Notícias do fim do mundo

Eis o século XXI:

1. Espanha concede pensão vitalícia a uma criança, por nascimento “indevido” (!). O garoto, que nasceu com síndrome de Down, “teria sido abortado se os pais tivessem conhecido a sua deficiência a tempo de interromper legalmente a respectiva gravidez”.

2. Casal deixa internautas decidirem (!) se mulher deve abortar. “Alisha e Pete, também de 30 anos, lançaram a pesquisa em um site porque dizem não se sentir seguros se devem ou não ser pais”.

Eu, sinceramente, nem sei o que comentar. Quando a vida humana é banalizada a este ponto – e tudo isso feito às claras, publicado em jornais como se estivéssemos falando das coisas mais naturais do mundo -, o futuro que nos espera é sombrio. Alguém comentou que o primeiro casal deveria perder a guarda da criança. Digo que o mesmo vale para o segundo. Que espécie de cidadãos estas “famílias” podem legar ao mundo?

Às vezes, eu penso se Sodoma não foi destruída por muito menos. E, contemplando desolado as abominações das quais o nosso mundo é capaz, penso em que castigo terrível não nos aguarda. Deus tenha misericórdia de nós. Que a Virgem Santíssima possa sustentar a Sua ira.

Publicado por

Jorge Ferraz (admin)

Católico Apostólico Romano, por graça de Deus e clemência da Virgem Santíssima; pecador miserável, a despeito dos muitos favores recebidos do Alto; filho de Deus e da Santa Madre Igreja, com desejo sincero de consumir a vida para a maior glória de Deus.

59 comentários em “Notícias do fim do mundo”

  1. E tem gente que ainda tem coragem de dizer que a Idade Média é que foi a Idade das Trevas…

  2. Idade Média… A quem interessar e caso ainda não conheça, procurem no youtube uma série: “A Igreja Católica: Construtora da Civilização”. É excelente, apesar de dar um pouco de sono as vezes… É algo como um prof. Felipe Aquino gringo. Ah, e tem disponível legendado em português (não sei se já estão todos traduzidos, mas grande parte com certeza).

    Sobre fazer enquete para saber se irá abortar ou não, não dá nem pra usar o velho “Seria cômico se não fosse trágico”. Nem com muito humor negro dá pra ser cômico isso.
    Senhor, tende piedade de nós!

  3. Salve Maria!

    O título do post foi bem oportuno, pq não vejo frase melhor para as duas situações… O FIM DO MUNDO!

    Fiquemos com Deus!

  4. Dos 24 [NOVOS]cardeais, 15 são europeus – dez italianos, dois alemães, um espanhol, um suíço e um polonês -, dois latino-americanos – o brasileiro e um equatoriano -, dois americanos, quatro africanos e um asiático.

    Maior país católico do mundo – 1 cardeal – é humilhado.

    E ainda querem dizer que não existe politicagem na igreja católica…

  5. Nem existem comentários para tamanha decadência…

    …fora do assunto…

    Gostava de saber a verdade – ou não – desta notícia que circula por aqui por Portugal:

    http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=479833

    http://www.ionline.pt/conteudo/89660-papa-bento-xvi-admite-uso-do-preservativo

    http://aeiou.expresso.pt/sida-papa-bento-xvi-admite-uso-do-preservativo=f616676

    virá aí mais confusão? Má-fé na transcrição das palavras do Santo Padre? Mais um ataque?

  6. Caro João, essa notícias que você citou não merecem crédito algum!

    O Papa já afirmou várias vezes que o uso da camisinha é imoral. Veja, por exemplo, quando ele foi à Africa, a Camarões e a Angola! Veja no site do Vaticano. Ponto e basta! Como diz o Toni Ramos! (o Totó na novela Passione; é só algo que me veio a memória, não acompanho essa novela asquerosa!)

  7. João, a notícia que você faz referência é certamente um hoax.

    Não há embasamento ético e muito menos teológico para o uso de condom para evitar gravidezes. Além disso, o Magistério Ordinário tem sido claro na doutrina sexual dos cristãos desde a Humanae Vitae, apesar das sabidas querelas intra ecclesiae.

  8. Pergunta que foi feita ao Santo Padre sobre a AIDS(SIDA) por ocasião de sua visita à Africa

    P. – Santidade, entre os muitos males que atormentam a África, existe também e sobretudo o da difusão da SIDA. A posição da Igreja católica sobre o modo de lutar contra ela é com frequência considerado irrealista e ineficaz. Vossa Santidade enfrentará este tema durante a viagem?

    R. – Eu diria o contrário: penso que a realidade mais eficiente, mais presente em primeira linha na luta contra a SIDA é precisamente a Igreja católica, com os seus movimentos, com as suas diversas realidades. Penso na Comunidade de Santo Egídio que faz tanto, de modo visível e invisível também, na luta contra a SIDA, nos Camilianos, em muitas outras realidades, em todas as Irmãs que estão à disposição dos doentes… Diria que não se pode superar este problema da SIDA só com dinheiro, mesmo se necessário; mas, se não há a alma, se os africanos não ajudam (assumindo a responsabilidade pessoal), não se pode superá-lo com a distribuição de preservativos: ao contrário, aumentam o problema. A solução pode vir apenas da conjugação de dois factores: o primeiro, uma humanização da sexualidade, isto é, uma renovação espiritual e humana que inclua um novo modo de comportar-se um com o outro; o segundo, uma verdadeira amizade também e sobretudo pelas pessoas que sofrem, a disponibilidade à custa até de sacrifícios, de renúncias pessoais, para estar ao lado dos doentes. E estes são os factores que ajudam e proporcionam progressos visíveis. Diria, pois, que esta nossa dupla força de renovar o homem interiormente, de dar força espiritual e humana para um comportamento justo em relação ao próprio corpo e ao do outro, e esta capacidade de sofrer com os doentes, de permanecer presente nas situações de prova. Parece-me que esta é a resposta justa, e a Igreja faz isto e deste modo presta uma grandíssima e importante contribuição. Agradecemos a todos aqueles que o fazem.

    http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/speeches/2009/march/documents/hf_ben-xvi_spe_20090317_africa-interview_po.html

  9. Eu sei disso tudo amigos…

    Mas aqui toda a gente está a rejubilar com esta “notícia”…parece q foi proclamado um dogma..Santo Deus!

    Como podem ler ela está mal dada. Além disso aposto que será usada para aproveitamento de muitos para defenderem o uso do látex.

    Mais um (mau) caminho aberto para por de lado os que defenderem o contrário: Como me disseram ainda à poucos minutos: “se até o Papa o disse…queres ser mais papista que ele?”

  10. De qualquer forma, ainda que que se trate da aceitação do uso da camisinha, não é uma liberação indiscrimidada ou geral!

    Os princípios atuais que proibem a camisinham continuam válidos ou vigentes! Não se pode separar do ato sexual as dimensões unitivas e procriativas.

    2369. «É salvaguardando estes dois aspectos essenciais, união e procriação, que o acto conjugal conserva integralmente o sentido de mútuo e verdadeiro amor e a sua ordenação para a altíssima vocação do homem para a paternidade» (119).

    2370. A continência periódica, os métodos de regulação dos nascimentos baseados na auto-observação e no recurso aos períodos infecundos (120), são conformes aos critérios objectivos da moralidade. Estes métodos respeitam o corpo dos esposos, estimulam a ternura entre eles e favorecem a educação duma liberdade autêntica. Em contrapartida, é intrinsecamente má «qualquer acção que, quer em previsão do acto conjugal, quer durante a sua realização, quer no desenrolar das suas consequências naturais, se proponha, como fim ou como meio, tornar impossível a procriação» (121).

    «À linguagem que exprime naturalmente a doação recíproca e total dos esposos, a contracepção opõe uma linguagem objectivamente contraditória, segundo a qual já não se trata de se darem totalmente um ao outro. Daí deriva, não somente a recusa positiva da abertura à vida, mas também uma falsificação da verdade interna do amor conjugal, chamado a ser um dom da pessoa toda. […] Esta diferença antropológica e moral, entre a contracepção e o recurso aos ritmos periódicos, implica dois conceitos de pessoa e de sexualidade humana irredutíveis um ao outro» (122).

    http://www.vatican.va/archive/cathechism_po/index_new/p3s2cap2_2196-2557_po.html

  11. Correção: De qualquer forma, ainda que que se trate da aceitação do uso da camisinha em alguns poucos e excepcionais casos , isso não é uma liberação indiscrimidada ou geral! Entenda-se bem!

    Mais uma vez esperemos a publição do texto do Papa para entendermos o verdadeiro sentido de suas palavras até agora apenas corridas ao vento de boca em boca. Nada de oficial!

  12. “E ainda querem dizer que não existe politicagem na igreja católica…”

    Ricardo, como você consegue ser tão idiota!

    Na mesma notícia que deu, mostra algo que parece passou batido: “QUATRO AFRICANOS”.

    E ainda querem dizer que a Santa Igreja Católica é racista…

  13. “Em África, Vossa Santidade afirmou que a doutrina tradicional da Igreja tinha revelado ser o caminho mais seguro para conter a propagação da SIDA/AIDS. Os críticos, provenientes também da Igreja, dizem, pelo contrário, que é uma loucura proibir a utilização de preservativos a uma população ameaçada pela SIDA/AIDS.”

    «Em termos jornalísticos, a viagem a África foi totalmente ofuscada por uma única frase. Perguntaram-me porque é que, no domínio da SIDA/AIDS, a Igreja Católica assume uma posição irrealista e sem efeito – uma pergunta que considerei realmente provocatória, porque ela faz mais do que todos os outros. E mantenho o que disse. Faz mais porque é a única instituição que está muito próxima e muito concretamente junto das pessoas, agindo preventivamente, educando, ajudando, aconselhando, acompanhando. Faz mais porque trata como mais ninguém tantos doentes com sida e, em especial, crianças doentes com sida. Pude visitar uma dessas unidades hospitalares e falar com os doentes.

    Essa foi a verdadeira resposta: a Igreja faz mais do que os outros porque não se limita a falar da tribuna que é o jornal, mas ajuda as irmãs e os irmãos no terreno. Não tinha, nesse contexto, dado a minha opinião em geral quanto à questão dos preservativos, mas apenas dito – e foi isso que provocou um grande escândalo – que não se pode resolver o problema com a distribuição de preservativos. É preciso fazer muito mais. Temos de estar próximos das pessoas, orientá-las, ajudá-las; e isso quer antes, quer depois de uma doença.

    Efectivamente, acontece que, onde quer que alguém queira obter preservativos, eles existem. Só que isso, por si só, não resolve o assunto. Tem de se fazer mais. Desenvolveu-se entretanto, precisamente no domínio secular, a chamada teoria ABC, que defende “Abstinence – Be faithful – Condom” (“Abstinência – Fidelidade – Preservativo”), sendo que o preservativo só deve ser entendido como uma alternativa quando os outros dois não resultam. Ou seja, a mera fixação no preservativo significa uma banalização da sexualidade, e é precisamente esse o motivo perigoso pelo qual tantas pessoas já não encontram na sexualidade a expressão do seu amor, mas antes e apenas uma espécie de droga que administram a si próprias. É por isso que o combate contra a banalização da sexualidade também faz parte da luta para que ela seja valorizada positivamente e o seu efeito positivo se possa desenvolver no todo do ser pessoa.

    Pode haver casos pontuais, justificados, como por exemplo a utilização do preservativo por um prostituto, em que a utilização do preservativo possa ser um primeiro passo para a moralização, uma primeira parcela de responsabilidade para voltar a desenvolver a consciência de que nem tudo é permitido e que não se pode fazer tudo o que se quer. Não é, contudo, a forma apropriada para controlar o mal causado pela infecção por VIH/HIV. Essa tem, realmente, de residir na humanização da sexualidade.

    Quer isso dizer que, em princípio, a Igreja Católica não é contra a utilização de preservativos?

    É evidente que ela não a considera uma solução verdadeira e moral. Num ou noutro caso, embora seja utilizado para diminuir o risco de contágio, o preservativo pode ser um primeiro passo na direcção de uma sexualidade vivida de outro modo, mais humana.»

    In Bento XVI, Luz do Mundo – O Papa, a Igreja e os Sinais dos Tempos – Uma conversa com Peter Seewald, Lucerna, 2010

  14. “Ponto e basta! Como diz o Toni Ramos! (o Totó na novela Passione; é só algo que me veio a memória, não acompanho essa novela asquerosa!)”

    Hummm…sei! Se é algo que te veio a memória, é porque você assiste! Parece até aqueles evangélicos que não assistem televisão mas ouvem pelo rádio! Noveleiro! Rsrsrsrs!!!

  15. Renato Lima, quem se está mostrando um completo imbecil é voce. Quantos países a África tem, hein? Apenas para ficar num exemplo, quantos foram os cardeais italianos?

    Não tem politicagem na igreja? santa ignorancia…

  16. Uma pergunta. Esse livro-entrevista com o Papa já foi traduzido e publicado?! Eu tinha lido na Rádio Vaticano que ele seria lançado apenas próximo ao Natal! Por favor, gostaria de informações.

  17. Não estou conseguindo achar o site da Editora Lucerna na internet!

    Alguém sabe o que aconteceu com o site da Editora Lucerna?!

    P.S.: Segundo o comentário do João é a Editora Lucerna que publicou o livro-entrevista como o Papa.

    João, o senhor poderia dar-me mais informações sobre esse livro e sobre como adquiri-lo??!!

  18. Qual a posição da igreja no caso de um padre engravidar uma mulher, ela deve abortar? deve ter a criança e o padre sustentar, ou ela deve achar um trouxa para criar a criança?

  19. Alex,

    Como verá no meu blogue, a fonte foi de um outro blogue que terá a referência!

    Também aqui está o mesmo excerto. talvez lhe possam dar informações mais detalhadas…

    Um abraço!

  20. João,

    Salve Maria!

    Ainda não conhecia seu blog. Mas, com uma breve olhadinha, tive uma impressão muito boa de seu blog. Vou passar a visitá-lo mais vezes!

    Um abraço da Terra de Santa Cruz, Alex.

  21. E no caso de um dos cônjuges ser soropositivo?
    O uso do preservativo é lícito ou o casal deve manter abstinência para o resto da vida?

  22. “When asked whether the Catholic Church was not opposed in principle to the use of condoms, the Pope replied: “She of course does not regard it as a real or moral solution, but, in this or that case, there can be nonetheless, in the intention of reducing the risk of infection, a first step in a movement toward a different way, a more human way, of living sexuality.”

    Finalmente o progresso que eu dizia que faltava! Daqui a uns 20 anos quem sabe vocês se tornem mais humanistas e ganhem mais fiéis! São os tempos… :)

    Grande abraço!

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