[Recebido por email, e cotejado com o inglês do Medieval Sourcebook.]
Teses do “Dictatus Papae” do Papa S. Gregório VII (1073-1085), Papa que quebrou arrogância do Imperador Henrique IV. Excomungado duas vezes, foi ao Papa em três dias de penitência pedir perdão.
1 – A Igreja romana foi fundada somente pelo Senhor
2 – Somente o Romano Pontífice pode ser chamado de direito, de bispo de Roma.
3 – Somente ele pode depor ou restabelecer bispos.
4 – Seu enviado precede todos os bispos no Concílio, mesmo se for de grau inferior, e pode pronunciar sentença de deposição de um bispo.
5 – O papa pode depor os ausentes.
6 – Não se deve residir na mesma casa onde moram pessoas que ele excomungou.
7 – Somente ele pode promulgar novas leis, atendendo às exigências dos tempos, formar novas comunidades religiosas, transformar um cabido de cônegos em abadia, ou vice-versa, dividir uma diocese rica ou unir dioceses pobres.
8 – Somente ele pode usar as insígnias imperiais
9 – Somente dos papas os príncipes devem beijar os pés.
10 – Somente o seu nome pode ser citado nas igrejas.
11 – Este nome é único no mundo.
12 – A ele é lícito depor o imperador.
13 – A ele é lícito, se houver necessidade, transferir um bispo de uma sé para outra.
14 – Pode enviar um clérigo de qualquer igreja, lá onde estiver.
15 – Aquele que foi ordenado por ele pode presidir sobre outra igreja, mas não deve manter uma posição subordinada; e tal não deve receber uma posição maior de nenhum bispo.
16 – Nenhum sínodo pode ser chamado geral sem o consentimento do Papa.
17 – Nenhuma norma e nenhum livro podem ser considerados canônicos sem a aprovação dele.
18 – A decisão dele não pode ser questionada por ninguém, somente ele pode rejeitar a sentença de qualquer um.
19 – Somente ele não pode ser julgado por ninguém.
20 – Ninguém pode condenar aquele que apela para a Santa Sé.
21 – Toda causa de maior relevo de qualquer igreja, deve ser remetida à Santa Sé.
22 – A Igreja romana nunca errou, e segundo o testemunho das Escrituras nunca cairá no erro.
23 – O Pontífice romano, desde que sua eleição tenha sido realizada segundo as regras canônicas, é sem dúvida, santificado, graças aos méritos do bem-aventurado Pedro, assim testemunha S. Enódio, bispo de Pádua (†521); à sua voz se unem a muitos santos Padres, assim como se pode ver nas decretais do bem-aventurado papa Símaco (†514).
24 – Depois de sua decisão , e com sua autorização, é permitido aos súdito apresentar uma queixa.
25 – Mesmo sem recorrer a um sínodo, pode depor um bispo ou receber de novo na igreja aqueles que tenham sido excomungados.
26 – Ninguém deve ser considerado católico se não estiver de pleno acordo com a Igreja Católica.
27 – Ele pode liberar os súditos do juramento de fidelidade ao Soberano, em caso de injustiça.
Fonte: Registrum Gregorii VII,MGH, Ep.Sel. II, n. 55a
(História da Igreja, Roland Frohlich)
Muito poder para um homem só. Com exceção das questões eclesiásticas de administração da Igreja se todo este poder mantido hoje traria um situação destruidora para tradicionalistas e conservadores que teriam que aceitar toda a modernização da Igreja e nunca, jamais, insinuar se quer que papas podem estar errados em materias sociais e políticas. Nem Jesus reivindicou tanto poder assim
Ave Maria Puríssima!
Muitíssimo oportuna essa sua publicação de hoje, caríssimo Jorge!
É parte da tragédia destes tempos pós-conciliares o fato de a doutrina católica em toda a sua pureza e integridade, na “castidade da verdade” (para usar uma expressão consagrada), ser tão difícil de digerir pela maioria dos católicos ditos tradicionais hoje em dia, como se vê pelo comentário acima…
Pois na realidade a “desorientação diabólica” não poupou nem mesmo os campeões do tradicionalismo, contrariamente ao que creem tantos de seus partidários…
Um grande abraço,
Em JMJ,
Felipe Coelho
Acredito que deveriam ser esclarecidos alguns pontos, como por exemplo:
12 – A ele é lícito depor o imperador. (Presidentes e governantes de qualquer país também?).
18 – A decisão dele não pode ser questionada por ninguém, somente ele pode rejeitar a sentença de qualquer um. (Isto só em matéria de fé ou em assuntos em geral?)
19 – Somente ele não pode ser julgado por ninguém. (Novamente a pergunta, somente em questões de fé, que remete a infabilidade papal, ou em assuntem gerais, até mesmo aqueles que não estão ligados a fé?)
Sidnei,
Correndo o risco de estar enganado, respondo:
12 – Presidentes e governantes de qualquer país também, por extensão. O princípio é o mesmo. Se o imperador é uma autoridade temporal e o Papa pode depôr a autoridade temporal do Imperador, também pode fazê-lo de presidentes e governantes. Na prática, e nos dias atuais, é claro, os presidentes simplesmente não iriam aceitar isso, mas tal é devido à impiedade dos governantes que não aceitam a autoridade papal, e não por deficiência desta mesma autoridade.
18 – Em matéria de Fé. Seria absurdo que nenhuma decisão papal sobre qualquer assunto não pudesse sequer ser questionada.
19 – Em qualquer assunto. A Igreja, como sociedade perfeita, tem jurisdição própria, não estando sujeita à autoridade temporal (aqui cabe o mesmo problema do ponto 12, a de que o mundo ímpio moderno não aceitaria isso, mas aí são outros quinhentos).
Abraços,
Jorge
Nçao entendi o “não poupou nem os tradiconalistas” Na verdade circunstâncias
históricas fizeram muitos papas deixarem de ser o pastor da ovelhas de Cristo e se tornarem Cesares papas. Isto já dizia São Bernardo que muitas vezes o papa se parecia mas com Sucessor de Constantino do que de Pedro. A autoridade concedida ao papa pro Cristo foi para confirmar os irmãos na fé. Foge completamente a esta missão o que está descrito no ponto 20 – Ninguém pode condenar aquele que apela para a Santa Sé. E se este for um criminosos político ou civil? Alem do mais a interferência dos papas no mundo político exigia a reciprocidade dos monarcas e imperadores pois estes confirmavam e indicavam bispos e papas. Neste aspecto viva o Vaticano II que trouxe de volta o papa pastor e não mais o papa rei. Rei só Cristo e sobre sua soberania visível só no final dos tempos sobre todo o universo.
Se Cristo fez o mundo.
Então, o mundo é de Cristo.
Se o Papa é o representante de Cristo no mundo.
Então, o mundo é do Papa.
Se o mundo é do Papa, ele está acima de todas as potestades terrenas e pode julgá-las e depô-las e nenhuma potestade terrena pode julgá-lo nem depô-lo…
Nem mesmo os sedevacantistas.
Difícil de entender?
Agora, se nem o mundo nem os sedevacantistas aceitam isso, são outros 500, como disse o Jorge.
Nesse aspecto, abaixo o Vaticano II, que “destruiu” a soberania de direito do Papa (a soberania de fato já fora destruída antes pelas revoluções), não apenas no mundo, mas até mesmo no interior da Igreja, com a Colegialidade.
Carlos.
Apenas “especulando”…
Supondo então que estivéssemos num mundo pio e que todo mundo fosse católico e os governantes fossem submissos ao papa… Se houvesse um papa que cometesse algum crime, então ele não poderia ser preso? Sei lá, se ele matasse alguém, por exemplo, não poderia ser julgado e condenado?
E vamos supor que um Papa ficasse louco (ou mentalmente perturbado) e começasse a fazer uma série de injustiças, cometer crimes, querer impor um governo tirânico, etc. como seria? Ele poderia ser “deposto”? Revoltas populares, uma guerra civil, começariam? Seria lícito?
Dúvidas, e mais dúvidas, quem nos poderá responder?
Caros,
Situações extremas são sempre complicadas… e eu nem sei qual a relevância de se discutir casos tão absurdamente improváveis que é quase certo não acontecerem nunca, mas vá lá:
Qualquer pessoa – incluindo o Papa – pode ser impedida de cometer um crime. Se o Papa saísse pelos palácios vaticanos atirando em todo mundo, ele poderia ser impedido.
Não estou certo de que haja, no Direito Canônico, previsão de perda do pontificado para demência ou loucura. Talvez haja, não sei. Em todo caso, se não houver, inclino-me pela ilicitude da deposição do Papa: deve-se simplesmente não se lhe obedecer às ordens estapafúrdias [“joguem uma bomba na praça de São Pedro à hora do Angelus!”, p.ex.], e se lhe impedir de fazer injustiças pelas próprias mãos [se ele sair atirando, a gente derruba ele, etc.].
A única exceção em que imagino talvez ser lícito (e nem sei se existe esta previsão, estou só especulando) depôr o Papa é em uma situação análoga àquela em que é lícito depôr um governante injusto: se o mal for certo e durável, se a revolução não provocar maiores males do que os que está tentando evitar, se autoridades legítimas (cardeais, p.ex.) encabeçarem a oposição, etc. Obviamente, para se começar a discutir isso teria que haver um caso extremo (Papa serial killer, p.ex.) e eu nem sei, repito, se em casos assim é lícito semelhante atitude. Sei que em casos de má vida moral (Papas fazendo orgias nos palácios vaticanos, p.ex.) há precedência e não houve deposição.
E, não, o Papa enquanto Papa não pode ser julgado e preso. Para falar nisso é preciso falar antes em “derrubar” o Papa, o que – como disse acima – não sei se é possível (e, aliás, inclino-me pela impossibilidade).
Abraços,
Jorge
Hum…
Não acho justo que haja uma pessoa acima da Lei, mas… “cada um é cada um”.
No entanto, imagino que se o papa cometesse algum crime, a sociedade não deixaria de lhe aplicar a cabível justiça, em detrimento do que a “justiça” católica achasse mais cabível.
Sobre a citada orgia, isso aconteceu de verdade? Com que papa? Eu já tinha ouvido essa história mas pensei que fosse mentira, assim como tantas outras que contam sobre a Idade Média.
E sobre o Código de Direito Canônico, há previsões de motivos para perda de pontificado? Pode me indicar onde as encontro?
Caros,
“Na prática, e nos dias atuais, é claro, os presidentes simplesmente não iriam aceitar isso, mas tal é devido à impiedade dos governantes que não aceitam a autoridade papal” Impiedade ou bom senso?
“aqui cabe o mesmo problema do ponto 12, a de que o mundo ímpio moderno não aceitaria isso, mas aí são outros quinhentos” Se alguém comete um crime, tem que ser julgado. Sem exceções. Essa é a teoria de uma sociedade justa, não de uma sociedade ímpia.
“22 – A Igreja romana nunca errou” Essa frase está em algum tipo de sentido figurado?
“26 – Ninguém deve ser considerado católico se não estiver de pleno acordo com a Igreja Católica.” Não é uma crítica, só uma constatação: se é para seguir À RISCA os mandamentos da Igreja, então menos de 5% dos que se denominam “católicos” o são de fato.
“Eu já tinha ouvido essa história mas pensei que fosse mentira, assim como tantas outras que contam sobre a Idade Média.” Não me lembro do nome do papa que realizou as orgias, mas que houve, houve e MUITO. Na verdade, encontrar um papa verdadeiramente “santo” entre 300DC e 1900DC é tarefa minuciosa: de assassinatos a disputas de poder, os papados estavam envolvidos em tantos atos considerados, por qualquer pessoa razoável, imorais, que não impressiona que Dante Alighieri tenha posto um papa no inferno em sua “Divina Comédia”.
Aí Jorge, vais agora colocar o rabinho entre as pernas e não responder mais nada, e deixar que o Diogo domine tudo como em assuntos anteriores, ou vai dar alguma resposta a altura do último comentário que ele fez?.
Posso estar errado, mas o papa que tinha o nome antigo de Borgia não teve um histórico de corrupções, orgias, filhos mesmo já na ordem religiosa, etc.?
Se trata do Papa Alexandre VI.
Cysne,
Impiedade. Bom senso é respeitar a autoridade do Vigário de Cristo ;)
Tem que ser julgado pela autoridade legítima, pela instância superior e não pela inferior. E não existe autoridade humana superior ao Papa.
Não. Mas tem o sentido que é cabível dentro da Tradição Católica: a Igreja de Roma nunca ensinou o erro.
Primeiro, ninguém precisa ser santo para ser católico. É o contrário: precisa ser católico para depois ser santo. É católico de fato quem ao menos quer lutar contra as suas fraquezas e misérias para seguir o que a Igreja ensina, mesmo que caia às vezes neste caminho e cometa erros.
Segundo, sim, o número dos católicos de fato é reduzido, mas é bem maior do que 5%.
Terceiro, ainda que fosse 0,0005%, não faria nenhuma diferença. A Igreja não busca ibope.
Na Idade Média há incontáveis papas santos. O problema começa no Renascimento e, mesmo assim, não tem nada de “tarefa minuciosa”.
Se a memória não me trai, foi (bem) mais de um. E é mister dar um desconto ao tom dramático do poeta florentino. Por exemplo, Dante coloca no inferno um papa que é santo [= santo canonizado], São Celestino V, porque este renunciara ao trono papal.
Abraços,
Jorge
Caros,
“e deixar que o Diogo domine tudo como em assuntos anteriores” Eu dominei assuntos anteriores? Nossa, er… obrigado. =)
“Bom senso é respeitar a autoridade do Vigário de Cristo ;)” Bom, não me meto em ideologias religiosas. Se, para os católicos, isso é “bom senso”, fazer o quê?
“E não existe autoridade humana superior ao Papa.” Idem.
“a Igreja de Roma nunca ensinou o erro” Bom, ao que parece, a frase foi mesmo em sentido figurado. Mais uma vez, depende do que os católicos consideram como “erro”.
“Terceiro, ainda que fosse 0,0005%, não faria nenhuma diferença. A Igreja não busca ibope.” Eu disse que não era crítica, só constatação. Sei que, TEORICAMENTE, a Igreja não deve se preocupar com o número de fiéis, mas com a qualidade deles. Além do mais, quanto aos 5%, não sei. Li, numa edição da Veja (na ocasião da última visita do Papa ao Brasil), que 86% dos católicos divergem em algum ponto da doutrina do Vaticano (o com mais divergência foi quanto ao uso da camisinha). Ainda assim, considerando a hipótese de que ninguém mentiu na pesquisa, 14% é um bom (?) número.
“Na Idade Média há incontáveis papas santos.” Santos como São Domingos de Gusmão? Pobre Idade Média!
“[= santo canonizado]” Ah, tá explicado… uma pessoa ser canonizada santa jamais vai significar que ela seja realmente santa (não questiono se Celestino V foi ou não um bom exemplo moral. Nada conheço de sua vida) Há tantos e tantos e tantos homens que são mais “santos” do que muitos santos oficiais da Igreja.
Abraços,
Cysne.
“’Bom senso é respeitar a autoridade do Vigário de Cristo ;)’ Bom, não me meto em ideologias religiosas.”
Imagine se se metesse!
Cysne,
Isto não é bom senso “para os católicos”, meu caro. Isto é bom senso, simplesmente. É bom para qualquer pessoa, independente da fé dela, respeitar a autoridade do Papa. Se elas “não acreditam” que o Papa é Vigário de Cristo, o nome disto é – como falei anteriormente – impiedade e não “bom senso”. As coisas não dependem da crença ou descrença das pessoas para serem ou deixarem de ser aquilo que são.
A Igreja é Infalível em matéria de Fé e em matéria de Moral.
São Domingos de Gusmão não foi Papa; mas, sim, santos como o grande São Domingos de Gusmão!
Isto, jogado assim do nada, é o quê? Mais um dogma da religião atéia?
A hipótese em si é perfeitamente defensável; mas tenho certeza de que, se tu fosses exemplificar, o resultado seria sofrível… :-)
Abraços,
Jorge
Jorge,
“Se elas “não acreditam” que o Papa é Vigário de Cristo, o nome disto é – como falei anteriormente – impiedade e não “bom senso”” Sem comentários. Restringe-se à tua fé acreditar que qualquer um que contradiga o Papa é impiedoso. Ora, nações como Suíça ou Holanda, que contradizem tantos preceitos da Igreja Católica, são tããããão impiedosas, né?
“A Igreja é Infalível em matéria de Fé e em matéria de Moral.” Ah, tá. Provas?
“mas, sim, santos como o grande São Domingos de Gusmão!” Ah, que bonito! Santos como o homem responsável pela queima de centenas de “hereges” e como o homem que “simplesmente” iniciou a Inquisição.
“Isto, jogado assim do nada, é o quê? Mais um dogma da religião atéia?”
Ignorando a sempre hilária falácia paradoxal de “religião atéia”, vale o que eu disse sobre São Domingos. Um homem, sem dúvida, muito agradável.
“mas tenho certeza de que, se tu fosses exemplificar, o resultado seria sofrível…” Vamos ver… Gandhi? Uau, muito sofrível, né? Hum, deixe-me ver… Einstein? Não, não! Sofrível demais! Quem sabe Warren Buffett? Credo, jamais! Ele é rico, ainda por cima, o que o torna mais sofrível! Buda? Bah! Ele era obeso!
São todos exemplos tão sofríveis, não é mesmo? Quem precisa de Gandhis, Einsteins, Buffetts ou Budas quando se tem gente do calibre de Domingos?
Atenciosamente,
Diogo Cysne.
Cysne,
Sim, nações que contradigam institucionalmente preceitos da Fé Católica são impiedosas, por definição.
Sobre as provas da infalibilidade da Igreja em Fé e Moral… que provas te posso apresentar, se tu não acreditas nem em Fé e nem em Moral?
No entanto, para fins meramente historiográficos, pegue dois milênios de ensino constante sobre as mesmas coisas.
Sobre:
Sim, a Santa Inquisição, que salvou a civilização européia. Salve São Domingos!
Não tem falácia, Cysne, é fato… :)
BTW, li o “Argumento 1” do teu texto (citado sem a fonte, aliás) sobre a “Religião Atéia”, claramente inspirado nas discussões daqui do Deus lo Vult!, e sinto dizer que não houve resposta. Afinal, existem ganhadores da loteria… ;)
Sobre “Deus é incrivelmente improvável. Tão improvável que ganhar cem vezes seguidas na mega-sena ainda assim é muito mais provável do que a existência de alguma divindade“, eu (ainda…) estou esperando a metodologia do cálculo desta tão espantosa improbabilidade.
Enquanto isso, meu caro, assuma a sua crença. É mais honesto.
De facto, errei na minha futurologia; mas apesar destes exemplos não serem (do ponto de vista natural) sofríveis, não têm o calibre de um São Domingos de Gusmão.
Mas é (bem) relevante que não haja ateus confessos nesta lista.
Abraços,
Jorge
Jorge,
“Sim, nações que contradigam institucionalmente preceitos da Fé Católica são impiedosas, por definição.” Ah, se é assim, desejaria que o Brasil fosse tão “impiedoso” quanto a Suíça ou a Holanda.
“No entanto, para fins meramente historiográficos, pegue dois milênios de ensino constante sobre as mesmas coisas.” Prefiro pegar os dois milênios e cinco séculos do budismo, por exemplo.
“Sim, a Santa Inquisição, que salvou a civilização européia.” Sem mais palavras. Nunca pensei que fosse encontrar alguém tão descaradamente a favor da brutalidade, da repressão e… ah, deixa pra lá.
“Não tem falácia, Cysne, é fato…” Dawkins estava certo. Vou conversar com uma porta.
“Afinal, existem ganhadores da loteria…” E eu disse o contrário?
“eu (ainda…) estou esperando a metodologia do cálculo desta tão espantosa improbabilidade.” Da mesma forma que eu espero o seu cálculo para a “tão provável” existência de deus.
“Enquanto isso, meu caro, assuma a sua crença. É mais honesto.” kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk! Você é um piadista, rapaz!
“não têm o calibre de um São Domingos de Gusmão.” É mesmo. Afinal, Buffett só é um dos maiores filantropos do mundo e um exemplo de ética, Buda só foi um dos maiores pacifistas da história, Einstein só mudou tudo que os cientistas pensavam sobre a física… é claro, nada disso se compara a um homem intolerante e disseminador de uma das maiores pragas da história da Europa, a Santa Inquisição.
Atenciosamente,
Diogo Cysne
(http://brightsdobrasil.wordpress.com)
(https://sites.google.com/site/cysnepa)
Cysne,
O único piadista aqui és tu. Por qual absurdo motivo eu estaria obrigado a apresentar algum “cálculo” para demonstrar a existência de Deus? Quem parte do dogma idiota de que só existem as coisas matematicamente demonstradas és tu, com a tua crença atéia. Bates o pé, sobes nas tamancas, mas não respondes aos questionamentos. Um primor de honestidade!
Não existem cálculos para a “tão provável” (!) existência de Deus. Eu não acredito por conta de cálculos, eu acredito por Fé. Tu, no entanto, negas a Fé e, por conseguinte, estás obrigado a demonstrar “cientificamente” as coisas nas quais acredita.
Se tu acreditas piamente que “ganhar cem vezes seguidas na mega-sena ainda assim é muito mais provável do que a existência de alguma divindade”, mostre os cálculos desta probabilidade. Porque, se não existe demonstração e mesmo assim tu acreditas, é porque isto é meramente uma crença tua, idiota sem dúvidas, mas uma crença. Seja, portanto, homem e demonstre cientificamente as suas convicções ou, então, assuma que elas são mera crença!
– Jorge
Caro Jorge,
Permita-me um comentário ao seu.
Você diz que acredita na existência de Deus por Fé.
Por Fé nós acreditamos na Revelação Divina. Mas que Deus existe é a Razão – e não a Fé – que o demonstra.
Sendo assim, o ateísmo é que é irracional e dependente de uma fé cega. Cega e aleijada.
Um abraço.
Carlos.
Carlos,
Na verdade, para chegar à existência de Deus existem os dois caminhos: o da Fé e o da Razão. Por isso que dizemos Credo in Unum Deum.
No mais, tu estás correcto de lembrar que a razão chega à existência de Deus (e que, portanto, a única fé irracional é a atéia). Obrigado.
Abraços,
Jorge
Jorge, você é mestre em fugir do assunto. Honestamente, pode ficar repetindo que o ateísmo é religião, que eu tenho que mostrar os cálculos (sic) e etc… não tô mais com paciência para ficar ouvindo a velha verborragia religiosa. Honestamente, vocês usam uma “razão” tão paralela, típica do seu mundo imaginário, que eu simplesmente não tenho como argumentar. Não entendo nada da dimensão fantasiosa que vocês criaram para vocês mesmos.
Agora, volte ao que interessa. Se quiser continuar com seus chiliques dizendo que o ateísmo é uma religião e coisa e tal, volte para o tópico deste assunto.
Agora, de volta ao que interessa: “Sim, a Santa Inquisição, que salvou a civilização européia.” Ah, tá. E depois a minha moral é que é pervertida!
Atenciosamente,
Diogo Cysne
(http://brightsdobrasil.wordpress.com)
(https://sites.google.com/site/cysnepa)
Negativo, Cysne. Primeiro você (i) ou mostra cientificamente o porquê de acreditar que Deus não existe, (ii) ou admite que não tem razões científicas para isso e que, portanto, acredita por crença mesmo. Pode responder aqui ou lá, tanto faz: você fugiu da pergunta em ambos os posts.
Depois a gente discute a Santa Inquisição. Começando pelos livros de história.
Abraços,
Jorge
“acredita por crença mesmo.” Ok, da mesma forma que alguém acredita que não vai ganhar na lote…
Ah, deixa pra lá. Para você, é tudo a mesma coisa.
“Começando pelos livros de história.” Que você não lê. “Sim, a Santa Inquisição, que salvou a civilização européia.” Ai, ai…
Atenciosamente,
Diogo Cysne
(http://brightsdobrasil.wordpress.com)
(https://sites.google.com/site/cysnepa)
Cysne,
A probabilidade de não se ganhar na Mega-Sena (no jogo padrão, de seis dezenas) é dada pela diferença entre 1 e o número de jogos feitos dividido pelo número de jogos possíveis (no caso, a combinação de sessenta, seis a seis).
A probabilidade de que Deus não exista é dada por… [cri… cri… cri…]
E ainda vem o palhaço dizer que é “da mesma forma”! Já vi que os ateus têm uma “lógica” própria mesmo. É ridículo.
– Jorge
“Já vi que os ateus têm uma “lógica” própria mesmo. É ridículo.”
É, Jorginho, é o que você quiser. Agora vá dormir que papai e mamãe têm coisas mais úteis pra fazer.
– Diogo