[Em complemento ao post anterior do Deus lo Vult!, permito-me reproduzir na íntegra um email enviado pelo Carlos Ramalhete à lista Tradição Católica no início do mês passado. Achei que ele já estava disponível em algum lugar da net e ia somente linká-lo ao final do post passado; procurando, no entanto, não o encontrei. O texto é bem longo, mas é precioso. Recomendo enfaticamente a sua leitura atenciosa.
Fiz questão de mantê-lo tal e qual foi enviado, com os exemplos pessoais que foram lá citados, por considerá-los muito úteis e extremamente didáticos. Apenas fiz ligeiras correções tipográficas.
Fonte: Tradição Católica e Contra-Revolução.]
Pax Christi!
>Não concebo, e outros comigo como já falarei, que no matrimónio um
>seja superior e outro inferior, como ocorre numa hierarquia.
Creio que esteja havendo um grave engano sobre o que signifique hierarquia.
Isto não é incomum, devido à perversão do termo pela modernidade, e que é provavelmente o que faz com que ele seja evitado, a não ser em algumas raras ocasiões em que há alguma analogia com as hierarquias modernas (por exemplo, ao tratar de hierarquia eclesiática, caso em que a confusão leva a coisas como a tentativa americana de responsabilizar o Papa por crimes cometidos por um padre, como se o padre fosse um subordinado hierárquico ***no sentido moderno*** do Papa).
Vamos então ver algumas das diferenças:
1 – Na compreensão clássica de hierarquia, “superior” e “inferior” não são categorias ontológicas (ou seja, “ele é meu superior” não significa em absoluto que ele seja melhor do que eu);
2 – Na compreensão clássica de hierarquia, não há autonomia decisória do superior (ou seja, ele não tem o direito de inventar nada. Ele não pode chegar e dizer “doravante tudo será assim ou assado”, exigindo obediência incondicional);
3 – Na compreensão clássica de hierarquia, não há autonomia individual a ser afirmada ou negada (ou seja, não se trata nem de impedir o outro de ser de uma maneira, como o sargento treinador impede os soldados, nem de poder ou não poder tomar decisões, como é a diferença entre um subordinado e um superior numa hierarquia moderna). Isto ocorre pq a noção de indivíduo que é empregada na categorização hierárquica moderna não condiz com a noção de indivíduo que é operante na hierarquia clássica.
Vamos, então, por partes. A hierarquia clássica é entendida como um modo de pertença perfeita a uma ordem que começa e termina em Deus. A autoridade do superior (e estou usando este termo no sentido clássico; até eu chegar na definição de “superior”, peço que leiam como se fosse uma palavra doida qualquer, sem sentido: “a autoridade do peteléquio”, sei lá) começa e termina num enquadramento nesta ordem maior. Não se trata de uma autoridade autônoma ou delegada no sentido moderno (como a autoridade do capitão é delegada da do major, coronel, general, presidente, povo). Há, assim, ao mesmo tempo, uma liberdade enorme e uma restrição igualmente enorme em relação à noção moderna de hierarquia.
Enquanto na noção moderna o superior tem uma “listinha” de ordens que pode dar (por exemplo, o capitão não pode mandar os soldados atirarem no próprio pé deles), na hierarquia clássica não há limites deste tipo (“listinha”) nas ordens que o superior (o “peteléquio”, se quiserem) pode dar. Só para ficar no meio militar, onde isso é mais claro e preciso, é pensar em Aníbal atravessando os Alpes com elefantes. Por outro lado, na hierarquia clássica há uma necessidade absoluta e premente de que tudo se encaixe na ordem maior, na “ratio divina” de que nos falava São Tomás, ordem maior esta que engloba basicamente tudo o que ordena o universo, da lei da gravitação universal à lei natural, passando pela proibição de roubar e pela adequação de enfeites brilhantes à natureza feminina (ou seja, proibir as mulheres de usar jóias foge à “ratio divina”), até cada pequeno ato de cada pessoa (por exemplo, o movimento dos meus dedos que me faz digitar “ratio” e não “artio”). ***É esta a razão de ser da hierarquia***.
Deste modo, a alternativa é entre hierarquia e caos, pecado, desordem (são sinônimos). Hierarquia é ordenação, mas não ordenação arbitrária como na noção moderna. Há nela autoridade, mas não uma autoridade de arbítrio pessoal como na noção moderna. A hierarquia é o “encaixe” em toda a ordem do universo, e existe em toda parte e em todo lugar. Não há nem poderia haver nada sem hierarquia; nem mesmo o Inferno é desprovido de hierarquia, porque a hierarquia, no sentido clássico, é sinônimo da ordem que, em seu mínimo, é necessária à subsistência (é a hierarquia das ligações atômicas que faz com que o ar não se torne subitamente venenoso) e, em sua perfeição (ou seja, quando a hierarquia passa plenamente de potência a ato) é sinônimo de santidade.
Assim, na hierarquia clássica, a posição do superior é ao mesmo tempo uma posição de serviço, mas não de serviço ao homem (como o capitão serve ao major) ou a uma idéia (como o presidente serve ao povo). O serviço é a uma ordem muitíssimo maior que aquela minúscula instância da Criação, dentro da qual compete ao superior encaixar aquilo que é de sua responsabilidade.
A idéia moderna, modernésima, irracional e herética, de uma igualdade completa é em seu âmago a negação da ordem. É, em sua essência, o brado satânico de “non serviam!”, “não servirei!”. Note que quem disse isso não foi a mosca do cocô do cavalo do bandido, mas o maior de todos os anjos. Não servir implica não só – dentro da noção clássica de hierarquia – em negar-se a receber ordens, mas também em negar-se a dá-las. Trata-se de uma negação ***da ordem***, da adequação do fim último ao princípio primeiro.
Como já escrevi alhures, ao escolhermos como arrumar os livros na estante ou as roupas no gaveteiro, estamos fazendo uma distinção hierárquica. Esta distinção, contudo, só é verdadeiramente hierárquica quando ela é conforme à “ratio divina”. Se um louco entrasse na minha biblioteca, com seus cento e muitos metros de estante, e arrumasse os livros por ordem de tamanho ou pela ordem alfabética da terceira palavra da quinta página, ele estaria criando uma falsa hierarquia (e estaria pedindo uma bela surra, que eu lhe aplicaria de muito bom grado!). Não importa se a arrumação por ordem de tamanho (que seria perfeitamente adequada se fosse um só metro de estante, aliás, ao invés de cento e muitos) está impecavelmente bem feita: ela não está conforme à “ratio divina”, por ordenar pelo acidente mais irrelevante e não pela essência. Não há arbitrariedade compatível com uma hierarquia perfeita; aquela só pode existir dentro de uma suposta igualdade.
Aí poderia vir alguém, com a cabeça inflada de idéias modernas, dizendo que a hierarquia é feia, chata, boba e má (ou, nas palavras do poeta, que “o mal é bom e o bem cruel”), porque impede um pleno desabrochar de cada um ao querer inseri-lo numa ordem que lhe seria externa. Ao que respondo que não, esta ordem não lhe é externa. É a mesma ordem que faz com que respire, coma e digira, ande, pense ou aja que lhe dá o lugar em que ele pode desabrochar plenamente. A igualdade completa entre pessoas é como a arrumação dos livros por ordem de tamanho: é tomar o irrelevante como ordenador do relevante. Só é relevante a igualdade entre as pessoas quando é necessário distingui-las de quem não é igual a elas. Assim, é relevante esta igualdade (que existe e é igualdade na dignidade humana) quando se quer tratar macacos como gente, quando se quer matar bebês dizendo que eles são “tecido indesejado”, ou quando se afirma que a mulher é equiparada a um animal. Ou seja: é relevante que a mulher é igualmente dotada de dignidade humana (e é nisso que ela é igual ao homem), é igualmente capaz de razão (e é nisso que ela é igual ao homem), é igualmente chamada à santidade (e é nisso que ela é igual ao homem) quando se afirma que ele é digno, racional e chamado à santidade, ***e se nega que ela o seja***.
Deste modo, é perfeitamente irrelevante esta igualdade, que é verdadeira, quando se trata da ordenação hierárquica de seres humanos dentro de um contexto não apenas natural, mas elevado à ordem sobrenatural pela instituição do Sacramento do Matrimônio. Se já havia uma necessidade de hierarquia (no sentido clássico: adequação à “ratio divina”) no matrimônio natural, mais ainda a há no Matrimônio cristão.
Como já lembrei, o matrimônio é o múnus da mãe (matri munus). A mãe, graças ao bom senhor Deus, difere do pai. E é pela diferença, não pela irrelevante igualdade, que se pode fazer a hierarquia. De que adianta reconhecer que todos os livros da estante são livros para que sejam ordenados?! A igualdade é irrelevante justamente por não ser possível a ninguém negá-la. Só cabe afirmá-la quando ela for negada ou não existir (“isto não é um livro, é uma caixa em forma de livro”). Ora, ela existe, e é pressuposto que sejam dois seres humanos que se casam, não um homem e uma cabra.
Assim, para a reta compreensão desta hierarquia, é necessário que se percebam ***as diferenças***, e que a ordenação (muitíssimo mais complexa e multi-nivelada que uma ordenação de livros numa estante) seja feita em função delas.
Se tomarmos características femininas e masculinas, fica mais fácil entender qual é esta hierarquia e como ela opera dentro do matrimônio. Façamo-lo.
O homem é naturalmente voltado para fora. Como já escrevi, só um homem teria a idéia de jerico (pela qual agradecemos e sem a qual não estaríamos aqui no Novo Mundo) de, ao ver um tronco atingido por um raio e tornado oco, empurrá-lo para a água, entrar dentro e ir ver o que há do outro lado da grande água. Este foco no exterior faz com que o homem tenda a ser mais indiscriminadamente agressivo, atacando mais do que defendendo.
Já a mulher, ela é naturalmente voltada para dentro, para o círculo de pessoas e coisas que ela tem como suas; aquilo, em suma, que ela ama. É ela quem chora ao ver que o homem, irredutível, enfiou-se na casca de tronco e se meteu água adentro. Enquanto o homem quer subir ao último galho da árvore, a mulher quer que o filho não se machuque, e não gosta de vê-lo subindo na árvore. Este foco no interior faz com que a mulher tenda a ser muito mais discriminada e impedosa em sua agressão, voltada para a defesa e não para o ataque. Uma mulher faz prodígios para defender um filho, ou mesmo o homem que ela ama.
Só para eu não deixar de mostrar o marido babão que eu sou, conto um prodígio da minha esposa. Morávamos em uma casa abaixo do nível da rua, com mais andares para baixo. A Carla estava cuidando de um canteiro no nível da rua, e eu estava na garagem (um andar alto abaixo, cerca de cinco metros), consertando a moto. Minha filhinha, então naquela fase em que os bebês engatinham para a frente e dão ré para descer degraus, sem que eu visse (eu estava a uns 4m dela) resolveu descer de ré pela lateral de uma escada que levava ao andar inferior. Coisa de três metros de altura, de onde cairia em degraus de cimento nu e áspero. A Carla a viu “mirando” o fraldão, e simplesmente pulou de onde estava (5m de altura!!), percorreu em dois passos a distância que ainda a separava da pequena, e a pescou. Se eu tentasse fazer isso, quebraria as duas pernas com certeza.
Ora, isto é magnífico. Magnífico e, se desordenado, perigosíssimo.
É este foco para o interior que faz com que a mulher consiga, ao contrário do homem, manter perfeitamente a ordem na casa. E é este mesmo foco que faz com que a mulher tenha uma dificuldade muito maior que a do homem em perdoar qualqer atentado àqueles que ama.
O homem, deixado sozinho, vai dirigir seu foco para o exterior. Um solteirão com a casa impecavelmente arrumada vai beber vitamina direto do copo do liquidificador, por exemplo. Já a mulher, deixada sozinha, vai dirigir seu foco para o interior, defendendo-o de tudo o que é exterior. Ai de quem ferir um filho seu! Ela nunca o perdoará.
É por isso que o homem é, como já escrevi, o “ministro das relações exteriores”. Ele é mais naturalmente capaz de ir lá fora, retirar agressivamente do mundo o sustento da casa, e, lá chegando, relaxar. Já a mulher é, como também escrevi, o “primeiro ministro”. Ela é mais naturalmente capaz de proteger e manter uma ordem perfeitamente adequada à “ratio divina”, sem atalhos ou deslizes masculinos.
Isto faz do homem o “cabeça do casal”, no sentido que é ele quem fala com o mundo, é ele quem ouve o mundo, é ele quem faz caretas e morde quando é preciso. Se a questão é o lugar da família no mundo, é dele a primazia. Vale perceber, inclusive, como os constantes conflitos entre noras e sogras decorrem, justamente, da atitude agressiva contra o exterior que ambas têm, com cada uma considerando a outra como externa ao seu círculo e afetando negativamente alguém que elas amam.
Por outro lado, o foco do homem no exterior faz com que ele não seja capaz de manter e construir um lar. Ele consegue até fazer um alojamento e mantê-lo, mas não um lar. Por isto, a primazia nos assuntos domésticos é e tem que ser da mulher; é ela o “coração” que bate e mantém a vida.
Eu mesmo, por exemplo, passei a tarde quase toda fora fazendo o que chamei de “gincana da patroa”, comprando coisas que ela afirma serem indispensáveis para a manutenção da casa (um sistema para puxar água para molhar plantas, basicamente; trocentas pecinhas, a comprar em várias lojas diferentes). A minha participação no processo decisório destas coisas é perfeitamente secundária, apesar de ser o meu dever arranjar o dinheiro para comprá-las e a força para instalá-las (no caso, temos um caseiro que pode fazê-lo… mas quem tem que pagar o caseiro sou eu; estou terceirizando).
A hierarquia doméstica, assim, tem mão dupla. O homem é sim o superior da mulher no sentido de que é dele a responsabilidade de ordenação daquele núcleo familiar à instância de ordem imediatamente superior, que é a sociedade (a rua, a cidade, o país). Isso é inegável, e seria perigosíssimo se fosse de outra maneira.
Isto não significa em absoluto nem que ele seja melhor do que a mulher (seria uma piada afirmar uma besteira dessas), nem que ele possa agir de forma arbitrária, nem que ele possa mandar nela como se ela fosse um cachorro (ou ele um sargento e ela um soldado), nem que ela não possa sair de casa, trabalhar, etc. Significa, sim, que é dele que se pode esperar, e é dele que se deve cobrar, que sejam feitas as relações primordiais do núcleo familiar com a sociedade como um todo: sustento, defesa, representação, etc. Ele não é alguém que decide e a família baixa a orelha, mas sim o seu representante, o encarregado, o que age não em função de si, mas da família. O fato de o homem ser o superior faz com que ele seja quem menos tem voz, na prática. Exatamente por ele ser o superior, por ser dele o múnus do pai (patri munus), é ele quem tem que – por exemplo – abdicar de seus desejos (por exemplo, de consumo, de viagem, de formação…) em prol da família. O sacrifício só pode ser exigido como dever de estado do homem, não da mulher.
Mas dentro de casa, dentro do núcleo familiar, dentro do lar, é da mulher a primazia. É ela, não ele, quem tem como dever decidir e fazer a perfeita ordenação da família à “ratio divina”. A manutenção desta ordem intrafamiliar é o múnus da mãe, o “matri munus”. E isso inclui, como lembrei várias vezes, não só uma arrumação de móveis num apartamento (apesar de que ela tem, sim, a autoridade para decidir sobre isso).
Como já escrevi, um dos horrores advindos da modernidade é justamente esta transformação do lar em uma caixinha fechada (apartamento, casa com quintal…), deixando de ser o lar, por definição, uma unidade de produção ***econômica***. A família clássica vivia não em uma caixinha da qual o homem se desloca para ganhar seu pão em outro lugar, mas em uma propriedade rural produtiva, ***gerida economicamente pela mulher*** (a “mulher virtuosa” dos Provérbios, por exemplo), da qual o homem é o representante junto à sociedade exterior (o Conselho dos Anciões dos Provérbios, no qual o marido da mulher virtuosa é bem recebido).
O modelo burguês, moderno, de pessoas vivendo em caixinhas e o homem tendo que sair do lar para ganhar o pão, é a raiz da escravização da mulher que tanto marcou (e marca ainda) a sociedade. De produtora rural, a mulher passou a tomadora de conta de caixinha. De alguém que vivia, trabalhava e produzia, a mulher passou a espanar móveis e fazer crochê. Ora, isso é absurdo! Uma mulher é muito mais do que isso!
Conheci uma senhora que conseguiu, em ambiente urbano, recriar o modelo clássico: ela era a proprietária de um posto de gasolina. Conheço outra, tabeliã, com o cartório no andar de baixo da casa, que fez o mesmo. São mulheres fortes, admiráveis, com muitos filhos e uma vida longa e feliz, que conseguiram o que é o mais correto: fazer com que o seu trabalho fosse um trabalho em prol ***do lar***, ocorrendo nele. “Vestiram a camisa” não de uma firma “lá fora” (o que causaria um conflito enorme entre dois círculos a defender, a firma e o lar), mas do lar como unidade econômica produtiva: lar-com-posto, lar-com-cartório. E poderia ser lar-com-consultório, lar-com-escritório, etc.
Nunca, em nenhum momento, elas deixaram de lado a verdadeira hierarquia.
Espero ter ajudado.
[]s,
seu irmão em Cristo,
Carlos
Carla,
vc é colaboradora da Obra?
Me manda um e-mail!
Gostava de conversar com vc!
moreno.teresinha@gmail.com
Abraço
**
irmã do lar (eu sei quem é, o estilo é inconfundível rsrsss)
sim, já sei cozinhar e costurar, e até gosto.
**
Fran,
vc esqueceu de dizer que Dom Lefebvre não era sedevacantista e que Juan Carlos Ceriani, nos seus tempos gloriosos, fez um excelente trabalho contra o sedevacantismo (que hoje infelizmente parece ter abraçado muito subtilmente) baseado nas posições anti-sedevacantistas de Dom Lefebvre.
Ai, meu Cabral digo eu. Lá vem essas mulheres dizendo que serão exímias parideiras e ainda trabalharão fora do lar. Todas as que me disseram isso, não tiveram mais de dois, o trabalho exige muito de nós e os filhos todos sabe-se que também (se não por ser mãe, ao menos por ser filho). E se assustam: “nossa, que absurdo, isso é contra o magistério da Igreja, limitar o número de filhos”. É ridículo se quem limita o número de filhos são suas próprias escolhas inconciliáveis. Duvido que, somente por ser da Opus Dei, as casadas todas sejam as parideiras de que se impressiona. A maioria tem um ou dois filhos, como a média. Não é à toa que, entre a maioria das católicas, o número de filhos seja tão baixo.
Karla,
Se você acredita em contos de fadas modernos. Vá em frente. Tenha seus “muito fihos” e trabalhe muito fora de casa para aumentar a renda e parir mais filhos. Não é que isso “não exista”. Mas se seu filho se tornar um distribuidor de pornografia, não diga que eu não avisei :)
Se você não usar nenhum método natural, baseados todos em abstinência periódica, e for realmente fértil, junto com seu futuro marido, e não demorar muito para passar no concurso a ponto de sua fertilidade diminuir ainda mais, pode ter 15 filhos. Será 1 a cada dois anos até você entrar na menopausa. Espero muito mesmo que você dê conta de tudo.
Depois, venha aqui nos contar seu testemunho. Porque daqui que a Teresa case e seu homem perfeito chegue… é capaz de já casar infértil e terá a desculpa da ausência de filhos que, em Portugal, já são quase inexistentes: por causa de quê? Do trabalho da mulher fora do lar! Mas isso é muito difícil de perceber para quem não tem um pingo de noção de realidade.
Bom, depois de ter lido que é preferível espaçar filhos a pretexto de lhes dar uma “melhor” educação a ter de trabalhar, encerro minha participação por aqui também. Isso está longe do que eu considero ser um motivo justo para espaçar uma gravidez.
Ora, já vi muito filho de dona de casa mal educado e já vi filhos de mulheres que trabalham educadíssimos. Eu mesma sou filha de dona de casa e ainda tive a assistência de uma babá. Fui muito mimada pela atenção quase que integral que tinha e isso me prejudicou muito, pois fui e ainda sou muito dependente da minha mãe.
A questão não é o trabalho, mas a mãe. Se a mãe for imoral, independente de trabalhar ou não, os filhos também serão imorais. Urge-se uma evangelização dos ambientes de trabalho e das próprias famílias, até mesmo dos padres. Estamos como que ovelhas sem pastor…
Além do mais, a mulher tem mais facilidade em fazer coisas concomitantemente, por isso trabalhar e administrar um lar pode parecer uma coisa dificílima do ponto de vista masculino. E hoje nós temos mais meios de nos comunicar com os filhos, com os empregados e através disso gerir o lar quase como se estivéssemos ali. Além do que, considero muito saudável a convivência da criança com outras pessoas (desde que estas pessoas sejam bem selecionadas e controladas).
Muitos dizem que não adianta discutir, o trabalho sempre é prejudicial à administração do lar, outros já falam o contrário. Bem, apenas adentraríamos no mundo das opiniões, impressões e experiências pessoais.
Continuo acreditado que o trabalho ou a ausência dele não diminui nem acrescenta na educação dos filhos. Tudo isso depende da mãe, de seus talentos e da graça de Deus.
Já qual é a “opção mais nobre” eu sinceramente não consigo discernir. Que eu saiba você tem de cumprir sua vocação, seja ela qual for (de dona de casa integral ou de dona de casa trabalhadora), com os talentos que Deus lhe deu, da melhor forma possível. Essa seria a opção mais nobre, a qual só caberia a Deus avaliar.
A Paz.
*Teresa, enviarei a você um e-mail, sim.
A continuação do post da Luciana Lachance sobre o papel de mãe está ótimo!
http://lucianalachance.wordpress.com/2010/09/06/parte-2-preparacao-para-o-matrimonio-ser-mae-e-educadora
Um trechinho:
“Quando se fala em presença insubstituível da mãe no lar, trata-se, portanto, de uma presença física e espiritual. A mulher, ao reconhecer sua vocação no plano divino, precisa abraçar seu chamado e corresponder às graças com todas as forças de que dispuser. A recusa à maternidade santa não se faz apenas fechando-se à vida (evitando assim que os filhos venham ao mundo), mas também eximindo-se da educação dos filhos, tratando-a como mero acessório, ou entregando a responsabilidade a outros.”
***
Michele, muito bom você ter trazido a questão do puritanismo na mentalidade revolucionária! Obrigada pela contribuição!
A Paz!
Brilhantes suas colocações, Carla!!!
É isto mesmo o que penso.
Dia desses adicionei no meu blog o link de uma dona de casa. Dizia ela que era católica, e como tinha lá boa dicas, adicionei – pois eu dou tratamento igual às duas opções.
Passa uma semana, tudo bem… ela até colocava coisas bonitinhas no blog, eu ia aproveitando.
Um dia, entro no meu blog, vejo o rss dos posts dos outros blogs e, no dela, um que me chama a atenção: quando comecei a tomar anticoncepcionais.!!!
Para não dar escândalo a ninguém (não sabendo se alguém leu aquilo antes de mim e se realmente o tinha dado), retirei imediatamente aquela vergonha!!!
Não é o local onde alguém está que o torna melhor ou pior ser humano, pai ou mãe.
Mas não adianta, quem tem esteriótipos e preconceitos não entende isso, e nem sequer consegue aceitar que haja mulheres que consigam. Alguns não o dizem, mas pensam: que belas mães; têm dez filhos mas trabalham fora, logo são péssimas mães.
E nós sabemos que isto não é verdade, mas nem pela mais remota sombra!
Abraço, mande sim, terei todo o gosto em fazer uma nova amiga!
Também encerro por aqui, porque já vi que do campo das opiniões não saímos. O magistério concorda connosco e muito se tem empenhado em dizê-lo claramente, é o que basta.
Temos confessores, director espiritual, sacerdotes orientadores; é o que basta.
Abraço!
Sobre o assunto do post, este trecho do Conego Jean Viollet é muito expressivo. Notem que ele procura deixar claro que os papeis desempenhados pelo homem e mulher na família são determinados pela própria natureza especifica de cada um. Ou seja, não é algo ultra-flexivel em que se pode alterar sem consequencias graves, mas também não é algo determinista ao ponto de que não haja uma ou outra exceção temporaria. É para estas exceções, e só para elas, que existe a casuística: ao contrário do que querem muitos que tentam provar suas idéias com exemplos de pessoas específicas em circunstâncias específicas e que fizeram diferente da regra geral e conseguirem viver bem.
Eis o trecho:
“Uma sociedade não pode subsistir senão na ordem e com a coordenação das vontades. A família, sociedade natural, não pode viver, se está dividida em seu próprio seio. Eis porque a autoridade suprema é delegada ao marido, chefe natural da sociedade familiar… Não é de todo conveniente que a família seja representada por um mandatário único perante a sociedade? Esse mandatário natural do grupo familiar é o homem. Aliás, já o Apóstolo ordenara à mulher que obedecesse seu marido.
“Comparemos a natureza masculina e a natureza feminina: o homem é dotado de um poder de comando e de direção que não se encontra na mulher, no mesmo grau. Isso resulta evidentemente da diferença de sua compleição física e intelectual, de seus sentimentos e de seu caráter.
O homem é de um vigor físico superior ao da mulher. Esse vigor lhe confere o papel de protetor. Mulher e filho olham-no como a um protetor, pondo nele toda a sua confiança; sabem que serão defendidos contra os perigos da vida pela força do homem. A compleição moral masculina é, naturalmente orientada para o exercício da autoridade. Menos dominado do que a mulher por suas emoções, o homem guarda mais facilmente sua calma em face das decisões a tomar; mais senhor do que ela de suas impressões, tem mais prudência e prevê as coisas com mais segurança.
“Do resto, o temperamento feminino parece exigir o apoio da força masculina. A mulher não se sente feliz de poder se confiar e se abandonar a força do homem? e seu amor não se nutre, em parte, da admiração que ela lhe dedica por constatar no homem a coragem e a decisão? Desde que ela tenha confiança e, por pouco que o marido exerça sua autoridade com prudência e clarividência, a mulher obedece facilmente. Por outro lado ela se revolta e se perturba quando o marido não sabe ordenar. Quando ela se vê na obrigação de tomar as rédeas do governo, a confiança se transforma em desprezo.
“Nessa transferência de poderes, que é contra a natureza das funções masculinas e femininas, não é raro que a mulher perca seu equilíbrio, tornando-se facilmente dominadora, excessiva, desarrazoada. E, se ela não perde a delicadeza de seus sentimentos femininos, dirige a vida familiar em função de suas simpatias ou antipatias, em lugar de fazê-los pela razão e com espíritos de Justiça.”
Teresa,
As coisas se complicaram aqui por uma falta de entendimento em questões tão tradicionais que mal podemos encontrar ensinamentos infalíveis a respeito.
Isto está no âmago de nossas raízes e tradições cristãs.
São Paulo nas sagradas escrituras entende que a mulher é sim submissa ao homem e é por isso que devem usar o véu, não da mesma forma o homem, que foi criado por Deus
primeiramente.
Infelizmente, mulheres atuais por causa do orgulho não compreendem a palavra submissão. Estamos falando, diante da ordem natural que Deus colocou, que as mulheres detém uma missão inferior a dos homens. Ex.: Nosso Senhor não deu à elas o sacerdócio, algo que nem mesmo aos anjos concedeu. Uma dignidade exclusiva do homem. Mas em contrapartida, nosso Senhor conferiu à mulher uma outra gigantesca responsabilidade que trabalho mundano nenhum é capaz de se igualar: gerar e responsabilizar-se pela salvação dos filhos!
Você, em seu orgulho, quer colocar textos de papas modernistas e sua própria fala acima da Palavra de Deus que determina sem erro que “Cristo é a cabeça de todo o homem; e o homem a cabeça da mulher; e Deus a cabeça de Cristo” (I Cor. XI, 3).
Já me dizia um moça que prezo que “injustiça é julgar os diferentes de maneira igual”, e assim você procede ao afirmar que as rainhas medievais trabalhavam externamente. Claríssimo!
Enquanto eram crianças aprenderam as artes femininas, cresceram com sabedoria e quando adultas, sem o Rei para auxilia-las ou auxiliando-as, tiveram também bispos e padres para educarem seus filhos, além de uma grande quantidade de servos.
E por falar em servos, você me fez lembrar Lúcifer, que não quis servir a Deus, mas sim igualar-se ou ultrapassá-lo.
A Santa Igreja nunca impediu as mulheres de trabalhar, tanto o é que vemos que sempre em necessidade toda a família vai ao campo plantar e colher, todos são educados ao trabalho. O que nunca ocorreu foi a semente diabólica implantada pelo diabo de que a mulher deva trabalhar fora de casa e ainda concorrer com o homem. Não existe concorrência, porque não existe inferioridade técnica. Existem papéis diferentes, que o próprio Deus dispôs e nisto não podemos interferir sem contribuirmos para uma sociedade doentia.
A mulher é igualmente capaz tecnicamente e muitas desempenham papéis fundamentais em nossa sociedade.
Quanto mais a sociedade afastou a mãe da educação de seus filhos, mais o mundo se afastou da ordem. Porque um sacerdote primeiramente nasce de uma família, e se hoje os sacerdotes estão fora do rumo de Deus foi porque o Demônio atacou esse laço sagrado da FAMÍLIA. Atacou a ordem com que Deus a colocou. Infiltrou a inveja, a vontade de se igualar, a rebeldia e tantas outras doenças que nem no paganismo antigo eram vistas.
O Infalível Catecismo Romano, de São Pio V, estabelece que em primeiro lugar, enquanto sacramento, o Matrimônio foi elevado a tal dignidade “a fim de que se gerasse e criasse um povo para o culto e adoração do verdadeiro Deus e de Cristo Nosso Senhor”.
Não está na plenitude da mulher como você cita a sua participação em atividades externas de seu lar. A confusão se dá quando o orgulho tenta sobressair dizendo que a mulher DEVE trabalhar fora, com ou sem filhos. Na verdade A IGREJA ENSINA QUE A MULHER PODE, EM NECESSIDADES EXTREMAS, TRABALHAR FORA DO LAR, desde que não seja prejudicial à educação dos filhos, em seu fim, que é para Deus.
Aqui cabe a ponderação do casal quanto a vida financeira, quanto ao Estado e suas Leis, quanto as conveniências, e nunca quanto ao orgulho. PORQUE NO MATRIMÔNIO SE RESERVA A NÓS PAIS SEMPRE TODA E QUALQUER RENÚNCIA EM FAVOR DE NOSSO PRIMEIRO DEVER DE ESTADO: A SALVAÇÃO DE NOSSOS FILHOS.
Deus nos cobrará esta reta educação pautada na Antiga Fé Católica. Nós católicos não vemos nossas esposas como instrumentos de nossos regalos, pois nosso Deus nos ordena continência. Nós católicos vemos nossas esposas como nossa própria carne, e nunca ela estará em situação inferior por causa da obediência em nome e por amor a Deus.
Como em meu corpo nada há que seja inferior a mim, pois tudo o que faz parte de mim é quem eu sou.
Assim, nós católicos, entendemos como nos ensina o santo catecismo que estamos “ligados um ao outro PELA MAIS INTENSA CARIDADE E BENEVOLÊNCIA. Por isso é que as Sagradas Escrituras nos apresentam, tantas vezes, a união de Cristo com a Igreja sob a imagem de núpcias.”
Responda-me cara Teresa, há entre Cristo e sua esposa rivalidade? Concorrência? Ou será que a esposa procura desempenhar o papel de Cristo? Ser superior a Cristo? Poderá ela dar-se ao luxo de se afastar por um turno diário da salvação de seus filhos? Ora, sabemos que a nova igreja do vaticano II quer, como sendo a adúltera denunciada por Dom Marcel.
Cristo amou tanto a sua Igreja, que por ela deu a vida. Nós, Católicos, amamos tanto nossas esposas que por ela damos nossas vidas, a exemplo de Cristo. Nós, Católicos, cara Teresa, não podemos ver em nossas esposas o retrato que você tirou.
Não há absolutamente condições de que no mundo de hoje, nossas esposas ausentem-se do lar, refiro-me às esposas católicas, cientes de seus deveres, sem detrimento de nossa prole.
Infelizmente, temos que entregar nossos filhos a creches que ensinam a desordem, para podermos unir nossos salários para trazer o alimento para casa e o mínimo de conforto. Mas te digo que jamais trocaríamos a segurança de termos nossas esposas a frente desta maior missão do matrimônio: levar nossos filhos para Deus.
O início de suas colocações foi infeliz, maneirando-as em seguida, e depois optando pelo equilíbrio e deixando este fato de trabalhar fora ou seguir uma profissão ao consenso do casal. Assim, você demonstrou sua irrefletida opinião sobre assunto tão excelente. E mais, ironizou um santo bispo de nossos tempos, Dom Tissier.
Concluindo o que nós católicos consideramos, nós homens, cabeça da esposa, coloco para você mais uma infalível palavra de Deus, contra a qual não há argumento:
“Devem os maridos amar suas mulheres, como amam os seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, AMA-SE A SI MESMO. Pois ninguém jamais odiou a sua própria carne; pelo contrário, NUTRE-A E CONSAGRA-LHE OS CUIDADOS NECESSÁRIOS, assim como fez Cristo a Sua Igreja, porque somos membros de Seu Corpo, carne de Sua Carne, osso de Seus Ossos.” Ef 5,22 ss.
Também minha jovem, nosso Santo Apóstolo afirma que “a mulher salvar-se-á pela geração dos filhos” (1Tm 2, 15) e o santo catecismo explica que “isto, porém, não se entende apenas da geração, mas também da EDUCAÇÃO e PREPARAÇÃO DOS FILHOS PARA A VIDA DE PIEDADE. Por esse motivo acrescenta sem demora ‘…se perseverar na fé’.”
Nosso Santo Catecismo de Trento, que está acima de João Paulo II, o papa modernista que recebeu a “benção” do deus pagão xiva, afirma que: “de outro lado as obrigações da mulher são aquelas que o príncipe dos apóstolos enumerou na seguinte passagem: ‘Sejam as mulheres submissas a seus maridos, de sorte que, se alguns deles não acreditam na palavra, sejam ganhos pelo procedimento de suas mulheres, sem o auxilio da palavra, quando consideram a vossa vida santa, cheia de temor de Deus. Seu adorno não consista exteriormente em toucados, em adereços de ouro, em requintes no trajar; mas antes ornai a índole humana que se oculta dentro do coração, com pureza de sentimentos pacíficos e modestos, que são preciosos aos olhos de Deus. Desta forma se ornavam, as mulheres de antigamente, as mulheres santas que em Deus punham sua esperançam e viviam submissas a seus maridos, assim como Sara obedecia a Abraão, a quem chamava de seu Senhor”.
Mas para citar o seu Saudoso Papa, comprovando claramente o espírito modernista e liberal dele, trarei um texto em que ele concorda com o que exponho:
“Reverterá em honra para a sociedade o tornar possível à mãe — sem pôr obstáculos à sua liberdade, sem discriminação psicológica ou prática e sem que ela fique numa situação de desdouro em relação às outras mulheres — cuidar dos seus filhos e dedicar-se à educação deles, segundo as diferentes necessidades da sua idade. O abandono forçoso de tais tarefas, por ter de arranjar um trabalho retribuído fora de casa, é algo não correcto sob o ponto de vista do bem da sociedade e da família, se isso estiver em contradição ou tornar difíceis tais objectivos primários da missão materna“. [Papa João Paulo II] [9]
[9] Papa João Paulo II – Laborem Exercens, 14 de Setembro de 1981.
Acredito que você deve ter se aborrecido com as citações de fontes infalíveis. Mas não quero cansá-la, e sim mostrá-la que a verdade não muda, e se a sociedade muda, a Palavra de Deus permanece invariável para qualquer época, obrigando-nos a adequação.
A sua arrogância e orgulho chiaria até contra o próprio catecismo romano por estar contra o seu parecer. Pois infalivelmente ele afirma que: “outro dever principal, para elas, seja também educar os filhos na prática da RELIGIAO, e cuidar zelosamente das OBRIGACOES DOMÉSTICAS. DE BOA VONTADE VIVAM DENTRO DA CASA. NÃO SAIAM SENAO POR NECESSIDADE, E NUNCA SE ATREVAM A FAZÊ-LO, SEM A PERMISSÃO DO MARIDO.
Ao fim, como requisito essencial para a boa união entre casados, estejam sempre lembradas de que, abaixo de Deus, a ninguém devem mais amor e estima do que a seus maridos; aos quais devem também atender e obedecer, com suma alegria, em todas as coisas que não forem contrárias à virtude cristã”.
Despeço-me por aqui.
Que Deus te guie para a reta razão, para o amor absoluto à Lei Divina.
Ela te obriga, e você deve obedecer, por amor ou por temor.
Lucas
Maria das Mercês,
Essas mulheres ainda fazem a “conta” errada… diz a Karla que vai dormir 6-8horas, ficar fora 8 no trabalho e cuidar dos filhos no restante, que no seu mundo de fantasia chegaria a quase 10 horas de dedicação.
Vamos fazer essa conta com honestidade: a menos que ela more no prédio vizinho da repartição pública que ela trabalhará depois de passar no concurso, terá o tempo de deslocamento. Nas grandes cidades pode passar de 1h e meia só a ida. Mas vamos admitir que serão uns 40 min de ida e 40 de volta: 1h 20 de deslocamento. Como ninguém trabalha 8 horas no serviço direto, sem comer, mais 1h de almoço. Com a jornada de trabalho, passará no mínimo 10 horas e 20 minutos na rua. Mais as 8 horas de sono (porque com esse ritmo, quem dorme 6 horas todos os dias??) significa que só resta para os filhos e marido cerca de míseras 5 horas e meia. 5 horas e meia péssimamente distribuidas, diga-se de passagem, já que sairá as 8 da manhã e voltará as 18:30. Ora, ou esses filhos vão acordar muito cedo para aproveitar a mãezona dedicada, ou vão dormir muito tarde. De qualquer forma, estarão ao léu.
Agora sim, com uma conta honesta vemos quanta dedicação pretendem essas católicas tradicionais.
Karla,
Não soube o que dizer do nazi-puritanismo? De qualquer forma, faço coro com a Maria: não deixe de dar seu testemunho. Queremos saber que espécie de milagres fará numa carga horária tão reduzida com suas futuras crianças; porque agora é fácil falar. Queremos o testemunho! Graças a Deus que já és noiva e não precisa ficar como a façurada, com tal comportamento reprovável que com menos de 25 anos já dispensou 100 machos. É como diz o ditado: quando a porteira abre não passa boi, passa boiada!
Realmente, esse povo é uma comédia!
Eu só queria deixar registrado meu apreço e consideração pelos comentários da “Irmã do Lar”. Acho que foi o melhor de toda essa discussão.
Penso que o retorno das mulheres ao lar é urgente. Qualquer um correria para casa, sabendo que seu filho está em perigo físico. Mas hoje em dia, ninguém está se preocupando com os grandes riscos morais que as crianças sofrem. Ou se preocupa apenas teoricamente, na prática, não toma nenhuma atitude coerente a não ser justificar-se. E tentar conciliar o inconciliável.
Michele,
Eu não conheço nenhuma pessoa que tenha conseguido essa proeza com sucesso, porque quando falam isso, vou buscar os frutos, os filhos, o que se tornaram.
As pessoas hoje se orgulham muito de mulheres excepcionais, extraordinárias em suas profissiões. E dizem: ainda são mães, e boas mães etc.
Eu duvido.
Sarah Palin, a governadora do Alasca nos EUA e que foi vice do candidato republicano contra as eleições do abortista Obama, foi uma mulher aclamada por todos os seus valores tradicionais e seu sucesso em uma carreira pública, além de ter 5 filhos, sendo o último um portador de Sindrome de Dawn.
Pois bem, sua filha engravidou na adolescência, parece que tinha apenas 14 anos. Dou os parabéns pelo fato da filha não ter abortado. Mas se engravidou na adolescência, é ou não uma falha de educação e acompanhamento dos pais?
Eu não sei de tudo o que se passou na vida de Sarah Palin, mas não acredito que seus filhos sejam felizes sem a presença da mãe e não acredito que sejam bem orientados o suficiente para tomarem decisões corretas na vida. Penso ainda que, agora, que tem um filho excepcional, passe a dedicar-se mais ainda aos filhos, porque uma criança especial, exige mais renúncias ainda.
Não é apenas uma propaganda contra o aborto de crianças com sérios problemas genéticos, mas também um filho, que merece certa dedicação.
Penso que essas mulheres tornaram suas vidas uma espécie de prova para o mundo de que “tudo se pode”, têm até boas intenções, mas estão sufocadas por algo que se tornou uma ideologia por causa da sua má interpretação, deixando de ser uma visão correta de como se portar na realidade. Eu queria muito que, quem carrega valores retos de ser contra o aborto e a favor de uma família numerosa, por exemplo, não venha a se enganar, achando que realmente é possível conciliar tudo, porque não é. Se a esposa não tomar essa consciência, hoje tão difícil de se produzir com tanto embotamento da realidade, só haverá mais frustração.
Michele,
Muito bom o seu post;quero fazer apenas um pequeno reparo; não chame a senhorita Teresa de católica tradicional porque ela não é.
Depois de toda essa polêmica ela já provou que é uma católica digamos assim, na minha modesta opinião ;bem moderninha; decepcionando e surpreendendo tenho certeza que não apenas a mim, mas a muitos que tinham-lhe admiração. Uma pena!
Por favor, não nos coloque no mesmo saco…
Lucas,
não vou discutir consigo nem com ninguém mais aqui sobre a infalibilidade do Catecismo Romano e as diversas componentes que haveria aqui que considerar-se.
Apenas vou dizer a vc e aos demais que jamais chamaria João Paulo II de modernista, por uma simples razão: se ele foi modernista, foi herege; se foi herege, não foi Papa; posto que um modernista é sempre um herege!
Realmente ser cismática não está nem nunca esteve nos meus planos.
Independentemente do rótulo que me seja atribuído, eu considero-me sim católica tradicional. E tradicional não significa abraçar todas as tradições, usos e costumes; mas a Tradição.
Não retiro uma vírgula da minha posição, por variadíssimos motivos que desisti de discutir aqui, mas sobretudo pela realidade de mulheres exemplares que me rodeiam, que conheço e que têm esse tipo de vida.
Absolutamente ninguém que está aqui me vai convencer de que não são boas mães, em nome de uma ideologiazinha.
Ser favorável à Tradição litúrgica e doutrinal da Igreja não significa subscrever todos os ismos que passam por tradição. São na realidade tradições e não Tradição.
E esta aversão ao progresso só mostra que desconhecem profundamente a história da Igreja, e da teologia particularmente: São Tomás de Aquino e Santa Teresa de Ávila, por exemplo, pelas ‘novidades’ e ‘progressos’ que introduziram, estiveram no Índex – S. Tomás foi tido por herege.
Nem todas as tradições são boas e nem todo o progresso é mau. Defender a Tradição não é imobilismo, não é ficar preso ao passado por uma qualquer obsessão nostálgica.
Já tinha dito que não viria aqui rebater, e não virei; mas sigam a lógica até ao fim e proclamem a sede vacante: se foi modernista, foi herege; se foi herege, não foi Papa. Simples assim.
Fernanda,
Peço desculpas: esqueci de colocar as aspas no “católica tradicional”. Todo esse debate foi muito enriquecedor – na verdade foi uma grande reparação para o que esta pessoa fez na lista do Moda e Modéstia, soltando uma bomba atrás da outra e chamando todos de puritanos! Gostei do Irmão Aparecido: a única puritana aqui é ela! Acha que porque tem confessores e padres, está amparada! Ah, então acabaram-se os problemas do progressismo! Estão todos amparados não só pelos sacerdotes, como por excelentes textos “oficiais”. Que comédia! A Teresa está com muitaaa raiva porque achou que ia enganar todo mundo com esta lorota de que João Paulo II e Bento XVI apoiam a opinião louca dela… nem com tanto modernismo, até eles soltam em contrário! Para a coisa chegar no ponto em que esta moça deseja é preciso muitos passos no progressismo ainda!
Caríssimas, deixemos que a realidade fale por si só. Essas pessoas vivem de “fatinhos”: Ah, porque minha tia consegue! Porque minha madrinha consegue!
A exceção só confirma a regra! E ademais, vá olhar a exceção de perto: é como o caso da Sarah Palin. Só na eternidade nos daremos conta dos estragos que essas famílias fazem consigo mesmas!
É muita desonestidade intelectual: comparar santas rainhas que trabalharam com a mulher que trabalha fora hoje! Comparar esta mesma mulher que sai do seu lar para o mercado de trabalho, com Santa Gianna, que só continuou sendo médica atendendo de graça!
Contra argumentos, não dá para discutir! Vamos apostolar para ajudar as famílias que querem obedecer a Igreja, e não as que querem a revolução!
Salve Maria!
Ps: Precisamos arrumar uma maneira de manter contato!
“Ainda a esposa precisa cuidar do marido, dar a atenção devida, sabendo o que lhe agrada, não ser negligente, ser atenciosa e recebê-lo sempre com um sorriso. Dar detalhes sobre o dia-a-dia das crianças, para que o marido possa afirmar a correção dada pela mulher (usando de sua autoridade devidamente) ou corrigindo caridosamente a esposa por alguma atitude errada.”
Receber o marido com um sorriso é muito mais do que
“criar sorrisos de plásticos”.
Sou casada e vejo a importância de receber meu marido afetuosamente qdo ele chega em casa depois do trabalho. Há dias em que estamos com TMP, tristes, ou com mal humor. às vezes não dá pra sorrir, mas dá para rcebê-lo com um grande abraço, e pedir um chamego.
Lembro-me de qdo era solteira e trabalhava como Psicóloga. Eu chegava EXAUSTA em casa, e na maioria das vezes não queria conversar com ninguém. Muitas vezes aborrecia meu namorado(hj meu marido) com minhas lamúrias e reclamações sobre meu trabalho, e QUASE SEMPRE me esquecia de lhe perguntar como fora seu dia de trabalho.
Gente não é fácil, chegar exausta do trabalho, com cólica, dor de cabeça, corpo cansado e ainda por cima se desdobrar para dedicar-se ao marido e aos filhos.
Há trabalhos de meio período, e outros nem tão desgastantes, e há alguns onde a mulher pode fazer ser próprio horário ( médica por ex.).
Mas vivemos numa sociedade confusa, com trânsito, engarrafamentos, e alguns outros fatores estressantes.
Mas voltando ao assunto. Receber o marido com um sorriso é recebê-lo com carinho, estar disposta a conversar com ele, dar atenção, arrumando o jantar para que ele possa se sentir aconchegante em sua própria casa.
Bom, é isso.
Receber o marido
Realmente, comparar a vida de rainhas (que tiveram os melhores educadores e servos à sua disposição) e de Santa Gianna (que só continuou sendo médica atendendo gratuitamente) com a vida da maioria das mulheres que trabalha fora é algo forçado. Muito forçado!
Quero ver criar bem os filhos ficando umas 12 horas longe de casa como eu fico de segunda a sexta! Chego em casa cansada depois de enfrentar um trânsito terrível (com algumas ameaças da bandidagem de vez em quando, afinal de contas eu vivo em cidade grande!) e ainda tenho que tentar colocar algum sorriso no rosto para que meu esposo não receba a carga toda em cima dele…depois tenho que fazer janta, lavar alguma roupa, preparar a roupa para o dia seguinte, ajeitar uma coisa aqui outra ali e ainda tenho que ter tempo para o maridão, claro. Sem falar nos estresse que acomete o trabalhador no dia-a-dia, nas cobranças dos chefes, no jogo de cintura para lidar com certos colegas indesejáveis, com o jeitinho para recusar aquele curso novo que seu chefe insinuou que você deve fazer…Ora, se já não há tempo para nada, como fazer mais cursos? Ah sim, e ainda querem que você “se cuide”. Que pratique esportes, faça academia, esteja sempre com a aparência impecável, sorriso no rosto, animação para pegar aquela nova tarefa que poderia ser feita por outra pessoa, mas a empresa quer economizar, então…sobrecarregue o funcionário, ora!Gente do céu, é muita pressão! Imagino quando vierem as crianças… Realmente tem que se viver muito por fora da realidade para achar que dá para cuidar da família como a Igreja ensina e como Deus exige e ao mesmo tempo competir numa carreira num mundo que exige cada vez mais… Não dá! É preciso pé no chão e obediência aos ensinos da Igreja!
Creio que boa parte da confusão aqui reinante se deva ao fato de que, além de uma experiência apenas teórica no assunto, a moça de além-mar vive uma realidade social e trabalhista completamente diferente.
Aqui no irmão pobre, Dona Tereza, jornada de trabalho mínima dá 12hs por dia com deslocamentos. Raras exceções de abençoados que conseguem um bom emprego público. Aqui saúde é paga e custa caro. Educação de qualidade idem.
Mulher, aqui, quando vai trabalhar, trabalha muito. Quero ver alguém ser boa mãe trabalhando 12hs por dia num caixa de supermercado, de 2a a sábado.
Pois, aí precisamente está a diferença. Portugal é um país muito mais pequeno – é minúsculo comparado com o Brasil, as pessoas levam em média meia hora (na maioria dos casos) para chegar aos empregos e para se deslocar para casa, todas as mulheres hoje em dia têm automóvel.
Além disso, eu não advogava a mulher no caixa, não sei. Talvez alguma possa gostar, mas a minha ideia era mulheres intelectuais e a actuar na vida cultural.
Realmente, eu pessoalmente preferia ficar em casa com os meus filhos do que trabalhar no super-mercado; mas cada uma faça as suas escolhas. Eu acho que só o faria por extrema necessidade, mas nem por isso afirmo que a Igreja é contra como alguns estão a fazer aqui.
A realidade cultural da Europa é diferente, talvez aqui precisamente resida o problema. O Papa, ao escrever, escreve da Itália, logo é muito provável que tenha em vista a realidade cultural da Europa reflectida nos seus escritos.
Oi, pessoal.
Gostaria de colocar minha opinião sobre esse tema.
Fica clara uma divergência entre o que a Teresa diz e o que outras (Melissa, por exemplo) falam. Ocorre que, se analisarmos bem, ambas defendem suas idéias, as quais tem muita coisa em comum e não são antagônicas de jeito nenhum. Enfim, acho que há uma disputa desnecessária. De todo modo, serve para nos dar conhecimento, nortear a discussão.
Eu acho que tudo se resume a uma expressão: bom senso. Vou dar o meu exemplo. Sempre trabalhei fora de casa, desde que terminei os estudos. Me formei em direito e, desde então, trabalho como advogada contratada de escritórios empresariais. Casei-me nova, logo veio meu primeiro filho, o qual foi amado desde o início, mas, confesso, não foi planejado (como se costuma dizer). Meu esposo também trabalhava, mas, como ambos não ganhávamos bem, contratamos uma babá para ficar com nosso filho enquanto estivéssemos fora. E aqui, um parêntese: não é melhor mãe quem fica tempo integral com o filho. É a questão tão debatida, MAIS IMPORTANTE É A QUALIDADE DO QUE QUANTIDADE. Hoje nosso filho está com 4 anos e meio e é um menino incrível, carinhosíssimo, educado, AMA MÚSICA (sobretudo músicas antigas) e respeitador. Também temos uma menininha de um aninho. A senhora que contratei está comigo há 4 anos e é parte da família. Sei que dou o meu melhor pros meus filhos e que eles vêem em mim e no pai um exemplo. Somos um casal amoroso e temos muito respeito um pelo outro. Meu esposo, nesse tempo, já esteve por oito meses desempregado e eu tive que segurar a barra financeira. Mas o faria cem vezes. Na minha segunda gravidez, tive que ficar de repouso e fiquei praticamente 10 meses sem trabalhar. Foi legal também vivenciar o outro lado, mas, sem o trabalho, não me setnia plena e não acho que tenha sido uma mãe melhor por ter ficado mais tempo com meu pequeno. Nem posso dizer que fui dona de casa, pq tive que ficar deitada o dia inteiro, e foi meu esposo quem segurou a barra sozinho. Acumulamos dívidas.
É claro que tem momentos que eu gostaria de parar um pouco. A rotina de trabalho ás vezes cansa. Hoje estou aguardando a chamada em um concurso público no qual fui aprovada e que me permitirá uma jornada de 6 horas de trabalho o que, para mim, é o ideal. Continuarei trabalhando na área jurídica, sendo ativa, o que me completa e poderei ficar mais tempo com os filhos, que agora são dois.
Enfim, a conclusão é que eu era dessas feministas e a maternidade abrandou meu coração. Acho perfeitamente possível um equilíbrio entre um e outro e, repito, não é por estar em casa que se é melhor mãe. Uma mãe pode se fazer presente de vários modos e marcar sua participação na vida dos filhos.
Deus os abençoe.
Mariana
Só para complementar. Dizer que é difícil, tudo bem, mas não é impossível ser uma boa mãe que trabalha fora. No meu exemplo, preciso dizer que moro em uma cidade do nordeste ainda não assolada pelo trânsito e consigo, realmente, ficar 8 horas ausente, nada além disso. E ainda consigo almoçar em casa, pois moro perto do trabalho.
Vou dar o exemplo de uma prima que mora em São Paulo, trabalha em uma multinacional e tem dois filhos, um de 5 anos e um de 2 anos e meio. Vocês não tem idéia da mãe que ela é. Maravilhosa. Super paciente. As crianças são mega educadas, dois lindos. Ela precisa viajar de vez em quando (pelo menos a cada dois meses), as crianças ficam com o pai. Às vezes é o pai quem viaja a trabalho. Quando esteve aqui em maio ela me disse: Mari, a minha paciência toda é pros meus filhos. Não educo com rispidez, mas com muita conversa e eles entendem. É bem mais difícil, sobretudo com o stress do dia a dia, mas foi Deus quem me deu os dois. E detalhe: eles querem ter outro ano que vem. Pelo esposo, eles teriam mais dois, mas ela quer, pelo menos, mais um. Aí, de fato, ela pensa em mudar de emprego para uma emrpesa nacional, pelo menos para não precisar viajar. Também tem a questão de que já deixou de ser promovida por conta das licenças maternidades tão perto uma da outra, mas tira de letra. Ela é um exemplo pra mim, em relação á maternidade. Outro detalhe é que eles são religiosos. Ele é católico e e´la é Evangélica, da Igreja Batista. Ambos são praticantes, fazem estudo bíblico e se respeitam como cristãos.
Belo testemunho, Mariana!!
A mim não vão convencer porque, para ser convencida do que afirmam, eu teria que concluir que todas (e são muitas, pelo menos dez à vontade) das mulheres que conheço, dão má educação católica e moral aos seus filhos.
Esqueçam, n acredito nisso.
Dá para compatibilizar sim, dependendo de caso para caso; a Igreja fala em compatibilidade, o magistério pelo menos de João Paulo II e Bento XVI vai neste sentido muito claramente.
Então eu acho que cada uma faça as suas escolhas com liberdade.
Belo seu testemunho!!
Realmente, li todos os comentários até aqui e esta moça chamada Teresa já mudou de conversa. Lá no inicio era compatibilidade total e agora a questão é que “dá para compatibilizar”… ora ou é total ou com algum jeito dá. Defina-se moça.
Engraçado que estou procurando com muita boa vontade os argumentos contrários à mulher trabalhar, mas não encontro mesmo! As pessoas que estão argumentando contra Teresa dizem: o melhor é que a mulher possa ficar em casa, mas, havendo necessidade, não há problema em trabalhar. Ninguem está dizendo que a mulher não possa trabalhar em hipotese nenhuma. Teresa está criando uma caricatura do argumento contrário apenas para justificar sua posição. Olhe de frente para o inimigo e não faça um espantalho dele e fique atacando.
Ora Teresa, entendo muito melhor uma mulher trabalhando como caixa de mercado, pois normalmete quem o faz é por uma necessidade e não consegue outra colocação que não essa, do que a mulher que não precisa ser caixa (portanto, que não tem necessidade) sair para trabalhar… como o caso da Carla. A moça diz que o noivo faz direito e fará concurso publico: imagino que passando ele ganhará mais de 5000 reais. Isto é pouco?! Ela tem necessidade de trabalhar? Ela quer fazer concurso também: mais 5000 para ela. Realmente, aí já é querer viver no conforto, no “bem bom”… ela está na decisão entre: 24hrs com os filhos sem prejuizo para a vida economica da familia ou 12hrs com o trabalho sem a menor necessidade para a vida financeira com prejuizo para os filhos.
Entendo muito mais ser caixa de mercado…
Realmente Teresa, além de empedernida ainda é elitista: só entende a mulher que trabalha com nível superior, ganhando bem, de carro, etc, etc… a mulher que realmente precise ser caixa, ai dela!
Coisa feia: primeiro é dona-de-casa vagabunda, depois ser caixa não! Vamos ver onde vai parar…
De fato o testemunho de Mariana é muito bonito a ponto de ela ter deixado expresso que o casal amigo dela pensa em limitar o numero dos filhos por causa de dificuldade da mulher em se promover por conta de licença maternidade.
Ótimo exemplo para confirmar o que já falaram: mulher que trabalha limita o numero de filhos. Ainda cabe pensar como é que é este “limitar” os filhos… tudo por causa do “santo trabalho”!
“E detalhe: eles querem ter outro ano que vem. Pelo esposo, eles teriam mais dois, mas ela quer, pelo menos, mais um. Aí, de fato, ela pensa em mudar de emprego para uma emrpesa nacional, pelo menos para não precisar viajar. Também tem a questão de que já deixou de ser promovida por conta das licenças maternidades tão perto uma da outra, mas tira de letra.”
Vejam: pelo esposo teriam 2… quer dizer, a mulher no emprego em questão contraria o esposo, por causa da promoção; ela pensa em mudar de emprego… como bem disse o papa joão paulo II: para a mulher poder trabalhar não é com este regime de trabalho atual, mas com toda uma reformulação do mundo… então, plo que entendi ele nunca defendeu que neste mundo que temos dê para a mulher trabalhar irresponsavalemnte.
Andrea,
Não se preocupe, quem defendia isso, é morna e já mudou completamente de ideia…. que COMÉDIA é esse povo. É uma pena que eu não tenha autorização para pegar as citações da lista M&M para colocar aqui e mostrar o senso do ridículo. Santa Gianna, a mártir das mulheres que trabalham fora em “compatibilidade total”!!! Que mentira! Só trabalhava voluntariamente!
Depois dessa, eu me retiro. Foi um prazer ver com meus próprios olhos a fraqueza intelectual, a desonstidade, as mentiras e o modo como essa Teresa Moreno apanhou por aqui. Tanto levou, que afrouxou. Tá falando de Europa. Tá falando de trabalho intelectual. Mais um pouco e ela fala que são só umas 2 horas por dia fora…. que comédia.
E pensar que levamos ela sério, e caímos na sua armadilha de ficar tentando debater a questão da mulher trabalhar fora… quanto tempo perdido! Quanta má fé! Quanto ataque para a tia puritana estar falando de trabalho intelectual na Europa!
Já deu. Até mais!
Só mais um adendo. Um texto do próprio Prof. Carlos Ramalhete sobre puritanismo:
http://www.luisguilherme.net/HSJOnline/frame14.html
Agradeço a informação sobre o sentido que os comunistas e os nazistas deram à palavra “puritano” para denegrir a moral cristã. Quando puder, lerei mais sobre o assunto.
Enfim, submeto-me às orações de vocês, concordando ou discordando de mim.
Fiquem com Deus.
sra. michele,
continuo a defender a compatibilidade total e assim me expresso no meu blog.
Mas pelo que pude ver o nível de vida é muito baixo aí, e as distâncias muito grandes, logo dou um desconto à mulher brasileira.
Defendo e sempre defenderei, com base no que vejo, e nos pronunciamentos do magistério (que estão aos montes no meu blog) e com base nos exemplos de santos, beatos e servos de Deus para ser beatificados, que existe compatibilidade total, obviamente tendo-se em linha de conta (como em tudo aliás) os casos particulares, as excepções.
Não retiro uma vírgula do que defendo, apenas abri uma excepção para o que parecem ser as distâncias insanáveis entre o emprego e a casa da mulher brasileira (estou a acreditar nos vossos testemunhos) e o facto de ter um nível de vida tão pobre que na sua maioria não tenha carro para se deslocar mais depressa.
Ah!
Esqueci-me (julgo eu, com tanta conversa nem sei se sim ou não) de vos falar noutra, que também conheci pessoalmente, é minha amiga, foi amiga do Papa João Paulo II e teve uma relação de extrema proximidade dele:
http://www.infocatolica.com/blog/geniofemenino.php
Esta senhora está casada há 25 anos, tem cinco filhos – não pôde ter mais, ela nunca evitou nem evitaria -, é jornalista e teóloga.
Mentirosa e má mãe também, naturalmente!
E péssima católica, tal como a serva de Deus Paquita Dominguez que teve nove e outras em idêntica situação.
Bastava haver uma para se perceber que existe compatibilidade, mas não – vira o disco e toca o mesmo.
Andrea,
Sempre apreciei bastante o seu trabalho e tenho uma pena infinita que vc esteja a cair no radicalismo.
Não escondo a ninguém – e isso não vai mudar só porque me distorcem o que eu digo – que admiro vc e a Melissa.
De resto, rezo bastante para que ao menos ela não caia no extremismo fundamentalista.
Eu jamais defendi que a mulher (nem o homem, aliás) deva trabalhar para ter luxos desenfreados, para viver no bem-bom.
Claro que quero dar aos meus filhos a melhor educação, quero ter um orçamento familiar que me permita comprar livros (que devoro, rs), quero viajar sim.
Não julgo que os extremismos sejam bons para nenhum dos lados.
Não acho também que me tenha explicado mal: mulher deve trabalhar (a que se sinta a isso chamada) para humanizar a sociedade, cristianizá-la, lutar pelo reinado social de Nosso Senhor Jesus Cristo, fazer apostolado no meio do mundo, ter novos filhos espirituais.
E não, o magistério não diz que a mulher só deva trabalhar em caso de necessidade: defender isso é defender que o que João Paulo II e Bento XVI afirmam claramente não é magistério válido.
Tenho mesmo pena que se adoptem posições extremistas, à revelia do magistério da Igreja.
E, pela milionésima vez, eu não chamei vagabundas às donas de casa: a minha intenção era provar precisamente o contrário. Admito que possa ter-me expressado mal, mas a minha tese toda baseava-se no termo «sustentar»; eu defendia que uma dona de casa não é «sustentada» pelo marido.
Sustentar no sentido de viver às custas. Ora se ela desempenha um papel em casa, ela está a ser complementar ao esposo, não está a ser sustentada.
O equívoco talvez esteja no uso do termo sustentar e não no que me atribuíram e que não defendi em nenhum momento.
Compatibilidade total sim, tendo-se em conta, logicamente, a particularidade dos casos individuais.
Bom senso, é o que se defende da minha parte. E bom senso não é mornidão. Bom senso é não extremar posições, trincheiras.
“Remédios Falaguera. Mulher. Idade: 43 anos. Mãe de 6 filhos. Estudei magistério. Trabalhei durante uns anos num colégio. Me casei e decidi ter família numerosa. TROQUEI O LUGAR DE TRABALHO: PASSEI DO COLÉGIO À MINHA CASA COM MEUS FILHOS. Aos 40 anos começei a faculdade de jornalismo (que espero acabar este ano).
(…)
Meu curriculum é muito parecido ao de milhares de mulheres, que decidem trocar seu trabalho professional pelo trabalho de DONA-DE-CASA E MÃE. E quando querem recomeçar outra vez sua vida professional, vêem que a sociedade, e sobretudo o mercado de trabalho, as repudia. Acham que, com esse curriculum, alguém se atreveria a contratar-me?”
Grifos e tradução meus.
O original pode ser encontrado no link: http://blogs.que.es/1202/2005/3/7/-quien-narices-para-contratarme-
Onde está a plena compatibilidade entre a maternidade e a vida profissional? É possível que exista em alguma parte, mas certamente não na Sra. Falagueras. Ela mesmo o diz.
Teresa,
Na verdade, a biografia da sua amiga, a espanhola Remédios Falaguera, depõe contra a sua argumentação.
Com uma pequena busca na internet, descobri que ela, após casar-se, deixou o emprego para cuidar de sua casa, no que fez muito bem pois é mãe de seis filhos. Ela voltou a trabalhar somente nos últimos anos, quando os filhos presumivelmente já estão crescidos e não mais precisam de tantos cuidados.
http://blogs.que.es/1202/2005/3/7/-quien-narices-para-contratarme-
Pois é, Michele, compatibilidade total é realmente uma falácia e defender isso virou uma tremenda comédia! Isso não existe, só não vê quem não quer. É muito fácil dizer que cria os filhos quando os deixa nas mãos de babás sem ter necessidade para isso, mas apenas porque quer se “realizar”, porque não consegue se ver em casa somente, porque “precisa” ganhar dinheiro para trocar de carro, para comprar mais uma casa, fazer viagens, enfim, para manter o bem-bom…
O que alguns esquecem neste debate é o que diz a Igreja em vários documentos e que podemos resumir assim: a mulher tem OBRIGAÇÃO primordial de cuidar de sua familia, de seu lar, de se dedicar aos filhos o máximo que puder. Só deve trabalhar fora em casos de necessidade.
Mas as pessoas querem viver no bem-bom…querem ganhar mais dinheiro e nessa brincadeira perigosa vão deixando os filhos nas mãos de babás ou avós (que nunca irão substituir satisfatoriamente a mãe), vão evitando filhos, vão desobedecendo os maridos, enfim, vão fazendo tudo o que é contrário aos ensinos da Igreja…e ainda há quem aplauda!
A mornidão é uma miséria…e grave!