Neste sentido, amados Irmãos, vale a pena lembrar que em agosto passado, completou 25 anos a Instrução Libertatis nuntius da Congregação da Doutrina da Fé, sobre alguns aspectos da teologia da libertação, nela sublinhando o perigo que comportava a assunção acrítica, feita por alguns teólogos[,] de teses e metodologias provenientes do marxismo. As suas seqüelas mais ou menos visíveis feitas de rebelião, divisão, dissenso, ofensa, anarquia fazem-se sentir ainda, criando nas vossas comunidades diocesanas grande sofrimento e grave perda de forças vivas. Suplico a quantos de algum modo se sentiram atraídos, envolvidos e atingidos no seu íntimo por certos princípios enganadores da teologia da libertação, que se confrontem novamente com a referida Instrução, acolhendo a luz benigna que a mesma oferece de mão estendida; a todos recordo que «a regra suprema da fé [da Igreja] provém efetivamente da unidade que o Espírito estabeleceu entre a Sagrada Tradição, a Sagrada Escritura e o Magistério da Igreja, numa reciprocidade tal que os três não podem subsistir de maneira independente» (João Paulo II, Enc. Fides et ratio, 55). Que, no âmbito dos entes e comunidades eclesiais, o perdão oferecido e acolhido em nome e por amor da Santíssima Trindade, que adoramos em nossos corações, ponha fim à tribulação da querida Igreja que peregrina nas Terras de Santa Cruz.
Bento XVI,
Ad Limina dos bispos das regionais Sul-3 e Sul-4 da CNBB
5 de dezembro de 2009
Eu já ouvi a história de mais de uma fonte; conto-a de um modo imperfeito, provavelmente confundindo alguns detalhes, mas a reproduzo íntegra em suas linhas gerais. Certa feita, nos idos do Brasil da década de 70 ou 80, um líder de alguma “comunidade oprimida” (índios, ou imigrantes, não lembro bem) foi se reportar a um certo bispo da Teologia da Libertação para informar-lhe de que a sua comunidade estava abandonando a Igreja Católica (que tivera presença atuante por meio das CEBs na tal comunidade) para abraçar alguma seita pentecostal. E justificou: “Excelência, nós agradecemos pela defesa dos nossos direitos, pela consciência política, pelas lutas por condições mais dignas, por tudo isso; mas estamos indo embora porque precisamos de Deus, e aqui não O encontramos”…
Ora, mas acontece que a finalidade da Igreja é a salvação das almas uma a uma, e não outra (como disse o Papa Bento XVI aqui, na Catedral de São Paulo). Uma religião sem Deus não se pode pretender verdadeira religião, uma práxis que não tenha por objetivo principal a salvação das almas e a glória de Deus não se pode pretender católica, uma teologia que promove uma visão de mundo apenas horizontal e natural não se pode pretender legítima teologia da Igreja. Tudo isto me parece bastante evidente.
Eu lembrei da história (e das recentes palavras do Santo Padre que vão em epígrafe) quando li um artigo recentemente publicado no site da Arquidiocese de Campinas sobre a Teologia da Libertação. Em particular, logo ao ler a primeira frase do artigo: “Quando pároco na paróquia São Judas Tadeu, na Vila Lemos, tive a grata satisfação de ter um contato com as comunidades daquela paróquia, muito marcadas pela presença querida das CEBs, que beberam da Teologia da Libertação e deram seus frutos, como disse o evangelho do domingo passado… «Um deu cem, outro 60 e outro 30…»”. E eu sinceramente não consigo entender como é possível, em pleno século XXI, haver quem ainda defenda os frutos podres da malfadada Teologia da Libertação.
Trata-se provavelmente da teologia mais reiteradas vezes condenada pela Igreja nas últimas décadas! Da Libertatis Nuntius ao discurso do Papa acima citado, de Leonardo Boff a Jon Sobrino, estamos falando de uma posição constante da Igreja – frontalmente contrária à Teologia da Libertação – repetida de modo claríssimo por anos e anos a fio e, infelizmente, ainda encontrando no Brasil os ouvidos surdos de fiéis (ou, muito pior ainda, de pastores) que preferem seguir as próprias fábulas à doutrina segura enunciada pelo Vigário de Cristo.
E isto ainda hoje, a despeito de todos os tristes frutos que esta visão marxista do Cristianismo já entregou à sociedade e à Igreja. A TL não dá incentivos à caridade (aliás, ela nem sabe o que é isso), e sim (quando muito!) à filantropia barata. Não forma líderes cristãos preparados para espalhar sobre a terra “o doce odor de Cristo”, e sim sindicalistas. Não salva o homem do pecado, e sim do seu “patrão” (ou – para ser ainda mais impessoal e anti-natural – “das elites”, ou “do capitalismo”, ou “do neo-liberalismo”, ou de qualquer besteira parecida da qual se queira lançar mão). Não inflama a esperança dos homens acenando-lhes com a promessa do Céu, e sim com a de uma utopia materialista de uma sociedade justa, igualitária… e impossível. Destrói as vocações, em tudo discorda da Doutrina da Igreja, promove a desobediência, as rebeliões e as divisões, propaga uma visão paupérrima de Cristo e da Igreja, solapa a religião em suas bases, aprisiona os homens no mais estéril materialismo… Em suma, de todos os frutos da Teologia da Libertação que se podem dizer verdadeiramente frutos dela (i.e., que sem ela não seriam obtidos), não há um único que se salve. Com a condenação explícita da Igreja e com o triste testemunho factual de seus abundantes frutos podres… qual a razão da insistência nesta teologia inquestionavelmente fracassada?
Voltemos ao artigo publicado no site da Arquidiocese de Campinas. Logo em seguida a ele, está publicada uma (justíssima!) nota da Assessoria de Comunicação Social da Arquidiocese censurando o texto. Nela, se pode ler: “Faz-se mister recordar que os canais editoriais oferecidos (jornais, sites e rádios) expressam o pensamento da Arquidiocese de Campinas, que os selam. (…) Por isso, advertimos a veiculação do referido artigo que em canais da Arquidiocese faz apologia da Teologia da Libertação, condenada pelo Magistério da Igreja em diversos documentos”.
E, para além de quaisquer querelas sobre “liberdade de expressão” ou respeito às opiniões de terceiros, é exatamente isto o que interessa: na Diocese, o Bispo é sentinela responsável por velar pela integridade da Fé. Os canais oficiais disponibilizados pela Arquidiocese devem, forçosamente, fazer eco ao pensamento da Arquidiocese – que deve ser o pensamento da Igreja, em particular do Santo Padre, hoje Bento XVI. Estando para além de qualquer dúvida razoável a inequívoca condenação de Roma – por diversas vezes, repitamos – à Teologia da Libertação, por qual motivo uma sua apologia deveria ser permitida nos meios de comunicação católicos?
A Igreja existe para salvar as almas: recordemos as palavras do Vigário de Cristo. E, para a salvação das almas, é mister o emprego dos meios necessários: em particular, é importante não permitir que uma teologia daninha, estéril e incontáveis vezes condenada pela Igreja tenha livre veiculação pelos meios de comunicação oficiais da Igreja. Outra, aliás, não é a disposição do Direito Canônico: após dizer que os pastores da Igreja devem procurar usar os meios de comunicação social (CIC 822, §1), fala logo em seguida sobre a importância de velar para que, nestes, seja transmitida a doutrina íntegra: “para preservar a integridade das verdades de fé e dos costumes, os pastores da Igreja têm o dever e o direito de velar para que nem os escritos nem a utilização dos meios de comunicação social provoquem dano à fé ou aos costumes dos fiéis cristãos; (…) e também de reprovar os escritos nocivos à retidão da Fé ou aos bons costumes” (CIC 823 §1).
Diante de todo o exposto, resta parabenizar a Assessoria de Comunicação da Arquidiocese de Campinas pelo pronto cumprimento do seu dever, ao reprovar um artigo daninho à Fé Católica – uma vez que este fazia apologia de uma teologia herética e já por diversas vezes condenada. Que os outros pastores possam seguir-lhe o exemplo! E, no mais, rezemos para que as palavras do Bispo de Roma possam receber melhor acolhida por aqui, nesta Terra de Santa Cruz; que ela possa, liberta das raízes envenenadas da Teologia da Libertação, fazer jus ao próprio nome e oferecer o quanto antes a Deus e à Santa Igreja os frutos – verdadeiros! – de santidade que, pela intercessão da Virgem de Aparecida, o Altíssimo espera receber de nós.
Parabéns a Arquidiocese de Campinas !
Parabéns ao Deus lo vult !Por divulvagar estas boas notícias ao contrário de outros blogs ditos “católico” que somente tem o prazer de divulgar exclusivamente “desgraças” e quando das poucas vezes que publicam coisas boas são seguidas de críticas.
Abraços,
lucas
Também dou meus parabéns a Arquidiocese de Campinas, e parabéns ao Deus lo vult por divulgar estas notícias. É bom saber que existem católicos lutando contra a Teologia da Libertação. Já era tempo!
“…qual a razão da insistência nesta teologia inquestionavelmente fracassada?”
Jorge, o diabo nunca se dá por vencido.
E tendo como “promoter” bispos e padres, o ânima dele se infla.
Olegario.
Errata: ânimo#
Em tempo: Percebo uma aproximação sutil da RCC com a TL.
Será que é impressão minha?
Olegario.
ISSO É FICHINHA, VENHAM CONHECER A DIOCESE DE REGISTRO QUE VOCES VÃO VER A TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO FUNCIONANDO EM VENTO E POPA.
OS SOCIALISTAS, COMUNISTAS E NIILISTAS SÃO UMA PESTE MORTAL … Subprodutos: Teologia da Libertação-TL ou neo ateísmo, aborto, uniões gays, marchas das vadias, fêmen…
Todos os S. Padres desde Pio IX, em 1846, após se certificarem das doutrinas dos socialistas e comunistas de caráter revolucionárias, atéias e marxistas e de pretensos ideais igualitaristas políticos, sociais e até religiosos com homens de todas as religiões – projetaram as mais veementes rejeições e condenações por anti cristianismo e alienação de conteúdo, e complementando o enunciado acima que é do S Padre Leão XIII: …QUE SE INTRODUZEM COMO A SERPENTE POR ENTRE AS ARTICULAÇÕES MAIS ÍNTIMAS DOS MEMBROS DA SOCIEDADE HUMANA, E A COLOCA NUM PERIGO EXTREMO – Encicl. “Quod Apostolici Muneris”.
Assim, sequencial e unanimemente, incluindo-se o S Padre Bento XVI, reitera-o sobre esse mal que nos avizinha, com a sedutora dialética de supostos propósitos humanitários e fraternais em meio a uma diversidade conflitante; em termos, muito cativantes, no entanto, uma infernal cilada; Encicl. “Libertatis Nuntius”.
Note-se que nos países onde se instalam, por suposta igualdade e fraternidade praticam toda e qualquer atrocidade para alcançarem seus objetivos de poder opressor, materialista e ateu – os países-prisões como Cuba, Coréia do Norte etc., os exemplos, e eles orientam-se sob os “10 mandamentos de Stálin”, veja-os na net – nos quais se pautam para agir e alcançar as metas: “todos os meios justificam os fins” e “mentir”, à consecução dos ideais revolucionários e poder é “virtude” a se imitar; tinham tempos atrás mais de 100.000.000 de mortos e o número é crescente sempre ao apoderarem do poder; na China, por ex., além de nenhuns direitos individuais, há seguidas denúncias até de macabras indústrias de fetos dessecados, provenientes de abortos – mais as meninas – como alimento(!) rejuvenescedor e outros supostos préstimos…
Os candidatos e partidos socialistas e comunistas são arquiinimigos da Igreja Católica, por ela os hostilizar por paganizar o mundo; seus asseclas apresentando-se como católicos, indo às Eucarístias e até comungando(!)… Ou mesmo cristão de qualquer denominação será apenas para angariar votos; também: de acordo com a pressão popular ou conveniência de momento da própria ideologia socialista mudam de posição; é lembrar do caso do aborto.
Já o S Padre Pio XII, proferiu a seguinte sentença: “DESSE MODO, TODOS OS CATÓLICOS QUE PRESTAREM FAVORES OU SE FILIAREM A PARTIDOS SOCIALISTAS-COMUNISTAS, ESCREVEREM LIVROS FILO-COMUNISTAS OU REVISTAS ESTÃO EXCLUÍDOS DOS SACRAMENTOS; OS QUE DEFENDEREM, PROPAGAREM OU DECLARAREM O MATERIALISMO DOS COMUNISTAS ESTÃO EXCOMUNGADOS AUTOMATICAMENTE.” Votar, por ex., é apoiar, defender, propagar, etc. Encíclica ” Noscitis et Nobiscum “, de 1849.
Todas as duras condenações e mais reservam-se a católicos desobedientes à Igreja, eleitores de candidatos e de partidos socialistas e comunistas defensores de aborto, pedofilia, uniões gays, indistinção sexual, etc. e que, além dos pecados pessoais e de traição à Igreja, responderão ainda por se associarem ao corpo místico de Satanás, sendo seu agregado; aliás, Karl Marx, grande líder comunista, era satanista.