[Em complemento ao post anterior do Deus lo Vult!, permito-me reproduzir na íntegra um email enviado pelo Carlos Ramalhete à lista Tradição Católica no início do mês passado. Achei que ele já estava disponível em algum lugar da net e ia somente linká-lo ao final do post passado; procurando, no entanto, não o encontrei. O texto é bem longo, mas é precioso. Recomendo enfaticamente a sua leitura atenciosa.
Fiz questão de mantê-lo tal e qual foi enviado, com os exemplos pessoais que foram lá citados, por considerá-los muito úteis e extremamente didáticos. Apenas fiz ligeiras correções tipográficas.
Fonte: Tradição Católica e Contra-Revolução.]
Pax Christi!
>Não concebo, e outros comigo como já falarei, que no matrimónio um
>seja superior e outro inferior, como ocorre numa hierarquia.
Creio que esteja havendo um grave engano sobre o que signifique hierarquia.
Isto não é incomum, devido à perversão do termo pela modernidade, e que é provavelmente o que faz com que ele seja evitado, a não ser em algumas raras ocasiões em que há alguma analogia com as hierarquias modernas (por exemplo, ao tratar de hierarquia eclesiática, caso em que a confusão leva a coisas como a tentativa americana de responsabilizar o Papa por crimes cometidos por um padre, como se o padre fosse um subordinado hierárquico ***no sentido moderno*** do Papa).
Vamos então ver algumas das diferenças:
1 – Na compreensão clássica de hierarquia, “superior” e “inferior” não são categorias ontológicas (ou seja, “ele é meu superior” não significa em absoluto que ele seja melhor do que eu);
2 – Na compreensão clássica de hierarquia, não há autonomia decisória do superior (ou seja, ele não tem o direito de inventar nada. Ele não pode chegar e dizer “doravante tudo será assim ou assado”, exigindo obediência incondicional);
3 – Na compreensão clássica de hierarquia, não há autonomia individual a ser afirmada ou negada (ou seja, não se trata nem de impedir o outro de ser de uma maneira, como o sargento treinador impede os soldados, nem de poder ou não poder tomar decisões, como é a diferença entre um subordinado e um superior numa hierarquia moderna). Isto ocorre pq a noção de indivíduo que é empregada na categorização hierárquica moderna não condiz com a noção de indivíduo que é operante na hierarquia clássica.
Vamos, então, por partes. A hierarquia clássica é entendida como um modo de pertença perfeita a uma ordem que começa e termina em Deus. A autoridade do superior (e estou usando este termo no sentido clássico; até eu chegar na definição de “superior”, peço que leiam como se fosse uma palavra doida qualquer, sem sentido: “a autoridade do peteléquio”, sei lá) começa e termina num enquadramento nesta ordem maior. Não se trata de uma autoridade autônoma ou delegada no sentido moderno (como a autoridade do capitão é delegada da do major, coronel, general, presidente, povo). Há, assim, ao mesmo tempo, uma liberdade enorme e uma restrição igualmente enorme em relação à noção moderna de hierarquia.
Enquanto na noção moderna o superior tem uma “listinha” de ordens que pode dar (por exemplo, o capitão não pode mandar os soldados atirarem no próprio pé deles), na hierarquia clássica não há limites deste tipo (“listinha”) nas ordens que o superior (o “peteléquio”, se quiserem) pode dar. Só para ficar no meio militar, onde isso é mais claro e preciso, é pensar em Aníbal atravessando os Alpes com elefantes. Por outro lado, na hierarquia clássica há uma necessidade absoluta e premente de que tudo se encaixe na ordem maior, na “ratio divina” de que nos falava São Tomás, ordem maior esta que engloba basicamente tudo o que ordena o universo, da lei da gravitação universal à lei natural, passando pela proibição de roubar e pela adequação de enfeites brilhantes à natureza feminina (ou seja, proibir as mulheres de usar jóias foge à “ratio divina”), até cada pequeno ato de cada pessoa (por exemplo, o movimento dos meus dedos que me faz digitar “ratio” e não “artio”). ***É esta a razão de ser da hierarquia***.
Deste modo, a alternativa é entre hierarquia e caos, pecado, desordem (são sinônimos). Hierarquia é ordenação, mas não ordenação arbitrária como na noção moderna. Há nela autoridade, mas não uma autoridade de arbítrio pessoal como na noção moderna. A hierarquia é o “encaixe” em toda a ordem do universo, e existe em toda parte e em todo lugar. Não há nem poderia haver nada sem hierarquia; nem mesmo o Inferno é desprovido de hierarquia, porque a hierarquia, no sentido clássico, é sinônimo da ordem que, em seu mínimo, é necessária à subsistência (é a hierarquia das ligações atômicas que faz com que o ar não se torne subitamente venenoso) e, em sua perfeição (ou seja, quando a hierarquia passa plenamente de potência a ato) é sinônimo de santidade.
Assim, na hierarquia clássica, a posição do superior é ao mesmo tempo uma posição de serviço, mas não de serviço ao homem (como o capitão serve ao major) ou a uma idéia (como o presidente serve ao povo). O serviço é a uma ordem muitíssimo maior que aquela minúscula instância da Criação, dentro da qual compete ao superior encaixar aquilo que é de sua responsabilidade.
A idéia moderna, modernésima, irracional e herética, de uma igualdade completa é em seu âmago a negação da ordem. É, em sua essência, o brado satânico de “non serviam!”, “não servirei!”. Note que quem disse isso não foi a mosca do cocô do cavalo do bandido, mas o maior de todos os anjos. Não servir implica não só – dentro da noção clássica de hierarquia – em negar-se a receber ordens, mas também em negar-se a dá-las. Trata-se de uma negação ***da ordem***, da adequação do fim último ao princípio primeiro.
Como já escrevi alhures, ao escolhermos como arrumar os livros na estante ou as roupas no gaveteiro, estamos fazendo uma distinção hierárquica. Esta distinção, contudo, só é verdadeiramente hierárquica quando ela é conforme à “ratio divina”. Se um louco entrasse na minha biblioteca, com seus cento e muitos metros de estante, e arrumasse os livros por ordem de tamanho ou pela ordem alfabética da terceira palavra da quinta página, ele estaria criando uma falsa hierarquia (e estaria pedindo uma bela surra, que eu lhe aplicaria de muito bom grado!). Não importa se a arrumação por ordem de tamanho (que seria perfeitamente adequada se fosse um só metro de estante, aliás, ao invés de cento e muitos) está impecavelmente bem feita: ela não está conforme à “ratio divina”, por ordenar pelo acidente mais irrelevante e não pela essência. Não há arbitrariedade compatível com uma hierarquia perfeita; aquela só pode existir dentro de uma suposta igualdade.
Aí poderia vir alguém, com a cabeça inflada de idéias modernas, dizendo que a hierarquia é feia, chata, boba e má (ou, nas palavras do poeta, que “o mal é bom e o bem cruel”), porque impede um pleno desabrochar de cada um ao querer inseri-lo numa ordem que lhe seria externa. Ao que respondo que não, esta ordem não lhe é externa. É a mesma ordem que faz com que respire, coma e digira, ande, pense ou aja que lhe dá o lugar em que ele pode desabrochar plenamente. A igualdade completa entre pessoas é como a arrumação dos livros por ordem de tamanho: é tomar o irrelevante como ordenador do relevante. Só é relevante a igualdade entre as pessoas quando é necessário distingui-las de quem não é igual a elas. Assim, é relevante esta igualdade (que existe e é igualdade na dignidade humana) quando se quer tratar macacos como gente, quando se quer matar bebês dizendo que eles são “tecido indesejado”, ou quando se afirma que a mulher é equiparada a um animal. Ou seja: é relevante que a mulher é igualmente dotada de dignidade humana (e é nisso que ela é igual ao homem), é igualmente capaz de razão (e é nisso que ela é igual ao homem), é igualmente chamada à santidade (e é nisso que ela é igual ao homem) quando se afirma que ele é digno, racional e chamado à santidade, ***e se nega que ela o seja***.
Deste modo, é perfeitamente irrelevante esta igualdade, que é verdadeira, quando se trata da ordenação hierárquica de seres humanos dentro de um contexto não apenas natural, mas elevado à ordem sobrenatural pela instituição do Sacramento do Matrimônio. Se já havia uma necessidade de hierarquia (no sentido clássico: adequação à “ratio divina”) no matrimônio natural, mais ainda a há no Matrimônio cristão.
Como já lembrei, o matrimônio é o múnus da mãe (matri munus). A mãe, graças ao bom senhor Deus, difere do pai. E é pela diferença, não pela irrelevante igualdade, que se pode fazer a hierarquia. De que adianta reconhecer que todos os livros da estante são livros para que sejam ordenados?! A igualdade é irrelevante justamente por não ser possível a ninguém negá-la. Só cabe afirmá-la quando ela for negada ou não existir (“isto não é um livro, é uma caixa em forma de livro”). Ora, ela existe, e é pressuposto que sejam dois seres humanos que se casam, não um homem e uma cabra.
Assim, para a reta compreensão desta hierarquia, é necessário que se percebam ***as diferenças***, e que a ordenação (muitíssimo mais complexa e multi-nivelada que uma ordenação de livros numa estante) seja feita em função delas.
Se tomarmos características femininas e masculinas, fica mais fácil entender qual é esta hierarquia e como ela opera dentro do matrimônio. Façamo-lo.
O homem é naturalmente voltado para fora. Como já escrevi, só um homem teria a idéia de jerico (pela qual agradecemos e sem a qual não estaríamos aqui no Novo Mundo) de, ao ver um tronco atingido por um raio e tornado oco, empurrá-lo para a água, entrar dentro e ir ver o que há do outro lado da grande água. Este foco no exterior faz com que o homem tenda a ser mais indiscriminadamente agressivo, atacando mais do que defendendo.
Já a mulher, ela é naturalmente voltada para dentro, para o círculo de pessoas e coisas que ela tem como suas; aquilo, em suma, que ela ama. É ela quem chora ao ver que o homem, irredutível, enfiou-se na casca de tronco e se meteu água adentro. Enquanto o homem quer subir ao último galho da árvore, a mulher quer que o filho não se machuque, e não gosta de vê-lo subindo na árvore. Este foco no interior faz com que a mulher tenda a ser muito mais discriminada e impedosa em sua agressão, voltada para a defesa e não para o ataque. Uma mulher faz prodígios para defender um filho, ou mesmo o homem que ela ama.
Só para eu não deixar de mostrar o marido babão que eu sou, conto um prodígio da minha esposa. Morávamos em uma casa abaixo do nível da rua, com mais andares para baixo. A Carla estava cuidando de um canteiro no nível da rua, e eu estava na garagem (um andar alto abaixo, cerca de cinco metros), consertando a moto. Minha filhinha, então naquela fase em que os bebês engatinham para a frente e dão ré para descer degraus, sem que eu visse (eu estava a uns 4m dela) resolveu descer de ré pela lateral de uma escada que levava ao andar inferior. Coisa de três metros de altura, de onde cairia em degraus de cimento nu e áspero. A Carla a viu “mirando” o fraldão, e simplesmente pulou de onde estava (5m de altura!!), percorreu em dois passos a distância que ainda a separava da pequena, e a pescou. Se eu tentasse fazer isso, quebraria as duas pernas com certeza.
Ora, isto é magnífico. Magnífico e, se desordenado, perigosíssimo.
É este foco para o interior que faz com que a mulher consiga, ao contrário do homem, manter perfeitamente a ordem na casa. E é este mesmo foco que faz com que a mulher tenha uma dificuldade muito maior que a do homem em perdoar qualqer atentado àqueles que ama.
O homem, deixado sozinho, vai dirigir seu foco para o exterior. Um solteirão com a casa impecavelmente arrumada vai beber vitamina direto do copo do liquidificador, por exemplo. Já a mulher, deixada sozinha, vai dirigir seu foco para o interior, defendendo-o de tudo o que é exterior. Ai de quem ferir um filho seu! Ela nunca o perdoará.
É por isso que o homem é, como já escrevi, o “ministro das relações exteriores”. Ele é mais naturalmente capaz de ir lá fora, retirar agressivamente do mundo o sustento da casa, e, lá chegando, relaxar. Já a mulher é, como também escrevi, o “primeiro ministro”. Ela é mais naturalmente capaz de proteger e manter uma ordem perfeitamente adequada à “ratio divina”, sem atalhos ou deslizes masculinos.
Isto faz do homem o “cabeça do casal”, no sentido que é ele quem fala com o mundo, é ele quem ouve o mundo, é ele quem faz caretas e morde quando é preciso. Se a questão é o lugar da família no mundo, é dele a primazia. Vale perceber, inclusive, como os constantes conflitos entre noras e sogras decorrem, justamente, da atitude agressiva contra o exterior que ambas têm, com cada uma considerando a outra como externa ao seu círculo e afetando negativamente alguém que elas amam.
Por outro lado, o foco do homem no exterior faz com que ele não seja capaz de manter e construir um lar. Ele consegue até fazer um alojamento e mantê-lo, mas não um lar. Por isto, a primazia nos assuntos domésticos é e tem que ser da mulher; é ela o “coração” que bate e mantém a vida.
Eu mesmo, por exemplo, passei a tarde quase toda fora fazendo o que chamei de “gincana da patroa”, comprando coisas que ela afirma serem indispensáveis para a manutenção da casa (um sistema para puxar água para molhar plantas, basicamente; trocentas pecinhas, a comprar em várias lojas diferentes). A minha participação no processo decisório destas coisas é perfeitamente secundária, apesar de ser o meu dever arranjar o dinheiro para comprá-las e a força para instalá-las (no caso, temos um caseiro que pode fazê-lo… mas quem tem que pagar o caseiro sou eu; estou terceirizando).
A hierarquia doméstica, assim, tem mão dupla. O homem é sim o superior da mulher no sentido de que é dele a responsabilidade de ordenação daquele núcleo familiar à instância de ordem imediatamente superior, que é a sociedade (a rua, a cidade, o país). Isso é inegável, e seria perigosíssimo se fosse de outra maneira.
Isto não significa em absoluto nem que ele seja melhor do que a mulher (seria uma piada afirmar uma besteira dessas), nem que ele possa agir de forma arbitrária, nem que ele possa mandar nela como se ela fosse um cachorro (ou ele um sargento e ela um soldado), nem que ela não possa sair de casa, trabalhar, etc. Significa, sim, que é dele que se pode esperar, e é dele que se deve cobrar, que sejam feitas as relações primordiais do núcleo familiar com a sociedade como um todo: sustento, defesa, representação, etc. Ele não é alguém que decide e a família baixa a orelha, mas sim o seu representante, o encarregado, o que age não em função de si, mas da família. O fato de o homem ser o superior faz com que ele seja quem menos tem voz, na prática. Exatamente por ele ser o superior, por ser dele o múnus do pai (patri munus), é ele quem tem que – por exemplo – abdicar de seus desejos (por exemplo, de consumo, de viagem, de formação…) em prol da família. O sacrifício só pode ser exigido como dever de estado do homem, não da mulher.
Mas dentro de casa, dentro do núcleo familiar, dentro do lar, é da mulher a primazia. É ela, não ele, quem tem como dever decidir e fazer a perfeita ordenação da família à “ratio divina”. A manutenção desta ordem intrafamiliar é o múnus da mãe, o “matri munus”. E isso inclui, como lembrei várias vezes, não só uma arrumação de móveis num apartamento (apesar de que ela tem, sim, a autoridade para decidir sobre isso).
Como já escrevi, um dos horrores advindos da modernidade é justamente esta transformação do lar em uma caixinha fechada (apartamento, casa com quintal…), deixando de ser o lar, por definição, uma unidade de produção ***econômica***. A família clássica vivia não em uma caixinha da qual o homem se desloca para ganhar seu pão em outro lugar, mas em uma propriedade rural produtiva, ***gerida economicamente pela mulher*** (a “mulher virtuosa” dos Provérbios, por exemplo), da qual o homem é o representante junto à sociedade exterior (o Conselho dos Anciões dos Provérbios, no qual o marido da mulher virtuosa é bem recebido).
O modelo burguês, moderno, de pessoas vivendo em caixinhas e o homem tendo que sair do lar para ganhar o pão, é a raiz da escravização da mulher que tanto marcou (e marca ainda) a sociedade. De produtora rural, a mulher passou a tomadora de conta de caixinha. De alguém que vivia, trabalhava e produzia, a mulher passou a espanar móveis e fazer crochê. Ora, isso é absurdo! Uma mulher é muito mais do que isso!
Conheci uma senhora que conseguiu, em ambiente urbano, recriar o modelo clássico: ela era a proprietária de um posto de gasolina. Conheço outra, tabeliã, com o cartório no andar de baixo da casa, que fez o mesmo. São mulheres fortes, admiráveis, com muitos filhos e uma vida longa e feliz, que conseguiram o que é o mais correto: fazer com que o seu trabalho fosse um trabalho em prol ***do lar***, ocorrendo nele. “Vestiram a camisa” não de uma firma “lá fora” (o que causaria um conflito enorme entre dois círculos a defender, a firma e o lar), mas do lar como unidade econômica produtiva: lar-com-posto, lar-com-cartório. E poderia ser lar-com-consultório, lar-com-escritório, etc.
Nunca, em nenhum momento, elas deixaram de lado a verdadeira hierarquia.
Espero ter ajudado.
[]s,
seu irmão em Cristo,
Carlos
Olegário,
Claro que não!!!
Vc n viu aquela longa lista que dei de documentos a dizer exactamente o contrário?
rsrs
Alguns vêm com a ginástica: ah, sód eve trabalhar em caso de necessidade. Sim, se João Paulo II não for Papa e a sede estiver vacante. Porque se for, ele disse muitas vezes e Bento XVI também que é por vários motivos como realização pessoal e humanização da sociedade.
***
Contendas a parte, encontrei algo que estou a ver no Youtube e lembrei-me da Andrea e da Melissa. Vejam, aqui fica só a primeira parte de muitas, vcs caso queiram assistir têm de procurar nos vídeos relacionados as restantes partes:
http://www.youtube.com/watch?v=tcoHmZt_jCc
Eu amo muito esta santa carmelita, e como a Andrea disse já várias vezes que gosta muito de histórias de santo, pensei em colocar aqui e fica para todos verem.
(em espanhol, inconveniente para alguns… para mim n)
Olegário,
claro que não tem nenhuma. Vc n viu aquela longa lista que postei no outro tópico?
Para mim, sinceramente esta discussão já deu.
Acho engraçado que as pessoas não se metam cada uma na sua vida. Se a mulher quer ficar em casa, acho muito digno e nobre; se quer e consegue porque eu sei que consegue e daqui n saio! conciliar as duas coisas, muito bem. Cada uma devia meter-se na sua vida e cumprir o mais perfeitamente possível as obrigações do seu estado do modo que acha que deve e que é melhor para si.
Eu não tenho nenhum direito – era só o que faltava!!!! nem ninguém o tem – a impor a vida profissional a todas as mulheres; do mesmo modo que também acho que nenhuma tem o direito a dar palpites na vida dos outros, se fazem escolha diferente e com total aceitação do magistério e dentro da moral católica.
Acho curioso a lógica de algumas pessoas: atacam os tradicionalistas de rad trads pela opinião que têm da missa de Paulo VI; mas não respeitam o que João Paulo II – Papa legítimo – afirmou sobre a promoção da mulher na vida profissional.
Vivam e deixem viver.
Olegário,
sua esposa tem mta sorte!
Vc é um grande homem, como todos deviam ser.
Excelente e muito equilibrada a sua posição, na minha opinião.
Os extremos são sempre o reino das trevas! E são-no porque, quer para um lado quer para outro, se extremarmos posições, haverá sempre mulheres infelizes.
Teresa, minha boa amiga
faço coro contigo e encerro por aqui minha participação nesse texto.
Deus a abençoe.
Olegário.
Finalizando:
“Acho curioso a lógica de algumas pessoas: atacam os tradicionalistas de rad trads pela opinião que têm da missa de Paulo VI; mas não respeitam o que João Paulo II – Papa legítimo – afirmou sobre a promoção da mulher na vida profissional.
Vivam e deixem viver.”
***
Pois é Teresa,
Eu também acho curioso a mulher querer imitar as virtudes de Nossa Senhora sendo dona de casa e ao mesmo tempo criar blogs de moda, frequentar orkut e msn…
Defendem não ter vida profissional por que entendem que assim – entre outras coisas – se espelham na figura de Maria.
Mas por que será que não o fazem nessa boa virtude da Mãe de Deus: “Ouvia tudo e guardava em seu coração…”
Não consigo construir a ideia de Nossa senhora vivendo nos dias de hoje criando blogs de moda com vestidinhos recatados e coloridos, frequentando Orkut, e ficando de bate-papo com Maria Madalena no MSN…
Cada uma…
Deus a abençoe.
Olegário.
Será que a Virgem Santíssima também chamaria colonizadores aos portugueses que levaram a fé católica e a cruz de Cristo ao Brasil?
Ahahahah eu sei de tudo! Tenho um dedinho que adivinha, ou alguém que me é leal até debaixo de água!
Teresa: olha que eu nem precisei dizer que a doutrina do Opus Dei sobre o trabalho como meio de santificação tem suas semelhanças com a doutrina do trabalho no marxismo-leninismo. Obrigado por tirar as conclusões.
Eu não estou entre os que contestam a canonização de São José Maria Escrivá de Balaguer, o Marquês de Peralta (batizado tão-somente como José María Escriba, conforme consta na respectiva certidão). O papa falou, tá falado; canonização é ato infalível e eu não contesto o magistério da Igreja nem naquilo que não vem necessariamente revestido de infalibilidade (como o Vaticano II, por cuja defesa já ganhei o ódio de muitos aqui). Como dizia nosso poeta Murilo Mendes, a Igreja católica é tão certa que prefiro errar com ela a acertar com seus inimigos e, como ensinava Santo Inácio de Loiola, «devemos sempre manter – para acertar em tudo – que o branco que vejo é preto, se a Santa Mãe Hierárquica assim o determina».
Porém, o fato de alguém ser canonizado significa apenas que a Igreja garante que o fulano morreu em estado de graça, está no Céu e pode interceder por nós, merecendo por isso culto público. Não significa que tudo quanto o fulano ensinou seja válido e correto do ponto de vista da doutrina católica — ainda que exista em Roma um lobby fenomenal dos opusdeístas para que São José Maria seja proclamado “doutor da Igreja”.
Santo Tomás de Aquino que é Santo Tomás de Aquino comeu bola quando o assunto foi a Imaculada Concepção de Nossa Senhora. Doutores do porte de Santo Agostinho de Hipona e de Santo Afonso de Ligório escreveram no final da vida grossos volumes de Retratações, submetendo-se filial e humildemente ao juízo último da Santa Igreja quanto à correção de seus ensinamentos. E São José Maria não era nenhum Santo Tomás. O santo da vida ordinária realmente tinha pouco de extraordinário em sua vida e tinha manias estranhas, como a de ficar mudando o nome e de pleitear título de nobreza, obtido por meio de falsificação, como assinala o insuspeito historiador católico Ricardo de la Cierva:
http://es.wikipedia.org/wiki/Josemar%C3%ADa_Escriv%C3%A1_de_Balaguer#Solicitud_y_concesi.C3.B3n_del_Marquesado_de_Peralta
Entretanto, essas idiossincrasias, apesar de estranhas num santo, não constituem pecado mortal. Em suma, São José Maria não era nenhum São Francisco de Assis mas também não era nenhum Marcial Maciel e se a Santa Igreja o proclamou santo, santo é.
Todavia, a canonização não sana as anomalias teológicas e canônicas que possam existir, respectivamente, nas doutrinas e na estrutura do Opus Dei. E, na minha fraca opinião, a doutrina do Opus sobre o trabalho como meio de santificação está muito mais próxima do judaísmo, do calvinismo e do marxismo-leninismo, do que do catolicismo. E quem testemunha a esquisitice dessa doutrina é o próprio pe. Dominique Le Tourneau, porta-voz da “Obra”:
Fala a verdade, dona Teresa: não é estranho o que esse padre opusdeísta escreve a respeito de São João Crisóstomo e de Santo Tomás de Aquino, dois luminares da sã doutrina católica? Não é estranho que no Renascimento, uma época de secularização e de antropocentrismo, esse padre opusdeísta veja “certa evolução positiva”? Mas o Renascimento não representava o repúdio da Idade Média, época em que, segundo o papa Leão XIII, «a filosofia do Evangelho governava as nações» (encíclica Immortale Dei, n. 4)? Não é estranho que o padre opusdeísta apresente o humanista Erasmo como precursor da ascese de São José Maria? Ele não deixa implícito que a doutrina ascética de São José Maria retoma o humanismo de Erasmo e contraria o ensinamento de Santo Tomás de Aquino e de São João Crisóstomo? A senhora não acha estranho tudo isso?
Outra anomalia teológica que vejo no Opus Dei é a doutrina da tal “liberdade pessoal de cada cristão nas opções temporais”, pressuposto implícito nesta sua afirmação: «Desculpem lá, mas algumas coisas não me parecem doutrina, mas ideologia.» Ora, não tem a Igreja uma doutrina social, que faz parte integrante de sua Teologia Moral e que obriga a consciência dos católicos?
Dona Teresa, se a senhora procura uma espiritualidade para leigos, fará bem em estudar os escritos de São Francisco de Sales, o Doutor Suave, e de Santa Catarina de Sena. Ou ainda, Santa Teresa de Ávila e São João Crisóstomo. É doutrina católica autorizada, com o selo de aprovação da Igreja (que não é conferido por simples canonização).
E se quer saber, entendo que a criança deve ficar em casa com a mãe durante todo o tempo em que for criança, isto é, até os 12 anos. Antes dessa idade, ninguém deveria ir para escola. Sou partidário do ensino doméstico, que os ianques chamam de homeschooling. Por isso, sou a favor de que as mulheres estudem. A mulher deve estudar, e muito, para ser uma boa educadora de seus filhos. Deve estudar, por exemplo, latim e grego, retórica e lógica, filosofia tomista e doutrina católica, para poder dar uma boa educação estética, literária e religiosa a seus descendentes. Os colégios femininos (e nisso o Opus Dei segue a doutrina católica, ao separar nas escolas meninos de meninas) deveriam ser como as antigas escolas normais, preparando as adolescentes para o seu sagrado ofício de mães e esposas. Mulheres cultas e livres do trabalho, é isso que defendo! Não para concorrer com seus maridos. De que adianta à mulher ser advogada, médica ou engenheira, se o maior poder que ela pode ter sobre os homens é formar seu coração e sua inteligência para a vida adulta? Quem não se lembra, na história de Roma, do exemplo de Cornélia, mãe dos Gracos? Ao ser importunada por uma madame que lhe exibia as suas jóias, ela chamou seus filhos e lhos mostrou, dizendo: “Haec ornamenta mea” (“Eis as minhas jóias”).
http://pt.wikipedia.org/wiki/Corn%C3%A9lia_Africana
http://www.espelhopoetico.pro.br/reflexos/mae_gracos.htm
Cornélia foi a primeira mulher romana a receber a homenagem de uma estátua e, na base do monumento, foi escrito seu maior título de louvor: “Mãe dos Gracos”.
Olegário: não é porque a auditora fiscal paga o seu aluguel e o talão das Casas Bahia que isto serve de argumento contra a ordem natural da família. Esses pseudo-tradicionalistas são muito engraçados, só defendem a “tradição” quando esta não toca em seus próprios interesses (provavelmente porque só o fazem para se mostrar como diferentes e melhores que os outros). Já conheci uma moça que era uma fanática da missa tridentina, mas defendia o uso de anticoncepcionais… Vai entender esse povo!
Teresa: olha que eu nem precisei dizer que a doutrina do Opus Dei sobre o trabalho como meio de santificação tem suas semelhanças com a doutrina do trabalho no marxismo-leninismo. Obrigado por tirar as conclusões.
Eu não estou entre os que contestam a canonização de São José Maria Escrivá de Balaguer, o Marquês de Peralta (batizado tão-somente como José María Escriba, conforme consta na respectiva certidão). O papa falou, tá falado; canonização é ato infalível e eu não contesto o magistério da Igreja nem naquilo que não vem necessariamente revestido de infalibilidade (como o Vaticano II, por cuja defesa já ganhei o ódio de muitos aqui). Como dizia nosso poeta Murilo Mendes, a Igreja católica é tão certa que prefiro errar com ela a acertar com seus inimigos e, como ensinava Santo Inácio de Loiola, «devemos sempre manter – para acertar em tudo – que o branco que vejo é preto, se a Santa Mãe Hierárquica assim o determina».
Porém, o fato de alguém ser canonizado significa apenas que a Igreja garante que o fulano morreu em estado de graça, está no Céu e pode interceder por nós, merecendo por isso culto público. Não significa que tudo quanto o fulano ensinou seja válido e correto do ponto de vista da doutrina católica — ainda que exista em Roma um lobby fenomenal dos opusdeístas para que São José Maria seja proclamado “doutor da Igreja”.
Santo Tomás de Aquino que é Santo Tomás de Aquino comeu bola quando o assunto foi a Imaculada Concepção de Nossa Senhora. Doutores do porte de Santo Agostinho de Hipona e de Santo Afonso de Ligório escreveram no final da vida grossos volumes de Retratações, submetendo-se filial e humildemente ao juízo último da Santa Igreja quanto à correção de seus ensinamentos. E São José Maria não era nenhum Santo Tomás. O santo da vida ordinária realmente tinha pouco de extraordinário em sua vida e tinha manias estranhas, como a de ficar mudando o nome e de pleitear título de nobreza, obtido por meio de falsificação, como assinala o insuspeito historiador católico Ricardo de la Cierva:
http://es.wikipedia.org/wiki/Josemar%C3%ADa_Escriv%C3%A1_de_Balaguer#Solicitud_y_concesi.C3.B3n_del_Marquesado_de_Peralta
Entretanto, essas idiossincrasias, apesar de estranhas num santo, não constituem pecado mortal. Em suma, São José Maria não era nenhum São Francisco de Assis mas também não era nenhum Marcial Maciel e se a Santa Igreja o proclamou santo, santo é.
Olegário,
Imitar a Virgem Santíssima:
-no cumprimento das saias – um cm a menos é um ai Jesus que lá vou eu
-na execução perfeitíssima de todo o trabalho braçal no lar, a tempo integral
-na submissão perfeitíssima (imagino S. José a dar ordens à sua amadíssima esposa)
Mas…
Não imitar a Virgem Santíssima:
-na caridade com o próximo
-na humildade – quem não quer ser “igualitária” (foi isto que me chamaram) seja inferior, ora. Não queira ser superior, porque a Virgem quis ser escrava. Humilhe-se, para imitar a Virgem!
-na bondade
-na mansidão
-na delicadeza de sentimentos
-nas palavras
-na nobreza de alma
-na integridade de carácter
-na prática de todas as virtudes
-na lealdade nos debates – ou melhor, na ausência total de resposta num debate, posto que a nossa Mãe amabilíssima não debatia, apenas meditava tudo no seu coração. Para imitar a Virgem, há que remeter-se ao silêncio.
Ufa!
É mais fácil imitar as coisas exteriores, né?
Se o mundo moderno não presta para nada:
-pq computadores?
-pq orkut?
-pq msn?
-pq listas de discussão onde se perde metade do tempo a falar mal dos outros?
Deite-se já essas coisas todas para o lixo!
A Virgem não tinha nada disto!
Então a profissional n pode trabalhar honestamente para ganhar o pão, mas tem de ficar em casa. Para?
-para passar o dia no computador a mandar e-mails a listinhas e a escrever em blogs e sites.
A felicidade dos outros é algo que incomoda sempre.
***
Irmão Aparecido,
quando as pessoas relativizam o modelo dos santos só porque aparece algum que não se enquadra nas suas posições, eu nada mais acrescento. É o que fazem frequentemente com Santa Gianna por ter trabalhado fora.
Todos querem ser mais do que os santos. O fim da macacada.
Este este e este não pensam como eu, logo são santos sim; mas não praticaram todas as virtudes. Quem o diz? Eu.
rsrs
Meu bom amigo Olegário,
encerrando a minha participação neste tópico e sobre o tema da mulher que já me está a cansar, digo-lhe somente isto, e deixo à sua reflexão:
«Infelizmente, somos herdeiros de uma história com imensos condicionalismos que, em todos os tempos e latitudes, tornaram difícil o caminho da mulher, ignorada na sua dignidade, deturpada nas suas prerrogativas, não raro marginalizada e, até mesmo, reduzida à escravidão. Isto impediu-a de ser profundamente ela mesma, e empobreceu a humanidade inteira de autênticas riquezas espirituais. Não seria certamente fácil atribuir precisas responsabilidades, atendendo à força das sedimentações culturais que, ao longo dos séculos, plasmaram mentalidades e instituições. Mas, _se nisto tiveram responsabilidades objectivas, mesmo não poucos filhos da Igreja, especialmente em determinados contextos históricos, lamento-o sinceramente._ Que este pesar se traduza, para toda a Igreja, num compromisso de renovada fidelidade à inspiração evangélica que, precisamente no tema da libertação das mulheres de toda a forma de abuso e de domínio, tem uma mensagem de perene actualidade, que brota da atitude mesma de Cristo. Ele, superando as normas em vigor na cultura do seu tempo, teve para com as mulheres uma atitude de abertura, de respeito, de acolhimento, de ternura. Honrava assim, na mulher, a dignidade que ela sempre teve no projecto e no amor de Deus. Ao fixar o olhar n’Ele, no final deste segundo milénio, vem-nos espontaneamente a pergunta: em que medida a sua mensagem foi recebida e posta em prática?
Sim, é tempo de olhar, com a coragem da memória e _o sincero reconhecimento das responsabilidades,_ a longa história da humanidade, para a qual as mulheres deram uma contribuição não inferior à dos homens, e a maior parte das vezes em condições muito mais desfavoráveis. Penso, de modo especial, nas mulheres que amaram a cultura e a arte, e às mesmas se dedicaram partindo de condições desvantajosas, excluídas frequentemente de uma educação paritária, submetidas à inferiorização, ao anonimato e até mesmo à expropriação da sua contribuição intelectual. Infelizmente, da obra imensa das mulheres na história, bem pouco restou de significativo com os métodos da historiografia científica. Mas, por sorte, se o tempo sepultou os seus vestígios documentais, não é possível não perceber os seus influxos benfazejos na seiva vital que impregna o ser das gerações, que se foram sucedendo até à nossa. Relativamente a esta grande, imensa « tradição » feminina, a humanidade tem uma dívida incalculável.
Quantas mulheres foram e continuam ainda a ser valorizadas mais pelo aspecto físico que pela competência, pela profissionalidade, pelas obras da inteligência, pela riqueza da sua sensibilidade e, em última análise, pela própria dignidade do seu ser!
Leia agora, Olegário! Total compatibilização, façam lá ginástica…
4. Que dizer também dos obstáculos que, em tantas partes do mundo, impedem ainda às mulheres a sua plena inserção na vida social, política e económica? Basta pensar como, com frequência, é mais penalizado que gratificado o dom da maternidade, à qual, todavia, a humanidade deve a sua própria sobrevivência. Certamente, resta ainda muito a fazer para que o ser mulher e mãe não comporte discriminação. Urge conseguir onde quer que seja a igualdade efectiva dos direitos da pessoa e, portanto, idêntica retribuição salarial por categoria de trabalho, tutela da mãe-trabalhadora, justa promoção na carreira, igualdade entre cônjuges no direito de família, o reconhecimento de tudo quanto está ligado aos direitos e aos deveres do cidadão num regime democrático.
{olha o Papa aquia dizer: sim! Trabalhem, claro que podem fazer as duas coisas}
Trata-se não só de um acto de justiça, mas também de uma necessidade. Na política do futuro, os graves problemas em aberto verão sempre mais envolvida a mulher: tempo livre, qualidade da vida, migrações, serviços sociais, eutanásia, droga, saúde e assistência, ecologia, etc. Em todos estes campos, se revelará preciosa uma maior presença social da mulher, porque contribuirá para fazer manifestar as contradições de uma sociedade organizada sobre critérios de eficiência e produtividade, e obrigará a reformular os sistemas a bem dos processos de humanização que delineiam a « civilização do amor ».
Chau.
Ai perdão!
Esqueci: carta às mulheres, 1995, números 3 e 4, Papa João Paulo II.
Teresa,
Obrigado pelo texto.
Foi um prazer estar ao seu lado nesse embate.
Mas devemos encerrar a questão.
Já estão insinuando que pelo fato da minha esposa trabalhar fora de casa ela está na verdade me sustentando financeiramente…
Veja a caridade desse católicos puritanos e imaculados…
Quando não encontram cúmplices das suas insanidades ideológicas tratam logo de atacar a honra do seu oponente.
E ainda, de quebra, enfiam a missa latina no saco da discussão…
O que eu queria saber – e você já me disse – é que NÃO EXISTE QUALQUER DOCUMENTO DA IGREJA CONDENANDO O TRABALHO PROFISSIONAL DA MULHER.
Pronto.
O resto é pipoca de opinólogo e bolero de Mariachi com direito a Malaguena Salerosa.
Com Jesus, Maria e Jose…
Sigamos em frente!!
Olegário
Em tempo: Vai entender esse povo…
O resto é pipoca de opinólogo e bolero de Mariachi com direito a Malaguena Salerosa.
Sendo eu uma mexicana de pés à cabeça (de alma e coração embora não de nascimento),
adoro Mariachi!!!
***
Ora, se a mulher tem o direito a ser sustentada pelo marido, o homem tem direito a ser sustentado pela mulher. simples assim. rs
Vc já sabe que se for encarar me ajudar vão-lhe cair em cima! rsrs
Abraço, agora sim retiro-me. Nem os santos da Igreja foram virtuosos, isto das opinionites é uma desgraça mesmo.
Reuniram-se contra mim o pseudo-tradicionalismo dos chupins e o cripto-calvinismo do Opus Dei. Que fazer? Magistério da Igreja neles!
O santo padre Pio XI (o mesmo que condenou o fascismo e o nazismo!) ensinou que a mulher não tem o direito de trablhar fora de casa sem a permissão do marido e associou a dita “emancipação social e econômica” da mulher (seu trabalho fora do lar) à pretensa “emancipação fisiológica” (o aborto):
27. Os mesmos mestres do erro, que por escritos e por palavras ofuscam a pureza da fé e da castidade conjugal, facilmente destroem a fiel e honesta sujeição da mulher ao marido. Ainda mais audazmente, muitos deles afirmam com leviandade ser ela uma indigna escravidão de um cônjuge ao outro; visto os direitos entre os cônjuges serem iguais, para que não sejam violados pela escravidão de uma parte, defendem com arrogância certa emancipação da mulher, já alcançada ou por alcançar. Estabelecem, mais, que esta emancipação deve ser tríplice: no governo da sociedade doméstica, na administração dos bens da família e na exclusão e supressão da prole, isto é, social, econômica e fisiológica. Fisiológica por quererem que a mulher, de acordo com sua vontade, seja ou deva ser livre dos encargos de esposa, quer conjugais, quer maternos (esta mais do que de emancipação deve apodar-se de nefanda perversidade, como já suficientemente demonstramos). Emancipação econômica por força de que a mulher, ainda que sem conhecimento e contra a vontade do marido, possa livremente ter, gerir e administrar seus negócios privados, desprezando os filhos, o marido e toda a família. Emancipação social, enfim, por se afastarem da mulher os cuidados domésticos tanto dos filhos como da família, para que, desprezados estes, possa entregar-se até às funções e negócios públicos.
Todavia, esta emancipação da mulher não é verdadeira nem é a razoável e digna liberdade que convém à cristã e nobre missão de mulher e esposa; é antes a corrupção da índole feminina e da dignidade materna e a perversão de toda a família, porquanto o marido fica privado de sua mulher, os filhos de sua mãe, a casa e toda a família de sua sempre vigilante guarda. Pelo contrário, essa falsa liberdade e essa inatural igualdade com o homem redundam em prejuízo da própria mulher; porque, se a mulher desce daquele trono real a que dentro do lar doméstico foi elevada pelo Evangelho, depressa cairá na antiga escravidão (se não aparente, certamente de fato), tornando-se, como no paganismo, mero instrumento do homem.
Esta igualdade de direitos, porém, que tanto se exagera e se enaltece, deve reconhecer-se em tudo o que é próprio da pessoa e dignidade humana, e que resulta do pacto nupcial e está na essência do matrimônio; nestas coisas certamente ambos os cônjuges gozam inteiramente do mesmo direito e estão ligados pelo mesmo dever; quanto ao resto, deve existir certa desigualdade e moderação, que o próprio interesse da família e a necessária unidade e firmeza da ordem e da sociedade doméstica requerem.
Se, no entanto, em qualquer parte as condições sociais e econômicas da mulher casada tiverem de transformar-se algum tanto devido à alteração dos usos e costumes da convivência humana, compete ao poder público adaptar às necessidades e exigências hodiernas os direitos civis da mulher, tendo sempre em vista o que é requerido pela diversa índole natural do sexo feminino, pela honestidade dos costumes e pelo interesse comum da família, e desde que também a ordem essencial da sociedade doméstica permaneça intacta, como instituída que foi por uma autoridade e sabedoria mais alta que a humana, isto é, divina, e que não pode mudar-se por leis públicas ou pela vontade dos indivíduos.»
Pio XI, encíclica Casti Connubii sobre o matrimônio cristão, n. 27.
http://www.vatican.va/holy_father/pius_xi/encyclicals/documents/hf_p-xi_enc_31121930_casti-connubii_lt.html
http://www.vatican.va/holy_father/pius_xi/encyclicals/documents/hf_p-xi_enc_31121930_casti-connubii_sp.html
Depois são as donas de casa que não sabem ler, quem dera se Dona Teresa, a que sustentaria um gigolô se este se casasse com ela, o soubesse!
Esse post está muito divertido.
Dona Teresa
Não coloque palavras na boca dos outros, quando não tiver defesa no terreno dos argumentos. Isso é muito feio e todo o mundo percebe, sabia?
Ninguém está aqui “relativizando o modelo dos santos” — até porque São José Maria Escrivá (ou Escriba) não equivale a todos os santos. Já que a senhora absolutiza o modelo de São José Maria Escrivá, eu lhe pergunto: já requisitou ao governo português seu título de “marquesa”?
Nem estou dizendo que “os santos da Igreja não foram virtuosos”. Não nego nem que São José Maria Escrivá (ou Escriba) tenha sido virtuoso – senão a Santa Igreja não o teria canonizado. Mas há virtudes e virtudes e, perdoe-me, não consigo ver no santo da vida ordinária as virtudes extraordinárias de um São Pio de Pietrelcina, por exemplo.
Seu Olegário
Quer dizer então que o senhor considera uma desonra que o marido seja sustentado pela mulher?
Ora bolas, qual é a tua? Se o marido não tem mesmo o dever de sustentar a mulher, por que seria uma desonra ser sustentado por ela, no caso de esta ganhar mais que ele, por exemplo, num cargo de auditora fiscal? (já fui concurseiro e sei que auditora fiscal ganha bem)
Afinal de contas, é a sua própria recente amiga, a Dona Teresa, quem diz:
Seria uma vergonha para mim, que defendo a tese oposta, ser sustentado pela mulher. Mas não para você. Por isso, tome isso não como um “ataque à honra”, mas como um elogio.
E que São José Maria Escrivá rogue por nós (e para que o Olagário consiga um emprego melhor).
E viva a emancipação feminina!
A casa do dr. Zurita
http://www.youtube.com/watch?v=Dt3vkDdzxSU
http://www.youtube.com/watch?v=_hG7korMzWw
Bom, já que vocês colocam as coisas nestes termos:
Deus me mande um marido que queira ser sustentado!!!
Com muuuuito prazer o farei!
Dona Teresa, não se preocupe. Isso não é difícil de achar nos tempos hodiernos. Ser sustentado pela mulher não é mais uma vergonha, é uma honra para os homens que lutam pela emancipação feminina. Eles agora são mais como um dos filhos dela, não verdadeiros esposos.
É de impressionar como o texto de São Pio XI se revela na sociedade moderna com inúmeros exemplos. Hoje as mulheres não passam de instrumentos dos homens. E o vício é tão manifesto que elas ainda veem vantagens nisso.
De um gigolô, livrai-me Senhor!
Caro Jorge,
Achei um profundo desrespeito publicar mais um comentário de Teresa Moreno no tópico que havia sido fechado. Afinal, depois de tudo o que ela fez, a última coisa que esta moça podia é ter tido a última palavra. Ela tem o contato de todas aquelas pessoas lá. Poderia ter se dirigido à elas, como a mim. Não o fez porque quis sair por cima.
Além do mais, depois de toda a exposição que ela fez dos comentários internos de uma lista, eu tinha muito mais citações desta moça baderneira para expor também. Não o fiz porque rapidamente o tópico foi fechado. Infelizmente, são dois pesos e duas medidas.
Espero que pelo menos esse meu seja publicado, até porque é meu ultimo sobre o assunto
Teresa,
Se aquele comentário de Maite é semi-publico, é você que está inventando e ninguém tem a obrigação de saber. Nós não andamos frequentando tanto o seu blog assim para saber se ele foi ou não publicado antes. O fato é que você citou Maite várias vezes na lista, tomando a sua pessoa como exemplo santo, querendo a todo momento irritar as pessoas, já que há moças da lista que saíram da lista da Maite porque esta boa católica as desrespeitou. Além do mais, ninguém aqui se faça de idiota: vocês vivem chamando as moças de puritanas – e não importa se há outras que vc considera puritanas além dessas, o fato é que você deixou esses comentários lá COM O INTUITO DE MOSTRAR O QUE SUA AMIGA PENSA DAS MOÇAS. Com o intuito de afrontar, de fazer confusão.
Vc que participou tanto da lista Moda e Modéstia sabe que nós não ficamos discutindo sobre “as liberais”, mesmo porque não as apelidamos. Todas essas opiniões foram geradas depois de todas as suas extensas e enormes provocações.
Portanto, o Vladimir não mentiu dizendo que você fica sim levantando o nome dessa moça e trazendo citações dela. Ele afirmou uma coisa, e eu provei, e provaria muito mais. A única coisa que vc queria era divulgar as palavras de Luciana, a quem vc claramente odeia. Aliás, vc é obcecada tanto por Maite, quanto por Luciana. Está aqui nesse blog, aliás, ouvindo muitas das opiniões que essa mesma Luciana deu, com a diferença QUE VC NÃO ESTÁ AGREDINDO TANTO ESSAS PESSOAS COMO ESTAVA DETERMINADA A FAZER COM ELA.
E por que tudo isso? Por que vc não publicou as palavras dessa mesma Luciana dizendo: Teresa, por que vc insiste em brigar? Por que está atacando todo mundo?
Fica bastante claro toda a sua má fé. Mentiu sim senhora, dizendo que Jamais tinha feito tal coisa. Se a Maite não se importa, o problema é dela. Uma pena, porque acho que Vladimir tem toda a razão: ela tinha de conversar seriamente contigo.
No mais, espero nunca mais ter qualquer tipo de contato com sua pessoa. Vc faz mal. Vc faz mal e deliberadamente.
Se Nosso Senhor vai cobrar por cada “AI” que nós dizemos, espero que esteja fazendo a conta de quantas vezes está dizendo a palavra “puritana”. Certamente, terás de explicar onde está esta heresia toda nos nossos tempos.
Pode me responder, se quiser, pouco me importa. Não lerei. Mesmo que me xingue eloquentemente,e alguém resolva me contar de sua resposta, não responderei. A verdade sobre a afirmação de Vladimir aparaceu e isso era a única coisa que eu queria. Não leio mais nada que seja assinado por vc.
Estive acompanhando esse looongo debate de fora. Pelo que vi, há uma aparente contradição entre as palavras de Pio XI e de João Paulo II. Mas se considerarmos que a teologia (mística, moral, etc) pode aumentar a sua compreensão sobre determinado tema assim como S. Tomás fez, a contradição já não existiria mais e assim com J. Paulo II a Igreja poderia ter se aprofundado no tema em questão, pois também trata-se de magistério lícito. Deste modo, inclino-me mais à posição da Teresa e do Olegário, não porque me é mais cômodo, mas porque faz mais sentido. Além do mais, estudar e trabalhar me está longe do comodismo físico e intelectual, até porque por eles me santifico (não tão somente, mas em boa parte do meu tempo), através deles elevo sim minha mente a Deus e consigo através do estudo/trabalho praticar várias virtudes, ajudando na construção de uma sociedade melhor aos olhos de Deus.
Quanto ao argumento de imitar a Santíssima Virgem, ora, imitemo-la em virtude e no que realmente somos chamadas a imitá-la! Seguindo o mesmo raciocínio da moral ultra-rigorista, anticatólica e ilícita, os homens também não deveriam usar calças, pois Jesus, o Perfeito Homem, não as usou. Imitemo-la na prática da modéstia, sem nos esquecermos de que a aplicação da modéstia varia sim com o tempo, apesar do princípio da modéstia ser eterno. A absolutização tanto do princípio como da sua aplicação vieram com os franceses positivistas e liberais, geralmente contrários à Doutrina Católica.
Há coisas eternas, há coisas que mudam e há coisas que passamos a compreender melhor. Todas lícitas e desejáveis, desde que harmonizadas. A harmonia é o verdadeiro desafio, a verdadeira dificuldade, o verdadeiro modo de ser “quente”. Porque não querer ser “morno” (aquele que não se esforça muito em buscar a harmonia), não justifica querer ser “frio” (os extremos já citados, tanto laxista como rigorista).
Se me permitem uma sugestão aos mais preparados que eu, vocês poderiam escrever sobre o tal “puritanismo”, pois muito já foi falado e nada explicado sobre o que é ser puritano. Então pessoas que podem até ser muito cultas e boas realmente não podem não entender quando são chamadas de “puritanas”. Chegam ao ponto de dizer que não há objeto neutro, algo que aprendi ser inato e básico na moral católica. Então fica a sugestão de posts, textos ou ensaios explicando a origem histórica do erro do ultra-rigorismo moral, suas influências gnósticas, cátaras, protestantes, etc, e os diversos males que causam à alma. Muita gente de boa vontade está perdidinha por falta de informação.
Prezados amigos, a discussão está muito boa e estou tentando aprender com vossos ilustres comentários. Se me permitem me expressar, apesar de meus pequenos conhecimentos, gostaria de dizer algo. Me corrijam se eu estiver errado.
Se as mulheres têm direito à trabalhar, fora ou dentro de casa, à realização profissional, e isto não estou negando, muito mais direito a isso tem o homem; pois o homem é a cabeça da família, é o chefe da família, é o pai de família, é o provedor dos filhos e da esposa. E isso esta na Bíblia e incutido na natureza de cada ser humano.
Vejam por exemplo que nem um homem sem emprego consegue se casar ou arranjar uma namorada. Já uma mulher sem trabalho consegue casar-se e arranjar namorado. Viram como é diferente?!
Prezada Karla
Começando pelo fim:
1. Puritanismo em seu sentido histórico e próprio é um ramo do calvinismo que se desenvolveu na Inglaterra dos sécs. XVI e XVII. Um elemento da doutrina puritana é a ideia de que o homem se realiza no trabalho (e não na contemplação, como ensina a doutrina católica) e que o trabalho tem um valor intrínseco como meio de santificação. Para os puritanos, o sucesso profissional era um sinal de predestinação (clara confusão entre as ordens natural e sobrenatural) – ideologia cujos efeitos sobre a história do Ocidente foram largamente estudados na clássica obra de Max Weber, A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. A ideia de que a mulher necessita trabalhar para realizar-se como pessoa é rigorosamente um desenvolvimento lógico do puritanismo.
2. «Há coisas eternas, há coisas que mudam e há coisas que passamos a compreender melhor.» Sim, mas a ideia de que o homem deve sustentar a mulher foi corrente no senso comum da humanidade, desde o seu princípio, em todas as civilizações, até mais ou menos cinquenta anos atrás. É algo que faz parte do quod semper, quod ubique, quod ab omnibus credita est (aquilo que sempre e em todo parte foi admitido por todos). Será que o trabalho da mulher fora do lar é mesmo uma mudança positiva ou um sintoma de uma sociedade louca e decadente?
Não estou discutindo vestimentas aqui. Mas posso garantir que não é “ultra-rigorismo” uma prática, como a da mulher dedicar-se ao lar doméstico, que foi vivida com facilidade pela maioria das famílias em milênios, até bem poucas décadas. Hoje, infelizmente – é preciso que se diga a verdade – a sociedade obriga a mulher a trabalhar (o que é uma violência, pois Aristóteles define a violência como toda força contrária à natureza e é por direito natural que o homem tem o dever de sustentar a mulher). A sociedade obriga pela coação econômica, porque a grande maioria dos homens não ganha o suficiente para sustentar uma família (e a mulher no mercado de trabalho vem agravar esse mal). Obriga pela pressão social, pois toda mulher que tem a possibilidade de se ver livre do trabalho fora de casa é vista praticamente como uma “extraterrestre” pelas pessoas que convivem com ela, sofrendo toda sorte de preconceito.
3. Prezada Karla, se houver contradição entre a encíclica Casti Connubi de Pio XI e a Carta às Mulheres de João Paulo II, ela deve ser resolvida em favor do primeiro documento, que é dirigido à toda a Igreja (o que o papa fala a toda a Igreja tem precedência sobre o que ele fala a uma parcela da mesma Igreja).
Porém, eu não vejo contradição. Em nenhum momento da carta João Paulo II aconselha a mulher a trabalhar fora de casa, ou diz que o trabalho da mulher fora do lar é coisa boa (se não é assim, por favor destaque o trecho em que JPII diz que é bom para a mulher trabalhar fora de casa). Pelo contrário, enquanto Pio XI traça a situação ideal, correspondente à ordem natural da família (a mulher sendo sustentada pelo marido); João Paulo II procura dar uma solução à situação de fato criada por uma sociedade degenerada que obriga a mulher a trabalhar: «Certamente, resta ainda muito a fazer para que o ser mulher e mãe não comporte discriminação. Urge conseguir onde quer que seja a igualdade efetiva dos direitos da pessoa e, portanto, idêntica retribuição salarial por categoria de trabalho, tutela da mãe-trabalhadora, justa promoção na carreira».
Observe que João Paulo II não manda nem aconselha que as mulheres trabalhem. Apenas diz, já que as mulheres são obrigadas a trabalhar, então que contem com uma proteção jurídica adequada em favor de seu papel de mulher e mãe. E nisso também estou de acordo: eu também sou a favor de mais direitos trabalhistas para a mulher! Eu acho, por exemplo, que a jornada legal de trabalho da mulher não deveria ultrapassar 6h por dia e 30h por semana, ganhando ela o mesmo que um homem ganha na mesma função para trabalhar 8h e 44h, respectivamente. Eu sou a favor que as gestantes e mães tenham licença-maternidade de 12 meses, remuneradas pelo patrão. Isso, além de dar mais dignidade às mulheres que trabalham, reduziria a oferta de trabalho fazendo com que os homens fossem mais bem remunerados para sustentar uma família, o que nos aproximaria da situação ideal, tal como delineada pelo papa Pio XI na Casti Connubii.
A L E R T A
Quando fiz referência ao “cripto-calvinismo do Opus Dei” não era minha intenção imputar acusação de heresia a essa instituição. Quis apenas sublinhar a enorme semelhança que existe entre a visão do Opus sobre o trabalho e a do calvinismo. Por favor, não me interpretem mal.
Você vai se quiser
http://www.youtube.com/watch?v=0fbHn7tOauM
http://letras.terra.com.br/noel-rosa-musicas/971196/
Sobre vestimentas:
http://www.youtube.com/watch?v=lUrMMQtRAus
Esse assunto deu mesmo o que falar,
bom, quero dizer ao sr. olegário que eu Lúcio clayton , sou um pai solteiro de uma menina de 6 anos, sei o que são as lidas domésticas e não tenho vergonha alguma de fazê-las isso em nenhuma hipotese reduz a minha masculinidade.
uma outra coisa deixo bem claro, se uma mulher infelizmente trabalha para sustentar a sua prole, talvez seja pelo fato de que ela escolheu mal o genitor ou muitas os genitores de sua prole. em hipotese alguma desqualifico uma mulher que trabalha como homem em lugares que deveriam estar ocupados por homens, penso apenas que as mulheres merecem muito mais que isso. e isso não quer dizer que seja a cozinha ou a area de serviço. resdpito muito as mulheres e por isso quero o melhor para elas, e como homem sei que muitos desses trabalhos saõ humilhante para nós pobres homens, imagina para nossa cara metade.
Carla,
é isso mesmo. Estou a elaborar uma série de posts sobre o puritanismo e o ultra-rigorismo jansenista. Publico logo que tudo esteja muito bem documentado. Os afectados julgam que não publiquei ainda porque nada tenho para publicar. Ahahaha!
Sempre fui muito perfeccionista, publicarei (muito brevemente) quando tenha todos os textos bem estruturados.
Michele,
por gentileza, digo-lhe o mesmo que disse ao sr. Vladimir. Reencaminhe todos os e-mails à Maite!
No entanto, não vai conseguir provar o que o sr Vladimir disse que foi que eu teria dito que a Maite falava de x, y e z. A Maite, eu e muitas outras falamos da onda puritana na net em geral, e não de pessoas em particular.
Teria muito a dizer sobre o que na lista moda e modéstia se faz, mas como não quero fazer o mesmo que a srta – que é criar intrigas -, remeto-me ao silêncio. Mas os e-mails falam!
Então, para provar o que quer que seja, a srta terá de reencaminhar os e-mails, citações, etc, a quem se interessar pelo assunto. Faça isso, tem toda a minha autorização.
***
Irmão Aparecido,
João Paulo II não falou assim só na carta às mulheres. Também o disse em encíclicas – veja aquela longa lista de documentos que postei no outro tópico. Nos documentos do Vaticano II estão repletos de citações a favor dos direitos das mulheres ao trabalho e da compatibilização com a família.
João Paulo II não falou em «ah, já que a mulher está obrigada a trabalhar…», muito pelo contrário fez um mea culpa pelos filhos da Igreja que não souberam orientar as mulheres nos seus legítimos direitos. E ainda faz uma defesa claríssima da mulher na vida pública: artes, ciências, cultura, etc.
Agora sim – desta vez penso mesmo cumprir – encerro as minhas participações no tópico. Os textos magisteriais sobre o ultra-rigorismo estão a ser preparados.
Em Jesus e Maria
A única puritana aqui é a senhora, que acha que a mulher necessita do trabalho para realizar-se como pessoa.
Engraçado que a esse argumento a senhora não tem nada a responder. Qui tacet, consentit…
A única coisa que deu pra perceber aqui é que a senhora é amiga de confusão.
Quer dizer então que você está acostumada a prometer as coisas pensando em não cumprir? Que costumes feios você tem!
Ui! Que medo! A tia portuguesa vai querer provar que o papa Pio XI era um herege! Será que ela está mesmo pensando em cumprir?
Esse povo é uma comédia!
Irmão Aparecido,
fiz essa observação porque já tinha dito que não voltaria aqui e acabei por voltar, como de resto o tornei a fazer agora.
Gostaria só de lhe fazer uma pergunta: faltei-lhe com o devido respeito?
Releia o seu comentário último e diga-me se, mesmo que eu quisesse, era possível ter algum tipo de discussão no campo das ideias com vc.
Jamais chamaria herege ao Papa Pio XI, apenas disse que o magistério (tal como a exegese bíblica e a teologia católica) se aprofunda e enriquece. O magistério de Pio XI na matéria não é infalível e, mesmo que fosse, uma compreensão mais aprofundada da doutrina sempre é possível. A doutrina não evolui, mas a nossa compreensão dela sim. Ou melhor, se um dogma pode evoluir, evolui de modo homogéneo, evolui no sentido em que sempre foi enunciado. Mas isto que estamos a discutir nem é dogma nem carrega a marca da infalibilidade.
Admirei a sua postura no debate, sempre com riqueza de argumentos, mas este seu último comentário é decepcionante…
Tenho textos sobre o ultra-rigorismo jansenista e as condenações que dele fez o Santo Ofício. É só questão de acompanhar o meu blog – se tiver interesse é claro – que a seu devido tempo serão publicados.
Não chamei puritana à dona de casa – a minha mãe e algumas das minhas amigas mais queridas são -; mas sim às que impõem às outras que mulher casada tem de ser dona-de-casa.
Também julgo que não me compreendeu bem: eu nunca disse que todas as mulheres têm que se realizar fora do lar; as ultra-rigoristas é que julgam que toda a mulher casada deve ficar em casa. Eu defendo a posição média, o equilíbrio, o bom senso; defendo a livre escolha da mulher – do casal – neste campo.
Peço-lhe que não embarquemos em argumentos ad hominem porque de polémicas desse nível estou eu cansada. A nossa vida espiritual conta muito mais do que debates intermináveis e que não levam ninguém a conclusão nenhuma!
Fique com Deus