[Em complemento ao post anterior do Deus lo Vult!, permito-me reproduzir na íntegra um email enviado pelo Carlos Ramalhete à lista Tradição Católica no início do mês passado. Achei que ele já estava disponível em algum lugar da net e ia somente linká-lo ao final do post passado; procurando, no entanto, não o encontrei. O texto é bem longo, mas é precioso. Recomendo enfaticamente a sua leitura atenciosa.
Fiz questão de mantê-lo tal e qual foi enviado, com os exemplos pessoais que foram lá citados, por considerá-los muito úteis e extremamente didáticos. Apenas fiz ligeiras correções tipográficas.
Fonte: Tradição Católica e Contra-Revolução.]
Pax Christi!
>Não concebo, e outros comigo como já falarei, que no matrimónio um
>seja superior e outro inferior, como ocorre numa hierarquia.
Creio que esteja havendo um grave engano sobre o que signifique hierarquia.
Isto não é incomum, devido à perversão do termo pela modernidade, e que é provavelmente o que faz com que ele seja evitado, a não ser em algumas raras ocasiões em que há alguma analogia com as hierarquias modernas (por exemplo, ao tratar de hierarquia eclesiática, caso em que a confusão leva a coisas como a tentativa americana de responsabilizar o Papa por crimes cometidos por um padre, como se o padre fosse um subordinado hierárquico ***no sentido moderno*** do Papa).
Vamos então ver algumas das diferenças:
1 – Na compreensão clássica de hierarquia, “superior” e “inferior” não são categorias ontológicas (ou seja, “ele é meu superior” não significa em absoluto que ele seja melhor do que eu);
2 – Na compreensão clássica de hierarquia, não há autonomia decisória do superior (ou seja, ele não tem o direito de inventar nada. Ele não pode chegar e dizer “doravante tudo será assim ou assado”, exigindo obediência incondicional);
3 – Na compreensão clássica de hierarquia, não há autonomia individual a ser afirmada ou negada (ou seja, não se trata nem de impedir o outro de ser de uma maneira, como o sargento treinador impede os soldados, nem de poder ou não poder tomar decisões, como é a diferença entre um subordinado e um superior numa hierarquia moderna). Isto ocorre pq a noção de indivíduo que é empregada na categorização hierárquica moderna não condiz com a noção de indivíduo que é operante na hierarquia clássica.
Vamos, então, por partes. A hierarquia clássica é entendida como um modo de pertença perfeita a uma ordem que começa e termina em Deus. A autoridade do superior (e estou usando este termo no sentido clássico; até eu chegar na definição de “superior”, peço que leiam como se fosse uma palavra doida qualquer, sem sentido: “a autoridade do peteléquio”, sei lá) começa e termina num enquadramento nesta ordem maior. Não se trata de uma autoridade autônoma ou delegada no sentido moderno (como a autoridade do capitão é delegada da do major, coronel, general, presidente, povo). Há, assim, ao mesmo tempo, uma liberdade enorme e uma restrição igualmente enorme em relação à noção moderna de hierarquia.
Enquanto na noção moderna o superior tem uma “listinha” de ordens que pode dar (por exemplo, o capitão não pode mandar os soldados atirarem no próprio pé deles), na hierarquia clássica não há limites deste tipo (“listinha”) nas ordens que o superior (o “peteléquio”, se quiserem) pode dar. Só para ficar no meio militar, onde isso é mais claro e preciso, é pensar em Aníbal atravessando os Alpes com elefantes. Por outro lado, na hierarquia clássica há uma necessidade absoluta e premente de que tudo se encaixe na ordem maior, na “ratio divina” de que nos falava São Tomás, ordem maior esta que engloba basicamente tudo o que ordena o universo, da lei da gravitação universal à lei natural, passando pela proibição de roubar e pela adequação de enfeites brilhantes à natureza feminina (ou seja, proibir as mulheres de usar jóias foge à “ratio divina”), até cada pequeno ato de cada pessoa (por exemplo, o movimento dos meus dedos que me faz digitar “ratio” e não “artio”). ***É esta a razão de ser da hierarquia***.
Deste modo, a alternativa é entre hierarquia e caos, pecado, desordem (são sinônimos). Hierarquia é ordenação, mas não ordenação arbitrária como na noção moderna. Há nela autoridade, mas não uma autoridade de arbítrio pessoal como na noção moderna. A hierarquia é o “encaixe” em toda a ordem do universo, e existe em toda parte e em todo lugar. Não há nem poderia haver nada sem hierarquia; nem mesmo o Inferno é desprovido de hierarquia, porque a hierarquia, no sentido clássico, é sinônimo da ordem que, em seu mínimo, é necessária à subsistência (é a hierarquia das ligações atômicas que faz com que o ar não se torne subitamente venenoso) e, em sua perfeição (ou seja, quando a hierarquia passa plenamente de potência a ato) é sinônimo de santidade.
Assim, na hierarquia clássica, a posição do superior é ao mesmo tempo uma posição de serviço, mas não de serviço ao homem (como o capitão serve ao major) ou a uma idéia (como o presidente serve ao povo). O serviço é a uma ordem muitíssimo maior que aquela minúscula instância da Criação, dentro da qual compete ao superior encaixar aquilo que é de sua responsabilidade.
A idéia moderna, modernésima, irracional e herética, de uma igualdade completa é em seu âmago a negação da ordem. É, em sua essência, o brado satânico de “non serviam!”, “não servirei!”. Note que quem disse isso não foi a mosca do cocô do cavalo do bandido, mas o maior de todos os anjos. Não servir implica não só – dentro da noção clássica de hierarquia – em negar-se a receber ordens, mas também em negar-se a dá-las. Trata-se de uma negação ***da ordem***, da adequação do fim último ao princípio primeiro.
Como já escrevi alhures, ao escolhermos como arrumar os livros na estante ou as roupas no gaveteiro, estamos fazendo uma distinção hierárquica. Esta distinção, contudo, só é verdadeiramente hierárquica quando ela é conforme à “ratio divina”. Se um louco entrasse na minha biblioteca, com seus cento e muitos metros de estante, e arrumasse os livros por ordem de tamanho ou pela ordem alfabética da terceira palavra da quinta página, ele estaria criando uma falsa hierarquia (e estaria pedindo uma bela surra, que eu lhe aplicaria de muito bom grado!). Não importa se a arrumação por ordem de tamanho (que seria perfeitamente adequada se fosse um só metro de estante, aliás, ao invés de cento e muitos) está impecavelmente bem feita: ela não está conforme à “ratio divina”, por ordenar pelo acidente mais irrelevante e não pela essência. Não há arbitrariedade compatível com uma hierarquia perfeita; aquela só pode existir dentro de uma suposta igualdade.
Aí poderia vir alguém, com a cabeça inflada de idéias modernas, dizendo que a hierarquia é feia, chata, boba e má (ou, nas palavras do poeta, que “o mal é bom e o bem cruel”), porque impede um pleno desabrochar de cada um ao querer inseri-lo numa ordem que lhe seria externa. Ao que respondo que não, esta ordem não lhe é externa. É a mesma ordem que faz com que respire, coma e digira, ande, pense ou aja que lhe dá o lugar em que ele pode desabrochar plenamente. A igualdade completa entre pessoas é como a arrumação dos livros por ordem de tamanho: é tomar o irrelevante como ordenador do relevante. Só é relevante a igualdade entre as pessoas quando é necessário distingui-las de quem não é igual a elas. Assim, é relevante esta igualdade (que existe e é igualdade na dignidade humana) quando se quer tratar macacos como gente, quando se quer matar bebês dizendo que eles são “tecido indesejado”, ou quando se afirma que a mulher é equiparada a um animal. Ou seja: é relevante que a mulher é igualmente dotada de dignidade humana (e é nisso que ela é igual ao homem), é igualmente capaz de razão (e é nisso que ela é igual ao homem), é igualmente chamada à santidade (e é nisso que ela é igual ao homem) quando se afirma que ele é digno, racional e chamado à santidade, ***e se nega que ela o seja***.
Deste modo, é perfeitamente irrelevante esta igualdade, que é verdadeira, quando se trata da ordenação hierárquica de seres humanos dentro de um contexto não apenas natural, mas elevado à ordem sobrenatural pela instituição do Sacramento do Matrimônio. Se já havia uma necessidade de hierarquia (no sentido clássico: adequação à “ratio divina”) no matrimônio natural, mais ainda a há no Matrimônio cristão.
Como já lembrei, o matrimônio é o múnus da mãe (matri munus). A mãe, graças ao bom senhor Deus, difere do pai. E é pela diferença, não pela irrelevante igualdade, que se pode fazer a hierarquia. De que adianta reconhecer que todos os livros da estante são livros para que sejam ordenados?! A igualdade é irrelevante justamente por não ser possível a ninguém negá-la. Só cabe afirmá-la quando ela for negada ou não existir (“isto não é um livro, é uma caixa em forma de livro”). Ora, ela existe, e é pressuposto que sejam dois seres humanos que se casam, não um homem e uma cabra.
Assim, para a reta compreensão desta hierarquia, é necessário que se percebam ***as diferenças***, e que a ordenação (muitíssimo mais complexa e multi-nivelada que uma ordenação de livros numa estante) seja feita em função delas.
Se tomarmos características femininas e masculinas, fica mais fácil entender qual é esta hierarquia e como ela opera dentro do matrimônio. Façamo-lo.
O homem é naturalmente voltado para fora. Como já escrevi, só um homem teria a idéia de jerico (pela qual agradecemos e sem a qual não estaríamos aqui no Novo Mundo) de, ao ver um tronco atingido por um raio e tornado oco, empurrá-lo para a água, entrar dentro e ir ver o que há do outro lado da grande água. Este foco no exterior faz com que o homem tenda a ser mais indiscriminadamente agressivo, atacando mais do que defendendo.
Já a mulher, ela é naturalmente voltada para dentro, para o círculo de pessoas e coisas que ela tem como suas; aquilo, em suma, que ela ama. É ela quem chora ao ver que o homem, irredutível, enfiou-se na casca de tronco e se meteu água adentro. Enquanto o homem quer subir ao último galho da árvore, a mulher quer que o filho não se machuque, e não gosta de vê-lo subindo na árvore. Este foco no interior faz com que a mulher tenda a ser muito mais discriminada e impedosa em sua agressão, voltada para a defesa e não para o ataque. Uma mulher faz prodígios para defender um filho, ou mesmo o homem que ela ama.
Só para eu não deixar de mostrar o marido babão que eu sou, conto um prodígio da minha esposa. Morávamos em uma casa abaixo do nível da rua, com mais andares para baixo. A Carla estava cuidando de um canteiro no nível da rua, e eu estava na garagem (um andar alto abaixo, cerca de cinco metros), consertando a moto. Minha filhinha, então naquela fase em que os bebês engatinham para a frente e dão ré para descer degraus, sem que eu visse (eu estava a uns 4m dela) resolveu descer de ré pela lateral de uma escada que levava ao andar inferior. Coisa de três metros de altura, de onde cairia em degraus de cimento nu e áspero. A Carla a viu “mirando” o fraldão, e simplesmente pulou de onde estava (5m de altura!!), percorreu em dois passos a distância que ainda a separava da pequena, e a pescou. Se eu tentasse fazer isso, quebraria as duas pernas com certeza.
Ora, isto é magnífico. Magnífico e, se desordenado, perigosíssimo.
É este foco para o interior que faz com que a mulher consiga, ao contrário do homem, manter perfeitamente a ordem na casa. E é este mesmo foco que faz com que a mulher tenha uma dificuldade muito maior que a do homem em perdoar qualqer atentado àqueles que ama.
O homem, deixado sozinho, vai dirigir seu foco para o exterior. Um solteirão com a casa impecavelmente arrumada vai beber vitamina direto do copo do liquidificador, por exemplo. Já a mulher, deixada sozinha, vai dirigir seu foco para o interior, defendendo-o de tudo o que é exterior. Ai de quem ferir um filho seu! Ela nunca o perdoará.
É por isso que o homem é, como já escrevi, o “ministro das relações exteriores”. Ele é mais naturalmente capaz de ir lá fora, retirar agressivamente do mundo o sustento da casa, e, lá chegando, relaxar. Já a mulher é, como também escrevi, o “primeiro ministro”. Ela é mais naturalmente capaz de proteger e manter uma ordem perfeitamente adequada à “ratio divina”, sem atalhos ou deslizes masculinos.
Isto faz do homem o “cabeça do casal”, no sentido que é ele quem fala com o mundo, é ele quem ouve o mundo, é ele quem faz caretas e morde quando é preciso. Se a questão é o lugar da família no mundo, é dele a primazia. Vale perceber, inclusive, como os constantes conflitos entre noras e sogras decorrem, justamente, da atitude agressiva contra o exterior que ambas têm, com cada uma considerando a outra como externa ao seu círculo e afetando negativamente alguém que elas amam.
Por outro lado, o foco do homem no exterior faz com que ele não seja capaz de manter e construir um lar. Ele consegue até fazer um alojamento e mantê-lo, mas não um lar. Por isto, a primazia nos assuntos domésticos é e tem que ser da mulher; é ela o “coração” que bate e mantém a vida.
Eu mesmo, por exemplo, passei a tarde quase toda fora fazendo o que chamei de “gincana da patroa”, comprando coisas que ela afirma serem indispensáveis para a manutenção da casa (um sistema para puxar água para molhar plantas, basicamente; trocentas pecinhas, a comprar em várias lojas diferentes). A minha participação no processo decisório destas coisas é perfeitamente secundária, apesar de ser o meu dever arranjar o dinheiro para comprá-las e a força para instalá-las (no caso, temos um caseiro que pode fazê-lo… mas quem tem que pagar o caseiro sou eu; estou terceirizando).
A hierarquia doméstica, assim, tem mão dupla. O homem é sim o superior da mulher no sentido de que é dele a responsabilidade de ordenação daquele núcleo familiar à instância de ordem imediatamente superior, que é a sociedade (a rua, a cidade, o país). Isso é inegável, e seria perigosíssimo se fosse de outra maneira.
Isto não significa em absoluto nem que ele seja melhor do que a mulher (seria uma piada afirmar uma besteira dessas), nem que ele possa agir de forma arbitrária, nem que ele possa mandar nela como se ela fosse um cachorro (ou ele um sargento e ela um soldado), nem que ela não possa sair de casa, trabalhar, etc. Significa, sim, que é dele que se pode esperar, e é dele que se deve cobrar, que sejam feitas as relações primordiais do núcleo familiar com a sociedade como um todo: sustento, defesa, representação, etc. Ele não é alguém que decide e a família baixa a orelha, mas sim o seu representante, o encarregado, o que age não em função de si, mas da família. O fato de o homem ser o superior faz com que ele seja quem menos tem voz, na prática. Exatamente por ele ser o superior, por ser dele o múnus do pai (patri munus), é ele quem tem que – por exemplo – abdicar de seus desejos (por exemplo, de consumo, de viagem, de formação…) em prol da família. O sacrifício só pode ser exigido como dever de estado do homem, não da mulher.
Mas dentro de casa, dentro do núcleo familiar, dentro do lar, é da mulher a primazia. É ela, não ele, quem tem como dever decidir e fazer a perfeita ordenação da família à “ratio divina”. A manutenção desta ordem intrafamiliar é o múnus da mãe, o “matri munus”. E isso inclui, como lembrei várias vezes, não só uma arrumação de móveis num apartamento (apesar de que ela tem, sim, a autoridade para decidir sobre isso).
Como já escrevi, um dos horrores advindos da modernidade é justamente esta transformação do lar em uma caixinha fechada (apartamento, casa com quintal…), deixando de ser o lar, por definição, uma unidade de produção ***econômica***. A família clássica vivia não em uma caixinha da qual o homem se desloca para ganhar seu pão em outro lugar, mas em uma propriedade rural produtiva, ***gerida economicamente pela mulher*** (a “mulher virtuosa” dos Provérbios, por exemplo), da qual o homem é o representante junto à sociedade exterior (o Conselho dos Anciões dos Provérbios, no qual o marido da mulher virtuosa é bem recebido).
O modelo burguês, moderno, de pessoas vivendo em caixinhas e o homem tendo que sair do lar para ganhar o pão, é a raiz da escravização da mulher que tanto marcou (e marca ainda) a sociedade. De produtora rural, a mulher passou a tomadora de conta de caixinha. De alguém que vivia, trabalhava e produzia, a mulher passou a espanar móveis e fazer crochê. Ora, isso é absurdo! Uma mulher é muito mais do que isso!
Conheci uma senhora que conseguiu, em ambiente urbano, recriar o modelo clássico: ela era a proprietária de um posto de gasolina. Conheço outra, tabeliã, com o cartório no andar de baixo da casa, que fez o mesmo. São mulheres fortes, admiráveis, com muitos filhos e uma vida longa e feliz, que conseguiram o que é o mais correto: fazer com que o seu trabalho fosse um trabalho em prol ***do lar***, ocorrendo nele. “Vestiram a camisa” não de uma firma “lá fora” (o que causaria um conflito enorme entre dois círculos a defender, a firma e o lar), mas do lar como unidade econômica produtiva: lar-com-posto, lar-com-cartório. E poderia ser lar-com-consultório, lar-com-escritório, etc.
Nunca, em nenhum momento, elas deixaram de lado a verdadeira hierarquia.
Espero ter ajudado.
[]s,
seu irmão em Cristo,
Carlos
Ó criatura, eu n tenho pq ficar batendo boca com vc!
Faça o seguinte: vá ao priorado da FSSPX em Paris e veja por si mesma!!
Eu n estimulo divisão de nada, porque não uso a linguagem baixo calão que (os super católicos) estão utilizando aqui.
Veja bem, eu aceito os santos da Igreja, aceito a doutrina da Igreja e combato os erros.
Agora a sra ou srta considera erro algo que os sacerdotes da FSSPX aceitam como correcto. O que posso fazer contra isto?
Divisões internas é óbvio que há, isso é evidente a qq um e n fui eu quem as inventou ou criou. Basta ouvir Dom Williamson e ouvir Dom Fellay.
Mas eu n tenho pq bater boca com uma sedevacantista que acha que a Igreja já não tem magistério válido.
Quanto à sua tradução de Internet, eu n fui confirmar, dei crédito às suas palavras. Nem fui nem vou, pq n tenho tempo para isso.
Acredito que o padre tenha dito isso, pois ele costuma ser bastante radical, a quando dos anglicanos na Igreja foi a mesma coisa.
Mas saiba e tenha por seguro – venha!!! e vá a Paris!!! – que muitos sacerdotes da Fraternidade não pensam deste modo.
Se a srta fala tão mal dos Papas é sedevacantista; se é, não receber orientação sacerdotal válida.
Eu recebo.
Passe bem… longe!
A auto-realização completamente legitimada e justíssima:
«Um dos maiores problemas de que se deve ocupar esta Conferência é o exame dos efeitos, sobre a vida familiar, dos modelos em evolução, da actividade das mulheres fora de casa, juntamente com os justos pedidos de uma distribuição mais égua das responsabilidades familiares entre pai e mãe.
Consenti-me, em nome da Delegação da Santa Sé, tecer algumas considerações sobre este tema: em primeiro lugar, a Igreja católica faz referência à Sagrada Escritura que, desde o princípio, desde os primeiros capítulos do livro do Génesis, insiste no facto de a dignidade humana pertencer em igual medida à mulher e ao homem, devido à criação de ambos por parte de Deus, como varão e mulher (Gén 1, 27).
Na evolução da mulher dos nossos tempos é preciso reconhecer a igualdade da dignidade entre, por um lado, o papel da mulher na família como mãe e, por outro, o seu papel na vida pública e profissional.
Isto significa que todas as actividades públicas e profissionais devem estar abertas em igual medida aos homens e às mulheres. Apresentar-se cada vez maior número de mulheres no mundo do trabalho oferece, com efeito, muitas oportunidades interessantes para a renovação da sociedade e ao mesmo tempo muitas possibilidades para a _auto-realização das mulheres._
O problema da justa divisão das responsabilidades familiares; entre pai e mãe, requererá em particular um processo de educação dos homens para as suas responsabilidades neste âmbito [da partilha das tarefas domésticas com a esposa]. As mudanças legislativas terão em vista mais tempo livre e tranquilidade para os homens, mas eles deverão aprender a usar este tempo e esta tranquilidade para prestar o seu vital contributo ao desenvolvimento da família e ao mútuo enriquecimento de todos os seus membros.
Fim de todas as decisões que dizem respeito à divisão das responsabilidades familiares deve ser o consolidamento daquela “comunhão de amor e vida” que é a família.»
( XVII CONFERÊNCIA DOS MINISTROS EUROPEUS RESPONSÁVEIS PELAS QUESTÕES FAMILIARES COM O TEMA: “TEMPO PARA O TRABALHO, TEMPO PARA A FAMÍLIA”; INTERVENÇÃO DE DOM JOZEF TOMKO, CHEFE DA DELEGAÇÃO DA SANTA SÉ – 20 de Maio de 1981)
De 81 para cá, foi sempre João Paulo II e Bento XVI a falar nesta divisão de tarefas e na promoção sócio-profissional da mulher.
Uma coisa é não aceitar a voz oficial da Igreja, outra é camuflá-la fazendo-a dizer o que não diz.
Combato os mesmos erros que sempre combati, mas não acredito que o magistério, a teologia, a exegese bíblica tenham congelado. De contrário, já não teríamos a Santa Igreja Católica, mas uma anti-igreja. E quem defende isto é o sedevacantismo.
Há muitos sacerdotes da FSSPX – tenho e-mails com fotos!!! – a dar diplomas e medalhas a professoras, a directoras executivas, e geralmente mulheres com vários filhos.
Esta senhora que se manifestou vá a Paris e verá inúmeras famílias numerosas: com bebés, crianças, jovens; mães com vários filhos e com profissões fora do lar.
Todas têm e recebem orientação sacerdotal.
Mas, a partir do momento em que absolutamente tudo o que os Papas pós-Concílio fazem foi tudo mau, a partir do momento em que os sacerdotes quase todos apostataram, e só os puríssimos (sem caridade, saliente-se) estão certíssimos, então está tudo dito quanto à validade dos argumentos.
O novo catecismo e o código de direito canónico – e agora não falo para ultra-trads – não fazem essa divisão compartimentada de papéis e deveres, antes separam essencial do acessório.
Jorge, que tal você fazer um podcast sobre esse assunto da hierarquia no matrimônio?!
Sabem por que todas as manifestações públicas que se fazem no Brasil são de esquerdas? Sabem por que não há meios de se fazer uma passeata anticomunista ou antiabortista com o número expressivo de centenas de milhares de pessoas, ou mesmo de milhões, como as Marchas pela Família com Deus pela Liberdade que precederam a Revolução de 1964? Sabem por quê? Porque não temos mais donas de casa. Porque eram as donas de casa — vagabundas, na concepção distorcida da tia portuguesa — que, dispensadas das preocupações com o trabalho, podiam organizar aquelas manifestações monstro a que nossos pais e avós assistiram. Hoje, nas boas famílias, tanto homens e mulheres são escravos de seus respectivos empregos e empresas, e não podem mais se dar ao luxo de dedicar-se ao ócio político — assinala Aristóteles que a política, assim como a contemplação, exige o ócio e, por isso, o ócio, digam o que quiserem os cripto-calvinistas do Opus Dei, dignifica mais o homem que o trabalho. Hoje, a mulher está no mercado de trabalho, dando sua contribuição ao capitalismo selvagem no sentido de rebaixar o valor pago pela mão-de-obra masculina – única eficácia que tem a participação da mulher nesse contexto social. Enquanto isso, os vagabundos da esquerda ocupam as ruas e tomam a política.
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Complementando o Caríssimo Aparecido:
Uma causa oculta da violência
Victor Peregrino
Um dos mitos modernos é o de que, para “crescer e realizar-se como pessoa”, a mulher precisa “libertar-se” do lar e buscar uma atividade profissional externa, competindo com o homem no mercado de trabalho “de igual para igual”.
Embora se trate de uma falácia que não resiste à análise, o fato é que a mentalidade e o comportamento sociais já sofreram um desvio irreversível nessa direção. Hoje em dia, em vez de o trabalho do homem bastar para o sustento da família, a necessidade impõe, para maioria, também o concurso da mulher.
Os resultados são evidentes nas estatísticas referentes à saúde feminina. A mulher compete “de igual para igual” com o homem nos fatores de óbito: a doença coronariana e o câncer, estatisticamente irrelevantes há uma ou duas gerações, já são as mais importantes causas de mortalidade entre as mulheres, que, não por acaso, também se tornaram grandes consumidoras de álcool, fumo e psicofármacos.
Outra conseqüência menos evidente da ausência feminina do lar é a crescente violência social, de cujos motivos dão-se a toda hora as mais disparatadas justificativas. É claro que a escalada da violência é um fenômeno complexo, cuja explicação não pode esgotar-se numa causa única, mas é curioso que uma concausa tão básica não seja sequer mencionada.
Uma pesquisa noticiada recentemente concluiu que, estatisticamente, as crianças criadas em creches têm maior predisposição à violência que as que crescem em contato permanente com a mãe, numa proporção de cinco para um. E isto independentemente da classe social das crianças envolvidas ou da qualidade da creche investigada, o que, por outro lado, desnuda uma outra falácia moderna – a de que são a pobreza e a falta de escola que causam a violência.
As crianças deixadas desde cedo em creches, para que as mães possam trabalhar, são privadas em tenra idade de “nutrientes” essenciais: o conforto da presença e a segurança do amor materno, jamais providos a contento por substitutas muitas vezes mercenárias.
Submetidas precocemente a uma socialização forçada, que as obriga a competir por atenção e cuidados com inúmeros outros indivíduos, o resultado, ainda segundo a mesma pesquisa, é que se tornam ansiosas, inseguras, ávidas da satisfação imediata de seus desejos, e agressivas para com os demais.
Outra conseqüência, esta ausente das conclusões da investigação, é que, no ambiente massificado da creche, a criança deixa de receber o influxo de valores morais que só podem ser transmitidos no seio da família.
Isto leva a refletir se seria possível encontrar para a mulher, no mundo das profissões, papel mais digno e gratificante do que o de formar seres humanos psicologicamente normais e moralmente sãos.
SP, 21/04/2001
http://www.montfort.org.br/index.php?secao=cadernos&subsecao=religiao&artigo=lefevbre-roma&lang=bra
Creche é uma instituição comunista.
Teresa,
As atividades específicas de cada um dos sexos são uma coisa tão natural que todo mundo faz até instintivamente. Ao contrário, é preciso doses cavalares de morfina intelectual para postular o contrário disso; daí se começa, por exemplo, a fazer “teologia por vacuidade” (= “não falou, logo não existe”), ou, por exemplo, a ignorar passagens claras do Magistério atual, ou ainda perder totalmente o senso das proporções e querer “revogar” uma encíclica com um discurso de um delegado apostólico!
Graças a Deus, a despeito dos teus esforços para destruir a boa teologia católica, o mundo continua normal.
Por exemplo, até nas legislações trabalhistas da maior parte dos países existe licença-maternidade em um tempo – rasgue as vestes quem quiser – enormemente maior do que a licença-paternidade.
Por exemplo, a Santa Sé pede “salário familiar”, i.e., um salário de tal maneira que seja capaz do marido sustentar a si próprio e à sua família.
Por exemplo, o Papa pede jornada de trabalho diferenciada para as mulheres, de modo que elaz possam cuidar da casa e dos filhos.
Mas tu insistes em não enxergar nada disso e, em uma leitura seletiva do Magistério, “pinçar” só o que te interessa, jogar no lixo vinte séculos de Cristianismo e ainda extrapolar – para muito longe, vale salientar – tudo o que o Magistério diz.
Volto ao que eu disse acima:
É disto que discordamos, Teresa, e não da possibilidade do marido lavar panelas enquanto a esposa faz pós-graduação.
Naturalmente, tu não trouxeste nada. Estendo o pedido. Traga alguma coisa assim – não precisa nem ser no Magistério – de qualquer lugar católico. Porque veja só o que eu encontrei no primeiro dos sites que tu citaste:
Si la familia juega ese papel fundamental en la sociedad, entonces, siguiendo el orden natural establecido por Dios, la doctrina tradicional reconoce la importancia de la mujer. Por obvias necesidades primarias es la madre la que está más cerca del hijo en los primeros años de vida.
http://es.catholic.net/mujer/460/973/articulo.php?id=9547
Olha só: são a Doutrina Tradicional e a ordem natural estabelecida por Deus quem afirmam que, por óbvia necessidade, a mãe deve estar mais próxima dos filhos nos primeiros ANOS (anos, Teresinha, e não “meses”) de vida.
Graças a Deus, Teresinha, para a virtual totalidade do mundo, resta mais do que óbvio que esposo e esposa não são engrenagens intercambiáveis da máquina matrimonial.
Abraços,
Jorge
Ah! Perdão, esqueci sobre o Catecismo.
Não vi a frase mas, concedendo que ela seja verdadeira, isso só significa que existem questões nos tempos modernos que não existiam na época de São Pio X e, para que se tenha uma visão mais abrangente da Doutrina Católica (estamos em um contexto de catequese), é importante que também essas questões sejam tratadas e conhecidas. Como o Terceiro Catecismo (por impossibilidade histórica) não as trata, então é necessário usar o Catecismo mais recente.
Isto não significa, de maneira nenhuma e sob nenhuma lógica, que as coisas que estão no Catecismo de São Pio X tenham sido revogadas, ultrapassadas, superadas, aggiornate nem nada do tipo. O que existe nos documentos antigos pode até estar incompleto, mas nunca incorreto.
Portanto, o Terceiro Catecismo pode até ser complementado pelo atual Compêndio, mas nunca corrigido por ele. Tudo o que está no Catecismo de São Pio X é perfeitamente válido e eu não tenho nenhum problema de consciência em utilizá-lo, porque tenho a mais absoluta certeza de que o Papa não condena a doutrina que está nele exposta. É exatamente assim que, IMMO, devem ser tratadas todas as questões referentes ao Vaticano II e ao Magistério Atual.
E, para ficar no contexto deste post, é exatamente assim que devem ser entendidas as posições do Magistério sobre o Matrimônio Católico. João Paulo II, em nenhum momento, condena a doutrina católica tradicional (e nem poderia condenar) e, portanto, a exegese atual pode até enriquecer a tradicional, mas não pode (por definição) “suplantá-la”, “corrigi-la”, “revogá-la” nem nada do tipo.
Abraços,
Jorge
Ô Teresinha calma!Calma!
Não fique assim tão irritada!
1. Não chame-me de criatura, pela caridade cristã! Tenho dignidade superior, caríssima, sou batizada.
Não saiamos das raias da caridade srta. Sim, não bata boca, vamos argumentar! Vamos!
Não se irrite quando argumentamos, Teresa, estamos debatendo apenas, não carece se esquentar aqui.
2. Não requer-se a ida à Paris, srta. Para termos conhecimento das atitudes dos prelados FSSPX. Sabemos daqui mesmo.
Caso não conheça, a internet é um instrumento que nos liga ao mundo inteiro… e também nos dá acesso à cultura, artes, ciências, cidadania, informação, daqui donde estou, do meu quentinho e amoroso lar.
3.
3.1 Ô Teresa, quando o dizes “não estimulo divisão de nada, porque não uso a linguagem baixo calão que (os super católicos) estão utilizando aqui” vc novamente não tem argumento, pois ao sabe discernir as coisas misturando o fim (divisão) com a forma (linguagem).
Novamente verborragia estéril. Para a srta entender, para se evitar o estímulo à divisão a srta. deveria modificar o conteúdo do que escreve e não as palavras em si.
Mas foi exatamente o que a srta estimulou AGRADECENDO AO BOM DEUS PELAS HETEROGENEIDADES DE PENSAMENTOS NA FSSPX.
Vamos lá, com calma sempre, releia sempre o que escreve. Não vomite! Somos seus irmãos.
Depois, vem no alertar do óbvio: Divisões internas é óbvio que há, isso é evidente a qq um e n fui eu quem as inventou ou criou. Basta ouvir Dom Williamson e ouvir Dom Fellay.
3.2. Releia também as SUAS palavra de baixo calão aqui proferidas. Ô Teresa que pena, mas agora terei de ajudá-la. Parece-me preguiçosa nesse dever de reler seus escritos. Vamos lá:
E agora, quem será que a srta irá atribuir as palavras de baixo calão, ham? Será que vou precisar desenhar?
4. “Veja bem, eu aceito os santos da Igreja, aceito a doutrina da Igreja e combato os erros.”
A srta diz aceitar a doutrina da IGREJA, então devo presumir que a srta acredita na liberdade religiosa pregada pelo JPII, não é isso? Ah não? Então como aceita a ideologia contrária à Sagrada Escritura de submissão mutua dos esposos? Então como afirmar que defende os erros srta? Mais uma, mais uma contradição… aiaiai
5. “Mas eu n tenho pq bater boca com uma sedevacantista que acha que a Igreja já não tem magistério válido.”
Caríssima, acautela tua língua dos juízos temerários, da maledicência, pelo bem de tua própria alma. Eu vim aqui e PROVEI que a srta abraça a teoria modernista-liberal, contrária à Sagrada Escritura e Magistério da Igreja de 2 milênios. Mas que feio srta Teresa, atribuir-me como sedevacante sem ao menos me imputar uma prova só??? Mas que feio srta!!
Assim, a srta ofende tambén a todos os tradicionais que aqui saboreiam este debate, bem como ao próprio monsenhor Lefebvre.
Mas que feio srta. Acredito que tal qual DITO POR VOCE, este verdadeiro católico A DETESTARIA também não?
Vejamos:
A srta afirma que eu defendo que a Igreja já não possui Magistério válido. Engana-se a srta, mais uma vez e lhe provo isto não com as minhas paupérrimas palavras, porém com as do próprio Dom Marcel:
Além disto, aproveito-lhe para mostrar como vosso pensamento é contrário ao nobilíssimo patrono escolhido para o seu blog, que na verdade a colocou no bolso. Veja o que a srta disse ao Lucas – ? (September 4th, 2010 at 5:29 am )
Ei ei, você lê? Releia e decore por favor.
Além disso,
Além disso, NÃO HÁ NINGUÉM NA TERRA E NO UNIVERSO que pode hoje julgar a sede como vacante, como a srta deveria saber.
Vê queridíssima? Não há sedevacantismo em apontar as teorias contrárias modernistas, liberais nos documentos papais. Isto não implica na sede vacante compreende?
ENTÃO IRÁ CHAMAR DOM LEFEBVRE DE SEDEVACANTISTA TB?
Ô QUERIDA, RETIRE ENTÃO O ESXCELSO NOME DELE DO VOSSO BLOG. POR COERÊNCIA, POR AMOR À VERDADE.
VAMOS LÁ VAMOS LÁ!!!!
5.2 “Se a srta fala tão mal dos Papas é sedevacantista; se é, não receber orientação sacerdotal válida.”
Ô Teresinha, aqui nós não estamos falando mal do papinha, e não vá contar para sua mamãe ta?
Mas que engraçado, não sabia disso:
FALAR MAL DO PAPA = SEDEVACANTE!!!
KKKKKKKKKKKKKKK
Muito preparada a srta. Tenho medo agora de que se torne mãe. O que ira ensinar a seus filhos? Nossa!!
6. Mas veja, vamos respitar o oponente não? Como a srta mesma disse :
Estamos acá srta debatendo argumentos, POR AMOR À VERDADE UNICAMENTE.
REITERO: RETIRE DE VOSSO BLOG O ESXCELSO NOME DE DOM LEFEBVRE POIS A SRTA NÃO LHE VEM EM DEFESA, MAS SIM EM OFENSA À SUA MEMÓRIA.
Fran.
Oi pessoal, esta discussão tá longa heim!
Qria deixar aqui alguns pensamentos…
Uma mulher casada, com filhos deve, como prioridade ficar em casa para cuidar da educação moral, social aos filhos sim!
Mas se por alguma infelicidade, esta mãe tiver que ir para o mercado de trabalho, por causa de doença do esposo, desemprego do esposo, dificuldades financeiras graves,ou algum outro fato grave, infelismente esta mãe terá que sair de casa para trabalhar ( temporariamente ou não).
Eu não concordo com a inversão de papéis do pai e da mãe num lar. Ora, a mãe que carregou o filho na barriga, é ela quem sabe lidar com os humores do filho, é ela quem conhece tão bem a personalidade de cada filho e suas necessidades. Há pais sensíveis, há ótimos pais. Mas desde os primórdios, o homem saía para caçar para suprir a família. Ele quem tem o lado emocional forte para lidar com as pressões do trabalho, ele que tem o corpo viril para trabalhar numa contrução, no campo, ou qualquer trabalho que demande esforço físico. Enfim, o homem tem suas aptidões natas, e a mulher tem as dela.
Caso uma mãe queira trabalhar há inúmeras formas de se fazer isso sem prejudicar os filhos. Ela pode ser:
Manicure das amigas
Cabeleireira das amigas e vizinhas
Pode fazer salgados para fora
Pode fazer doces para padarias
Pode ter um consultório médico em casa
Ou um escritório de contabilidade
Pode ser palestrante
Pode ser consultora
Pode trabalhar com vendas( Natura, avon)
Pode fazer bordados pra fora
Ou então ser costureira
etc etc…
Mas também acho importante o papel desta mãe na comunidade. Ela pode ser catequista, ou participar de um apostolado de oração.
O que esta mãe não pode fazer é trabalhar fora e deixar os filhos.
Há de se entender tb, que mtas mulheres, com seu egoísmos e vaidade extrema preferem trabalhar, alcançar títulos, diplomas, fazer uma carreira de sucesso, sendo que o marido tem condições de prover o lar.
Caríssimo Ale Leão,
Você está certíssimo!
Veja que não há confusão aqui neste debate, mas a sustentação de uma ideologia diabólica contrária à que foi vivida por famílias VERDADEIRAMENTE Católicas – células fundamentais de uma sociedade SAUDÁVEL, SÃ e SANTA – de todo o mundo durante 20 séculos.
Todos o que leram os comentários aqui devem ter entendido que:
ESCOLHA ≠ NECESSIDADE
A necessidade levantada por você é a única razão existente para o trabalho feminino fora de sua casa, a despeito de ser uma NECESSIDADE IMPERIOSA por tratar-se de preeminente manutenção vital dos filhos CEDIDOS por Deus à nossos cuidados, é algo CONTRÁRIO à vontade de uma VERDADEIRA MÃE CATÓLICA, ciente de que lhe incumbe a educação na Fé Católica, moral, social além dos cuidados físicos (alimentação, higienização, disciplina, etc), sendo obviamente contrário à moral e à Fé Católica a atitude de terceirizar tais tarefas.
Já diz o Catecismo de São Pio X:
– Os pais e patrões estão obrigados a mandar ao catecismo os seus filhos e dependentes?
Os pais e patrões são obrigados a procurar que seus filhos e dependentes aprendam a Doutrina Cristã; e são culpados diante de Deus, se desprezarem esta obrigação.)
Muito menos tendo as mesmas ciência das tão funestas ideologias imperantes nas escolas católicas (nem menciono as públicas, por favor, e alguém aqui falou do homeschool?? ) e da total falta de preparo psicológico, moral, doutrinário e teológico das chamadas babás – as quais, acho que comentaram aqui, também tem suas famílias para cuidar e educar (não ??), sendo a sua contratação uma afronta à dignidade da família pelas FALSAS mães que defendem a saída das mãe dos seus ninhos.
A necessidade de sobrevivência não se discute. É uma obrigação em razão de uma situação de indigência familiar, pela qual Deus concederá as graças necessária à equalização do cumprimento deste excesso de carga, E MAIS, E DIGO MAIS, lhe será uma oportunidade de CONFIAR na bondade e Providências divinas, que lhE dará muito mais honra e alegria.
Já no caso da ESCOLHA, aí sim é que se enquadra esta discussão.
É uma aberração esta ideologia. Todos aqui sabem a origem desta malfadada realidade e as conseqüências. Já foram repetidamente inseridos e elucidados aqui.
A desqualificação da mulher como MESTRA dos seus filhos E DA TERCEIRIZAÇÃO DESTA OBRIGAÇÃO É SIM, uma ideologia diabólica, pois só a este interessa esta situação.
É difícil para alguns, mas há que se entender que a nossa vida aqui na terra é para amar, conhecer, louvar a Deus e nossa santificação está justamente em fazer a Sua Santa vontade. Assim, vivamos de acordo com a VONTADE DE DEUS E NÃO COM A NOSSA. Se acaso Ele o desejar trocar nossos destinos nos incumbindo tarefas estranhas, como o fez com uma simples camponesa francesa e a transformou em general, tenhamos humildade e lhe submeteremos aos desígnios.
O que não dá é chancelar algo que surgiu de necessidades e em razão de pressões de revoluções e sucessivos governos tiranos, maçônicos e comunistas que aconteceram na história da humanidade.