Carta à CNBB – Nomeação de Abortista para o STF

[Carta enviada a Sua Excelência Reverendíssima Dom Dimas Lara Barbosa, Secretário-Geral da CNBB, por ocasião do apoio à indicação de Toffoli para o Supremo Tribunal Federal.]

Sua Excelência Reverendíssima,
Dom Dimas Lara Barbosa,
Secretário-Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil,

Conceda-me V.E.R. a sua bênção!

Excelência, foi com profundo pesar que encontrei nos meios de comunicação – v. http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u630895.shtml – a seguinte manchete: CNBB defende indicação de Toffoli para o STF. E a seguinte frase proferida por V.E.R.:

“O ministro sempre tem declarado ser uma pessoa católica. O próprio padre Toffoli dá testemunho do irmão, não só falando da sua competência como também do seu proceder ético. Nesse sentido, esperamos que no Judiciário possa exercer sua função contando com a colaboração do futuro ministro de fazer a justiça acontecer no nosso país”.

Não consigo compreender os motivos que levaram V.E.R. a fazer semelhante declaração, nem sei quem está assessorando V.E.R., mas sei que tal declaração é um profundo e doloroso golpe desferido contra os católicos que, nesta Terra de Santa Cruz, amamos a Igreja de Nosso Senhor e nos esforçamos para defender os Seus direitos.

O ministro que “sempre tem declarado ser uma pessoa católica” é, além de petista (e V.E.R. deve se lembrar do recente caso do direito à objeção de consciência negado a dois petistas pelo Conselho de Ética do partido), publicamente favorável ao aborto e ao “casamento” de homossexuais, como pode ser visto na seguinte reportagem da revista VEJA:

O senhor é católico praticante, e a Igreja defende a manutenção da criminalização do aborto. Não há aí uma contradição? Respondo com tranquilidade: sou contra o aborto. E duvido que exista sobre a Terra algum ser humano favorável ao aborto. Mas o problema tem de ser encarado de outro ponto de vista: qual é a melhor forma de combatê-lo? Qual é a melhor maneira de diminuir o número de casos de aborto? A criminalização não é a resposta. Ela pode até ser importante do ponto de vista moral para dizer que é algo errado, incorreto, mas não resolve o problema. Não adianta alimentar uma polêmica de religião versus estado ou de feminismo versus Igreja. É necessário que as pessoas pensem na melhor forma de combater o aborto. Resumindo: sou contra o aborto e contra sua criminalização.

[…]

O senhor também já deu parecer favorável à união civil entre pessoas do mesmo sexo. Essa é uma posição do governo? Essa é uma posição da interpretação das leis do Brasil. Está clara na Constituição a proibição de discriminação de qualquer espécie. Eu entendo que a Constituição atende também à realidade do homossexualismo. Na medida em que há uma relação homoafetiva, você tem de protegê-la legal e constitucionalmente. A Igreja tem todo o direito de considerar isso um pecado. Aquele que é católico vai se entender com a Igreja. Agora, o estado e AGU têm de se pautar pela Constituição, que proíbe a discriminação de qualquer espécie.

Fonte: http://veja.abril.com.br/060509/entrevista.shtml

Então, resumindo: o sujeito é petista, é publicamente favorável ao aborto, publicamente favorável à união civil entre pessoas do mesmo sexo e, portanto, publicamente favorável a coisas que são frontalmente contrárias à Lei Natural, e V.E.R. vem a público defender a sua nomeação para o Supremo Federal Tribunal, enaltecendo a sua “competência” e o seu “proceder ético”? Que competência, Excelência? Que ética?

Perdoe-me V.E.R. pela dureza das palavras que este email carrega, mas é preciso dizê-lo com clareza: Excelência, estamos cansados! Estamos cansados de nos envergonharmos dos nossos bispos e de nossa Conferência Episcopal. Estamos cansados de encararmos a CNBB como sendo uma inimiga da qual, a qualquer momento, pode vir um golpe traiçoeiro desferido contra a Igreja de Nosso Senhor. Estamos cansados de dar murros em ponta de faca e de defendermos em público tudo aquilo que a Igreja ensina e defende para, depois, no dia seguinte, os meios de comunicação publicarem que a CNBB defende precisamente o contrário. Com que cara ficamos nós, Excelência, que não queremos senão ser católicos, quando os nossos bispos vêm a público defender o contrário do que a Igreja defende? Como não sentir uma profunda dor da alma, ao vermos que as nossas muralhas estão guardadas por sentinelas pusilânimes e relapsas, que parecem não temer Aquele Dia no qual o Justo Juiz vai pedir contas do trabalho que fizeram e deixaram de fazer?

Para ficar somente no exemplo do caso concreto (poderíamos trazer incontáveis outros), no caso da presente indicação do petista abortista para a vaga do Min. Direito no Supremo Tribunal Federal, vários católicos Brasil afora protestaram contra a presença do defensor do aborto no STF. Para não me alongar desnecessariamente, tenha V.E.R. a bondade de conferir os seguintes links:

http://contra-o-aborto.blogspot.com/2009/09/toffoli-o-papista.html

http://diasimdiatambem.wordpress.com/2009/09/29/toffoli/

E então, Excelência? Quando nós, católicos, levantamo-nos em público contrariamente à nomeação de um sujeito que é pró-aborto para o Supremo Tribunal Federal do Brasil e, no dia seguinte, as manchetes dos jornais dizem que a CNBB apóia a indicação do mesmíssimo indivíduo para o mesmíssimo cargo, como Vossa Excelência acha que nós ficamos? De que maneira podemos defender a Igreja, se os senhores bispos desta Terra de Santa Cruz estão empenhados em atraiçoá-La covardemente?

Excelência, não queremos senão ser católicos. E não queremos senão ter bispos católicos, que parem de atrapalhar o já árduo trabalho de defender a Igreja nesta sociedade paganizada onde vivemos. É acaso isso pedir demais? Será possível que a Conferência vai continuar a vida inteira militando contra tudo aquilo que a Igreja sempre ensinou e defendeu? Será possível, Excelência, que nos será negada até mesmo a esperança de vislumbrar uma luz no fim do túnel?

Com uma profunda dor na alma,
e rezando pelos Sucessores dos Apóstolos,
subscrevo-me,
filialmente,

Jorge Ferraz
Leigo Católico,
Recife/PE

Publicado por

Jorge Ferraz (admin)

Católico Apostólico Romano, por graça de Deus e clemência da Virgem Santíssima; pecador miserável, a despeito dos muitos favores recebidos do Alto; filho de Deus e da Santa Madre Igreja, com desejo sincero de consumir a vida para a maior glória de Deus.

65 comentários em “Carta à CNBB – Nomeação de Abortista para o STF”

  1. Caro Jorge, a paz!

    Parabens pela carta, faço desta a minha!
    Também fico indignado com tudo isto!

    Contudo, me conforta as palavras de um antigo ditado que diz: “Se nem os bispos conseguiram distruir a Igreja, menos ainda os seus inimigos!”. Mas a este ponto é crucial a pergunta: “Quem são os bispos? E quem são os inimigos da Igreja?”, Muitas vezes parecem ser e estarem na mesma proa.

    Graças a Deus que é o Espírito Santo a guiar a Igreja!

    Pe. Mateus Maria
    Te quero bem!

  2. Eu quero fazer uma pergunta para os ateus como o senhor Mallmal, e outros, que aqui fazem os seus comentários:

    Voc~es entram em sítios protetantes para darem as suas opiniões?

  3. “Como já ad nauseam explicado, nem a condenação ao aborto e nem a ao gayzismo são “preceitos da Fé Católica”, e sim da Lei Natural universalmente válida, à qual deve estar conforme toda lei positiva.”

    Jorge, como ad nauseam explicado (?), espero seu apoio à revogação da lei de homicídio.

    Seu argumento de refutação é tão válido quanto o acima.

    Abraço.

  4. Protestante e ateu é tudo a mesma coisa, certamente entrar pra comentar aqui é mais interessante, porque tem algo de diferente.

  5. (pergunta dirigida a mim, especificamente, entre outros)

    Renato,

    “Voc~es entram em sítios protetantes para darem as suas opiniões?”

    Não. Assim como não entro em sites católicos, espíritas, macumbeiros, ou etc genéricos, que possuem o mesmíssimo nível dos protestantes genéricos.

    O Jorge (por meios que ignoro) conseguiu reunir pessoas católicas com bom nível de discussão por aqui. É uma pena que o nível ande se aproximando do chão a passos largos, but…

    Se o senhor conhece algum site protestante onde possa haver discussão (no sentido estrito da palavra), gostaria que deixasse o link por aqui.

    Entrarei alegremente.

    Entenda, Sr. Renato, que não estou aqui para a prática de retórica vazia. Estou aqui para DISCUTIR. Isso nunca fez mal a nenhuma doutrina. Em geral, fez bem.

    Falando em bem, passar bem.

  6. Vamos instituir o “Dia do Grito dos oprimidos pela CNB do B”.

  7. Artur,

    “Esses ´´ateus´´ daqui são piores que protestante, sempre usando os mesmos argumentos manjados, já refutados um milhão de vezes. Quantas bilhões de vezes vamos ter que provar que gayzismo e abortamento não é questão religiosa pra essa turma?”

    O dia em que comprovarem que tais afirmações não são axiomáticas e injustificáveis fora de um contexto religioso e/ou filosófico.

    Ao contrário do que o Jorge disse (ou insinuou), o anti-gayzismo e o anti-abortismo não são verdades absolutas per se, dependendo do aval de uma “entidade” ou “verdade” externa.

    Infelizmente para os que defendem tal ponto de vista, essa entidade ou verdade só pode ser acessada através da “fé”, um termo que se traduz: “igual meus pais ou meus amigos ou quem me convenceu disseram”…

  8. Jorge, realmente muito triste!

    Faço minhas as suas palavras…

    Um abraço, que Deus nos abençoe, e ilumine todo o clero.

    Seu irmão em Cristo, Jones.

  9. “Protestante e ateu é tudo a mesma coisa”

    Artur: não é, não! Por favor: não generalize…

  10. Parabéns, Jorge,

    Se nem Dom Hélder não conseguiu acabar com o catolicismo no Brasil, não será Dom Dimas quem o fará.

    As portas da CNBB não prevalecerão contra a Igreja de Cristo!

  11. Blog Mallmal says:

    “Como já ad nauseam explicado, nem a condenação ao aborto e nem a ao gayzismo são “preceitos da Fé Católica”, e sim da Lei Natural universalmente válida, à qual deve estar conforme toda lei positiva.”

    Jorge, como ad nauseam explicado (?), espero seu apoio à revogação da lei de homicídio.
    _________________________________________________________

    É exatamente aí é que está a questão.
    Se o que a Igreja Católica diz não deve ter força de lei civil, logo, o homicídio e o roubo por exemplo, devem ser legalizados por serem condenados pela Igreja e cuja proibição encontra-se nos Dez mandamentos.

  12. Precisamos nos organizar e escrever ao Vaticano.
    Enviar um ofício a Sagrada Congreção dos Bispos e Defesa da Fé.
    É melhor deixar de lado o Conselho para Vida, porque D. Fisichella pode apoiar D. Dimas.

  13. Nunca a Igreja no decorrer de sua historia pregou o homicídio o ou incentivou. Alias, foi a mesma Igreja que aboliu rituais de sacrifícios, matarem a mulher como o marido como se fazia na Índia, os ordálios e tudo o mais que se pratica entre os bárbaros em desrespeito à vida. Argumento sem logica alguma. Foi o cristianismo oque ensinou a fazer o bem sem nenhum interesse, por pura amor ao próximo…ou a salvação da alma paganismo só se afaz o bem em vista de algum retorno. Quem formou eticamente a civilização cristã? Que ensinou que roubar, mentir, enganar é errado? Hope muito do que a lei defende foi defendido e ensinado pela Igreja. Até com radicalidade, pois quem não respeitava a vida do outro devia pagar com isso com a própria vida. Daí a Igreja aceitar condenar à morte um homicida. Em vista da valorização da vida alheia. Em relação ao aborto, pagãos o praticavam. Não é nada moderno ser abortista. Assim com o em Esparta jogavam fora ou matavam as crianças de defeituosas e mulheres. Questiona. Por que ao invés de pedir pra abolir o homicídio, também não pedem ao STJ para permitir que aqueles velhinhos inúteis, que sofrem na cama tenham seu merecido descanso com uma eutanásia sofisticado, já que eles não mais produzem para o Estado e atrapalham seus familiares? É isto uma questão religiosa? Incesto é uma questão religiosa apenas legal? Por que não lutar pra casar com sua irmão aquela bonitona, já que incesto é pecado mas a lei humana até agora diz que é crime também. Só o abortamento é um dogma religioso. Só pode ser contra ele os católicos fanáticos, segundo os ateus e agnósticos? Infelizmente com a atitude deste bispo os verdadeiros católicos serão sempre vistos pelos inimigos da Igreja como fanáticos e loucos. Como defender a doutrina da Igreja que sempre esteve a serviço do bem e da lei natural quando seus membros apóiam quem as contraria? Triste realidade. Estamos sozinhos? Não. Deus nos dará a vitória! E os lobos disfarçados de cordeiros irão sempre mais mostrados seus afiados dentes para que deles nos projetarmos e os expulsemos.

  14. “O dia em que comprovarem que tais afirmações não são axiomáticas e injustificáveis fora de um contexto religioso e/ou filosófico.

    Ao contrário do que o Jorge disse (ou insinuou), o anti-gayzismo e o anti-abortismo não são verdades absolutas per se, dependendo do aval de uma “entidade” ou “verdade” externa.”
    Em qual contexto é justificável um assassinato de um inocente? Só se for no contexto mallmático, porque de fato no filosófico ou religioso, nunca será justificável, se não há nenhum impeditivo lógico e filosófico, então a rigor tudo é permitido.

  15. Já disse que a questão do aborto independe de religião, eu sempre fui contra mesmo antes de acreditar em Deus e aceitar a Fé católica, então para um católico é simplesmente um escândalo defender o aborto, tanto é assim, que o próprio direito canônico preve excomunhão automática nesse caso.
    Isso, aliás, já estamos cansados de saber. Se os católicos são maioria aqui nesse país, temos que nos ajudar e parar qualquer projeto de lei que fira os dogmas da Santa Igreja.

  16. mais um católico a favor da vida e contra essa presepada do governo, apoiado descaradamente pela CNBB.

    PAX

  17. Mallmal,

    O dia em que comprovarem que tais afirmações não são axiomáticas e injustificáveis fora de um contexto religioso e/ou filosófico.

    E você quer que os juízos morais sejam emitidos em que contexto?

    Jorge, como ad nauseam explicado (?), espero seu apoio à revogação da lei de homicídio.

    Do que está falando?

    Abraços,
    Jorge

  18. Jorge, também enviei sua carta para este Bispo. Porém, pedi-lo a “benção”, sinceramente, não consegui!

  19. Também mandei a carta para a CNBB, a defensora do aborto e do gayzismo no Brasil.
    Carlos.

  20. Bom dia!
    A carta está bem interessante e concordo com o que foi dito, mas indico o seguinte link onde a própria CNBB desmente a noticia de que apoia Toffoli:

    http://blog.veritatis.com.br/index.php/2009/10/01/cnbb-desmente-apoio-a-toffoli-em-nota-oficial/

    A imprensa tem um poder muito grande em deturpar as palavras ditas por autoridades. Ela gosta de sensacionalismo mesmo à custa difamação dos outros. Por um acaso vcs acham que a notícia de que a CNBB tivesse dito logo que não apoia teria o mesmo estardalhaço que teve ao deturpar as palavras de D. Dimas?

    Lembremos ainda que a opinião particular de uma pessoa (mesmo que seja a de um bispo) não é a opinião de toda a Igreja. Além do mais uma generalização apressada é uma falácia, que faz do nosso argumento um erro.

    É sempre melhor buscar diretamente na fonte que ficar dando ouvidos à imprensa brasileira, pois na grande maioria das vezes suas notícias são parciais e carregadas de preconceito religioso.

    Até mais.

  21. Rodrigo,

    Então como se justifica esta afirmação da própria CNBB no seu “Comunicado à Imprensa”:
    “Dom Dimas expressava os votos de que o novo Ministro pudesse desempenhar suas funções segundo os valores éticos e cristãos, e que pudesse, assim, colaborar para que a justiça se cumpra sempre mais em nosso país. ”

    Que “valores éticos e cristãos” tem Toffoli, que é um pró-aborto, pró-gay, militante petista e ainda se diz católico?

    Será que a CNBB é tão ingênua, tão desinformada sobre a política pró-aborto, pró-gay, pró-promiscuidade, pró-militância petista que acontece no nosso país? Será que ela estava tão ocupada com assuntos de exclusivo interresse para a salvação das almas que nem sequer teve tempo de enviar uma nota às autoridades criticando Toffoli?
    Mas não, CNBB só tem afã de se envolver em questões que lhe convém, onde o materialismo se faz presente.

  22. Messias,

    “É exatamente aí é que está a questão.
    Se o que a Igreja Católica diz não deve ter força de lei civil, logo, o homicídio e o roubo por exemplo, devem ser legalizados por serem condenados pela Igreja e cuja proibição encontra-se nos Dez mandamentos.”

    Isso mesmo. Assim como quem peca contra a castidade em pensamento. Mande construir mais cadeias. Você já viu quantos adolescentes tem no mundo? Ô argumentinho…
    (Isso que nem quis entrar na questão de guardar domingos e dias de festas…)

    Jorge,

    “E você quer que os juízos morais sejam emitidos em que contexto?”

    Não-religioso, pode ser?
    E se você quer que seja religioso, por que motivo racional deveria ser pelo da sua religião?

    “Do que está falando?”

    Da lei natural. Assassinato é uma constante no mundo do seu Deus, logo deve ser bom. VIVA a LEI NATURAL!
    Se você se refere a Lei Natural como Lei Divina (uma clara ressignificação – propaganda enganosa – do conceito de “natural”), vale a pergunta acima.

    Abraços!

  23. Não consigo entender os argumentos religiosos para que os homossexuais não sejam protegidos pela Lei.
    Lei Natural? Mas o Brasil não possui uma Constituição que visa o bem de todos, sem discriminação?

  24. Blog Mallmal,

    Para vocês laicistas, tudo o que a igreja Católica diz é apenas dogma que só serve para ela. O raciocínio é: “A Igreja católica diz que é proibido? Então deve ser permitido.” por isso defendem o aborto com a mesma linha de raciocínio: “Aborto é pecado para a Igreja? logo deve ser permitido”. O que eu quis demonastrar é que certos manipuladores utilizam esse “raciocínio” para defender o aborto. E você cai direitinho.
    Por isso comparei com o homicídio e o roubo. Aplicando a mesma lógica dos abortistas, os mesmos devem ser vistos até mesmo como direitos.

    Fiz também outro raciocínio utilizado por abortistas/laicistas: o anti-abortismo é dogma da Igreja? A lei não deve considerar.
    Logo:
    O abortismo é dogma da IURD? Logo, o aborto também não pode ser legalizado pelo fato do Estado ser laico.

    Aliás, é exatamente esse argumento reducionista que utilizarei doravante para combater a legalização do aborto, já que vocês não conseguem entender o que dissemos (ou fingem que não conseguem).

    Quanto ao “construir cadeias para os que pecam contra a castidade em pensamento”.
    Existe diferença entre pecado e crime.
    Crimes como roubar, matar, sequestrar, são crimes e ao mesmo tempo pecado.
    Mas, nem tudo que é tipificado crime pela lei é necessariamente pecado. Por exemplo: Regimes ateus como o socialismo caracterizam a religiosidade como crime punível até com tortura e pena de morte.
    Só na sua cabeça a Igreja Católica acha que “pecar contra a castidade em pensamento” deva considerada crime.
    Pecados que são também crime devem ser combatidos pela Igreja e pela lei civil.
    Pecados que não são crimes e não prejudicam outrem a Igreja não quer que seja considerado crime. É uma questão de consciência moral e uma boa confissão sincera acompanhada de uma contrição para não mais pecar já é suficiente. A César o que é de Casar, a Deus o que é de Deus.

  25. “Não consigo entender os argumentos religiosos para que os homossexuais não sejam protegidos pela Lei.
    Lei Natural? Mas o Brasil não possui uma Constituição que visa o bem de todos, sem discriminação?”

    Por isso.
    Se a lei proteje os indivíduos sem distinção, para quê direitos especiais para os homossexuais? Seria favoritismo.

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