“Hierarquia dentro do Matrimônio” – prof. Carlos Ramalhete

[Em complemento ao post anterior do Deus lo Vult!, permito-me reproduzir na íntegra um email enviado pelo Carlos Ramalhete à lista Tradição Católica no início do mês passado. Achei que ele já estava disponível em algum lugar da net e ia somente linká-lo ao final do post passado; procurando, no entanto, não o encontrei. O texto é bem longo, mas é precioso. Recomendo enfaticamente a sua leitura atenciosa.

Fiz questão de mantê-lo tal e qual foi enviado, com os exemplos pessoais que foram lá citados, por considerá-los muito úteis e extremamente didáticos. Apenas fiz ligeiras correções tipográficas.

Fonte: Tradição Católica e Contra-Revolução.]

Pax Christi!

>Não concebo, e outros comigo como já falarei, que no matrimónio um
>seja superior e outro inferior, como ocorre numa hierarquia.

Creio que esteja havendo um grave engano sobre o que signifique hierarquia.

Isto não é incomum, devido à perversão do termo pela modernidade, e que é provavelmente o que faz com que ele seja evitado, a não ser em algumas raras ocasiões em que há alguma analogia com as hierarquias modernas (por exemplo, ao tratar de hierarquia eclesiática, caso em que a confusão leva a coisas como a tentativa americana de responsabilizar o Papa por crimes cometidos por um padre, como se o padre fosse um subordinado hierárquico ***no sentido moderno*** do Papa).

Vamos então ver algumas das diferenças:

1 – Na compreensão clássica de hierarquia, “superior” e “inferior” não são categorias ontológicas (ou seja, “ele é meu superior” não significa em absoluto que ele seja melhor do que eu);

2 – Na compreensão clássica de hierarquia, não há autonomia decisória do superior (ou seja, ele não tem o direito de inventar nada. Ele não pode chegar e dizer “doravante tudo será assim ou assado”, exigindo obediência incondicional);

3 – Na compreensão clássica de hierarquia, não há autonomia individual a ser afirmada ou negada (ou seja, não se trata nem de impedir o outro de ser de uma maneira, como o sargento treinador impede os soldados, nem de poder ou não poder tomar decisões, como é a diferença entre um subordinado e um superior numa hierarquia moderna). Isto ocorre pq a noção de indivíduo que é empregada na categorização hierárquica moderna não condiz com a noção de indivíduo que é operante na hierarquia clássica.

Vamos, então, por partes. A hierarquia clássica é entendida como um modo de pertença perfeita a uma ordem que começa e termina em Deus. A autoridade do superior (e estou usando este termo no sentido clássico; até eu chegar na definição de “superior”, peço que leiam como se fosse uma palavra doida qualquer, sem sentido: “a autoridade do peteléquio”, sei lá) começa e termina num enquadramento nesta ordem maior. Não se trata de uma autoridade autônoma ou delegada no sentido moderno (como a autoridade do capitão é delegada da do major, coronel, general, presidente, povo). Há, assim, ao mesmo tempo, uma liberdade enorme e uma restrição igualmente enorme em relação à noção moderna de hierarquia.

Enquanto na noção moderna o superior tem uma “listinha” de ordens que pode dar (por exemplo, o capitão não pode mandar os soldados atirarem no próprio pé deles), na hierarquia clássica não há limites deste tipo (“listinha”) nas ordens que o superior (o “peteléquio”, se quiserem) pode dar. Só para ficar no meio militar, onde isso é mais claro e preciso, é pensar em Aníbal atravessando os Alpes com elefantes. Por outro lado, na hierarquia clássica há uma necessidade absoluta e premente de que tudo se encaixe na ordem maior, na “ratio divina” de que nos falava São Tomás, ordem maior esta que engloba basicamente tudo o que ordena o universo, da lei da gravitação universal à lei natural, passando pela proibição de roubar e pela adequação de enfeites brilhantes à natureza feminina (ou seja, proibir as mulheres de usar jóias foge à “ratio divina”), até cada pequeno ato de cada pessoa (por exemplo, o movimento dos meus dedos que me faz digitar “ratio” e não “artio”). ***É esta a razão de ser da hierarquia***.

Deste modo, a alternativa é entre hierarquia e caos, pecado, desordem (são sinônimos). Hierarquia é ordenação, mas não ordenação arbitrária como na noção moderna. Há nela autoridade, mas não uma autoridade de arbítrio pessoal como na noção moderna. A hierarquia é o “encaixe” em toda a ordem do universo, e existe em toda parte e em todo lugar. Não há nem poderia haver nada sem hierarquia; nem mesmo o Inferno é desprovido de hierarquia, porque a hierarquia, no sentido clássico, é sinônimo da ordem que, em seu mínimo, é necessária à subsistência (é a hierarquia das ligações atômicas que faz com que o ar não se torne subitamente venenoso) e, em sua perfeição (ou seja, quando a hierarquia passa plenamente de potência a ato) é sinônimo de santidade.

Assim, na hierarquia clássica, a posição do superior é ao mesmo tempo uma posição de serviço, mas não de serviço ao homem (como o capitão serve ao major) ou a uma idéia (como o presidente serve ao povo). O serviço é a uma ordem muitíssimo maior que aquela minúscula instância da Criação, dentro da qual compete ao superior encaixar aquilo que é de sua responsabilidade.

A idéia moderna, modernésima, irracional e herética, de uma igualdade completa é em seu âmago a negação da ordem. É, em sua essência, o brado satânico de “non serviam!”, “não servirei!”. Note que quem disse isso não foi a mosca do cocô do cavalo do bandido, mas o maior de todos os anjos. Não servir implica não só – dentro da noção clássica de hierarquia – em negar-se a receber ordens, mas também em negar-se a dá-las. Trata-se de uma negação ***da ordem***, da adequação do fim último ao princípio primeiro.

Como já escrevi alhures, ao escolhermos como arrumar os livros na estante ou as roupas no gaveteiro, estamos fazendo uma distinção hierárquica. Esta distinção, contudo, só é verdadeiramente hierárquica quando ela é conforme à “ratio divina”. Se um louco entrasse na minha biblioteca, com seus cento e muitos metros de estante, e arrumasse os livros por ordem de tamanho ou pela ordem alfabética da terceira palavra da quinta página, ele estaria criando uma falsa hierarquia (e estaria pedindo uma bela surra, que eu lhe aplicaria de muito bom grado!). Não importa se a arrumação por ordem de tamanho (que seria perfeitamente adequada se fosse um só metro de estante, aliás, ao invés de cento e muitos) está impecavelmente bem feita: ela não está conforme à “ratio divina”, por ordenar pelo acidente mais irrelevante e não pela essência.  Não há arbitrariedade compatível com uma hierarquia perfeita; aquela só pode existir dentro de uma suposta igualdade.

Aí poderia vir alguém, com a cabeça inflada de idéias modernas, dizendo que a hierarquia é feia, chata, boba e má (ou, nas palavras do poeta, que “o mal é bom e o bem cruel”), porque impede um pleno desabrochar de cada um ao querer inseri-lo numa ordem que lhe seria externa. Ao que respondo que não, esta ordem não lhe é externa. É a mesma ordem que faz com que respire, coma e digira, ande, pense ou aja que lhe dá o lugar em que ele pode desabrochar plenamente. A igualdade completa entre pessoas é como a arrumação dos livros por ordem de tamanho: é tomar o irrelevante como ordenador do relevante. Só é relevante a igualdade entre as pessoas quando é necessário distingui-las de quem não é igual a elas. Assim, é relevante esta igualdade (que existe e é igualdade na dignidade humana) quando se quer tratar macacos como gente, quando se quer matar bebês dizendo que eles são “tecido indesejado”, ou quando se afirma que a mulher é equiparada a um animal. Ou seja: é relevante que a mulher é igualmente dotada de dignidade humana (e é nisso que ela é igual ao homem), é igualmente capaz de razão (e é nisso que ela é igual ao homem), é igualmente chamada à santidade (e é nisso que ela é igual ao homem) quando se afirma que ele é digno, racional e chamado à santidade, ***e se nega que ela o seja***.

Deste modo, é perfeitamente irrelevante esta igualdade, que é verdadeira, quando se trata da ordenação hierárquica de seres humanos dentro de um contexto não apenas natural, mas elevado à ordem sobrenatural pela instituição do Sacramento do Matrimônio. Se já havia uma necessidade de hierarquia (no sentido clássico: adequação à “ratio divina”) no matrimônio natural, mais ainda a há no Matrimônio cristão.

Como já lembrei, o matrimônio é o múnus da mãe (matri munus). A mãe, graças ao bom senhor Deus, difere do pai. E é pela diferença, não pela irrelevante igualdade, que se pode fazer a hierarquia. De que adianta reconhecer que todos os livros da estante são livros para que sejam ordenados?! A igualdade é irrelevante justamente por não ser possível a ninguém negá-la. Só cabe afirmá-la quando ela for negada ou não existir (“isto não é um livro, é uma caixa em forma de livro”). Ora, ela existe, e é pressuposto que sejam dois seres humanos que se casam, não um homem e uma cabra.

Assim, para a reta compreensão desta hierarquia, é necessário que se percebam ***as diferenças***, e que a ordenação (muitíssimo mais complexa e multi-nivelada que uma ordenação de livros numa estante) seja feita em função delas.

Se tomarmos características femininas e masculinas, fica mais fácil entender qual é esta hierarquia e como ela opera dentro do matrimônio. Façamo-lo.

O homem é naturalmente voltado para fora. Como já escrevi, só um homem teria a idéia de jerico (pela qual agradecemos e sem a qual não estaríamos aqui no Novo Mundo) de, ao ver um tronco atingido por um raio e tornado oco, empurrá-lo para a água, entrar dentro e ir ver o que há do outro lado da grande água. Este foco no exterior faz com que o homem tenda a ser mais indiscriminadamente agressivo, atacando mais do que defendendo.

Já a mulher, ela é naturalmente voltada para dentro, para o círculo de pessoas e coisas que ela tem como suas; aquilo, em suma, que ela ama. É ela quem chora ao ver que o homem, irredutível, enfiou-se na casca de tronco e se meteu água adentro. Enquanto o homem quer subir ao último galho da árvore, a mulher quer que o filho não se machuque, e não gosta de vê-lo subindo na árvore. Este foco no interior faz com que a mulher tenda a ser muito mais discriminada e impedosa em sua agressão, voltada para a defesa e não para o ataque. Uma mulher faz prodígios para defender um filho, ou mesmo o homem que ela ama.

Só para eu não deixar de mostrar o marido babão que eu sou, conto um prodígio da minha esposa. Morávamos em uma casa abaixo do nível da rua, com mais andares para baixo. A Carla estava cuidando de um canteiro no nível da rua, e eu estava na garagem (um andar alto abaixo, cerca de cinco metros), consertando a moto. Minha filhinha, então naquela fase em que os bebês engatinham para a frente e dão ré para descer degraus, sem que eu visse (eu estava a uns 4m dela) resolveu descer de ré pela lateral de uma escada que levava ao andar inferior. Coisa de três metros de altura, de onde cairia em degraus de cimento nu e áspero. A Carla a viu “mirando” o fraldão, e simplesmente pulou de onde estava (5m de altura!!), percorreu em dois passos a distância que ainda a separava da pequena, e a pescou. Se eu tentasse fazer isso, quebraria as duas pernas com certeza.

Ora, isto é magnífico. Magnífico e, se desordenado, perigosíssimo.

É este foco para o interior que faz com que a mulher consiga, ao contrário do homem, manter perfeitamente a ordem na casa. E é este mesmo foco que faz com que a mulher tenha uma dificuldade muito maior que a do homem em perdoar qualqer atentado àqueles que ama.

O homem, deixado sozinho, vai dirigir seu foco para o exterior. Um solteirão com a casa impecavelmente arrumada vai beber vitamina direto do copo do liquidificador, por exemplo. Já a mulher, deixada sozinha, vai dirigir seu foco para o interior, defendendo-o de tudo o que é exterior. Ai de quem ferir um filho seu! Ela nunca o perdoará.

É por isso que o homem é, como já escrevi, o “ministro das relações exteriores”. Ele é mais naturalmente capaz de ir lá fora, retirar agressivamente do mundo o sustento da casa, e, lá chegando, relaxar. Já a mulher é, como também escrevi, o “primeiro ministro”. Ela é mais naturalmente capaz de proteger e manter uma ordem perfeitamente adequada à “ratio divina”, sem atalhos ou deslizes masculinos.

Isto faz do homem o “cabeça do casal”, no sentido que é ele quem fala com o mundo, é ele quem ouve o mundo, é ele quem faz caretas e morde quando é preciso. Se a questão é o lugar da família no mundo, é dele a primazia. Vale perceber, inclusive, como os constantes conflitos entre noras e sogras decorrem, justamente, da atitude agressiva contra o exterior que ambas têm, com cada uma considerando a outra como externa ao seu círculo e afetando negativamente alguém que elas amam.

Por outro lado, o foco do homem no exterior faz com que ele não seja capaz de manter e construir um lar. Ele consegue até fazer um alojamento e mantê-lo, mas não um lar. Por isto, a primazia nos assuntos domésticos é e tem que ser da mulher; é ela o “coração” que bate e mantém a vida.

Eu mesmo, por exemplo, passei a tarde quase toda fora fazendo o que chamei de “gincana da patroa”, comprando coisas que ela afirma serem indispensáveis para a manutenção da casa (um sistema para puxar água para molhar plantas, basicamente; trocentas pecinhas, a comprar em várias lojas diferentes). A minha participação no processo decisório destas coisas é perfeitamente secundária, apesar de ser o meu dever arranjar o dinheiro para comprá-las e a força para instalá-las (no caso, temos um caseiro que pode fazê-lo… mas quem tem que pagar o caseiro sou eu; estou terceirizando).

A hierarquia doméstica, assim, tem mão dupla. O homem é sim o superior da mulher no sentido de que é dele a responsabilidade de ordenação daquele núcleo familiar à instância de ordem imediatamente superior, que é a sociedade (a rua, a cidade, o país). Isso é inegável, e seria perigosíssimo se fosse de outra maneira.

Isto não significa em absoluto nem que ele seja melhor do que a mulher (seria uma piada afirmar uma besteira dessas), nem que ele possa agir de forma arbitrária, nem que ele possa mandar nela como se ela fosse um cachorro (ou ele um sargento e ela um soldado), nem que ela não possa sair de casa, trabalhar, etc. Significa, sim, que é dele que se pode esperar, e é dele que se deve cobrar, que sejam feitas as relações primordiais do núcleo familiar com a sociedade como um todo: sustento, defesa, representação, etc. Ele não é alguém que decide e a família baixa a orelha, mas sim o seu representante, o encarregado, o que age não em função de si, mas da família. O fato de o homem ser o superior faz com que ele seja quem menos tem voz, na prática. Exatamente por ele ser o superior, por ser dele o múnus do pai (patri munus), é ele quem tem que – por exemplo – abdicar de seus desejos (por exemplo, de consumo, de viagem, de formação…) em prol da família. O sacrifício só pode ser exigido como dever de estado do homem, não da mulher.

Mas dentro de casa, dentro do núcleo familiar, dentro do lar, é da mulher a primazia. É ela, não ele, quem tem como dever decidir e fazer a perfeita ordenação da família à “ratio divina”. A manutenção desta ordem intrafamiliar é o múnus da mãe, o “matri munus”. E isso inclui, como lembrei várias vezes, não só uma arrumação de móveis num apartamento (apesar de que ela tem, sim, a autoridade para decidir sobre isso).

Como já escrevi, um dos horrores advindos da modernidade é justamente esta transformação do lar em uma caixinha fechada (apartamento, casa com quintal…), deixando de ser o lar, por definição, uma unidade de produção ***econômica***. A família clássica vivia não em uma caixinha da qual o homem se desloca para ganhar seu pão em outro lugar, mas em uma propriedade rural produtiva, ***gerida economicamente pela mulher*** (a “mulher virtuosa” dos Provérbios, por exemplo), da qual o homem é o representante junto à sociedade exterior (o Conselho dos Anciões dos Provérbios, no qual o marido da mulher virtuosa é bem recebido).

O modelo burguês, moderno, de pessoas vivendo em caixinhas e o homem tendo que sair do lar para ganhar o pão, é a raiz da escravização da mulher que tanto marcou (e marca ainda) a sociedade. De produtora rural, a mulher passou a tomadora de conta de caixinha. De alguém que vivia, trabalhava e produzia, a mulher passou a espanar móveis e fazer crochê. Ora, isso é absurdo! Uma mulher é muito mais do que isso!

Conheci uma senhora que conseguiu, em ambiente urbano, recriar o modelo clássico: ela era a proprietária de um posto de gasolina. Conheço outra, tabeliã, com o cartório no andar de baixo da casa, que fez o mesmo. São mulheres fortes, admiráveis, com muitos filhos e uma vida longa e feliz, que conseguiram o que é o mais correto: fazer com que o seu trabalho fosse um trabalho em prol ***do lar***, ocorrendo nele. “Vestiram a camisa” não de uma firma “lá fora” (o que causaria um conflito enorme entre dois círculos a defender, a firma e o lar), mas do lar como unidade econômica produtiva: lar-com-posto, lar-com-cartório. E poderia ser lar-com-consultório, lar-com-escritório, etc.

Nunca, em nenhum momento, elas deixaram de lado a verdadeira hierarquia.

Espero ter ajudado.

[]s,

seu irmão em Cristo,

Carlos

Publicado por

Jorge Ferraz (admin)

Católico Apostólico Romano, por graça de Deus e clemência da Virgem Santíssima; pecador miserável, a despeito dos muitos favores recebidos do Alto; filho de Deus e da Santa Madre Igreja, com desejo sincero de consumir a vida para a maior glória de Deus.

221 comentários em ““Hierarquia dentro do Matrimônio” – prof. Carlos Ramalhete”

  1. Eu penso, Jorge, que num mundo onde há divórcios até porque o marido ronca; abortos; homossexualidade; sexo extra e fora marital; preservativos e anticoncepcionais; falsas religiões e falsas doutrinas; imoralidade pura e dura; o bom Deus, o Deus do amor, da alegria, do perdão, que quer que os seus filhos sejam felizes cumprindo a Sua Lei, não se importa se é a mulher ou o homem, ou os dois, quem traz o dinheiro para casa e qual dos dois dedica mais tempo à educação dos filhos.

    Deus quer matrimónios santos, felizes; pessoas que se amem e que se realizem; pessoas que eduquem os filhos na moral e doutrina da Igreja.

    Eis o não saber separar o essencial do acessório, o não saber adaptar-se à cultura no que é lícito fazer-se.

  2. Teresa, não lhe conheço, mas parece-me que vc é uma pessoa de muito bom senso neste espaço. Dizer que a mulher que trabalha fora não tem os filhos como prioridade é das coisas mais absurdas que já ouvi na vida. Dói ler uma frase dessas, mas tudo bem. Oremos.
    E ainda ler a frase ‘e não venha falar de necessidade e blábláblá…” é mais difícil ainda.
    Olhe, parece que quem escreve isso é quem nasceu em berço esplêndido ou tem um marido rico e muito bem sucedido, isso para falar o mínimo. A sra. Teresa, ao contrário da maioria das mulheres daqui, é quem está com os pés no chão, alerta à realidade e, mais, sem esquecer dos princípios deixados por Jesus, Nosso Senhor, fundador da Igreja Católica.
    E Jorge, a educação é responsabilidade do PAI e da MÃE siiiiim. Não de maneira igual. A mãe apresenta ao filho (na maioria das vezes) valores como doçura, misericórdia. mas é do pai que (normalmente) eles recebem valores como honra, moral, índole. E isso não se passa apenas com o sustento. Recomendo o livro “A GRANDE AVENTURA MASCULINA”, onde se vê a NECESSIDADE da PRESENÇA do pai, de modo especial na educação dos filhos HOMENS. Esse é um ótimo livro, inclusive com belíssimas citações bíblicas.
    Abraços a todos.
    Teresa, pare de discutir. Tenha a tranquilidade de saber que seus argumentos e suas certezas estão bem fincadas.
    É apenas um conselho.
    Mariana

  3. Peço licença, aqui, inclusive, para colar a descrião do livro que indiquei acima. Quem me recomendou foi minha prima, que faz parte do Shalom (em Fortaleza), juntamente com seu esposo, os quais, aliás, têm três filhos, ambos trabalham fora (ela é dentista e ele advogado) e ainda trabalham para a Igreja. A família é linda e busca a santidade.
    Vamos à descrição:
    “Este livro é um guia para o processo da iniciação masculina, o antigo caminho que todo menino e todo homem deve percorrer se anseia tornar-se o homem que deseja ser. O caminho pelo qual eles passam a saber que são homens e que são capazes de viver e amar com uma força concentrada e profunda. Vivemos em uma época em que a maioria dos homens (e meninos) está praticamente sem a presença dos pais. Seja qual for a situação, eles não têm junto de si um homem que os faça verdadeiramente passar pelas muitas aventuras, provações, batalhas e experiências de que precisam para que um coração masculino seja moldado dentro deles. Ele se vêem sozinhos para descobrir a vida – e ela é um lugar solitário. Seus medos, angústias, ira, e os seus muitos vícios, vêm todos desse lugar sem pai dentro deles, uma incerteza fundamental no fundo do seu ser.Mas existe um caminho. Não fomos criados para descobrir a vida por nós mesmos, diz John Eldredge. Deus quer ser nosso pai. Em Busca do Coração Selvagem revela de que maneira Deus se aproxima de um homem e o acompanha na jornada masculina; como praticamente todos os acontecimentos da vida de um homem podem se juntar para providenciar a iniciação que ele nunca recebeu – e como os pais podem oferecer essa iniciação aos seus filhos. Seja qual for a sua idade, seu Pai está pronto para assumir a sua jornada, pois você é filho dele”.
    Como se vê, a presença de um pai na educação pode ser (e é), inclusive, importante canal de ligação com Deus, nosso Pai.
    Comprei para o meu esposo.

  4. Teresa, de que Deus queira matrimônios santos não há dúvidas. Mas foi Ele próprio quem criou sexos diferentes com características diferentes (tu não leste este post?) e, portanto, não é lícito ignorar essas diferenças que o próprio Criador quis e estabeleceu entre os sexos.

    Traga um texto do Magistério, um sequer, que i) incentive as esposas a compartilharem com os maridos o sustento do lar, ii) diga que não há diferença alguma entre os papéis de ambos os cônjuges dentro do Matrimônio, iii) insinue que o marido pode ficar em casa cuidando dos filhos enquanto a mulher sai para ganhar dinheiro, ou qualquer outra coisa parecida que tu defendas.

    Mariana, nunca defendi que o pai pudesse ser um ausente. Defendi exatamente que há diferenças no modo como o pai e a mãe são responsáveis pelos seus filhos, exatamente como tu estás dizendo e contrariando a Teresa que disse ser tudo igual, que há “responsabilidades idênticas” e que é “hipócrita” exigir que a mulher fique em casa cuidando dos filhos enquanto que o mesmo não se exige do homem. Oras, segundo a boa lógica, a Doutrina Católica e a Lei Natural, é bastante óbvio que não se exigem as mesmas coisas do homem e da mulher.

    Abraços,
    Jorge

  5. Não não, Jorge. Eu não disse que os papéis eram iguais, mas que a responsabilidade na educação é idêntica. E é de facto.

    Porque se a presença activa da mãe é importantíssima, a presença activa do pai é igualmente importantíssima.

    O magistério? Outra vez? Eu não já coloquei aqui passagens e mais passagens do magistério a dizer que a mulher tem todo o direito a trabalhar fora e que isto é compatível com a família?

    Ora essa, eu não acredito (e jamais acreditarei) que Deus se importe com coisas como ah o homem fica em casa e a mulher trabalha.

    Que lógica machista é esta? Se a mulher não é vagabunda por viver às custas do marido (estou a usar estes termos de propósito, calma), o homem tem de ser gigolô por viver às custas da mulher, por que cargas d’água??

    A mulher tem todo o direito a trabalhar, isto é ponto básico para quem leu João Paulo II. Se tem todo o direito a trabalhar e se isto é compatível com a família (não se analisam aqui casos individualmente considerados), então os dois são responsáveis pela educação dos filhos.

    Têm responsabilidades idênticas, a presença de ambos é importantíssima, só não educam do mesmo modo. Um põe a tónica numas virtudes, outro noutras. Mas a presença e o tempo passado com as crianças é importantíssima para os dois.

  6. Desculpe-me, Jorge, mas acho que o problema, aqui, é interpretar ‘ao pé da letra’ tudo o que a Teresa diz. Eu entendi que ela defende, assim como eu, que educar os filhos é papel do pai e da mãe, cada um com valores próprios, claro. E, mais, que é possível que um homem tenha um trabalho que lhe possibilite ficar mais tempo em casa e nem por isso será um homem menos digno. Acho que ninguém falou em gigolô (afora vc, quando rebateu o argumento da Teresa). A Lei de Deus é atemporal, o que quer dizer que pode adequar-se à cultura atual, não significando que será diferente.
    Como a Teresa disse, olhemos para o principal como principal e para o acessório como acessório.
    Desculpe-me, mas é que para mim é tão simples, que nem consigo entender onde é que está a dificuldade de entender as idéias aqui transmitidas, sobretudo pela Teresa, endossada por demais irmãos.
    Um abraço fraterno.

  7. Teresa, por favor, não subestime a nossa inteligência. Responda, simplesmente: marido e mulher têm obrigação de passarem igual quantidade de tempo com as crianças, sim ou não?

    Quanto ao Magistério, volte e me leia de novo. Não pedi passagens dizendo “que a mulher tem todo o direito a trabalhar fora”. Por favor, não finja responder com o que não foi perguntado.

    O que tu chamas de “lógica machista” é a constituição natural da família, querida por Deus e sempre ensinada pela Igreja.

    Abraços,
    Jorge

  8. Quando se lê e treslê tudo o que o outro escreve, só à espera de o ‘apanhar’, não dá!

    É importante a presença dos dois. Nos primeiros meses, é importantíssima, muito mais, a presença da mãe. E onde eu neguei isto?

    Na infância, é importantíssima a presença e igual tempo dispensado pelos dois, para que a criança vá formando a sua personalidade com características que só o pai pode dar e com características que só a mãe pode dar.

    Claro, isto é evidente.

    E o magistério já disse que o homem deve partilhar com a esposa as tarefas domésticas para que ela possa promover-se profissionalmente. Divisão de tarefas e promoção sócio-profissional da mulher-mãe, é algo tão claro no magistério que sinceramente até tenho dificuldade em entender o porquê de tantos gritos e discussões.

    Isso faz-me lembrar um casalinho de noivos ou até amigos que vão jantar fora e a moça paga o jantar. O moço fica horrorizado por ser a mulher a pagar-lhe o jantar.

    E querem convencer-me que com a miséria e o pecado que reina no mundo actual, Deus haveria meeeesmo de preocupar-se com coisas deste nível?

    Jorge, vc é das pessoas mais bem formadas intelectualmente da Internet católica. Não me embarque nestas teorias machistas!

  9. Mari, ou a Teresa tem uma ENORME dificuldade de se expressar ou todo mundo aqui tem gigantescos problemas de interpretação de textos. Considero as duas possibilidades improváveis.

    Sejam os dois exemplos:

    1. João e Maria são casados e, por livre vontade e de comum acordo, João trabalha fora, põe dinheiro na casa e Maria fica em casa cuidando das crianças.

    2. João e Maria são casados e, por livre vontade e de comum acordo, Maria trabalha fora, põe dinheiro na casa e João fica em casa cuidando das crianças.

    É a mesma coisa?

    Teresa. É a mesma coisa?

    Abraços,
    Jorge

  10. Jorge,
    se estão de comum acordo, se são verdadeiramente católicos, se o João se sente realizado a cuidar das crianças (as tais que, hoje em dia, passam oito horas nos colégios – esta discussão não tem sentido nenhum, porque não há crianças que fiquem todo o dia em casa justificando assim a permanência de um deles a tempo integral), se estão de acordo, é a mesma coisa sim.

    Faço uma salvaguarda aqui: nos primeiros tempos de vida, há estudos que provam (e o bom senso e a essência da feminilidade também) que a ligação da criança é muito maior com a mãe, exigindo-se neste período uma presença mais forte da mãe junto do filho para que esta ligação seja bem construída.

    Na infância, porém, no desenvolvimento pleno da personalidade da criança, é importantíssima a presença activa dos dois, e se os dois puderem dedicar-lhe o mesmo tempo ensinando-lhe virtudes diferentes – próprias da masculinidade e da feminilidade – que óptimo isto é.

    Na lista, chegámos à conclusão que Pio XI condenou a emancipação da mulher, porque não via o caminho intermédio na sua época. Certo? Não foi a esta conclusão que chegámos todos?

    Pois então. Aqui pode ter ocorrido algo semelhante: Pio XI não fala em divisão de tarefas, porque este modelo não estava estendido na sua época. Mas João Paulo II já fala.

    Jorge, eu cresci sem pai. Espero que os meus inimigos não venham aqui fazer escarne disto que é algo pessoal.

    E sei muito bem como a ausência do pai – e do tempo do pai – faz muita diferença na vida de uma criança.

    Portanto, não relativizemos: ah a mãe fica todo o tempo em casa e o paizão entra com o dinheiro.

    O magistério adapta-se à cultura e não fala hoje deste modo. O pai e a mãe têm diferenças próprias da feminilidade e da masculinidade – diferenças biológicas, afectivas – mas a presença dos dois e o tempo que os dois podem dedicar à criança idealmente deveria ser equivalente. Devia pelo menos haver um equilíbrio nesta matéria.

    Abs

  11. Ou seja, hoje, a mulher trabalha e entra com o sustento; e faz as tarefas domésticas. E o homem trabalha e entra com o dinheiro e devia ajudar nas tarefas domésticas.

    Não se trata de um igualitarismo, mas de divisão de tarefas, de distinção entre acessório e essencial, adaptação à cultura e construção de uma felicidade matrimonial e de uma vida saudável.

    Pois as que queiram ficar a tempo integral em casa, ora que fiquem e sejam muito felizes.

    Mas as que não querem precisam da ajuda do esposo para carregarem juntos, com santidade e amor, as tarefas da casa e da educação dos filhos. É necessário que um renda o outro, um equilíbrio, uma união muito grande entre ambos.

    Isto é o que defendo.

  12. Vou aqui dizer o que entendi e, depois, a Teresa pode comentar se estou enganada. Hoje em dia, eu acho normal que todos tenham um trabalho fora, homensa e mulheres. è certo dizer que, quando vem o filho, a mulher, inicialmente, abdique bem mais do seu tempo do que o homem, como foi dito acima. Mas depois, como também foi dito, acho que o ideal é pai e mãe doarem igualmente seu tempo para as crianças, passando-lhe valores e sentimentos que lhes são fundamentais para um crescimento saudável e completo. É isso que, para mim, é o normal. Não é raro, porém, vermos os homens sustentando sozinhos o lar, apesar de o percentual ser bem menor do que nos tempos antigos, onde imperava uma outra cultura. E também não acho errado, desde que, claro, não seja uma imposição marital ou de outrem para que a mulher não saia de casa, mas sim uma libre escolha sua, já que há mulheres cujo único sonho é desempenhar a maternidade. Por outro lado, existem casos em que o marido fica em casa por dificuldade de arranjar emprego em sua área, ou por ficar desempregado em idade avançada ou mesmo por enfrentar problemas com a depressão, algo que, infelizmente, não é raro hoje em dia. Acho perfeitamente factível e lícito que nessas situações ou mesmo em outras várias que podem existir, a mulher sustentar o lar e o homem, já que não possui um emprego, ajudar-lhe dentro de casa, com os filhos e demais tarefas domésticas. Insisto, não falo aqui de homens ou mulheres que simplesmente se aproveitam do cônjuge em prol da “vida boa”. Acho que, quando há amor, equilíbrio e harmonia entre o casal, não é uma fuga aos parâmetros antigos que irá ferir a moral humana. Concordo quando diz a Teresa duas coisas:
    1º) Que Deus não há de se importar com essas coisas;
    2º) Quando sustenta que estão a querer lhe pegar pela palavra e não discutir idéias verdadeiramente.

    Espero que ninguém leve para o lado pessoal, tudo que falei falo com todo respeito a quem pensa diferente.

    Abraços fraternais.

    Shalom.

    Mariana

  13. O que é constrangedor é que num mundo de trevas e de pecado, num mundo de miséria humana espiritual e moral, estejamos preocupados com questões de lana caprina, como se um homem não pudesse ser santo se se sentir realizado dentro de casa.

    Absurdo isto. E sim é machismo. É mais uma forma subtil de dizer: sinto-me inferiorizado se a minha mulher ganhar mais que eu.

    Estamos chamados à santidade e, neste processo, não contam as minhas vontades. Todos, homens e mulheres, olhando-se para os casos em particular, têm de fazer sacrifícios no dia-a-dia. O matrimónio não é uma competição entre cônjuges, mas uma cooperação estreita e necessária.

    Se a realidade mudou, o ideal é que os católicos se adaptem à nova realidade, sem jamais abandonar os valores católicos e morais. Em casa e fora dela.

  14. Meu Deus isso não acaba nunca?

    acho que esse foi o post com o maior nº de comentários que eu já vi!

    Teresa acorda minha filha…

    a realidade é mais embaixo.

    veja bem:

    1 + 1 = 2 certo?

    homem é homem / mulher é mulher , certo?

    a distinções claríssimas entre um e outro,
    um homem, nasce para ser pai e a mulher para ser mãe.

    então, desde que o mundo é mundo o homem cuida de sua família trazendo o sustento para o lar, enquanto a Mãe cuida e educa a prole.

    não podemos dizer que o pai não possa educar e a mãe não possar complemetar a renda doméstica.

    porém o que se vê hoje em dia é uma total desproporção dessa realidade. os papeis se inverteram assustadoramente, com a tal “independência” da mulher o que se viu, e isso é fácil de comprovar, é a desagregração familiar, aumento do desemprego, aumento da criminalização e etc… não sei como é aí em Portugal, mas aqui no Brasil a coisa é feia.

    pelo que tenho visto até agora em seus comentários vc defende o trabalho da mulher intelectual, formada, com diplomas e grande carreira em multnacionais ou no serviço público… Tereza, acorda… isso pra grande maioria das mulheres Brasileiras é ficção…

    a mulher dá muito duro e coisa e tal… vi alguns comentários de uma mulheres aqui que parecem viver um catolicismo de enciclopédia, coisa de Europa Medieval (ops, não pensem que estou difamando esse período glorioso) é muito bonito e gostaria que fosse assim mesmo, mas nós estamos falando de um povo que não tem tempo para ficar em blogs discutindo doutrina, pois tem uma longa jornada de trabalho durante o dia, chefe abusado, ônibus lotado, filho na creche pra pegar, janta pra fazer e marido a noite para dar prazer. chega o fim de semana, tem o “bate-palmas” (desculpem a expressão)da Missa, depois ela vai tentar descontrair em alguma festa de família. falamos de pessoas que não tiveram o básico de uma boa catequese, que ouvem aquelas homílias adocicadas e que não sabem distinguir direito o que é ou não é pecado!

    Recuso-me veementemente a dar essa tal liberdade para minha futura esposa! agora se ela for uma trabalhadora intelectual como a sra. será que ela não poderia usar sua inteligência para conciliar o trabalho com a realidade de mãe? de esposa?

    repito, não sou contra o trabalho da mulher fora do lar,
    porém ela não pode deixar seu bem mais importante (filhos) nas mãos de outras pessoas em troca de uma brilhante carreira profissional, se seu marido pode muito bem manter a casa!

    tereza: 1+1 =2 lembra?

    um homem sustentar sua mulher é o correto,
    já a mulher sustentar o marmanjo (a não ser em caso de real nescessidade) é feio pra caramba!

  15. Lúcio,
    vocês, e eu não sei mesmo porquê, tudo fazem para fugir do tema do assunto. Euf alo de mulheres católicas, e vc me vem com o aumento da criminalidade e etc.

    Eu estou falando que uma mulher _católica_ pode compatibilizar as duas coisas e que segundo JPII o homem tem o dever de ajudar nas tarefas domésticas para que a mulher possa trabalhar.

    E vcs me vêm com socialismo, comunismo, feminismo?

    Se alguma senhora que receba formações na Obra estiver a ler, deve rir-se a gargalhadas disto, pq aqui está a querer estar-se acima de sacerdotes de incontestável ortodoxia e até do próprio magistério dos dois últimos Papas com prponderância para o anterior.

    Ser homem é diferente de ser mulher. Onde eu neguei isto?

    Mas a divisão de tarefas é algo que deve ser implementado nas famílias, _católicas_.

  16. Essa Mariana é espírita. Não é católica. Ela deu um depoimento aqui dizendo que era da comunidade Shalom, mas “encontrou o verdadeiro Deus de misericórdia no espiritismo”:

    “Eu já fui uma católica convicta, que aceitava os dogmas da igreja, fiz parte da renovação carismática (shalom) por mais de cinco anos e sei como é complicado para eles, pois ouvem o tempo inteiro que espiritismo é coisa do demônio.”

    É o último comentário desta discussão sobre espiritismo:

    https://www.deuslovult.org//2010/04/07/sobre-espiritismo-e-catolicismo/#comments

    Essa do “shalom” no final foi reveladora.

    Como pode escrever algo coerente quem se deixa enganar pelo espiritismo?

  17. Teresinha,

    Acontece que não existe lana caprina doutrinária. Um pequeno buraco na represa faz, cedo ou tarde, com que a água desça em enxurrada levando tudo em seu caminho. Ou, no ditado daqui do nordeste brasileiro, “onde passa o boi, passa a boiada”.

    Que a existência de ordem no Matrimônio e de papéis distintos para cada um dos cônjuges seja “questão acidental” já “superada” é a tua tese, contra o bom senso, o ensinamento universal da Igreja, a praxis católica multi-secular (aliás, a prática de virtualmente todos os povos e culturas) e a própria Lei Natural. Não é acidental. Acidental é – como, aliás, já dizia Pio XI, e com o quê todo mundo aqui concorda – as maneiras que esta organização assume nos diversos contextos históricos e culturais; mas a existência mesma da organização, não é acidental.

    [E postular que é a mesma coisa qualquer um dois cumprir com qualquer um dos papéis é, sim, acabar com a própria ordem familiar.]

    Ninguém aqui está falando em trancar a mulher em casa, nem em não permitir que ela ganhe dinheiro, nem em rasgar as vestes quando ela paga a sua parte da conta (embora pagar a conta das damas seja uma óbvia delicadeza que eu próprio – e, aliás, a maior parte das pessoas que eu conheço, quer sejam da Igreja, quer não – sempre faço; mas deixar de fazê-lo não é heresia), nem em nada disso. Este espantalho não existe ao longo destas duas centenas de comentários. Não é isso que defendemos, e eu acho que já está suficientemente claro que não é. E não tem nada de “machismo” em reconhecer e respeitar as diferenças entre os sexos. Machismo seria afirmar que o homem é “melhor” do que a mulher, o que é uma grande besteira que ninguém aqui faz.

    Defina “infância” (que tu opões a “primeiros meses”). Quando a criança tem dois ou três anos de idade, “é importantíssima a presença e igual tempo dispensado pelos dois [pai e mãe]”? Se for isso, então a Igreja passou vinte séculos falhando miseravelmente na Sua missão de ensinar sobre o Matrimônio, porque nunca insistiu nesta necessidade de que pai e mãe revezem-se no turno de trabalho, a fim de garantir que possam passar “igual tempo” junto aos filhos pequenos. Aliás, se for isso, a esmagadora maioria dos povos e culturas descuidou tremendamente de uma coisa “importantíssima” na educação dos seus filhos – de tal modo que é de se espantar que deste acúmulo de gerações de “descuidados e deseducados” tenham surgido, em pleno século XX, os luminares a perceber que tudo o que foi feito até então estava fragorosamente errado.

    A questão nunca foi terminológica, Teresa. “Emancipação da mulher” no contexto de Pio XI tem o sentido que a expressão tem nos movimentos feministas dos dias de hoje (e, portanto, permanece perfeita e infalivelmente condenada). No contexto de João Paulo II tem outro sentido totalmente diferente, é óbvio. Pode-se questionar a oportunidade da escolha dos termos, mas – isso sim – é lana caprina. Como eu te falei, é possível defender até mesmo o grito de “Liberdade! Igualdade! Fraternidade!” com encíclicas de Leão XIII. É perfeitamente natural – aliás, sempre foi – que o homem troque fraldas ou lave pratos. É perfeitamente natural que a mulher, sei lá, tenha uma faculdade à noite e o marido “cuide da casa” enquanto ela está fora. O que não tem nada de natural é subverter a ordem do Matrimônio e, ao arrepio das claras diferenças entre os sexos e a tudo o que o mundo inteiro sempre fez, postular que é a mesma coisa que qualquer um faça qualquer coisa por qualquer motivo.

    O Magistério não diz – e nem nunca disse – que “o tempo que os dois podem dedicar à criança idealmente deveria ser equivalente”. Isto não é católico. João Paulo II fala em “salário único atribuído ao chefe de família (…) que seja suficiente para as necessidades da sua família” (Laborem Exercens, 19 – veja só, o Papa fala em chefe de família!), e fala que é uma “honra para a sociedade o tornar possível à mãe (…) cuidar dos seus filhos e dedicar-se à educação deles”. Mas não existe “o contrário” disso no Magistério (i.e., a “chefa da família” ganhando o suficiente para sustentar o marido, e o pai tendo horário de trabalho diferenciado para poder educar e cuidar dos filhos). Não existe e nem pode existir, porque é anti-natural. Isso é evidente.

    Os papas não dizem a mesma coisa que tu estás dizendo. Os exemplos das santas casadas não testemunham em favor das coisas que tu estás defendendo. Entre a possibilidade da mulher trabalhar e ser a mesma coisa quem põe dinheiro em casa e quem fica com as crianças vai uma distância enorme, que eu não entendo como tu estás a saltar sem se aperceber.

    Abraços,
    Jorge

  18. Jorge,
    neste caso, se não é acidental, como vc explica que hoje a maioria dos católicos (e aqui reporto-me só a católicos de formação moral/doutrinal) não atribuam qualquer importância a princípio tão elevado, princípio este que não é repetido no Catecismo da Igreja, princípio este que é ‘relativizado’ nos documentos dos papas (quando JPII diz advoga a promoção sócio-profissional da mulher e sobretudo a divisões de tarefas no lar=.

    Explique-me então: pq João Paulo II defende a divisão de tarefas no lar entre os cônjuges, se é absolutamente fundamental e princípio elementar que os papéis estão muito bem definidos e esta definição dogmático-teológica não pode adaptar-se às diversas circunstâncias de tempo e espaço.

    E explique-me também por que é que, na esmagadora maioria de matrimónios católicos (e aqui vc tem de reconhecer que n é tese, é um facto) esta tão importante divisão não está tão clara, explicando tb por que é que em todos os livros sobre o matrimónio que actualmente são confiáveis para estudo catequético, uma tal coisa não é sequer mencionada.

    Não estou – e vc sabe – a eliminar as diferenças próprias do ser homem e do ser mulher.

    Estou a dizer (e comigo diz o magistério) que essa divisão de papéis que vc faz foi relativizada e substituída por outra, pelo simples facto de que já não se adequa à realidade concreta das pessoas.

    Quando o Papa diz, clarissimamente, que a mulher tem todo o direito a promover-se e que, por isto, o homem deve compartilhar com ela as tarefas domésticas – e é isto e nada mais que isto o que estou a defender -, está ou n está a dar outra visão dos papéis?

    Vc trata uma encíclica de Pio XI como se fosse infalível e, sobretudo, desconsidera o magistério subsequente que já aprofundou a questão.

    Depois, o que JPII disse neste link que vc colocou é que nenhuma mulher devia ser obrigada a trabalhar fora contra a sua vontade e que a sociedade devia estar organizada de modo a que a mulher não fosse obrigada, contra a sua vontade, a trabalhar. Eu concordo em género, número e grau com isto.

    Trabalhar por necessidade somente devia não ser necessário – passe a redundância.

  19. Teresa,

    A senhorita está partindo para a ignorância. Sim Senhora!

    Olha o que escreveu:

    Lúcio,
    “vocês, e eu não sei mesmo porquê, tudo fazem para fugir do tema do assunto. Euf alo de mulheres católicas, e vc me vem com o aumento da criminalidade e etc.”

    Caríssima, como assim fugir do tema? Não, tudo isso está intimamente ligado a tudo o que foi dito até aqui; são as consequencias.

    E ainda,

    “Se alguma senhora que receba formações na Obra estiver a ler, deve rir-se a gargalhadas disto, pq aqui está a querer estar-se acima de sacerdotes de incontestável ortodoxia e até do próprio magistério dos dois últimos Papas com prponderância para o anterior.”

    Quanta prepotência e insensatez! A senhorita já está beirando o ridículo com essas suas senhorinhas da obra.

    Incontestável ortodoxia?

    E ainda,

  20. O que quero dizer, e vc está a fazer espantalho, é que o casal é que sabe qual o melhor caminho para a santidade. O casal, vivendo em harmonia, escolhe juntos como fazer, qual o melhor modo. Umas vezes a mulher é mais sacrificada, outras é o homem. Mas isto não é estanque nem universalmente válido igualmente para todos do mesmo modo.

    Não vamos ser nós a estimular o número de divórcios, que já é desgraçadamente imenso, até por questões menores como o esposo roncar.

    Eu considero sim que a presença activa do pai na infância é muito importante, e por mim falo.

    Claro que a Igreja não podia ensinar isto antes, vc sabe bem porquê. Antes a mulher estava sempre em casa (na sua maioria, era isto regra), logo a Igreja não precisava de se preocupar muito com isto. Afinal, as sociedades eram católicas e, estando a mulher sempre em casa, a educação estava garantida.

    Mas hoje, que os dois trabalham (e que o magistério reconhece esse direito às mulheres e estimula a sua compatibilização com a maternidade), é importante uma maior e melhor distribuição de tarefas no lar e de tempo dispensado pelos dois na educação. É bom que os cônjuges não se sobrecarreguem um ao outro, mas encontrem juntos o justo equilíbrio entre os dois para dar uma boa e santa educação aos filhos, conjuntamente.

    E sim, considero muito saudável que o pai esteja o máximo de tempo presente também a acompanhar os filhos, como a Mariana colocou.

    Com a distribuição e divisão de tarefas, com a nova situação configurada em quase todas as famílias católicas (atrás ja n voltamos, quer gostem quer não), o caminho é incentivar a mãe a equilibrar trabalho e família com preponderância obviamente para a família; e estimular uma mais efectiva presença paterna, em quantidade e qualidade de tempo dispensado à educação dos filhos.

  21. Fernanda,
    não pode ser consequência.

    O O facto de uma mulher _católica_ trabalhar fora do lar não pode ter como consequência o aumento da criminalidade, porque estou a partir do princípio que estas crianças recebem formação _católica_.

  22. Sobre o santo sacramento do Matrimónio, está aqui tudo o que é preciso saber-se:
    http://www.vatican.va/archive/catechism/part_2/documents/cathechism_part-2-section-2-chapter-3-art.-7_po.html

    Jorge,
    gostaria que vc me respondesse a uma pergunta. N consigo achar agora – se alguém achar agradecia – e saliento já que não concordo. Mas, como vc interpretaria que o Papa Bento tenha recomendado a não mais usar o catecismo de S. Pio X porque já não responde aos problemas actuais?

    Ele disse isto, eu discordo, uso o catecismo de S. Pio X, claro!

    Mas uma tal posição não significa que há questões essenciais e outras acessórias, que variam conforme as épocas e culturas?

    Há que saber adaptar o acessório e manter o irrenunciável.

    Não acho que por uma divisão de tarefas entre o homem e a mulher no lar:
    1 Deus se ofenda;
    2 venha maiores males ao mundo;
    3 Se esteja a mexer numa doutrina irrenunciável.

  23. Teresa,

    “Explique-me então: pq João Paulo II defende a divisão de tarefas no lar entre os cônjuges, se é absolutamente fundamental e princípio elementar que os papéis estão muito bem definidos e esta definição dogmático-teológica não pode adaptar-se às diversas circunstâncias de tempo e espaço.

    E explique-me também por que é que, na esmagadora maioria de matrimónios católicos (e aqui vc tem de reconhecer que n é tese, é um facto) esta tão importante divisão não está tão clara, explicando tb por que é que em todos os livros sobre o matrimónio que actualmente são confiáveis para estudo catequético, uma tal coisa não é sequer mencionada.”

    Daí posso escrever duas coisas:
    1) Então você já pode parar de ficar lutando contra os católicos machistas, já que o mundo inteiro está do seu lado (até não-católicos); ninguem precisa fazer apostolado de uma coisa que todos os católicos já fazem muito bem. Todos os católicos (realmente católicos) sabem que Jesus Cristo é Deus: bobo seria quem fundasse um apostolado para ficar alardeando isso. Então, ouso chamar-lhe bobona ou ao menos desocupada.

    2) A maioria dos católicos vai para a missa nova sem nnhum problema; um sem-numero comunga em pecado; um grande numero de padres acha que não tem importancia; a maioria dos padres e bispos (como disse o pe. Amorth) não acreditam no demonio e no inferno… então, como você ainda ousa defender missa tridentina, que o inferno existe, que não pode comungar em pecado, que o demonio existe?

    Não entendo como uma pessoa pode ver crises escandalosas em algumas coisas, mas para outras cede em tudo ao mundo. Em um cmenttario disse que o papa era traidor e agora fica querendfoe usar a altoridade desse mesmo papa pra dizer que está 100 porcento certa.

  24. Eu não defendo nada, mas absolutamente nada, de diferente do que defendem os maiores apostolados virtuais mundiais, recomendados pelos sacerdotes ortodoxos que conheço:
    http://es.catholic.net/mujer/

    http://www.mujernueva.org/

    http://www.sheilamorataya.com/

    Destaque especial para o primeiro site, sempre com sacerdotes muito piedosos e autorizados para tirar dúvidas.

    Das duas, uma:
    -ou os sacerdotes que tenho por ortodoxos (conheço muitos e converso com todos, e agora estou a excluir esses virtuais) apostataram todos e estão errados, como a Fernanda diz;
    – ou então estamos todos aqui no campo das opiniões e a desconsiderar a orientação sólidamente doutrinal de bons sacerdotes.

    Dos livros todos que li de Dom Rafael Llano Cifuentes, nunca houve uma vírgula dele com a qual eu discordasse. Logo…

  25. Contudo, o Catecismo, que nem fala nisso, não é a melhor fonte para averiguarmos os deveres dos cônjuges. Uma vez que de leis se trata, a melhor fonte é o Código de Direito Canónico.

    O Direito matrimonial canónico substantivo tem como fonte principal o título VII do IV livro do Código de Direito Canónico, cânones 1055 a 1163. No título I do VII livro, parte III, cânones 1671-1707 está contido o Direito processual. Para as Igrejas Orientais unidas a Roma vigoram outras normas.

    Sugiro a leitura destes cânones, mormente os relacionados com os deveres específicos dos cônjuges e não vamos encontrar lá: dever do homem: prover o sustento da família. Dever da mulher: ficar em casa e cuidar dos filhos.

    Isto não existe no Código de Direito Canónico.

  26. Srta. Teresa,

    Em suas consultas a sacerdotes nomeadamente de moral e doutrina Católicas brilhantes, conseguistes falar com o Fr. Peter R. Scott, FSSPX??

    O SEU APOSTOLADO É EM DEFESA DE LEFEBVRE NÃO É MESMO??

    Não entendo o porque deste seu deslize:

    http://www.sspx.org/Catholic_FAQs/catholic_faqs__traditional.htm#feministicmovement

    Claro que diante sua excelsa caridade Cristã e de exímia proficiência em línguas, não lhe será custoso fazer-nos uma CORRETA tradução dos dizeres OFICIAS DA FSSPX SOBRE O FEMINISMO E O FALSO MAGISTÉRIO POR TI TÃO APAIXONADAMENTE ABRAÇADO….

    Bom, como é de costume haver confusão nos escritos e interpretação modernistas, adianto-me e favorecerei minhas caríssimas irmãs católicas VERDADEIRAMENTE TRADICIONAIS com a parte mais saborosa do texto acima, vez que ser poliglota hoje não é mérito de ninguém, mas uma questão de saber usar certa ferramenta virtual …

    “É essa autoridade de um homem sobre sua esposa (e não dos homens sobre mulheres) que os liberais detestam, e que, lamentavelmente, o Papa João Paulo II lutou contra, baseando-se nos falsos direitos do Homem. Em sua análise desta mudança de ensino, o autor Luigi Accattoli não hesita em afirmar que o Papa “corrige o ensinamento de São Paulo” (Quando um Papa pede perdão, Alba House, pp.105-108, 1998) .

    Em relação à natureza radicalmente feminista de afirmação da igualdade no casamento de marido e esposa, basta citar algumas passagens do referido autor, com base na Encíclica papal Mulieris Dignitatem, de setembro de 1988:

    “O mais ousado do curso também é encontrado em Mulieris Dignitatem, que contém um resumo das referências bíblicas às mulheres e CORRIGE DOIS MIL ANOS DE INTERPRETAÇÃO DAS PASSAGENS EM SÃO PAULO, que descreve o homem como a “cabeça” da mulher. Ele ainda corrige São Paulo – ou se baseia em seus escritos antigos -, quando ele afirma: “Todas as razões em favor da sujeição da mulher ao homem no casamento deve ser entendido no sentido de uma sujeição mútua dos dois por Cristo “(Ibid., citando Mulieris Dignitatem 9, 24).

    Accattoli certamente é preciso em apontar que esta é uma transformação radical no ensino da Igreja. NINGUÉM PODERIA POSSIVELMENTE DUVIDAR DE QUE A LETRA E O SENTIDO DE SÃO PAULO SÃO DE UMA SUBMISSÃO UNILATERAL, E QUE O PAPA, AO REINTERPRETÁ-LA COMO UMA “SUJEIÇÃO MÚTUA” ESTÁ ESVAZIANDO O TEXTO DE TODO O SEU SENTIDO E INDO DIRETAMENTE CONTRA A REVELAÇÃO DIVINA EM RAZÃO DE SEUS PRINCÍPIOS HUMANISTAS E FALSOS SOBRE A IGUALDADE E A DIGNIDADE DO HOMEM.

    As verdadeiras esposas femininas irão, consequentemente, abominar esta perversão feminina da Verdade Católica, e praticarão a submissão e obediência, que ambas, a natureza e a graça, as inclinam para.

    [Respondida pelo Padre. Peter R. Scott]

    Diante disto, RENOVO E INSISTO: retire do título do vosso blog o nome de Dom Lefebvre!!!

    Ao menos nisso, seja coerente!!

  27. Acho que não adianta mais discutir com a Teresa. Ela já provou que não tem muita noção de realidade, em diversos aspectos.

    Disse, por exemplo:

    “E, Maria das Mercês, não exagere: o nível de vida em Portugal é óptimo na maioria – exceptuando-se agora a crise financeira -; e um português que vá daqui com dinheiro para o Brasil (vinte mil euros já era o bastante) para ser aí bem endinheirado.A diferença é abismal, sim senhora.”

    Vinte mil euros correspondem a apenas 50 mil reais (ou menos) no Brasil. Isso não torna ninguém rico por aqui. Não dá para comprar nem um apartamento decente com esse valor. Existem locais no Brasil que o nível de vida é caríssimo (Brasília, São Paulo capital, por exemplo). Quem tem um patrimônio tão fraquinho desses por aqui, passa muitos apuros, mesmo vivendo em regiões mais modestas. Por que você acha que todo mundo no Brasil quer ser funcionário público? Sabe quanto ganha um Procurador do Trabalho em nosso país? 20 mil reais por mês. Pouco menos de 10 mil euros na sua terra (por mês, veja bem, sendo que por ano uma pessoa dessas recebe cerca de 120 mil euros). Essas são pessoas ricas por serem funcionárias públicas.

    Porém, não vou ficar aqui a apontar todas as contradições de Teresa. Elas já foram muito bem explicitadas, mas Teresa continua sem querer entender.

    Fazer o quê?

    Santa Teresinha do Menino Jesus, põe juizo na tua chará! Porque, ai, coitadinha…

  28. A Fran já disse tudo, subscrevo tudo tudo tudo na íntegra.

    A mulieris dignitatem apresenta uma nova concepção da mulher.

    E eu fico com a mulieris dignitatem!!!

    Fran,
    na FSSPX, graças a Deus, nem todos os sacerdotes pensam do mesmo modo.

    Na Europa, os sacerdotes não dizem que a mulher deve (somente) ler livros de costura e de cozinha.

    PS: O meu bispo preferido, e que me detestaria caso me conhecesse, é Dom Richard Williamson. Eu gosto imenso deste grande bispo, não obstante me ferir o coração de cada vez que ele abre a boca para falar de mulheres.

  29. “A Fran já disse tudo, subscrevo tudo tudo tudo na íntegra.”

    Ah, que bom! Vê-se que a eminência lingüística das pessoas é bem relativa hoje, né? Podemos até fazer uma corretíssima tradução através de um mísero tradutor virtual. Veja, você mesma concordou com a tradução feita através da interntet!!

    Oh! Então não é exagero atestarmos aqui que, MESMO EM CASA A MULHER TEM ACESSO À CULTURA, ARTES, CIÊNCIAS, CIDADANIA, INFORMAÇÃO, NÃO SENDO UMA NECESSIDADE IMPERIAL DE SUA REALIZAÇÃO TER ISSO FORA DE CASA !!!!

    OU SERÁ QUE O SEU OBJETIVO É OUTRO??

    Nós já percebemos que a sua defesa aqui caríssima é a miserável busca pelo status, reconhecimentos pessoal, ganhos financeiros, enfim, VÃ GLÓRIA, ORGULHO E VAIDADE Teresa. VÁ LER SÃO CASSIANO, A 15ª CONFERÊNCIA DOS SANTOS PADRES DO DESERTO

    A mulieris dignitatem apresenta uma nova concepção da mulher.E eu fico com a mulieris dignitatem!!!

    Ué, isso não me surpreende!!!

    Ocorre que agora, a própria srta atesta que abraçou a doutrina modernista liberal hodierna, vez que retira da Sã Doutrina Católica apenas o que lhe agrada, e não o que agrada a Deus, além de guiar-se pelo vento, mudando de pensamento à mercê de suas conveniências.

    Vamos lá, coragem, Teresinha: ASSINE EMBAIXO TAMBÉM!!

    Aqui você tem uma vantagem quanto aos prelados, não precisa se vestir de ovelhas e camuflar suas vestes. Já estamos bem treinados srta e sabemos identificar essa fedentina modernista.

    “na FSSPX, graças a Deus, nem todos os sacerdotes pensam do mesmo modo.

    Como? Você ainda agradece a Deus pela heterogeneidade ideológica? Pelos cismas internos? Pelas discórdias?

    Ah! Ou você não lê o que escreve ou tem má-fé, além de não estar seguindo bem a cartilha de desejo pela união na Igreja tão desejada por SS Bento XVI e de seu amadíssimo JPII!!!

    Mais uma fora Teresa, mais uma!!

    “Na Europa, os sacerdotes não dizem que a mulher deve (somente) ler livros de costura e de cozinha.”

    Mas você atira pra todo lado hein? Que verborragia estéril.

    Vem cá, o que tem a ver a localização geográfica com os dizeres da Fraternidade hein?

    E MAIS, NÃO É NA EUROPA QUE DIZEM ISSO? ENTÃO ME RESPONDE: ONDE É QUE DOM TISSIER RESIDE MESMO?

    AH, POR FAVOR, VOCÊ É QUEM CANSA O OUTROS E SE CANSA!
    E pra provar sua má-fé e sua falta de atenção ao que escreve (mas, não é você que é perfeccionista?), leia, DE NOVO, a pergunta feita:
    Q: QUE LIVROS VOCÊ PENSA SER MAIS ESSENCIAIS AOS FIÉIS NESSES DIAS?
    Nunca, mas nunca e nunca Dom Tissier falou em SOMENTE TAIS LIVROS.
    VAMOS LÁ! MEA CULPA!

    “PS: O meu bispo preferido, e que me detestaria caso me conhecesse, é Dom Richard Williamson.
    Huuuum. Então vamos lá: quais seriam as razões para te detestar? Com certeza ele não faz acepções de pessoas por sua pele, etnia,

  30. “PS: O meu bispo preferido, e que me detestaria caso me conhecesse, é Dom Richard Williamson.
    Huuuum. Então vamos lá: quais seriam as razões para te detestar? Com certeza ele não faz acepções de pessoas por sua pele, etnia, nacionaliade, etc. Por que será hein? Ah! Claro querida pelo sue MODERNISMO LATENTE E SUA IMPENITÊNCIA.

    “Eu gosto imenso deste grande bispo, não obstante me ferir o coração de cada vez que ele abre a boca para falar de mulheres.”

    Ah! Vamos lá de novo: você gosta da pessoa dele? Pela beleza dele? Huuum deve ser né? Quem sabe a voz? Ou será que num surto de lucidez a srta. O ADMIRA PELA DOUTRINA QUE CRÊ E VIVE, CUSTE O QUE CUSTAR? Ai não é isso, veja, a srta o admira pela FORMA de viver a fé dele, isto é, de forma aguerrida, persistente – ou com unhas e dentes (caninamente rsrsrsr) como queira – coisa que qualquer outra pessoa faz. Mas da doutrina que ele abraça, você passa é longe !!!

    Ah! Ô Dom Williamson, não fere o coraçãozinho da Teresinha pôxa! Ah, Teresa! Vai ler sobre a vida de GRAAANDES SANTAS! Imagina ser queimada numa fogueira, decapitada, mutiliada, ter seus bicos dos seios arrancados, seus olhos, ser grelhada. Ah, será que seu coraçãozinho aguentará só de ler isso aqui? Imaginem quando for ter um parto: não tem noção da dor que é querida!! Você não tem noção! É muuuuuita dor! Seu coraçãozinho vai agüentar?

    ACORDA MENINA! SER CATÓLICA NÃO É PRA QUALQUER UM!

    AVANÇA AO INVÉS DE RETROCEDER NA TUA VIDA ESPIRITUAL!

    Se você não teve quem te ensinasse a ser assim antes, agora crescida e ciente da fé católica, haja, assuma-se, VIRE UMA MULHER DE FIBRA!

    AH, e porque quando o Rochedo Williamson fala de mulheres isso te fere hein? Hum? Justamente porque ele te contraria, pois quando algo contraria você não gosta e se magoa não é? Haja vista o que SS Bento XVI fez há pouco com seus governantes não é? Ô como diriam aqui: magoou!


    Pra terminar, respondo-lhe sua objeção de não ter comentado que Dom Lefebvre não era e NUNCA FOI sedevacantista, a despeito de tal ser uma tônica sua DESVIAR O ASSUNTO – que a propósito é o que faz esse post se prolongar – pensando a srta. que sairá “vencedora” em sua empreitada de defender o indefensável – sendo que já se despediu daqui umas trocentas vezes e não SAI (Por que hein?) rsrsrs ai ai – PORQUE EU NÃO ME DOU O TRABALHO DE DIZER O ÓBVIO.

    Como já muito bem dito pelo Moisés acima – September 10th, 2010 at 7:34 pm – ninguém precisa fazer apostolado de uma coisa que todos os católicos já SABEM muito bem!!!

    Deve ser por isso que esse seu apostolado aqui não se encerra né?
    Os católicos aqui, caríssima, SABEM MUITO BEM QUE O QUE VENDES, E NÃO VÃO COMPRAR.

Os comentários estão fechados.