[Reproduzo trechos de um artigo (de 2004) do pe. Martin Rhonheimer, porque é bastante esclarecedor sobre as atuais polêmicas envolvendo o Papa e os preservativos. O texto na íntegra está disponível no Oblatvs. Todos os grifos são meus.]
A verdade sobre os preservativos
Martin Rhonheimer
Mas o que dizer das pessoas promíscuas, dos homossexuais sexualmente ativos e das prostitutas? O que a Igreja Católica lhes ensina é que simplesmente não deviam ser promíscuos, mas fiéis ao único parceiro sexual; que a prostituição é um comportamento que viola gravemente a dignidade humana, principalmente a dignidade da mulher e, portanto, não devia ser praticada; e que os homossexuais, como todas as outras pessoas, são filhos de Deus e amados por Ele como todos são, mas que eles deveriam viver me continência como toda e qualquer pessoa solteira.
Mas e se eles ignoram este ensinamento e correm o risco de contrair o HIV, deveriam eles usar preservativos para impedir a infecção? A norma moral que condena a contracepção como intrinsecamente má não se aplica a estes casos. Nem pode haver um ensinamento da Igreja sobre isto; é simplesmente um non-senso estabelecer normas morais para tipos de comportamento intrinsecamente imorais. Deveria a Igreja ensinar que um estuprador nunca deve usar preservativo porque ao fazer isto, além do pecado de violência sexual, ele estaria desrespeitando “o recíproco e completo dom pessoal de si e, portanto, viola o Sexto Mandamento”? Por certo que não.
O que devo dizer, como padre católico, a pessoas promíscuas ou homossexuais soropositivos que usam preservativos? Procurarei ajudá-los a viver uma vida sexual moral e bem ordenada. Mas eu não lhes direi que não usem preservativos. Simplesmente não falarei disto com eles e presumirei que se eles escolheram fazer sexo, manterão ao menos um senso de responsabilidade. Com tal atitude, respeito plenamente o ensinamento da Igreja Católica sobre contracepção.
Ah, Já agora, comer sem fome é pecado. È gula.
E NÂO È saudável.Conduz à obesidade.
Caros, com relação ao que se está discutindo aqui:
1. A diferença entre os métodos naturais e os artificiais está, simplesmente, no fato de que estes agem sobre o ato sexual tornando-o infecundo. Os métodos naturais consistem em utilizar-se dos períodos inférteis da mulher, que existem naturalmente.
Tem tudo a ver com a diferença, mutatis mutandis, entre matar uma pessoa para tirar-lhe os órgãos e tirar os órgãos de uma pessoa que está morta.
2. Não existe isso de “decidir de acordo com a sua consciência íntima – intocada e inviolável e que PREVALECE SEMPRE sobre as normas doutrinárias avulsas”. Isto não tem nada de Doutrina Católica. A Doutrina Católica com relação à contracepção é bastante clara: é intrinsecamente má “toda a ação que, ou em previsão do ato conjugal, ou durante a sua realização, ou também durante o desenvolvimento das suas conseqüências naturais, se proponha, como fim ou como meio, tornar impossível a procriação” (Humanae Vitae).
Abraços,
Jorge
Não falei que era idiotice? O que tem a ver o fato de se tomar bebidas alcoólicas com a alimentação sem ter fome? Sinceramente…! Dentro em pouco voce comparará também o cigarro que alguns fumam após as refeições…
Robson, voce está querendo defender o indefensável. Sob qualquer ponto de vista COMER SEM TER FOME É ERRADO.
Sabe o que é BULIMIA?
Talvez – vou lhe dar o privilégio de uma saída -, voce esteja querendo dizer a mudança de hábitos no sentido de, ao invés de 3 copiosas, se fazer 6 pequenas refeições. Há controvérsias quanto ao bem que isto pode fazer, mas vamos dar de lambuja. Mesmo assim, meu caro, todos comerão quando sentirem fome.
Vejamos, vou desenhar, com um exemplo:
Se voce comer às 6 horas da manhã, umas 3 fatias de mamão, uns 2 ou 3 pãezinhos de 50 gramas com presunto e ovos, acompanhado de um copo de café com leite, provavelmente só terá fome às 12 horas, e assim por diante.
Mas, se voce cortar isso aí à metade, deverá SENTIR FOME às 10, digamos, caso onde se recomenda a ingestão de um lanche, que pode ser uma fruta, um copo de suco, ou qualquer coisa que o valha.
REPAROU QUE AINDA É VÁLIDO O PRECEITO DE SE SÓ COMER QUANDO SENTIR FOME?
Jorge:
Sim, as fases inférteis existem naturalment no Ciclo anovulatório ad mulher. Mas NÂO È NATURAL que um casal só tenha sexo durante os períodos inférteis- è até contranatura
Objetivamente, trata-se de um comportamento CONTRACETIVO, com a finalidade expressa de que da vida sexual de um casal fértil não resulte uma gravidez.
Os casais que usam os métodos naturais SÓ PRATICAM ATOS INFECUNDOS, propositadamente, ou seja escolhem conscientemente a infecundidade porque não querem ter filhos.
Num acto sexual que se pratica apenas quando se tem a certeza que desse acto naõ vai ocorrer uma gravidez, EXISTE uma clara dissociação entre o aspeco unitivo e procriativo.
Acho muita piada à argumentação absurda a propósito da defesa dos métodos contraceptivos naturais:
“Tem tudo a ver com a diferença, mutatis mutandis, entre matar uma pessoa para tirar-lhe os órgãos e tirar os órgãos de uma pessoa que está morta”
Então paraticar o Método Billings é a mesma coisa , mutatis, mutandis, que tirar os orgãos de uma pessoa quando está morta?
Bem só há algo de comum a essas dias actividades – tirar orgãos ou fazer contracepção pelo método Billings nada têm de comportamentos “naturais”…
2 – “Não existe isso de “decidir de acordo com a sua consciência íntima – intocada e inviolável e que PREVALECE SEMPRE sobre as normas doutrinárias avulsas”. Isto não tem nada de Doutrina Católica”.
Você quer dizer que as normas do Catecismo sobre a o Valor supremo ca consciência humana NÂO SE APLICAM?
Ou seja, para você há normas do catecismo que não têm qualquer validade?
Podemos eliminar ataxativamente todas as DEZENAS de parágrafos e indicações do Catecismo Católico sobre o tema ?
Acho essa atitude bastnte relativista e pouco fundamentada teologicamente.
A Humane Vitae tem mais valor doutrinário que o catecismo católico e toda a Tradição da igreja, relativamente à supremacia da Consciência ìntima e bem formada sobre indicações externas?
Alguém aí lembrou que a consciência de cada um vale como “juiz moral”.
Esqueceram apenas de que, acima da consciência, vem a moral dos ensinamentos de Deus. Nossa consciência muda, a Lei Divina não.
Tenho certeza que a consciência de Hitler e do Dr. Mengele estavam muito tranquilas quando determinaram o extermínio e a tortura dos judeus.
Tenho certeza de que a consciência de alguns estupradores está muito tranquila, posto que na moral DELES as mulheres até gostam do que eles fazem.
Tenho certeza de que a consciência de alguns corruptos está muito tranquila, posto que na moral DELES, todo mundo rouba então eles também podem roubar.
Tenho certeza que a consciência dos fundadores do BoyLovers (grupo que enaltece a pedofilia) está muito traqnuila, pois a moral DELES pressupõe que é um DEVER iniciar sexualmente criancinhas de berço.
Para não falar que esses casos não podem ser usados como exemplo, dou outro, que entra na “vida particular cotidiana de cada família”. O colega de trabalho da minha amiga matou o filho de cinco anos. Disse que fez isso após “profunda reflexão e consciência de que era o melhor”. Não passou muito tempo e ele se matou.
Precisa dizer mais alguma coisa?
Então as dezenas de preceitos do Catecismo relativos ao Valor da Consciência íntima nada valem?
Podemos deitar fora bocados do catecismo e apagar milénios de Tradiçao Doutrinária segundo a qual em decisões sobre matéria moral PREVALECEM SEMPRE os ditamos da consciência íntima face a quaisquer “ordens” externas??
“A consciência é o núcleo secretíssimo e o sacrário do homem onde ele está sozinho com Deus e onde ressoa sua voz”: Catecismo da Igreja Católica, n. 1776.
“Na intimidade da consciência, o homem descobre uma lei. Ele não a dá a si mesmo. Mas a ela deve obedecer. Chamando-o sempre a amar e a fazer o bem e a evitar o mal, no momento oportuno a foz desta lei ressoa no íntimo do seu coração… É uma lei inscrita por Deus no coração do homem”.
Concílio Vaticano II (Gaudium et Spes n. 16)
Abraços
Você compara os métodos contracetivos naturais com a colheita de orgãos numa pessoa morta.( O outros comparou-os à morte natural)…
Trata-se de um Reductio ad absurdum
Quer a colheita de orgãos, quer a contraceção pelo método Billings são comportamentos que nada têm de natural.
Aliás são completamente artificiais
Num caso e noutro o ser humano interfere com o ciclo normal da Natureza.
Num caso colhendo orgãos de pessoas mortas para fazer transplantes , noutro caso usando a contraceção (método de Billings.), impedidno que da vida sexual de um casal fértil resulte uma gravidez.
Talvez por isso você tenha usado essa analogia – comparando dois comportamentos completamente NÂO NATURAIS.
Karina:
“Tenho certeza que a consciência dos fundadores do BoyLovers (grupo que enaltece a pedofilia) está muito traqnuila, pois a moral DELES pressupõe que é um DEVER iniciar sexualmente criancinhas de berço ”
Você tem a certeza, (um bocadinho demagógica), e eu tenho a certeza de que os fundadores desse grupo pedófilo são completamente contra os métodos contraceptivos e o controle da natalidade.
Quanto mais criancinhas melhor, não é? Sobretudo se forem pobres e abandonadas pelos pais que não souberam assunir uma paternidade consciente.
São alvos para os predadores sexuais.
Se você acha que quem usa contracepção só pode ter uma consciência igual à de um pedófilo, de um violador, de um corrupto ou de um homicida tem de falar com os seus amiguinhos que usam o Método de BIllings e que tambèm têm esta deformação grave das suas consciências.
È que eles fazem efectivamente contracepção, mas, podem estar convencidos que não fazem, coitados.
A ignorância tem destas coisas.
É claro que os preservativos aumentam a promiscuidade, os recentes estudos feitos pelo próprio, PASMEM, Ministério da Saúde, revela que o Condomcentrismo (Centrar as políticas públicas de DST na Camisinha) não está surtindo efeito.Leiam o texto da reportagem feita pelo Jornal Nacional sobre o assunto.
Bom, se o número cresceu, porquê o Estado não quer apoiar políticas públicas baseadas na Castidade por julgar interferir na vida das pessoas.Mas não questão de interferir, mas de dizer as pessoas que o único caminho é o radicalismo e uma versão saudável do fundamentalismo – o fundamental é que um bom relacionamento seja feita após o casamento, conhecendo bem o parceiro e se manter fiel.Jorge e demais comentaristas, a Organização das Naçôes Unidas, aponta, só para se ter uma ideia o estado do Tocantins como um dos estados onde a morte por AIDS praticamente dobrou.
O que demonstra que a Igreja Católica esteve certa e está certa no tocante a Castidade.Só o governo federal e os intelectualóides de plantão não conseguem ver essa realidade.
O pessoal não usa preservativo e o resultado é esse . mais infectados.
A questão da infecção por HIV é bem mais complicada que isso, bluesmile. Abstraindo da moralidade ou imoralidade do ato, é fato que a camisinha não dá proteção perfeita, não. Mesmo que teste em laboratório digam o contrário, convêm lembrar que condições perfeitas não existem na vida real.
Perdoe-me citar uma piada para ilustrar o fato, mas achei engraçada e verdadeira ao mesmo tempo (e bem medival, usar o humor para ilustrar verdades, vide http://migre.me/2JPCH):
Um criador de galinhas não conseguia fazer suas galinhas botar ovos. Conhecia um único cientista, um físico, e resolveu tentar com ele uma solução. O físico gastou um tempo enorme e voltou com a seguinte resposta: “Olha, conesgui chegar uma solução para o seu problema com as galinhas, mas tem um problema: só funciona com galinhas esféricas no vácuo”. :)
Bom descanso a todos.
Mas, meu caro Juliano, os 2% estatísticos (se posso chamar assim) nao contraem a doença, necessariamente. O que está incluso nos 2% são todas as falhas inerentes a qualquer processo industrial.
No próprio universo da pesquisa existe os naturalmente resistentes ao vírus, sabia? Não são a estes que é dirigida a campanha pelo uso da camisinha, como é óbvio. Elime-se estes do percentual de falha, e verá que a marca de proteção da camisinha aproxima-se bastante dos 100%.
Agora, se voce quer proteção total (100%) quanto a não morrer numa queda de avião (por estar dentro de um), deixe de viajar neles, ora.
Analogamente, se voce quer ter certeza de que não morrerá de AIDS (mesmo, talvez, sendo naturalmente resistente), deixe de fazer amor (partindo do princípio de não ser casado), deixe de fazer transfusão de sangue (as luvas das enfermeiras são de látex, também, sabia? Assim como os cateteres), não faça mais nenhuma cirurgia etc etc.
Caro Juliano:
Tem razão, só a camisinha não resolve o problema – não sou eu que o digo é a ORGANIZAÇÂO MUNDIAL de SAÙDE, que promove o programa ABC. (O mesmo que Bento XVI referiu como aceitável.)
MAS, não podemos de modo algum excluir a camisinha nos programas de prevenção da AIDS quando é o ÙNICO MEIO EFICAZ de prevenção da doença em caso de contactos sexuais.Não tem eficácia de 100%?
Pois não – em matéria de prevenção das doenças, NADA tem uma eficácia de 100%.Mas temos a certeza que, em condições ideiais de uso, há uma eficácia de 98%!
E mesmo com algumas falhas devido a erros dos utilizadores, ainda assim a eficácia é elevadíssima, quando comparada ao risco de não usar protecção nenhuma e ficar infectado!!!
È um crime “diabolizar ” a camisinha.
ALém disso a castidade não resolve tudo – há muita gente completamente casta que está infectada.
Basta lembrar os milhares e mihares de bebés que já nascem infectados. Basta lembrar os milhares de infectados por transfusões sanguíneas e seringas ou materiais contaminados.
Há pessoas virgens infectadas. Há até, freiras e padres, sem vida sexual activa, que estão infectados.
A SIDA não escolhe sexo nem raças, nem pessoas bem ou mal comportadas.Há muitas virgens que são infectadas quando casam e têm a a primeira relaçãos sexual (sem preservativo )com os seus maridos. Em àfrica a maior parte das meninas, algumas ainda adolescentes, são contagiadas desta forma.No Brasil também acontece muito.Há mulheres de 60 anos, fidelíssimas, que são contaminadas pelos seus esposos.
Ou seja, USEM sempre PRESERVATIVO.
Façam o teste da SIDA.
Peçam aos vossos conjuges / namorados para fazerem o teste da sida.
Mas mesmo com resultados negativos, tenham sexo seguro durante seis meses( por causa do período jenela).
Reduzam ao máximo número de parceiros sexuais.
USEM PRESERVATIVO em todos os contactos sexuais.
São as indicações da OMS.
E desculpe a insistência, mas é aflitivo ver tanta ignorãncia e má-fé num assunto tão sério!
Saudações
Não há ignorância, nem má fé. Há é boa formação científica e moral, que o(a) senhor(a) não abalará ofendendo pessoalmente os debatedores.
Volto ao ponto: só se colhe do Catecismo o que interessa. A consciência é um direito, mas não absoluto. Anexo ao direito está o dever de formar-se bem.
Os métodos naturais são lícitos e moralmente aceitáveis, sempre que houver motivos graves para usá-los. Usar os ritmos naturais inférteis para saciar o apetite sexual não é ilícito, pois não se interfere na natureza dos cônjuges. Os métodos artificiais, pelo contrário, interferem na natureza, mudando seu ritmo, para que do ato sexual não nasça o bebê. Ora, se tais períodos inférteis são naturais, não existe motivo para não usá-los. Aos cristãos o raciocínio é ainda mais fácil, pois tudo o que Deus fez é bom; ora, os momentos inférteis da mulher devem que ser bons, portanto, pois foram criados assim por Deus. Diferente do que o homem faz, ordinariamente. Ora, os métodos contraceptivos artificiais interferem na natureza. Obviamente, o bondade moral desta ação está comprometida.
Quanto à comparação entre métodos naturais e a morte natural, vou desenhar:
Métodos Naturais = Métodos Artificiais pois o fim é o mesmo
Morte Natural = Morte provocada pois o fim é o mesmo
Logo, quem sustenta que os métodos artificiais equivalem aos naturais pois, independente do modo, tem o mesmo fim, tem que admitir que a morte natural equivale à morte provocada, pois tem o mesmo fim.
Ora, não é nosso caso, mas do(a) senhor(a) sorrisoazul. Para nós, católicos romanos, que estudamos, os meios escolhidos para a ação compõem o ato. Logo, a morte que é provocada não tem garantia de moralidade, assim como a contracepção provocada.
Ricardo: Não esqueci da pergunta que fiz, mas o senhor esqueceu de responder: o sobrepasto (salgado ou doce) deve ser comido sempre com fome? Ah, também não respondeu sobre as Bodas de Caná? Sobre a bulimia, sim, pode ser pecado. Mas nem sempre comer sem fome é pecado. Do mesmo modo que latrocínio é sempre pecado, mas nem sempre matar o outro é pecado (e às vezes nem crime).
Robson, sinceramente voce é o cabeça dura mais dura que existe.
O pospasto (seja doce ou salgado) faz parte da refeição. Quando voce o está ingerindo ainda não matou sua fome, não se saciou por completo. Portanto, voce ainda está com fome, não está comendo “SEM FOME”.
Do mesmo modo, voce não pára de comer após o antepasto. Tudo faz parte de uma refeição completa, que se ingere para saciar a fome, não para comer SEM FOME.
O Projeto de Lei 122, a homofobia e a liberdade de expressão
cristaocomprometido.blogspot.com
Pera, pera, pera! Doença agora é pecado?
Bulimia, ao que eu sei, é apenas uma doença. E voce compara uma doença com pecado?
Vade retro!
Senhor Robson:
Com todo o respeito à boa formação científica dos comentários aqui postados contra o preservativo é muitíssimo baixa, pois baseia-se em erros crassos e mentiras graves.
Quanto àformação moral, não me pronuncio.
Mas Você afirma textualmente que
“só se colhe do Catecismo o que interessa.”
Trata-se de uma posição completamente relativista e contra aDoutrina católica.
Mas, se assim fosse, os católicos podem livremente deixar de lado a parte do catecismo sobre os métodos contraceptivos.
Caro Wilson :
O seu raciocínio é completamente absurdo e ilógico porque faz uma analogia ( uma comparação) entre dois conceitos c opostos.
Métodos (contraceptivos)Naturais = Morte Natural
Não se pode comparar o conceito de “morte natural” (quanto ao fim, ou seja quanto à finalidade última da acção humana) com o o conceito de os “métodos contraceptivos naturais”.
A morte natural não resulta de qualquer acção humana, ocorre naturalmente, sem nenhuma interferência do ser humano. Não resulta de nenhuma acção humana que tenha a morte como sua finalidade ou como “fim”.
Já os Métodos contraceptivos naturais NUNCA OCORREM naturalmente , nunca acontecem sem a acção humana consciente orientada para um FIM.
São a consequência de um comportmento humano com um fim específico – uma finalidade contraceptiva.
2 – Se você quissesse obter uma equivalência de sentido entre as duas premissas (contracepção e morte) teria de escrever algo como isto:
“Métodos (contraceptivos) Naturais = Métodos Artificiais pois o fim é o mesmo
“Homicídio Natural = Homicídio provocado pois o fim é o mesmo”
Mas… não há um homicídio natural!
È um absurdo?
Sim, porque não há homicídio sem ação humana dirigida a um fim.
Pois é. Tal como na contracepção.
Não se podem equiparar conceitos antagónicos sob pena de se tirarem ilações absurdas.
“tudo o que Deus fez é bom; ora, os momentos inférteis da mulher devem que ser bons, portanto, pois foram criados assim por Deus.”
Então o cancro também é bom, pois foi criado por Deus, os abortos espontãneos são bons, pois foram criados assim por Deus, a tuberculose é uma coisa muito boa, porque o Bacilo de Koch foi criado por Deus; a lepra é uma coisa muito boa porque foi Deus quem criou a bactéria Mycobacterium leprae; a infertilidade masculina é boa porque foi criada por Deus and so on…
A ideia de que tudo o que é natural é bom é um pouco infantil, perdoe-me a franqueza.
Por último, Caro Wilson:
Quando você afirma peremptoriamente que
“nem sempre matar o outro é pecado (e às vezes nem crime).”,
pode-se inferir que
“nem sempre fazer um aborto é pecado (e às vezes nem crime).” ???
Porque, das duas uma, ou matar o outro é sempre um grave pecado e esse princípio não admite exceções, ou há exceções a esse princípio e, nesse caso, o aborto não é sempre pecado.
Seja lógico no discurso, por favor.
Saudações católicas.
os meus ùltimos posts dirigem-se ao Robson e não ao senhor Wilson.
As minnhas desculpas pelo lapso.
“Porque, das duas uma, ou matar o outro é sempre um grave pecado e esse princípio não admite exceções, ou há exceções a esse princípio e, nesse caso, o aborto não é sempre pecado.
Seja lógico no discurso, por favor.”
Bluesmile, antes de pedir lógica aos outros sugiro fazer um pequeno exercício de auto-crítica. Possivelmente se depararia com falácias como a epigrafada. Com todo respeito, uma falácia infantil e algo irônica, vindo de quem encampou a missão de despejar saber científico a nós outros, pobres ignorantes.
Abortar voluntariamente é, sim, matar. Mas o aborto é um subconjunto do universo de assassinatos, não o próprio conjunto. Logo, afirmar que há exceções no conjunto de assassinatos não implica em que dentre essas exceções incluem-se casos de aborto. Típica dedução falaciosa.
Demais disso, há outros probleminhas na sua argumentação. Confira:
“ALém disso a castidade não resolve tudo – há muita gente completamente casta que está infectada.
Basta lembrar os milhares e mihares de bebés que já nascem infectados. Basta lembrar os milhares de infectados por transfusões sanguíneas e seringas ou materiais contaminados. ”
Ora, mas ninguém aqui – tenho plena convicção – propõe que a castidade previne a aids até em transfusões de sangue ou uso de materiais contaminados. Ela é um contraponto – indiscutível – à promiscuidade, à sexualidade irresponsável, ao hedonismo próprio de uma época avessa a qualquer restrição à vontade desenfreada de fazer sexo.
Assim assentado, o exemplo dos bebês foi de uma infelicidade medonha. Primeiro, porque eles foram infectados por via materna, não por sexo. O que tem castidade a ver com isso, pois? Segundo, porque castidade – no sentido de uma atitude diante do sexo – não é um conceito aplicável a bebês, que estão longe de discernir e tomar tal atitude.
Ainda no campo da lógica, mais acima você escreveu que a certeza da Karina era “um bocadinho demagógica” e logo em seguida proferiu uma “certeza”. A sua “certeza”. Nessa linha, não consegui entender por que se poderia apor grosseiramente o “bocadinho demagógica” à afirmação da Karina, e não à sua, que pretensamente paira como a gloriosa expressão da verdade científica. Aliás, de “verdade” para “vaidade” são só duas letrinhas.
No mais, gostaria de saber, com toda a humildade de leigo, a respeito dessa pesquisa, segundo a qual não haveria possibilidade do HIV atravessar as fendas no látex do condom. Por enquanto, a ilustração com a molécula de água não diz nada. Uma pesquisa dessas só deve ser válida na medida em que reproduzir as condições típicas da ejaculação, posto haver outras variáveis além de dimensões físicas – como a pressão, o volume do fluido, a densidade, a viscosidade. Comparando com o seu exemplo da molécula de H2O, é possível um jato de água não extravazar numa membrana porosa, enquanto um jato de outro líquido muito mais viscoso o fazer, com uma pressão bem maior. Outras variáveis a se examinar podem ser a frequência, gerando um dado probabilístico, e, quiçá, a temperatura do fluido. Enfim, não estou lançando um desafio, mas estou veradeiramente interessando em saber se foi feito, de fato, um estudo meticuloso e honesto sobre isso, ok?
A propósito, os 2% de ineficácia da camisinha devem-se a quê?
Eduardo Araújo
Caro Amigo:
Respodendo ao seu post .
“Abortar voluntariamente é, sim, matar. Mas o aborto é um subconjunto do universo de assassinatos, não o próprio conjunto. Logo, afirmar que há exceções no conjunto de assassinatos não implica em que dentre essas exceções incluem-se casos de aborto.”
Parece-me uma tipica argumentação falaciosa (e ilógica) deduzir que o aborto, embora sendo um assassínio, é um subconjunto específico do universo do assassinatos e, como tal, não se lhe aplicam para a regras aplicáveis ao conjunto total.
Poderíamos fazer o mesmo juízo face aos assassinatos por tiro versus os assassinato por estrangulamento, ou ao assassinato de crianças versus os assassinato de idosos, ou ao assassinato devido a violência doméstica versus o assassinato devido ao tráfico de droga, etc, etc, etc…
Todas estas categorias são subconjuntos no universo de assassinatos, não o próprio conjunto.
No entanto, o juízo de valor moral que vale para o conjunto total deve valer para os subconjuntos que o constituem.
Ou você acha que não?
Ou se admite que há uma regra geral, sem exceções (para todos os assassinato), ou se admite que há casos particulares, excepcionais , em que matar alguém não é censurável moralmente nem penalmente.
Nesse caso, essas exceções terão de ser admitidas para TODOS os assassinatos e não para apenas alguns em particular.
Por exemplo, o conceito jurídico-penal de legítima defesa ou de estado de necessidade , que explicam porque é que alguns homicídios não são CRIME punível,
aplicam-se a todos os homicídios a não apenas a alguns.
Ou seja, se há homicídios admissíveis,que não implicam censura ou sanção e se o aborto é um homicídio, então há abortos admissíveis que não implicam censura ou sanção.
Mas claro que se você me conseguir demonstrar que assim não é, com uma argumentação lógica e consistente, agradeço.
Quanto às suas obsercações sobre a castidade.
Quiz demonstrar que a CASTIDADE não é a panaceia. A castidade, de per si, NÂO RESOLVE o problema da SIDA.
A Castidade é um contraponto à promiscuidade e à sexualidade irresponsável, e sim, deve ser incluída em programas de prevenção, nisso estamos todos de acordo, incluindo a Organização Mundial de Saúde com o seu programa ABC . Mas é ridículo e até criminoso dizer que a castidade é o único caminho possível e que não são admissíveis outros meios EFICAZES de prevenção, como o preservativo. È a mesma coisa que dizer que os medicamentos retrovirais também não podem ser usados.
O caso dos bebés infectados por via materna é um excelente exemplo para demonstrar como a castidade nada resolve. Quiz relembrar que há muitos casos de contágio que nada tem a ver com sexo. Falei também de Padres e freiras contaminados, de pessoas castíssimas e até de virgens contaminadas na primeira relação sexual sem preservativo.
Respondendo à sua última questão:
“No mais, gostaria de saber, com toda a humildade de leigo, a respeito dessa pesquisa, segundo a qual não haveria possibilidade do HIV atravessar as fendas no látex do condom. Por enquanto, a ilustração com a molécula de água não diz nada. “
A ilustração da molécula de água é bastante clara, relativamente ao falso argumento do “tamanho” do Vírus da Sida versus o tamanho do espermatozóide.
Repare que tem sido o principal argumento, repetido até à inconsciência, pelo que se trata de uma demonstração simples para rebater a questão do “tamanho “, que permitiria ao vírus passar pela membrana do preservativo.O argumento é infantil , nada como um exemplo simples para o clarificar.
Você refere-se a haver outras variáveis além de dimensões físicas – como a pressão, o volume do fluido, a densidade, a viscosidade. Claro que há. Mas em todas estas variáveis o exemplo da água é ilustrativo.
De facto, quanto mais elevada a densidade e a viscosidade de um líquido, menor a sua possibilidade de passar por uma membrana de látex. Usando seu exemplo, se um jato de água não extravazar uma membrana porosa, é impossível um outro líquido muito mais viscoso o fazer. Quanto à pressão e à temperatura pode ser replicada com água. Não é por a água ser quente ( à temperatura corporal) que o preservativo rompe.
Aliás os exaustivos testes laboratoriais a que os preservativos são submetidos no seu processo de fabrico implicam que se repliquem todas as condições da ejaculação, pressão, viscosidade , temperatura, frição, etc. Os preservativos são submetidos a intensivos testes e examinados quanto a diferentes fatores: dimensão, capacidade volumétrica e pressão de estouro (com e sem envelhecimento em estufa), embalagem e rotulagem.
Todos os fabricantes credenciados de preservativos fazem estudos meticulosos e exaustivos sobre isso, fiscalizados por instâncias nacionais e internacionais de controlo de qualidade, ok?
Por último, os 2% de ineficácia da camisinha devem-se a não haver condições PERFEITAS de uso do preservativo, pois há sempre factores do comportamento humano que são imprevisíveis.
Mesmo assim uma eficácia de 98% de é extremamente elevada.
Por ùltimo, O PRESERVATIVO É O ÚNICO MEIO DE PREVENÇÃO DE CONTÁGIO DURANTE UMA RELAÇÃO SEXUAL.
Senhor Sorriso Azul, talvez não tenha a mesma eloquência de vossa senhoria.O que a igreja sempre defendeu é que a camisinha incentiva a promiscuidade.Ademais, a camisinha não é perfeita, assim como tudo criado pelo homem não é perfeito.Vc como os outros comentaristas leram a pesquisa supracitada por mim e percebeu ou deveria ter percebido que a tão propalada camisinha não resolve e não vai resolver a questão da Aids.O que resolve, na minha modesta e capenga opinião é algo que vai muito mais alem da castidade é entender que Sindrome da Imuno Deficiência Adquirida é grave e não para de crescer no Brasil, onde se tem uma alta cultura pornográfica.
Não me leve a mal, mas seu raciocinio parece-me inferir que o governo sempre esteve “certo” e a Igreja errada.
Caro Jorge
Estimo muitíssimo seu blog, porém não sei como permite que pessoas venham aqui fazer propaganda dos preservativos entre os católicos… que se faça nas bandas de lá, para os não-católicos, tudo bem, mas aqui… com todo o respeito, mas parece que está sendo conivente com eles admitindo os escândalos aos pequeninos.
Sobre os “escândalos aos pequeninos” seriam bom que tds tb ouvissem esta palestra do Pe. Paulo Ricardo a respeito da “Duas Igrejas”-Os verdadeiros cristãos são combatentes, lutam sem cessar contra a carne, o mundo e o diabo”
http://padrepauloricardo.org/audio/12parresias/
Concordo contigo Magna, até poderia ter uma tag diferenciando católicos de não católicos, evitaria a perda de tempo com comentários de ateus e hereges.