“O rosto de Jesus Cristo nas catedrais medievais” – Plínio Corrêa de Oliveira

Belíssimo.

Publicado por

Jorge Ferraz (admin)

Católico Apostólico Romano, por graça de Deus e clemência da Virgem Santíssima; pecador miserável, a despeito dos muitos favores recebidos do Alto; filho de Deus e da Santa Madre Igreja, com desejo sincero de consumir a vida para a maior glória de Deus.

108 comentários em ““O rosto de Jesus Cristo nas catedrais medievais” – Plínio Corrêa de Oliveira”

  1. Gustavo,

    Você, por culpa do Cantagalo, está voltando a fazer confusões nos termos.

    O termo ontológico diz respeito ao SER. O homem deixa de “ser” pecador em seu “SER”. Logo, essa justificação opera uma mudança ontológica (no “SER”) do homem, que passa a ser sujeito de virtudes e méritos.

    Sem isso, o homem continuaria pecador (em decorrência do “pecado original”) e não poderia ter méritos (tese protestante).

    Sua citação do Cantagalo apenas demonstra que você nunca foi vítima, mas sempre agressor, desde o primeiro post, reproduzindo erros que aprendeu do Fedeli.

    Lamentável como o Fedeli transformou tantos católicos combativos, militantes, em católicos azedos, críticos, de mentalidade protestante.

    Antes que rasguem as vestes novamente, eu não disse que você é protestante (ou o Cantagalo). Eu disse que o Fedeli criou essa mentalidade protesntante. E essa mentalidade é mais saliente no Cantagalo do que em você, que a repete talvez até inconscientemente.

    Um protestante tem raiva da admiração alheia, tem ódio de que um homem possa ser cultuado (no caso, culto de dulia privado). Um católico, pelo contrário, tem admiração.

    Essa diferença leva a muitas conseqüências no campo da teologia. Algumas delas estão presentes nesse debate.

    Se você quer conhecer o Dr. Plinio, leia os livros e os textos dele ao invés de ler as citações que faz o Fedeli, quase todas buscando justificar uma teoria pré-existente.

    In Jesu et Maria

    Frederico

  2. Sr. Uivalobo,

    Além disso, de onde você tirou essa definição de essência?

    Não me recordo. Provavelmente sempre a usei, e ela sempre me pareceu correta, e em todas as pessoas com as quais conversei e em todas as situações nas quais vi o termo ser empregado, ela sempre serviu, até agora.

    Ela não é exata mas, em vez de citar qualquer manual de filosofia

    Cite os manuais também, por gentileza. Aparentemente, eu preciso desesperadamente deles.

    Diante do Jorge Ferraz eu pergunto: o que é isto? Resposta: um homem. Ser homem é a quididade do Jorge Ferraz. Diante do Rin-Tin-Tin pergunto: o que é isto? Resposta: um cão, e por aí vai.

    O que eu estou perguntando desde antes é: por que estas são as respostas?

    Por que eu não posso, diante do Jorge Ferraz, responder “é um homem” [= vir] ou, diante do Rin-Tin-Tin, responder “é um pastor alemão”?

    Ou, então, partindo da espécie para o gênero: por que eu não posso dizer do Rin-Tin-Tin que é “um mamífero”, no qual inerem os acidentes de “cão”?

    [V]ocê entende perfeitamente que isósceles, escaleno ou equilátero não pertencem à essência do triângulo, mas sabe que não pode imaginar um triângulo independentemente desses acidentes (você sempre imaginará um triângulo que seja equilátero ou isósceles ou escaleno).

    Eu entendia perfeitamente isso, mas agora deixei de entender. Por que existe a “essência do triângulo” e não existe nem a “essência do polígono” (gênero) e nem a “essência do triângulo isósceles” (espécie)?

    Pegando a tua própria frase, eu poderia dizer “você entende perfeitamente que triângulo, quadrado, pentágono, etc., não pertencem à essência do polígono, mas sabe que não pode imaginar um polígono independentemente desses acidentes (você sempre imaginará um polígono que seja triângulo ou quadrado ou pentágono ou hexágono, etc.)” .

    A filosofia de Aristóteles e Santo Tomás de Aquino pressupõe que os conceitos de essência (ou substância) e acidentes podem ser aplicados às coisas reais, significando determinações que existem realmente e que são realmente distintas.

    E como eu sei que elas são “realmente distintas”?

    Abraços,
    Jorge

  3. Prezado Gustavo

    No opúsculo De Ente et Essentia, mais adiante do trecho citado acima, Santo Tomás precisa suas colocações iniciais, ao dizer que a essência das coisas compostas (ou corpóreas) inclui não apenas a forma, mas a matéria: «nomen essentiae in substantiis compositis significat id quod ex materia et forma compositum est» — “O termo ‘essência’ nas substâncias compostas significa aquilo que é composto de matéria e forma”.
    http://www.corpusthomisticum.org/oee.html#69872

    Assim, o homem é uma única substância composta, sendo o corpo a matéria do composto, e a alma a forma substancial do corpo. Ocorre que, a alma do homem, ao contrário de outros animais, possui potência intelectiva, sendo, portanto, espiritual e subsistente após a separação do corpo (a morte). Destarte, embora a substância do homem seja corpo e alma (matéria e forma), a alma humana é capaz de subsistir separada do corpo, embora este não seja seu estado natural.

    Para entender melhor este assunto, sugiro a leitura do tratado Introdução à Cosmologia Grega — Significado da Alma como Forma Substancial do Corpo, que você pode baixar no sítio eletrônico da Sociedade para o Estudo do Cristianismo:
    http://www.cristianismo.org.br/almf-ind.htm

    Quanto à Dona Lucilia, era mesmo uma velhinha muito feia (há quem ficará escandalizado com a nossa “blasfêmia”). Que Deus a tenha. Oremus pro eam.

    Graça e paz,
    Aldrovando.

  4. Prezado Aldrovando,
    Salve Maria Santíssima!!!

    Obrigado pela explicação.

    ” Assim, o homem é uma única substância composta, sendo o corpo a matéria do composto, e a alma a forma substancial do corpo. Ocorre que, a alma do homem, ao contrário de outros animais, possui potência intelectiva, sendo, portanto, espiritual e subsistente após a separação do corpo (a morte).”

    Sendo então a alma espiritual, pelo exercício da liberdade na vontade possui mérito finito ou culpa infinita ( esta última, inevitável após o pecado original e justificada no ato do Batismo – exceto para a Virgem Maria e o próprio Cristo).Posso dizer que a santidade plena só pode ser encontrada numa alma após a morte ( separação desta do corpo) ou mesmo após o batismo e antes do uso da razão ?
    Disso decorre o que encontramos na Sagrada Escritura: O justo peca sete vezes por dia (Prov. cap.24,ver.16). Se ele é justo, como peca? Se peca, como é justo? Isso é possível então porque há pecados que não fazem perder a justiça. São os pecados leves ou veniais. Mesmo não fazendo perder a justiça,continuam a serem pecados.
    Concluo disso tudo que a alma muda conforme o modo de operação de suas potências e nunca a sua forma substancial,isto é a alma não muda ontologicamente. Quem foi batizado e se tornou filho adotivo de Deus, e quando morreu estava em pecado mortal foi para o inferno. Sua alma deixou de ser o que é,mudou a forma substancial?
    Creio que quando dizemos que fulano é pecador, beltrano é santo, este verbo SER é um ato que participa na operação do ser ( um acidente) e não ele próprio. Correto?

    In Corde Iesu et Mariae semper.
    Gustavo.

  5. Frederico,
    Salve Maria.

    ” Um protestante tem raiva da admiração alheia, tem ódio de que um homem possa ser cultuado (no caso, culto de dulia privado). Um católico, pelo contrário, tem admiração.”

    Mas o homem em questão aqui ( o Dr. Plínio), não foi declarado pela Santa Igreja como santo pelo que eu saiba, para que o discípulo “escravo” predileto dele, o João Clá, imponha um culto de dulia ao Dr. Plínio e Dona Lucília para os membos dos Arautos do Evangelho:

    http://www.youtube.com/watch? v=UjQ7vxA_42I&feature=related
    http://www.youtube.com/watch?v=qKTB87zGT34&feature=related
    http://www.youtube.com/watch?v=JBgQsK3KpHQ

    O Sr.Doutor Adolpho Lindenberg no discurso do centenário do Dr. Plínio disse coisas curiosas sobre o “profeta”:
    http://www.youtube.com/watch?v=F7vw9oJDNhY&feature=related

    Já na voz do profeta temos uma final espetacular:
    http://www.youtube.com/watch?v=MLuRq60zrkk&feature=related

    In Corde Iesu et Mariae semper.
    Gustavo.

  6. Gustavo,

    Você, novamente, repete o que aprendeu de forma errada na Montfort.

    A doutrina católica ensina, e não o Fedeli (e ao contrário do Fedeli) que existe o culto de dulia privado.

    Esse culto não é apenas lícito (ao contrário do que ensina o Fedeli, contrariando a doutrina da Santa Igreja também nesse ponto) como é o processo normal que ocorreu com vários santos, ainda em vida, muito antes de sua morte.

    Portanto, se você quer ser contra o Dr. Plinio, não seja contra a admiração que tantos têm por ele. Isso é errado, fruto de um espírito protestantizado. O Fedeli tinha um dom de “protestantizar” cátólicos (que mantinham a doutrina católica como guia, embora com uma mentalidade azeda protestante).

    Sobre a questão do batismo, você leu o que transcreveu o Prof. Felipe?

    In Domina

    Frederico

  7. Muito prezado Jorge, Salve Maria!

    Enquanto aguardamos as respostas de nossos interlocutores talvez não muito bem dispostos para conosco, — mas um dos quais, o Prof. Tavares, certamente bom conhecedor da filosofia, — eu gostaria de lhe sugerir (re)ler o denso capítulo sobre Ontologia da brilhante Introdução Geral à Filosofia de Jacques Maritain.

    Eu próprio tendo feito isso agora há pouco, saio de lá com as seguintes duas distinções, que quem sabe possam ajudar a ver um pouco mais claro nessas questões difíceis, se bem que não substituam de modo nenhum a leitura de toda a seção!

    Primeira distinção: entre essência em sentido lato (todo e qualquer objeto de pensamento) e essência em sentido estrito (o que a coisa é antes de tudo e necessariamente como inteligível).

    Sobre a essência em sentido lato com relação aos indivíduos, relação esta que se debateu acima (se é que acompanhei bem o debate neste ponto, que admito ter lido um pouco rápido):

    “Vimos que o individual como tal não é apreendido diretamente por nossa inteligência. Quando por via indireta (por ‘retorno sobre as imagens’, cf. pág. 118) formamos uma noção individual, o objeto colocado diante de nosso espírito por esta noção, – ‘Pedro’, ‘este homem’, ‘esta árvore’, – é ele também, enquanto objeto de pensamento, uma essência, no sentido lato da palavra. Portanto a noção de essência no sentido lato deve estender-se até os objetos de pensamento singulares.”
    (Jacques MARITAIN, Elementos de Filosofia. I – Introdução Geral à Filosofia, 1.ª ed., 1948, p. 132, nota de rodapé.
    Os itálicos, nesta citação e nas seguintes, são sempre do original.)

    Segunda distinção: quanto à essência em sentido estrito, distingue-se entre o uso próprio e um uso impróprio do termo (=“essência individual”):

    “Observemos que os termos sinônimos Essência, Qüididade, Natureza, que designam todos um universal, podem ser estendidos até significar algo de singular, – quando se considera a essência (a humanidade por exemplo) enquanto é individuada pela matéria (em Pedro, por exemplo) ou, em outros termos, enquanto possui no real um modo de existência singular.
    Propriamente falando, só à palavra Natureza pode aplicar-se o epíteto ‘individual’, enquanto as expressões ‘essência individual’ ou ‘qüididade individual’ seriam impróprias.[130]” (Ibid., p. 145)

    Esta segunda distinção nos traz ao uso do termo “natureza individual”. Após notar que tanto a Essência quanto a Qüididade só podem ser universais, — ou seja, é impropriamente ditas que podem ser chamadas de singulares ou individuais, — acrescenta o Filósofo que:

    “Pelo contrário, a palavra Natureza é empregada em relação às operações que a coisa é destinada a produzir. Ora, a coisa não age unicamente segundo seu ser arquétipo, ou primeiramente inteligível, mas também enquanto está sob certas condições materiais e possui determinada individualidade. Não impede, portanto, que a palavra natureza seja desviada de seu sentido primeiro para designar secundariamente o que a coisa é a título individual.” (Ibid., p. 146)

    “[Nota] 150. Tomada exatamente como aquilo pelo que o sujeito possui o ser primeiro, a substância, – substantia prima, – é pois a natureza individual do sujeito. Dissemos acima (pág. 146) que aquilo pelo que a coisa pede a existência é a essência universal; é porque considerávamos precisamente o que constitui a razão, por meio da qual a coisa pede a existência, por oposição àquilo que é apenas uma condição ou um estado no qual a coisa deve encontrar-se para existir. Trata-se aqui, porém, daquilo em virtude do que a coisa existe considerado precisamente no estado exigido para existir; neste caso, trata-se não da essência universal, mas da natureza individual do sujeito.”

    Enfim, embora a terminologia tenha feito progressos desde o Doutor Angélico, não deixa de ser interessante a seguinte nota:

    “[NOTA] 130. […] A expressão natureza individual não é rara em Santo Tomás (cf. de Veritate, q. 2, a. 5, ‘natura singularis’, Sum. Theol., I-II, q. 51, a. 1, ‘natura individui’, etc.); encontra-se também, mas de modo excepcional, a expressão essentia singularis (cf. de Verit. q. 2, a. 7); seja qual for a propriedade do termo, este, em todo o caso, não significa para Santo Tomás senão a essência individuada pela matéria”.

    Ajudou? Atrapalhou? Passou ao largo?

    Como quer que seja, ao menos a indicação de leitura, estou certo de que só pode ser salutar!

    Abraços,
    Em JMJ,
    Felipe Coelho

  8. Prezado Gustavo

    Sendo então a alma espiritual, pelo exercício da liberdade na vontade possui mérito finito ou culpa infinita ( esta última, inevitável após o pecado original e justificada no ato do Batismo – exceto para a Virgem Maria e o próprio Cristo).

    É sempre bom acrescentar, ao falar dessas coisas, que o homem só pode merecer (como merece verdadeiramente) por ter gratuitamente recebido a graça santificante. Assim se manifesta a verdade católica simultaneamente contra o erro pelagiano e o protestante.

    Posso dizer que a santidade plena só pode ser encontrada numa alma após a morte ( separação desta do corpo) ou mesmo após o batismo e antes do uso da razão ?

    A santidade plena só encontramos em Deus, três vezes santo (cf. Is 6,3). Os homens são santos apenas por participação na santidade d’Aquele que é o único Santo (“Tu solus Sanctus, Tu solus Dominus”) — «Deus, qui glorificatur in consilio sanctorum» (Sl 88,8 – “Deus, que é glorificado na assembleia dos santos”).

    Como ensina Santo Tomás, torna-se imutável a vontade da alma, após se ter ela separado do corpo:
    http://www.corpusthomisticum.org/scg4079.html#28207
    Por isso diz a Escritura: “Ante mortem ne laudes hominem quemquam” (Eclo 11,30: “Não louves nenhum homem antes da morte” ou “Antes da morte não proclames ninguém feliz”). Por isso, por mais justa que seja uma pessoa em vida, não podemos lhe prestar culto de veneração como a um santo, pois até o instante da morte pode mudar a sua vontade.

    Disso decorre o que encontramos na Sagrada Escritura: O justo peca sete vezes por dia (Prov. cap.24,ver.16). Se ele é justo, como peca? Se peca, como é justo? Isso é possível então porque há pecados que não fazem perder a justiça. São os pecados leves ou veniais. Mesmo não fazendo perder a justiça,continuam a serem pecados.

    Você soube interpretar muito bem o versículo de Provérbios. Realmente, não há contradição em dizer que o justo peca sete vezes por dia, porque mesmo os justos não podem evitar, sem uma graça especialíssima, todos os pecados veniais.

    Observe que, aqui, a Escritura não trata da justiça natural, ou seja, da virtude moral que retifica e aperfeiçoa a vontade para que sempre queiramos dar a cada um o que é seu. Aqui, justiça não é apenas pagar o que devemos. Aqui se trata da justiça sobrenatural, ou seja, da graça santificante, aquela qualidade sobrenatural que Deus infunde em nossa alma, fazendo-nos participantes de sua vida divina.

    Concluo disso tudo que a alma muda conforme o modo de operação de suas potências e nunca a sua forma substancial,isto é a alma não muda ontologicamente.

    Realmente, a infusão da graça santificante não muda substancialmente o ser humano, mas é um acidente, ainda que sobrenatural, que se acrescenta à sua natureza. Quanto ao “ontologicamente”, primeiro precisamos definir em que sentido usaremos esse termo no caso. É bom lembrar que esse termo não foi mencionado nem o podia ser pela Escritura, pelos santos padres, por Santo Tomás ou pelo Concílio de Trento, pois foi inventado no séc. XVII.

    Creio que quando dizemos que fulano é pecador, beltrano é santo, este verbo SER é um ato que participa na operação do ser ( um acidente) e não ele próprio. Correto?

    Na verdade, ser pecador não é um ato, mas um hábito. Hábito é uma disposição pela qual uma potência operativa (por ex.: a vontade ou o apetite sensível) adquire uma ordenação ou facilidade para operar determinados atos. Assim, por exemplo, o guloso é aquele adquiriu o hábito da intemperança no apetite nutritivo. Um hábito quando é bom chama-se virtude e, quando é mau, vício.

    Já as virtudes teologais são hábitos sobrenaturais, isto é, não adquiridos naturalmente, pela reiteração dos atos, mas infundidos em nós com a graça santificante.

    Aqui há uma excelente explicação do que seja hábito na filosofia de Aristóteles e Santo Tomás de Aquino:
    http://www.cristianismo.org.br/efp5-06.htm

    Mas o homem em questão aqui ( o Dr. Plínio), não foi declarado pela Santa Igreja como santo pelo que eu saiba, para que o discípulo “escravo” predileto dele, o João Clá, imponha um culto de dulia ao Dr. Plínio e Dona Lucília para os membos dos Arautos do Evangelho:

    Segundo inúmeros testemunhos convergentes e concordantes, de pessoas absolutamente insuspeitas de estarem mentindo ou conluiadas, dentro da TFP, esotericamente, praticava-se o culto da personalidade de Plinio Corrêa de Oliveira como Profeta. Isso é particularmente grave porque a figura do Profeta envolve uma reivindicação simultânea da plenitude da autoridade espiritual e do poder temporal, além de, ipso facto, colocar-se acima do próprio Papa — pois o Papa recebe sua autoridade da sucessão apostólica, enquanto o Profeta a recebe diretamente de Deus, sem intermediários.

    Efetivamente, parece ter havido, segundo os inúmeros testemunhos já mencionados, um sedevacantismo esotérico na TFP — e talvez por isso sedevacantistas como o Felipe Coelho se prestem a defender as palavras confusas de Plinio com versos de Paul Claudel. Chamo esotérico esse sedevacantismo porque era declarado apenas intra muros da TFP, que nunca tornou públicas suas doutrinas sobre o assunto.

    Em 1980, durante a visita de João Paulo II ao Brasil, mais precisamente durante a missa campal celebrada pelo papa no Campo de Marte, narra Giulio FOLENA que Plinio Corrêa de Oliveira organizou na TFP uma cerimônia macabra para “amaldiçoar” o santo padre. Prefiro não transcrever a narração de Folena para não chocar os mais piedosos com as palavras que Plinio e os tefepistas usaram em relação a Sua Santidade, mas quem se interessar pode consultá-la na obra Os Escravos do Profeta, de G. FOLENA, São Paulo, 1987, pp. 49-50.

  9. Felipe Fedelho

    Não guarde tanto ódio e rancor no seu coraçãozinho excomungado latae sententiae por sedevacantismo.

    Para você treinar latim:

    «Numquid potest caecus caecum ducere? nonne ambo in foveam cadunt?»

  10. A propósito, sr. Fedelho, já que você é um bom conhecedor de filosofia (aprendida no “denso” manual que Maritain escreveu para os estudantes secundaristas franceses — gostou também do brilhante Humanismo Integral?)
    responda-me algumas perguntinhas:

    1. A justificação, nos termos da filosofia de Aristóteles e Santo Tomás de Aquino, seria um movimento substancial ou acidental?

    2. A graça santificante é uma substância ou qualidade?

  11. Prezado Aldrovando,
    Salve Maria Santíssima!!!

    ” Na verdade, ser pecador não é um ato, mas um hábito. Hábito é uma disposição pela qual uma potência operativa (por ex.: a vontade ou o apetite sensível) adquire uma ordenação ou facilidade para operar determinados atos.”

    Grato pela explicação acima. É o que eu queria dizer, mas não escrevi corretamente. Queria escrever na verdade que o sujeito é pecador EM ATO (desculpe , mas o pecador aqui não tem muito tempo que deixou de tomar “sopinha” para buscar alimentos mais sólidos)

    ” Isso é particularmente grave porque a figura do Profeta envolve uma reivindicação simultânea da plenitude da autoridade espiritual e do poder temporal, além de, ipso facto, colocar-se acima do próprio Papa — pois o Papa recebe sua autoridade da sucessão apostólica, enquanto o Profeta a recebe diretamente de Deus, sem intermediários”.

    Acredito que pelas palavras do João Clá e do próprio
    Dr. Plínio o culto prestado a ele está acima do culto
    de qualquer outra criatura humana ( até da Virgem Santísima). A grave afirmativa de joão Clá de que já não é ele que vive e sim o Dr.Plínio nele, põe o fundador da TFP em pé de igualdade com Cristo!
    O discurso do Dr. Plínio no último vídeo demonstra no mínimo que ele quis insinuar que Deus está imanente nele justamente pelos tresloucamentos da fala sobre seus “gestos”, a militância , “este Sou Eu” e de que os seus “escravos” podem ver o Universo dentro dos olhos dele. Os termos “Senhor Sacral”, inerrante mostram claramente de que se trata de algo muito acima dos santos e profetas na história da Salvação.

    O “sentir” no fundo de nossa almas a “Luís – Plínio – Elias do Sapencial Imaculado Coração de Maria” vai mais fundo nesta história cheia de segredos. Segundo o Prof. Orlando era esse o codinome do Dr. Plínio na seita Sempre Viva. Se não me engano, o nome Luís foi usado por causa de São Luís Montfort e Elias por causa do Profeta com esse nome.
    Esse nome trinitário é bem curioso e faz uma tripla alusão a saber:

    1ª – À Santíssima Trindade, onde o Dr.Plínio seria a 2ª Pessoa ( por isso o nome Plínio está entre o 1º e o 3º nome e joão Clá cita a frase de São Paulo igualando-o a Cristo)

    2ª – À Transfiguração no Monte Tabor onde Cristo estava entre um homem que morreu (Moisés) e um que foi arrebatado ao Céu sem morrer (Elias).Ou seja, o Dr. Plínio com esse nome triplo, estaria se dizendo Senhor da vida e da morte material.
    Este mesmo episódio mostra que Cristo, Cabeça invisível da Santa Igreja a governa com a Lei de Deus Pai( 10 mandamentos,simbolizada em Moisés), mas aperfeiçoada pelo Espírito Santo 3ª Pessoa (simbolizado em Elias)
    O espírito que não morreria nunca seria o do Dr.Plínio que viveria na alma dos “escravos” que recebiam como novo nome dentro da seita “Escravo” “Plínio” “nome de um santo ou outro a escolha” ( Observe que o nome Plínio está sempre no meio quando uma pessoa se juntava a seita)

    3ª – À Cena do Calvário onde Cristo entre os dois ladrões mostra que é Senhor da Vida espiritual( simbolizado na esperança do bom ladrão que com o arrependimento ganhou o Céu) e morte espiritual (simbolizado no desespero do ladrão empedernido).
    Talvez por isso mesmo, o João Clá diz no vídeo que sem a devoção ao Dr.Plínio e Dona Lucília “os senhores vão rodar”, “vão descer a rampa para o inferno”. Isto é a devoção ao senhor sacral é a única esperança, pois fora dela cairíamos no pecado da desesperação.

    Utilizar-se do nome Luís, também foi muito conveniente já que foi São Luís Montfort o propagador oficial da relação de escravidão com a Virgem ( um outro menos conhecido, foi o venerável Henri Marie Boudon – citado pelo próprio São Luís Montfort no Tratado de Devoção a Virgem).
    Observe que a Igreja permite e até incentiva que a relação de escravidão ( no sentido que estamos tratando) a uma criatura se dê apenas e exclusivamente com a Virgem Maria. A seita de Dr.Plínio rompe com isso. Isto está ligado também a citação do prof. Orlando de que o Dr.Plínio se dizia a “encarnação do Imaculado Coração de Maria”.
    Por fim, pode-se arriscar a dizer que pelo fato de muitos da seita terem acreditado que o Dr. Plínio era imortal (no sentido de corpo também ), ele seria o 3º profeta conhecido que iria aos Céus sem morte corporal (neste tríduo,os outros dois seriam Elias e Enoch).

    In Corde Iesu et Mariae semper.
    Gustavo.

  12. PS:

    A santidade plena só encontramos em Deus, três vezes santo (cf. Is 6,3).

    Expressei-me mal, usei a palavra plena, querendo dizer na verdade em sentido finito, encerrada nos limites da criatura humana.

  13. Gustavo e Cantagalo, Salve Maria!

    Voces leram as respostas da TFP a essas acusações do Fedeli? Leram os teólogos que as analisaram?

    Não creio.

    A maneira como escrevem apenas demonstra total desconhecimento do tema.

    O próprio Fedeli dizia que o Dr. Plinio era um Profeta, baseado em Santo Tomás. Isso nunca foi “esotérico” e está descrito no livro de resposta ao Fedeli, bem como no livro sobre a “Sempre Viva”, ambos aprovados por teólogos de importância internacional.

    Seu conhecimento sobre o tema é muito superficial e errado.

    Mas me dá a oportunidade de demonstrar aquilo que venho acusando: isto é, a falta de honestidade intelectual desses que atacam ao Dr. Plinio.

    Assim o renomado teólogo Cardeal Journet descreve o ‘profetismo’, citando Santo Tomás: “Os antigos profetas eram enviados para estabelecer a fé e restaurar os costumes. … Hoje, a Fé já está fundada, porque as promessas foram cumpridas por Cristo. Mas a profecia que tem por fim restaurar os costumes não cessa nem cessará” (Comm. in Math, cap. XI). Ele (Santo Tomás) explica, aliás, que as profecias que nos revelaram o depósito da Fé divina se diversificam à medida que se tornam mais explícitas com o progresso do tempo; mas as profecias que têm por fim dirigir a conduta dos homens deverão se diversificar segundo as circusnstâncias, por que o povo se dissipa quando cessa a profecia: ‘Por isto, em cada época, os homens foram instruídos divinamente a respeito do que convinha fazer, segundo exigia a salvação dos
    eleitos; (II-II, 174, 6)”

    Um profeta não é aquele que prevê o futuro, mas que sabe analisar, segundo dons sobrenaturais ou naturais, os caminhos para uma época histórica.

    O famoso exegeta Cornélio A Lapide ensina: “Santo Atanásio ou S. Cirílo, Santo Agostinho ou São Bento, Gregório VII, Francisco de Assis, Domingos, viam numa espécie de clarão profético a marcha dos tempos e a orientação que era preciso dar às almas. O autor da ‘cidade de Deus’, o contemplativo que fundou, há oitocentos anos, a regra sempre viva dos cartuxos, Santo Tomás, que elucidou, três séculos antes da Reforma, as verdades que iam ser mais contestadas no limiar dos tempos novos, Joana d’Arc, Teresa de Ávila, eis os
    verdadeiros profetas da Igreja. Eram ao mesmo tempo santos, e é verdade que a profecia é distinta e mesmo separável da santidade. Mas quando é autêntica, ela se encaixa sempre no sulco da revelação apostólica; e como o poder do mestre sustenta e guia o esforço dos discípulos, as profecias autênticas são sustentadas e guiadas pela revelação de Cristo e dos apóstolos. ‘Em nenhuma época – diz Santo Tomás – faltaram homens dotados do espírito de profecia, não certamente para trazer qualquer nova doutrida da fé, mas para dirigir os atos humanos’ (II-II, 174, 6 ad 3).” (L’Église du Verbe Incarné, Desclée de Brouwer, Paris, 1962, 3o ed. Vol. I, pp. 173 a 175).

    Vamos agora analisar a “profecia na TFP”

    Neste sentido e tendo em vista que a ação da ‘família de almas’ da TFP, já ao longo de mais de meio século, tem desempenhado um papel relevante na preservação da civilização cristã no Brasil, e vem projetando os mesmos ideais muito além de nossas fronteiras, uns e outros se têm perguntado, dentro e fora dos quadros da entidade, se não há algo de providêncial e profético – no sentido que acaba de explicar o Cardeal Journet – na atuação dela. E muitos respondem efetivamente que sim.

    São cogitações – cumpre observar – que de um lado estão em perfeita consonância com a dourtrina da Igreja, fundamentadas como são em trechos muito claros de S. Tomás citado pelo Cardeal Journet. E, de outro lado, incidem sobre matéria de fato – isto é, sobre se ta is considerações cabem ou não cabem ao caso concreto da TFP – a respeito do que cada um pode pensar como quiser.

    Exatamente por isso, são hipóteses que não são impostas a ninguém como condição de adesão aa Sociedade, sobre as quais se conversa livremente nos ambientes internos, sem a preocupação de cercá-las de nenhum segredo. E por isso chegam sem obstáculos aos ouvidos de qualquer neófito.

    E agora, Cantagalo, como fica o seu conceito errado de profecia no Novo Testamento? Você terá a honestidade de se corrigir ou, como todos os discípulos do Fedeli, continuará no erro?

    Sobre culto de santos em vida: Santo Tomás ensina (II, II, 82, 2, ad 3) que o culto aos santos, vivos ou mortos, é um ato de virtude e deve ser praticado.
    Sobre Culto Privado: A questão do culto privado é bem ampla e está muito clara em diversos canonistas. Eu, particularmente, posso considerar uma pessoa “santa”, não posso chamá-la de santa sem a canonização, mas posso considerá-la santa e, como tal, pedir sua intercessão:
    Santo Afonso assim escreve: “Essa invocação aos santos fora reprovada pelo ímpio Calvino, mas contra toda a razão; pois é lícito e proveitoso invocar em nosso auxílio os santos ainda vivos e pedir-lhes nos ajudem com suas orações…” (A Oração, o grande meio de salvação, vozes, pp. 27 e 28).
    O mesmo argumento é empregado pelo Catecismo romano, redigido pelo decreto do Concílio Dogmático de Trento e publicado por ordem do Papa S. Pio V: “Se as vestes, os lenços, a sombra dos santos, já antes de sua morte, removiam as doenças…” (Vozes, 1962, 2a ed. parte III, cap. II parágrafo 5).
    O Pe. Remígio Villariño Ugarte, SJ, assim descreve: “A que santos podemos rezar? Santo é, no sentido mais amplo, todo aquele que tem a graça santificante. Ou seja, todo justo, vivo ou no céu. E para que possamos rezar a alguém, basta saber que é um homem bom e que se encontra em estado de graça, o que devemos crer de todos enquanto não conste o contrário” (Pontos de Catecismo, Editorial el Mensajero del Corazón de Jesús, Bilbao, 1962, nn. 800-802).

    Eu tenho inúmeros outros textos para tratar desse tema, mas gostaria de saber se você discorda de Santo Tomás, S. Afonso (que equipara sua tese à tese do “ímpio Calvino”), catecismo etc?

    Então, Sr. Cantagao?

  14. Frederico,
    Salve Maria.

    “Sobre Culto Privado: A questão do culto privado é bem ampla e está muito clara em diversos canonistas. Eu, particularmente, posso considerar uma pessoa “santa”, não posso chamá-la de santa sem a canonização, mas posso considerá-la santa e, como tal, pedir sua intercessão”.

    Ok. Que você considere Dr. Plínio um santo.
    Descupe-me se eu estiver errado, mas até onde eu saiba como criatura humana,somente a Virgem Santíssima pode ser venerada onde os fíeis lhe prestam culto no nível da escravidão. O Mons.João Clá além de igualar o culto
    a Dr. plínio com o da Virgem e Cristo, tal culto é obrigatório dentro dos Arautos, sob pena de ir para o inferno se não for prestado devidamente!
    Sobre o codinome do Dr.Plínio , que os leitores julguem por eles mesmo se não corresponde as explicações que eu escrevi aqui.

    In Corde Iesu et Mariae semper.
    Gustavo.

  15. Jorge, perdão.
    O assunto do video em questão já esta em discussão.
    Peço encarecidamente que voce o delete.
    Grato.

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