Quero prestar a minha homenagem ao centenário do nascimento de Chico Xavier, transcrevendo algumas páginas de uma obra fundamental sobre o assunto: “Espiritismo – orientação para os católicos”, do frei Boaventura Kloppenburg. O texto é grande (quem tiver interesse, clique em “Leia o resto deste artigo”, abaixo, para lê-lo na íntegra), mas é muito rico de conteúdo.
Gostaria de transcrever, antes de tudo, algumas linhas que o bom franciscano coloca no prefácio da supracitada obra:
Não sou novato em matéria de espiritismo. Na década de 50 publiquei sobre a matéria livros, cadernos, folhetos e artigos sem conta. Era antes do Concílio Vaticano II (1962-1965), quando defendíamos nossa fé cristã e nossa Santa Igreja contra os ataques de seus adversários. E entre eles estava evidentemente o espiritismo. Era a apologética. Meus escritos, então, estavam sem dúvida marcados pelo ânimo de defesa da fé, para a orientação dos católicos. De um dos meus folhetos (“Por que o católico não pode ser espírita”) chegamos atirar, em sucessivas edições de cem ou duzentos mil exemplares, mais de um milhão de cópias.
Veio então o Concílio com seu apelo ecumênico para o diálogo e a união. Dizia-se que o Vaticano II acabara de vez com a apologética. Em conseqüência e obediente, afastei-me da liça. Meus livros sobre a matéria não foram mais publicados. Os espíritas respiraram então à vontade. Mas, de fato, depois não houve nem diálogo nem muito menos união.
É por este motivo que julgo importante rasgar o véu do silêncio pernicioso, e do tácito pacto de “não-agressão” que, em última instância, é hipócrita. O espiritismo é uma falsa doutrina. Espiritismo e Catolicismo são mutuamente excludentes. Ninguém pode ser, ao mesmo tempo, católico e espírita.
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E, sobre o mesmo assunto, vale a pena ler também
1. ‘Chico Xavier exalava amor’, diz padre de Uberaba.
P.S.: (04-jun-2010): Resposta do padre de Uberaba à falsa matéria de G1.
2. As fraudes de Chico Xavier.
* * *
4. ANÁLISE PSICOLÓGICA DE UMA MENSAGEM PSICOGRAFADA
Figuremos um fenômeno autêntico de psicografia, sem fraude nem simulação. Façamos mesmo a melhor suposição, do ponto de vista espírita: um médium, residente no Rio, sente repentinamente impulso estranho e involuntário na mão, pega de um lápis, coloca a mão e o lápis sobre uma folha de papel, a mão escreve nervosamente, sem que o médium tenha a menor idéia (é “médium mecânico”, segundo a terminologia de Kardec), e eis que aparece a seguinte mensagem: “Papai está doente. Alice”. – Mas o pai do médium mora em São Paulo e o médium ainda ontem recebera uma carta de casa informando que lá todos vão bem. “Alice” seria o nome do espírito “guia”. Imediatamente nosso médium pede uma ligação telefônica para São Paulo e de lá vem a informação clara e inegável: “Papai está doente”.
Eis o fenômeno. Kardec e seus seguidores o terão certamente como um bom e raro fenômeno espírita. Digo “raro” porque a grande maioria das mensagens psicografadas não traz nenhuma surpresa na mensagem; e também porque, segundo Kardec, os médiuns mecânicos são raros.
Tentemos agora uma serena análise psicológica deste fenômeno, de acordo com os conhecimentos de hoje. O fenômeno, como se vê, não é simples, mas complexo. Analisando-o e decompondo-o em suas partes constitutivas, teremos quatro elementos:
1. O movimento impulsivo e involuntário da mão do médium com o lápis;
2. a escrita inconsciente, mas inteligente, produzindo uma mensagem;
3. a mensagem surpreendente, com um conteúdo que o médium não podia conhecer;
4. o nome estranho que assina o recado.
Ora, não é difícil demonstrar, à luz dos atuais conhecimentos, que cada Um destes quatro elementos constitutivos está perfeitamente dentro do âmbito das potências e faculdades naturais da alma humana, sem precisar, para sua realização, do concurso de espíritos ou almas desencarnadas. Logo, também o seu conjunto, ou a conjunção dos quatro elementos num só fenômeno complexo, é natural ou, como diriam os espíritas, é “anímico” (segundo a terminologia não muito feliz de Aksakof e Bozzano). Para fazer esta demonstração basta recordar resumidamente o seguinte:
1. A lei da motoricidade específica das imagens é capaz de desencadear movimentos musculares bastante complexos, independentes da vontade e da consciência. Estes movimentos impulsivos e repentinos podem irromper espontaneamente do psiquismo humano. Os espíritas ainda não se conformaram com a idéia do subconsciente no homem. Compreende-se esta atitude reacionária em vista de suas convicções formuladas há mais de um século, quando as descobertas de F. H. W. Myers, W. James, P. Janet, Charcot, Freud, Bleuler, Adler, Jung e outros ainda estavam numa fase totalmente embrionária. Mas como eles constantemente fazem praça de marcar passo com a ciência, está na hora, também para eles, de começar a falar de modo diferente. Já não estamos no orgulhoso século XIX. Ora, estes automatismos explicam cabalmente não apenas o movimento impulsivo e involuntário da mão do médium com o lápis (primeiro elemento), mas também a escrita inconsciente e inteligente, produzindo uma mensagem (segundo elemento). A psiquiatria conhece muito bem o fenômeno da escrita automática de certos dementes, que são capazes de produzir cadernos de mensagens “para salvar o mundo”. Ninguém dirá hoje que eles são movidos por espíritos do além. Falando de um caso semelhante, dizia Richet: “Parece-me sempre mais simples admitir que a bela inteligência de Sardou fez um trabalho inconsciente do que supor que a alma de Mozart veio animar os músculos de Victorien Sardou” (Tratado de metapsíquica, vol. I, p. 82). E não nos esqueçamos deste outro princípio formulado pelo mesmo autor na p. 78: “O inconsciente é capaz de fazer tudo o que o consciente pode fazer”.
2. As experiências (pelo método quantitativo) da escola de Rhine provam a realidade da percepção extra-sensorial no homem. Verificou-se também que esta percepção independe das leis comuns do espaço, isto é: a distância (Rio-São Paulo) não modifica nem afeta a natureza da percepção psigama. Sabe-se ainda que a percepção é mais fácil e mais segura quando incide sobre um objeto carregado de valores existenciais, com ressonância afetiva ( doença do pai, ou morte de uma pessoa, desastre etc.). Assim também o terceiro elemento (a mensagem surpreendente, com um conteúdo que não se podia obter pelas vias normais e conhecidas) recebe hoje sua perfeita explicação natural.
3. A lei da personificação: todo estado de consciência tende para uma forma pessoal. Assim, quando um conteúdo inconsciente surge à consciência ou se exterioriza mediante movimentos automáticos, ele tem a tendência de apresentar-se em forma pessoal. Como o “eu” consciente e normal não se reconhece como autor nem dos movimentos, nem da mensagem, forma-se uma nova síntese mental, com um “eu” próprio, que se responsabiliza por estes estranhos efeitos, tomado mesmo um nome próprio, diferente do nome pelo qual se conhece o “eu” normal e comum. É bastante freqüente, em certos doentes mentais, esta aparição de nova personalidade ou como se diz, o desdobramento da personalidade. O novo “eu, pode até coexistir como o “eu” normal. Tudo isso é natural (“anímico”) e nada tem a ver com espíritos. O “eu” consciente, tomado ou surpreendido por aquele outro “eu”, sente que os movimentos e a mensagem não são “dele”, mas do “outro”, e nega firmemente sua autoria. O “outro” toma então um nome condicionado por suas convicções mais profundas: será um “espírito'” um “guia”, um “caboclo”, um “preto velho”, um “santo” ou o “demônio”, conforme suas crenças. No caso era “Alice”, porque o médium era espírita; se fosse umbandista poderia ser “pai João”. E assim se explica o quarto elemento (o nome estranho que assina o recado).
Objetarão que esta explicação é complicada e a espírita é simples. Respondo: o fenômeno também é complexo e a simplicidade de uma explicação nunca foi critério de verdade. O fenômeno simples, com um só elemento, terá explicação simples; o fenômeno composto, com muitos elementos, terá que ser decomposto e ser explicado por partes. Em ciência é assim.
5. A PSICOGRAFIA DE CHICO XAVIER
O Sr. Francisco de Paula Cândido, mais conhecido como Francisco Cândido Xavier, ou simplesmente Chico Xavier, é nosso médium mais conhecido e idolatrado. Nasceu em Pedro Leopoldo, MG, em 1910. Dizem que não fez mais que o curso primário. De família católica, entrou em contato com o espiritismo em 1927. Desde 1959 vive em Uberaba. Leva uma vida simples, com muita dedicação aos que sofrem e de intensa atividade psicográfica. Seus livros psicografados já passam de 250 e são amplamente difundidos, principalmente pela Federação Espírita Brasileira, fato que, por si só, comprova sua fidelidade à doutrina codificada por AK [Allan Kardec]. Afirma-se que já tem mais de quinze milhões de exemplares vendidos. Não há outro autor que se compare. Em 1982 seu nome foi sugerido para Prêmio Nobel da Paz, com o endosso, segundo dizem, de mais de dez milhões de simpatizantes.
No prefácio de sua primeira obra psicografada, Parnaso de Além-Túmulo, o próprio Chico se apresenta como um moço com “o mais pronunciado pendor para a literatura”, com “a melhor boa vontade para o estudo”, que em casa “estudou o que pôde”. O Jornal das moças de 1931 publicava sonetos seus. Um amigo de Belo Horizonte, que o conheceu naqueles anos, deu-me estas informações:
– “Conheci o Francisco Xavier em 1933. Nessa época ele ainda trabalhava numa pequena casa de comércio, em Pedro Leopoldo. Na ocasião, em julho de 33, salvo engano, ele me deu para ler Um álbum de poesias dele. Eram poemas, sonetos, quase todos melhores do que a imitação de Guerra Junqueiro que publicou no Parnaso de além túmulo. Foi por intermédio de Francisco Xavier que conheci Augusto dos Anjos. Ele declamava grande parte do Eu. Lera tanto Augusto dos Anjos que o sabia de cor. Ainda me lembro muito de ouvi-lo declamar com entusiasmo o ‘Árvore da serra’. Em 1933 ele estava encantado com Augusto dos Anjos. Já por essa época ele lia o espanhol e o francês: assim me disse várias vezes. Conhecia bem a literatura brasileira e lia muito. Nós nos correspondíamos em fins de 1933 e 1934, e é pena que não tenha guardado as cartas dele, da época. Nelas, o tema era literatura e poder-se-ia ver bem que ele não era quase analfabeto, com apenas a instrução primária, conforme afirma no prefácio no Parnaso. É o que lhe posso informar por conhecimento próprio. Ainda devo acrescentar que lá por 1941 ou 42 visitei, com alunos do Seminário, a Fazenda do Estado, em Pedro Leopoldo, onde me encontrei com ele. Conversamos sobre santa Teresa e são João da Cruz. Eu acabara de ler as obras de santa Teresa e ele conhecia bem não só santa Teresa, mas também são João da Cruz”.
A propaganda espírita exalta a perfeição dos vários estilos na obra mediúnica de Chico Xavier. Dizem que Olavo Bilac, Humberto de Campos e outros mestres da nossa literatura reapareceram através do lápis de Chico Xavier em sua antiga perfeição. E propagam que até um Agripino Grieco reconheceu o inconfundível estilo de Humberto de Campos. Mas o que na realidade encontro nas declarações de Agripino Grieco é um pouco diferente. Diz ele, tex-tualmente, ao Diário da Noite, de São Paulo, de 26-6-1944 (no tempo do famoso processo que a família de Humberto de Campos moveu contra a Federação Espírita):
– “A Humberto de Campos, entretanto, penso que já bastariam os livros por ele escritos ainda em vida, para que sua glória se tornasse imperecível. Os livros póstumos ou pretensamente póstumos nada lhe acrescentam à glória, sendo mesmo bastante inferiores aos escritos em vida. Interessante: de todos os livros que conheço como sendo psicografados, escritos por intermédio da mão ligeira de um médium, nenhum se equipara aos produzidos quando era o escritor que fazia a pena deslizar sobre o papel. O mesmo sucede com as obras do espírito de Vítor Hugo, ‘apanhadas’ aqui no Brasil e em português. Parecem-me todas de um Vítor Hugo em plena caducidade, com uma catarreira senil das mais alarmantes. Outra coisa: em geral esses livros só se reportam a coisas terrestres: não são livros do além, mas simplesmente do aquém, retrospectivos, autobiográficos, de um mundo que já conhecemos miudamente…”.
Outro crítico, o Sr. João Dornas Filho, comparou o Olavo Bilac póstumo de Chico Xavier com as produções do poeta vivo:
– “Pois bem, esse homem, que em vida e segundo a doutrina espírita estava sujeito às deficiências, aos erros, à contingência do estado de encarnação e só desencarnado poderia realizar ou iniciar o seu período de perfeição; esse homem que no estágio de imperfeição nunca assinou um verso imperfeito depois de morto ditou ao Sr. Chico Xavier sonetos inteirinhos abaixo de medíocres! Cheios de versos malmedidos, mal-rimados e, sobretudo, numa língua que Bilac absolutamente não escrevia” (Folha da Manhã, SP, 19-4-1945).
É necessário assinalar mais um ponto importante. Já AK nos revela nas Obras póstumas (mas não ditadas depois de sua morte) como trabalhou sobre o material acumulado para codificar O livro dos espíritos: “Da comparação e da fusão de todas as respostas, coordenadas, classificadas e muitas vezes remodeladas no silencio da meditação” nasceu aquela obra fundante do espiritismo. Quando nos vêm mensagens do além, ou até mesmo revelações destinadas a “completar, explicar e desenvolver” a doutrina cristã, coisa que os espíritas pretendem com sua “terceira revelação”, fazemos questão de ter as novas “revelações” exatamente assim como vieram ou foram ditadas e não como foram depois “remodeladas” por algum mortal deste mundo. Coisas semelhantes aconteceram com obras de Chico Xavier. O jornal espírita O poder, de Belo Horizonte, de 10-5-1953 (n. 392), publicou um artigo do espírita Sousa de Prado, com notáveis revelações sobre o que acontece atrás dos bastidores do espiritismo nacional. Sousa de Prado revela que um dia foi procurado pelo presidente da Federação Espírita, Wantuil de Freitas, tendo na mão um maço de provas tipográficas. “Você sabe – dizia ele – que quem corrige todos os trabalhos recebidos pelo Chico Xavier é o Quintão”. Manuel Quintão também foi presidente da Federação. E Sousa de Prado lhe respondeu: “Sei, por sinal que, com tais correções, consegue desfigurar quase completamente o estilo dos espíritos que ditam as obras ao médium, enxertando-lhes termos esdrúxulos, que eles nunca usaram enquanto encarnados”. Confidenciou-lhe então o Sr. Wantuil de Freitas:
– Ora, como você sabe, o Quintão erra constantemente, principalmente no emprego da crase, e na pontuação; e eu tenho grande empenho em que isso saia correto. Por isso, fiz uma nova revisão, emendando os principais erros que encontrei. Como, porém, eu sou Um pouco fraco no português… e posso ter emendado coisas que estivessem certas, queria que você conferisse, comigo, as emendas que fiz”.
De tudo isso concluo que Chico Xavier é um cidadão bom e inteligente, poeta por inclinação natural, muito lido, capaz de reproduzir mediocremente, em estilos diversos, inúmeras páginas sobre assuntos bastante banais e que são revistas e corrigi das por outras pessoas mais competentes e melhor formadas.
A propaganda espírita é muito mais categórica e positiva que o próprio Chico Xavier. Os espíritas não têm dúvidas: aquelas mensagens são realmente dos espíritos do além. No prefácio de Parnaso de além túmulo o próprio Chico Xavier é bem mais reservado e prudente. Eis suas palavras:
– “O que psicografo será das personalidades que assinam os poemas? E o que não posso afiançar. O que afirmo categoricamente é que, em consciência, não posso dizer que são minhas, porque não despendi nenhum esforço intelectual ao grafá-las no papel. A sensação que sempre experimentei ao escrevê-las era a de que vigorosa mão impulsionava a minha”.
Aqui temos a sincera descrição do fenômeno. Mas é também sua explicação. O fenômeno certamente não foi produzido por forças do além. Qualquer bom psicólogo saberá explicá-lo. Chico Xavier deixa de ser um problema teológico e passa à competência da psicologia.
6. “NOSSO LAR”: UM EXEMPLO CONCRETO
Mas tomemos um exemplo concreto de uma das obras psicografadas por Chico Xavier, sua obra mais popular: Nosso lar, com 460.000 exemplares vendidos até 1985, ditada por um espírito chamado “André Luis”, que, segundo se afirma nos arraiais espíritas, teria sido em vida o conhecido médico Dr. Osvaldo Cruz. Nesta obra, “André Luís” relata uma multidão de acontecimentos, desde sua morte até seu ingresso, como cidadão, na fantástica colônia espiritual chamada “Nosso lar”.
Imediatamente depois da separação do corpo (morte), o espírito, agora “desencarnado”, de André Luís passou por um período bastante difícil, confuso e desorientado, sempre andando, sem saber por onde nem para onde. Era o estado de “erraticidade”, descrito abundantemente por AK. “Persistiam – conta ele – as necessidades fisiológicas, sem modificação. Castigava-me a fome todas as fibras, e, não obstante o abatimento progressivo, não chegava a cair definitivamente em absoluta exaustão. De quando em quando, deparavam-se-me verduras que me pareciam agrestes, em tomo de humildes filetes d’água a que me atirava sequioso. Devorava as folhas desconhecidas, colocava os lábios à nascente turva, enquanto mo permitiam as forças irresistíveis, a impelirem-me para frente. Muitas vezes suguei lama da estrada, recordei o antigo pão de cada dia, vertendo copioso pranto. Não raro era imprescindível ocultar-me das enormes manadas de seres animalescos, que passavam em bando, quais feras insaciáveis” (p. 17; sigo a 4″ edição). Durou oito anos a peregrinação.
Até que encontrou outro espírito: Clarêncio, “um velhinho simpático que sorriu paternalmente”, que se apoiava num cajado de substância luminosa. Foi então transportado. Pararam “à frente de grande porta encravada em altos muros, cobertos de trepadeiras floridas e graciosas” (p. 20). Acomodaram-no num leito de emergência, “no pavilhão da direita”. Viu-se então num confortável aposento, “ricamente mobiliado”. Serviram-lhe “caldo reconfortante, seguido de água muito fresca”, portadora “de fluidos divinos”. À noite ouviu “divina melodia”. Levantou-se e chegou a um enorme salão, “onde numerosa assembléia meditava em silêncio”. Soube que era a hora da oração, dirigida pelo governador, através do rádio e da televisão, “com processos adiantados”.
No dia seguinte encontrou-se com o “irmão Henrique de Luna”, do Serviço de Assistência Médica daquela Colônia Espiritual. Soube então que, só naquela seção, “existem mais de mil doentes espirituais”. Examinado, recebeu o seguinte diagnóstico: “A zona dos seus intestinos apresenta lesões sérias com vestígios muito exatos de câncer; a região do fígado revela dilacerações; a dos rins demonstra características de esgotamento prematuro” (p. 30). Recebeu como remédio passes magnéticos.
Quero lembrar que se trata de descrições da vida do espírito, depois da morte: não de coisas desta terra.
Um dia foi passear: “Quase tudo melhorada cópia da Terra. Cores mais harmônicas, substâncias mais delicadas. Forrava-se o solo de vegetação… Aves de plumagens policromas cruzavam os ares… Identificava animais domésticos” (p. 38). Viu “vastas avenidas, enfeitadas de árvores frondosas”. Entidades numerosas iam e vinham…
Afinal soube que estava numa das muitas colônias espirituais. Esta chama-se “Nosso lar”, consagrada ao Cristo (p. 22) e fundada por portugueses distintos, desencarnados no Brasil, no século XVI, segundo consta dos “arquivos do ministério do esclarecimento” (p. 47). A colônia é dirigida por um governador (que naqueles dias comemorou o 114º aniversário de governança) assistido por 72 colaboradores. Divide-se em 6 ministérios, orientados cada qual por 12 ministros: o ministério da regeneração, do auxílio, da comunicação, do esclarecimento, da elevação e da união divina. É no ministério do auxílio que preparam as “reencarnações terrenas”. Há, na colônia, “mais de um milhão de criaturas” (p. 207).
No passado a colônia teve que agüentar muitos apertos. Houve maus governadores, com muita oposição, inclusive assaltos por parte de outros espíritos, “que tentaram invadir a cidade, aproveitando brechas nos serviços de Regeneração, onde grande número de colaboradores entretinha certo intercâmbio clandestino” (p. 48). Mas o governador “mandou ligar as baterias elétricas das muralhas da cidade, para emissão dos dardos magnéticos” (p. 49).
Um dia foi de aerobus ao bosque das águas. Era um “grande carro, suspenso do solo a uma altura de cinco metros mais ou menos e repleto de passageiros” (p. 50). Outro dia visitou uma casa particular: “Móveis quase idênticos aos terrestres”. Quadros, piano, livros. Com relação aos livros recebeu a seguinte informação: “Os escritores de má fé, os que estimam o veneno psicológico, são conduzidos imediatamente para as zonas obscuras do umbral”. Havia também sala de banho. Ao almoço serviram “caldo reconfortante e frutas perfumadas, que mais pareciam concentrados de fluidos deliciosos” (p. 86).
Também o problema da propriedade recebeu sua solução. “Nossas aquisições são feitas à base de horas de trabalho. O bônus-hora, no fundo, é o nosso dinheiro. Quaisquer utilidades são adquiridas com esses cupons. ” Cada família espiritual pode conquistar um lar (nunca mais que um), apresentando trinta mil bônus-hora” (p. 100).
Existe também o serviço de recordações. Aplicam-se passes no cérebro, que restituem “trezentos anos de memória integral” (p. 103).
Certa vez encontrou um ancião, gesticulando, agarrado ao leito, como se fosse louco, gritando por socorro, pedindo ar, muito ar! O homem estava sendo vítima de uma “carga de pensamentos sombrios, emitidos pelos parentes encarnados” (p. 127). Recebeu então passes de prostração. Há também “água magnetizada” e “operações magnéticas” (p. 136).
Num daqueles dias apareceu na colônia uma católica desencarnada na Terra. Chegou benzendo-se e dizendo: – “Cruzes! Credo! Graças à Providência Divina, afastei-me do purgatório…” Revelou que, na Terra, foi mulher de muito bons costumes, que rezou incessantemente e deixou uns dinheirinhos para celebração de missas mensais; em suma, fez o possível para ser boa católica. Confessara-se todos os domingos e comungara. Mas maltratara os escravos. “Padre Amâncio, nosso virtuoso sacerdote, disse-me na confissão que os africanos são os piores entes do mundo, nascidos exclusivamente para servirem a Deus no cativeiro.” Morrera em 1888 e só em 1939 alcançou o “Nosso lar”. Fora longo seu “esforço purgatorial” (p. 164). Também, católica. . .
Num domingo o governador resolveu realizar o “culto evangélico” no ministério da regeneração. Havia meninos cantores das escolas de esclarecimento, que cantavam o hino “Sempre contigo, Senhor Jesus”, cantado por duas mil vozes. Depois de outra cerimônia do culto evangélico, cantaram o hino “A ti, Senhor, nossas vidas”. No fim a ministra veneranda entoou “A grande Jerusalém” (p. 208).
É assim no “Nosso lar”.
Nos outros volumes continua André Luís a descrever a vida e a atividade fantástica do mundo “depois da morte”.
Eis a literatura dos nossos espíritas. Este é o tipo de livros que a Federação brasileira propaga, aos milhares, pelo Brasil.
7. O SOBRINHO TAMBÉM PSICOGRAFAVA…
O Sr. Chico Xavier tem um sobrinho. Chama-se Amauri Pena. Nasceu em 1933, em Pedro Leopoldo. Com ano e meio foi morar em Sabará, MG. Quando tinha apenas dez anos, já lera o Parnaso de além túmulo, do tio. Aos 13 anos escrevia poemas. Inteligente, lia muito e começou a imitar o estilo de outros autores. Educado em ambiente espírita, com o brilhante exemplo do tio à vista, foi persuadido de ser um grande médium. E começou a “psicografar”. Segundo um jornal espírita, “recebeu composições de mais de cinqüenta poetas brasileiros e portugueses, cada qual em seu próprio e inconfundível estilo. Recebeu também uma epopéia camoniana, em estilo quinhentista”. Cruz e Sousa, Gonçalves Dias, Castro Alves, Augusto dos Anjos, Olavo Bilac, Luís Guimarães Jr., Casemiro Cunha, Inácio Bittencourt, Cícero Pereira, Hermes Fontes, Fabiano de Cristo, Anália Franco e até Bocage e Rabindranath Tagore apressavam-se em procurar o sobrinho de Chico Xavier para fazer uns versos… Síntese, um boletim espírita de Belo Horizonte, dava ao médium a necessária publicidade.
Iam as coisas nas mais risonhas esperanças. E eis que, num belo dia de 1958, Amauri Pena procura a imprensa profana para fazer sensacionais declarações: “Tudo o que tenho psicografado até hoje – declarou – apesar das diferenças de estilo, foi criado por minha própria imaginação, sem que precisasse de interferência de almas de outro mundo”. E explicava: “Depois de ter-me submetido a esse papel mistificador, durante anos, usando apenas conhecimentos literários, resolvi, por uma questão de consciência, contar toda a verdade”.
E o sobrinho de Chico Xavier esclareceu mais: “Sempre encontrei muita facilidade em imitar estilos. Por isso os espíritas diziam que tudo quanto saía do meu lápis eram mensagens ditadas pelos espíritos desencarnados. Revoltava-me contra essas afirmativas, porque nada ouvia e sentia de estranho, quando escrevia. Os espíritas, entretanto, procuravam convencer-me de que era médium. Levado a meu tio, um dia, assegurou-me ele, depois de ler o que eu escrevera, que deveria ser seu substituto. Isso animou bastante os espíritas. Insistiam para que fosse médium”.
O jovem e improvisado médium Amauri continua na descrição de sua estranha aventura: “Passei a viver pressionado pelos adeptos da chamada terceira revelação. A situação torturava-me e, várias vezes, procurando fugir àquele inferno interior, entreguei-me a perigosas aventuras. Diversas vezes, saí de casa, fugindo à convivência de espíritas. Cansado, enfim, cedi, dando os primeiros passos no caminho da farsa constante. Teria 17 anos. Ainda assim, não me vi com forças para continuar o roteiro. Perseguido pelo remorso e atormentado pelo desespero, cometi desatinos. Em algumas oportunidades, tentei recuar, sucumbindo, atordoado. Vi-me, então, diante de duas alternativas: mergulhar de vez na mentira e arruinar-me para sempre ou levantar-me corajosamente para penitenciar-me diante do mundo e de mim mesmo, libertando-me defi-nitivamente. Foi o que resolvi fazer, procurando um jornal mineiro e revelando toda a farsa. Sei das reações que minhas declarações causarão. Mas não me importo. O certo é que, enquanto me sacrificava pela propaganda de uma mentira, não me julgavam maluco. Não desmascaro meu tio como homem, mas como médium. Chico Xavier ficou famoso pelo seu livro Parnaso de além túmulo. Tenho uma obra idêntica e, para fazê-la, não recorri a nenhuma psicografia” .
Eis as principais declarações de Amauri Pena.
Claro que não podia faltar a reação espírita. Um dos mais notáveis escritores espíritas do Brasil (“Irmão Saulo”) encontrou logo a explicação mais satisfatória do ponto de vista espírita. Sustenta que a mediunidade de Amauri é “inegável e irretratável”. E explica que o fenômeno espírita “não depende da opinião dos médiuns, e não raro contraria mesmo essa opinião. O fenômeno mediúnico é um fato em si. O caso Amauri é um exemplo disso. Pouco importa que ele se retrate, que se diga autor das comunicações recebidas. O que importa é a análise das comunicações em seus próprios conteúdos, bem como das circunstâncias em que foram dadas”. Não adianta negar a mediunidade, esclarece o espírita, “mesmo que ele não a aceita, mesmo que ele a queira negar”, será e continuará médium. E o Reformador, órgão da Federação Espírita Brasileira, se consolou, ponderando que também Jesus foi traído por um de seus apóstolos… E o Amauri é classificado como “vítima de sua própria afinidade com os obsessores que o trazem acorrentado à vida irregular”.
Duas são as lições que podemos colher do rumoroso caso:
1. Amauri Pena prova que é relativamente fácil imitar o estilo de outros. É mais uma questão de exercícios que de espíritos. Lá mesmo, na redação, diante dos jornalistas, imitou vários estilos. Diz ele: “Tenho uma obra idêntica (ao Parnaso de além túmulo) e, para fazê-la, não recorri a nenhuma psicografia”. Um ilustre literato francês assegura que os “escritores vulgares e incapazes de estilo pessoal conseguem imitar admiravelmente o estilo de outrem. O pasticho é, efetivamente, um dom que todos podem ter”.
2. É inútil discutir com espíritas. Atitudes preconcebidas e totalmente anti-científicas esterilizam qualquer discussão séria. Declara Amauri Pena ter consciência de ser ele mesmo o autor dos versos, diz que sempre teve facilidade em imitar estilos, confessa que para isso se utiliza de seus conhecimentos literários – e os espíritas insistem em proclamá-lo médium autêntico, instrumento de Rabindranath Tagore! Nem mesmo AK, cem anos atrás, teria procedido assim. O argumento em que Kardec mais insistia era a passividade e a inconsciência do médium, a completa independência da mensagem que, mesmo contra a vontade do médium e contra suas idéias conscientes, ficava surpreendido ao ver a “comunicação”. Já vimos isso. Poderia recordar muitas passagens nas quais o codificador constantemente argumenta com o fato da “independência absoluta da inteligência que se manifesta”. Foi por isso – e só por isso – que Kardec chegou à conclusão de que esta “inteligência independente” devia ser distinta da alma do médium e, portanto, um espírito desencarnado. Semelhante raciocínio teria ficado totalmente sem base e sem valor, se o médium tivesse respondido tranqüilamente (como Amauri Pena): “Mas tudo quanto tenho escrito foi criado por minha própria imaginação e disso tenho plena consciência”. Falando, por exemplo, do “sonambulismo desperto”, um estado em que “as faculdades intelectuais adquirem um desenvolvimento anormal”, confessa Kardec (na introdução ao Livro dos espíritos, p. 41): “Concordamos em que, efetivamente, muitas ma-nifestações espíritas são explicáveis por esse meio. Contudo, numa observação cuidadosa e prolongada mostra grande cópia de fatos em que a intervenção do médium, a não ser como instrumento Passivo, é materialmente impossível”. Ora, precisamente este estado puramente passivo não é reconhecido pelo sobrinho de Chico Xavier. “Revoltava-me (diz ele) contra essas afirmativas (dos espíritas) porque nada ouvia e sentia de estranho quando escrevia”.
Mas nossos espíritas insistem: “Pouco importa que ele se retrate, que se diga autor das comunicações recebidas, mesmo que ele não aceite, ainda que queira negar: ele é um grande médium”!
Aqui acabou-se a ciência. Venha, pois, Rabindranath Tagore…
Kloppenburg, Frei Boaventura. “Espiritismo: orientações para católicos”
7ª Ed., 2002. p. 77-83
Prezado Senhor Ygor,
Muito coerente,honesto e humilde o seu texto.
Não teria problemas de conversar as divergências da nossa fé com você,mas alguns não sabem a diferença entre debater doutrinas e perseguir pessoas.Apesar de tudo! Eu vejo que as suas intenções são as melhores!
Sua última citação:”Contudo,quem sabe eu esteja errado”revelam a humildade de quem sabe que é um eterno aprendiz.Eu também posto aqui porque quero aprender(não somente com o Jorge),mas com todos,apesar de discordar de alguns posts.
Prezado Senhor Wesley,
Irei responder somente as suas objeções!
O “pensamento protestante” foi sintetizado a partir de 4 premissas.
“1-Só havia a Tradição”.
Este argumento é simplista ,inócuo e falacioso e é repetido a exaustão pela maioria dos apologistas católicos que afirmam que nos primeiros séculos “não possuía nada escrito”,por isso nós devemos confiar na tradição oral “apostólica”.
Isto o indica Agostinho de Hipona, ao declarar:
“Mas o conhecimento destas linguagens é necessário, não por causa de umas poucas palavras como estas que são muito fáceis de notar e perguntar por elas, mas, como se disse, por causa da diversidade entre os tradutores. Pois as traduções do hebraico para o grego podem contar-se, mas os tradutores latinos são inumeráveis. Pois nos dias primitivos da fé todo o homem que fortuitamente pusesse as suas mãos num manuscrito grego, e considerasse ter algum conhecimento, por escasso que fosse, de ambas as linguagens, se aventurava na obra de tradução.” (De doctr. christ, II, xi [16]).
Também o diz o tratado padrão sobre o texto do Novo Testamento, ao comentar acerca da mudança de escrita uncial para minúscula:
“É fácil entender que esta mudança no estilo de escrita teve um profundo efeito sobre a tradição textual da Bíblia grega. Agora a posse de cópias das Escrituras (e de outras obras literárias) foi posta ao alcance de pessoas com meios limitados. Quando as obras literárias eram copiadas quase exclusivamente na escrita uncial, tais pessoas estavam obrigadas a ter que se virar sem muitos livros. Assim, o manuscrito minúsculo foi um factor importante na disseminação da cultura em geral e das Escrituras em particular. Os manuscritos minúsculos do Novo Testamento superam em número os manuscritos unciais por mais de dez a um … muita da disparidade no número de [manuscritos] sobreviventes deve ser por causa da maior facilidade com a qual as cópias minúsculas podiam produzir-se…
Nas épocas primitivas da Igreja, os manuscritos bíblicos eram produzidos por cristãos individuais que desejavam ter ou fornecer às congregações locais cópias de um ou mais dos livros do Novo Testamento. Devido ao número de cristãos ter aumentado rapidamente durante os primeiros séculos, muitas cópias adicionais das Escrituras foram procuradas por novos convertidos e novas igrejas. Como resultado, às vezes a velocidade de reprodução ultrapassou a exactidão da execução…” (Bruce M. Metzger, The text of the New Testament, 3rd Ed.; New York: Oxford University Press, 1992, p. 11-12, 14).
O mesmo autor explica que, ao receber o cristianismo sanção oficial, os scriptoria ou produtores comerciais de livros usavam vários escribas que copiavam simultaneamente o mesmo texto lido em voz alta, o que introduziu erros causados por tal método (por exemplo, um ómega por um ómicron em echomen, Romanos 5:1, ou em ode, Lucas 16:25, ou “lavar” (lousanti) por “livrar” (lusanti) em Apocalipse 1:5).
Quanto ao demais, existem razões históricas para o distanciamento entre os textos bíblicos e o “laicado”, particularmente a partir da Idade Média. Sola Scriptura era certamente uma possibilidade para os que eram responsáveis pelo ensino: as suas doutrinas deviam basear-se na Escritura. Lamentavelmente, não ocorreu assim. Como no povo de Israel, os pastores desviaram-se gradual mas continuamente do caminho escritural e reprimiram sangrenta e às vezes traiçoeiramente (como o caso de Huss) aqueles que se atreveram a desafiar a sua autoridade. Tal engano tornou-se impossível, obviamente, a partir da invenção da imprensa e da possibilidade de aceder ao que a Bíblia diz, e não ao que os clérigos “diziam que dizia”.
Para concluir, o argumento apresentado pelo católico falha completamente o alvo, porque o princípio protestante da “Sola Scriptura” não afirma que a Palavra escrita tenha sido o principal veículo de transmissão, mas que é a fonte definitiva da Verdade revelada. Por ela é possível julgar as homilias, os sacramentos, a liturgia, etc. A QUESTÃO É SE A NOSSA PREGAÇÃO E AS NOSSAS PRÁTICAS SÃO CONFORME ÀS ESCRITURAS, NÃO SE CADA CRISTÃO QUE EXISTIU TINHA UMA BÍBLIA. Portanto, o argumento além de falacioso é irrelevante.
“Eu vou fazer uma pergunta direta, para entender seu pensamento sobre o que é o cristianismo, o que foi mais importante para o cristianismo: Maria ou a Bíblia?”
Muita pretensiosa esta pergunta,porém é claro que foi Maria.Eu não irei debater sobre intercessão….mas quero deixar claro que alguns querem mostrar aqui que sou “anti-mariano” e isso não é VERDADE!
A PAZ DE CRISTO!
“Não teria problemas de conversar as divergências da nossa fé com você,mas alguns não sabem a diferença entre debater doutrinas e perseguir pessoas.Apesar de tudo! Eu vejo que as suas intenções são as melhores!”
Álvaro, ninguém aqui está perseguindo pessoas, estamos debatendo idéias.Você e essa síndrome patológica de perseguição.Olha, meu caro, é normal diante de uma discussão sobre temas como esse haver algum acirramento aqui e ali, mas até agora ninguém está entrando no campo pessoal, principalmente quanto a você.Eu vi tbm vc dizendo a Cris, para ela ter auto-controle, mas na verdade, meu caro, quem tem de ter isso é você, mas tu não admite isso.
“Este argumento é simplista ,inócuo e falacioso e é repetido a exaustão pela maioria dos apologistas católicos que afirmam que nos primeiros séculos “não possuía nada escrito”,por isso nós devemos confiar na tradição oral “apostólica””.
Essa sua fala é muito curiosa para mim, você chama nossos argumentos de falacioso, inóculo e simplista.Nos explique para nós, por quê?Porque não vi nada disso, eu vi argumentos sólidos que vc não refuta, sai pela tangente notoriamente.Realmente, Alvaro, tu tens problema de enfoque, você desdem da tradição oral apostólica, por que, vem comigo. Olha o que diz essa famosa passagem sobre a virtude dos primeiros cristãos, segundo a versão bíblica que vocês usam:
42 E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações.
43Em cada alma havia temor, e muitos prodígios e sinais eram feitos pelos apóstolos.
44Todos os que criam estavam unidos e tinham tudo em comum.
45E vendiam suas propriedades e bens e os repartiam por todos, segundo a necessidade de cada um.
46E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam com alegria e singeleza de coração,
47louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E cada dia acrescentava-lhes o Senhor os que iam sendo salvos.
Quem são os apóstolos, Álvaro?Não foram os escolhidos por Jesus para perpetuar sua doutrina.É essa tradicão oriunda dos Apóstolos que devemos manter.Mas….hoje em dia, né?Há tantos que se auto-intitulam apóstolos, principalmente no Brasil.Como esse meu país está cheio deles.Veja esses links.
http://pensareorar.blogspot.com/2009/07/os-12-apostolos-brasileiros.html
http://noticias.gospelmais.com.br/apostolos-brasileiros-famosos-brasil-18359.html
Quem os intitulou?Quem os investiu?Quem deram autorização?Responde?
Por isso, Alvaro, nós seguimos a tradição dos apóstolos de Cristo, do Pedro Apóstolo Principe dos Apóstolos que é o Papa.Essa tradição que na verdade é a Verdade Revelada de Cristo e não os oriundos das 3 Solas.
Agora, quanto aos apologistas, coitado de você, meu caro. Você já “ouviu” falar de Patrística?Veja esses links:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Apolog%C3%A9tica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Apolog%C3%A9tica_Cat%C3%B3lica
Você vai ver, que até o Wikipedia considera que os Padres da Igreja, Santo Agostinho (Bispo CATÓLICO de Hipona e doutor da Igreja) é um deles, foram que começaram a
se dedicar a estudar sobre coisas da Igreja,a partir do século II, portanto não havia nessa época nenhum apologista protestante, Álvaro. Leia a biografia deles, Alvaro, aqui:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Padres_da_Igreja
Isso, tu não tem como refutar como se pudesse.Olhe todos eles, todos eles defendiam o catolicismo como nunca ou tu vai dizer que o Wikipedia foi “comprado” pelos católicos.Seja honesto, meu caro, reconheça isso, pelo amor do Pai.
““Mas o conhecimento destas linguagens é necessário, não por causa de umas poucas palavras como estas que são muito fáceis de notar e perguntar por elas, mas, como se disse, por causa da diversidade entre os tradutores. Pois as traduções do hebraico para o grego podem contar-se, mas os tradutores latinos são inumeráveis. Pois nos dias primitivos da fé todo o homem que fortuitamente pusesse as suas mãos num manuscrito grego, e considerasse ter algum conhecimento, por escasso que fosse, de ambas as linguagens, se aventurava na obra de tradução.” (De doctr. christ, II, xi [16]).
Também o diz o tratado padrão sobre o texto do Novo Testamento, ao comentar acerca da mudança de escrita uncial para minúscula:
“É fácil entender que esta mudança no estilo de escrita teve um profundo efeito sobre a tradição textual da Bíblia grega. Agora a posse de cópias das Escrituras (e de outras obras literárias) foi posta ao alcance de pessoas com meios limitados. Quando as obras literárias eram copiadas quase exclusivamente na escrita uncial, tais pessoas estavam obrigadas a ter que se virar sem muitos livros. Assim, o manuscrito minúsculo foi um factor importante na disseminação da cultura em geral e das Escrituras em particular. Os manuscritos minúsculos do Novo Testamento superam em número os manuscritos unciais por mais de dez a um … muita da disparidade no número de [manuscritos] sobreviventes deve ser por causa da maior facilidade com a qual as cópias minúsculas podiam produzir-se…
Nas épocas primitivas da Igreja, os manuscritos bíblicos eram produzidos por cristãos individuais que desejavam ter ou fornecer às congregações locais cópias de um ou mais dos livros do Novo Testamento. Devido ao número de cristãos ter aumentado rapidamente durante os primeiros séculos, muitas cópias adicionais das Escrituras foram procuradas por novos convertidos e novas igrejas. Como resultado, às vezes a velocidade de reprodução ultrapassou a exactidão da execução…” (Bruce M. Metzger, The text of the New Testament, 3rd Ed.; New York: Oxford University Press, 1992, p. 11-12, 14).
O mesmo autor explica que, ao receber o cristianismo sanção oficial, os scriptoria ou produtores comerciais de livros usavam vários escribas que copiavam simultaneamente o mesmo texto lido em voz alta, o que introduziu erros causados por tal método (por exemplo, um ómega por um ómicron em echomen, Romanos 5:1, ou em ode, Lucas 16:25, ou “lavar” (lousanti) por “livrar” (lusanti) em Apocalipse 1:5).
Quanto ao demais, existem razões históricas para o distanciamento entre os textos bíblicos e o “laicado”, particularmente a partir da Idade Média. Sola Scriptura era certamente uma possibilidade para os que eram responsáveis pelo ensino: as suas doutrinas deviam basear-se na Escritura. Lamentavelmente, não ocorreu assim. Como no povo de Israel, os pastores desviaram-se gradual mas continuamente do caminho escritural e reprimiram sangrenta e às vezes traiçoeiramente (como o caso de Huss) aqueles que se atreveram a desafiar a sua autoridade. Tal engano tornou-se impossível, obviamente, a partir da invenção da imprensa e da possibilidade de aceder ao que a Bíblia diz, e não ao que os clérigos “diziam que dizia”.
Para concluir, o argumento apresentado pelo católico falha completamente o alvo, porque o princípio protestante da “Sola Scriptura” não afirma que a Palavra escrita tenha sido o principal veículo de transmissão, mas que é a fonte definitiva da Verdade revelada. Por ela é possível julgar as homilias, os sacramentos, a liturgia, etc. A QUESTÃO É SE A NOSSA PREGAÇÃO E AS NOSSAS PRÁTICAS SÃO CONFORME ÀS ESCRITURAS, NÃO SE CADA CRISTÃO QUE EXISTIU TINHA UMA BÍBLIA. Portanto, o argumento além de falacioso é irrelevante.
“Eu vou fazer uma pergunta direta, para entender seu pensamento sobre o que é o cristianismo, o que foi mais importante para o cristianismo: Maria ou a Bíblia?”
Muita pretensiosa esta pergunta,porém é claro que foi Maria.Eu não irei debater sobre intercessão….mas quero deixar claro que alguns querem mostrar aqui que sou “anti-mariano” e isso não é VERDADE!
A PAZ DE CRISTO!”
O que escrevia acima, responde isso, mas gostaria de fazer um adendo.Vocês são anti-marianos, sim.Reduzem Nossa Senhora a uma simples genitora do Verbo e mais nada.Maria não foi só isso, foi muito mais.Veja o que diz o Wikipedia:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Maria_(m%C3%A3e_de_Jesus)
Na parte que fala sobre a visão dos protestantes sobre ela, diz isso:
“No protestantismo
Para os cristãos protestantes, Maria é vista como uma mulher de alto mérito, respeitosa por ter vivido uma vida exemplar segundo os propósitos de Deus, porém, sendo ela cheia da Graça (aqui, o significado da palavra “graça” como algo não merecido, dado gratuitamente), era uma mulher comum, escolhida dentre outras para dar à luz ao Messias. Não se acredita, no protestantismo, que Maria seja a Mãe de Deus, no sentido estrito do termo, pois a natureza divina de Cristo é anterior à existência de Maria. Mas sim, que Deus se fez homem através de sua mãe, cumprindo o que tinha sido profetizado pelo profeta Isaías (Isaías 7:14).”
Maria, não foi uma mulher comum, se Deus a escolheu para habitar o verbo, só por aí ela já começa a ter algo especial.Quanto a vocês não acreditarem que ela é a Mãe de Deus, é uma outra heresia dentro de outra.Vamos lá, se Jesus é o Filho de Deus e maria é mãe de Jesus, por silogismo dá o quê?Álvaro, isso é nestorianismo que dizia que Cristo tinha duas naturezas distintas, Humana e Divina.Cristo tem isso?Responde para a gente, por gentileza.
Prezado Álvaro,
Eu inventei um diálogo fictício entre (1)Santo Agostinho e (2)você, gostaria que você apontasse nele(algo substâncial) que não concorde, depois responderei seu último post, segue a conversa:
2 – O prazer é meu em conhecer um perito em grego bíblico.
2 – Sim eu a considero mais importante que a Bíblia, mas ela não foi sempre virgem e teve irmãos.
2 – Da Biblia, através de regras de Hermenêutica e Exegese.
2 – Não, mas o pessoal do CACP e do ICP e até o lucas Banzolli conhecem e me garantiram que isso é verdade.
2 – Não, isso é uma invensão da Igreja Católica Apostólica Romana…
2 – Eu só nego a Tradição que vai contra a Bíblia.
2 – Não, isso é anti-bíblico. E sabe de uma coisa estou passando a duvidar do seu conhecimento da linguagem grega!
2 – Aceitar tudo o que a tradição oral “apostólica” disse num “telefone sem fio” é uma coisa que eu não faço. A sua Igreja romana prega uma doutrina diferente da doutrina dos apóstolos.
Prezado Senhor Wesley,
Muito lúdico e criativo este diálogo,não obstante, eu não continuarei este debate pois ele não terá fim.
Da virgindade “post partum” ou da virgindade perpétua de Maria.
Pesquise e estude um pouco mais sobre a Patrística,mas eu irei até dizer que eu pouco debato sobre esse tema apesar de já ter lido muito sobre isso,pois independente de Maria
ter tido ou não outros filhos além de Jesus eu afirmo.
1-Caso tu estejas certo e ela não teve outros filhos com José além de Jesus ela continuará sendo Santa e bem-aventurada.
2-Caso tu não esteja certo e ela teve outros filhos com José além de Jesus ela também continuará sendo Santa e Bem Aventurada.
Por isso eu pouco debato sobre isso,mas não irei expor os meus argumentos.A questão da intercessão são “outros quinhentos”.
Minha última participação aqui!
Abraços,
DEUS te abençoe!
Álvaro Fernandes.
Álvaro,
Vou tentar te explicar o que está ocorrendo desde o princípio com os debates entre nós, católicos, e você.
Considerações básicas:
1- Você participa de um blog católico (e é bem vindo);
2- As premissas e os fundamentos aqui se apoiam na doutrina da Igreja;
3- Todo tema que o Jorge posta aqui é debatido e analisado à luz da doutrina católica.
Agora considerações sobre sua participação:
1- Você inicia expondo suas opiniões;
2- Por sua base ser protestante, observamos erros em seus argumentos e os refutamos, mostrando a você porque são erros à luz da sã doutrina;
3- Por seu turno, você não consegue nos refutar, mas ao invés disso, impõe sua opinião por cima de nossas objeções;
4- Você observa bem a nossa forma de escrever e parece ignorar o conteúdo, quando este lhe oferece resistência ao seu modo de pensar a fé.
Assim realmente os debates não terão fim. Mas o erro não é nosso, pois não estamos aqui supondo a base protestante. Aqui as premissas são católicas. Logo, não cabe inserir argumentos protestantes, pois estes não subsistem frente à ortodoxia católica…
Portanto, Álvaro, se você quer participar de forma mais proveitosa do blog, ou você assume as premissas católicas, ou as supõe e tenta, a partir delas, encontrar alguma contradição. Aí sim poderemos ter bons debates…
Em paralelo, imagine que eu queira participar do blog de um protestante. Certamente eu não poderei entrar lá impondo minha opinião católica, pois serei bombardeado pelos participantes. O que devo fazer é supor as premissas protestantes e, em cima delas, procurar alguma conclusão contraditória e expô-la aos participantes protestantes para que os mesmos tentem refutá-la ou aceitá-la… e neste caso, a lógica protestante estaria comprometida!
Detalhe: Você elogiou a forma como lhe escrevi e criticou as demais. Realmente, fiz um esforço para tentar ser didático, mas observe que o conteúdo, basicamente, é o mesmo dos demais participantes. E sobre o conteúdo, nada disseste de relevante! Repare que, independente do tom da escrita, o conteúdo é o que deve ser destacado e debatido. Por isso te digo que prefiro uma análise honesta sua do conteúdo que lhe escrevemos a um elogio (ou crítica) da forma como escrevemos. Cito São Jerônimo como exemplo: Não tinha meias palavras, nem exitava escrever duramente contra os inimigos da Igreja. Mas ignorando os ataques dele e analisando o conteúdo de seus escritos (aqui afirmo apenas os que eu pude ler), podemos perceber sua ortodoxia na defesa da fé. Entendeu?
Espero tê-lo ajudado…
Prezado Álvaro,
Você reduz a virgindade de Maria a uma questão de opinião particular, isso é típico da mente protestante, qualquer pessoa compromissada com a verdade vê a importância do dogma. Sobre isso Chesterton dizia:
Por isso lúdico é a sua posição:
Essa conversinha mole não existe na Igreja de Cristo.
Segue um texto retirado do site Montfort:
Que Nossa Senhora permanecesse Virgem depois do parto de Jesus, era também muitíssimo conveniente, porque:
1* Porque sendo Jesus, o Filho unigênito de Deus Pai — o Verbo ou Sabedoria de Deus — convinha que também na terra Ele fosse unigênito.
2* Porque, se Ele tivesse tido irmãos carnais, pensar-se -ia que esses irmãos também seriam deuses, causando o politeísmo e heresia.
3* Porque Deus fez um paraíso para Adão apenas. Fez um Paraíso para os homens no céu. E fez um Paraíso só para si, que foi Maria. É o que diz São Luis de Montfort.
4* Porque convém absolutamente — mais — é necessário que Deus só tenha uma esposa, assim como é necessário que Ele tenha uma só Igreja. Por isso, assim também a esposa só pode ter um esposo. E Maria só devia ter um esposo real: o próprio Deus, e manter-se virgem por toda a vida.
5* Porque era muito necessário, para nós, que fosse assim, para compreendermos o alto valor da Virgindade, pois que a Virgem mais fecunda, aquela que gerou em seu seio o próprio Deus encarnado, quis se manter Virgem, como deveremos nós prezar a virgindade e a pureza, nós que geramos filhos, sem valor, se comparados com o dela?
6* Sempre existe semelhança entre mãe e filho. Também entre Nossa Senhora e Jesus deve haver semelhança maior do que a normal. Maria foi feita por Deus o quanto possível semelhante e proporcionada a seu Filho santíssimo. Como Jesus se manteve virgem sempre, convinha imensamente que Maria, também nisto, fosse proporcionada a Cristo, e permanecesse perpetuamente virgem.
7* O matrimônio é monogâmico. Ora, se Maria tivesse tido filhos de outrem que não o Espírito Santo, seu Divino esposo, isso seria uma aberração, semelhante ao adultério. Esposa do Divino Espírito Santo uma vez, Maria devia se conservar sua esposa fiel sempre.
Dito isto, também encerro a minha participação!
Paz e Bem!
Wesley
Olá, “sábia” Cristiane!
E a todos os “experts” nestes comentários que entendem de muitas coisas, consideram-se “grandes juízes” em debater doutrinas que não conhecem e se acham os tais em materia de religião!
Não existe religião maior que a da própria VIDA. Esta sim é que ensina porque está acima de todas as humanas construções. E as religiões tradicionais não estão livres disso, como humanas construções que são!
Prefiro ler no “livro da natureza”. É nele que o homem encontra todas as verdades!! Ideias, teorias, linguagens, termos como por exemplo, o termo mediunidade, tudo isso são maneiras de expressar os fenômenos que existem desde quando o mundo é mundo e todos os termos e expressões são criações humanas no esforço de compreender o ambiente em que vivemos e nos movemos.
Quanta fanfarrice encontrei aqui com fanaticos catolicos como vocês!! Em nenhum outro site catolico vi algo parecido!!
Entre vocês e um rapaz chamado Marcelo da Luz, prefiro este último. É um ex-sacerdote católico e para mim, considero-o um “católico correto” porque percebeu as inumeras intolerancias e incoerencias, rompeu com o catolicismo e com todas as tradições religiosas deste mundo e então escreveu um livro, manifesto decente e imparcial. Como vocês só tem olhos para vossa Santa Igreja, não irei aqui, aconselhá-los a ler o livro que ele publicou porque será ele classificado como “herético”. Mas deixarei uma pista para quem tiver interesse. Vejam uma entrevista com ele aqui:
http://ondeareligiaotermina.com.br/site/index.php?option=com_content&view=article&id=64&Itemid=68
E fiquem aí na continuação da infinidade de idiotices que a todo instante são colocadas por aqui e que com certeza podem se estender ad infinitum porque elas só convencem a vocês mesmos que estão até o pescoço mergulhados nas “ilusões igreijeiras”
Aqui o Padre Shankar expõe 40 razões pelo qual nós não podemos ser católicos e espíritas ao mesmo tempo!
http://www.padrechrystianshankar.com.br/novo/apologetica-defesa-da-fe/espiritismo/22-catolico-nao-pode-ser-espirita
Boa tarde Jorge ferraz. estava buscando na Internet alguma informação sobre a possível aproximação entra o Catolicismo e o Espiritismo, quando me deparei com suas inteligentes críticas à Doutrina espírita. Estas críticas respeitáveis datam de abril de 2010, e denotam seu conhecimento sobre o Chico Xavier e algumas de suas obras, o que me parece ser interessante, uma vez que tudo o que sabemos nos é bagagem intelectual. Então, você conhece o Espiritismo. Já adentrou parte de seus domínios. Lamentavelmente, à epoca você usou de uma escrita tendenciosa, propensa a denegrir o Espiritismo, fato sem sentido e sem valor, pois este conquista a cada dia novos interessados de todas as religiões, pois ele não é uma religião, mas sim uma doutrina religiosa. O catolicismo é caduco, sem conhecimentos, nada se aprende neste que nada tem a ensinar.
Falta agora um comentário seu que venha a dinamizar o Catolicismo, para que este evolua e agregue novos simpatizantes para suas fileiras, que não os mais idosos e antigos simpatizantes, uma vez que os mais jovens estão sendo conquistados pelas baladas da vida, pelas drogas e pelos excessos de alcool e sexo descomprometido. O Espiritismo, tão atacado pelos católicos é uma doutrina que fala da reencarnação e da comunicabilidade com os “pretensamente mortos”, os “Espíritos”. estas são as únicas teses diferenciais que o espiritismo tem e que conflitam intelectualmente nas cabeças de alguns “estudantes” católicos como o amigo. Mas, hoje vemos uma busca interessante de contato da Igreja Católica com várias outras religiões, inclusive não cristãs, como os judeus e muçulmanos. E com os Espiritas, a Igreja Católica não tem se relacionado. Por que será? O Espiritismo, o amigo estudioso deve saber, é baseado na Ciência, na Filosofia e na Religião, É Ciência pois esta a cada dia vem explicando sobre as inúmeras dimensões além da matéria, (são as “muitas moradas da casa de Meu Pai” de Jesus Cristo. Segundo Sir. Arthur Eddington, no seu livro “A Natureza do Mundo Físico”, este sintetizou este suas conclusões numa só frase: “A matéria-prima do universo é o espírito”, isto é existem outras frequencias além da física, e é nesta que estão os “mortos”. O Universo é mental, e a vida inteligente não está na matéria. É filosofia o Espiritismo pois questiona sobre tudo, e é justamente de perguntas que é formado o conhecimento e a Ciência. E enfim sua parte religiosa é a base do Evangélio de Jesus Cristo. Kardec compilou-o em cima do “Sermão da Montanha” de Jesus e foi ampiado pelos espíritos à época. O amigo deve lê-lo, caso não o tenha feito. E a respeito de seus comentários tendenciosos a respeito das obras do Chico Xavier, em nada maculam estas, que por si só falam aos quatro ventos, em sua pureza, sabedoria e fonte de alívio e esperança a tantos Católicos, Espíritas e outros seguidores de outras religiões que os lêem. Tenho certeza que o amigo encantou-se com o que leu nos livros do Chico, pois estes conhecimentos a Igreja Católica de 2000 anos não os deu em nenhuma época aos seus seguidores. O que se sabe é das missas celebradas em latim, com o padre (pai, em italiado) de costas para o povo, e coitado de quem tivesse uma cópia do Evangelho em seu poder. Era queimado vivo. Não é verdade? Mas o mundo evolui, a humanidade cresce em sabedoria e número de idéias, e a “religião” de uma maneira geral esta em “concordata” utilizando-se das palavras de Domênico de Masi e outros pensadores, e a humanidade requer que nos demos as mãos, recriemos uma religião mais rica, que “religue” a criatura com o Criador. Você não pensa assim? Como estudante, como pesquisador apaixonado que sou, entendo que neste Unoverso imenso, só haja um Pai, um Deus, as divergencias existentes são de entendimento, de interpretação, e de aceitação de seus ensinamentos. Você manipulou ao seu interesse a obra simples do Chico, o que não terão feito os antigos tradutores dos evangelhos dos apóstolos em 2000n anos? Cordiais saudações.
Boa tarde, sr. Umberto.
Na verdade, o [pouco] que eu escrevi neste texto 2010 eu ainda sustento hoje. Todas as observações feitas neste texto – que aliás nem são minhas, mas sim de um conhecido autor católico já falecido, o frei Boaventura – são pertinentes, de tal modo que Catolicismo e Espiritismo são doutrinas radicalmente incompatíveis, como eu próprio inclusive já tive a oportunidade de mostrar à exaustão em outros textos que o senhor pode encontrar neste mesmo blog.
Eu não tenho interesse algum em “dinamizar” o Catolicismo porque, se isto não ficou claro ainda, a Igreja Se considera portadora de uma Verdade que foi comunicada aos homens pelo próprio Deus e, como tal, não muda nunca. A Doutrina Cristã é – parafraseando Santo Agostinho, cuja festa hoje se celebra – aquela “Beleza tão antiga e tão nova” que atrai a Si as almas não por “evoluir” [= mudar], mas precisamente por ser perene e imutável.
Não é verdade que a reencarnação e a comunicação com os mortos sejam as únicas teses diferenciais entre o Espiritismo e o Catolicismo; se você acredita realmente nisso, então você não faz a menor idéia do que seja o Catolicismo. Segundo a Doutrina Cristã, existe o pecado enquanto ofensa pessoal ao Deus Todo-Poderoso, cujo perdão se alcança por meio do Sacrifício Expiatório de Cristo na Cruz do Calvário, e não por pretensas e sucessivas “encarnações”. Se, por absurdo, fosse verdade que as almas reencarnassem em outros corpos, tal sucessão de dissabores ao longo de incontáveis encarnações não seriam ainda suficientes para satisfazer a justiça ofendida por um único pecado. Curiosamente, para o Espiritismo, nem existe pecado (porque os atos maus que os homens praticam são tão-somente imperfeições que obedecem a uma (alegada) impessoal Lei de Ação-e-Reação espiritual) e nem existe perdão (porque, como expliquei em outro artigo, a neo-metempsicose espírita é somente uma roupagem grosseira jogada de qualquer jeito sobre a Lei de Talião). Em suma: o Espiritismo não tem nenhuma semelhança com o Catolicismo a não ser um vago “faça-o-bem” que, assim etéreo e fluido, está contido em toda religião.
Insinuar que os ensinamentos morais espíritas são tais que “a Igreja Católica de 2000 anos não os deu em nenhuma época aos seus seguidores” (!) chega a ser risível. Para ficar em um só exemplo, aconselho a leitura da Imitação de Cristo, escrita em mil quatrocentos e tantos. Ou faço melhor: traga-me um bom ensinamento espírita, um único sequer, que não tenha sido já repetido mil vezes (e de maneira muito mais enfática, didática e sublime) por um sem-número de católicos, santos ou não, muitos séculos atrás. Naturalmente, não valem as fábulas reencarnacionistas, pois estas não têm nenhuma serventia prática e servem tão-somente como muleta para os seguidores de Kardec; falo de ensinamentos piedosos que incentivem as almas a agir bem.
Sobre a relação da Igreja com outras religiões, o objetivo d’Ela não é e nem pode ser – como eu já disse – “criar” religião nenhuma, porque nenhuma religião “criada” pode religar as almas feridas pelo pecado ao seu Criador. Segundo prega o Catolicismo, a Religião Católica não foi “criada”, foi revelada por Deus e, assim, a Igreja não tem nenhum interesse em trair o Seu passado para “inventar” uma besteira meia-boca qualquer que sirva apenas para satisfazer ao prurido de novidades das almas desorientadas do nosso tempo, sem no entanto conduzi-las a Deus. Não se preocupe que isto não vai acontecer.
Por fim, se o senhor não acredita na autenticidade dos Evangelhos… o que sobra pra gente discutir? Isto só mostra, aliás, como é gigantesco o abismo que separa o Espiritismo do Catolicismo, e corrobora o que eu venho dizendo sobre a radical incompatibilidade entre as duas visões de mundo.
Abraços,
Jorge Ferraz
A igreja vai sempre discordar do Espiritismo, mesmo que este apresente provas irrefutáveis. Seria o mesmo que o Espiritismo negar a reencarnação ou a comunicação com os espíritos, sendo estes seus pilares.
Outro exemplo são os evangélicos, para eles a teoria da evolução é uma fábula e o homem veio do barro e a mulher de uma costela. Uma religião que tenta desmentir a ciência já se mostra irracional e com dogmas sem sentido.
O que mais me atrai em alguns não católicos, não é o conteúdo de suas proposições, mas as formas que utilizam.
Ele deixa transparecer um bom interesse por melhorar a sociedade e uma limitada capacidade intelectual somada ao baixissimo conhecimendo do que seja “Ser Católico”.
Orações(frases) de um espirita:
“suas inteligentes críticas” (oração aduladora)
“você conhece o espiritismo” (oração aduladora)
“usou uma escrita tendenciosa” (oração perniciosa)
“o catolicismo é caduco” (oração doente)
“fonte de alívio e esperança a tantos Católicos” (oração presunçosa)
“Era queimado vivo. Não é verdade?” (oração manipuladora)
“recriemos uma religião mais rica” (oração demoníaca)
Sinto, mas a doutrina espírita não tem um Deus, tem um MENTOR que permite que sua salvação seja obtida SEM Deus.
Uma notícia muito boa, Chico Xavier ficou entre os 10 maiores brasileiros de todos os tempos. Na disputa contra Irmã Dulce ele saiu vitorioso por uma pequena margem e não há nenhum Pastor entre os dez primeiros colocados. A voz do povo é a voz de Deus mesmo.
Realmente uma boa notícia. Este homem simples pasou pela vida fazendo o bem. Impulsionou o Espiritismo, trazendo-o para o século XXI, é lembrado e querido até hoje, mais de 10 anos depois de sua morte, e comprova, assim, ter deixado um rastro de luz na sua passagem pela vida.
A GRANDE TRANSIÇÃO
Opera-se, na Terra, neste largo período, a grande transição anunciada pelas Escrituras e confirmada pelo Espiritismo.O planeta sofrido experimenta convulsões especiais, tanto na sua estrutura física e atmosférica, ajustando as suas diversas camadas tectônicas, quanto na sua constituição moral.
Isto porque, os espíritos que o habitam, ainda caminhando em faixas
de inferioridade, estão sendo substituídos por outros mais elevados que o impulsionarão pelas trilhas do progresso moral, dando lugar a uma era nova de paz e de felicidade.
Os espíritos renitentes na perversidade, nos desmandos, na sensualidade e vileza, estão sendo recambiados lentamente para mundos inferiores onde enfrentarão as conseqüências dos seus atos ignóbeis, assim renovando-se e predispondo-se ao retorno planetário, quando recuperados e decididos ao cumprimento das leis de amor.
Por outro lado, aqueles que permaneceram nas regiões inferiores estão sendo trazidos à reencarnação de modo a desfrutarem da oportunidade de trabalho e de aprendizado, modificando os hábitos infelizes a que se têm submetido, podendo avançar sob a governança de Deus.
Caso se oponham às exigências da evolução, também sofrerão um tipo de expurgo temporário para regiões primárias entre as raças atrasadas, tendo o ensejo de ser úteis e de sofrer os efeitos danosos da sua rebeldia.
Concomitantemente, espíritos nobres que conseguiram superar os impedimentos que os retinham na retaguarda, estarão chegando, a fim de promoverem o bem e alargarem os horizontes da felicidade humana, trabalhando infatigavelmente na reconstrução da sociedade, então fiel aos desígnios divinos.
Da mesma forma, missionários do amor e da caridade, procedentes de
outras Esferas estarão revestindo-se da indumentária carnal, para tornar essa fase de luta iluminativa mais amena, proporcionando condições dignificantes, que estimulem ao avanço e à felicidade.
Não serão apenas os cataclismos físicos que sacudirão o planeta, como resultado da lei de destruição, geradora desses fenômenos, como ocorre com o outono que derruba a folhagem das árvores, a fim de que possam enfrentar a invernia rigorosa, renascendo exuberantes com a chegada da primavera, mas também os de natureza moral, social e humana que assinalarão os dias tormentosos, que já se vivem.
Os combates apresentam-se individuais e coletivos, ameaçando de
destruição a vida com hecatombes inimagináveis. A loucura, decorrente do materialismo dos indivíduos, atira-os nos abismos da violência e da insensatez, ampliando o campo do desespero que se alarga em todas as direções.
Esfacelam-se os lares, desorganizam-se os relacionamentos afetivos,
desestruturam-se as instituições, as oficinas de trabalho convertem-se em áreas de competição desleal, as ruas do mundo transformam-se em campos de lutas perversas, levando de roldão os sentimentos de solidariedade e de respeito, de amor e de caridade… A turbulência vence a paz, o conflito domina o amor, a luta desigual substitui a fraternidade.
…Mas essas ocorrências são apenas o começo da grande transição.
A fatalidade da existência humana é a conquista do amor que proporciona plenitude. Há, em toda parte, uma destinação inevitável, que expressa a ordem universal e a presença de uma Consciência Cósmica atuante.
A rebeldia que predomina no comportamento humano elegeu a violência
como instrumento para conseguir o prazer que lhe não chega da maneira
espontânea, gerando lamentáveis conseqüências, que se avolumam
em desaires contínuos.
É inevitável a colheita da sementeira por aquele que a fez,
tornando-se rico de grãos abençoados ou de espículos venenosos.
Como as leis da vida não podem ser derrogadas, toda objeção que se
lhes faz converte-se em aflição, impedindo a conquista do bem-estar.
Da mesma forma, como o progresso é inevitável, o que não seja
conquistado através do dever, sê-lo-á pelos impositivos
estruturais de que o mesmo se constitui. A melhor maneira, portanto, de
compartilhar conscientemente da grande transição é através da
consciência de responsabilidade pessoal, realizando as mudanças
íntimas que se tornem próprias para a harmonia do conjunto.
Nenhuma conquista exterior será lograda se não proceder das
paisagens íntimas, nas quais estão instalados os hábitos.
Esses, de natureza perniciosa, devem ser substituídos por aqueles que
são saudáveis, portanto, propiciatórios de bem-estar e de harmonia emocional.
Na mente está a chave para que seja operada a grande mudança.
Quando se tem domínio sobre ela, os pensamentos podem ser canalizados
em sentido edificante, dando lugar a palavras corretas e a atos dignos.
O indivíduo, que se renova moralmente, contribui de forma segura para
as alterações que se vêm operando no planeta. Não é necessário que o turbilhão dos sofrimentos gerais o sensibilize, a fim de que possa contribuir eficazmente com os espíritos que operam em favor da grande transição.
Dispondo das ferramentas morais do enobrecimento, torna-se cooperador
eficiente, em razão de trabalhar junto ao seu próximo pela mudança de convicção em torno dos objetivos existenciais, ao tempo em que se transforma num exemplo de alegria e de felicidade para todos.
O bem fascina todos aqueles que o observam e atrai quantos se encontram
distantes da sua ação, o mesmo ocorrendo com a alegria e a saúde.
São eles que proporcionam o maior contágio de que se tem notícia e não as manifestações aberrantes e afligentes que parecem arrastar as multidões.
Como escasseiam os exemplos de júbilo, multiplicam-se os de
desespero, logo ultrapassados pelos programas de sensibilização
emocional para a plenitude. A grande transição prossegue, e porque se
faz necessária, a única alternativa é examinar-lhe a maneira
como se apresenta e cooperar para que as sombras que se adensam no mundo sejam diminuídas pelo Sol da imortalidade.
Nenhum receio deve ser cultivado, porque, mesmo que ocorra a morte, esse
fenômeno natural é veículo da vida que se manifestará em outra dimensão. A vida sempre responde conforme as indagações morais que lhe são dirigidas.
As aguardadas mudanças que se vêm operando trazem uma ainda não
valorizada contribuição, que é a erradicação do sofrimento das paisagens espirituais da Terra. Enquanto viceje o mal, no mundo, o ser humano torna-se-lhe a vítima preferida, em face do egoísmo em que se estorcega, apenas por eleição especial.
A dor momentânea que o fere, convida-o, por outro lado, à observância das necessidades imperiosas de seguir a correnteza do amor no rumo do oceano da paz. Logo passado o período de aflição, chegará o da harmonia. Até lá, que todos os investimentos sejam de bondade e de ternura, de abnegação e de irrestrita confiança em Deus.
Joanna de Ângelis. Mensagem psicografada pelo Médium Divaldo Pereira Franco.
Gentileza não copiar-e-colar lixo aqui no blog. O espaço de comentários é para tecer comentários a respeito do post, e não para fazer propaganda das toscas fábulas espíritas.
O que mais vocês tem a fazer do que ficar criticando o espiritsmo de forma acintosa e desrespeitosa? Não temos realmente compatibilidade, então, vocês tem uma fé irracional e cega. Ponto final. Deixem o espiritismo quieto.
Seria muito bom ouvir e ser ouvido, mas para quem não quer crescer, não quer ouvir e maldiz o espiritismo, não ha conversa sã.
Senhor Umberto, se o senhor não percebeu, isto aqui é um blog católico voltado para a apologética. Portanto, é óbvio que está dentro do escopo do presente trabalho apontar, no Espiritismo, aquilo que contraria a Fé da Igreja.
A primeira intervenção do senhor, que tinha a ver com o texto, recebeu consideração e resposta. Discutir é isso: alguém escreve, alguém responde. Ao contrário, ficar copiando-e-colando aleatoriamente textos toscos é flood e spam, e não é bem-vindo aqui. Comentar é uma coisa, floodar é outra completamente diferente.
Grato pela consideração,
Jorge Ferraz
“Dizia-se que o Vaticano II acabara de vez com a apologética.”(Leonardo Kloppenburf
Jorge,tu concordas com esta posição do Frei?(linha 18)
Abraços,
Que posição? Que se dizia isso? Sim. Que de fato o Vaticano II quisera isso? Não.
O Vaticano II prega o respeito aos outros credos ou prega o ecumenismo? O respeito aos outros credos toda a religião tem o dever de pregar,mesmo discordando,mas o CVII não prega que “todos os caminhos levam a DEUS”(principal fundamento do ecumenismo).
O problema é que não consigo entender o porquê do Frei ter dado uma trégua depois do CVII se ele não estava fazendo nada demais.(Não vi nenhum desrespeito no texto)Ademais,posso estar enganado e até reconheço se estiver,mas não vejo mais obras fundamentadas deste nível apologético(no catolicismo) sobre espiritismo.
Não sei de onde você tirou que “todos os caminhos levam a Deus”, mas isto é uma grande besteira e uma tremenda heresia, e é lógico que o Vaticano II não prega nada nem parecido com isso. “Ecumenismo” é o movimento que tenciona trazer os hereges e cismáticos de volta à Igreja Católica, fora da qual não há salvação. Com religiões não-cristãs (islamismo, budismo, etc.) não se fala em Ecumenismo e sim em diálogo inter-religioso, cujo objetivo é também promover aproximação entre os infiéis e os católicos para trazer aqueles à Igreja de Cristo.
Quanto ao espiritismo, a obra máxima em língua portuguesa sobre o tema que eu conheço é, precisamente, este “Orientações para Católicos” do Frei Boaventura.
Jorge,meu caro,você não entendeu.Muitos pensam que ecumenismo significa que “todos os caminhos levam a Deus” e é claro que não concordo com isto.
Entenda meus queridos, o verdadeiro templo de Deus não é o altar dos Santos Católicos, não é o terreiro do Candomblé ou Umbanda ou nem mesmo a mesa de palestra na casa Espírita o verdadeiro templo esta esta dentro do coração de cada um de nós.Precisamos cultivar este templo com as boas lutas no lado do bem maior para com todos os seres viventes. Sigam a risca os exemplos de Jesus cristo porque ele foi o o modelo perfeito de “Ser” humano na TERRA. Não recrimine o seu irmão só porque ele vai de manhã a missa e de noite esta na palestra em uma casa espírita, se ele se sente melhor assim desse jeito não vá se tornar o seu algoz tirando-lhe a paz que tanto almeja.
Estou passando por um fato curioso também no sentido de duplo culto ou religião, fui criado em bases Espíritas por influência de minha mãe por ela também ser espírita e ter sido abandonada em frente a uma casa espírita que era ao mesmo tempo orfanato, residindo neste local desde os 4 meses de idade ate a sua maioridade. Mais atualmente depois de ter lido alguns romances espíritas com temáticas negras ou seja africanas e todo o envolvimento desses povos no desenvolvimento do Brasil, passei a respeitar o culto deles.(Obs: só não gosto dos despachos que são feitos para prejudicar outrem isso vai depender de terreiro para terreiro, assim como também não gosto quando um irmão católico na missa fala mal ou pensa o mal de outro irmão pois isso pode ter ate mais efeito negativo do que algum despacho).Acho que não respeitava como devia o candomblé pelo fato de meu pai vir do terreiro e em certas noites acordar gritando dizendo que sonhou com isso ou com aquilo e ouvir minha mãe reclamar no dia seguinte ” esse homem vai na macumba e depois fica vendo espírito a noite e gritando me acordando e me atrapalhando o sono”, hoje graças a Deus ele arranjou uma terreiro ou “tenda” como ele chama onde isso não mais acontece mais, acho eu que a certa mediunidade que ele tinha ele mesmo o bloqueou e direcionou suas força para a pratica da política que ele tanto adora. Bem, meu pai se diz católico e devoto de santo Amaro tanto que o nome dele é “Amaro dos Santos” pelo fato dele ter nascido prematuro de 6 meses de gestação e isso num ambiente Rural e quando digo Rural é RURAL mesmo, isso lá no começo dos anos 60 desprovido de quase tudo naquele ambiente. Minha avó rezou com fervor a SANTO AMARO pra que meu pai não morresse ate chegar no hospital da cidade que era longe e hoje ele é um homem forte e feliz.Mais hoje eu entendo essa dupla religião de meu pai e de minha avó por já ter visitado o ambiente de “roça” onde eles viveram ate meados dos anos 70(a partir dessa década houve grande êxodo rural ),pois quando em momentos de dificuldade a igreja estava fechada a noite a população dessas áreas sempre recorriam aos “Guias” e Deuses africanos para resolver seus problemas.
Tive que falar um pouco da religião da minha mãe e do meu pai para chegar ate este ponto e para que todos vocês tenham uma idéia melhor de minha problemática atualmente sobre ter duas religiões. Como eu disse no parágrafo acima passei a respeitar esses cultos a medida em que fui adquirindo mais conhecimentos sobre essas religiões de raízes na cultura negra. Comecei a baixar musicas MP3 dos chamados “pontos” dessa religião e tenho me sentindo muito bem ao ouvi-las, sentindo realmente no fundo de meu coração uma paz e harmonia ao ouvir os sons dos instrumentos e versos dessas cantigas. Minha mãe quando ouviu sair de meu aparelho de celular esses pontos falou “pare com essas músicas de espíritos atrasados isso atrai maus espíritos”, tento explicar a ela sobre o conteúdo e livros espíritas que li atualmente sobre Umbanda e toda temática de “giras”, “Ervas”, “pontos’ “Fumo”,” palavras do guias” , “Águas de cheiro” etc, que aplicados com sabedoria e caridade limpam, protegem e renovam os indivíduos para uma vida mais voltada para o bem e para DEUS, mas ela não deu ouvidos. A partir daí comecei a entender que ate no espiritismo mesmo pregando o respeito pelas diversas religiões existiam espíritas com algum certo tipo de preconceito sobre as religiões dos negros.A casa espírita que frequento ainda esta muito ligada com a temática dos santos europeus e coisas do catolicismo, até os cânticos espíritas naquela casa tem uma entonação e melodias meio que “gregorianas”. Já meu pai quando ouviu as músicas de Umbanda saindo do meu celular ficou meio desconfiado e temeroso pois só conhecia os “pontos” da tenda de Umbanda dele mas com o tempo viu que as letras passavam umas mensagens boas e verdadeiras e começou a cantar e as vezes a “girar” também pelos corredores de nossa casa mais sem que mamãe o visse é lógico rsrsrsr.Meu pai sempre me falou” qualquer dia eu vou te levar lá na tenda pra você ver como é que é o nosso trabalho” mas sempre recusei porque nunca tive interesse em ir e mesmo ouvindo os “pontos” de mp3 não tenho interesse de ir a um terreiro atualmente, só as músicas da umbanda sem os rituais já me fazem um bem e elevam minha alma. De uns tempos pra cá estive com alguns problemas na vida e os guias de meu pai lá na tenda dele falaram “que era pra eu continuar indo em minha casa espírita porque lá era onde eu iria ser tratado melhor do problema” e realmente e nas palestras e no ambiente Espírita (Kardecista) em que me sinto melhor, mais atualmente minha mãe não entende esse meu gosto pela música da umbanda que estou passando a gostar mais do que as músicas do espiritismo.Consigo ate tirar certos ensinamentos dos versos das músicas da umbanda que são os mesmos ensinamentos do espiritismo. Num verso da música diz assim:
– caboclo não tem caminho para caminhar.
– caboclo não tem caminho para caminhar.
-Caminha por cima da “folha” por baixo da “folha” em todo lugar.
-Caminha por cima da “folha” por baixo da “folha” em todo lugar.
Analisando atentamente a música de imediato uma alegria invadiu- me a alma por que percebi verdades incondicionais seja em qualquer religião nos lindos versos e voz dos cantores de Umbanda, vejam bem e parem para pensar um pouco:
Sejam os “Anjos ou Santos do senhor” dos Católicos;
Sejam os “Iluminados” do Budismo;
Sejam os “Obreiros ou Espírito Santo” dos Evangélicos;
Sejam os “Profetas ou Homens Santos” do Judaísmo ou Islamismo;
Sejam os ” Guias ou Pretos velhos ou Caboclos” do Candomblé ou Umbanda
Sejam os ” Benfeitores Espirituais ou Espíritos de Luz” da casa Espírita;
TODOS ELES TRABALHAM AO LADO DE JESUS E SOBRE O COMANDO DE DEUS “EM TODO O LUGAR” como fala na música.Trabalham no “sétimo céu’ dos católicos, ou na “Aruanda” dos umbandisdas, ou nos “planos superiores” dos espíritas” resumindo nos versos da música ” CAMINHA POR CIMA DA FOLHA” nos vigiando e orando por nós e conduzindo nossos passos, atos e pensamentos na direção da única verdade que é DEUS. E ” CAMINHA POR BAIXO DA FOLHA” traduzindo , trabalham no inferno ou purgatório dos católicos ou planos inferiores ou umbral dos espíritas, trabalham nos tirando da lama ou fogo em que nós próprios adentramos devido a nossos pecados e maus pensamentos que se transformaram em maus atos aos olhos de Deus. Depois que nós entendemos que somos culpados por aqueles atos pecaminosos e nos bate uma vontade verdadeira de se redimir, logo em seguida clamamos pela misericórdia divina e de imediato vem a mão amiga dos Caboclos, anjos, espíritos de luz não importando os nomes que damos a eles pois todos vem em nome Deus e de imediato nos tiram daquele Fogo ardente e apresentam-nos uma nova chance , um novo projeto para reparar nossos erros.
Deus escreve certo por linhas tortas no grande livro da vida, e destina cada linha desse livro em separado a cada filho para que seja o senhor dessa linha, as vezes entendemos as linhas tortas que Deus separou ao nosso irmão, e entendemos o porquê dele ser daquele jeito e estar seguindo aquela religião seja ela Umbanda ou Budista ou Evangélica etc. E é melhor ainda quando ele consegue ler e entender a nossa linha torta seja ela católica ou espírita ou Islâmica etc. .E é melhor ainda quando os dois irmãos conseguem ler e entender as linhas tortas um do outro. E quando nós meus amigos entendermos todas as linhas tortas do grande livro da vida, Abençoado seja Deus Nosso Senhor, porque já fazemos parte do reino dele e podemos dizer “EU SOU filho de DEUS e que se faça como a sua vontade.
Rahan.
Palavras somente palavras…..vão fazer algo útil em vez de palavras jogadas ao vento. Sabe quando vão saber a verdade… coisa que ninguém soube responder nesse universo…quando morrerem, mas até lá tirem as partes macias do sofá e vão fazer alguma coisa que de orgulho mas o verdadeiro orgulho.
DEUS EM SUA INFINITA SABEDORAI NAO MOSTROU A VERDADE ABSOLUTA AOS ESPIRTIAS NEM CATOLICOS, CADA UM TEM VERDADES MISTURADO COM HERESIAS, ISSO PARA QUE NÃO NOS ENSOBERBEÇAMOS E NÃO NOS GLORIEMOS, NOS TRANSFORMANDO EM JUDEUSZINHOS MIMADOS! SIGAMOS O CONSELHO DE PAULO, ANALIZAR TUDO, RETER O BOM, TODOS NOS SERES HUMANOS ERRAMOS E DEVEMOS RECONHECER!
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