Eu “fui ao comício”, ontem, no Marco Zero, onde o presidente Lula estava com sra. Dilma Rousseff e mais uma cambada de “companheiros”. Estava em dúvidas sobre se era moralmente aceitável “sentar-me à roda dos escarnecedores”; disse a mim mesmo que a minha ida seria por questões jornalísticas, e me tranqüilizei. Depois, fiquei pensando se o lugar não era perigosamente propício a ser alvo de uma chuva de fogo e enxofre, enviada pela Justa Ira Divina por tanto tempo já contida; mas pedi à Virgem Santíssima que sustentasse, ainda mais um pouco, o braço do Seu Divino Filho, e me tranqüilizei. Pensei, por fim, se a minha ida não iria aumentar a repercussão do evento, “engrossando” o número de participantes do comício que iria ser noticiado no dia seguinte; mas pensei que, afinal, a praça é pública – a praça é do povo – e eu poderia, perfeitamente, ao invés de “ir ao comício”, ir ao Recife Antigo tomar cerveja. Tecnicamente, seria o presidente quem estaria discursando junto ao meu barzinho. Encontrei, assim, a causa com duplo efeito que eu precisava para dirimir de vez os meus escrúpulos, e me tranqüilizei. Camisa preta – luto -, pus-me a caminho.
Cheguei perto das dez horas da noite. Algumas pessoas estavam já voltando, mas o senhor presidente ainda estava falando e, considerando o tempo que ele falou depois disso, acho que cheguei bem no início do seu discurso. A praça do Marco Zero parecia estar lotada, mas era pura armação: fizeram um “labirinto” com aquelas grades móveis por toda a praça, exigindo que as pessoas dessem voltas e mais voltas para chegar ao centro e induzindo-as, assim, a ficarem no perímetro, fora das grades. Para quem via de longe, passava realmente a impressão de que o Marco Zero estava lotado. Mas eu, que nunca tive medo de multidão, fui até o centro da praça: praticamente vazia. Havia até mesmo pessoas sentadas no chão.
O Jornal do Commercio falou em 25.000 pessoas. Mas, ao menos quando eu cheguei, não tinha nada nem perto disso, pelos motivos acima explicados: a praça estava vazia, as ruas estavam transitáveis, só havia aglomeração de pessoas no perímetro da praça e, neste, não cabem 25.000 pessoas nem que elas estejam, em quatro níveis, uma em cima da outra. Mas, enfim. Engenhosa a tática petralha, é forçoso reconhecer.
A sra. Rousseff não falou; ou, então, eu só cheguei depois que ela já tinha falado. Por uma longa e enfadonha hora, eu só ouvi o senhor presidente. Lula fez questão de dizer era necessário votar nos deputados – nos “companheiros”… – que apoiavam o Partidão, que era preciso eleger Humberto e Armando senadores, Eduardo governador (para que Pernambuco avançasse “30 ou 40 anos em 8”) e Dilma presidente. Foi muitas vezes interrompido por aplausos. Mas houve três situações curiosas no discurso do senhor presidente.
Uma: falando sobre Humberto Costa, que foi ministro da Saúde, disse que ele havia feito muito por Pernambuco – aplausos. Que era uma pessoa séria e honesta, blá-blá-blá – aplausos. Que, no entanto, não havia feito mais (aqui, o presidente elevou a voz; estava quase aos gritos) porque os inimigos dele o haviam traído, votando contra a CPMF e tirando da saúde não-sei-quantos-milhões que já estavam destinados para não-sei-o-quê. E não houve mais aplausos. E os sonoplastas bem que poderiam introduzir, neste momento, o clássico som de grilos cricrilando. Ao que parece, nem os próprios petralhas estão dispostos a defender a CPMF do Governo.
Duas: falando sobre as mulheres. O presidente teve um surto de lucidez, e começou a falar um monte de coisas politicamente incorretas: que são as mulheres que carregam por nove meses no ventre um ser humano, que são as mulheres as responsáveis pelo lar familiar, que são as mães que ensinam os filhos a falarem, que são as mães que acordam de madrugada quando o menino está chorando, e não os pais, que são as mães que dão o peito quando o menino está com fome, e não os pais, et cetera. A clássica separação de papéis dentro do Matrimônio à qual a modernidade tem tanto ódio! E lá estava o Lula, em um ato falho, a defendê-la: afinal, se Deus falou um dia através da boca de uma mula, por que da boca do Lula não poderia sair alguma coisa que prestasse, alguma vez na vida? Mais uma vez, os sonoplastas teriam trabalho neste momento, porque o discurso – inflamado! – não arrancou aplausos da petralhada. E o presidente achou melhor mudar de assunto.
Três: rasgando-se em elogios à Dilma. Disse que ela era uma mãe, e que ele gostava tanto e confiava tanto nela que poderia dizer, com toda a honestidade, que, “se não tivesse a Marisa” [aqui eu já comecei a rir, imaginando o que diabos ele iria falar], e ele “tivesse um filho [pequeno]”, entregaria o filho para a Dilma criar (!). Pasmem, isto foi dito desse jeito! Lula, em menos de um minuto, ofendeu a primeira-dama, demonstrou total descaso pelo seu hipotético filho (como assim, “dava para a Dilma criar”? Fala que casava com ela, Lula!) e agrediu mortalmente a presidenciável feminista (porque criar filho é tudo o que gente dessa laia não quer fazer)! E eu, esforçando-me para segurar as gargalhadas, afastei-me um pouco da praça. O ambiente era hostil a ponto de ser contrário à prudência debochar do senhor presidente. Mas, que deu vontade… ah, isso deu.
Por volta das onze horas da noite, o presidente despediu-se, disse “muito obrigado” e os militantes – que carregavam cartazes e bandeiras – desapareceram em um piscar de olhos. Nem sequer esperaram para tentar bater fotos, ou cumprimentar algum dos candidatos, nem nada: veio-me à mente a maliciosa comparação com empregados de uma fábrica que ouvem o toque da sirene anunciando o final do expediente. Também não seria eu a esperar mais nada: voltei à minha cerveja. Agradecendo a Deus por ter sobrevivido ao comício. Brindando ao Papa. E pedindo ao Altíssimo misericórdia para o Brasil.
Cara Teresa,
A srta deu-me realmente grandes argumentos: me chamou de puritana, burra, desonesta e tantas coisas mais. Certamente estes são argumentos, e não ataques ad hominem. Aliás, que tenha ficado devidamente registrado que quem faz uso (à exaustão) de argumentos ad hominem é a senhorita, uma vez que conhece bem como atacar as pessoas. Isto está registrado e para mim, basta.
De fato, não me deve satisfação nenhuma das ofensas que tenha dado à lista enorme de pessoas que já xingou, mas gostaria de saber realmente porque insiste em ofender igualmente outros? Porque não pára com o “princípio” e não com os acidentes?
Não estou tentando impor nada a ninguém. Lamento que tenha se colocado contra mim desta maneira, mas vejo que se a srta quisesse realmente saber o que eu penso, teria entrado em contato comigo. Ao invés disso, tem um ódio tão inexplicável a minha pessoa, que não posso crer que tenha sido apenas pelo o que eu escrevo nos meus humildes e módicos textos. Esta raiva à minha pessoa não é humana. Você tem o direito de não concordar comigo em absolutamente nada, mas me pergunto: como consegue se manter viva sabendo que o Santuário de Fátima é profanado com cultos hindus? Como consegue se manter sã sabendo que tantos fiéis e padres são progressistas?
Espero que esteja dando a César o que é de César, e dando as coisas que lhe desagrada as devidas proporções – pois acredito que toda esta indignação que a srta tem poderia ser usada em coisa absolutamente mais necessária, do que contra uma fiel leiga que mora em outro continente.
Em Jesus e Maria,
Luciana Lachance
Ps: A srta está realmente um pouco obcecada com o meu blog. Neste comentário que faz referência não havia qualquer citação de João Paulo II, mas sim um link para o site Biblica Católica On Line, de um texto que falava sobre homem também poder ser submisso a mulher – uma re-interpretação da carta de São Paulo.
Com meus alunos de catecismo, geralmente eu peço um sacrifício toda semana, e gostaria de sugerir um que lhe será de grande mortificação: passe alguns dias sem ler nada do que eu escrevo no blog. Vai lhe fazer bem.
Teresinha,
A ti – aliás, a todos os comentaristas daqui, a propósito – valem as mesmas considerações que fiz acima para a Luciana: na ordem, o que eu desejaria seria reconciliação, abnegação, parcimônia. Só por último, se nada disso for possível, o fim do debate.
Naturalmente, eu sei que é difícil. Mas fazer as coisas difíceis é que é o virtuoso…
Quanto ao “circo”, não te preocupes. É risco permanente em se tratando de debates. Se puderes me ajudar a fechá-lo, melhor ainda.
Abraços,
Jorge
Apenas para esclarecer.
A Luciana respondeu a um sujeito que citou um texto patético reinterpretando as palavras de São Paulo em termos de: “na modernidade as palavras de Paulo devem ser compreendidas como próprias de seu período histórico. Paulo viveu num tempo patriarcal, em que a mulher era obrigada a obedecer o marido; e o marido tinha que ser obrigado a amar a própria mulher”.
Se a srta. Teresa concorda com este tipo de absurdo, errada é ela. Luciana não entrou em questão de citação de João Paulo II e nem se referia a pessoa do Papa, mas sim ao autor do comentário. Isto que a srta. Teresa acaba de tentar fazer é que chamo de “distorcer”, “mutilar”, e mentir sobre os fatos.
Mais honestidade e amor a Verdade.
Com certeza, Jorge; pois já disse que tenho enorme respeito por vc.
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Srta Luciana,
o texto é de João Paulo II. A pessoa é que propositadamente – não fui eu mas sei quem foi – não lhe disse que era de João Paulo II, para ver a sua reacção, aproveitando também que o site bíblia católica (que de resto é um site respeitabilíssimo e nada puritano) também não colocou a fonte.
Foi providencial para ver cair a máscara!
Não lhe tenho nenhuma espécie de raiva, pois nem a conheço. Odeio sim, e combato com todas as forças, a miserável caricatura do Catolicismo que é o puritanismo protestante por si subscrito.
Mas em algo tem muita razão: tenho mais que fazer que perder tempo com tanta mediocridade.
E sim, dei-lhe uma lista com 10 ou 11 objecções, nenhuma respondida.
Pode responder à vontade; por respeito ao Jorge, não lhe voltarei a dirigir a palavra aqui.
Deus sabe tudo, Deus julga tudo. Se lhe tenho tanta raiva como diz, não se preocupe que o Deus infinitamente justo há-de dar-me o que os meus pecados merecem.
Nos corações sacratíssimos de Jesus e Maria,
Teresa Moreno
Sr. Vladimir,
fique com o seu puritanismo protestante não defendido pelo magistério; mas por favor, peço-lhe por caridade, não ofenda a Maite.
Cara Teresa,
Não sei se devo acreditar nas suas palavras, mas de qualquer forma, caso tenha sido isso mesmo que o Santo Padre disse, discordo dele. Aliás, da mesma maneira que a srta discorda de tantos papas, inclusive de Bento XVI, eu posso igualmente discordar.
Tenha vida própria, por favor.
Peço-lhe então que pesquise e verá se o texto – de resto há muitos mais textos em sentido análogo – não é de João Paulo II.
Claro. O Papa está errado; Santa Gianna está errada; e a grande Luciana, naturalmente certa.
Santa Luciana, ora pro nobis!
Srta. Teresa,
para ficar no “meu” puritanismo preciso daquelas milhares de definições do Magistério que a srta. ficou de dar pelo seu já famosissimo telemóvel.
Quanto a sra. Maite: não a ofendi; apenas relatei o que ela defendia naquela lista, que vem a ser a possibilidade de se usar um indecente “biquininho”. Se a srta. acha isto que ela propos uma coisa ofensiva, eu também o acho. A única coisa que fiz referencia foi ao fato de que algumas moças como você a tratam como o verdadeiro moloch.
Sobre a resposta de Luciana em relação a João Paulo II, deixo-a com suas proprias palavras srta. Teresa: “João Paulo II fez poucas e boas, mas nunca uma assim! Isto é traição!!!” (no blog Tradição Católica)… se a srta. tem o direito de falar isto, temos nós também o direito de dizê-lo. Defendo o papado, mas se o papa João Paulo II começasse a proferir que o uso de maiô em praias é um ato que não ofende a moral, seria obrigado a discordar (a srta. não?).
Penso apenas que hoje a maiorida dos homens estão se comportando como gigolôs nas costas das mulheres e isso para mim é um dos sintomas de por que existe tanta desvirilização na sociedade. Nunca a mulher foi tão escravizada como atualmente. Nunca foi tão violentada, tendo de se separar de seu filho recém nascido após quatro meses para ir trabalhar. Nunca a pedofilia foi tão frequente porque nunca em tanto tempo as crianças estiveram tão vulneráveis.
Um homem de verdade quer ser o provedor principal da família. E as mulheres têm o direito de serem sustentadas pelos seus maridos até para melhor educar filhos que sejam equilibrados e cristãos autênticos. Será que isso não é óbvio? É só olhar em volta.
srta. Teresa,
sabia que é proibido canonizar pessoas antes de que uma declaração papal o faça? Deixe para usar o título “santa” Luciana depois que o papa analisar o processo da referida moça. Por enquanto, pode continuar fazendo seus atos de piedade para esta moça: mas, atenção!, só privadamente!
Tomás Alvira e Paquita Domínguez, o próximo casal a ser beatificado: tiveram nove filhos e ela foi professora, escritora e com vários cursos no currículo.
Isto para deixar à consideração dos restantes amigos.
A minha espiritualidade é a espiritualidade de um santo da Igreja.
Senhor, livrai-me da pobreza de espírito. Não da pobreza em espírito, conforme as bem-aventuranças evangélicas; mas da pobreza _de_ espírito.
Pesquisem por Tomás Alvira e Paquita Domínguez, o próximo casal a ser beatificado em conjunto.
Não, infelizmente, não é Vladimir e Luciana, pode ser que um dia…
É mesmo Tomás e Paquita. Saibam quem foi Paquita – nada puritana! Mãe de nove filhos.
Cara Teresa,
Chamar o Papa de traidor?
Bom, isso eu não faria.
Por favor, Teresa, não acuse os outros de fazer o que a srta faz tão exageradamente.
Acusa os outros de argumento ad hominem e então vemos o quanto xinga uns e outros. Acusa os outros de dizer que o Papa está errado, e a srta o chama de traidor. Por favor, as coisas não se encaminham bem para o lado da srta…
Encerro minhas participações aqui, depois desta comprovação terrível de inssubmissão ao papado que a srta. Teresa demonstrou! Canonizando pessoas antes do papa autorizar? Tsc, tsc… já não o que dizer: é uma herege declarada. Aconselho que as pessoas evitem o contato; heresia é contagiosa.
Por fim recomendo este blog, que é da sant… ops!, Luciana Lachance:
http://lucianalachance.wordpress.com
Há boatos de que há um pouco de pUrItAnIsMo nele (chega deu calafrio); este grande MAL de nosso século que vai arrastando milhões e milhões de católicos no seu ultra-rigorismo nos trajes (vide nossas missas), com a inflexibilidade dos véus e comunhoes de joelho, com a mega-austeridade do rosario diario, da consagraçao a santissima virgem, do estudo da doutrina… enfim! cuidado! pois isto tudo é muito perigoso!
Vladimir:
Você esqueceu de acrescentar que eu, Luciana Lachance – formanda em Letras com Inglês, e Letras Clássicas (Grego e Latim) e ainda por cima professora da rede pública de ensino – estou defendendo que as mulheres não podem nem estudar e nem trabalhar.
Oh dear! Como pude! Um eloquente comentário este que fizeste, Luciana!
De fato! Mas talvez isto seja usado para dizer que você, assim como todos professores comunistas, não conjuga “teoria” e “prática”. No fundo você é uma proletária que defende algo que não vive! Que moça hipócrita… hai, ai… e eu pensando que se tratava de uma ortodoxa!
Enfim, tudo há de se arranjar! Só não espalhe muito estas coisas: fica mal!
O fato é que a mulher tem o direito de ser sustentada pelo seu marido. Qual o problema disso? Direito de vagabunda é ser paga depois do sexo.
Teresa, Salve Maria.
O sentido de sustento que você usa é errado. Você afirma que os cônjuges fazem uma “troca” de obrigações, e troca, permuta, não é o mesmo que sustento. Sustento pode significar, no âmbito do que discutimos: Alimentar, nutrir; Prover ao sustento de; Alimentar-se, manter-se, nutrir-se. E em nada essas definições se parecem com o que você defende. Eu não estou usando o termo que quero [como você sugeriu], estou usando o termo segundo as definições que são apresentadas no dicionário. As outras definições que lá estão não são nem um pouco parecidas com o sentido de “troca” que você defende.
Há a possibilidade de uma pessoa sustentar um trabalhador ou um vagabundo. O que vai mudar aí é a posição da segunda pessoa em questão, não daquela que sustenta. Quem trabalha, provê, isso é óbvio. Quem recebe o provimento é o que é sustentado, e não se pode afirmar que uma pessoa sustentada é vagabunda. Vagabundo é aquele que não faz nada e que vive ociosamente. A pessoa pode ser uma vagabunda até no seu trabalho quando se encosta e se aproveita dos outros, não faz nada por si e ainda recebe méritos pelo o que não fez.
Modelo de família tradicional que eu digo não é com relação ao pessoal da “tradição”, como alguns gostam de atacar, se bem que há famílias exemplares “tradicionais” que eu conheço, onde a mulher entende o que é submissão ao marido [que não é ser “escrava”, muito menos ser um ser inanimado dentro de casa], cuida da casa e dos filhos e busca viver conforme os moldes da Sagrada Família. Modelo de família tradicional também não é esse modelo utópico e surreal redigido pelo senhor Olegário. O modelo de família tradicional ao que me refiro é, antes de mais nada, a Sagrada Família de Nazaré, com Nossa Senhora como modelo de Mãe, Esposa e Dona-de-casa, com São José como modelo de Pai nutrício e Esposo solícito, que trabalha para trazer o sustento [comida, provimento material] à sua família, com o Menino Jesus como Filho obediente e exemplar, crescendo em sabedoria e graça, diante de Deus e dos homens (Luc. 2, 52).
Teresa, em qualquer lugar, para que haja ordem, há necessidade de hierarquia. Na Igreja há hierarquia. Na sociedade há hierarquia. Na política há hierarquia. Na família não poderia ser diferente. Segundo São Paulo (I Cor 11, 3) a hierarquia é essa: Deus – Cristo – Homem – Mulher. Se o homem deve se submeter a Cristo, porque a mulher não deve se submeter ao seu esposo? O próprio Cristo se submeteu a Deus. Então a submissão não é algo vergonhoso, muito menos indigno. Você não se submete ao seu diretor espiritual? Porque a esposa não deve se submeter ao seu marido?
Não vou me delongar mais. Apenas expresso aqui minha indignação pela forma como você aborda certos assuntos como se suas palavras fossem palavras da Igreja em seu Magistério de Sempre.
Em Cristo,
Melissa.
Eis palavras claras do Catecismo Romano acerca dos deveres dos cônjuges:
1. do marido
[26] É, pois, dever do marido tratar sua mulher com bondade e consideração. Importa-lhe recordar que Adão chamou Eva de companheira, quando dizia: “A mulher que me destes por companheira” (Gn. 3, 12).
Por este motivo, como ensinaram alguns dos Santos Padres, ela não foi formada dos pés, mas da ilharga do homem; da mesma forma, não foi tirada da cabeça, para reconhecer que não era senhora do marido, mas antes sua subordinada.
Depois, é preciso que o marido tenha sempre alguma boa ocupação, não só para prover o necessário ao sustento da família, mas também para não amolecer na ociosidade, fonte de quase todos os vícios.
Finalmente, deve o marido governar bem a sua família, corrigir as faltas de todos os seus membros, e manter cada qual no cumprimento de suas obrigações.
2. da mulher
[27] de outro lado, as obrigações da mulher são aquelas que o Príncipe dos Apóstolos enumerou na seguinte passagem: “Sejam as mulheres submissas a seus maridos, de sorte que, se alguns deles não acreditam na palavra, sejam ganhos pelo procedimento de suas mulheres, sem o auxílio da palavra, quando consideram a vossa vida santa, cheia de temor de Deus. Seu adorno não consista exteriormente em toucados, em adereços de ouro, em requintes no trajar; mas antes [ornai] a índole humana que se oculta dentro do coração, com a pureza de sentimentos pacíficos e modestos, que são preciosos aos olhos de Deus. Desta forma se ornavam, antigamente, as mulheres santas que em Deus punham sua esperança, e viviam submissas a seus maridos, assim como Sara obedecia a Abraão (Gn. 12, 13; 18, 6-12), a quem chamava de seu senhor”. (1 Pd. 3, 1 ss.)
Outro dever principal, para elas, seja também educar os filhos na prática da Religião, e cuidar zelosamente das obrigações domésticas.
De boa vontade vivam dentro da casa. Não saiam senão por necessidade, e nunca se atrevam a fazê-lo, sem a permissão do marido. (Levem-se conta certas transformações sociais, do século XVI a esta parte, sem cair nas tendências paganizantes e anticristãs de hoje)
Ao fim, como requisito essencial para a boa união entre casados, estejam sempre lembradas de que, abaixo de Deus, a ninguém devem mais amor e estima do que a seus maridos; aos quais devem também atender e obedecer, com suma alegria, em todas as coisas que não forem contrárias à virtude cristã.
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Catecismo dos Párocos, redigido por decreto do Concílio Tridentino, publicado por ordem do Papa Pio Quinto, dito Vulgarmente: CATECISMO ROMANO, p. 376.
Teresa, no seu país o português é um, aqui é outro. Se no seu português vc n disse que dona de casa é vagabunda e tem prato de comida por lavar e passar, no NOSSO vc falou.
Vc n só falou, como agora joga em nossas caras que se a carapuça serviu.
No seu blogue vc mudou o assunto.
N sei o que se passou nessa lista aí que vcs falaram, mas citar a Maite n vai aliviar o peso das suas palavras. E pelo amor de Deus, n diga que a diferença de vcs é somente o que vc escreveu, aí sim vc que estará ofendendo a Maite.
Quem discorda de vc é sempre alvo de sua “humildade controlada”. N é de hoje que vc lança farpas na minha direção, por eu n trabalhar, ter um filho, pq n sei escrever, n sei ler, pq defendo a pena de morte… enfim pq n concordo com vc.
Aaah, outra coisa tenho desentendimento com meu marido sobre a educação do nosso filho, ai vc vive jogando indireta que tenho matrimônio infeliz loucura sua. Sou feliz , mas n preciso ficar no orkut com frases de depressivo: meu maridinho me ama, meu maridão blablabla…
Só para informar, esse post está correndo a net e todos horrorizados com vc.
Teresa, Salve Maria.
Hoje, 01 de setembro, completo mais um ano de vida.
Minha esposa, que há pouco chegou do trabalho ( sim, ela trabalha) me trouxe alguns belos presentes.
Dos meus filhos, beijos e abraços calorosos…
Eles me valem muito!
Digo a você de todo o coração:
Não precisa me agradecer pela compreensão ao seu texto.
Faça sua faculdade. Se forme. Trabalhe e ganhe seu dinheiro.
Unir-me a você na defesa de seu argumento foi para mim um ótimo presente.
Tenho orgulho de ser seu amigo.
Que Deus te abençoe minha filha
Em Jesus e Maria.
Olegário.
Não vi nada de errado no texto da Teresa. Não acho que ela quis ofender alguém. Cada pessoa tem uma personalidade e um jeito próprio de se expressar. Além disso a liguagem muda muito de lugar para lugar, de cultura para cultura…
Não sei de cor a citação, mas Santa Teresinha dizia que sempre devemos interpretar do melhor modo possível as palavras do próximo. A Teresa já explicou que não tinha a intenção de ofender. Vamos dar crédito às palavras dela e, sobretudo, exercer a caridade, o amor ao próximo.
Repito aqui o que já disse no blog da Teresa. Gostei muito do texto dela, pois o texto dela é uma homenagem às donas-de-casa que são tão pouco estimadas hoje em dia. A Teresa não está falando mal das donas-de-casa, mas bem.
Teresa, você já explicou que não tinha intenção nenhuma de ofender quem quer que seja.
Não fique se explicando mais. Você já deu a sua explicação. Foi bem clara e educada. Fique tranquila.
Também tenho orgulho de ser seu amigo, Alex.
Faço coro ao Alex. Devemos interpretar em bom sentido aos ações do próximo. Também não vi intenção da Teresa em ofender as donas-de-casa, e sim o contrário.
Tenho orgulho de ser seu amiga[3]
Que a Virgem Maria, Rainha de seu sagrado lar, te guie!
Olegário, Alex e Magna,
Obrigada pela vossa amizade e por terem entendido bem – por saberem ler e interpretar um texto.
***
Melissa,
quer goste quer não, a Igreja, no seu magistério autorizado (não sou cismática) já explicou (exegese, exegese!) o que significava a submissão mútua dos esposos. João Paulo II corrigiu um erro crasso e a linguagem manifestamente inadequada anterior. E foi o Papa que mais escreveu sobre matrimónio.
Guio-me também por dois grandes bispos: Dom Rafael Llano Cifuentes e Dom Javier Echevarría.
***
Ana,
com vc as coisas são diferentes. Diga o que quiser que eu não lhe vou responder publicamente. As acções – boas e más – são só para quem as pratica.
Não mudei o assunto no blog, vc é que infelizmente não sabe ler e interpretar textos. O mesmo para a Melissa que, na lista moda e modéstia, confessou não entender o que os Papas pretendiam dizer com emancipação da mulher, promoção sócio-profissional, apesar da linguagem ser claríssima e as palavras dispensarem maiores esclarecimentos.
Se não sabem ler e interpretar, que culpa tenho eu?
Fique sempre com o bom Deus
***
Luciana e Vladimir, vocês continuam a invocar argumentos que em nada têm a ver com a discussão, para fugir do tema em análise. Mas ainda bem que o fazem, porque sinceramente não tenho paciência nenhuma para a desonestidade intelectual e para a falta de carácter.
Vc disse que o Papa praticava catolicismo self-service e, caso não saiba, só usei o argumento dos Papas porque a srta disse na lista moda e modéstia que obedecia a todo o magistério e aceitava o Concílio Vaticano II. Portanto, usei contra si o seu argumento, não há incoerência nenhuma da minha parte, mas da sua! Da sua que tem Santa Gianna como padroeira do seu blog – a médica que jamais quis ser somente dona-de-casa (e que não teve um matrimónio paupérrimo baseado no eu mando tu obedeces, mas um repleto de amor-respeito, amor-diálogo, amor-cumplicidade, amor-compreensão, que este sim é um matrimónio riquíssimo de bênçãos e graças).
***
Jorge,
mil vezes, infinitas mil vezes melhor e mais saudável a nossa lista Tradição Católica, onde civilizadamente e com educação, mas sobretudo com carinho e amizade uns aos outros, conseguimos ter estas conversas. E acabámos por chegar a algumas conclusões – embora não todas – coisa que aqui não chegaremos.
Um abraço
Bento XVI contra o puritanismo de Vladimir:
http://www.zenit.org/article-25899?l=portuguese
Leiam e releiam o óptimo comentário do sr. Vladimir sobre a mulher ter um marido que a ‘mande’!!!!! não trabalhar.
Jorge,
lendo o conceito de submissão que o sr. Vladimir defende – vá lá atrás e releia -, é verdadeiramente possível pensar-se que as três meninas da discussão na lista Tradição Católica não tivemos Os nossos – meus, da Juliana e da Tamara – receios completamente fundados? Os nossos receios e temores não têm o seu fundamento, à luz destas luminárias asserções completamente desfocadas do que o magistério ensina?
Só digo mais uma coisa: de um matrimónio assim como o sr. Vladimir defende, libera nos, Domine.
Fico com Dom Rafael Llano Cifuentes, com Dom Javier Echevarría, com S. Josemaría, com o exemplo de Pietro e Gianna, Tomás e Paquita, com o Papa João Paulo II – e seu magistério no assunto, riquíssimo! – e com os sacerdotes Nuno Serras Pereira e Gonçálo Portocarrero de Almada, valentes combatentes pela vida e pela família no meu país, e cuja concepção do santo matrimónio passa longe dessa pobreza de espírito do Sr. Vladimir.
Só para informar, esse post está correndo a net e todos horrorizados com vc.
Só para informar correctamente, coloque os links onde a discussão é pública e pode ser lida. Se tá correndo a net, posso saber onde estão falando de mim?
Já pesquisei e não encontrei assim nada… correndo a net onde? Comunidades do orkut, certamente; porque nos blogs amigos não é, e na minha caixa de e-mail só tenho recebido elogios ao post de senhoras donas-de-casa!
Comunidades de Orkut não são semi-públicas, semi-privadas, logo não está correndo a net.
Teresa, n sei como agradecer sua gentileza e de onde vem o seu poder de me colocar acima das ações do bem ou mal? Isso é uma coisa nova. Sou neutra na humanidade.
Vc tem razão: todos que NÃO concordam com vc são burros, puritanos, sectários e afins. Se concordar com vc é excelente pessoa. Graças a Deus eu n rezo pela sua cartilha, e por ela n sei ler, escrever e nem interpretar e te confesso, nem quero!
Como sou uma vagabunda que vive de favor na casa que ajudei a comprar, peço a gentileza mais uma vez de vc NÃO ir mais no meu blogue várias ao dia e parar de jogar indiretas para mim, pq vão lá me avisar.
. Aqui no Brasil quando se fala “corre a net” nem sempre são às fontes que vc falou. Recebi por email esse link.
Tenta ser feliz, até o juízo final! *___*
É. O Jorge, o prof. Carlos, que na lista não concordaram comigo em tudo, também terão sido por mim chamados de sectários e burros?
Creio que não, por isso somos amigos todos na lista, apesar das discordâncias.
Chamo sectário a quem demonstra ter comportamento sectário; burro a quem não sabe ler e interpretar e, apesar da pessoa explicar o que queria dizer, continuam a bater na mesma tecla como se a explicação não tivesse sido feita; e mal educado a quem não tem educação e não sabe discutir ideias e argumentos, rebater com educação o que julgam estar errado.
Eis a diferença entre algumas pessoas aqui e as pessoas da lista Tradição Católica, lista onde de resto já aprendi muito – também a deixar o sectarismo em que um dia me meti pela costumeira lavagem cerebral que os sectários dão.
E vc demonstra novamente não saber interpretar textos:
não a coloquei acima do bem e do mal. Disse que as suas acções – boas ou más – ficam só para vc que as pratica, porque só vc será julgada por Deus pelas suas acções, cada um é responsável pelas suas.
Novamente, treslê o que escrevi, já vem sendo hábito.
PS: Só vou ao seu blog uma vez por dia – não tenho tempo para mais. Prove-me o contrário.