Sua Excelência Reverendíssima Dom Geraldo Lyrio Rocha,
Arcebispo de Mariana e Presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil,
Sua Excelência Reverendíssima Dom Luiz Soares Vieira,
Arcebispo de Manaus e Vice-Presidente da CNBB,
Sua Excelência Reverendíssima Dom Dimas Lara Barbosa,
Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro e Secretário-Geral da CNBB,
Pax!
Foi recentemente noticiado na mídia que a CNBB lançou uma campanha para deter a AIDS – cf. Zero Hora -, iniciativa que é em si muito louvável e que merece aplausos. No entanto, e infelizmente, a mesma matéria insinua haver uma discrepância entre a Pastoral da DST/AIDS e os ensinamentos morais da Igreja Católica, coisa que é muito de se lamentar.
Na supracitada matéria, é possível ler que tal campanha “traz visibilidade a um setor do clero católico mais tolerante com o comportamento sexual dos fiéis do que o Vaticano”, a qual “é interpretada como uma tentativa da igreja de assumir uma postura mais ‘realista’ diante da epidemia e menos calcada nos preceitos morais que ainda condenam o uso de preservativos”. Pode-se ler ainda que “os religiosos que estão na ponta, atendendo diretamente às pessoas, são mais tolerantes do que o discurso oficial da igreja”, que o seu “discurso [é] mais moderado em comparação à tradicional aversão do Vaticano à camisinha” e que se valoriza “a decisão dos próprios fiéis em lugar de qualquer determinação clerical prévia”.
Queiram V. Exas. Revmas. atentar para a seriedade deste assunto: segundo noticia a mídia, existe uma pastoral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil que não se coaduna com os preceitos morais da Igreja Católica. São enormes o escândalo e a confusão do povo fiel que este tipo de comportamento pode provocar, se não for esclarecido com a veemência que a gravidade da situação exige.
Isto posto, pergunto:
1. O discurso da Pastoral da DST/AIDS da CNBB segue o discurso católico, ou é “mais moderado” do que este?
2. Caso seja “mais moderado”, é moralmente lícito incentivar (ainda que indiretamente) e/ou tolerar o uso do preservativo como um “mal menor” no combate à AIDS?
3. Ainda, caso seja “mais moderado”, é lícito a um organismo ligado à CNBB ser “mais moderado” do que a Igreja à qual ele, supostamente, serve?
4. Caso as supracitadas informações sejam falsas e a Pastoral da DST/AIDS esteja em perfeita sintonia com o ensino moral da Igreja Católica, a CNBB não vai publicar uma nota desmentindo as informações que estão sendo veiculadas na mídia secular?
Com os meus votos de estima e apreço,
e rezando pelos Sucessores dos Apóstolos nesta Terra de Santa Cruz,
subscrevo-me,
em Cristo,
Jorge Ferraz
Leigo Católico
Recife, PE
P.S.: Material Complementar: Los valores de la familia contra el sexo seguro, do Pontifício Conselho para a Família.
espero que eles respondam de forma coerente
essa pastoral da aids já envergonhou demais a gente :/
Como sempre não haverá nenhuma resposta…
Parabéns, Jorge.
Sua carta é muito boa. Subscrevo-a.
Mas duvido que “eles” – os vendidos da CNBB do B – mudem o discurso ou sequer respondam seus questionamentos. Tudo o que eles querem é estar de bem com a mídia politicamente correta, com o lulopetismo e com a patota gay.
Um abraço.
Carlos.
Até quando muitos dos que se dizem católicos vão continuar com todo este zelo e respeito pela CNBB?
Que tragédia este abismo que separa o que a Santa Igreja ensina e aquilo que a CNBB faz com suas pastorais. Em vez de pastoral da AIDS deveria ser Pastoral da Castidade, afinal a única forma de acabar com a AIDS é ensinar o valor da pureza e da castidade!
Obrigada por tirar o tempo para escrever a ele Jorge!
Pax
JM