo e eu concordo inteiramente.”
E por tudo o que fora dito é que digo-lhe que o louvor que Deus quer é pelo espírito e no Espírito; é isso o que verdadeiramente apraz a Deus.
“Observe que São Francisco de Assis, que certamente amava a pobreza, jamais criticou a Igreja pela solenidade litúrgica ou pelo uso de materiais nobres nos serviços divinos.”
Ótima lembrança. Na oração de São Francisco de Assis encontrarás lá a resposta sobre ele não ter criticado a Igreja. São Francisco dizia que: “O trabalho, embora humilde e simples, confere honra e respeito e sempre será um mérito ante Nosso Senhor”. Conta-se que na Igreja de São Damião, pareceu-lhe uma imagem de Cristo a dizer-lhe: -”Francisco, restaura minha casa decadente.”. Ele tomou no sentido literal as palavras e iniciou o trabalho de reforma das Igrejas; entretanto a VERDADEIRA decadência era de Espírito (a Igreja movia-se pela opulência e pela espada) e ao revestir a si próprio da Essência manifestada por Jesus Cristo, passou a imitar o Cristo e, sem perceber, constitui-se como CONTRAPONTO à Igreja decadente, ou seja, a Igreja Romana esteve para o Templo de Jerusalém, assim como Francisco de Assis esteve para Jesus de Nazaré.
Por fim, quer homenagem mais SIMPLES e ao mesmo tempo BELA que o PRESÉPIO concebido por ele? Quem foi eleito, a personalidade do II Milênio? Francisco ou os Papas de sua época?
“Por exemplo, você prefere orar num ambiente tranquilo ou num ambiente barulhento?”
Antes de respondê-la, aguardarei você responder às perguntas que fiz nos dois post imediatamente anteriores.
PedroM,
“É fácil “pescar” passagens da Bíblia para dizer o que eu quero, e não o que Deus quer.”
Todo aquele que “pesca”, “pinça”, enfim, utiliza-se de trecho de qualquer texto, seja ele bíblico ou não, fora de contexto igual ou análogo em que foi proferido, em verdade te digo que estará a dizer o que quer e NÃO o que o texto originário quer dizer; portanto estará a exercer MANIPULAÇÃO.
Trago à Luz o seguinte trecho do Evangelho, Lc(21,5-6):
“Algumas pessoas comentavam a respeito do templo, que era enfeitado com belas pedras e com ofertas votivas. Jesus disse: Admirais essas coisas? Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído”.
Jesus, o Nazareno, ao perguntar àqueles que comentavam a respeito das belas pedras e enfeites do Templo, fez dela uma interjeição, como quem diz: “São nessas coisas que colocam os seus corações?!”. Jesus claramente demonstra que não está na opulência a verdadeira relação com Deus. É o próprio Verbo encarnado que conclui: “Tudo será destruído”, mostrando àqueles a insignificância de tais coisas na relação com Deus.
Portanto, a nossa relação com Deus é em essência e verdade pelo espírito e no Espírito; agora, vou propor-lhe a seguinte reflexão:
PedroM, a sua família é somente você, seu irmão e sua Mãe. Vocês moram de aluguel. Em sua residência há um cálice feito em argila decorado maravilhosamente em pintura por sua Mãe. Vendo que na Igreja local não havia qualquer cálice em ouro, você decide alienar tudo o que tem e lhe é possível e adquirir um cálice em ouro cravejado de brilhantes para dar em oferta ao serviço do altar da Igreja. Na véspera à entrega ao serviço do Altar seu irmão adoece e a Vida dele depende da alienação do cálice em ouro recém-adquirido. Pergunta-se: você venderia o cálice em ouro para salvar a Vida de seu irmão, oferecendo no lugar o cálice em argila decorado por sua Mãe ou reteria para entregar ao Altar, fazendo com que seu irmão perdesse a Vida? Teria perante a Deus menor valor a celebração realizada com o cálice em argila, ou ganharia maior valor perante a Deus com a venda e restauração da vida de seu irmão?
Igualmente aguardo sua resposta às perguntas que fiz nos dois posts imediatamente anteriores.
Paz e Bem.
Mallmal,
E quem disse que Deus necessita criar?
Mallmal, quantas vezes tu foste no Vaticano?
E, outra coisa: a Igreja está no mundo inteiro. Não se resume ao Vaticano. Vá a uma capela de periferia próxima à tua casa, e depois continuamos.
Esta discussão sobre o valor das coisas é totalmente descabida aqui. O ouro não vale mais do que a pirita por ser caro (!), e sim porque, para ficar só no motivo mais óbvio, pirita enferruja e ouro não.
Reitero que a beleza do Templo convém ao Deus que é Belo. Como sempre foi, e como é perfeitamente razoável (dado que qualquer pessoa, quando recebe a visita de alguém importante, quer naturalmente oferecer-lhe o que tem de melhor). Deus não é hippie.
Foram citadas e tu disseste que não as aceitavas porque eram do Antigo Testamento. As passagens que têm mais a ver com o assunto discutido (porque falam precisamente do Templo e do serviço litúrgico), para ti simplesmente não servem. O que posso fazer?
Mas quer uma passagem do Novo Testamento que acaba com a exegese besta de que as igrejas devem ser feitas de taipo porque Nosso Senhor abomina a riqueza? Uma vez, Nosso Senhor estava num jantar. Chegou uma mulher “trazendo um vaso de alabastro cheio de um perfume de nardo puro, de grande preço, e, quebrando o vaso, derramou-lho sobre a cabeça” (Mc 14, 3). E aí começaram a reclamar (parecem até contigo, Mallmal): “Por que este desperdício de bálsamo? Poder-se-ia tê-lo vendido por mais de trezentos denários, e os dar aos pobres” (v. 4-5). E Nosso Senhor os censurou: “Deixai-a. Por que a molestais? Ela me fez uma boa obra” (v. 6). Super-mega-ultra-ostentação nababesca do pobre Carpinteiro de Nazaré, não?
Mallmal, que parte de “os católicos aceitam a interpretação das Escrituras Sagradas dada pela Igreja” tu ainda não entendeste?
Faz parte do cânon da Igreja. É mais da metade da Bíblia, aliás. É canal da Revelação. E tu sabes disso.
Sim, afirmou. Nosso Senhor disse, quando enviou os discípulos a pregar: “quem vos ouve é a Mim que ouve e, quem vos rejeita, é a Mim que rejeita”.
Aliás, já que chegamos à surreal situação em que eu preciso discutir com um ateu como se protestante ele fosse, fique com mais uma passagem do livro dos Atos dos Apóstolos onde se fala sobre a interpretação da Bíblia Sagrada. Um eunuco ia pelo caminho lendo as Escrituras. “Filipe aproximou-se e ouviu que o eunuco lia o profeta Isaías, e perguntou-lhe: Porventura entendes o que estás lendo?” (At 8, 30). E o eunuco respondeu: “Como é que posso, se não há alguém que mo explique?” (v. 31). É a mesma coisa desde sempre: sem ter quem explique, eunucos, protestantes e ateus não entendem as Escrituras Sagradas.
Como já explicado, o critério de corretude da exegese é o parecer da Igreja. Acho impressionante que tu ainda não tenhas entendido isso. Concedendo, apenas para fins argumentativos, que seja possível chegar a interpretações díspares utilizando-se de hermenêuticas válidas, isso não faz a menor diferença para os católicos.
A Igreja não é verdadeira porque a Bíblia diz que é, Mallmal. Isso só foi citado porque tu perguntaste, como bom protestante, “onde na Bíblia, onde na Bíblia”.
A Igreja é verdadeira por ter sido fundada por Nosso Senhor.
Que não tem nada a ver com a riqueza do culto a Deus – tu tens certeza de que sabes ler, Mallmal?
Abraços,
Jorge
Esse Eurípedes Costa, com essa mentalidade crítica e miserabilista, só pode ser herege da teoloheresia da escravidão.
Esse exemplo arbitrário que ele propôs ao PedroM não passa de uma bobagem facilmente respondida. Neste caso, claro, é justo vender o cálice de ouro e pagar o tratamento do irmão, pois o caso é de estado de necessidade. E em estado de necessidade as leis e obrigações ordinárias são suspensas provisioriamente até que se afaste o perigo.
Mas a existência de pobres no mundo não gera estado de necessidade, pois como disse Cristo: “Pobres sempre tereis entre vós”.
Deus ama o rico e ama o pobre. Deus quer que existam o rico e o pobre e que ambos convivam harmonia e mútuo apoio.
Cristo nasceu pobre numa gruta humilde, para nos ensinar a virtude da pobreza. Mas ele fez que viessem reis do oriente trazendo presentes, inclusive ouro! E quando uma mulher quebrou um vaso de rica substância para lhe perfumar, ele a apoiou. O único que protestou contra essa ostentação e “desperdício” foi… Judas Iscariotes -o Frei Boff daquele tempo (veja de que lado você se coloca, Eurípedes…).
O ódio desses miserabilistas fanáticos pela riqueza da Igreja é fruto de uma mentalidade comunista de luta de classes. Mas também tem muita hipocrisia. Duvido que Eurípedes Costa e Animallmal venderam tudo o que tinham e deram aos pobres.
No mais, foi Cristo quem criou o mundo. Cristo é, pois, dono do mundo e de todas as suas riquezas. O Papa é vigário de Cristo na Terra. A Igreja é a esposa de Cristo. Portanto, o mundo pertence à Igreja e ao Papa. Consequentemente, tudo o que se ofereça à Igreja e ao Papa, mesmo em termos materiais, é pouco.
E não importa o quanto esperneiem Eurípedes e Animallmal. A Igreja sempre será grande, majestosa, brilhante e poderosa. E se lhe roubarem toda a sua riqueza material, ela continuará grande, majestosa, brilhante e poderosa, porque a sua maior riqueza é Deus, que é riquíssimo.
Carlos.
Claro que não faz diferença. Eles têm a mente lavada desde cedo. Não sabem raciocinar por si próprios.
Que a Paz esteja com você,
Senhor Carlos,
1. Veja bem o que o senhor está a dizer: “foi Cristo quem criou o mundo”. Com esta afirmação o senhor acabou de negar o CREDO: “Creio em Deus Pai, Todo Poderoso, Criador do Céu e da Terra” (…)”. O senhor acabou ferindo a si próprio.
2. Veja bem o que o senhor está a dizer: “Cristo nasceu pobre numa gruta humilde, para nos ensinar a virtude da pobreza.”
Pois bem, É exatamente essa virtude da Pobreza que é exaltada por mim na pessoa de São Francisco de Assis, que a chamava de Santa Pobreza, e ainda na pessoa do próprio Cristo, o Mestre, e que está sendo negada pelo senhor, chamando-a de “miserabilista”. Foi o senhor mesmo quem constatou que o Cristo nos ensina que a Pobreza é uma virtude. O senhor confunde com miséria ou miserabilidade (vivência na hiposuficiência) com Pobreza (vivência na suficiência), e mais uma vez o senhor acabou ferindo a si próprio.
3. Veja bem o que o senhor está a dizer: “O ódio desses miserabilistas fanáticos pela riqueza da Igreja é fruto de uma mentalidade comunista de luta de classes.”.
Como poderia eu que estou a exaltar o príncipe da Paz, o Cristo, assim como seu imitador, São Fracisco de Assis, autor da expressão “Paz e Bem” e ao mesmo tempo defender a Luta de classes? Carlos, meu irmão, o que Deus quer é que vivamos em harmonia, e por meio do espírito do desprendimento, que o rico (material e espiritual), aquele que detém a riqueza (hipersuficência material e espiritual) coloque aquilo que lhe excede a serviço daquele que vive na miséria ou miserabilidade (hiposuficiência material e espiritual). No instante que colocarmos isso em prática, far-se-ão novas todas as coisas e, o Mestre lho dirá o mesmo que disse a Zaqueu: “Hoje a salvação entrou nesta casa, porque também este homem é um filho de Abraão. De fato, o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido.”.
Carlos, estarei orando por você!
Paz e Bem.
Euripedes, só vou comentar isso por que, lendo rapidamente, não encontrei outra pergunta a mim nos seus posts =)
Isso me lembra a história da viúva que doou tudo o que tinha para o Templo. Eu acho muito interessante este fato narrado no Evangelho por dois motivos: primeiro, a doação da viúva é total; segundo, se formos notar bem, ela não tem certeza para onde vai aquele dinheiro. Esse segundo motivo pode parecer meio idiota, mas é bem real. O dinheiro para o Templo podia ir para qualquer coisa, podia ser para ajudar alguém em necessidade (embora duvide que fosse para aqueles mais excluídos pela sociedade em questão, leprosos e publicanos), como também poderia ser para o trabalho litúrgico, os sacrifícios, as oferendas, até mesmo para um cálice usado na liturgia.
Eu não discodo de você, Euripedes, quando diz que é preciso dar mais atenção ao irmão necessitado. Só há um ponto que talvez haja divergência: eu não vejo uma dicotomia, uma oposição entre “prover uma liturgia solene e digna” e “ajudar o pobre”. A sociedade é rica e a solidariedade faz verdadeiros milagres, podemos fazer ambos. Não podemos nos sentir culpados (um sentimento de culpa doentio) porque compramos coisas belas em louvor a Deus quando as condições permitem. Fazemos isso conosco o tempo inteiro, por que não em louvor a Deus? Não devemos sentir culpa se podemos vestir e comer bem, e ainda temos para dividir com o irmão. Isso não é motivo de culpa, mas de louvor.
Finalmente — e acho que escrever mais sobre o assunto seria me repetir — sigamos o exemplo do Pobrezinho de Assis, cujo trânsito celebramos hoje, e fiquemos felizes por tê-lo. Ele nos ensinou a recordar o valor devido do desapego, em ser pequeno e humilde.
San Francesco d’Assisi, prega per noi =)
Pace e bene.
Senhor Eurípedes,
Eu não nego uma vírgula do CREDO. Prefiro antes morrer. É claro que foi Deus Pai que criou o Céu e da Terra, mas ele o fez pelo Verbo, isto é, por Cristo seu Filho. Foi nesse sentido que eu disse que Cristo criou o mundo.
E quanto ao resto do meu raciocínio? O senhor nega que tudo no mundo pertença de direito à Igreja?
A pobreza é uma virtude, não há dúvida. É por isso que tantos religiosos fazem voto de pobreza. Mas se a pobreza é uma virtude, o ódio à riqueza, sobretudo à riqueza da Igreja, é um defeito muito grave. E o senhor está sempre revelando esse defeito.
Cristo e São Francisco de Assis exerceram perfeitamente essa virtude da pobreza, mas eles nunca tiveram mentalidade crítica e miserabilista. Abraão era rico. Lázaro, amigo de Cristo, era rico. E cristo nunca os criticou por serem ricos. O Templo era riquíssimo e Cristo se consumia de zelo pela sua dignidade. Nunca falou uma palavra contra aquela ostentação toda. Pelo contrário, expulsou os vendilhões que profanavam aquele local.
Portanto, senhor Eurípedes, se quer mesmo ser católico, deixe de lado essa mentalidade crítica. Quem usa o pretexto da pobreza do povo para alfinetar a Igreja são os teólogos da libertação, que são hereges. Eles seguem o exemplo de Judas, como mostrei na mensagem anterior. São revoltados, como o demônio, que é o pai deles.
A Igreja começou pobrezinha e depois ficou rica. E ela nunca deixou de socorrer os pobres. Não há instituição na história que mais tenha feito caridade para com os pobres e doentes, educando-os, alimentando-os, vestindo-os e tratando-os de suas enfermidades.
Os padres da TL não fazem nada disso. Todo o dinheiro que arrecadam é aplicado em propaganda marxista e distribuído a agentes revolucionários, como os pilantras do MST.
O senhor diz que Deus quer que vivamos em harmonia e isso é verdade.
Mas como pode haver harmonia entre ricos e pobres se estes últimos, instigados por pessoas como o senhor, criticam e não aceitam que os primeiros tenham suas riquezas?
Concordo com o senhor quando diz que o rico deve colocar aquilo que lhe excede a serviço daquele que vive na miséria. Corretíssimo. Só que isso é obrigação moral e não podemos obrigá-lo a fazer isso. Se ele não seguir esse dever moral prestará contas a Deus.
Mas não é este o assunto em pauta. O senhor está criticando é a riqueza da Igreja. Pelo visto, o senhor quer é que a Igreja se desfaça de seu patrimônio, até de seus ricos objetos litúrgicos, dando tudo aos pobres, e passe a oferecer a Deus um culto simples e desprovido de majestade. Tenho certeza que se o Lula fosse visitá-lo em sua casa o senhor ofereceria a ele o que tem de melhor. E o senhor estaria fazendo o certo, porque, apesar de pessoalmente não valer nada, Lula é a maior autoridade do país. Mas a Deus, que é infinitamente maior que Lula, o senhor quer oferecer o pior. Como Caim.
Se o senhor realmente for católico, agradeço por suas orações.
Um abraço.
Carlos.
Jorge,
“E quem disse que Deus necessita criar?”
Tá. Vou me alongar um pouco.
Seu Deus é atemporal, correto? Se você discorda, vá se entender com o Aquino.
Para um Deus atemporal, a criação é frívola, tendo vista que o seu começo e seu fim são um só, ou mesmo quase nada.
Segundo o vosso conceito de Deus, o gênesis e o apocalipse são simultâneos (já que não há tempo) e fazem parte de Deus desde o seu princípio.
Lembre-se! Deus é imutável.
Aqui estão as justificativas bíblicas:
A. Êxodo 3:14
B. Salmos 102:25-27
C. Malaquias 3:6
D. Romanos 1:23
E. Hebreus 1:10-12
F. Tiago 1:17
Deus, segundo a sua Teologia, também é perfeito (Perfeição PLENA, note-se!!!).
Ok. Se Deus é imutável, perfeito e atemporal e criou, é NECESSÁRIO que Deus tenha que criar para existir. É PARTE DE SUA PERFEIÇÃO.
Eu só me pergunto é que espécie de ente perfeito que precisa criar outros entes para ficarem entoando-lhe cantorias e tendo medo dele…
Esse ente me parece mais humano que divino, fazer o quê?
Vocês escolheram muito mal esses dogmas nos concílios… Não é culpa minha.
“Mallmal, quantas vezes tu foste no Vaticano?”
Uma. E já foi demais para mim. Meu estômago ainda não se recuperou.
É muita ostentação para fins políticos. De qualquer modo, Jorge, quantas vezes você já viu Deus?
Perceba que essa pergunta tem MAIS valor argumentativo que a sua…
Tá apelando…
“Vá a uma capela de periferia próxima à tua casa, e depois continuamos.”
Ad hominem de novo… Mas tudo bem. Para o seu interesse, já frequentei todos os tipos de estabelecimentos religiosos.
Por pura curiosidade (excetuando-se os católicos, que me foram impostos na juventude).
Os mais nababescos SEMPRE são os católicos.
Caso queira usar a carta de “mimimi, mas esses templos foram construídos na idade média ou sei lá quando, mimimi, os tempos eram outros, mimimi”,
só posso dizer que está corretíssimo! Caso a teocracia católica houvesse persistido, TODOS os templos seriam assim.
“Esta discussão sobre o valor das coisas é totalmente descabida aqui.”
Engraçado você pensar assim, pois – se achando o malandro – foi você quem a começou…
Quando a discussão toma um rumo inesperado, ela passa a ser “descabida”, Jorge?
Olha a desonestidade intelectual!!!
“O ouro não vale mais do que a pirita por ser caro (!), e sim porque, para ficar só no motivo mais óbvio, pirita enferruja e ouro não.”
Alumínio também não. E?
“dado que qualquer pessoa, quando recebe a visita de alguém importante, quer naturalmente oferecer-lhe o que tem de melhor”
Presumo que seus padres poderiam oferecer as coisas melhores de si e não coisas compradas com dinheiro enquanto suas comunidades tem NECESSIDADES óbvias.
Não foi o seu Jesus que disse para ajudar aos pobres???
“Foram citadas e tu disseste que não as aceitavas porque eram do Antigo Testamento. ”
Não, senhor. Foram aceitas, com certeza. Só interroguei se está disposto a aceitar o RESTO DO AT LITERALMENTE.
Não dê uma de leão da montanha – saíííííída pela direiiiiita! – isso é feio.
“O que posso fazer?”
Ser honesto e se decidir se o AT deve ser aceito literalmente ou não.
“Super-mega-ultra-ostentação nababesca do pobre Carpinteiro de Nazaré, não?”
Também acho. O seu Jesus deveria ser, no mínimo, esquizofrênico.
É impossível uma pessoa com a mente sã ter posturas tão diferentes a respeito de uma mesma coisa.
Além disso, já que o literalismo está tão em voga (pois essa passagem poderia ser metaforicamente ressignifica como tantas outras), por que motivo não incorporam o derramamento de um JARRO DE PERFUME na cabeça do padre na missa católica?
“Mallmal, que parte de “os católicos aceitam a interpretação das Escrituras Sagradas dada pela Igreja” tu ainda não entendeste?”
Na parte de que isso é um óbvio raciocínio circular.
Acho que é dessa parte que você está tendo escapulir.
(sobre o AT)”Faz parte do cânon da Igreja. É mais da metade da Bíblia, aliás. É canal da Revelação. E tu sabes disso.”
Sei, sim. E é um SHOW DE HORRORES. Mate, arrebente, aniquile, apedreje!
Muito católico.
“Sim, afirmou. Nosso Senhor disse, quando enviou os discípulos a pregar: “quem vos ouve é a Mim que ouve e, quem vos rejeita, é a Mim que rejeita”.”
Depois sou eu o praticante de “exegeses espúrias”…
Por que será que ele não aproveitou e disse: “…quem vos ouve E AOS SEUS SUCESSORES…”?
Talvez Jesus já sabia o tipo de sucessores que haveria.
Entenda, Jorge, que pela sua doutrina, sacerdotes, bispo e papa não são equivalentes a apóstolos e a Pedro. Simplesmente ninguém vê o fogo do ES sobre um padre em sua ordenação.
Ninguém o vê também quando um Papa é eleito (sem comentários sobre a necessidade de eleição – só um – POLÍTICA).
“É a mesma coisa desde sempre: sem ter quem explique, eunucos, protestantes e ateus não entendem as Escrituras Sagradas.”
E onde está escrito na Bíblia que o eunuco não era católico?
Mais uma vez, exegese “interessada”…
“Como já explicado, o critério de corretude da exegese é o parecer da Igreja”
Como já explicado, isso é raciocínio circular e não vale meia pataca.
“Concedendo, apenas para fins argumentativos, que seja possível chegar a interpretações díspares utilizando-se de hermenêuticas válidas, isso não faz a menor diferença para os católicos.”
Claro que não! O mandamento principal de vocês, não citado nos dez, é OBEY!!!!!!!
Sem esse, não há como manter o catolicismo!
“A Igreja é verdadeira por ter sido fundada por Nosso Senhor.”
Tá. E você chegou a essa conclusão através de que fontes???
Dá-lhe raciocínio circular maquiado!
“Que não tem nada a ver com a riqueza do culto a Deus – tu tens certeza de que sabes ler, Mallmal?”
Tenho, sim, Jorge. Por isso não me entra na cabeça um Deus encarnado que manda seus seguidores serem pobres e seus “representantes” serem ricos.
Abraços!
(Eu adoro essas discussões! :) Pena que não moro mais em SP e não pudemos tê-la ao vivo! Se bem que depois de algumas birras, provavelmente estaríamos discutindo outra coisa. De qualquer modo, sinto muito pelo post overkill, mas os assuntos estão se acumulando!)
Pelo que eu vi o Mallmal não consegue diferenciar “possuir bens” de “ter apego aos bens”.
Acho que as passagens que faltaram o Mallmal ler foram
-Meu reino não é deste mundo.
-Bem aventurados os pobres de espírito.
Pegar versículos isolados da Bíblia, principalmente dos Evangelhos, para tentar achar contradição é dar murro em ponta de faca.
As falácias continuam. Você insiste em pinçar da Bíblia o que interessa e ressignificá-la, enquanto acusa a Igreja de fazer o mesmo. Você sequer compreende o que é a Bíblia e ainda quer acusar os católicos de desrespeitá-la. Pra mim, o melhor exemplo disso é este:
Se você ao menos soubesse o que é a Bíblia — e não ficasse nessa fé cega do que você acha que ela é — veria que esta passagem faz parte do “Sermão da Montanha”. Essa sermão diz, bem sucintamente, uma coisa: toda a lei que vocês (judeus) conhecem vale, mas sua motivação é o amor. Em outra oportunidade, Jesus acrescenta: “a letra mata, mas o Espírito vivifica”.
Só que na sua interpretação Jesus seria um completo hipócrita, porque Ele diz que não muda a lei, mas impede que apedrejam a prostituta, uma lei claríssima do AT.
Ele de fato não muda a lei, mas a “leva à perfeição”. A perfeição é o mandamento do amor, que é o essencial.
De que adianta, portanto, ater-se à matéria — riqueza ou pobreza — pra definir quem vai pro céu, se se esquece o essencial? De que adianta ser pobre e ser mau com o próximo, ou ser rico e esquecer a caridade? Mallmal, presta atenção que só escrevo mais esta vez: riqueza nunca foi medida para definir a bondade das pessoas. Se assim fosse, Cristo nunca contaria as parábolas de Mt 25, particularmente nos vv. 31 a 46.
Você não é o primeiro a cair nessa confusão. Judas e os zelotas como ele achavam que o Reino de Deus viria numa revolução e que o messias seria um líder político que redistribuiria os bens e o poder do povo e restauraria Israel. Algo muito parecido é defendido ainda hoje. Mas Cristo disse que Seu reino não é deste mundo.
Como disse o Guilherme, todo o seu blablabá se resume nessa confusão (para mim, deliberada): possuir bens não significa ter apego a eles. Segundo a sua exegese, Cristo deveria censurar a mulher por gastar o perfume nele (que custava um ano de trabalho de um trabalhador comum), nem devia pregar na sinagoga (que era sinal de poder político), nem acolher Arimatéia como discípulo, nem mesmo pregar a Zaqueu ou Nicodemos.
Essa palhaçada que você está fazendo, de pegar trechos da Bíblia e inventar interpretações para jogar contra o Jorge e outros aqui, não tem nada de argumentação. O “brado de literalismo” é seu; falar que passou mal do estômago por ter ido ao Vaticano é apelação sentimentalóide barata, que não responde nada. Você usa a sua crença do que é a Bíblia — crença que não temos — para nos atacar. E ainda tenho de dar crédito a qualquer interpretação, argumento, ataque, falácia que você use?
Abs
Não li todo o debate e, portanto, perdoem-me se falo algo que já foi colocado, mas creio que o essencial nessa questão do “luxo” das vestes, objetos litúrgicos e igrejas é ter em conta que eles não são PARA os ministros da Igreja, mas para Deus. Isto é adorna-se os objetos litúrgicos porque eles conterão Deus sacramentado, os templos são belos porque Deus ali está fisicamente, etc.
E, como dizia S. Josemaria Escrivá, o dia em que os enamorados manifestarem seu amor trocando anéis de chumbo, os cálices sagrados também assim serão.
“E quem disse que Deus necessita criar?”
“”Tá. Vou me alongar um pouco.
Seu Deus é atemporal, correto?””
Sim, para haver tempo é necessário haver mudança e Deus não pode mudar.
“”Para um Deus atemporal, a criação é frívola, tendo vista que o seu começo e seu fim são um só, ou mesmo quase nada.””
Primeiro que – ao menos para a teologia católica – a criação não é eterna, pois teve um início, mas não terá fim.
“”Segundo o vosso conceito de Deus, o gênesis e o apocalipse são simultâneos (já que não há tempo) e fazem parte de Deus desde o seu princípio.
Lembre-se! Deus é imutável.””
Segundo que você ( e reconheço que não é algo fácil) raciocina sobre a eternidade com os parâmetros de tempo.
“”Aqui estão as justificativas bíblicas:
A. Êxodo 3:14
B. Salmos 102:25-27
C. Malaquias 3:6
D. Romanos 1:23
E. Hebreus 1:10-12
F. Tiago 1:17””
É de fazer corar qualquer pastor do “Bible belt”…!
“”Deus, segundo a sua Teologia, também é perfeito (Perfeição PLENA, note-se!!!).
Ok. Se Deus é imutável, perfeito e atemporal e criou, é NECESSÁRIO que Deus tenha que criar para existir. É PARTE DE SUA PERFEIÇÃO.””
Não. A criação é dom de amor, gratuidade divina. Em nada mudaria a perfeição divina se não houvesse a criação. A criação manifesta a glória de Deus (mais plenamente) quando a sua criação livre é feliz, isto é, se plenaliza através do amor a Deus.
“Eu só me pergunto é que espécie de ente perfeito que precisa criar outros entes para ficarem entoando-lhe cantorias e tendo medo dele…
Esse ente me parece mais humano que divino, fazer o quê?”
Mallmal, minha filha de 16 anos me fez exatamente essa mesma pergunta ontem no jantar. E ainda acrescentou que isso parecia “egoísmo” da parte de Deus :)
Obrigado por me fazer refletir um pouco mais sobre esse assunto. Vou voltar à argumentação com ela que ontem me escapou (depois de algumas cervejas…)
:)
Eita, isso me passou despercebido:
“Para um Deus atemporal, a criação é frívola, tendo vista que o seu começo e seu fim são um só, ou mesmo quase nada.”
Se não há tempo, nada pode ser “frívolo”. Frívolo é o que dura pouco, em contraposição ao que duraria muito. Mas não se mede tempo, então nenhum espaço de tempo (um segundo ou um trilhão de anos) pode ser considerado “quase nada”, porque isso é uma medida. Se não há como medir, não existe frivolidade.
“Segundo o vosso conceito de Deus, o gênesis e o apocalipse são simultâneos (já que não há tempo) e fazem parte de Deus desde o seu princípio.
Lembre-se! Deus é imutável.”
De novo: simultâneo significa “ao mesmo tempo”. Se Deus é atemporal e “não há tempo”, não há a dimensão “tempo”, portanto duas coisas não podem ser simultâneas, posteriores, anteriores, frívolas ou efêmeras. Tudo isso pressupõe medida de tempo.
Daí toda sua argumentação de que Deus “precisa” criar resulta errada. A criação não é necessidade medida em tempo, como se fosse contraposição do eterno.
Abs
Que a Paz esteja com vocês!
Caro PedroM,
“Isso me lembra a história da viúva que doou tudo o que tinha para o Templo. Eu acho muito interessante este fato narrado no Evangelho por dois motivos: primeiro, a doação da viúva é total; segundo, se formos notar bem, ela não tem certeza para onde vai aquele dinheiro.”
Ótima lembrança! Eis aí a Essência de tudo. Jesus se rejubila com a viúvia, que movida pelo Espírito e por livre iniciativa realiza uma doação total, ou seja, é tão grande o seu desprendimento, o sentimento de Amor que ela carrega em seu coração, que depositou tudo do pouco que tinha; no entanto a história continua, Jesus a contrapõe àqueles que com apenas parte do que possuem, fazem questão de se exibir aos seus, como se estivessem fazendo um grande sacrifício, mas também a crítica é extensiva aos homens do Templo, que deveriam colocar o que era arrecadado a serviço do próximo, ou seja, das pessoas em estado de necessidade (hiposuficiência). E mais, qual o sentido de se louvar a Deus no Templo, com pompa e opulência, se o próprio Emanuel, estava no meio deles? Deus Pai, concebeu-nos em argila, onde o nosso corpo (em argila) é cálice do nosso sangue, o corpo (em argila) do Verbo encarnado foi cálice de seu sangue, e portanto, teria Deus Pai sido indigno com seu Filho amado?
PedroM, vou te recordar mais um episódio da multiplicação dos pães e peixes; um dos discípulos preocupados em alimentar a multidão, indaga o Cristo, Como iremos alimentar tanta gente? Então Jesus mostra sobre qual Espírito devemos nos mover e relacionar; Ele multiplica os poucos pães e peixes (ensina-nos a partilhar o pouco que temos com os demais presentes), e detalhe todos comeram o SUFICIENTE. Cristo nos convida à Perfeição. Deus não obriga ninguém a assumir a Perfeição, não coage ninguém à Perfeição; no entanto, quem assim o fizer amealhará tesouros no Céu.
PedroM, quando trocamos os que nos sobra com alguém que também tem de sobra, que mérito há nisso? Enfim, quando efetivamente compreendermos essa percepção da Verdade, que é a Essência do Cristo, ou seja, Amar a Deus amando o próximo como a si mesmo, tendo como medida o Amor de Deus, far-se-ão novas todas as coisas. Portanto não há dicotomia, há escolhas, livres e volitivas, feitas por cada um de nós. Abro aqui um parênteses para lembrar-lhe que toda essa nossa discussão partiu sobre a situação das crianças da comunidade cristã, lá da Cabeça do Cachorro, que se encontram em estado de necessidade – em homenagem ao Carlos – ou seja, a hiposuficiência. Concluindo, a mesma crítica feita por Jesus aos homens do Templo serve a todos que olham com indiferença tal situação.
Carlos,
1. “É claro que foi Deus Pai que criou o Céu e da Terra, mas ele o fez pelo Verbo, isto é, por Cristo seu Filho. Foi nesse sentido que eu disse que Cristo criou o mundo.”,
Carlos, quem criou tudo e viu que tudo era bom, foi Deus Pai. Jesus, o Cristo, presenciou desde o princípio a criação; ele foi concebido e enviado NÃO para condenar as pessoas, mas SIM para dar pleno entendimento de como deve ser vivenciada a Palavra de Deus, buscando e salvando ricos e pobres.
2. “E quanto ao resto do meu raciocínio? O senhor nega que tudo no mundo pertença de direito à Igreja?”
Se todas as coisas já pertencem a Deus, e você diz bem, então que MÉRITO há nas coisas que Lho ofereces? Por isso, em verdade te digo que efetivamente Deus quer que vivamos pelo espírito, no Espírito, tanto na relação com Ele, quanto na relação com o próximo.
3. Carlos, meu irmão, veja bem o que dizes: “Mas se a pobreza é uma virtude, o ódio à riqueza, sobretudo à riqueza da Igreja, é um defeito muito grave. E o senhor está sempre revelando esse defeito.”
Carlos, o ódio se combate com AMOR e não com mais ódio. Em momento algum foi pregado por mim ódio à riqueza, mas SIM para que NÃO se coloque ela (a opulência) como elemento Essencial na nossa relação com Deus e com o próximo. NÃO nos rejubilemos como os homens do Templo que doavam parte do que lhes sobrava (hipersuficiência), fazendo-se rejubilar diante dos seus, enquanto que a viúva que doou tudo do pouco que detinha, fazendo com que o Cristo se rejubilasse por seu gesto espontâneo de doação total, que só que tem grande Amor é capaz de mover-se nessa direção. Portanto, diga-me quem foi que teve Amor maior? A viúva ou os homens do Templo? Foi Jesus Cristo, o Nazareno, quem nos ensinou a Perfeição está na vivência na suficiência! Viver na suficiência NÃO significa viver na indignidade. Agora, a Perfeição que transcende é aquela que nos torna capazes de oferecermos o maior bem que possuímos em prol do próximo, ou seja, é quando oferecemos a nossa própria VIDA pela do nosso semelhante.
4. Carlos, meu irmão, veja bem o que tu dizes: “Mas como pode haver harmonia entre ricos e pobres se estes últimos, instigados por pessoas como o senhor, criticam e não aceitam que os primeiros tenham suas riquezas?”
Veja como fechas o teu coração em ti mesmo! Quer dizer que reconhecer nossas próprias faltas é instigar os outros? Carlos, NÃO é vergonha reconhecermos nossas faltas; pelo contrário, é sinal de HUMILDADE, reconhecê-las e trabalharmos para a sua erradicação! Vergonha é permanecermos indiferentes.
5. Carlos, meu irmão, veja bem o que você disse: “Concordo com o senhor quando diz que o rico deve colocar aquilo que lhe excede a serviço daquele que vive na miséria. Corretíssimo. Só que isso é obrigação moral e não podemos obrigá-lo a fazer isso. Se ele não seguir esse dever moral prestará contas a Deus.”
Como eu já disse, ninguém é obrigado. Tuas ações dependerão do tamanho do teu coração. Tudo que fiz foi reafirmar as Palavras do Cristo que nos convida à Perfeição! O que foi que Jesus, o Nazareno, sobre o que se deve fazer para se atingir a Perfeição?
6. Carlos, veja o que você disse: “Tenho certeza que se o Lula fosse visitá-lo em sua casa o senhor ofereceria a ele o que tem de melhor. E o senhor estaria fazendo o certo, porque, apesar de pessoalmente não valer nada, Lula é a maior autoridade do país. E o senhor estaria fazendo o certo, porque, apesar de pessoalmente não valer nada, Lula é a maior autoridade do país.”
Não! Muito pelo contrário, infelizmente é uma cultura que nos é transmitida, por vezes, pelos nossos próprios pais, mas que é errônea. Quando diferenciamos o tratamento entre nós, agimos com iniquidade, e lhe exemplifico: Se batesse a sua porta, o Papa e Francisco de Assis, pelo raciocínio errôneo dar-se-ia um tratamento melhor ao Papa; no entanto quem foi que com sua, vida e comportamento, resgatou os valores cristãos, sendo homenageado como a personalidade do II Milênio? Não foi o “pobrezinho” de Assis? Quanto menos iniquidade praticarmos em nossas interrelações, maior humanidade existirá entre nós!
7. Carlos, “Os padres da TL não fazem nada disso. Todo o dinheiro que arrecadam é aplicado em propaganda marxista e distribuído a agentes revolucionários, como os pilantras do MST.”
Busque conforto em São Francisco de Assis, que ele te aliviará desta tua preocupação! Faça-te modelo, como o fez o Poverello de Assis, que eles envergonhar-se-ão das ações de guerra e não de Paz e de harmonia.
8. Carlos meu irmão, “Pelo visto, o senhor quer é que a Igreja se desfaça de seu patrimônio, até de seus ricos objetos litúrgicos, dando tudo aos pobres, e passe a oferecer a Deus um culto simples e desprovido de majestade.”
Aí está a Essência da discussão, ou seja, será que seríamos capazes de fazermos o que fez a viúva do Templo, o que fez São Francisco de Assis, o que fez o Cristo? A majestade não está nas coisas, e por isso devemos sempre ter em mente o quê o próprio Jesus, o Nazareno, disse aos homens que se admiravam com as belas pedras do Templo, Lc(21,5-6):
“Algumas pessoas comentavam a respeito do templo, que era enfeitado com belas pedras e com ofertas votivas. Jesus disse: Admirais essas coisas? Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído”.
Jesus, o Nazareno, ao perguntar àqueles que comentavam a respeito das belas pedras e enfeites do Templo, fez dela uma interjeição, como quem diz: “São nessas coisas que colocam os seus corações?!”. Jesus claramente demonstra que não está na opulência a verdadeira relação com Deus. É o próprio Verbo encarnado que conclui: “Tudo será destruído”, mostrando àqueles a insignificância de tais coisas na relação com Deus.
Veja como Deus se pauta pela simplicidade. O nosso corpo que foi constituído por Deus por meio da argila, e o nosso corpo é o cálice do nosso sangue, assim como foi o cálice do sangue de Jesus Cristo. Teria Deus Pai sido indigno com seu Filho amado?
9. E para concluir, Carlos, veja o que você diz: “Abraão era rico. Lázaro, amigo de Cristo, era rico. E cristo nunca os criticou por serem ricos. O Templo era riquíssimo e Cristo se consumia de zêlo pela sua dignidade. Nunca falou uma palavra contra aquela ostentação toda. Pelo contrário, expulsou os vendilhões que profanavam aquele local.”
(i) O Templo era o centro da vida social, política e religiosa da Teocracia Judaica, que na época, encontrava-se sob o julgo do Império Romano. Jesus Cristo foi crítico em relação aos homens do Templo de Jerusalém (Igreja sede) e das Sinagogas (Igrejas locais), ou enfim, com a turma do Sinédrio; Abraão e Lázaro com certeza não foram pessoas egoístas a ponto de não se colocarem a serviço do próximo; caso contrário Cristo os teria repreendido-os, e lembremo-nos que a Plenitude se dá em Cristo (ii) A expulsão dos vendilhões do Templo promovida pelo Cristo, deu-se devido ao comércio inescrupuloso no qual se transformara o local que deveria ser tão-somente de ORAÇÃO e, mantê-la como casa de oração, é ZELAR por sua DIGNIDADE!
Por fim, Carlos, meu irmão, veja o que você disse: “Portanto, senhor Eurípedes, se quer mesmo ser católico, deixe de lado essa mentalidade crítica.”
Você me acusa de ter mentalidade crítica; no entanto fez uso de mentalidade crítica em relação a mim; portanto, mais uma vez, você está ferindo a si próprio!
Carlos, vou permanecer em oração por você!
Paz e Bem!
“É claro que foi Deus Pai que criou o Céu e da Terra, mas ele o fez pelo Verbo, isto é, por Cristo seu Filho. Foi nesse sentido que eu disse que Cristo criou o mundo.”,
Carlos, quem criou tudo e viu que tudo era bom, foi Deus Pai. Jesus, o Cristo, presenciou desde o princípio a criação;
Não é o que está na Bíblia, pois o que se encontra na Bíblia é que JESUS sendo DEUS com o PAI e o ESPÍRITO SANTO, participou também na obra da criação, como ELE mesmo disse: “Jesus tomou a palavra e disse-lhes: Em verdade, em verdade vos digo: o Filho de si mesmo não pode fazer coisa alguma; ele só faz o que vê fazer o Pai; e tudo o que o Pai faz, o faz também semelhantemente o Filho.” (João 5,19)
E outras passagens bíblicas também testemunham a participação de JESUS no ato da crição, vejamos:
– “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio junto de Deus. Tudo foi feito por ele, e sem ele nada foi feito.” (João 1, 1-3). Note bem a fraze: “Tudo foi feito por ele, e sem ele nada foi ”
– “Nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as criaturas visíveis e as invisíveis. Tronos, dominações, principados, potestades: tudo foi criado por ele e para ele.” (Col. 1,16). Note bem a fraze: “tudo foi criado por ele e para ele.”
– “Ultimamente nos falou por seu Filho, que constituiu herdeiro universal, pelo qual criou todas as coisas. “ (Hb. 1,2)
– “Pela palavra do Senhor foram feitos os céus, e pelo sopro de sua boca todo o seu exército.” (Salmo 32,6), lembrando que nesta passagem quando se fala em sopro indica- se o ESPÍRITO SANTO e palavra o SENHOR JESUS.
Caro Sidnei,
Ia responder exatamente isso ao Eurípedes Costa.
Mas você me poupou o trabalho. E foi até mais detalhista do que seria eu, pois só ia falar do “In principio erat verbum…” Obrigado.
Quanto ao resto da mensagem do Eurípedes, não sei se vale a pena insistir nesse pingue-pongue de repetições.
Vou tratar apenas de uma ou outra coisa:
“Jesus se rejubila com a viúvia, que movida pelo Espírito e por livre iniciativa realiza uma doação total, ou seja, é tão grande o seu desprendimento, o sentimento de Amor que ela carrega em seu coração, que depositou tudo do pouco que tinha.”
Veja que Jesus realmente elogia a viúva que doou o que tinha à Igreja, simbolizada no Templo. Ocorre que você, Eurípedes, está defendendo é o contrário. Pois você quer é que a Igreja se empobreça para enriquecer os pobres. Veja que agora você se feriu (para usar uma expressão que você gosta).
“Se todas as coisas já pertencem a Deus, e você diz bem, então que MÉRITO há nas coisas que Lho ofereces?”
Há muito mérito nisso, pois ao oferecermos qualquer coisa a Deus estamos realizando um sacrifício e reconhecendo o domínio dEle sobre todas as coisas.
“Não! Muito pelo contrário, infelizmente é uma cultura que nos é transmitida, por vezes, pelos nossos próprios pais, mas que é errônea. Quando diferenciamos o tratamento entre nós, agimos com iniquidade, e lhe exemplifico: Se batesse a sua porta, o Papa e Francisco de Assis, pelo raciocínio errôneo dar-se-ia um tratamento melhor ao Papa; no entanto quem foi que com sua, vida e comportamento, resgatou os valores cristãos, sendo homenageado como a personalidade do II Milênio? Não foi o “pobrezinho” de Assis? Quanto menos iniquidade praticarmos em nossas interrelações, maior humanidade existirá entre nós!”
O senhor está errado, Sr. Eurípedes. Nesse caso deveríamos dar um melhor tratamento ao Papa, que é nosso pai espiritual. O que não significa que não devêssemos tratar um santo também com a merecida dignidade.
O senhor mais uma vez se espeta, pois ao mesmo tempo em que tenta transmitir uma mentalidade igualitária, confessa que trataria melhor São Francisco de Assis em detrimento do Papa, só porque São Francisco foi homenageado como a personalidade do II Milênio. Se o senhor fosse coerente deveria defender o mesmo tratamento para ambos.
“Aí está a Essência da discussão, ou seja, será que seríamos capazes de fazermos o que fez a viúva do Templo, o que fez São Francisco de Assis, o que fez o Cristo?”
Mas o que fez a viúva foi o contrário do que o sr. está defendendo. Ela doou à Igreja. O senhor está exigindo que a Igreja doe a ela. Ela ficou mais pobre para enriquecer a Igreja. O senhor quer que a Igreja se empobreça para enriquecê-la. Não percebe a contradição?
“Jesus, o Nazareno, ao perguntar àqueles que comentavam a respeito das belas pedras e enfeites do Templo, fez dela uma interjeição, como quem diz: “São nessas coisas que colocam os seus corações?!”. Jesus claramente demonstra que não está na opulência a verdadeira relação com Deus. É o próprio Verbo encarnado que conclui: “Tudo será destruído”, mostrando àqueles a insignificância de tais coisas na relação com Deus.”
Então, sr. Eurípedes, o Papa está errado em viver, segundo o sr., “na opulência”? Todos os Papas estiveram errados e só o senhor está certo? A Igreja não pode ter bens? Já houve muitos hereges que defenderam isso. Tome cuidado.
“Veja como Deus se pauta pela simplicidade. O nosso corpo que foi constituído por Deus por meio da argila, e o nosso corpo é o cálice do nosso sangue, assim como foi o cálice do sangue de Jesus Cristo. Teria Deus Pai sido indigno com seu Filho amado?”
Não entendi.
“Jesus Cristo foi crítico em relação aos homens do Templo de Jerusalém (Igreja sede) e das Sinagogas (Igrejas locais), ou enfim, com a turma do Sinédrio”
Com os homens do Templo, sim. Com o Templo, não!
“Você me acusa de ter mentalidade crítica; no entanto fez uso de mentalidade crítica em relação a mim; portanto, mais uma vez, você está ferindo a si próprio!”
Sim. O senhor tem mentalidade crítica contra a Igreja e eu tenho mentalidade crítica contra a sua mentalidade crítica em relação à Igreja. O senhor não é mais importante que a Igreja.
Obrigado por suas orações, Eurípedes.
Também vou rezar para que você se livre dessa mania crítica e que passe a amar a Igreja tal qual ela é, rica e majestosa.
Um abraço.
Carlos.
Que a Paz esteja com vocês!
Carlos e Sidnei,
1.1 “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio junto de Deus. Tudo foi feito por ele, e sem ele nada foi feito.” (João 1, 1-3). Note bem a fraze: “Tudo foi feito por ele, e sem ele nada foi”
Meus caros, em verdade eu vos digo que só há um (único) Deus Criador. O termo ele contido na expressão “Tudo foi feito por ele, e sem ele nada foi feito.” no qual João está a se referir é Deus Pai, o Criador do Céu e da Terra; observem o artigo definido singular “o” que indica ser único; senão ter-se-ia utilizado no Credo no qual, declaram crer, os termos “um dos”, ou seja, haveria a presença do artigo indefinido “um”. Ao negarem a existência de um só Deus Criador, estarão negando o Credo. Portanto, Carlos, quando dissestes “Eu não nego uma vírgula do CREDO. Prefiro antes morrer., tome cuidado com o quê dizes, pois estás ferindo a si próprio e, pior, de Morte.
1.2 “Jesus tomou a palavra e disse-lhes: Em verdade, em verdade vos digo: o Filho de si mesmo não pode fazer coisa alguma; ele só faz o que vê fazer o Pai; e tudo o que o Pai faz, o faz também semelhantemente o Filho.” (João 5,19)”
Meus caros, João, o Evangelista, ao manifestar essas Palavras do Cristo nos ensina que: (i) É o próprio Jesus quem reafirma que de si próprio não pode fazer nada e com isso o Cristo também manifesta que não é MAIOR que Deus Pai (ii) a partir do instante em que o Verbo é encarnado pelo SIM dado por nossa Mãe, Maria, e consequente concepção, o Verbo passa a manifestar aquilo que viu Deus Pai fazer desde o princípio, lembrai-vos do encontro de Maria com sua prima Isabel Lc(1, 30-42), a simples presença do Filho de Deus, no seio de Maria, irradia o Espírito Santo a Isabel, e que fez vibrar a criança em seu seio, semelhantemente como faz Deus Pai, o Criador!
Carlos,
2.1 Carlos, veja bem o que dizes: “Veja que Jesus realmente elogia a viúva que doou o que tinha à Igreja, simbolizada no Templo. Ocorre que você, Eurípedes, está defendendo é o contrário. Pois você quer é que a Igreja se empobreça para enriquecer os pobres. Veja que agora você se feriu (para usar uma expressão que você gosta).”
A viúva doava ao Templo porque: (i) acreditava de todo coração que estava colocando sua doação a serviço de Deus; no entanto os homens do Templo não correspondiam a isso ao reterem no Templo a doação dela e NÃO colocando a serviço dos semelhantes. É um dos motivos pelos quais Jesus se contrapôs aos homens do Templo que não concordavam com o que era pregado por Jesus, o Nazareno (ii) Carlos, é seu coração que ainda vê indignidade na Pobreza (suficiência) do Cristo, era semelhantemente o que se passava no coração dos doutores da Lei, fariseus e saduceus que não conseguiam ver e se contrapunham ao Cristo. (iii) Se a viúva soubesse que o Verbo de Deus, o Cristo, encontrava-se ali tão pertinho dela, e que observava a atitude dela, ela teria entregue diretamente ao Filho do Deus vivo, e não ao Templo. Ante a tudo exposto, Carlos, mais uma vez, você continua ferindo a si próprio!
2.2 Carlos, veja bem o que dizes: “Há muito mérito nisso, pois ao oferecermos qualquer coisa a Deus estamos realizando um sacrifício e reconhecendo o domínio dEle sobre todas as coisas.”
Que MÉRITO há no sacrifício, se todas as coisas já Lho pertence? E que MÉRITO há, se já detém o domínio sobre todas as coisas independentemente de nosso reconhecimento ou não?
2.3 Carlos, veja bem o que dizes: “Então, sr. Eurípedes, o Papa está errado em viver, segundo o sr., “na opulência”? Todos os Papas estiveram errados e só o senhor está certo? A Igreja não pode ter bens? Já houve muitos hereges que defenderam isso. Tome cuidado.”
Enquanto a Igreja (seus integrantes) não viverem como Jesus, o Mestre, viveu, em verdade eu te digo que a Igreja (seus integrantes) não estarão a manifestar a Perfeição do Cristo! Só é Perfeito quem doa tudo em favor de seu semelhante, passando a viver como o Cristo. É o próprio Cristo quem nos afirma isso! Apesar de Zaqueu não doar tudo, encontra a Salvação ao passar a mover-se pelo Espírito do desprendimento, colocando sua doação a serviço do seu semelhante. Portanto, em verdade te digo que enquanto a Igreja (seus integrantes) estiverem a agir como Zaqueu, estarão manifestando tão-somente a Salvação e NÃO a Perfeição a partir de si mesmos!
2.4 “Não entendi.”
Carlos, enquanto permanecerdes fechado em si mesmo, não conseguirás enxergar ao Cristo. Veja bem, Deus Pai constituiu o homem a partir da argila, segundo o Genesis; pois bem, ele (o nosso corpo) é cálice do nosso sangue porque contém o nosso sangue; portanto é o corpo (a partir de argila) de Jesus histórico, o Nazareno, que contém o precioso sangue de Jesus, o Cristo, e que posteriormente se dará pela redenção e Salvação da humanidade. Portanto, o pensamento de que far-se-á necessário – para maior dignidade da celebração litúrgica – que o cálice seja em ouro ou outro material nobre é ideia dos homens e não de Deus Pai, porque Deus Pai constituiu o nosso corpo (a partir da argila), assim como o corpo (a partir da argila) de Jesus Cristo, o Nazareno, e é este corpo (cálice) que conteve o precioso sangue de Jesus histórico. É por isso que pergunto: Teria Deus Pai, em sua liturgia para a nossa redenção e Salvação, contido o precioso sangue de Jesus em corpo humano (cálice e feito a partir da argila) indigno para seu Filho amado?
2.5 Carlos, veja bem o que dizes: “O senhor está errado, Sr. Eurípedes. Nesse caso deveríamos dar um melhor tratamento ao Papa, que é nosso pai espiritual. O que não significa que não devêssemos tratar um santo também com a merecida dignidade.”
Vou apresentar as próprias Palavras do Cristo “Ele, porém, responderá: ‘Não sei de onde sois. Afastai-vos de mim, todos vós que praticais a iniqüidade! ’” Lc (13,27) a quem deixar de exercer a igualdade de tratamento. Não esqueçam do que Jesus nos ensinou sobre o modo como devemos nos tratar constante na narrativa do lava-pés!
2.6 Carlos, veja bem o que dizes: “O senhor mais uma vez se espeta, pois ao mesmo tempo em que tenta transmitir uma mentalidade igualitária, confessa que trataria melhor São Francisco de Assis em detrimento do Papa, só porque São Francisco foi homenageado como a personalidade do II Milênio. Se o senhor fosse coerente deveria defender o mesmo tratamento para ambos.”
Carlos, você insiste em ferir-se quando inicia dizendo “pois ao mesmo tempo em que tenta transmitir uma mentalidade igualitária” e logo depois conclui dizendo “Se o senhor fosse coerente deveria defender o mesmo tratamento para ambos”, até quando continuarás ferindo a si próprio? Permanecendo na minha mentalidade igualitária, em verdade te digo que permanecerei na Verdade de Cristo!
2.7 “Sim. O senhor tem mentalidade crítica contra a Igreja e eu tenho mentalidade crítica contra a sua mentalidade crítica em relação à Igreja. O senhor não é mais importante que a Igreja.”
Carlos, você conclui algo que em NENHUM momento de nosso diálogo manifestei; portanto em verdade te digo que é o teu próprio coração que está a negar o Cristo, e permanecerei orando por ti!
Paz e Bem.
Caros,
Só para constar, o sr. Eurípedes está defendendo proposições heréticas. É ele quem está negando o Credo, que afirma claramente ser Nosso Senhor Jesus Cristo “Deus de Deus, Luz da Luz, Deus Verdadeiro de Deus Verdadeiro, gerado, não criado, consubstancial ao Pai; por Ele todas as coisas foram feitas”.
No versículo “todas as coisas foram feitas por Ele”, Ele é o Verbo, e não Deus Pai. Assim sempre entendeu a Igreja. Contra a interpretação do sr. Eurípedes, temos Santo Agostinho na Catena Aurea: “el Verbo de Dios es Dios con Dios y coeterno con el Padre”.
Ademais, na Litania Lauretana, a Virgem Maria é chamada com razão de MATER CREATORIS.
Sr. Eurípedes, o senhor já ouviu falar em Santíssima Trindade?
Abraços,
Jorge
Que a Paz esteja com você!
Jorge,
Segue trechos dos Credos que possuo em mãos:
CREDO EM LATIM (ORIGINAL)
Credo in unum Deum,
Patrem omnipoténtem,
Factórem cæli et terræ,
Visibílium ómnium et invisibílium.
Et in unum Dóminum Iesum Christum,
Fílium Dei Unigénitum,
Et ex Patre natum ante ómnia sæcula.
Deum de Deo, lumen de lúmine, Deum verum de Deo vero,
Génitum, non factum, consubstantiálem Patri:
(…)
CREDO DE NICÉIA E CONSTANTINOPLA
Creio em um só Deus,
Pai todo-poderoso,
Criador do céu e da terra,
de todas as coisas visíveis e invisíveis.
Creio em um só Senhor, Jesus Cristo,
Filho Unigênito de Deus,
gerado do Pai
antes de todos os séculos:
Deus de Deus,
Luz da luz,
verdadeiro Deus de verdadeiro Deus,
gerado, não feito,
da mesma substância do Pai.
(…)
CREDO LATINO UTILIZADO NAS MISSAS
Creio em Deus Pai todo-poderoso,
Criador do Céu e da terra.
E em Jesus Cristo, seu único Filho,
nosso Senhor, que foi concebido
pelo poder do Espírito Santo
(…)
Pergunto-lhe: Quantos são os Criadores do Céu e da Terra e de todas as coisas visíveis e invisíveis?
Paz e Bem.
Sr. Eurípedes,
O Jorge já provou na mensagem acima que o senhor está defendendo heresia. Vou mostrar outro grave erro seu:
“Enquanto a Igreja (seus integrantes) não viverem como Jesus, o Mestre, viveu, em verdade eu te digo que a Igreja (seus integrantes) não estarão a manifestar a Perfeição do Cristo! Só é Perfeito quem doa tudo em favor de seu semelhante, passando a viver como o Cristo. É o próprio Cristo quem nos afirma isso! Apesar de Zaqueu não doar tudo, encontra a Salvação ao passar a mover-se pelo Espírito do desprendimento, colocando sua doação a serviço do seu semelhante. Portanto, em verdade te digo que enquanto a Igreja (seus integrantes) estiverem a agir como Zaqueu, estarão manifestando tão-somente a Salvação e NÃO a Perfeição a partir de si mesmos”
Então, só o senhor é perfeito? Por acaso o senhor já doou TUDO o que tinha e deu aos pobres? Duvido. E se o senhor não fez isso, não tem moral para criticar ninguém, muito menos os Papas.
Um abraço,
Carlos.
Eurípedes,
Fácil. Um.
Repito a pergunta que foi ignorada: já ouviu falar em Santíssima Trindade?
Abraços,
Jorge
Ah, e a propósito, o CREDO original não é em latim, e sim em grego.
– JF
Que a Paz esteja com você!
Jorge,
Pois é Jorge, só que você omitiu qual pessoa da Trindade corresponde o seu “um”.
1. O Deus, Pai Todo-Poderoso, Criador do Céu e da Terra, é a primeira pessoa da Trindade; portanto quem criou todas as coisas visíveis e invisíveis foi Deus Pai, a primeira pessoa da Trindade. A segunda pessoa, gerado do Pai, antes dos séculos, permanecendo junto ao Deus Pai, e que presenciou a ação Criadora de Deus Pai (primeira pessoa da Trindade). Por fim, o Espírito Santo é a terceira pessoa da Trindade.
2. Além do exposto no item 1, é o próprio Jesus que reconhece que “Em verdade, em verdade vos digo: o Filho de si mesmo não pode fazer coisa alguma;(…)”
3. A propósito, eu referia-me ao texto original da vulgata em latim; por favor, não se faça de desentendido, pois você entendeu muito bem; O texto da vulgata é categórico : “Génitum, non factum, consubstantiálem Patri: Per quem ómnia facta sunt.”, ou seja, “Gerado, não feito, consubstancial ao Pai: Por quem todas as coisas foram feitas”. Portanto, o que segue aos dois pontos identifica quem é o Pai, por meio de quem foram criadas todas as coisas, enfim, a primeira pessoa da Trindade!
Paz e Bem.
Sr. Eurípedes,
O “Um” não se refere a nenhuma pessoa da Trindade, e sim às Três, dado que Elas não se separam. Assim ensina São Pio X:
Portanto, reitero: o senhor está defendendo doutrinas heréticas.
Recomendo ao senhor que procure saber a interpretação dada pela Igreja a esta passagem, e às outras que foram citadas.
O CREDO não está na Vulgata, é do Concílio de Nicéia (complementado pelo de Constantinopla) e o original é em grego.
Abraços,
Jorge
Que a Paz esteja com vocês!
1. Jorge, em verdade eu te digo que São Pio X não é Maior que o Mestre, Jesus Cristo, o Nazareno, Filho do Deus vivo, unigênito do Pai.
2. Jorge, em verdade eu te digo que não acreditarás em mim enquanto o teu coração permanecer fora da Verdade; porque o que digo está e permaneçe na Verdade de Cristo, e por conseguite, na Verdade de Deus Pai que O enviou para dar testemunho da Verdade.
3. Jorge, em verdade eu te digo que todo aquele que está e permanece na Verdade de Cristo, constitui-se rocha, tal qual A Rocha que é o Verbo encarnado!
Que o Pai Celestial tenha misericórdia de vós, que Jesus Cristo tenha piedade de vós e que Maria, nossa Mãe, interceda por vós, Amém!
Paz e Bem.
Sr. Eurípedes,
1. Em verdade, eu te digo que estás defendendo heresias.
2. Em verdade, eu te digo que as tuas heresias obviamente não estão na “Verdade de Cristo”, posto que Nosso Senhor, sendo Deus, não é herege.
3. Em verdade, eu te digo que a tua recusa sistemática e progressiva em se submeter à Igreja é uma das coisas mais tristes que já presenciei cá no Deus lo Vult!.
Memorare, o Piissima Virgo Maria….
Abraços,
Jorge
Que a Paz esteja com vocês!
Só uma esclarecimento complementar:
A vulgata, tradução da Bíblia para o latim, a pedido do Papa Dâmaso I, escrita por São Jerônimo; entretanto nos primeiros séculos a serviu-se sobretudo da língua grega. Portanto inspirados nos textos bíblicos gregos e da vulgata latina, construiu-se o Credo Niceno e Constantinoplano que é uma síntese da Fé Judaico-Cristã. Em verdade eu te digo que este não pode contradizer aquele e vice-versa.
Permanecerei orando por vocês!
Paz e Bem.