Profundamente abalados com o fim da celebração da Missa Tridentina em Recife, alguns católicos – uma comissão representativa dos fiéis que há anos assistem esta missa – tiveram uma audiência esta manhã, perto das dez horas, com Sua Excelência Reverendíssima Dom Fernando Saburido, na Cúria Metropolitana. Enquanto alguns entraram para a audiência episcopal, outros ficaram do lado de fora aguardando o seu desfecho.
Das mais diversas faixas etárias (de crianças de colo a senhores de mais de cinqüenta anos), de diversas paróquias da Arquidiocese, estes fiéis foram respeitosamente apresentar a Sua Excelência a sua perplexidade com o fim da celebração da Santa Missa na Forma Extraordinária do Rito Romano.
Levamos testemunhos dos frutos que têm sido alcançados por meio desta Missa. Famílias foram formadas em torno a ela; crianças, neste rito, foram batizadas. Pessoas afastadas da Igreja há décadas encontraram-se, finalmente, na celebração do Santo Sacrifício do Altar segundo as rubricas antigas, e voltaram à prática da Religião Verdadeira ao verem a piedade deste rito e ao serem nutridas pelas homilias do reverendíssimo padre que a celebrava.
Manifestamos todo o nosso amor e a nossa solidariedade para com o sacerdote, pe. Nildo, “diretor espiritual de alguns, confessor permanente de muitos e pai espiritual de todos”. Testemunhamos a sua fidelidade ao sacerdócio, o seu amor à Igreja, a sua dedicação àqueles que a Divina Providência lhe confiou. Um exemplo de sacerdote, sem sombra de dúvidas, pelo qual sempre agradecemos a Deus em privado e em favor do qual, hoje, falamos abertamente diante do Metropolita.
Queixamo-nos das incompreensões com as quais nós, católicos ditos “tradicionalistas” desta Arquidiocese, somos tratados. Das insinuações de que provocamos divisão no rebanho, passando pelas acusações de sermos fechados e avessos ao diálogo, e chegando até a calúnias gratuitas como a de ensinarmos que “a Sé de Pedro está vacante”. Queixamo-nos, de tudo isso, ao Arcebispo Metropolitano, que nos ouviu amável e paternalmente.
Reafirmamos o nosso mais ardente amor à Igreja e o nosso desejo sincero de estarmos em comunhão incondicional com o Santo Padre, o Vigário de Cristo na Terra, e com o nosso bispo em comunhão com o Papa. Rejeitamos todas e cada uma das acusações injustas que nos eram feitas. Afirmamos que os excessos, se os há, devem ser tratados como casos particulares que são – e não aplicados por meio de generalizações absurdas a todos os fiéis que se nutrem da espiritualidade tradicional da Igreja.
Somos provavelmente – como foi colocado para o senhor Arcebispo – o mais heterogêneo grupo de católicos desta Arquidiocese. De paróquias distantes (alguns inclusive de outras cidades e municípios), de atividades pastorais diversificadas (há pessoas que são catequistas, que fazem pastoral com drogados, que realizam missões, etc.), tendo em comum o amor à Santa Missa celebrada em Sua Forma Extraordinária. Não queremos senão ser católicos.
Sua Excelência nos concedeu a sua compreensão e a sua solicitude de Pastor. Disse que tínhamos o seu apoio. Garantiu-nos que iria intervir para que a Santa Missa na Forma Extraordinária continuasse a ser celebrada – Deo Gratias. Solidarizou-se com as nossas queixas, e prometeu-nos tomar providências a fim de que cessem as perseguições e animosidades. Despedimo-nos, rogando a sua bênção e reafirmando a nossa filial submissão àquele que foi designado pelo Santo Padre para nos pastorear.
Daniel, qualquer forma de celebração da Santa Missa aprovada pela Igreja é igualmente válida. E se a Igreja dá aos fiéis o direito de assistir à Santa Missa na Forma Extraordinária, não há problema algum em pedir. Eu assisto à missa na Forma Ordinária, mas nem por isso vou me opor àqueles que preferem a Forma Extraordinária. Muito pelo contrário, eu sou solidário a essa causa.
Mudando um pouco o assunto, eu tenho uma hipótese de uma das razões de por que às vezes a celebração da Missa Tridentina encontra resistência. Isso, em parte, talvez se deva à forma com que alguns defendem a celebração dela. Há algumas pessoas que agem como se fossem os últimos representantes da Tradição e como se tivessem mais autoridade que o Magistério, assim insinuam ou afirmam diretamente que a Forma Ordinária da Santa Missa não é válida e que só é missa a Missa Tridentina. Eu não estou afirmando que o caso referido no post seja assim, e não é, só estou dizendo que em alguns casos é assim.
Isso, junto com um tom mal educado e raivoso que às vezes é usado, colabora para comprometer a imagem daqueles que querem a celebração da Missa Tridentina, mesmo que esses o façam da forma totalmente fiel à Igreja. Dessa forma, acaba-se dificultando que esse querer seja ouvido.
Abraços,
Tiago
Tradição por tradição, a missa teria que ser celebrada em aramaico, que era a língua falada por Jesus.
Menino, voce deu no sete!
O video no post anterior elucida bem as razões para preferir-se a Missa antiga à nova: Lex orandi, lex credendi.
Sr. Daniel Venancio:
O que o sr. escreveu: “Que Deus ilumine vocês para que não permaneçam no caminho das trevas. Missa celebrada em latim é um passo para trás. É ser herético, pois contraria o Concílio Vaticano II.”
O sr. está coberto de razão.
A missa latina contraria – e muito – o Concilio Vaticano II.
Quanto aos “caminho das trevas”, devo lembrá-lo que todos os santos foram forjados sob a assistência desse rito tridentino.
Uma pena o sr. não estar lá para avisá-los que eles estavam nas “trevas”…
Fico imaginando Padre Pio celebrando uma missa nova – carismática – levantando os bracinhos e dançando ante ao SS com leveza e sagacidade…
e ainda, escreveu o sr.: “Tradição por tradição, a missa teria que ser celebrada em aramaico, que era a língua falada por Jesus.”
Filho, ao que consta Nosso Senhor também falava o latim.
Estou enganado?
Olegário.
Sr. Tiago Paolini,
A resistência que muitos bispos fazem a missa latina não é com certeza o tom mal educado e arrogante dos fieis que a exigem.
A oposição do clero modernista dá-se pelo temor de deixar transparecer o que foi a Igreja antes do CVII e hoje, pela missa nova, o que de fato ela se tornou.
Só isso.
Olegario.
italo, que blog “super católico” é esse que anunciou o fim do mundo?
renato, falei no sentido metafórico e não literal. agora o blog é melhor não comentar para não ascender o fervor dos passionais. mas como diz o ditado, um pingo é i.
devo lembrá-lo que todos os santos foram forjados sob a assistência desse rito tridentino.
meu caro, esqueceu de dizer que todos os santos a partir do sec. XVI né? ou STo Agostinho, São Jerônimo, Santo Atanásio já celebravam a missa tridentina ?
Filho, ao que consta Nosso Senhor também falava o latim
sim, e com certeza ele falava para os apóstolos, que em sua maioria só falavam o dialeto galileu em latim.
Amigos, salve Maria.
Que esquisito mulheres defendendo a tradição de calças……
Sandro Pontes,
não há nada de esquisito nisto. Já vi mocinhas com saias que revelam muito mais do que uma calça feminina com um bom corte.
Eu por exemplo no meu dia a dia uso calça é bem mais prática no meu trabalho. Existem calças que marcam bem menos do que certas saias. Isto é um tema pequeno diante da importância que foi ter a missa de volta.
Daniel Venâncio, o seu comentário só mostra sua ignorância litúrgica/doutrinal. Seu comentário se assemelha muito à algum comentário MEU de 4 anos atrás (sim, pois só a 4 anos comecei a compreender que existe uma crise na Igreja (algo que seguramente 95% dos católicos brasileiros não sabem sequer que existe) pois como disse 4 anos atrás defendia esse mesmo tipo de pensamento superficial sobre as diferenças entre a missa nova e a Missa Tridentina). Após um estudo um pouco mais aprofundado pode-se compreender que não se trata de latim ou vernáculo e de frente ou “de costas” para o povo. Sobre voltar às “trevas” e “estar em heresia” por contrariar o Vat.II, seu comentário só endossa a tese modernosa/ignorante de fazer do Vat.II um “super-dogma” (conforme palavras de Bento XVI) como se a Igreja tivesse passado a existir após o Vat.II. E os 1.960 anos de Igreja e 2 dezenas de Concílios anteriores ao Vat.II não contam?? Caso sua resposta seja positiva sua Igreja teria a mesma idade da “Deus é Amor” (seita protestante fundada por David Miranda em 1.962).
Para saber um pouquinho mais sobre a as 2 formas do rito romano basta ver o seguinte vídeo postado anteriormente aqui no Deus lo Vult:
http://www.youtube.com/watch?v=FuzU2AwVt3A&feature=player_embedded
Quanto à pergunta (ou afirmação) do Ítalo, de fato a Santa Missa no rito romano passou a ser chamada Tridentina após o Concílio de Trento onde São Pio V promulgou o Missal Tridentino como forma única do Rito Romano, porém antes disso a Santa Missa era Chamada Gregoriana por ter sofrido semelhante processo por São Gregório Magno (em torno de 590), que também unificou as formas (semelhantes) de celebração do Rito Romano anteriores a ele. Portanto sabe-se que o Rito Romano é quase o mesmo desde antes de São Gregório Magno que a codificou (daí chamar-se Missa Gregoriana) até novamente ser codificada por São Pio V na época do Concílio de Trento (Missa Tridentina) e daí manter-se novamente até a chegada do Vat. II. Portanto o Rito Romano é praticamente (salvo algumas inserções ou supressões feitas ao longo dos 2 mil anos) o mesmo desde os tempos apostólicos até 1960 com a “reforma” do Vat. II. e possivelmente alguns dos Santos que você citou celebraram neste Rito.
Fiquem com Deus.
Tiago Lima
Só lembrando que São Francisco de Assis e Santa Joana d´Arc mãe eram do século XVI e ouviam a missa em latim. Inicialmente a liturgia era em gr4ego e depois passou para o ltim. Como voce explica então que Lutero tenha traduzido a Bíblia para o latim e a celebração da Ceia dele para vernáculo se antes dele não era usado o latim? Então os santos antes do Concilio de Tento ouviam a missa em latim e fique sabendo: entendiam muito mais o sentido da missa do que os de hoje que a ouvem em português. Quantas pessoas HOJE SE REFEREM A MISSA COMO SACRIFÍCIO DE CRSITO? Minha avó que não sabia o latim sabida disso. Já ouvi pessoas católicas afirmarem. O pão é símbolo do corpo de Cristo? É esta doutrina da Igreja. Minha avó que não sabia o latim e nem se quer ouvia as palavras da consagração sempre afirmou para mim que o pão era o corpo real de Cristo e não mero símbolo. Então não basta saber a língua. É necessário o saber o significado. Musica é musica em qualquer idioma; quem não se delicia com um ritmo estrangeiro sem entender patavina da letra? E se o faz é porque sabe distinguir uma musica do que não é?
PAX
caro josé ou tiago, no geral a sua exposição histórica da missa tridentina está correta, mas permita-me umas correções. o rito predominante na quase totalidade da Igreja até o sec VII era o bizantino, depois chamado de rito de São João Crisostomo, que pegou emprestado muitos elementos da liturgia imperial da corte de constantinopla, tal com a procissão de entrada com as seis velas e o vexilium. a língua litúrgica era o grego, que por sinal se manteve na liturgia latina com o kyrie eleison.
o rito romano, e se chama assim justamente porque era celebrado pelo bispo de roma. a variedade de ritos era grande (romano, ambrosiano, bizantino, galicano, hispânico-visigótico etc). para quem não sabe existem hoje na Igreja Católica 23 ritos (2 em o latim como língua litúrgica, o latino e o ambrosiano ou milanês); mas em fim sem muitas delongas, finalizando,o rito latino de Pio V não é so uma modificação do rito anterior, mas nele foi acrescentado elementos de outros ritos como o galicano. e finalmente, se o rito foi modificado durante o tempo então não é o mesmo desde o inicio.
aliás essa expressão missa de sempre, que alguns costumam usar, doi no ouvido.
Fraternalmente em Cristo
italo
Prezada Simone, salve Maria.
Pelo jeito você desconhece totalmente a doutrina da Igreja sobre a obrigação da distinção entre homens e mulheres, padres e freiras. Se quiser, posso lhe explicar, de forma fraterna, esta questão.
Você não pode usar calças de jeito nenhum. A Igreja a proibe formalmente.
Fique com Deus e com Nossa Senhora,
Sandro de Pontes
Onde está escrito que a mulher não pode usar calças? Hoje não se segue mais isso. Concordo com a Simone, calça comprida é muito menos escandalosa do que saia hoje em dia. E é uma questão insignificante.
Caro Sandro Pontes,
Também gostaria de saber em qual documento da Santa Igreja está escrito que as mulheres nâo podem usar calça ????
Acho que este comentário de “mulher nâo pode usar calça” é tipico de associação cultural , instituto, etc.. ditas “ultra católicas” ou “mega catolico” ou “ultra conservadores”. Mas cuidado, isso é típico de seitas.
abraços,
lucas
pra mim esse negocio de mulher não usar calças a típico de congregação cristã do Brasil, ou seja de calvinista mesmo, e não de católico
Prezada Maria Aparecida e demais amigos, salve Maria.
Vocês, pelo fato de terem sido criados pela Igreja pós Vaticano II, a Igreja conciliar, não conhecem a doutrina da Igreja sobre a necessária distinção que deve haver entre homens e mulheres. Explico-lhes fraternalmente. Na bíblia está escrito:
Deuteronômio cap. 22, v. 05 – A mulher não se vestirá com vestimentas de homem, nem o homem se vestirá com vestimentas de mulher: aquele que o fizer SERÁ ABOMINÁVEL DIANTE DO SENHOR, seu Deus.
Desta maneira, prezados amigos, como a Igreja Católica desde São Pedro até Pio XII manteve o costume da diferenciação entre os sexos, esta doutrina é de direito divino. O costume da Igreja é a aplicação prática de sua doutrina. Ou seja, é doutrina da Igreja, fundamentada também nesta passagem bíblica que homens e mulheres devem se vestir de forma diferenciada.
Claro que para sabermos o que seria vestimenta de homem e de mulher, devemos olhar a cultura e a tradição local. Ora, nos tempos de Cristo e anteriormente, o povo de Deus se trajava com túnicas. Portanto, havia túnicas para homens e para mulheres, e elas eram diferentes umas das outras (assim como o hábito da freira é diferente da batina do padre, por exemplo). Depois, no ocidente, o costume formado ao longo dos séculos para esta diferenciação se deu mais propriamente com homens usando calças e mulheres saias. Portanto, como este costume se manteve, é a ele que devemos estar firmados. Tanto isso é verdade que o Concílio Plenário Brasileiro realizado pouco antes do Vaticano II é extremamente taxativo e proíbe terminantemente mulheres de usarem calças (abrindo algumas exceções, como por exemplo uma mulher que trabalhe em um frigorífico e congelaria as pernas caso usasse saia, então neste caso, diz o Concílio Plenário, ela poderia usar calças durante o expediente, mas teria que se dirigir ao trabalho de saias e teria que colocá-las também no momento de voltar para casa, sendo proibido andar na rua de calças masculinas). E vocês sabem o que o Código de Direito Canônico diz sobre as determinações de um concilio plenário devidamente aprovado pelo papa, amigos? Eu lhes digo: a Igreja ensina que tais determinações OBRIGAM GRAVEMENTE os fiéis, que não podem desobedecer aquilo que lhes é prescrito. E onde a Igreja revogou as determinações do Concílio Plenário Brasileiro? Porque se existir esta revogação, me mostrem. E se ela não existir (como de fato não existe) então todas as mulheres brasileiras estão obrigadas a usarem saias. E tenho dito!
Daí vocês verem a maldade destas pessoas que tratam um costume de seis mil anos (quatro mil antes de Cristo e dois mil depois dele) como se fosse uma doutrina passageira, transitória, mutável de acordo com a moda.
Existe um documento do bispo de Campos Dom Mayer proibindo mulheres de usarem calças e até de comungarem com elas. Vejam:
“(…) É com tristeza que sabemos de Sacerdotes na Diocese, e de outras pessoas com responsabilidade de orientação de almas que não tomam a menor medida no sentido de manter em torno dos Sacramentos, especialmente da Santíssima Eucaristia, o ambiente de pureza que Jesus Cristo exige de seus fiéis servidores. Por que todas as igrejas da Diocese não ostentam, em lugar bem visível, as disposições eclesiásticas no sentido de que as senhoras e moças não se apresentem no templo de Deus com vestes ajustadas, decotadas, de saias que não desçam abaixo dos joelhos, ou de calças compridas, estas últimas mais próprias do outro sexo? E por que não tomam todos os Sacerdotes medidas a fim de que com semelhantes trajes, não se apresentem aos Sacramentos as senhoras e moças, ou para recebê-los ou como madrinhas ou testemunhas? Seria o mínimo que se poderia pedir a quem está realmente interessado por que a adaptação de que tanto se fala, não seja uma profanação do Sagrado, com prejuízo pessoal, para o povo fiel e para a sociedade em geral”.
Eis a fonte: http://www.fsspx-brasil.com.br/page%2010-1a-reverencia-sacramentos.htm
Existe ainda outro texto interessante sobre o assunto, escrito pelo padre Elcio Murucci. Leiam por favor somente este trecho:
“3 – Era também exigido por Deus a diferenciação entre o modo de se vestir dos homens e das mulheres; tanto assim que Deus considera abominável a mulher que se veste de homem e vice-versa. É o que diz a Bíblia Sagrada em Deuteronômio, XXII, 5. Vê-se, portanto, que as vestes unissex são condenadas por Deus na Sagrada Escritura. E a PRÓPRIA ORDEM NATURAL EXIGE que as diferenças entre os sexos sejam manifestadas, de maneira digna e honesta, pelo modo diferente de vestir, adequado a cada sexo”.
Eis o link: http://www.fsspx-brasil.com.br/page%2010-1e-vestes-biblia.htm
Abraços a todos vocês. Que as mulheres católicas aceitem este costume santo que obriga mulheres a usarem saias, homens calças, padres batinas e freiras o hábito. Cada um manifesta exteriormente aquilo que é, seja fisicamente, seja espiritualmente.
E contribuindo com esta necessária distinção estarão naturalmente combatendo o homossexualismo, já que hoje homem usa cabelo cumprido,mulher curto, homem usa brinco, mulher calça… enfim, homem parece mulher de cabelo cumprido e brinco, mulher parece homem de calça jeans e cabelo curto….uma balburdia que mata a necessária distinção exterior que deve haver entre os sexos!
Quem tiver ouvidos para ouvir, que ouça.
Abraços,
Sandro de Pontes
Algumas correções em relação ao tópico anterior: Lutero traduziu a Bíblia para o alemão. Joana d´Arc não era do século XVI e não mãe. Ótimas informações sobre desenvolvimento do Rito Romano dadas pelo Ítalo. No entanto quero destacar que foi benéfico a uniformização do rito após o concilio de Tento. Deixou o padre como instrumento dentro da missa e não como protagonista aparecendo mais do que o próprio sacrifício. Rito é rito não é criatividade. Tem um fim exclusivo e com certeza o fim não é de fazer aparecer padre ou comunidade. Por isso vejo que o Rito antigo indica mais a ação sagrada de adoração exclusiva a Deus do que o de hoje , já que este deixa uma mobilidade exagerada para acréscimos e invenções.Mas digo com sinceridade. Gostaria muito que voltassem a celebrar a santa missa conforme o Novo Ordo seguindo estritamente as orientações do missal romano. Sem balançar as folhinhas dos cânticos, sem palmas, sem danças, sem ofertas procissão de ofertas de objetos, frutos etc…sem parabéns para pessoas da comunidade na hora da missa e sem muito mais sem…De forma alguma vejo o novo rito como invalido
Queridos irmãos católicos,
convido-os a agradecer a Deus pelo cumprimento do Summorum Pontificum. Espero que todos aqui concordem que o caminho a seguir é aquele apontado pelo Santo Padre.
Quanto as discussões gostaria de partilhar um breve pensamento:
A verdade liberta as pessoas. Então sugiro buscar as respostas nos documentos da Santa Igreja. Rogo-lhes muito cuidado nessas discussões acaloradas onde facilmente diz-se coisas que depois acaba-se por lamentar. Ja pensaram em apaziguar o tom? Pois bem, esclarecer os irmãos em Cristo, na verdade, é um ato louvável, mas cuidado para isso não se tornar uma contenda para ver quem tem a razão onde dificilmente a humildade prevalece o orgulho.
N. Senhora do Carmo, rogai por nós.
Caríssimo Ítalo, concordo com você em muitos pontos, de fato já existiam vários ritos litúrgicos que não só o Romano, como os ritos que se desenvolveram no oriente (Bizantino, Armênio, Antioquino, Caldeu e Alexandrino) assim como os vários ritos surgidos no ocidente: Ambrosiano (composto por Santo Ambrósio) usado na Igreja de Milão, Mozárabe (composto por São Leandro e Santo Isidoro) de Toledo/Espanha, Lionês (da Diocese de Lyon/França), Bracarense (de Portugal), Galicano, Céltico, etc… Porém destes o que se impôs foi o Rito Romano Latino usado em Roma Ocidental (me refiro assim para distingui-la da capital Oriental do Império Romano (Constantinopla) após a divisão do Império em Ocidente/Oriente no século III) e que conforme havia dito, foi codificado no século VI pelo Papa São Gregório Magno que fez algumas modificações da Liturgia Romana Já existente à séculos, que a partir daí passou a chamar-se Liturgia Gregoriana. Daí seguiu-se por mais 10 séculos até o Concílio de Trento onde São Pio V tomou a forma Gregoriana com algumas variações existentes e novamente a codificou unificando assim o Rito Romano e passando a torná-lo a forma Oficial do Rito Latino (ainda que alguns foram preservados até hoje em suas localidades como o Mozárabe em Toledo ou o Ambrosiano em Milão).
O que vemos então foi o chamado “desenvolvimento orgânico” do Rito Latino Romano onde por mais que existissem outros Ritos Ocidentais o Rito Romano sempre esteve presente desde os tempos apostólicos, sofrendo alterações ao longo dos séculos porém JAMAIS sendo INVENTADO ou fabricado “do nada”. Portanto discordamos no seguinte: a meu ver a expressão “Missa de Sempre” não pode nos “doer no ouvido” já que de fato “sempre” existiu.
Saudações Fraternas
José Lima
(* o “Tiago” digitei por engano hehehe)
A questão do uso de calças pelas mulheres é um assunto muito interessante, pois não se limita apenas às mulheres e está relacionada a outras questões, como à castidade, vestir-se dentro e fora da missa, mas sobretudo diante do Santíssimo Sacramento com recato e modéstia.
Há um site muito bom que trata de moda e modéstia e cujo nome é precisamente este MODA E MODESTIA.
http://www.modaemodestia.com.br/
Desse site, gostaria de citar dois artigos com um trecho de cada um. Mas, antes, gostaria de pedir a Jorge que escreva um post ainda que bem pequenino sobre o assunto para que pudéssemos conversar sobre ele.
O primeiro artigo é este:
Difícil conservar a pureza em um mundo descoberto
Por Andrea Patrícia
“Quem lida com os homens – os confessores, principalmente – sabe o quanto é difícil manter-se casto nos dias de hoje. Sabe que existem sensibilidades diferentes, mas que a moral católica é correta quando diz que há partes que devem ser veladas. Há pessoas que dizem que uma roupa decotada não tem nada de mais, que uma saia acima do joelho não tem problema, mas não é isso o que ouço de muitos homens e não é isso o que padres, como Pe. Lodi, ouvem em seus confessionários. Não é porque todo mundo usa algo de determinada forma que este algo se torna correto e aceito pela Igreja. Isso é relativismo. Os tempos mudam, mas a psicologia dos homens e o corpo humano não mudam, e a moral da Igreja também não.
Diz o Compêndio de Teologia Moral:
“As partes desonestas do corpo são os órgãos genitais e as regiões vizinhas; as partes menos honestas são os seios, os braços e os flancos*; as partes honestas são o rosto as mãos e os pés”. (…) Olhares longos e deliberados, sobre os órgãos genitais ou sobre os seios de uma mulher embora cobertos de véu ou tecidos quase transparentes (…) constituem facilmente pecado mortal porque excitam o prazer venéreo.” (P. Teodoro da Torre Del Greco. Teologia Moral. Pecados Externos de Impudicícia. Pg. 262,263)”
http://www.modaemodestia.com.br/index.php/artigos/51-moda-modestia/182-dificil-conservar-a-pureza-em-um-mundo-descoberto
O segundo texto:
Vestir-nos com toda a modéstia
Também escrito por Andrea Patrícia
“Sobram calças e mais calças que além de serem vestes apropriadas apenas aos homens (pois imediatamente mostram as formas realçando os quadris, mesmo que sejam folgadas), são também justas, marcam o corpo, ou são simplesmente ridículas como as tais saruel e cenoura.”
http://www.modaemodestia.com.br/index.php/artigos/51-moda-modestia/196-vestir-nos-com-toda-a-modestia
Ainda sobre o uso de calças por mulheres, gostaria de citar Dom Estevão Bettencourt, OSB, em Católicos Perguntam (uma coletânea de perguntas e respostas editada em forma de livro pela editora do Mensageiro de Santo Antônio):
“Uma veste deverá ser tida como imoral, se provocadora ou excitante da concuiscência depravada. Assim toda roupa que deixe descobertas, faça trasparecer ou ponha em evidência partes sexuais ou erógenas do corpo humano, torna-se, via de regra, excitante. Por isso, deve ser banida como imodesta e imoral.
Verifica-se, porém, que o uso de calças compridas, hoje em dia, por parte das mulheres, não costuma excitar nem seduzir para o mal. Tornou-se algo de natural e geralmente aceito, sem chamar a atenção do público ( a não ser que as próprias calças, por sua índole “colante”, sejam feitas para provocar os instintos sexuais). Eis por que não se vê razão para condenar o uso de calças compridas por pessoas do sexo feminio, em nossos dias; de mais a mais, tal traje é muitas vezes mais decente do que certos vestidos ou saias.”
Vê-se que alguns não admitem em nenhum caso o uso de calças por mulheres, como a Andrea Patrícia, no texto citado, “Vestir-nos com toda modéstia”, e outros, como Dom Estevão, admitem o uso de calças pelas mulheres desde que a calça não seja justa ou colante.
Mas, num ponto, parece que todos concordamos, as mulheres não devem usar calças justas ou colantes. A minha dúvida é em relação às calças folgadas, elas são mais decentes que certas saias justas ou curtas.
Enfim, gostaria de saber o que diz o Magistério da Igreja a respeito.
Alex, salve Maria.
Obrigado pela colaboração e pelas boas mensagens que realmente explicam muita coisa. Porém, creio que citar Dom Estevão Bittencourt não é correto, pelo fato dele ter apoiado publicamente a maçonaria, fazendo-se amigo dos inimigos mortais de nossa santa Igreja. Você escreveu:
“(…) Vê-se que alguns não admitem em nenhum caso o uso de calças por mulheres, como a Andrea Patrícia, no texto citado, “Vestir-nos com toda modéstia”, e outros, como Dom Estevão, ADMITEM O USO DE CALÇAS PELAS MULHERES desde que a calça não seja justa ou colante”.
Ora, Dom Estevão não é maior do que o Concílio Plenário Brasileiro, que uma vez aprovado pelo papa Pio XII, OBRIGA GRAVEMENTE TODOS OS FIÉIS A OBEDECEREM SEUS DECRETOS.
A Igreja sempre manteve o costume de diferenciar as vestimentas entre homens e mulheres, padres e freiras. Isso está em todo o antigo testamento e continuou até o Vaticano II (claro…). Note que na passagem que citei retirada de Deuteronômio está escrito que homem não veste traje de mulher e vice versa. Ora, as calças são trajes masculinos, mas o desvio do povo tornou-as “unisex”. Quando as mulheres começaram a usar calças a Igreja já havia dito que elas somente serviam para os homens. Isso tem a ver com a revolução feminista que quer igualar os sexos, por isso as mulheres queriam usar calças e de fato o fizeram. Mulher que usa calça ajuda a destruir a Igreja, por vários motivos e formas. Ajuda a destruir o sacerdócio e a relação de submissão que elas tem que ter com os homens.
A Igreja permite o costume de cada cultura, nunca abrindo mão da distinção. Como disse, se o costume em um país é tunica, então tunica masculina para homens e tunicas femininas para mulheres. Mas no ocidente o costume se fixou em calças para homens e saias para mulheres. E saias que cobrem os joelhos, mesmo quando as mulheres sentam. Fugir deste costume é destruir a real necessidade de distinçao, QUE DEUS EXIGE seja feita entre homens e mulheres.
Realço que um concilio plenário, como este que proibiu mulheres de usarem calças, tem a força de obrigar os católicos como uma lei vinda do papa, pois ele aprovando o concílio plenário acaba colocando sua autoridade nele. Pio XII aprovou o concilio plenário brasileiro, que nunca foi revogado. As mulheres católicas tem que obedecer este lei, e Dom Estevão Bittencourt também. Mas talvez ele estivesse mais preocupado defendendo a maçonaria para se preocupar com a doutrina moral da nossa Igreja.
Fique com Deus e com Nossa Senhora,
Sandro de Pontes
E por que não as mulheres usarem burcas? Não há diferença alguma entre voces e os muçulmanos, com a exceção apenas nos modelos das vestes.
E as idiotas das mulheres ainda aceitam isso, caladas?
Ah, e pelo que posso notar, na foto tem duas mulheres de calças, ao lado do arcebisbo.
Pergunto, ó Sandro de Pontes, se ele, o Dom, sabe dessa determinação da Igreja, ou apenas voce, carcomido, é sabedor.
Caro Sandro Pontes,
Que lambança para tentar explicar o inexplicável. Não existe nenhum documento da Santa Igreja sobre: “mulher não pode usar calças”. Por favor, não confunda “usar calças” com travestimento! Uma coisa, uma coisa ,outra coisa ,outra coisa…
“…Santa Gianna Beretta Molla, por exemplo, usava calças compridas, como se descobre no livro Saint Gianna Beretta Molla, A Woman’s Life de Giuliana Pelucchi, que conta com diversas fotos…” Maite Tosta. Este post esta no (http://blog.veritatis.com.br/index.php/2010/04/08/moral-de-opiniao/index.html)
Sr Sandro se sua lógica estivesse correta as mulhres deveriam usar burka. Cuidado com as seitas…
Abraços,
lucas
Prezados amigos, salve Maria.
Apresentei-lhes argumentos a meu ver irrefutáveis mostrando que as mulheres estão proibidas de usarem calças: o Concilio Plenário Brasileiro aprovado por Pio que de acordo com o Código de Direito Canônico OBRIGA GRAVEMENTE todos os fiéis.
O fato de vocês passarem por cima desta determinação demonstra que vocês nã otem espírito católico. Porque quem tem espírito católico se submete as leis da Igreja, ainda mais vinda de um concílio (no caso, plenário) aprovado e confirmado pelo Santo Padre (no caso, Pio XII).
E tem mais: não é porque vocês não aceitam isso, estrebuchando, que muda a realidade. Se vocês não aceitam que a água molha e o fogo queima, isso não significa que a água não molha e o fogo não queima. A verdade não depende daquilo que pensamos, somos nós quem devemos adequar nosso intelecto a ela.
Agora, se ainda quiserem continuar debatendo com a honestidade intelectual que se espera de bons católicos, por favor apresentem um documento da Igreja revogando as determinações do Concílio Plenário. Se o fizerem, eu me rendo. Caso não, favor aceitar o que ensina este Concílio e tentar entende o porquê deste ensinamento, pelo quê lhes agradeço enormemente e me coloca a disposição para lhes ajudar. Porque muitas vezes não entendemos o porquê de algo, até estudarmos aquela questão. Então tudo se faz novo: o estudo ilumina a inteligência e faz com que sejam afastadas as trevas da ignorância.
Fiquem com Deus e com Nossa Senhora. Sempre cordialmente,
Sandro de Pontes
Obs.: Pergunto-lhes: qual a razão da Igreja proibir mulheres de usarem calças? Existe uma razão. Qual é?
Estou curioso para ler (suas ginásticas verbais para explicar o inexplicável e defender o idefensável são proverbiais) o que o Jorge vai escrever com relação à posição que o Sandro de Pontes tomou.
E aí, Jorge, voce aceita ou não que as mulheres vistam calças compridas? Pelo que vi, duas colegas suas foram à audiência com o Arcebispo trajando esse tipo de vestimenta…
Mulher que usa calça ajuda a destruir a Igreja, por vários motivos e formas.
Só por curiosidade, sr. Sandro (é apenas para me ajudar a entender sua posição, nada mais que isso), qual a sua idade? De antemão, adianto que a minha é 48 anos.
Vejo muito homem aqui discutindo sobre se a Igreja permite ou não as mulheres usarem calças e alguns até se sentindo ofendidos por tabela, como se a Santa Igreja ao condenar isso, nos condenasse ao pior dos infernos e fossemos igualadas as muçulmanas. Muito cuidado com o que dizem da Igreja de Cristo. Como mulher, posso atestar que não me ofendo com esse fato . Por quase 2000 anos nenhuma mulher usou esse tipo de vestimenta e vivemos muito bem, obrigada. Isso é coisa recentíssima para tanta discussão.
Quero esclarecer que tirar foto do lado de arcebispo não é atestado de santidade e aprovação. Todos sabem o estado dos nossos sacerdotes atualmente. Não vamos ser hipócritas, certo? E ainda bem que não existia máquina fotográfica há 2000 anos atrás. Já até imagino Judas Iscariotes ao lado de Nosso Senhor Jesus Cristo dizendo: “Olhem,estou aqui do lado de Deus! Ele me escolheu diretamente para ser um dos apóstolos, portanto sou super confiável e acima de qualquer suspeita! Tanto é que sou o responsável por guardar a bolsa que contém o nosso dinheiro!”
Usar Santa Gianna e calças é desonestidade. Primeiro, ela é mártir. Segundo, Santa Maria Madalena foi prostituta , devo imitá-la? Os santos não são perfeitos, pois todos nós (inclusive eles) são salvos pela misericórdia e não pela justiça.
Agora queria saber por que os homens se sentem com tanta raiva da Igreja sobre esse assunto. Pois já vi vários homens dizerem que adoram ver mulheres de calças apertadas, pois desenha muito mais o corpo. Cuidado que podem estar nos apoiando no pecado e isso não é caridoso. Falhas como somos, precisamos da ajuda para o bem, não para o mal. E nós mulheres agradeceríamos se nos ajudassem a nos santificar e não o contrário.
Salve Maria!
Em relação a roupa masculina, Santa Joana d´Arc permanecia vestida com roupas de homens (próprias dos homens da época mesmo) mesmo fora das ações de guerra. E isto era quase um travestimento. Claro que elas não as usava para se passar por homem ou se fazer igual a eles,pois nunca ser mulher e se referia a sim mesma como a Virgem (Pucelle) mas para poder cumprir bem sua missão. Ela mesma disse. “Se Deus me enviou para fazer ação própria de homens é conveniente me vestir como eles porque me vendo vestida assim não terão desejos sobre mim…” E esta citação do Deuteronômio foi uma das justificativas para sua condenação. Acredito que calças femininas, folgadas que se diferenciem bastante da calça masculina e que não sejam coladas ao corpo, com cintura baixa mostrando a barriga, mas tipo um blaise não sejam inconvenientes as mulheres. Entra na mesma categoria das túnicas. Assim como havia túnicas para homens e mulheres há calças masculinas e femininas. Nunca vi calça de mulher igual a uma calça social de homem tipo calça de paletó…mas o assunto é sobre a Santa Missa no rito Romano e creio que devemos nos centrar nisto. Queira Deus que o Jorge poste logo a data do inicio da celebração da Santa Missa no Rito Antigo aqui no blog.