A “missa pré-balada” – RELOADED

Aos que não viram o vídeo da “missa pré-balada” em Maringá, aqui vai ele de novo. Segundo o Fratres in Unum, além do vídeo ter misteriosamente desaparecido do youtube, o próprio padre “sumiu com seu post em que convidava os ‘jovens’ a fazer parte desta aberração litúrgica” [P.S.: O vídeo também está disponível no Myspace, com qualidade melhor].

Algumas pessoas comentaram aqui no Deus lo Vult! dizendo que organizavam esta missa ou participavam dela. Disseram que isso era uma tentativa de tirar os jovens das ruas e das drogas, que – segundo achavam – não estavam fazendo nada de errado, que estavam com as melhores das boas intenções, etc. Eu não duvido, em absoluto, da boa fé dos jovens que estão envolvidos com a celebração desta missa. No entanto, se as boas intenções podem servir de atenuantes para os erros que cometemos, não têm elas o poder mágico de transformar os erros em acertos, ou as coisas censuráveis em atos louváveis. Não é permitido a ninguém alterar a celebração da Santa Missa, que tem normas muito específicas de como deve ser. Já voltamos a este ponto.

Antes de qualquer outra coisa cabe perguntar: se os responsáveis por esta missa estavam tão seguros assim de que não estavam fazendo nada de errado, por que o vídeo foi rapidamente apagado do youtube? Se o pe. Luiz Carlos estava na mais perfeita obediência à Liturgia da Igreja, por que ele alterou o post do seu blog onde falava desta missa? Se quem não deve não teme, qual a razão do temor dos responsáveis pela “missa pré-balada”, a ponto de rapidamente esconderem o que estavam fazendo?

Volto ao mérito da questão. Não é “na minha opinião” que é errado transformar a missa em uma discoteca. Eu não “acho” que aconteceu um grave abuso em Maringá. As minhas opiniões e os meus achismos, os meus gostos e minhas preferências, absolutamente, não estão em questão aqui. Nunca estiveram. O ponto aqui é o seguinte: a Igreja Católica tem uma Liturgia, que contém uma série de símbolos e de gestos que precisam ser observados sob pena de (no mínimo) não se estar respeitando aquilo que a Igreja entende por “Liturgia”. Existem normas litúrgicas estabelecidas pela Igreja que devem ser seguidas. E isto não é a minha opinião, isto é o que a Igreja Católica determina. Volto aos documentos que parecem não ter sido lidos, e me permito fazer uma citação um pouco mais longa da Redemptionis Sacramentum:

[11.] O Mistério da Eucaristia é demasiado grande «para que alguém possa permitir tratá-lo ao seu arbítrio pessoal, pois não respeitaria nem seu caráter sagrado, nem sua dimensão universal».[27] Quem age contra isto, cedendo às suas próprias inspirações, embora seja sacerdote, atenta contra a unidade substancial do Rito romano, que se deve cuidar com decisão,[28] e realiza ações que, de nenhum modo, correspondem com a fome e a sede do Deus Vivo, que o povo de nossos tempos experimenta, nem a um autêntico zelo pastoral, nem serve à adequada renovação litúrgica, mas sim defrauda o patrimônio e a herança dos fiéis com atos arbitrários que não beneficiam a verdadeira renovação[29] e sim lesionam o verdadeiro direito dos fiéis à ação litúrgica, à expressão da vida da Igreja, de acordo com sua tradição e disciplina. Além disso, introduzem na mesma celebração da Eucaristia elementos de discórdia e de deformação, quando ela tem, por sua própria natureza e de forma eminente, de significar e de realizar admiravelmente a Comunhão com a vida divina e a unidade do povo de Deus[30]. Estes atos arbitrários causam incerteza na doutrina, dúvida e escândalo para o povo de Deus e, quase inevitavelmente, uma violenta repugnância que confunde e aflige com força a muitos fiéis em nossos tempos, em que freqüentemente a vida cristã sofre o ambiente, muito difícil, da «secularização».[31]

[12.] Por outra parte, todos os fiéis cristãos gozam do direito de celebrar uma liturgia verdadeira, especialmente a celebração da santa Missa, que seja tal como a Igreja tem querido e estabelecido, como está prescrito nos livros litúrgicos e nas outras leis e normas. Além disso, o povo católico tem direito a que se celebre por ele, de forma íntegra, o santo Sacrifício da Missa, conforme toda a essência do Magistério da Igreja. Finalmente, a comunidade católica tem direito a que de tal modo se realize para ela a celebração da Santíssima Eucaristia, que apareça verdadeiramente como sacramento de unidade, excluindo absolutamente todos os defeitos e gestos que possam manifestar divisões e facções na Igreja.[32]

Isto, repito, não sou eu que digo. Não importa aqui se os motivos são nobres, se se quer fazer uma missa “mais animada”, se se almeja “trazer os jovens para a Igreja”: quem trata a Santa Missa como se fosse uma coisa particular (que se muda e se “enfeita” como melhor se lhe aprouver) está, na verdade, atentando contra a Igreja – e, sinceramente, não faz a menor idéia do que seja a Liturgia Católica.

Como já disse o então Cardeal Ratzinger em um dos seus livros do qual eu agora não me recordo, há algo de muito errado quando se perde a noção de que a Liturgia é uma coisa que nós recebemos, e não que fabricamos. Tudo na Liturgia tem o seu lugar e tem a sua razão de ser: desde o ambiente Sagrado até os cantos, desde as leituras até a ordem da celebração, desde os gestos até os paramentos. E a Liturgia é assim porque é assim que a Igreja a define; porque “[a]s palavras e os ritos litúrgicos são” – nas palavras da Redemptionis Sacramentum – “expressão fiel, amadurecida ao longo dos séculos, dos sentimentos de Cristo” [RS 5]. Estamos falando de um tesouro que foi cultivado e enriquecido pela Igreja ao longo dos séculos, forjando santos, enfrentando – e vencendo – os inimigos do mundo! Quem acha que tudo isso pode ser simplesmente posto de lado e, em seu lugar, podem ser colocadas quaisquer coisas descartáveis do mundo moderno, repito, não sabe o que é a Missa. E de que adianta “atrair jovens” para uma coisa perfeitamente descartável e mundana, que não tem conexão alguma com o Sagrado e com o Transcendente? De que adianta atrair os jovens para a Igreja, ensinando-os (no ato mesmo de os atrair) a desrespeitar a Igreja e desobedecê-La? De que adianta trazer os jovens para missa impedindo-os de saberem o que é a Santa Missa?

Eu escrevi este texto aqui em 2006. Faz quatro anos. No entanto, subscrevo ainda hoje cada linha dele. São perfeitamente atuais, e têm tudo a ver com o que estamos discutindo aqui, agora. E termino, de novo, com as palavras do salmista: até quando, Senhor? Até quando ireis tolerar a abominação nos Vossos átrios? Até quando a desolação nos Vossos Templos? Até quando o Vosso povo perder-se-á por ignorância? Até quando deixareis impunes os que escarnecem de Vós e de Vossas Santas Leis e, traindo-Vos, escandalizam os pequeninos que Vós lhes confiastes?

Levantai-Vos, Senhor. E julgai a Vossa causa. Porque a devastação causada pelos Vossos inimigos é grande demais.

Publicado por

Jorge Ferraz (admin)

Católico Apostólico Romano, por graça de Deus e clemência da Virgem Santíssima; pecador miserável, a despeito dos muitos favores recebidos do Alto; filho de Deus e da Santa Madre Igreja, com desejo sincero de consumir a vida para a maior glória de Deus.

91 comentários em “A “missa pré-balada” – RELOADED”

  1. Enquanto no Brasil PAdres, Bispos e assemelhados destroem no Rito, vejam quebelíssima carta dos Bispos Anglicanos:
    Cincos Bispos anglicanos retornam à plena comunhão
    Rev. John Broadhurst
    Cinco bispos anglicanos tradicionalistas fizeram oficial esta manhã sua intenção de somar-se ao Ordinariato inglês quando for estabelecido.

    Esta manhã o arcebispo de Canterbury, Rowan Williams, aceitou a renúncia de três bispos extra-territoriais [bispos que realizavam seu ministério para os anglo-católicos que rechaçavam a ordenação de mulheres] da Igreja da Inglaterra e dois bispos retirados no que é um importante desenvolvimento no movimento para o estabelecimento de um Ordinariato na Grã-Bretanha.

    O Reverendo Andrew Burnham, bispo do Ebbsfleet; o Rev. Keith Newton, bispo do Richborough, e o Rev. John Broadhurst, bispo do Fulham; junto com os Rev. Edwin Barnes, emérito de Richborough e o Rev. David Silk, auxiliar emérito de Exeter, publicaram uma declaração anunciando sua renúncia.
    Rev. Keith Newton
    O bispo católico Alan Hopes, auxiliar do Westminster, disse: “Damos as boas-vindas à decisão dos bispos Andrew Burnham, Keith Newton, John Broadhurst, Edwin Barnes e David Silk de entrar na comunhão plena com a Igreja Católica através do Ordinariato para a Inglaterra e Gales, que será estabelecido segundo as provisões da Constituição Apostólica Anglicanorum Coetibus”.

    Declaração dos bispos renunciantes:

    Como muitos outros na tradição anglo-católica, seguimos na oração e no desejo o diálogo entre os anglicanos e os católicos, o processo denominado ARCIC. Afligiu-nos ver como anglicanos e católicos se afastaram, nos últimos trinta anos, em distintos tema, e particularmente nos consternou ver distintos desenvolvimentos em assuntos de fé e ordem no anglicanismo que, acreditamos, são incompatíveis com a vocação histórica do anglicanismo e a tradição de dois mil anos da Igreja.
    Rev. Andrew Burnham
    A Constituição Apostólica Anglicanorum Coetibus, dada em Roma em 4 de novembro de 2009, foi uma resposta aos anglicanos que procuram a unidade com a Santa Sé. Com os ordinariatos, estabelecem-se estruturas canônicas por meio das quais poderemos levar nossa experiência de discipulado cristão à comunhão plena com a Igreja Católica que abrange todo mundo e todas as épocas. Trata-se de uma resposta generosa às distintas aproximações pedindo ajuda à Santa Sede, e também se trata de um novo e valente instrumento ecumênico para a busca da unidade dos cristãos, unidade pela qual Cristo mesmo orou antes de Sua Paixão e Morte. Trata-se de uma unidade que, acreditamos, é possível só na comunhão eucarística com o sucessor de São Pedro.

    Como bispos, cuidamos de todos, dos que compartilham nossa posição e daqueles que tomaram uma postura diferente. Agora chegamos ao ponto no qual devemos declarar formalmente nossa posição e convidar a outros a unir-se em nossa viagem. Portanto, cessará imediatamente nosso ministério episcopal público, renunciando a nossas responsabilidades pastorais na Igreja [anglicana] da Inglaterra. Isto terá efeito a partir de 31 de dezembro de 2010. Procuramos nos unir a um Ordinariato quando este seja criado.
    Rev. Edwin Barnes
    Permanecemos agradecidos por tudo o que a Igreja [anglicana] da Inglaterra significou para nós e por tudo o que nos deu nestes anos, e esperamos manter uma relação próxima e cálida, orando e trabalhando juntos pela vinda do Reino de Deus.

    Apreciamos profundamente o apoio que recebemos neste tempo difícil: o apoio de arcebispos e bispos, de clérigos e leigos, de anglicanos e católicos, daqueles que estão de acordo com nossa posição e daqueles que estão fervientemente em desacordo, daqueles que nos animaram a dar este passo, e daqueles que urgiram a não dá-lo.

    Rev. Andrew Burnham

    Rev. Keith Newton

    Rev. John Broadhurst

    Rev. Edwin Barnes

    Rev. David Silk

    Fonte: La Buhardilla de Jerónimo
    Tradução: Acarajé Conservador

  2. O mito da crise de vocações
    Por Pedro Ravazzano

    Na atualidade tornou-se deveras comum o discurso que se fundamenta na análise da pobreza e das estruturas de opressão. Com uma clara motivação ideológica, tais estudos são quase sempre superficiais e essencialmente destinados ao fracasso devido aos próprios intentos desejados. Dentro da Igreja, infelizmente, existe alas fortíssimas onde essa leitura não só se faz presente como ocupa importantes espaços em diversos campos eclesiásticos.
    Cônegos Premonstratenses da Abadia de São Miguel, nos EUA. Fundada na década de 60 já conta com quase 50 Sacerdotes e 20 seminaristas.
    Desde o fim do Concílio Vaticano II, certas Congregações, embebidas numa visão segmentada e imperfeita dos documentos conciliares, abriram mão das próprias tradições internas – hábito, devoções, ritos – e, inclusive, da correta visão do carisma e da espiritualidade. O amor aos pobres, aos idosos, às crianças, aos enfermos etc, transformou-se num assistencialismo ideologizado muito distante da correta compreensão da mensagem evangélica. Enquanto outrora irmãos iam pelas ruas à procura dos excluídos, dando a eles o amor de Cristo, os Sacramentos e, em seguida, o auxílio ao corpo, se em outros tempos frades andavam pelo corredor dos colégios educando os jovens, dando a eles formação cristã e humana, hoje encontramos portentosas obras “sociais” administradas pelas Congregações, mas comandadas por um enorme séquito de leigos e com religiosos muito ocupados fazendo análises econômicas e sociológicas sobre a pobreza e a concentração de renda no país.

    Claro que o estudo intelectual dos problemas que assolam o mundo moderno é importante e pertinente. Entretanto, existe uma total diferença entre adentrar no campo do estudo e preterir a vida espiritual e a própria doutrina tendo em vista uma compreensão totalmente ideologizada do que seja a pobreza e o pobre. Não ironicamente muitas dessas Congregações vivem uma triste realidade de poucas vocações. De fato, o que motiva a identificação do chamado com o carisma é a vivência plena – numa sadia radicalidade – do espírito inaugurado pelo Fundador inspirado por Deus. Não obstante, na atualidade encontramos não só o esvaziamento dessa riqueza espiritual como, influenciado pela ideologia marxista-libertadora, o rebaixamento e equiparação dos carismas. Por exemplo, viver a Paixão de Cristo tornou-se cuidar dos “crucificados” pelo capitalismo, amar os pobres e a pobreza transformou-se em engajamento de cunho político e motivação revolucionária, educar a juventude reduziu-se a infantilizar a fé e livrar-se de qualquer “arcaísmo” etc.
    Arautos do Evangelho: não existe a idéia de crise vocacional nas suas fileiras
    O que difere o camiliano que funda o hospital, o capuchinho que está nas ruas, o lassalista que abre instituições de ensino, da ONG e grupos de apoio aos mais necessitados é a motivação real e concreta; o amor a Jesus Cristo. Entretanto, essa experiência pessoal com Nosso Senhor, o motor que impulsiona os corações apaixonados, realiza-se através da vida espiritual e sacramental. Sem o equilíbrio necessário entre a relação vertical – Deus e homem – e horizontal – homem e homem – o ardor apostólico transforma-se em mero assistencialismo ordinário. O amor aos pobres inicia-se de joelhos diante do Sacrário!

    A falta de percepção a respeito dessa realidade tão natural na vida religiosa foi causada pela má compreensão do Concílio Vaticano II. Entretanto, foi através da crescente influência da mentalidade marxista dentro das casas de formação que a ótica materialista galgou degraus nas comunidades religiosas. A Teologia da Libertação minou o espaço da oração, da vida sacramental, da ortodoxia doutrinária, e destacou a importância da “pastoral” e da práxis. Não obstante, o apostolado só é frutífero quando brota antecipadamente do espírito de piedade e contemplação. Ora, se não há vida interior a ação apostólica vai esvaziar-se de sentido e passará a se fundamentar na iniciativa meramente material de buscar a transformação social, a famigerada “libertação”.
    Beneditinas, em Kansas City: nove monjas fazendo profissão de votos solene e com número crescente de vocações
    As Congregações mais envoltas na perspectiva da Teologia da Libertação sofrem com uma grave crise de vocações. Ou não conseguem atrair os jovens ou só encontram espaço junto aos rapazes que procuram a vida religiosa como forma de ascensão e/ou esconderijo. Entretanto, falar de “crise vocacional” é uma afirmação temerária. Devemos, outrossim, analisar o quadro em sua amplitude. Diversas Congregações, Ordens e Institutos vivem um grande alvorecer de chamados; Monjas Carmelitas, Legionários de Cristo, Arautos do Evangelho, Toca de Assis, Arca de Maria, alguns conventos de Clarissas, Dominicanas, mosteiros Beneditinos, Cistercienses etc. O que há em comum entre todos eles? Podem ser considerados como religiosos que levam com radicalidade o carisma ao qual Deus os chamou, são coerentes com a vocação e trilham plenamente o chamado feito pelo Senhor. Logicamente, no testemunho da própria espiritualidade, o religioso é o chamariz da beleza do carisma por ele abraçado.

    As Dominicanas de Nashville, as Carmelitas de Cotia, os Beneditinos de Núrsia, os Premonstratense de Oragen Country etc, não têm a mínima idéia do que seja “crise vocacional”; grande número de postulantes, noviços e simplesmente interessados. Para eles crise vocacional é, no máximo, falta de espaço. Cenário muito distinto de certas Congregações onde não há devoção eucarística, testemunho do carisma, oração, piedade e coerência com a espiritualidade e a vida do Fundador. A Conferência dos Bispos dos Estados Unidos realizou uma profunda pesquisa a respeito das vocações à vida religiosa, efetuada pelo Center for Applied Research on the Apostolate da Georgetown University. A análise disse, entre outras coisas, que “As instituições de maior sucesso em termos de atrair e reter novos membros são, no momento, aquelas que seguem um estilo mais tradicional de vida religiosa, em que os membros vivem juntos em comunidade, participam da Comunhão diária, recitam o Ofício Divino, fazem práticas devocionais, usam hábito religioso, trabalham juntos no apostolado comum e mostram ostensivamente a sua fidelidade à Igreja e aos ensinamentos do Magistério. Todas estas características são particularmente atraentes para os jovens que ingressam hoje na vida religiosa.”
    Franciscanos da Imaculada: 9 frades ordenados diáconos numa mesma cerimônia e com cada vez mais casas espalhas pelo mundo
    Em sintonia com esse crescente aumento de vocações, a Inglaterra e o País de Gales têm visto o constante incremento do número de jovens que buscam concretizar o chamado de Deus no Sacerdócio. Obviamente, os frutos que hoje são colhidos refletem um trabalho muito bem articulado pelas dioceses da região. Em 2005, por exemplo, a Conferência da Inglaterra iniciou uma campanha ostensiva, com presença nas ruas e nos metrôs, com o slogan “Get Collared for the Challenge of a Lifetime”

    O jovem que procura a vocação, inspirado por Deus, está sedento da identidade a qual o Senhor o chama. Assim, as Congregações que buscam apresentar um carisma distorcido, algo distante da cruz e do próprio testemunho estão fadadas a presenciar o próprio fim. Quão triste é olhar para a vida do Fundador e ao contemplar a sua fundação na atualidade não enxergar a continuidade e a vivência integral da novidade por ele trazida.
    Dominicanas em Nashville, EUA: já são mais de 100 Irmãs e a média de idade não passa dos 26 anos
    A crise de vocações é uma falácia e desconhecida para muitas Ordens, conventos e mosteiros. Os que mais divulgam a sua existência são os religiosos que abraçam – com a devoção que não têm à Igreja – as suas percepções distorcidas do que seja a fé e a experiência com Cristo. Afastam as vocações enquanto gritam que estão no caminho certo. É como o barco que afunda em alto mar enquanto o timoneiro grita “terra à vista”!

  3. Caros amigos,

    Sobre os abusos litúrgicos eu só posso lamentar muito e não vou mais além. Estes tristes acontecimentos deveriam ser encaminhadas aos padres e aos bispos diocesanos em vez de se escandalizarem na blogsfera.

    []’s
    lucas

  4. Será que alguém enviou esse vídeo da missa para algum orgão responsável do Vaticano?

    outa coisa, gostaria muito que vc tivesse conhecimento do que se passa hoje através disso aqui:

    http://pexorcistas.vilabol.uol.com.br/

    há muitas informações estarrecedoras sobre a Missa Tridentina e a Missa atual, sobre o clero e a Igreja em si.

    como se trata de assuntos místicos onde se deve dar apenas uma crença humana e não divina, fica a cargo de cada consciência examinar as veracidades dos fatos.
    eu pessoalmente acredito, leiam e aconselho que quem puder imprima e entregue aos seus sacerdotes.

    que Deus nos ajude!

  5. A missa nao desvalorizou nenhum rito litúrgico, estive la e pude perceber que a liturgia e a importancia dada aos sacramentos e os momentos da palavra foram respeitados tanto pelo padre quanto pelos que estavam participando da missa.
    Liturgia é mais que um simples rito, o que adianta fazer uma liturgia perfeita e nao viver o mistério que a missa nos implica.
    o padre deve ter mudado seu post porque a vida nao para e as atividades continuam.
    parem de ficar criticando as pessoas que querem resgatar a juventude perdida.
    Jesus veio para os doentes porque quem tem saude nao precisa de médico… (Lc 5, 30-32)

  6. existem pessoas mesmo quando postas diante de argumentos incontestáveis, mesmo quando postas diante da verdade praticamente palpável, mesmo quando tudo está provado e o óbvio ululante está em sua própria face, preferem apagar as luzes para não enxergarem a realidade!

    fazem isso, apenas para não darem o braço a torcer, para poderem se conformarem com suas próprias razões e seus fetiches, coisas que suas fantasias já criaram e por assim dizer, ganharam vida própria. Criam assim suas próprias verdades, suas próprias regras e suas próprias leis.

    por conta do sentimentalismo que tomam conta de si mesmos e do mundo a sua volta, não se preocupam mais com o que é real ou meramente ilusório, preocupam-se somente com o que sentem e pronto! e ninguém, nem um bom Padre, um professor, a Razão o Papa ou mesmo o próprio Deus, poderiam fazê-los mudarem de idéia.

    o problema desses é a idéia que fazem das coisas segundo eles mesmos, sem utilizarem parametros para isso!
    digo, parametros racionais e lógicos!

    isso é um problema psicológico grave, é uma idéia-fixa, quase uma paranóia.

    e não adianta lhes mostrar a verdade que (nesse caso) a Igreja ensina, os documentos feitos, as normas estabelecidas, não, não adianta, o orgulho desses não deixarão que assumam que erraram e que estão em erro!

    como satanás dirão sempre: “Não servirei!”

    digo isso para todos os seres prepotentes e orgulhosos que se colocaram aqui para contestar a Igreja, digo a Igreja com todos os seus ensinamentos sobre liturgia e sacralidade, contestam tudo, veementemente contestam tudo! muitos sem nem se dar conta de quem ou o quê estão a contestar…

    falo especialmente para a Dona Sandra que sei, lerá esse comentário (ela não se aguenta), para os meninos que organizaram e/ou participaram da missa sacrílega, para o Padre que a celebrou e para o Rodrigo que contestou não o que o Jorge disse, o que eu digo, o que os bons católicos dizem, pois o que dizemos ou achamos, pouco importa, como bem disse o Jorge, mas contestam e afrontam um grande documento da Igreja, uma norma uma instrução sobre a liturgia, desobedecem, escamoteiam , rasgam-na e remoldam-na a sua própria vontade!

    por favor, esclareçam isso vcs todos:
    Dona Sandra,
    Rodrigo,
    Bibi,
    Padre baladero,
    e demais,
    como fica agora?
    para que serve uma ordem da igreja se os ditos católicos como vcs as desrrespeitam descaradamente?

    como fica a Redemptionis Sacramentum para vcs?

    respondam por favor, não nos deixem esperando!

  7. Lúcio, eles não vão responder. “Essa” Igreja Católica, para eles, não existe, é retrógrada e ultrapassada.

  8. Lucio Clayton

    Eu JAMAIS vou concordar com você.
    As Missa do Jovens, EM MOMENTO ALGUM, fere a Liturgia.
    Já assisti Missas, afros, indíginas, dos excluídos, das crianças dos Jovens, dos casais, com a presença (e aprovação) de Bispos e até do Arcebispo.
    Você quer ser mais cristão que Cristo!
    Você NÃO É OBRIGADO a assitis-las, mas não pode tirar o direito de quem quer.

  9. Dona Sandra,

    As Missa do Jovens, EM MOMENTO ALGUM, fere a Liturgia.

    Vamos tentar entender esta frase da senhora, porque já foram mostrados à exaustão os documentos que dizem como a Santa Missa deve ser celebrada.

    A senhora está dizendo que os documentos da Igreja que estabelecem normas litúrgicas podem ser desobedecidos, é isso? Esta é a alternativa que mantém, ao menos, um mínimo de honestidade intelectual.

    Ou a senhora está dizendo que os documentos da Igreja que estabelecem normas litúrgicas permitem que se façam coisas como colocar skates, globos de luzes e gelo seco nas missas? Esta é a alternativa que revela analfabetismo funcional ou mau-caratismo puro e simples.

    Ou é alguma outra alternativa que me escapa agora? Explique-se, dona Sandra.

    Abraços,
    Jorge

  10. Não questionemos as intenções das pessoas. Não temos como avaliar isso a fundo, e nem é prudente, e podemos errar no juízo.

    De qualquer forma, se tem alguém realmente errado nessa história é o padre que permite isso, pois temos que partir do pressuposto que levou 7 anos para se formar em filosofia e teologia, além de mais 1 ano como diácono. Os demais simplesmente podem não saber, e, pela idade, talvez nem tenham tido chance de conhecer (nada se fala na catequese e algumas crismas não trabalham esses assuntos, enfim, negligencia essas coisas aos jovens). Cada um se examine e estude a liturgia para saber o que pode e o que nao pode.

    A questão é que tudo o que fizeram seria muito válido e muito útil para a evangelização se não fosse na missa e nem dentro da Igreja. Apenas isso. Que empreguem toda essa energia e disposição, essa vontade de servir junto aos movimentos que congregam os jovens. E, ao servirem na missa, que façam com a devida sobriedade, solenidade e sacralidade. É só deixar missa ser missa e mvimento jovem ser movimento jovem.

    Façamos as devidas correções sempre, buscando a verdade, mas que nunca falte a caridade. Verdade na caridade e caridade na verdade.

    Té mais

    João Marcos

  11. A alternativa que talvez lhe escape, Jorge, é a de que os documentos da Igreja relativos à celebração da Santa Missa possam e devam ser revistos, com o intuito de flexibilizarmos visando ao fim precípuo da Igreja que, como bem enfatizou Bento XVI, é a salvação de almas.
    Historicamente, algumas coisas já foram flexibilizadas dentro da Igreja, inclusive a própria missa, que antes seguia – obrigatoriamente – rito diverso do atual.
    Na época em que se celebrava a missa no rito tridentino, aliás, é provável que, se alguém assistisse a uma missa com o padre voltado para os fiéis e falando-lhes em idioma que não fosse o latin, corresse a gritar pelas ruas que aquilo seria um escândalo, não é mesmo? Tal como vocês fazem agora, sendo que, apesar da forma, a intitulada missa pré-balada, em momento nenhum mostrou desrespeito ao à Palavra de Deus e aos ritos que se seguiram.
    Talvez a Igreja Católica possa sim flexibilizar a celebração da Santa Missa.

  12. Onde se lê “flexibilizarmos”, leia-se “flexibilizar seu rito de celebração,”

  13. estabelecem normas litúrgicas podem ser desobedecidos

    Não as normas; a SUA interpretação delas. Um leigo, apenas.

  14. Resumindo:

    A Lia diz que os documentos podem sim ser desobedecidos enquanto não forem “flexibilizados”. Ela, então, tem consciência (ao menos) de que a “missa pré-balada” viola as normas litúrgicas.

    Já o Ricardo é analfabeto funcional, postula a incapacidade de se interpretar um texto, por mais claro que ele seja e, mesmo assim, tem a cara-de-pau de dizer que a minha interpretação está errada (e a de quem está certa? A dele? Piada!).

    Quem dá mais?

    Abraços,
    Jorge

  15. A Arquidiocese de Maringá mostra ser alegríssima, isto sim.

    Confiram:

    http://www.arquimaringa.org.br/site/

    Ah, que tal algum de voces fazer papel ridículo e denunciar essa missa com base na “INTERPRETAÇÃO” do sr. Jorge “sabe-mais-que-os-sacerdotes” Ferraz?

    Um cara desses é perigoso; são pessoas desse tipo os mais propensos a gerarem guerras. Vamos emparedá-lo, enquanto é tempo.

  16. Para os frequentadores e admiradores do escândalo de Maringá, que não estejam lendo e participando deste post de forma desonesta, trago à luz um texto muito são (apesar de formulado por protestante) que é suficientemente claro aos apegados à Escritura que nem sequer nesta tal sacrilégio se funamenta:



    Daí destaco:

    É este, portanto, o contexto da famosa dança de Davi perante a arca. Ao lermos somente a narração de Crônicas, contudo, a inquietação sobre a permissão ou não de Deus acerca da dança é completamente descabida, pois lá não há menção de Davi dançando defronte à arca. A única dessemelhança entre a primeira e a segunda viagens, segundo o relato de Crônicas, reside no fato de Davi não ter procurado os desígnios de Deus em uma e ter se redimido em outra. As únicas comparações possíveis entre uma viajem e outra, segundo I Crônicas, são: 1. As formas contrastantes de transporte com as quais Davi se depara; 2. A ausência do tamboril (presente na primeira e malfadada viagem) entre os instrumentos escolhidos pelos levitas para a segunda viagem (comparar I Crônicas 13:8 e 15:16).

    Portanto, a primeira viagem é completamente equivocada: não só empreendida sob o viés egoísta do rei, como também equivocada nos carregadores (não eram levitas) e no transporte (um carro, ao invés das varas nos ombros). A segunda, não apenas é organizada segundo a vontade de Deus, como origina todo o planejamento da adoração no templo, tendo os levitas como líderes musicais. Aqui, a ausência do tamboril, pode tanto ser atribuída a uma transformação engendrada pelos próprios levitas (como sugerem extensos textos de alguns autores consagrados), como também a um erro de copista, ou coisa parecida. Particularmente, prefiro a primeira interpretação; todavia não me apraz as extensas discussões em torno do tema apoiadas tanto em I Crônicas 15:16 – para reprovar a bateria – quanto em II Samuel 6:14 – para aprovar a dança.

    O leitor atento observará que tanto uma posição quanto outra não poderá encontrar embasamentos categóricos na Bíblia para as suas teses musicais. A narrativa do transporte da arca nos serve para que aprendamos acerca dos riscos corridos por um ser mortal ao agir conforme suas próprias idéias durante a direção de uma missão ou obra “em nome de Deus”. Permite-nos, sim, percebermos elementos essenciais para que ofertemos uma adoração correta a Deus (já que o relato nos leva imediatamente à elaboração do formato do culto no templo); mas não podemos tirar de lá embasamento categórico, seja para o não uso da bateria, seja para o uso da dança em nossas igrejas hoje. Pois os dois textos acima citados ocorreram num contexto fora do nosso tempo, em uma manifestação dirigida para Deus, típica de um povo que mesclava a política e festivais populares com a religião.

    Davi dançou sim! E a Bíblia não registra a condenação de Deus para essa atitude. A reprovação de Mical (localizada em II Samuel 6) ao comportamento de Davi é, para mim, como um resquício de súditos de Saul a tentar eclipsar a ilegitimidade de Davi como rei sobre Israel. Mical, tentando desmoralizar aquele rei ungido por Deus, acusa-o de vadio e imoral. Davi, em contrapartida, reafirma-se como rei, como legítimo, como escolhido de Deus e responde à acusadora de forma contundente, sem dar qualquer justificativa por sua dança.

    Nós, habitantes do século XXI, cobertos até os dentes por uma sensualidade e imoralidade descomunal, é que temos problemas com o aspecto moral da dança. Davi nem questiona se o ato de sua dança foi ou não imoral, pois estava pleno de regozijo e cheio da presença de Deus. Sua dança fora, sem sombra de dúvidas, legítima e sem qualquer conotação de vadiagem ou imoralidade. Porém, a dança, como elemento de adoração coletiva, não encontra respaldo bíblico, mesmo se considerarmos os atos posteriores do próprio Davi. Tanto é verdade que, em toda a preparação dos dispositivos para o culto no futuro Templo (localizados nos textos seguintes de I Crônicas), Davi, em nenhum momento, encontra lugar para a dança. Aquele episódio de dança foi um ato de máxima e santa excitação pela glória de Deus presente na arca. Santidade de um homem que, sem sombra de dúvidas, sabia da função da arca dentro do templo, ou do santuário. Foi um ato único, espontâneo e imediato, nascido diretamente da alegria suprema diante de certeza da aceitação de Deus a todos os preparativos feitos anteriormente para o transporte da relíquia sagrada. Esta manifestação não se repetiria mais em toda a narrativa Bíblica, mesmo nos mais exaltados momentos de júbilo (e muito menos na liturgia do Templo).

    Agora, em contrapartida, alguém que hoje me lê poderia, em toda a Bíblia, encontrar alguma narração ou relato que aprove enfaticamente a dança dentro do recinto sagrado? Alguém poderia, por favor, ler todo o livro de Crônicas, Reis e Samuel para encontrar outra dança de Davi, que não fosse de comemoração a um feito heróico de Deus e que não estivesse fora do serviço do templo? Muitos, a partir da santificada dança de Davi, e no calor da defesa de suas teses, esquecem-se de dois fatos muito simples: 1. no reinado Davi não existia templo; 2. Davi jamais ofertou sacrifícios no interior do santíssimo, no tabernáculo.

    Muitos afirmam que Davi, por estar vestindo a estola sacerdotal (II Samuel 6:14), assumia-se como levita e incentivava a dança como modo de adoração no interior do recinto sacrossanto, mas esta posição não encontra embasamento bíblico. Davi estava com roupas de sacerdote sim, sacrificou animais a Deus sim, dançou perante a arca sim! Mas, no templo do Senhor, exerciam tais funções aqueles que foram escolhidos pelo próprio Deus: os sacrifícios expiatórios eram oferecidos pelos sacerdotes e adoração sistemática era realizada pelos levitas. E quanto à dança? Poderia sim, caso conseguíssemos nos despir completamente da sensualidade que a nossa sociedade nos impõe às expressões corporais, ser uma prática santificada ainda hoje, para um louvor alegre ao Senhor em nossas casas, em nossa comunhão pessoal. Mas, ao invés disso, adentra os portais santíssimos de nossas igrejas, deturpada de significado e cheia de malícia e promiscuidade! E mesmo que todos os cuidados possíveis e imagináveis em relação à sensualidade fossem tomados, qual seria o estilo de dança que usaríamos em nossos cultos hoje? Qual foi a dança que Davi empregou naquele momento de enorme excitação? Não consigo encontrar resposta satisfatória a esta inquietação essencial.

    Se a mim fosse outorgada (ou oferecida, ou indicada) a responsabilidade de executar uma obra grandiosa em nome de Deus, seguiria os passos do rei Davi. Ou melhor, aprenderia com o erro do jovem Davi e não colocaria em curso a empreitada sem antes consultar os desígnios do Altíssimo. Após intensa oração, contemplação, leitura da palavra e adoração, iniciaria aquilo a mim confiado. Se, então, ao fim e ao cabo, o resultado da obra confiada a mim pelo próprio Deus, for positivo e de acordo Seus juízos, leis e mandos, certamente teria o desejo de pular de alegria, de regozijar em saltos enormes, de, enfim, executar algo parecido com uma dança. Provavelmente, contudo, não o faria em público, evitando possíveis intervenções de Mical, a me reprovar a pureza de uma comemoração santa, sob um olhar inquisidor de quem só consegue ver a maldade. E há pessoas que, infelizmente, só conseguem ver a maldade, o erro, a impureza, a imoralidade, o pecado. E também há aqueles outros tantos que, ignorando as orientações do próprio Davi acerca do sistema litúrgico com lugar no templo, pensam ser o altar de Deus lugar para saltos, pulos, gritaria, alucinação, depravação e dança.

    Antes de aprovar a dança segundo o exemplo de Davi, olhemos melhor para o contexto do ocorrido. Mais do que isso: antes de aprovar a dança segundo o exemplo de Davi, leiamos o restante do relato de I Crônicas 15, onde o mesmo homem que dançou, elimina qualquer elemento de expressão corporal do sistema de adoração do templo. No secreto, no íntimo de nossa adoração (se forem nossas intenções e motivos puros e santos segundo os desígnios de Deus), dancemos por uma dádiva conquistada, choremos por uma dor aguda, clamemos em alta voz por um desejo a ser saciado; mas, ao chegarmo-nos para adorar no templo de Deus, continuemos a seguir o exemplo daquele “homem segundo o coração de Deus”, e eliminemos o impróprio, o tamborim, a dança, os desejos de nosso coração carnal. E o motivo é tão simples quanto complexo: aquilo que, no interior de nosso coração, é puro diante do Senhor; para o nosso irmão pode parecer odioso. O apóstolo Paulo nos adverte que o respeito ao outro na expressão da nossa espiritualidade é um dos nossos deveres cristãos (Romanos 14:16-19; I Coríntios 10:32-33) E mais: a dança que Davi executou perante a arca é bastante diferente da dança que hoje conhecemos. A dança hoje tem função erótica, tem função de preencher nossos próprios vazios, é apenas um balançar de corpos sem qualquer propósito. Davi dançou diante da arca, um símbolo da própria presença de Deus, mas nunca mais repetiu tal ato! Hoje dançamos por qualquer motivo, sem mesmo refletir sobre o significado de Deus em nossas vidas!

  17. Jorge

    Será que a sua censura vai deixar passar esse comentário?

    Essa mania de denominar quem ousa discordar de “analfabeto funcional ou mau-caráter é uma estratégia que já está ultrapassada.

    Assisto Missas que você acha “aberrações” desde sempre.

    Na Catedral da Sé sempre houve Missas dos excluídos ( com os excluídos entrando com suas carroças de mão levando a Palavra ou o ofertório. E tantas outras como a dos Negros, vestidos com trajes afros e dançando também ritmos afros, povo indígena, mulheres, crianças, jovens, ou velhos.

    Foram tantas que nem posso numerar.

    Essas Missas foram celebradas pelo saudoso e querido Dom Luciano Pedro Mendes de Almeida, por dom Pedro Luiz Stringhini, por Dom Edmar Perón, pelo Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns,pelo Cardeal Dom Frei Cláudio Hummes hoje Prefeito emérito da Congregação para o Clero e pelo Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer.

    Então no meu analfabetismo funcional e meu mau caratismo estou MUITO mas MUITO bem acompanhada.

    Deve ser difícil para você ter que conviver com pessoas do Clero e leigos tão analfabetos funcionais e tão mau-caráteres.

    Viva a nossa “ingnorança”

  18. Dona Sandra,

    Eu não perguntei se a senhora passou a vida assistindo a abusos litúrgicos, nem vem ao caso as más companhias que a senhora tem ou teve nesta vida. Isso não me interessa. As perguntas aqui são muito simples:

    1. Existem normas litúrgicas, sim ou não?

    2. Essas normas são para serem seguidas, sim ou não?

    3. Essas normas permitem coisas como skates e globos de luzes dentro da missa, sim ou não?

    Somente “sim” ou “não”, por gentileza, dona Sandra.

    – Jorge

  19. Dona Sandra, a Sra. falou, falou e não se explicou,
    e a Redemptionis Sacramentum ? onde é que fica?
    e eu não pedi para a Sra.concordar comigo, minha opinião não importa, mas pedir que a Sra. concorde com a Igreja seria pedir demais?

    Jorge, não adianta perder tempo discutindo com doido,não dá pé. Oh saudade do tempo em que se tratava doido com pancada e choque elétrico, rsrsrs…

    brincadeira…

    alguém poderia chamar o Padre Gabriele Amorth aí pra Dona Sandra?

    o Leonardo Boff e o Fei Beto encheram a cabecinha dessa aí de heresias e ela acha isso o máximo!
    aí ela se encheu de espírito ruim nas tais “missas afros”, e tá toda possessa. depois deve ter dado umas tragadas no cachimbo da paz nas “missas indígenas” e agora tá doidona.

    novamente, brincadeiras a parte, pergunto :
    e a Redemptionis Sacramentum ? onde é que fica?

    por favor Dona Sandra e demais defensores dessas aberrações liturgicas, respondam!

    eu gostaria inclusive da resposta do tal Padre que celebrou essa coisa.

    e se possível que algum bom Sacerdote aparecesse por aqui para nos falar a respeito disso.

    torno também a levantar uma outra questão: será que houve realmente consagração?

  20. expressão fiel, amadurecida ao longo dos séculos, dos sentimentos de Cristo

    Como voce pode provar que não faz parte do processo de “amadurecimento ao longo dos séculos”, essas inovações? Quais foram as mudanças na liturgia desde o século I? Garanto que a maioria (como voce e outros cheios de naftalina, presentes aqui), na época, foi contra, chamou de ESCANDALOSAS etc. Inovação só é inovação no nascedouro. Lembra-se de Toynbee e de sua “minoria criativa”?

  21. Enviei a seguinte mensagem à Arquidiocesde de Maringá:

    Sr. Arcebisbo

    Por gentileza, gostaria que declinasse a posição da Arquidiocese com relação a uma missa realizada há pouco, com a denominação Missa Pré-Balada, e que tanto furor vem causando a um bando de católicos ultra-conservadores, cheirando a naftalina, mesmo, e que se reunem no blog abaixo:

    https://www.deuslovult.org//2010/11/17/a-missa-pre-balada-reloaded/#comments

    Obrigado, por antecipação,

    Ricardo

    Por que não escrevem também?

  22. Eis aqui o que promove a paróquia onde a dona Sandra é catequista:
    ***
    “Paróquia realiza celebração dos mártires
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    Publicado em 19 de outubro de 2010

    João Carlos

    Na noite do último sábado, dia 16 de outubro, a Área Quarto Centenário, Setor São Mateus da Região Episcopal Belém, realizou na comunidade Moisés Libertador, sua já tradicional Celebração dos Mártires da Caminhada.”
    ***
    E ainda, continua:

    “A celebração foi presidida pelo padre Laudimiro de Jesus Borges, o padre Mirim, da Arquidiocese de Belo Horizonte, membro nacional da Rede Celebra de Animação Litúrgica e que, mesmo morando em Minas Gerais, vem a cada ano celebrar com os irmãos do setor São Mateus e da Região Belém este momento de reflexão e, acima de tudo, de muita fé.

    Recheada de símbolos e cantos pastorais que relembraram a vida de mártires como Santo Dias, frei Tito, Marçal Guarani, Chico Mendes, padres Ezequiel Ramin e João Bosco Burnier, irmã Dorothy, Margarida Alves, entre tantos outros, a celebração teve início no lado de fora da comunidade onde os mais de 100 participantes se posicionaram em volta de uma fogueira onde cada mártir foi lembrado e cada participante valorizado. “Ao redor desta fogueira abaixo deste santuário, que é casa da humanidade, a casa comum das filhas e dos filhos de Deus, nesta noite nós celebramos a páscoa do Senhor, a páscoa dos mártires, a nossa páscoa”, disse o padre Mirim.

    ***

    Acabou? Não tem mais…

    “Frei Betto fala de fé e política em paróquia do Setor Vila Alpina
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    Publicado em 13 de setembro de 2010

    No sábado, dia 11 de setembro, cerca de 70 pessoas, na maioria jovens, da Região Episcopal Belém, tiveram um encontro de fé e política no salão da paróquia Nossa Senhora do Carmo, no Setor Vila Alpina da Região.

    O encontro foi organizado pelo Centro de Capacitação da Juventude (CCJ), que convidou o frade dominicano e escritor de mais de 50 livros, Carlos Alberto Libânio Christo, o frei Betto.

    O momento teve início com uma fala do padre Jorge Boran, coordenador do CCJ, que agradeceu a presença de frei Betto. “Aproximando-se as eleições, torna-se cada vez mais importante levar à população informações necessárias sobre política e a importância do voto”, disse o padre Jorge Boran.

    Introduzindo o assunto, frei Betto instigou os presentes, fazendo uma leitura do Evangelho de Lucas (3, 1), substituindo os nomes dos governantes daquele tempo por nomes de líderes atuais. “Queria iniciar nossa conversa com um texto do Evangelho de Lucas, isso porque muita gente diz que a Igreja nada tem a ver com política, muito menos o Evangelho: ‘fazia 2 anos que Obama presidia os Eua, Sarkozi, presidia a França e Berlusconi presidia a Itália…’ Agora vou ler exatamente como Lucas escreveu: ‘Fazia 15 anos que Tibérius era imperador de Roma, Pôncio Pilatos governava a Judéia, Heródes governava a Galiléia e seu irmão, Felipe, governava a Ituréia’. Qual a diferença? Nenhuma!” disse frei Betto, que explicou onde queria chegar com a troca de nomes: “Lucas para nos apresentar a atuação de Jesus contextualiza politicamente a sua militância. A gente é que não percebe que o Evangelho contextualiza a atuação política, a militância, a missão de Jesus Cristo”, explicou.

    Segundo frei Betto, a política está presente na vida de todas as pessoas e a pior forma de se participar dela é pela omissão. “Quem tem nojo de política é governado por quem não tem: tudo que os maus políticos querem é que tenhamos bastante nojo para que eles possam continuar sua dominação”, disse o assessor, que finalizou lembrando o papa Pio XI e qual o critério para o voto consciente: “O papa Pio XI disse uma frase que todos deveriam guardá-la: ‘A política é a melhor forma de caridade’. A política que respeita os direitos da família, que defende a igualdade, é de fato, a melhor forma de caridade. Assim, ao votar, devemos pensar se estamos votando numa pessoa que defenderá a igualdade, os direitos dos menos favorecidos, seguindo a missão do próprio Cristo: ‘Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundância’. Este é o dom maior de Deus e pelo qual todos nós polícos e eleitores devemos lutar”.

    ***
    É isto.

    Olegário

  23. Lia, vc diz….

    “A alternativa que talvez lhe escape, Jorge, é a de que os documentos da Igreja relativos à celebração da Santa Missa possam e devam ser revistos, com o intuito de flexibilizarmos visando ao fim precípuo da Igreja que, como bem enfatizou Bento XVI, é a salvação de almas.
    Historicamente, algumas coisas já foram flexibilizadas dentro da Igreja, inclusive a própria missa, que antes seguia – obrigatoriamente – rito diverso do atual”.

    Se você observar a biblia, no livro de Hebreus 13, 8, vai encontrar a seguinte sentença santa sentença.
    Jesus é o mesmo ontem, hoje e sempre
    Por lógica, a Igreja tbm é a mesma ontem, hoje e sempre.
    É claro Lia que a missa hoje é usado em nosso vernáculo, mas a Redemptoris Sacramentus não mudou e a missa tem de seguir seu principio.
    Hoje, percebemos o que está acontecendo com o mundo diante da flexiblização moral: cada vez mais sem limites, violento, corrupto e cada vez mais feio.

  24. Ricardo

    Alguem que expressa uma frase como essa que você colocou:

    “Um cara desses é perigoso; são pessoas desse tipo os mais propensos a gerarem guerras. Vamos emparedá-lo, enquanto é tempo.”

    Ou tem sérios problemas de intelecção ou é alguem profundamente incongruente!

  25. Jorge,
    Parabéns! Diante do documento apresentado, os que apoiam a “missa” pré-balada devem silenciar e admitirem seus erros, Não se contestam documentos do Magistério da Igreja. Seu texto é ótimo! E a tal experiência nunca mais ser repetida.

  26. “Nosso corpo, sensível e dócil ao movimento, é uma fonte inesgotável de expressão. Por isso, na liturgia tem importância os gestos, as posturas, as caminhadas e as danças.” Documento 43 da CNBB – Animação e Vida Litúrgica no Brasil. n.83

    “A introdução da dança litúrgica na procissão de entrada, onde for conveniente e a juízo e consentimento do bispo diocesano poderá ser de grande proveito para criar o clima de celebração festiva da fé.” Documento 43 da CNBB n. 241

    “O ofertório pode ser momento propício para valorizar gestos da assembléia. Onde expressões corporais forem bem aceitas poderão ser admitidas na procissão das ofertas” Documento 43 da CNBB n. 297

  27. Já lí uma frase, não lembro de quem, que se deve assistir à missa como se assistisse a própria cruxificação. Ora, a Última Ceia, o Calvário e a Missa são, absolutamente, o mesmo evento, diferentes na forma, mas iguais em essência.

    Posso eu assistir Cristo sendo cruxificado juntamente com uma “balada”?

  28. A pergunta que fica é: não dá pra fazer esse tipo de “louvorzão” fora da missa? Pode ser antes, pode ser depois…
    Ninguém pode negar que é meio ridículo um globo de luzes sendo usado durante o sacrifício de Cristo na cruz.

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