Registre-se para perpétua memória: eu estive no show de Paul McCartney do Morumbi. Em um impulso de prodigalidade, mandei-me às pressas para São Paulo. Fui. Vi. Voltei. Escrevo já em Recife, com apenas ligeiras horas de sono durante o vôo, mas ainda com as músicas da noite nos ouvidos. Valeu cada centavo, cada hora de sono perdida, cada músculo do corpo dolorido.
Entrei no Morumbi (pista) quase às nove e meia, pouco antes do show começar. Ao meu redor, todas as arquibancadas lotadas. À minha frente, todo o campo do estádio tomado de gente. Arrisquei-me ir até quase o meio do campo; mais para frente, estava complicado de passar. Os telões e o (excelente) sistema de som encarregaram-se de garantir a qualidade do show. A enorme lua cheia, perfeitamente redonda, enfeitava a noite dando-lhe um clima festivo. E eu, no meio do Morumbi junto com mais algumas dezenas de milhares de pessoas, esperávamos o Paul entrar.
Ele não nos deixou esperar quase nada: a pontualidade inglesa venceu o tradicional atraso brasileiro. Sorridente, blazer azul, sotaque britânico: durante as quase três horas do show, Paul McCartney teve o Morumbi inteiro nas mãos.
Porque um Beatle é um Beatle é um Beatle: é impressionante. Bastava a introdução de uma música conhecida para fazer o estádio reverberar. Qualquer sorriso, aceno ou piscadela do Paul arrancava aplausos da enorme platéia. Bastava-lhe um gesto para um lado do estádio e, de repente, toda a arquibancada daquele lado levantava-se em braços erguidos. Bastava-lhe cantar um “yeah, yeah” no microfone que, no instante seguinte, todo o Morumbi cantava com ele.
Cantar “Let it Be” com o isqueiro aceso no alto; admirar os fogos de artifício sincronizados com a música; repetir incontáveis vezes o “na-na-na-nanana-ná” de “Hey Jude”; dançar e pular quando, após ensaiar uma despedida, Paul voltou com uma grande bandeira do Brasil e tocou “Day Tripper”; cantar “All my Loving” a plenos pulmões! A noite foi espetacular. Difícil até de descrever, para quem não estava. A lua subia rápido no céu, mais rápido do que o costume. As horas passavam depressa, e queríamos que não passassem. O espetáculo foi primoroso.
O homem tem quase setenta anos e, mesmo assim, fez um show memorável. Não interrompeu o espetáculo em nenhum momento; apenas duas rápidas tradicionais saídas, para voltar em seguida levando ao delírio a multidão que gritava o seu nome. Corria pelo palco, arriscava dançar, passava do violão para o piano e, deste, para o bandolim e o violão novamente. Fez todo mundo cantar e dançar a noite inteira! E eu, lonely person no meio da multidão, concedia-me o inefável prazer de cantar alta e desafinadamente as músicas das quais gosto, com o meu péssimo inglês, dançando do meu jeito desengonçado. Viera de Recife, não podia perder esta chance. Thank you, Paul!
E Rafael, porque você pode considerar um show da madonna errado e eu sou obrigado a aprovar um show de um ex beatle nessas condições?
Aliás, porque você atribui a si o direito de considerar algo certo e errado e não aos outros?
O sujeito do artigo vem aqui, escreve a postagem descrevendo situações que caracterizam culto de adoração a um mero humano e ainda quer que os outros aplaudam, aprovando esse espetáculo mundano.
http://www.youtube.com/watch?v=NsFMgKuLngM&feature=related
Vejam, se não tem razão o Papa, ainda cardeal, quando disse:
“O rock é uma expressão básica das paixões que, em grandes platéias, pode assumir características de culto ou até de adoração, contrários ao cristianismo.”
Vejam vocês e cada tire suas próprias conclusões…
As pessoas coladas umas às outras, como todo o ambiente construído, as luzes pirotecnicas, os fogos, para alimentar as paixões animalescas de uma multidão reunida para prestar culto de adoração a um ídolo mundano.
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“Porque um Beatle é um Beatle é um Beatle: é impressionante. Bastava a introdução de uma música conhecida para fazer o estádio reverberar. Qualquer sorriso, aceno ou piscadela do Paul arrancava aplausos da enorme platéia. Bastava-lhe um gesto para um lado do estádio e, de repente, toda a arquibancada daquele lado levantava-se em braços erguidos. Bastava-lhe cantar um “yeah, yeah” no microfone que, no instante seguinte, todo o Morumbi cantava com ele.”
P/ vc ver que bastava uma piscadela ou um sorriso do ex beatle ali presente, para arrancar uma reação dos bocós ali presente.
Aliás, o autor do artigo ainda faz questao de exaltar os beatles:
“Porque um Beatle é um Beatle é um Beatle”
Ou seja, 3x beatle…
Não é algo de admiração ao Paul… muito vai do fato dele ser um ex beatle… 3x santo… ops… 3x beatle
Fabrício
Afirmaste que “Você não pode afirmar que o show do Paul tenha sido uma ocasião de pecado, se você pensa ter essa certeza, é porque não sabe do que está falando. Sabe o tipo de público que frequentou o local? O Jorge já disse, mas parece que você não leu.”
Não é que não li mas que não acredito.Eu já fui a shows do tipo e sei que são ambientes propícios ao pecado.
Ainda disse que “A motivação com que as pessoas frequentaram? Sabe se houve incentivo a blasfêmia, a desdenhar da fé católica? Sabe se houve incentivo a qualquer outro pecado por parte do cantor? Se não sabe, vai t… no c.. Sério!”
Não estou falando de intenções subjetivas mas de situações reais.E quanto ao xingamento muito obrigado! Me tornou mais santo recebê-lo sem que sentisse raiva.
‘É evidente que não dá para supor nada em relação a isso por mais que o cara tenha dito em 19 e bolinha que não gostava da Igreja. Se fosse um show de uma banda satanista, até poderíamos dizer que é ocasião de pecado, mas não é o caso meu caro, PROCURE CONHECER AS COISAS ANTES DE JULGAR OS OUTROS.”
Então só em sows satanistas há perigo para a alma ? Que piada, quanto sofisma.E eu conheço o Rock já fiz parte do movimento e da cultura rock, sei portanto do que se trata.
“O Olegário está correto quando afirma, mesmo em tom de brincadeira que esse show é melhor do que um show do Pe. Fábio de Melo.”
Pe Fa´bio não pode mas Beatles pode ?
Uma afirmação dessas é doentia rapaz não percebe isso ?
E quando eu disse que não faço malabarismos morais para justificar meus pecados não qusi dizer queo Sr Jorge pecou nisso ou aquilo mas que não posso admitir que se justifique a ida a um show desses.
Por último quem quer que seja será julgado pelos escândalos que tiver causado ou deixado de causar.Jesus disse que melhor seria que o sujeito não tivesse nascido que viesse a escandalizar um de seus pequeninos.São Paulo mesmo deixou de comer carne sacrificada aos ídolos (embora ele mesmo soubesse que os ídolos nada eram e que portanto não pecaria se o fizesse) em razão do escândalo que causava entre os cristãos ainda apegados a lei mosaica.
E o rock é motivo de escandalo.
“Financiar um sujeito desse é aporvar todo um passado, onde os membros dessas mesmas bandas, inclusive os beatles, inclusive Paul, delinearam negativamente toda uma geração e continuar alimentando toda uma industria que oferece idolos mundanos como modelos em substituição do único modelo que todos deveriam seguir, NSJC.”
Mostre-me Rafael que esses idolos feitos do pó da terra não substituem ao único modelo que todos deveriam seguir?
Os pastores da Igreja, outrora, condenavam frequentemente o rock ou o pop, tanto é que ela foi rotulada como inimiga da diversão, que a Igreja era careta, etx… ou seja, ela foi tão debochada que hj em dia parece que ngm mais ousa mostrar a perversidade desse estilo ou de um espetáculo como esse.
Vejo o jorge no passado presente na roda dos escarnecedores, debochando dos padres e bispos que outrora condenavam um espetáculo como esse.
Mas hoje é proibido proibir e cada um é dono de sua própria consciencia.
Aqui em Vitória há um evento Gospel chamado Jesus Vida Verão. Não se toca música profana, só louvores evangélicos (tipo de música que eu não gosto). Já vi jovem falando assim “vou ao Vida Verão porque lá, os ambulantes vendem bebida alcóolica mais barato”.
O evento não faz apologia a bebidas, pelo contrário, os ambulantes vendem mais barato justamente porque o público alvo não bebe. Mas acaba atraindo os jovens que bebem.
P.S: quer dizer que se a pessoa pecou durante boa parte da vida, e depois quer levar uma vida normal, não pode? Nós, católicos, devemos repudiar essa pessoa porque “só o passado dela já faz um católico querer distância”? Vixi, então peço a vocês que não dirijam mais palavras a mim, porque fui mãe solteira.
Ao Sr Jorge Ferraz
“Em segundo lugar, o fato dele não ter Fé é irrelevante aqui, pois estamos falando de um cantor para cujo show se vai, e não de um diretor espiritual ou um modelo de vida que se segue.”
Não é irrelevante ; nossas escolhas são sempre guiadas por nossas ideias e se vou a um show é por que acredito que tem algo de bom lá- ninguém vai por ir !O homem é sempre motivado pelo desejo do que é bom já dizia Sócrates.Se tu vais é que te parece bom.Se a musica dele não lhe serve de inspiração seja em que sentido for por que ir ao show ?Pensar que a música não tem nenhuma relação nem influencia minhas ideias ou sentimentos é conversinha – Platão já provou que não é bem assim não.
“Negativo, eu não quero “impor” absolutamente nada. Eu só quero curtir o meu show em paz, e defender – isso sim – o sacrossanto direito dos católicos de não serem puritanos e de usufruirem na justa medida, sem traumas nem paranóias, das coisas neutras que existem no mundo.”
O uso da palavra puritano- com toda sua carga de preconceitos a respeito dos católicos tradicionais – revela uma intenção sim de impor-nos seu gosto deformado, ainda que tu não o reconheças em razão talvez de um mecanismo psicológico de defesa muito comum hoje em uma era de total imaturidade moral.Sacrossanto direito ? Com és retórico !!!Voisas neutras ??? Nada existe de neutro- Jesus mesmo disse quem não recolhe comigo espalha.
“Porque a garota veio dizer que, se eu tinha direito a ir ao show do Morumbi, ela tinha direito a ir a uma missa-balada, acusando-me de não tratar igualmente os direitos meu e dela. E eu disse que tratava sim, porque tanto eu quanto ela tínhamos direito de ir ao show e nem ela nem eu tínhamos direito de profanar a Santa Missa.”
E profanar a alma ? A isso vcs tem o direito ?
“O problema central é o puritanismo surreal de alguns comentaristas deste post.”
Não o problema é o relativismo.
Análise de discurso:
Carlos disse que o rock existia antes do CVII.
Carlos disse que o rock perdurou pós-CVII.
Carlos disse que o rock “não foi condenado formalmente em magistério pelo CVII”:
Disse:
“Da mesma maneira, se não há uma condenação formal no magistério da Igreja contra essa “música”, é por conta da atmosfera liberal trazida pelo CVII.”
Carlos deu a entender que o rock deveria ter sido condenado formalmente em magistério no pós-CVII.
Carlos deu a entender que o rock não foi condenado formalmente em magistério no pré-CVII.
Disse:
“Realmente, o rock apareceu antes do CVII”
Carlos não vê “culpa” na não-condenação do rock na fase pré-CVII, apenas na fase pós-CVII isso porque:
“não era nem nascido”.
Isso não é engraçado?
Conclusão:
A culpa do Carlos ter nascido é do pós-CVII. A atmosfera “liberal” faz cada coisa…
Caríssimos,
Disse a Karina:
“P.S: quer exemplo maior que ir a um show de cara limpa??? Poxa, vocês queriam que o Jorge subisse ao palco, tomasse o microfone e lesse o Evangelho? Aí sm, destoaria completamente.”
Dona Karina,
Ninguém esperava porisso, ninguém esperava que ele fisesse isso. O que se começou a dizer do post do sr. Jorge é que não era um show para quem se pretende católico de fato. Sobretudo um católico que querendo ou não, contribui para a evangelização, posto que muitos buscam este blog para aprender e manter-se informado da Santa Igreja.
Repito, ninguém esperava que ele fosse a um show desses para tentar converter alguem; e o seu texto deixou isto muito claro. Esse caminho foi tomado pelos que não concordaram com a nosso posicionamento. Uma ironia aqui, outra ali, sarcasmo aqui e acolá, nos defendemos algumas vezes usando da mesma técnica.
Sr. Pedro,
Copiando mais uma vez:
“Porque um Beatle é um Beatle é um Beatle: é impressionante. Bastava a introdução de uma música conhecida para fazer o estádio reverberar. Qualquer sorriso, aceno ou piscadela do Paul arrancava aplausos da enorme platéia. Bastava-lhe um gesto para um lado do estádio e, de repente, toda a arquibancada daquele lado levantava-se em braços erguidos. Bastava-lhe cantar um “yeah, yeah” no microfone que, no instante seguinte, todo o Morumbi cantava com ele.”
P/ vc ver que bastava uma piscadela ou um sorriso do ex beatle ali presente, para arrancar uma reação dos bocós ali presente.
Aliás, o autor do artigo ainda faz questao de exaltar os beatles:
“Porque um Beatle é um Beatle é um Beatle”
Ou seja, 3x beatle…
Não é algo de admiração ao Paul… muito vai do fato dele ser um ex beatle… 3x santo… ops… 3x beatle
É caríssimo Pedro, se isto não for idolatria não sei sinceramente o que é.
E nós somos os radicais tradicionais…
Senhor, volta logo por favor!
P.S.: Sr. jorge, diga para Jesus que ele é puritano….
“O uso da palavra puritano- com toda sua carga de preconceitos a respeito dos católicos tradicionais – revela uma intenção sim de impor-nos seu gosto deformado, ainda que tu não o reconheças em razão talvez de um mecanismo psicológico de defesa muito comum hoje em uma era de total imaturidade moral.Sacrossanto direito ? Com és retórico !!!Voisas neutras ??? Nada existe de neutro- Jesus mesmo disse quem não recolhe comigo espalha.”
Puritano é o que você demonstra ser nessa frase quando diz que nada existe de neutro. Vai estudar moleque que se diz professor! És um professor burro E PURITANO quase maniqueista.
Encontrei este comentário magnífico numa outra postagem.
Embora de conteúdos diferentes vale uma boa reflexão e creio que ele se aplica muito bem por aqui.
“A nova moral (ainda que distante de Roma) busca evitar a culpa. Busca desculpar, dirimir. Há tanta loucura em moral quanto em teologia na literatura católica moderna. Assim como evita o sofrimento. A eficácia da Cruz. Passa longe de São Pedro que indagava: “o quê sabe quem nunca sofreu?” Sei que a maior parte não encontra guarida em Roma, mas há influência e há seguidores na hierarquia. Como ensinou São Paulo, a moral católica tem como horizonte a Cruz. Ele mesmo disse que abandonou todos os outros discursos para anunciar a Cruz e nela lutar o bom combate de pé até o fim. Sem tal horizonte, não se chega de pé até o fim. Mas, então, veio Freud que condenou a culpa. Vieram as feministas, lideradas por Beauvoir, que disseram que o catolicismo satanizou ou demonizou (como dito naquela nefanda questão do ENEM deste ano) o corpo e o orgasmo. Deus colocado à parte, “morto” pelo nihilismo evolucionista e, pronto: o “do-in”, coincidente no ocidente à visão maquiavélica do homem, no qual mal e bem podem conviver com positivo equilíbrio, tornando-o aceito e divinizado sem exigência de nenhuma renúncia (muito mais do que sem nenhuma mortificação), parece virar unanimidade para reforçar o antropocentrismo que, não apenas justifica o homem ainda decaído, mas o diviniza sem depender de Deus e, muito menos, de Sua Cruz. Infelizmente, sinto dizer-lhe: esta é a “moral” ensinada nos seminários. Estive em três deles, aprendendo tal “moral”. Nem na faculdade de Direito, a que concluí, aprendi uma “moral” tão imoral. E, como punir ou evitar os produtos, se não se pune ou não se evita os produtores? Não será porque alguma coisa tem de ser revista lá em cima ou de cima para baixo? Veja, capte documentos sobre moral que concede ao confessor o direito de aplicar dirimentes na penitência. Depois lembre-se de Jesus exortanto: “concorde logo com o seu acusador, antes que ele o leve ao juiz e o juiz o leve ao cárcere”. Sabedoria divina: se há culpa, não me interessa dosar tal culpa, mas que o juiz me absolva logo de tudo, pois, “para Ele, mais virá a ama-lO aquele a quem Ele mais perdoou”. Ou seja, sempre será insuficiente minha consciência acerca de minha dívida para com Deus. Por isso, o salmista dizia (Sl 50): “minha culpa, eu sempre a tenho diante de meus olhos”. E a Sagrada Doutrina manda absolver só quem se reconhece culpado (de máxima culpa contra Aquele que é o Único Inocente), arrependido e compromissado a se emendar. Entretanto, aí, inventou-se essa história de dirimir e até de se evitar a penitência. A receita restou assim: nada de sofrimento ou de cruz (renúncia e mortificação), nada de satanizar o prazer corporal, o homem já é bom como é desde nascido, evoluímos para construir o paraíso na terra onde ninguém mais sofrerá e unidos seremos divinos. Como se pode querer depender de Deus e para quê temer a Deus? Deus existiria apenas para deixar fluir ou ajudar na nossa síntese hegeliana. Mas, o produto da receita acima não passa e não passará do que São Judas Tadeu profetizou na sua carta. E que Deus socorra a Igreja.”
Maria das Mercedes,
Traduza esse aranzel para o português para eu tentar responder.
Paulo
“Nem imagino a vida triste que esses infelizes que se julgam guardiões da vida alheia tem.”
posso assinar, com vc, esse comentário?
Tenho mais pena dos filhos e filhas, caso os tenham.
Maria Mercedes
Se você desenhar ele entenderá melhor!
Letra é coisa complicada, tem que juntar uma com a outra!
concedia-me o inefável prazer de cantar alta e desafinadamente as músicas das quais gosto
Quer dizer, “tava doidão”, eh, eh.
Lembrei-me de Reginaldo Rossi e sua versão de Les Dalton…
E não é que o Jorge aprontou um baita rolo?
Reginaldo Rossi começou sua carreira por influência, exatamente, dos Beatles… abandonando a faculdade …
Será que estamos a sentir também o início de carreira de Jorge, como cantor?
Eh, eh,
Digam-me uma coisa:
Quando foi definida a divindade de Jesus por um concílio?
Ou quando foi definido o dogma da Imaculada Conceição?
Quer dizer então que Jesus não era Deus até ser definido por um concílio? Ou que a virgem só passou a ser imaculada em virtude da definição de um documento?
Daí se vê a desonestidade desses liberais em defenderem qualquer imoralidade SÓ PORQUE NÃO EXISTE DOCUMENTO DA IGREJA A CONDENÁ-LA.
Quer dizer que a Igreja aprovaria um show do Michael Jackson ou da Madonna?
Ela aprovaria bandas como beatles, rolling stones, led, dentre outras?
É algo tão patético, que todos esperariam que se reconhecesse tais bandas, ou tais atos, ou tal gênerno musical, como imorais, sem esperar uma condenação formal da Igreja.
Que diga-se, antes do CVII a Igreja, sim, condenava o rock, na voz de seus pastores. Por isso ela era tão debochada pelos escarnecedores de atrasada, de puritana, etc. até colarem essa pecha na Igreja e seus postares se verem acudidos e não mais condenarem com a mesma enfase que outrora. Ainda assim, o papa bento xvi, ainda cardeal, proferiu que o rock, com grandes plateias como essa do ex-beatle, assume caracteristicas de culto e adoração.
Quer descrição mais perfeita de culto e adoração de um monte de palermas do que a que o autor do artigo deu?
Bastava uma piscadela ou um sorriso do homem p/ levar a galera ao delírio.
Quer prova maior do que aqueles fogos pirotecnicos, do que a multidão reunida, homens e mulheres, exprimidos um nos outros, a adorar um vovô de 70 anos, que outrora fizera parte de um grupo que se dizia mais famoso que Cristo e que contribuiu para perveter toda uma geração?
Que fato não seja evidente, do que esse de financiar um espetáculo mundando, elevando um ídolo de pó às honras dos altares ‘do mundo’, colocando-o, querendo ou não, como modelo a ser seguido por toda uma geração.
Repito: esse artigo foi uma verdadeira agressão.
Não sou contra que católicos tenham momento de lazer e divertimento. O que está em debate aqui, não se o autor do artigo pecou ou não, se ele errou ou não em ir ao show. Ele que cuide da vida dele. Mas a partir do momento em que ele faz questão de divulgar tal fato e ainda por cima exaltar, carregando o nome de católico, a questão não é mais individual. Envolve a todos que carregam o mesmo nome e o debate se torna se é propício ou não um ambiente dessa natureza a um cristão.
Somos puritanos. E vocês são liberais progressistas.
Vemos o passado da Igreja, com tantos santos e santas e nos vemos bem acompanhados. Não por certo por nossa santidade, mas por nossas posições.
Comparar ARTE (Mozat, Handel, Bach) com música pop, axé e rock
A não ser como gosto pessoal (e também, claro, os momentos certos), que diferença tem uma arte com outra? O trabalho e o tempo gasto para compor 1 minuto musical é o mesmo, o empenho, via de regra, também é o mesmo.
Este preconceito em relação às diferentes formas de expressão artística dos seres humanos (Arte é isto, simplesmente) enoja a humanidade.
Olavo Bilac escrever Profissão de Fé e Patativa do Assaré, Triste Partida; Castro Alves imortalizar-se com Navio Negreiro e J. Ferreira da Silva, com A Intriga do Cachorro com o Gato. Roberto Carlos compor Detalhes, John Lennon, Imagine. Beethoven e Bach, lindas peças musicais. Olavo Bilac escrever Memórias Póstumas de brás Cubas, enquanto o Jorge Amado faz de Gabriela um divisor em sua carreira. Tudo é arte, para todos os gostos.
Na diversidade é onde reside a esperança de dias melhores.
let it be…
“Somos puritanos.”
Até que enfim a confissão do óbvio! :)
Creio que o “debate” tenha chegado ao fim.
Abraços a todos.
O sujeito aí em cima deve possuir alguma debilidade mental. Não foi capaz de compreender um raciocinio elevado ao extremo, que diz que mesmo que um comportamento decaísse em puritanismo, é melhor sê-lo, do que um liberal progressista.
Explicadinho, liberais?!
Condenamos esse espetáculo mundano, barulhento, não por sermos puritanos, mas por sermos católicos.
Sr. Pedro,
Irretocável! Parabéns!
O senhor disse tudo o que eu gostaria de dizer, mas que minhas limitações não permitem.
Deus o abençoe por falar por mim1
Eduardo Monteiro e demais, tem um ótimo estudo comparando rock e música secular em geral, com música clássica e música católica. Seu título é “Bach e Pink Floyd BREVE ESTUDO COMPARATIVO ENTRE A MÚSICA CLÁSSICA E A MÚSICA ROCK” e foi escrito por um padre. Pode ser encontrado no 4shared para baixar.
Bem, eu já gostei muito de rock, e Beatles então…amava. Não conseguia deixar de ouvir Rolling Stones,rock dos anos 50, era viciada em música até me converter ao catolicismo.Inclusive foi a partir desse estudo que eu citei feito pelo sacerdote que eu tomei a decisão de abolir a música secular da minha vida.
Depois que deixei de ouvir esse tipo de música, fez muito melhor para a minha alma, até a minha fé aumentou.
Nos shows de rock, sem nem mesmo começar a entrar no mérito da música, só vemos baixarias em geral. São mulheres semi-nuas e super-promíscuas, homens afeminados de batom, bebidas e drogas, e em sua imensa maioria adolescentes (eu , que já tenho quase 30 anos, seria até velha para esse negócio, rsrsrsrs).
Teve um santo que falou, não sei se foi Santo Afonso Maria de Ligório, que quando uma pessoa ia em um baile, seu anjo da guarda ficava lá fora e um demônio tomava seu lugar.
Fico imaginando os bailes da época, que deveriam ser horríveis mesmo, mas e os de hoje?
Tento fugir da ocasião de pecado, pois sei que sou imperfeita até demais e muito fraca.Vamos nos divertir, sim. Mas vamos lembrar que todos aqui nascemos e fomos criados em um mundo revolucionário, por isso tb temos uma mentalidade revolucionária. E por mais que tentemos nos livrar do relativismo, tb acabamos adotando-o sem nem perceber, pois vivemos em um mundo assim.
Por isso, que usamos a desculpa “é só uma música”, para continuarmos a fazer só o que queremos. Mas devemos pensar que até em deixar de ouvir uma música podemos agradar a Deus. Se não conseguimos nos livrar das coisas pequenas, o que dirá quando a grande perseguição aqui no Brasil realmente começar(e ela vai). Vamos , como disse Santa Teresa de Lisieux, aprender a morrer por alfinetadas para depois aprender a morrer por golpes de espada.
Se há uma linha limite entre o que é certo ou errado, como há, eu não quero nem mesmo estar perto dela. Na dúvida, prefiro me abster de certas músicas até confirmar o que de bom elas podem me trazer para a minha santificação.
Para as pessoas que são tão apegadas a musica secular (eu tb era, e ainda tenho bastante resquicio disso), sugiro a deixar de ouvi-las como sacrificio pela conversão de alguém.
Acredito que a maioria daqui não é feito para ser alguém grandioso dentro da Igreja como os grandes mártires ou apóstolos, ou mesmo doutores da igreja. Nós, comuns e insignificantes que somos, teremos que procurar nos santificar através da pequena via. E deixar de ouvir certas músicas é um ótimo passo para isso.
[i]O sujeito aí em cima deve possuir alguma debilidade mental. Não foi capaz de compreender um raciocinio elevado ao extremo, que diz que mesmo que um comportamento decaísse em puritanismo, é melhor sê-lo, do que um liberal progressista.[/i]
Eu não fui capaz de compreender seu argumento por excesso ou você não foi capaz de perceber a ironia com o sorrisinho no final da mensagem? Eu desenho -> :)
De qualquer modo, a frase seguinte não foi irônica: o debate, ou o que quer que seja, já degringolou há tempo.
Entenda minha retirada: esse espetáculo barulhento e puritano me dá náuseas. Por algum estranho e insustentável motivo, entendo que o puritanismo é infinitamente mais mundano que um show do Paul. Mas condescenda: sou só um liberal.
Abraços.
Pedro disse:
“Daí se vê a desonestidade desses liberais em defenderem qualquer imoralidade SÓ PORQUE NÃO EXISTE DOCUMENTO DA IGREJA A CONDENÁ-LA”.
Pedro, o Carlos é liberal? Olha o que ele disse:
“Da mesma maneira, se não há uma condenação formal no magistério da Igreja contra essa “música”, é por conta da atmosfera liberal trazida pelo CVII.”
Carlos disse que só não existe documento formal do magistério da Igreja contra o rock por culpa da “atmosfera liberal” trazida pelo CVII.
Quem quer um documento formal condenando o rock hoje é o Carlos. Ele apenas não se incomoda de não ter documento formal do magistério condenando o rock na fase pré-conciliar (mesmo o rock já existindo nessa época). Ele se incomoda apenas com a não condenação em documento magisterial nos tempos pós-CVII.
O Carlos é liberal, não é Pedro?
Pô, Maria Mercedes, que importância tem para a discussão o Carlos querer uma condenação para o rock, ou considerar que essa condenação não exista por causa do espirito liberal predominante ou não se importar que essa condenação não tivesse existido antes do CV II?
Muito mais coisas relevantes foram ditas.
E diga-se, só de passagem, se o concílio não condenou o comunismo, que matou muito mais gente do que os drogados que morreram de overdose ouvindo nirvana, led ou janis joplin, por que o pós concílio, se preocuparia em escrever uma notinha que seja contra esse estilo barulhento e perverso?
O que ficou demonstrado é a incrivel desonestidade liberal em considerar algo certo ou errado até que a Igreja se posicione.
Aliás, foi por acaso que me deu esse estalo. É muito mais patente a má influência de bandas como nirvana, pearl jam, dentre outras do final dos anos 80 e inicio dos anos 90, do que o das bandas dos anos 60 ou 50. Mas acredite, em nenhuma época o rock produziu bons frutos. Tudo o que ele trouxe foi ruina, destruição e imoralidade…
E teve um aloprado, em posts anteriores, que teve a petulância de defender o rock dizendo que ele era a progressão de outros estilos como o blues e o country.
Daí se vê que mesmo na origem, a criação foi maligna. Pois o grounge, o metal rock, o hard rock, o progressivo, até chegar beatles e as bandas dos anos 50, tudo é o desenvolvimento da geração anterior. Se o rock é fruto de estilos anteriores, péssimo para esses estilos. E se os frutos malignos produzidos pelo rock são tão evidentes em determinadas gerações, isso só condena ãinda mais a geração anterior. Uma boa árvore não dá maus frutos.
Agora, outro aloprado que comparou a musica classica com o rock… música clássica num incentivou ninguém a colocar cocaina no nariz ou injetar heroina nas veias dos braços. Musica clássica tranquiliza, enquando o rock… bem, creio que já me fiz entender…
——-
Ângela, obrigado!
Pô, Pedro
Diz aê, rapá.
Eu gosto de ver sangue.
Sr. Pedro,
Obrigado! É que bom humor rejuvenesce.
Meu caro senhor, eu fiz questão de transcrever a sua resposta, sistematizar [o que eu julgava serem] os seus argumentos, perguntar se era isso mesmo, pedir para que o senhor tivesse a bondade de escrevê-los em forma silogística, e o que o senhor fez? Bateu o pé, lançou-me meia dúzia de delicadezas e disse que não ia mais discutir! Então não discuta, meu caro.
Agora não queira, com isso, empurrar o puritanismo do senhor goela abaixo de todo mundo, porque ninguém aqui é idiota e sabemos perfeitamente distinguir um argumento de uma carteirada.
A comparação, por si só, mostra que o senhor não faz a mais remota idéia do que seja um show de Paul McCartney e um da Madonna.
Falta “somente” o senhor demonstrar que é ilícito a um católico participar de um show em si perfeitamente neutro por conta do passado remoto – e já abandonado, como se depreende do teu próprio comentário – do cantor. E ainda pretende dizer que este rigorismo descabido é católico e, quem não o aceitar, anathema sit! Meu caro, o senhor não tem autoridade para distribuir excomunhões. Ou o senhor pauta os seus argumentos na Doutrina Moral da Igreja, ou fica com a sua própria opinião para lá e deixa os outros em paz.
Deixe de ser besta, rapaz. A Divindade de Cristo encontra-se presente em tudo o que a Igreja sempre ensinou. Também a Imaculada Conceição da Virgem.
Da mesma forma, a licitude de se buscar diversões neutras desde sempre foi defendida pela Igreja. Portanto, ou o senhor mostra que ir a um show de Paul McCartney é, em si, pecaminoso (portanto, não é neutro), ou deixa de xiliques e guarda as suas próprias opiniões para si.
Blá-blá-blá. Volto a pedir: em silogismos. Para a gente ver se este palavrório vazio tem algum mínimo de consistência. Quero ver você sustentar, a sério, que aplaudir e levantar as mãos em resposta a um aceno de alguém é idolatria!
Sem dúvidas não estão bem acompanhados, porque não existiram nunca santos puritanos. Vocês estão é melhor acompanhados dos filhos de Lutero, isto sim.
* * *
Sr. Rafael Queiroz,
Sim, é completamente irrelevante [se Paul McCartneyt tem Fé ou não], porque eu não estou procurando um diretor espiritual e sim um músico. Da mesma forma, se eu vou comprar pão na padaria é porque gosto daquele pão (ou se vou a um médico é porque confio nele), e a crença ou a descrença do padeiro é irrelevante para o objetivo que estou buscando.
O uso da palavra refere-se a um comportamento que está sendo reproduzido inconfundivelmente aqui: trata-se de considerar que as coisas neutras são más em si mesmas, e de inventar pecados que a própria Igreja assim não considera.
Refaço o mesmo pedido que fiz ao sr. Pedro: ponha, por gentileza, em forma de silogismos os argumentos a favor da tese de que ir a um show de Paul McCartney é, de per si, pecaminoso. E vamos discuti-los. Do jeito que está, é uma grosseira petição de princípio tua.
Abraços,
Jorge
Música clássica sempre tranquiliza? Tá bom: http://www.youtube.com/watch?v=ZDFFHaz9GsY . Isto é mais agressivo e arrepiante do que muito rock por aí. Nem por isso é mau em si.
http://www.4shared.com/get/MBGPb68F/Bach_e_Pink_Floyd_BREVE_ESTUDO.html
Taí o trabalho citado pela Michele Madalena.
Quando eu vou passando pela memória todas as bandas de rock, como nirvana, pearl jam, jimi hendrix, janis joplin, Beatles, Rolling Stones, Elvis Presley, Led Zeppeling,
mas eu percebo que os que se opuseram a esse artigo infeliz do dono do blog possuem razão.
E não se diga que o rock é genuinamente bom, existindo as exceçoes que se corromperam. O próprio rock é a corrupção de algo que é legitimo, a música.
“O único fim, o único objetivo de toda música é o louvor a Deus e a recreação da alma.
Quando isso se perde de vista, não pode haver mais verdadeira música, restam somente ruídos e
gritos infernais” (Johann Sebastian Bach, 1738)
“O rock…, faz parte dessa “conspiração contra toda espécie de vida interior”, que é a vida moderna. Ele ensurdece as almas; é sua principal perversão musicalmente falando.”
“Um dos efeitos da música, paradoxalmente, é dispor a alma para o silêncio, deixar de lado as preocupações, silenciar o alvoroço do mundo e “dar aos homens um significado espiritual”.
Tudo reirado do trabalho citado.
Agradeço a recomendação. Cada vez mais posso me posicionar sem escrupulos.
“Falta “somente” o senhor demonstrar que é ilícito a um católico participar de um show em si perfeitamente neutro”
Já ficou demonstrado.
Agora, querer que eu lhe convença. É outra coisa. Não tenha essa pretensão. Quis no mínimo, unir minha oposição as diversas outras que esse infeliz artigo teve.
Tái. Quer argumentos cabais?
Só aprovar o post em que recomendo o link com o trabalho citado pela Michele.
Trate o sr. de refutá-lo. Se é que é possível.
E não queira o sr. empurrar o seu liberalismo as pessoas, seu moleque.
Muito fácil fazer um monte de piruetas para justificar o injustificável, mas atribuir isso à Igreja, dizendo que ela sempre defendeu diversões neutras, quando se entende como neutro esse espetáculo que o sr. defende… é muita cara de pau… muita safadeza, diga-se… quer defender as suas paixões, tudo bem, só nao meta o nome da Igreja nisso…