Faleceu hoje à tarde, aos noventa e um anos de idade, a filha de Deus Maria José da Silva Lopes, minha avó materna.
Minha avó querida! Morava com duas tias minhas, irmãs da minha mãe. Na casa dela passei grande parte da minha infância. Ela é responsável direta por muito do que hoje eu sou. Não conheci nenhum dos meus avôs, ambos falecidos antes que eu nascesse; sempre me gabei, contudo, de dizer que tinha duas avós. A partir de hoje não o posso mais dizer.
Faleceu no hospital, onde estava já há quase dois meses, lutando contra algumas infecções, entre UTIs, semi-UTIs e apartamentos. Vi-a pela última vez na segunda-feira, quando a fui visitar. Estava ótima. Sorria, conversava, mandava beijos, dizia que queria ir para a casa. O pior já havia passado, pensava eu; quem resistiu às UTIs frias pelas quais minha avó esteve no mês passado, claro que iria para casa viver mais algumas décadas e ver os filhos dos filhos dos netos.
Engano meu. Aprouve ao Deus Altíssimo chamá-la hoje. Não sei os detalhes, recebi a ligação do trabalho e voltei para casa. Daqui, vou ao cemitério. O enterro vai ser amanhã, em horário que ainda não sei.
Não lhe tirei uma foto sorrindo na segunda-feira. Não a fui visitar ontem. Tristeza! Se eu soubesse… sim, se nós soubéssemos faríamos tudo diferente, é claro. O grande drama da vida é que nós nunca sabemos. E o Deus que faz nascer o sol sobre justos e injustos também o esconde a ambos. E, ao contrário dos crepúsculos cujo horário nós conhecemos relativamente bem, a nós não nos é dado saber a hora do anoitecer das nossas próprias vidas e daqueles que nos são caros.
Minha avó querida! Que a Virgem Santíssima, Janua Coeli, possa receber-te o quanto antes nas Moradas Eternas. Por esses dias, ontem ou anteontem, sonhei contigo; e a única coisa que recordo do sonho é que andavas. E não podias mais andar já há alguns anos… Que o meu sonho possa ser realidade na Jerusalém Celeste e que, longe de toda dor, n’Aquele Lugar Santo onde toda lágrima será enxugada, tu possas agora caminhar como me recordo de que caminhavas quando eu era criança. Que as lágrimas que aqui derramamos possam servir-te. Que descanses em paz.
Aos que passarem, peço que rezem uma ave-maria por dona Maria José. E também pelos familiares que sofrem a dor da perda.
Requiem aeternam dona ea, Domine,
et lux perpetua luceat ea.
Requiescat in Pace.
Amen.
Tenho rezado pela sua avó, e ofereci a minha comunhão tambem pela sua avó.Portugal.
Colocarei na intenção da Santa Missa o nome de sua avó. Conte com nossas orações!
Caros,
Muito obrigado por todos os sentimentos e orações, expressos ou não aqui. Estou certo de que o Altíssimo saberá aproveitá-los, bem como recompensar aos que desempenham tão boas obras de misericórdia.
Hoje é a missa de 30º dia da minha avó. Que descanse em paz.
Abraços,
Jorge
Minhas sinceras condolências pelo passamento de sua avó. Todos nós um dia realizaremos a nossa páscoa! Com certeza ela está em bom lugar.
Um cordial abraço!