Registre-se para perpétua memória: eu estive no show de Paul McCartney do Morumbi. Em um impulso de prodigalidade, mandei-me às pressas para São Paulo. Fui. Vi. Voltei. Escrevo já em Recife, com apenas ligeiras horas de sono durante o vôo, mas ainda com as músicas da noite nos ouvidos. Valeu cada centavo, cada hora de sono perdida, cada músculo do corpo dolorido.
Entrei no Morumbi (pista) quase às nove e meia, pouco antes do show começar. Ao meu redor, todas as arquibancadas lotadas. À minha frente, todo o campo do estádio tomado de gente. Arrisquei-me ir até quase o meio do campo; mais para frente, estava complicado de passar. Os telões e o (excelente) sistema de som encarregaram-se de garantir a qualidade do show. A enorme lua cheia, perfeitamente redonda, enfeitava a noite dando-lhe um clima festivo. E eu, no meio do Morumbi junto com mais algumas dezenas de milhares de pessoas, esperávamos o Paul entrar.
Ele não nos deixou esperar quase nada: a pontualidade inglesa venceu o tradicional atraso brasileiro. Sorridente, blazer azul, sotaque britânico: durante as quase três horas do show, Paul McCartney teve o Morumbi inteiro nas mãos.
Porque um Beatle é um Beatle é um Beatle: é impressionante. Bastava a introdução de uma música conhecida para fazer o estádio reverberar. Qualquer sorriso, aceno ou piscadela do Paul arrancava aplausos da enorme platéia. Bastava-lhe um gesto para um lado do estádio e, de repente, toda a arquibancada daquele lado levantava-se em braços erguidos. Bastava-lhe cantar um “yeah, yeah” no microfone que, no instante seguinte, todo o Morumbi cantava com ele.
Cantar “Let it Be” com o isqueiro aceso no alto; admirar os fogos de artifício sincronizados com a música; repetir incontáveis vezes o “na-na-na-nanana-ná” de “Hey Jude”; dançar e pular quando, após ensaiar uma despedida, Paul voltou com uma grande bandeira do Brasil e tocou “Day Tripper”; cantar “All my Loving” a plenos pulmões! A noite foi espetacular. Difícil até de descrever, para quem não estava. A lua subia rápido no céu, mais rápido do que o costume. As horas passavam depressa, e queríamos que não passassem. O espetáculo foi primoroso.
O homem tem quase setenta anos e, mesmo assim, fez um show memorável. Não interrompeu o espetáculo em nenhum momento; apenas duas rápidas tradicionais saídas, para voltar em seguida levando ao delírio a multidão que gritava o seu nome. Corria pelo palco, arriscava dançar, passava do violão para o piano e, deste, para o bandolim e o violão novamente. Fez todo mundo cantar e dançar a noite inteira! E eu, lonely person no meio da multidão, concedia-me o inefável prazer de cantar alta e desafinadamente as músicas das quais gosto, com o meu péssimo inglês, dançando do meu jeito desengonçado. Viera de Recife, não podia perder esta chance. Thank you, Paul!
Olegário falou e disse!
Fazendo coro à karla.
Essa história de rad-trad x neo-conservadores nunca levará ninguém a lugar algum.[2]
Já sai desta paranóia de acusarem o rock (incluindo tds suas ramificações) como assobio do “coisa rúim.”
Só imagino se o Jorge disponibilizasse um vídeo com rockabilly, como este daqui da Janis Martin – Drugstore Rock And Roll http://www.youtube.com/watch?v=oSQmRN0BRVM&feature=player_embedded
(nem escutem este estilo cafoníssimo, chato e viciante! rsrs)
Brincadeiras à parte, esse Hards Day Nigth do George tá mais para Help…
“Não estou falando de todo e qualquer direito no caso geral. Estou falando no caso específico, onde a menina lá quer assistir uma “missa balada” e eu quis assistir o show do Paul McCartney. Estes direitos (que, aliás, foram exatamente os direitos que eu citei) são exatamente iguais…”
Exatamente! Sei disso! Se os direitos são iguais por que a censura à garota?
E por favor, você sabe muito bem que o problema central não é certamente o cinema, o barzinho ou a praia, se preferir.
Puritanismo é que o que pensa também Paul McCartney do cristianismo.
Não tem como como se utilizar da Doutrina oficial da Igreja para condenar o rock ou a atitude de frequentar shows porque simplesmente não há tal doutrina. Os argumentos de que rock é “coisa do capeta” já foram mais que rebatidos e as pessoas que defendem tal posição só apelam para achismos, experiências pessoais e coisas do tipo “é evidente que é”. Pois para mim não é evidente, não acho que o seja e durante toda a minha vida, na qual eu sempre apreciei o rock, nunca pequei motivada por tal ritmo, nunca me droguei, nem fiquei embriagada e tampouco fui simpatizante do satanismo. Da mesma forma, já fui para show de axé (ritmo com o qual não simpatizo) e não me comportei como prostituta.
Esta peleja já ficou entediante. Se acham que nossas almas “imbecis” estão tão perdidas, podem nos fazer um favor? Rezem por nós. Será bem mais útil do que simplesmente jogar adjetivações negativas.
Engraçado que ninguém respondeu ao argumento de que, se a vida pessoal do artista deve servir de base para nossa decisão de usufruir ou não de sua arte, não deveríamos ouvir Mozart (ele não era protestante, mas era maçom, ou pelo menos simpatizante), Bach (esse sim, luterano), nem apreciar as pinturas do encrenqueiro e assassino Caravaggio… e Palestrina não era ministro ordenado quando se casou pela segunda vez?
Maria das Mercedes, você é muito engraçada. Você queria que São Pedro e todos os seus sucessores tivessem condenado o rock, antes mesmo dele existir?
Eh, eh
Marcio, Bach era luterano, mas a maioria das suas obras foram criadas com claríssima influência da Doutrina Católica.
Quando Bach morreu os protestantes começaram a proibir a suas músicas nas seitas protestantes.
http://contraimpugnantes.blogspot.com/2008/06/msica-e-beleza-ii_24.html
AI MINHA CABEÇA…
TOCA RAUUUL
Fabrício
Vc disse que “Como você sabe que ele pecou? Você viu (isso não, senão você que taria “pecando” rs) ? Alguém te contou? Vai mesmo insistir que frequentar o show é pecado? Um dos grandes pecados é dizer que conhece a doutrina católica e ao mesmo tempo dizer que o ato de estar em algum lugar onde haja pecados é pecado.”
Onde eu disse que ele pecou? Veja o que eu escrevi e aprenda a ler :”Que o Sr Jorge Ferraz é um pecador nós sabemos , eu também sou um”.Ele como todos nós é pecador , ai não consta afirmção de que tenha pecado!
Depois disse que “Vai estudar moleque em vez de ficar na Internet enchendo o saco dos outros seu herege puritano.
Heresia pertinaz excomunga sabia? Se você continuar assim, é o Jorge que deve te tratar do jeito que você trata ele e até pior, porque heresia é pior do que pecado.”
Primeiro não sou moleque , tenho 31 anos ; segundo estudar é o que mais faço , sou professor de história , filosofia e TEOLOGIA!;terceiro heresia não é maior que pecado ela é um pecado contra a fé!;quarto não sou puritano , sou católico da missa tridentina.
Vc ainda disse que “Cuida da sua alma primeiro antes de vomitar seus achismos e juízos temerários (é pecado sabia?). Aliás Chesterton não foi apenas um escritor, mas um grande defensor da fé católica, reconhecido pelo Papa Pio XI.”
Eu cuido bem de minha alam evitando ir a ambientes que são ocasião de pecado, pois como eu disse sou pecador como todo mundo.E Chesterton pode ter sido isso ou aquilo mas não é um doutor da Igreja , e que eu saiba ela não era chegado num rock , até por que ele nem existia , então deixe-o de fora da discussão.
Por último vc não está gabaritado a discutir questão tão excelsa pela falta de conhecimento teológico e doutrinal.
Pax
O rock é nocivo segundo estudos científicos a respeito, trata-se de relações entre ritmo e batidas e ondas cerebrais! Contudo há espaço para discussão uma vez que um satanista pode usar o canto gregoriano e nem por isso o mesmo se tornará maldito!
Não gosto dos Beatles (vá lá… uma ou outra música eu curto, mas a maioria é primitiva e rasteira) e não iria a um show de qualquer ex-membro da banda!
Diga-se de passagem, esse pessoal (Madonna, Rolling Stones e etc) só vêm ao Brasil quando o caixa está baixo e não estão faturando nada no eixo EUA-Europa! Por aqui há doidos o suficiênte pra dormir na fila pra ver esses tipos! Depois do caixa cheio se vão pra não voltar… até o bolso esvaziar!
Só “invejo” o seu Jorge por ter ido ao Morumbí vindo de tão longe… e eu, a 40 km de sampa, nunca fui!
Em Jesus e Maria!
Carlos,
Acaso o rock não existia antes do CVII? A Igreja é menos Igreja porque depois do CVII não o condenou, é isso o que você disse. Ora, se o rock existia antes do CVII e antes também não foi “formalmente condenado em magistério”, por que com esse intervalo de tempo você não brigou? Só com o intervalo de tempo pós-concílio?
É isso o que acho engraçado em você: dois pesos e duas medidas. Essa neurose do “ambiente” pós-CVII. Daqui a pouco a culpa de fulano estar desempregado é do pós-CVII. A culpa de alguém ter nascido com mau gosto é do pós-CVII. A culpa de todos os males da humanidade é do pós-CVII.
A culpa o rock existir é do pós-CVII…
E todas as comparações se voltam para o Concílio. Que coisa tosca. É isso o que deixa qualquer um cansado.
Marcio,
Arte é diferente de entretenimento.
Comparar ARTE (Mozat, Handel, Bach) com música pop, axé e rock é RIDÍCULO.
Será que isso responde sua pergunta?
Magna,
“Só imagino se o Jorge disponibilizasse um vídeo com rockabilly, como este daqui da Janis Martin – Drugstore Rock And Roll http://www.youtube.com/watch?v=oSQmRN0BRVM&feature=player_embedded
(nem escutem este estilo cafoníssimo, chato e viciante! rsrs)”
Já gostei tambem do Strats Cats, que fazia um bom rockabilly.
Isso lá no auge dos meus vinte e poucos anos…
E se voce julgou o video da Janis Martin, “cafoníssimo”, preste atenção nesse aqui:
http://www.youtube.com/watch?v=pELKNoH0txo
Belíssimo!!!
Gracias!
Olegario.
Professor Rafael,
A frase que me refiro é essa:
““A diferença é que não estimo meus pecados nem faço malabarismos morais para justificá-los.”” Isso porque eu a citei no post, depois eu que não sei ler.
De onde tirou que o Jorge faz malabarismos morais para justificar os pecados dele senão desse post? A não ser que saiba o pecado específico que ele cometeu e a justificativa que ele usou para dizer que não pecou. Bem óbvio não?
Você não pode afirmar que o show do Paul tenha sido uma ocasião de pecado, se você pensa ter essa certeza, é porque não sabe do que está falando. Sabe o tipo de público que frequentou o local? O Jorge já disse, mas parece que você não leu. A motivação com que as pessoas frequentaram? Sabe se houve incentivo a blasfêmia, a desdenhar da fé católica? Sabe se houve incentivo a qualquer outro pecado por parte do cantor? Se não sabe, vai t… no c.. Sério! É evidente que não dá para supor nada em relação a isso por mais que o cara tenha dito em 19 e bolinha que não gostava da Igreja. Se fosse um show de uma banda satanista, até poderíamos dizer que é ocasião de pecado, mas não é o caso meu caro, PROCURE CONHECER AS COISAS ANTES DE JULGAR OS OUTROS. O Olegário está correto quando afirma, mesmo em tom de brincadeira que esse show é melhor do que um show do Pe. Fábio de Melo.
Logo, é óbvio que não tem como você saber que o show do Paul é ocasião de pecado. Dizer que sabe é uma coisa, demonstrar são outros 500.
Aliás não importa se o senhor é professor, lixeiro, prostituto ou raio que o parta, seus títulos não garantem a veracidade das suas afirmações. Falar as coisas sem saber é uma molecagem, não importa a idade e a profissão, aliás o fato de ser um professor de teologia de linha tradicionalista é antes um agravante nesse caso específico. Em suma: importa o QUE FOI DITO E NÃO QUEM DISSE.
“Por último vc não está gabaritado a discutir questão tão excelsa pela falta de conhecimento teológico e doutrinal.”
Não há nenhuma complexidade em relação a entender o que é ocasião de pecado e pecado, qualquer criança de catecismo consegue diferenciar isso, mas tem uma determinada pessoa que parece não saber aplicar o conceito em um caso concreto. Mais uma vez enxergou nos outros os próprios defeitos.
Portanto, reafirmo o que disse: vai estudar. E acrescento outra coisa mais importante: entenda e pratique o que você estuda porque parece ter uma visão errada do que é ocasião de pecado emitindo juízos temerários em relação a pessoas que nem conhece.
Fazendo um apanhado dos comentários daqui…
Perfeitamente, e em momento algum eu sequer insinuei que tivesse “dado mau exemplo” no meu domingo à noite – aliás, disse expressamente o contrário.
Em primeiro lugar, esta frase é uma agressão totalmente gratuita. É pouquíssimo provável que a história inteira da vida de Paul McCartney tenha sido “uma apologia (…) da ausência de fé”.
Em segundo lugar, o fato dele não ter Fé é irrelevante aqui, pois estamos falando de um cantor para cujo show se vai, e não de um diretor espiritual ou um modelo de vida que se segue.
Negativo, eu não quero “impor” absolutamente nada. Eu só quero curtir o meu show em paz, e defender – isso sim – o sacrossanto direito dos católicos de não serem puritanos e de usufruirem na justa medida, sem traumas nem paranóias, das coisas neutras que existem no mundo.
Quem quer impôr padrão de moralidade aqui são exatamente os que estão dizendo que católico não pode ir para festa.
* * *
Nem estou “acostumado” a ser pedra e nem “passei” a ser telhado. Durante estes quase três anos do Deus lo Vult! muitas pessoas já discordaram de mim. Já sou grandinho o suficiente para não me incomodar com isso, obrigado.
* * *
Não devemos pecar porque isto nos leva para o inferno. E devemos evitar ocasião de pecado porque ela nos induz a pecar.
Ocasião de pecado, existem as objetivas (prostíbulo, missa negra, et cetera) e as subjetivas (que dependem de cada pessoa – p.ex., para alcóolatra uma cerveja é situação de pecado). Sob nenhuma lógica minimamente defensável o show do Morumbi pode ser colocado entre as situações de pecado objetivas.
Grosso modo, é o pecado tornado público. Coisa que tampouco aconteceu por aqui.
* * *
Não sei em que espécie de Yellow Submarine tu estás vivendo, mas vamos lá…
Porque a garota veio dizer que, se eu tinha direito a ir ao show do Morumbi, ela tinha direito a ir a uma missa-balada, acusando-me de não tratar igualmente os direitos meu e dela. E eu disse que tratava sim, porque tanto eu quanto ela tínhamos direito de ir ao show e nem ela nem eu tínhamos direito de profanar a Santa Missa.
De fato, não. O problema central é o puritanismo surreal de alguns comentaristas deste post.
* * *
A todos, peço por gentileza que conduzam esta discussão com um pouco mais de caridade.
Obrigado,
Jorge
Maria das Mercedes,
Comento:
“Acaso o rock não existia antes do CVII? A Igreja é menos Igreja porque depois do CVII não o condenou, é isso o que você disse.”
Eu disse isso? Eu disse que a Igreja é menos igreja depois do rock? Por favor, Maria…
“Ora, se o rock existia antes do CVII e antes também não foi ‘formalmente condenado em magistério’, por que com esse intervalo de tempo você não brigou? Só com o intervalo de tempo pós-concílio?”
Não briguei nesse intervalo de tempo porque eu não era nem nascido.
“É isso o que acho engraçado em você: dois pesos e duas medidas. Essa neurose do ‘ambiente’ pós-CVII. Daqui a pouco a culpa de fulano estar desempregado é do pós-CVII. A culpa de alguém ter nascido com mau gosto é do pós-CVII. A culpa de todos os males da humanidade é do pós-CVII.”
É isso mesmo! e se o meu Mengão cair pra segundona a culpa do CVII!
“A culpa do rock existir é do pós-CVII…”
Não, Maria! Eu falei que o rock existe antes do CVII. Releia, antes de falar besteira.
“E todas as comparações se voltam para o Concílio. Que coisa tosca. É isso o que deixa qualquer um cansado”
Descansa, Maria! Eu nunca falei que tudo é culpa do CVII. Isso é delírio seu. Eu falei que católico gostar de um ritmo romântico, liberal e satânico como o rock é coisa própria da atmosfera liberal do CVII.
Como já disse antes, até a valsa foi condenada pela Igreja… Antes do CVII.
” puritanismo surreal de alguns comentaristas deste post”
Puritanismo seria se condenassemos todo e qualquer divertimento ou recreação, seja de caráter cristão ou, como você gosta de dizer, neutro.
Não fazemos isso.
Condenamos, sim, esse espetáculo mundano, com caracteristicas de culto e adoração, onde as pessoas, de ambos os sexos, se aglomeram num curto espaço e ficam se esfregando uma nas outras, dançando sensualmente e que nem bocós ficam idolatrando um ídolo humano.
É a velha desonestidade neo-conservadora de atribuir a seu adversário argumentos que ele, absolutamente, não tem. E pretendem com isso debaterem seriamente como os opositores do CV II.
“É pouquíssimo provável que a história inteira da vida de Paul McCartney tenha sido “uma apologia (…) da ausência de fé”.
Ou seja, o sujeito fez parte de um grupo que um de seus membros disse que eles seriam mais famosos que Jesus Cristo, ou coisa parecida;
que juntamente com outras bandas de rock como Led Zeppelin, rolling Stones, dentre outras, influênciou negativamente com valores anti-cristãs toda uma geração; Pode não ter influenciado A ou B, mas delineou sim, o caráter de centenas de milhares de jovens, conduzindo-os as dorgas, ao sexo irresponsável, às tatoos, etc;
E você ainda vem me dizer que é pouquissimo provável que a história inteira da vida de Paul McCartney tenha sido “uma apologia (…) da ausência de fé”.
Toma vergonha na sua cara… não estamos aqui julgando o carater do Paul segundo os critérios humanos, mas sim segundo os critérios sobrenaturais. Mas ainda que julgassemos segundo critérios humanos, só os fatos citados que influenciaram toda uma geração, só o fato de algumas músicas dos beatles serem anti-cristãs, como já ficou demonstrado, só o fato dele não ser católico e ter fatos em sua vida contrários à moral católica,
TUDO ISSO DEVERIA FAZER UM CATÓLICO QURER DISTANCIA DE UM ARTISA COMO ESSE
e não gastar centenas de reais e alimentar essa industria que afasta tantas pessoas da verdadeira fé. Verdadeira fé, sim, porque até um roqueiro maluco deve acreditar em Deus.
O ser-humano precisa de modelos e se guia baseado nos valores que seus ídolos lhes transmitem.
Financiar um sujeito desse é aporvar todo um passado, onde os membros dessas mesmas bandas, inclusive os beatles, inclusive Paul, delinearam negativamente toda uma geração e continuar alimentando toda uma industria que oferece idolos mundanos como modelos em substituição do único modelos que todos deveriam seguir, NSJC.
Essa postagem foi uma verdadeia agressão a todos que aspiram a uma vida verdadeiramente santa, mas que se encontram perdidas nesse deserto que o CV II. Pobre do sujeito que se encontra nessa situação e vê uma postagem dessa e acaba acreditando que isso possa ser um comportamento normal a um católico.
http://www.youtube.com/watch?v=NsFMgKuLngM&feature=related
Vejam, se não tem razão o Papa, ainda cardeal, quando disse:
“O rock é uma expressão básica das paixões que, em grandes platéias, pode assumir características de culto ou até de adoração, contrários ao cristianismo.”
Vejam vocês e cada tire suas próprias conclusões…
As pessoas coladas umas às outras, como todo o ambiente construído, as luzes pirotecnicas, os fogos, para alimentar as paixões animalescas de uma multidão reunida para prestar culto de adoração a um ídolo mundano.
“Financiar um sujeito desse é aporvar todo um passado, onde os membros dessas mesmas bandas, inclusive os beatles, inclusive Paul, delinearam negativamente toda uma geração e continuar alimentando toda uma industria que oferece idolos mundanos como modelos em substituição do único modelo que todos deveriam seguir, NSJC.
Prezado Eduardo Monteiro,
mais algumas palavras, não sem algum atraso.
Antes de mais nada, desconheço estudos científicos sobre o assunto. Falo aqui somente de minha percepção pessoal.
Bem, eu não disse que não se pode ouvir Mozart por causa de sua profissão religiosa, mas justamente o contrário: que um autor pode expressar artisticamente o que ele pensa ou seu contrário, e cada um ainda pode ler esta obra também de diversas maneiras. Podemos notar diversos escritores que viviam perdidos no fumo e no álcool que não fizeram apologia a essas drogas em seus livros.
O caso da proibição da valsa é interessante. O problema não foi a música, mas que foi a primeira dança onde os bailarinos dançavam abraçados. Se não estou enganado foi por isso que os vestidos foram “crescendo”, para que o cavalheiro não se aproximasse demais da dama. Foi, por isso, motivo de escândalo, – como também foi a pintura da Capela Sistina de Michelângelo, para se ver como são as coisas. A valsa, em princípio, seria como um tango argentino (me refiro à dança), e seria inadequado para a moralidade cristã. Tenho minhas dúvidas se isso pode se aplicar ao rock, dizer que ele leva frequentemente ao pecado, como drogas e sexo.
Você pergunta se ouvir um heavy metal satânico pode ser considerado normal. Reafirmo com mais clareza: estou aqui fazendo uma defesa do rock de forma mais ampla, mas o julgamento recai, em minha opinião, sobre cada música, e por vezes a algumas bandas que conseguem produzir apenas porcaria. Acho difícil ouvir um heavy metal, mas sei lá, se colocar nele uma letra boa, quem sabe? O sonoridade mais pesada – sentimento absolutamente pessoal – me faz fugir da realidade, penetrar na música, e não me aproxima do capeta (apenas informando: isso quando eu escuto, mas isso é raro. Gosto de rock nacional, coisas mais leves, quase pop, e de música clássica). Não sei se isso ocorre com outras pessoas, ou com você, mas digo por mim. E fugir da realidade até onde sei não é pecado.
A associação entre rock e rebeldia é um assunto complicado. Essa associação realmente existe, mas tratar de qualquer associação deste tipo entre arte e realidade social é complicado. Graciliano Ramos tinha uma mentalidade profundamente marxista, escreveu Vidas Secas sob essa mentalidade, mas se a pessoa não ler o livro sabendo disso dificilmente notará. A arquitetura neoclássica não veio para confrontar o barroco, profundamente cristão? Nem por isso podemos olhar para um edifício e condená-lo: deveria ser destruído, é anticristão! Entende o porquê da dificuldade de que falo?
Por fim, sobre os militares ianques colocarem os prisioneiros para ouvir Metallica. Se assistires o filme Laranja Mecânica verás que Alex é torturado ao som de Beethoven. Tudo bem que é ficção, mas é no mínimo verossímil.
Isso está longe de ser uma questão fechada para mim também, mas a priori prefiro analisar cada música.
Abraços.
Pedro,
Ah, pois então muito bem. Cite-nos então, à guisa de exemplos, alguns divertimentos de cuja participação o católico pode usufruir licitamente.
Então faça-nos um favor, meu caro. Apresente os seus argumentos em forma silogística, para que a gente possa debatê-los com maior objetividade. Porque, do jeito que as coisas estão aqui, o que existe é um bando de proposições desconexas jogadas a esmo que, se cada uma delas isolada não serve para caracterizar um pecado, a soma delas também nao á de servir.
Pelo que dá para entender, é pecado ir especificamente ao show de Paul McCartney (por gentileza, não se esqueça de nos listar quais os shows cuja ida não seria pecado) porque
1. o espetáculo é “mundano”;
2. ele possui “características de culto e adoração”;
3. as pessoas ficam “se esfregando”;
4. as pessoas ficam “dançando sensualmente”.
É isso? Tem mais alguma coisa?
Quanto à primeira, não entendo o que tu queres dizer com “mundano” (se o termo estiver em oposição a “sagrado”, a alegação é absurda, pois significaria que ir para qualquer coisa que não fosse culto religioso seria pecado). Quanto às demais três, não são características necessárias ao espetáculo. É perfeitamente possível ter ido ao show sem “adorar”, sem “se esfregar” e sem “dançar sensualmente”.
E daí, cara-pálida? Considerando (por absurdo que fosse) que os pecados de uns sujeitos “passassem” para os outros, a própria idéia de que assistir a uma apresentação perfeitamente neutra (posto que não houve nela nenhuma propaganda a sexo ou drogas, nenhum comentário anti-religioso, nenhuma referência a se ser “mais famoso que Jesus Cristo”, nem nada parecido) é, ipso facto, concordar com tudo o que o apresentador fez na sua vida pregressa é um flagrante absurdo. Assim ouvir Bach é apoiar o protestantismo, ler Aristóteles é concordar com o paganismo, etc.
is
O caráter de Paul McCartney, absolutamente, não está em discussão. Prove primeiro que participar de um evento com uma pessoa mau-caráter no qual esta pessoa não comete nenhum mau-caratismo é, de per si, ilícito!
Para variar, a culpa é do Concílio. Francamente!
– Jorge
O mau humor da minha sogra, é com toda certeza, culpa do CVII.
Olegário.
Estou lembrando das minhas épocas de infância em que diziam que os discos A, B ou C, se tocados de trás pra frente (boas épocas do bolachão de vinil) traziam mesagens satânicas! O boneco do Fofão era satânico. A boneca da Xuxa, à noite, matava as crianças.
Fé é uma coisa. Superstição é outra completamente diferente. Aliás, superstição é justamente para os que não têm fé.
Não tenhamos, então, nenhuma banda de rock ou qualquer outro estilo musical católicos. Não tenhamos programas para adolescentes comandados por ex-usuários de droga. Não ouçamos músicas que não hinos. Mesmo assim, sem fazer nenhuma referência a seus autores, que são pecadores.
Gostei dos exemplos do Alex. Antes de comprar qualquer coisa, ou utilizar qualquer serviço, me certificarei se o dono/vendedor/prestador seja católico fervoroso. Caso contrário, procurarei outro lugar. Aliás, nem poderia ter tido meu filho com meu obstetra, que é espírita.
P.S: quer exemplo maior que ir a um show de cara limpa??? Poxa, vocês queriam que o Jorge subisse ao palco, tomasse o microfone e lesse o Evangelho? Aí sm, destoaria completamente.
P.S: que mente doentia toca um disco de trás pra frente pra ficar fuçando cabelo em ovo????
175 comentários ! Isto é record do blog ?
Cansei….
Aliás para aumentar o número dos comentários:
Hello, Goodbye
You say yes, I say no.
You say stop and I say go go go, oh no.
You say goodbye and I say hello
Hello hello
I don’t know why you say goodbye, I say hello
Hello hello
I don’t know why you say goodbye, I say hello.
http://www.vagalume.com.br/the-beatles/hello-goodbye-2.html#ixzz16J2BNHc4
Você é um moleque, Jorge.
Quem utiliza-se de falsos argumentos para tentar justificar o injustificável é você, e ainda tem a cara de pau de atribuir argumentos que os outros não possui. Quando eu disse que não se está em discussão o caráter do Paul, é pelo simples fato dele ter feito parte de uma banda que outrora, juntamente com outras, influenciou negativamente toda uma geração, e que dentre algumas outras coisas, isso deveria fazer com que o católico quisesse distância de um espetáculo mundano como esse.
Eu encerro por aqui. Muitas pessoas já perceberam sua desonestidade intelectual.
Vejo seus argumentos, se é que podemos chamá-lo assim, na boca de umaum católico progressista que vai assistir ao show da Madnona por ex, ou do michael jackson, quando vivo.
Argumentos é o que não faltam, meu caro. Só percorrer os posts e vê as inumeras pessoas que se posicionaram contra e sua total falta de habilidade em provar que isso é honesto a um católico.
Encerro por aqui. Debater com moleque que não apresenta argumentos e ainda atribui aos outros o que ele não disse é perda de tempo.
“É pouquíssimo provável que a história inteira da vida de Paul McCartney tenha sido “uma apologia (…) da ausência de fé”.”
Não… só grande parte de sua juventude…
É o modelo perfeito que perveteu toda uma geração. Se hj ele é um vovô simpático que não influencia negativamente as pessoas, só o passado dele me faz querer distância.
Essa é maior prova de seus belos argumentos.
Calma lá, há um abismo entre um show de Paul McCartney e um da Madonna. O ex-beatle é apenas um velho roqueiro de paletó azul; e discuta-se sobre a música se quiser. Já a loira depravada é uma velha que se sente linda e jovem, fazendo quase um show de strip-tease no palco. Será que dá pra notar a diferença?
Ambos influenciam ou influenciaram negativamente.
Aliás, prove você que os beatles foram uma influencia positiva.
E dadas as condições pecaminosas do espetáculo, com pessoas de ambos os sexos expremidas umas as outras, tome-se todo o ambiente construido para alimentar as paixões animalescas dos alí presentes, embora possam dizer que a ou b não tenha se deixado contaminar por esses fatos,
Mas apenas isso deveria fazer uma pessoa que se diz católica querer distância de um local desses.
Aliás, será que o autor do artigo ficou distante do palco, ou ele foi lá se expremer no povão, para assistir ao show mais dep erto?