Fui informado por um leitor do Deus lo Vult! – a quem agradeço – que houve recentemente na Arquidiocese de Olinda e Recife uma “Celebração Ecumênica” durante a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. Sobre o assunto, teço alguns breves comentários:
– A “unidade dos cristãos” significa simplesmente o retorno dos hereges e cismáticos à Igreja Católica Apostólica Romana da Qual eles nunca deveriam ser saído. É isto que se busca com as orações “pela unidade dos cristãos” (antigamente chamadas pro haereticis et schismaticis), e isto não se pode perder de vista sob nenhuma justificativa. As orientações do Vaticano neste sentido são claríssimas e não deixam margem para más interpretações. Pra ficar em um só exemplo, o Bem-Aventurado João Paulo II na Ut Unum Sint diz que “[a] Igreja Católica, tanto na sua praxis como nos textos oficiais, sustenta que a comunhão das Igrejas particulares com a Igreja de Roma, e dos seus Bispos com o Bispo de Roma, é um requisito essencial — no desígnio de Deus — para a comunhão plena e visível” (UUS 97). Os grifos são meus.
– Exatamente para evitar quaisquer confusões neste assunto de tão grande importância, é altamente recomendado que não sejam chamadas de “igrejas” as seitas protestantes, que não guardam nem Sucessão Apostólica e nem o mistério da Eucaristia. Neste sentido, também é bastante clara a Dominus Iesus: “As Comunidades eclesiais, invés, que não conservaram um válido episcopado e a genuína e íntegra substância do mistério eucarístico, não são Igrejas em sentido próprio” (DI 17).
– Assim sendo, frases como as seguintes não dizem nada e só fazem aumentar a confusão do (já tão carente de formação) povo de Deus:
- “Unir-se em torno do ensinamento dos apóstolos chama as Igrejas a se constituírem como Igrejas pascais, abertas à missão e capazes de dialogar com o mundo atual”.
- “A comunhão fraterna e a repartição do pão recordam que a vocação da Igreja cristã é ser profecia de um mundo novo e de partilha”.
- “Meu sentimento é que como povo de Deus somos um. Somos parte do corpo de Cristo, que nos faz um. Nós somos irmãos”.
Particularmente a última frase, dita por um pastor protestante, é simplesmente errada. Um herege protestante não faz parte do Corpo de Cristo, exatamente por não fazer parte da Igreja Católica que é o Corpo Místico de Cristo.
Para que se reze pedindo alguma coisa ao Todo-Poderoso, é mister saber com clareza o que se está pedindo. Não havendo clareza na separação que existe entre a Igreja de Cristo, os hereges e os cismáticos – i.e., não havendo consciência da Unidade ideal que foi perdida -, não é possível haver consciência da unidade que Nosso Senhor deseja e, portanto, não é possível pedir por ela. Este tipo de “celebração ecumênica”, portanto, não apenas não serve nada para as [verdadeiras] orações “pela unidade dos cristãos” como, ao contrário, confunde o povo de Deus e, assim, age contra o próprio fim da Semana de Oração que a Igreja promove.
– Causa, por fim, perplexidade a informação de que o “liturgista” [da Arquidiocese, depreende-se, ou pelo menos convidado pela Arquidiocese para esta “celebração”] é o padre Reginaldo Veloso, sacerdote amasiado que largou o ministério há décadas para se juntar com uma mulher e que, como ele mesmo diz, até hoje celebra sacramentos ilícitos (ou inválidos) nas comunidades do Morro da Conceição, em Recife. Certamente não foi este o tipo de “unidade” pela qual rezou Nosso Senhor!
Eu admiro os homens que não temem a morte, Jorge. =D
Jorge,
Salve Maria!
podemos chamar de herege quem nasceu em berço protestante?
a heresia é uma idéia, uma tese contrária dita por quem já conhece ou faz parte da Igreja.
assim sendo, se eu (somente um exemplo) como católico digo algo contrário a fé estarei dizendo uma heresia, pois sou católico.
mas e se eu nasci em berço protestante, e tudo que aprendi até hoje, foi a doutrina recebida de minha família, posso eu ser chamado de herege?
é uma dúvida que ainda não consegui resolver.
pode me responder?
em Jesus e Maria.
Jorge parabéns pelo texto. No mais tal atitude de nosso Arcebispo é um triste exemplo de que ele de católico tem pouca coisa;
é um confuso!
prestigiar reginaldo veloso é um crime diante das leis canônicas,e um atentado a essência da fé católica.
O Padreco reginaldo velos até como liturgista é um fracasso( um mísero fazedor de musiquinhas que incentivam o povo a quebrar o silêncio sagrado), pois se apoia na ideologia da “igualdade” socialista para “opinar” sobre liturgia.
sugiro que se denuncie tal pratica ao Vaticano. farei o mesmo. Dominus Vobicum!
Jorge parabéns pelo texto. No mais tal atitude de nosso Arcebispo é um triste exemplo de que ele de católico tem pouca coisa;
é um confuso!
prestigiar reginaldo veloso é um crime diante das leis canônicas,e um atentado a essência da fé católica.
O Padreco reginaldo velos até como liturgista é um fracasso( um mísero fazedor de musiquinhas que incentivam o povo a quebrar o silêncio sagrado), pois se apoia na ideologia da “igualdade” socialista para “opinar” sobre liturgia.
sugiro que se denuncie tal pratica ao Vaticano. farei o mesmo. Dominus Vobicum!
Seria bom dar uma passada no link e deixar nosso comentário sobre um evento tão lamentável e que não contribui para a Verdade, sim para a confusão geral dos fiéis! Eu deixei o meu!
Rainha dos Santos Mártires, rogai por nós!
Lúcio,
Canonicamente, a heresia é a “negação pertinaz, após a recepção do batismo, de qualquer verdade que se deva crer com Fé Divina e Católica” e então, strictu sensu, aplica-se a quem é (ou foi) católico.
No entanto, a Igreja sempre aplicou, por extensão, os termos “hereges” àqueles que abraçavam doutrinas heréticas (mesmo que nunca houvessem sido católicos) e “cismáticos” àqueles que não se submetem ao Papa (mesmo que as igrejas cismáticas orientais já tivessem cismado há muito tempo, no século XI). Aliás, na Sexta-Feira Santa, na Forma Extraordinária do Rito Romano, ainda hoje se reza pro haereticis et schismaticis, e estes são os que estão fora da Igreja.
Portanto, é interessante conhecer a definição canônica precisa do termo, mas você pode aplicar sem escrúpulos o termo àqueles que nunca cometeram o delito canônico de “cisma” e de “heresia” conforme o CIC. Isto porque estes, embora não tenham cometido o delito, abraçam com suas vidas as consequências dele.
Abraços,
Jorge
obrigado pela resposta jorge, que Deus lhe conserve sempre fiel.
Wendell,
seria bom apenas se o Bispo respondesse nossos argumentos,mas como é certo que ele não responderá, de vale reclamar? ele não dirá nada e se porventura disser alguma coisa será a famosa água com açucar que todos nós bem conhecemos.
em tempo, o santo Padre já escolheu o novo Arcebispo de Brasília: http://fratresinunum.com/2011/06/15/novo-arcebispo-de-brasilia-dom-sergio-da-rocha/
rezem por nós, e também pelo novo Arcebispo.
abraços,
Lucio Clayton,
Pelo pouco que sei, o termo herege pode ser aplicado com o entendimento de duas formas:
Herege Material e o Herege Formal.
O primeiro faz alusão a sua pergunta ” de uma pessoa ter nascida em berço protestante”, e que por qualquer maneira não tenha tido conhecimento das verdades católicas, e por isso a nega.
Já o segundo, mais grave, é o herege formal que conhecendo a VERDADE continua, pertinazmente, a negando enquanto tal. Por exemplo: Um padre que nega a presença de Nosso Senhor na Eucaristia.
No entanto, para ambos os casos, tanto o protestante de berço quanto o padre “negador”, o termo herege está bem aplicado e de bom tamanho.
Se existe um atenuante na questão, Deus que é extremamente bom e justo, o julgue.
E caso eu esteja equivocado na questão, que qualquer alma bondosa por aqui que me corrija do erro.
Fique com Deus.
Olegario.
Ótimo texto.
Sem dúvida, o ecumenismo (como mistura, sincretismo) é um erro enorme.
Porém, a confusão causada pela Diocese é fruto da confusão causada pelos nossos próprios últimos Papas, em especial o beato João Paulo II.
Aquele encontro de Assis em 1986 foi o ponto máximo de confusão dentro da Igreja sobre ecumenismo.
Fácil criticar o bispo daqui, difícil avaliar quando é o Papa que se atrapalha.
João Paulo II: textos perfeitos; atitudes nem tanto.
ABçs
Pax
Caro Wilson,
Quem arma estas confusões são os modernista a la Boffs & cia. que dão falsas interpretações do ecumenismo…
Beato João Paulo II, rogai por nós !
Abraços,
lucas
ENGULAM ISSO, HEREGES:
FORA DA IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA NÃO HÁ SALVAÇÃO!
Fora da Igreja Verdadeira vocês podem encontrar tudo o que quiserem, menos a salvação.
É triste dizer isso, mas no Céu não encontraremos nossos parentes e amigos que teimaram em não serem católicos ou que abandonaram a única Igreja de Deus.
Aqueles que conheceram a Verdade e a abandonaram perecerão para sempre no lago de fogo e enxofre, onde sofrerão a mais variada espécie de tormentos enquanto os eleitos de Deus glorificarão Sua majestade eternamente.
Ricardo… seus comentários são lamentáveis, pra não dizer completamente insanos e inverídicos… iria comentar algo sobre a matéria do Jorge, mas seu comentário consegue superar em muito a falta de bom senso do próprio…
“FORA DA IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA NÃO HÁ SALVAÇÃO!
Fora da Igreja Verdadeira vocês podem encontrar tudo o que quiserem, menos a salvação.”
Olha, não sei se o texto tem o tom da ironia, mas se foi – mesmo que por linhas tortas – acertou em cheio!
Olegario.
Eu também acho que o Ricardo falou em tom de ironia, mas a frase é quase uma citação literal de Santo Agostinho:
“Fora da Igreja é possível tudo, exceto a salvação. É possível ter honras, é possível ter sacramentos, é possível cantar aleluias, é possível responder ‘amém’, é possível possuir o Evangelho, é possível ter fé no nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, e pregar; mas em nenhum lugar, senão na Igreja Católica, é possível encontrar a salvação”.
http://borboletasaoluar.blogspot.com/2011/03/fora-da-igreja-e-possivel-tudo-exceto.html
a postura e Dom Fernando me lembra um belo Sermão de Dom Tomaz de Aquino prior da Mosteiro da Santa Cruz quado comenta o Evangelho sobre a cura dos leprosos, e que Nossa Senhor pode ser chamada de Nossa Senhora do Horror, pois ela tem horo ao pecado.
Nesse Sermão ele analisa apostura de alguns “católicos” e usa a expressão: “naufragou na fé”; vejo em Dom Fernando isso: um naufrago!
Se vcs lerem o site da Arquidiocese verão de tudo menos catolicismo.
Verão ele, o Bispo” pedindo paz, amor a natureza, neoliberalismo,organização… enfim tudo que o povo quer ouvir mas de conversão, arrependimento nada. De páscoa “tudo”, de dor sofrimento, mortificação nada.
Salve Maria.
Então veja isso que saiu no sitio da Arquidicese do RJ e me diga se não é a prórpia mentalidade condenada pela Mortalium Animus:
“- Muitas igrejas que não compartilham desse sentimento ecumênico pensam que é todos os cristãos estarem debaixo da mesma instituição, isso não é possível. A unidade acontece justamente dentro da diversidade de dons que existe. Essas diferenças são o que as enriquecem. Juntos, como igrejas unidas, podemos construir um novo tempo para nossa sociedade, por isso somos chamados discipulos e discípulas do Senhor, no batismo.”
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Trata-se de um culto ecumênico celebrado todos os anos, onde vários pastores rezam com os católicos na maior paróquia do RJ e o Arcebispo faz o fechamento. A julgar por essa afirmação esses pastores pensam que o ecumenismo é apenas todos fazerem carinho uns nos outro e é exatamente essa a mensagem que passam. Ninguém lá tá pensando em um dia se abrigar sob Pedro e sua igreja.Isso gera muita confusão.
Segue a notícia na íntegra.
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Ato ecumênico encerra semana de oração pela unidade
12/06/2011
Leanna Scal A+ a-
Na noite de sábado, 11 de junho, ao mesmo tempo em que a Igreja celebrava Pentecostes, na Paróquia Nossa Senhora de Copacabana – como tradição, diversos líderes religiosos se reuniram para rezar pela unidade dos cristãos. A Celebração ecumênica encerrou a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, que aconteceu de 5 a 11 de junho com o objetivo de reunir os irmãos de fé.
Após a celebração da Palavra, os diversos líderes religiosos deixaram uma mensagem pela unidade e o respeito, evidenciando um avanço no diálogo inter-religioso.
– É muito bom estarmos juntos para refletir e tomarmos atitudes. Lembramos que essa semana de unidade pelos cristãos é uma oportunidade de nos sentirmos irmãos, que rezam juntos. Uma nova geração vai nascendo e percebe que é possível viver em unidade, disse o Arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta.
O representante da Igreja Ortodoxa, Padre Marcelo Torres, destacou a importância do Papa Bento XVI também para os cristãos ortodoxos, que o escutam com “muito respeito e consideração”. Já o pastor Mozart Noronha, da Igreja Luterana no Brasil, com muito bom humor, falou dos grandes passos que os cristãos têm dado pela unidade.
– Felizmente o tempo de luta entre os cristãos está acabando e podemos celebrar unidos, conscientes de que as barreiras que nos separam não alcançam o céu. Estamos encerrando a semana de unidade no dia do aniversário do Espírito Santo, que veio para unir Jesus em nossas almas, disse.
Já o pastor José Roberto, da Igreja Presbiteriana Unida, sugeriu aos presentes e aos demais líderes religiosos que além da semana pela unidade cristã haja uma semana de ação pela unidade. Segundo ele, no momento em que houver ações concretas nessa busca, a obra estará completa.
Por fim, o Bispo da Igreja Anglicana, Dom Filadelfo Oliveira, sugeriu que a data para essas ações seja na semana que antecede o advento. E explicou o ecumenismo:
– Muitas igrejas que não compartilham desse sentimento ecumênico pensam que é todos os cristãos estarem debaixo da mesma instituição, isso não é possível. A unidade acontece justamente dentro da diversidade de dons que existe. Essas diferenças são o que as enriquecem. Juntos, como igrejas unidas, podemos construir um novo tempo para nossa sociedade, por isso somos chamados discipulos e discípulas do Senhor, no batismo.
A celebração reuniu centenas de fiéis que puderam, após o ato, participar da Vigília de Pentecostes.
*Foto: Carlos Moiol
“Felizmente o tempo de luta entre os cristãos está acabando e podemos celebrar unidos, conscientes de que as barreiras que nos separam não alcançam o céu”
Bem, isso no meu entender não é ecumenismo coisa nehuma…
Tem outra qualidade.
É a entrega total das armas em pleno combate.
É a rendição ao inimigo.
É o escancarar das portas a uma “fuamaça” que foi predita há 40 anos…
São Miguel Arcanjo, príncipe das milicias celestes, rogai por nós!!
Olegario.
Sim, minha frase foi irônica, obviamente. Minha mente não está submissa ao papa e nem à Igreja e sua santa doutrina.
Mas irônico ou não, como o Olegario falou, o que estou citando é realmente a puríssima doutrina católica de sempre, à qual devem almejar possuir todos os que quiserem ser verdadeiros católicos.
Já conhecia o texto que o Jorge citou, mas não lembrava qual santo o tinha escrito.
Mas quando escrevi tinha em mente também o Credo Atanasiano, especialmente esses trechos:
“Quem quiser salvar-se deve antes de tudo professar a fé católica. Porque AQUELE QUE NÃO A PROFESSAR, integral e inviolavelmente, PERECERÁ SEM DÚVIDA POR TODA A ETERNIDADE.”
(…)
“E os que tiverem praticado o bem irão para a vida eterna, e os maus para o fogo eterno. Esta é a fé católica, e QUEM NÃO A PROFESSAR FIEL E FIRMEMENTE NÃO SE PODERÁ SALVAR.”
Fora da Igreja não há salvação e os que tem consciência disso e teimam em não seguir a santa doutrina católica apostólica romana hão de sofrer os suplícios que Deus tem preparado para os ímpios.
“Os tíbios, os infiéis, os depravados, os homicidas, os impuros, os maléficos, os idólatras e todos os mentirosos terão como quinhão o tanque ardente de fogo e enxofre, a segunda morte.”(Ap 21,8)
É essa a doutrina tradicional da Santa Madre Igreja.
Muito me estranha a atual onda de ecumenismo, tendo em vista o que a Igreja já disse no passado.
Eu recomendo de todo o meu coração que vocês leiam a bíblia estudem os documentos da Igreja…
Trechos da Bula de Pio IV Iniunctum nobis (uma espécie de profissão de fé que os católicos deveriam fazer):
“Aceito e abraço firmemente as tradições apostólicas e eclesiásticas, bem como as demais observâncias e constituições da mesma Igreja. Admito também a Sagrada Escritura naquele sentido em que é interpretada pela Santa Madre Igreja, a quem pertence julgar sobre o verdadeiro sentido e interpretação das Sagradas Escrituras. E jamais aceitá-la-ei e interpretá-la-ei senão conforme o consenso unânime dos Padres.”
Traduzindo para os menos entendidos = qualquer interpretação bíblica que esteja fora das visões tradicionais católicas e do entendimento do “Cristo-na-Terra”(=o papa, pra quem nunca leu nada de Santa Catarina) é falsa e herética e deve ser rejeitada para que a alma não se contamine com heresias.
“Reconheço a Santa Igreja Católica, Apostólica, Romana, como Mestra e Mãe de todas as Igrejas. Prometo e Juro prestar verdadeira obediência ao Romano Pontífice, Sucessor de S. Pedro, príncipe dos Apóstolos e Vigário de Jesus Cristo.”
Ou seja, o verdadeiro católico é obediente ao papa. Quem não for obediente, não é verdadeiro católico.
“Da mesma forma aceito e confesso indubitavelmente tudo o mais que foi determinado, definido e declarado pelos sagrados cânones, pelos Concílios Ecumênicos, especialmente pelo santo Concílio Tridentino. Condeno ao mesmo tempo, rejeito e anatematizo as doutrinas contrárias e todas as heresias condenadas, rejeitadas e anatematizadas pela Igreja. Eu mesmo, N., prometo e juro com o auxílio de Deus conservar e professar íntegra e imaculada até ao fim de minha vida esta verdadeira fé católica, FORA DA QUAL NÃO PODE HAVER SALVAÇÃO, e que agora livremente professo. E quanto em mim estiver, cuidarei que seja mantida, ensinada e pregada a meus súditos ou àqueles, cujo cuidado por ofício me foi confiado. Que para isto me ajudem Deus e estes santos Evangelhos!”
Fácil de entender.
Se eu fosse católico estaria numa cruzada constante de evangelização, especialmente pelas pessoas que amo, pois eu não conseguiria me imaginar ir para o céu sem elas.
Preservem a fé e combatam as heresias:
“Pois é muito mais grave corromper a fé, da qual vem a vida da alma, que falsificar dinheiro, pelo qual a vida temporal é sustentada. Logo, se falsificadores e outros malfeitores são imediata e justamente executados pelos príncipes temporais, com muito mais justiça podem ser os hereges, assim que denunciados, não apenas excomungados mas também mortos.”
(Summa Theologica, Segunda Parte da Segunda Parte, Questão 11, artigo 3)
Esse trecho fala por si só.
Jorge, aceite o comentário. Ainda que irônico você há de reconhecer nele o ouro da doutrina católica que citei fielmente, diferente de muitos por aí que distorcem as palavras da Igreja.
“Se eu fosse católico estaria numa cruzada constante de evangelização, especialmente pelas pessoas que amo, pois eu não conseguiria me imaginar ir para o céu sem elas”
Ricardo,
Seu pensamento é de fato uma espada afiada no coração dos egoistas.
Eu, sou sim, muitas vezes egoista, porque me vejo tão somente preocupado com minha salvação.
Mas penso, o que seria o Paraíso e a vida eterna se eu não pudesse desfrutar dele sem a doce presença dos meus filhos e de minha esposa…?
Não quero é obvio, reduzir a graça eterna a um estágio particular…
Mas seguir adiante na eternidade sem o sorriso daqueles a quem amo torna-se uma incógnita…
Por isso, que Deus me conceda a força para a conversão diária
E dos meus filhos…
E de minha esposa.
E que nunca nos falte a Sua misericórdia…
Grato pela reflexão.
Olegario.
O referido site não parece aceitar comentários que critiquem a postura da Arquidiocese. =(
O que o Olegario escreveu me deixou pensativo.
Suponhamos que a doutrina católica seja toda verdadeira e que os textos que citei sejam todos verdadeiros também.
Jorge, como alguém poderia ser feliz no Céu? Pois certamente muitos dos que amamos se perderão. Minha mãe, coitadinha, não teria um de seus filhos no Céu. Como ela poderia ser feliz lá sem mim, sabendo que eu estaria torrando no tridente de satanás? Pois ainda que eu estivesse pagando pelos meus terríveis e abomináveis pecados, acredito que isso não a deixaria feliz, pois sou fruto de seu ventre.
É sério. O que a doutrina católica responde a isso? Alguém aqui sabe? Eu nunca tinha parado pra pensar…
Caro Ricardo,
Isto que dá vc ter faltado nas aulas de catecismo !
Abraços,
lucas
Como costuma dizer meu amigo Olega Balboa, em tempo:
Volte às aulas de catecismo, assista as missas, reze muito, frequente o confissionário, etc…etc..
abraços,
lucas
Não, Ricardo, a Igreja Católica não tem resposta para a sua pergunta. Ainda que venha alguém aqui tentar explicar de algum modo, não o conseguirá, eu tenho toda a certeza do mundo. Já a doutrina espírita, que muitos condenam, mas desconhecem por completo, tem resposta para os seus questionamentos.
Muita paz para todos!
Pelo contrário, Lucas. Não apenas frequentei muito bem minhas aulas de catecismo e de crisma como cheguei a participar da Pastoral da Crisma. Em muitas ocasiões eu é que acabava explicando aos meus professores certos pontos da doutrina católica. Havia alunos, por exemplo, que influenciados por protestantes viam citar certos versículos referentes a imagens e tinha professor que não sabia nem responder uma coisa simples dessa. Lá ia eu falar da serpente de bronze, dos querubins do templo… E o professor é que aprendia.
Whatever…
Mariana, o que a doutrina espírita responderia a mim?
Prezado Ricardo
Uma das consequências e objetivos de uma prática religiosa saudável e racional é promover o reordenamento dos nossos valores. É isso que está implícito no mandamento: «Ama a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo». Assim, o objetivo da prática religiosa seria passar do que é primeiro no plano subjetivo ao que é primeiro no plano objetivo. Em vez de andarmos imersos na mundanidade, achando que somos o centro do universo e vendo tudo sob nosso estreito ponto de vista particular e subjetivo, a religião nos deveria ensinar a ver as coisas sub specie aeternitatis (do ponto de vista da eternidade), deslocar o horizonte da nossa inteligência para algo superior e universal. Com efeito, «os meus pensamentos não são os vossos pensamentos; nem os vossos caminhos são os meus caminhos, diz o Senhor. Porque, quanto os céus estão elevados acima da terra, assim se acham elevados os meus caminhos acima dos vossos caminhos, os meus pensamentos acima dos vossos pensamentos» (Is 55,8-9).
Pelo que descrevi, você vai me dizer que são pouquíssimas as pessoas que têm de facto uma prática religiosa racional e saudável. Porém, pelo menos no Céu todos vamos alcançar isso. O céu nada mais é que o gozo e a fruição de Deus mesmo, a contemplação intelectual de sua Divina Essência, a união gloriosa e definitiva com o Absoluto, a participação em sua própria vida divina. Então, Ele «enxugar-lhes-á todas as lágrimas dos seus olhos» (Ap 21,4) e, como Deus é infinito, fruindo d’Ele não teremos mais nenhuma carência. N’Ele contemplaremos a razão de tudo e proclamaremos: «Senhor, tua sentença é justa!»
Em tempo, dona Mariana: espiritismo é falsa doutrina e os espíritas, mais cedo ou mais tarde, se convencem de que o inferno existe. Na pior das hipóteses, quando chegam lá.
Em tempo, Ricardo:
Você tem razão. Um dos principais problemas, não só dos catequistas, mas, o que é muito pior, dos sacerdotes, é a ignorância. O santo padre Pio XII já dizia isso nos idos de 1946: «O Corpo Místico de Cristo, que é a Igreja, acha-se atualmente ameaçada não somente do exterior pelas potências hostis, mas também internamente pela fraqueza e decadência de certos elementos. Esta fraqueza crescente, que se manifesta em numerosos setores da Igreja, tem sua fonte principal na ignorância, ou melhor, no conhecimento superficial das verdades religiosas, ensinadas pelo Redentor.» E se Pio XII reclamava da ignorância religiosa dos católicos em 1946, de lá pra cá essa ignorância só fez aumentar…
Isso é uma tragédia porque, socialmente falando, a autoridade espiritual não se impõe pela força física ou pela riqueza (como o poder temporal do Estado e o poder econômico das empresas), mas pela virtude (aspecto moral) e sabedoria (aspecto intelectual) de quem a exerce. É essa carência o principal fator da crise pela qual a Igreja passa em nossos dias.
Mas «cognoscetis veritatem, et veritas liberabit vos» (Jo 8,32).
Visite o sítio eletrônico da Sociedade para o Ensino do Cristianismo:
http://www.cristianismo.org.br/
Ricardo,
A principio confundi voce com um outro rapaz que frequenta aqui e que se diz ateu.
Quanto a salvação e o paraiso, pense que Nosso Senhor nos prometeu que lá gozaríamos da sua eterna amizade e plena felicidade; o que fica claro que independente de quem sigará ou não conosco ( isso é nossa esperança! seja filho, pai, mãe, ou qualquer pessoa a quem muito amamos ) Deus na Sua infinita sabedoria há de nos dar o devido consolo e lenitivo.
Importante é acreditar que Deus não nos engana.
E se Ele nos prometeu a felidade no céu, então isso sera feito.
De nós, resta a responsabilidade e a imensa caridade de lutarmos contra o mundo e suas mazelas ( e nisso inclui os espíritas ) para a conversão diária de todos os homens, e com mais fervor ainda, de nossos entes queridos.
Quanto ao Lucas “Skywalker”, não o tenha mal; ele é muito bom rapaz e foi doutrinado Jedi aqui na Montfort, em São Paulo.
Lamentavelmente (as vezes) ele se debanda para o Lado Negro da Força…
Mas isso passa :))
E a resposta que a Mariana irá lhe dar já um clássico da literatura infantil….
Ninguem vai para o inferno, porque ele ( segundo os espiritas ) não existe.
O sujeito morre cheio de pecados, precisa voltar a terra a mando de Deus para purificar suas faltas e aspirar uma tal evolução…
O problema que os espiritos que tornam a voltar reencarndos ao mundo dos vivos não tem feito muito bem a lição de casa, pois a humanidade a cada ano só piora….
Logo, essa evolução espiritual (?) é como um ENEM que não funciona, pois a cada ano que passa só aumentam as reprovações. E ninguem aprende nada. E o mundo só piora.
Do ponto de vista literário, o espiritismo é uma piada.
Já do ponto de vista espiritual, é uma desgraça completa.
É isto.
Forte abraço a voce, e que o bom Deus seja contigo.
Olegario.
Em Tempo: Certa vez um ateu disse a Padre Pio que não acreditava no inferno.
Ao que respondeu o santo: Vai acreditar quando chegar lá…
Mariana, cuidado minha filha…
Ricardo, vou tentar te responder da melhor maneira que eu puder, pelo menos em relação a situação que você colocou.
Segundo o Espiritismo, não existem as chamadas penas eternas. O inferno existe? Para os espíritas, sim, embora haja outras denominações. Mas o fato é que acreditamos no “inferno”, apenas não cremos que um filho de Deus possa ficar lá pela eternidade. Acredita-se que o arrependimento sincero das faltas (que só Deus poderá medir) possa proporcionar ao indivíduo uma outra chance de, verdadeiramente, tentar se melhorar e evoluir como espírito. Dessa forma, acreditamos, sim, que exista o sofrimento por conta dos pecados e falhas, que exista o “fogo e ranger de dentes”, como dito por Jesus. Porém, caso a alma, mesmo estando nesse local, arrependa-se e implore a misericórdia divina, não se acredita que Deus não a ouvirá. Ao contrário, Deus acolhe a súplica e, através de um preparo, ainda no mundo espíritual, planeja-se uma nova encarnação para aquela alma, que traz em seu íntimo a sua missão, embora não se recorde, ao reencarnar, da existência anterior, o que, ressalte-se, apenas atrapalharia sua trajetória, já que estaria atormentada por constrangimentos ou outros sentimentos de má serventia.
Nós, espíritas, acreditamos na misericórdia eterna, no AMOR eterno de Deus e de Seu Filho, Jesus. Acreditar em penas eternas, para nós, seria desacreditar no que eu acabei de escrever na frase anterior.
Ademais, não acreditamos que a salvação só se dá para os católicos ou membros de qualquer outra religião. Deus nos conhece pelo que somos, fazemos e sentimos. Conhece-se a árvore pelo fruto, como disse Jesus. As religiões são de grande valia, sobretudo as cristãs, que trazem a lição do Cristo Jesus, a lição do AMOR e da CARIDADE como um ato de amor ao próximo. As religiões, muitas vezes, nos auxiliam em nossos questionamentos, nos fortalecem na fé, nos proporcionam o sentimento de fraternidade, mas são as palavras de NSJC e sua prática o caminho para o progresso, para a salvação.
Assim, na situação de uma mãe, bem aventurada, que, ao desencarnar, vai para um mundo de felicidade, enquanto que seu filho, por falhas e uma vida desregrada, vai para o “inferno”, resta, para ela, rogar a Deus misericórida, enviar suas orações para o filho, seja onde ele estiver, as quais, dotadas de amor, decerto serão de algum auxílio, ou pelo menos consolo, pois o amor rompe barreiras, apesar de o dever da mudança interior caber somente a ele(filho). Em suma, há esperança, apesar de todos os pesares, que não são poucos.
Se interessar, indico a leitura do Evangelho Segundo o Espiritismo, bem como do livro Nosso Lar.
Perdoe-me se não fui clara o suficiente, pois ainda estou estudando e aprendendo.
Abraços a todos.
Caro Ricardo,
Então, porquê tanta preocupação ?
Vc é uma pessoa inteligente e não vidente. Como vc sabe que um dos seus irmãos irá se perder ou mesmo que sua mãe irá para o Paraíso ?
Tenha esperança ! Eu sei que não preciso citar o catecismo mas só para lembrar. §1817 A esperança é a virtude teologal pela qual desejamos como nossa felicidade o Reino dos Céus e a Vida Eterna, pondo nossa confiança nas promessas de Cristo e apoiando-nos não em nossas forças, mas no socorro da graça do Espírito Santo. “Continuemos a afirmar nossa esperança, porque é fiel quem fez a promessa” (Hb 10,23). “Este Espírito que ele ricamente derramou sobre nós, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador, a fim de que fôssemos justificados por sua graça e nos tornássemos herdeiros da esperança da vida eterna” (Tt 3,6-7).
abraços,
lucas