A Doutrina Católica sempre reconheceu a legitimidade do recurso à pena de morte quando esta é a única maneira de defender a sociedade e punir justamente o agressor. Os argumentos pela sua licitude, creio, são já amplamente conhecidos – e, conforme entendo, os “argumentos” dos que são contra ela em princípio resumem-se a um chororô naturalista e, absolutamente, não respondem às objeções dos que sempre defenderam ser permitido aos poderes públicos punirem certos crimes com a pena capital. Para quem tiver ainda alguma dúvida sobre o assunto, é imprescindível a leitura deste texto do Corção.
Uma coisa, no entanto, são os princípios que a dizem legítima e, outra, são as circunstâncias concretas nas quais ela pode ser legítima ou não. Imagino que não haja ninguém defendendo que seja lícito condenar a morte em quaisquer circunstâncias. A divergência quanto a questões de fato, neste caso, é perfeitamente legítima: de tal modo que um católico, embora não possa defender que a pena de morte é injusta em si mesma, é não obstante livre para julgá-la justa ou injusta diante de cada caso concreto.
Li hoje que o Comitê de Indultos da Geórgia (USA) negou um pedido de clemência para Troy Davis, homem negro condenado à morte pelo assassinato de um policial branco após um processo, ao que parece, bastante questionável – para dizer o mínimo. Segundo o portal de notícias do Terra, «[d]esde que foi condenado em 1991, sete dos nove testemunhas policiais se retrataram dos depoimentos alegando coerção e intimidação por parte da polícia».
Há um abaixo-assinado da Anistia Internacional para que se pare a execução – que ocorrerá amanhã, dia 21 de setembro. Eu não conheço os detalhes específicos deste caso e, portanto, não sei dizer se a pena é justa. Sei, contudo, que se deve evitar a todo custo condenar um inocente, como sei também que a criação de um “mártir” pode tornar (ainda mais) difícil a discussão racional sobre o assunto…
E sei também que, em todo caso, precisa de orações o sr. Troy Davis; para que encontre clemência se for inocente ou, se executado, para que aceite a expiação. E, inocente ou culpado, perdoado ou executado, que possa encontrar a Clemência do Justo Juiz, a única que – no final das contas – realmente importa. Que seja em favor dele a Virgem Santíssima. Que Deus possa mostrar-lhe misericórdia.
Aqui no Brasil, imagina a quantidade de gente que ia pagar pelo erro dos outros?
O que não entendo é o sujeito ser contra a pena de morte e ser a favor do aborto !
abraços,
lucas
Eu conhecia a história de Santa Catarina de Siena e do criminoso que ela converteu à beira da morte, creio que contada por Dom Marcos Barbosa em suas memoráveis crônicas radiofônicas. De fat, a pena de morte não´deve ser encarada como vingança, mas como legítima defesa da sociedade. Nos casos em que for necessária, o condenado deverá ser tratado com toda a dignidade (inclusive assistência religiosa) até a hora da execução. Quanto ao que Corção fala no início – abolição da pena capital nos EUA – isso já reverteu. Alguns estados ainda têm a pena de morte.
Jorge, isso não faz o menor sentido frente a seus chiliques anti-abortivos…
Mallmal, por que não?
Eu sabia que o assunto do aborto entraria aqui.
Tempos desses eu dizia que a grande maioria dos abortistas (defensores do aborto) rasgam as vestes quando vê alguém defender a pena de morte.
Isso é realmente cômico. Não, É triste mesmo! Alguém defender a morte de um ser inocente e indefeso e ser contrário a morte de um facínora e psicopata que muito prejudica a sociedade.
eu chamo isso de demência ou muita canalhice mesmo.
hoje mesmo colocarei em minhas orações esse Sr. Troy Davis, que nem sei quem é.
Aviso também, que hoje começa a novena de São Miguel Arcanjo, peçamos a esse grande guerreiro Celestial ajuda em nossas batalhas carnais e espirituais.
Abraços a todos.
São Miguel Arcanjo,
Defendei-nos no combate e rogai por nós.
Se a pessoa esta presa e não representa mais perigo para a sociedade, porque extermina-lá? O tempo que ela poderia refletir sobre o que fez e até mesmo se arrepender é tirado dela. Sem falar na possibilidade de um inocente ser injustamente condenado.
Tenho grande resistência à aceitação dessa pena, pois, em caso de erro, como poderia talvez ser o caso desse Troy Davis, não há meios de reparação, quem sabe não seria mais justo pena de prisão perpetua tendo o condenado que trabalhar?
Senhor Gustavo, e quem garante que a pessoa vai mesmo se arrepender? Se a pessoa for um psicopata, não se arrependerá nunca. Um psicopata não tem sentimentos, não sente remorsos. E tampouco tem chances de se recuperar. Uma vez psicopata, sempre psicopata. Os especialistas mesmo dizem que um psicopata é perigoso, não têm condições de viver em sociedade. A única solução mesmo, para assassinos em série (que são sempre psicopatas, porque uma pessoa normal não faz estas coisas) é prisão perpétua ou pena de morte. Eles jamais poderão ser soltos, senão voltarão a cometer crimes, voltarão a matar pessoas inocentes. E é um dever do estado proteger a vida de pessoas inocentes. E a chance de um inocente ser incriminado por crimes hediondos é remota. Acho difícil um inocente ser incriminado por vários homicídios. Além do mais, é por isso que se deve investigar bem para verificar se a pessoa é realmente culpada. Ninguém aqui defende pena de morte para ladrão de galinha, muito pelo contrário. Só para casos extremos, como crimes hediondos e com requintes de crueldade. Se nem a prisão adiantar, mesmo perpétua (afinal, tem bandidos que encomendam homicídios por celular nas cadeias), o único jeito é pena de morte mesmo. E hoje em dia, as prisões não são seguras, bandidos vivem fugindo. E pena de morte é até caridade para com o criminoso, porque o impede de fazer mais vítimas. Ou seja, o impede de pecar, e ele certamente terá punições bem mais leves no inferno. Isso, caso ele não se arrepender, é claro. Não se trata de vingança não, e sim de legítima defesa. Claro que não concordo com a idéia da pena de morte ser aplicada no Brasil, do jeito que as coisas estão. Mas o Brasil estivesse em condições ideais, eu seria a favor da pena de morte, sim. Mas só como um último recurso, não como primeira opção. Só se não houver outro meio de defender a sociedade de um criminoso, nem pela prisão perpétua.
hehe seguindo o mesmo raciocínio o aborto é até uma caridade às crianças, por que as impede de pecar… e não precisa nem refletir sobre a necessidade de arrependimento!
sempre rio quando vejo esse discurso “pró-vida”, mas “com restrições” :D
prova que se tem sempre que ler as letras minúsculas dos contratos!
só lembrando que ninguém repara 20 anos de um inocente passados na cadeia…. um é tão “justo” quanto o outro.
O problema insolúvel com a prisão perpétua (além, é claro, de ser potencialmente mais cruel do que a própria pena de morte) é que ela faz do condenado inimputável.
No caso de um sujeito condenado à prisão perpétua matar alguém dentro do presídio, o que acontece com ele? Como ele vai ser punido de maneira justa?
Quanto às comparações entre aborto e pena de morte, causa espécie que as pessoas pareçam incapazes de distinguir entre uma pena aplicada a um culpado e a um inocente. Triste sinal da confusão moderna…
Abraços,
Jorge
Marcos
Nem adianta comparar pena de morte com aborto. Não é nenhum discurso pró-vida com restrições, não. A criança é inocente, não cometeu nenhum crime, portanto, não tem do que se arrepender. É é covardia assassinar um ser que não tem nem como se defender. O bandido ainda tem como se defender, já uma criança não. O bandido tem direito à vida, é verdade, mas não tem o direito matar, de interromper a vida de pessoas inocentes. Se para defender a vida de pessoas inocentes for preciso condenar um criminoso à pena de morte, é isso que se deve fazer. A comparação que você fez é mesmo ridícula. Uma criança indefensa não oferece nenhum perigo para a sociedade. Há uma diferença enorme entre homicídio e legítima defesa. Um aborto é um homicídio, pena de morte é a legítima defesa da socidade contra um agressor injusto. Uma coisa nada tem a ver com a outra.
Concordo com você, Jorge. Você está coberto de razão. Acho que, em muitos casos, nem prisão perpétua adianta. E se o bandido assassinar alguém dentro do presídio?
Marcos,
vc é um desonesto intelectual,
esse seu hehehe, foi de um cinismo absurdo, e ainda colocar a morte de um ser inocente no mesmo patamar de um individuo psicopata que merece a morte foi de um sarcasmo quase satânico. vc não merece nem que lhe respondam suas provocações.
quanto a pena de morte,
caros,
visto que o sistema carcerário e judiciário (e também todos os outros sistemas públicos) de nossa Patria amada, salve salve, não funcionam ou estão completamente falidos, a pena de morte no Brasil seria algo terrível, pois acredito que seria um sistema que iria punir muitas pessoas inocentes ou com chances de ressocialização.
e penso também que cana dura para quem tem dinheiro, principalmente os corruptos desse país, continuaria não havendo. então nesse caso só neguinho, pobre, favelado, doente, miserável, que iria morrer, independente se fosse um facínora ou não!
porém é óbvio que sou favorável a pena de morte sim!
sei de um caso que me embrulha o estômago só de lembrar,
não lembro direito onde ocorreu esse caso, mas é fato verídico.
um rapaz estava devendo uma quantia de jogo, algo em torno de R$400,00, acho que esse fato se deu no Paraná, então como ele não pagou, seus “credores’ foram a sua casa, estupraram sua mulher que estava grávida, mataram seus pais, duas crianças, mataram a mulher e arrancaram o bebê de seu ventre deixando mãe e filho lado a lado na mesma cama e por fim mataram o infeliz devedor.
pelo que me lembro, pois cito de cabeça essa história, o fato se deu assim mesmo, depois pesquiso e envio o link com a matéria.
então, o que fazer num caso desses?
prender os criminosos e depois de alguns anos esses desgraçados estarem de volta as ruas?
e se fosse com tua família sr. Marcus e sr Gustavo?
e que tal esses criminosos serem sustentados pelos teus impostos, pelos meus, já não pagamos tantos tributos?
e o que fazer com pessoas que cometem assassinatos pornográficos só para satisfazerem seus prazeres e os dos que pagam para esse tipo de coisa? já ouviram falar de vídeos snuff?
ah e esse tipo de criminoso aqui, o que fazer com esse infeliz?
http://www.youtube.com/watch?v=dbA4xZwFo5g
Se nosso País fosse mais justo eu faria uma campanha pela pena de morte, mas… fazer o quê né?
Estamos falando de legítima defesa?
Legítima defesa da sociedade? haha ;) essa é boa!
Questão pros filósofos de plantão, eu tenho “direito” de matar alguém por achar que ele pode querer me matar um dia?
Vamos começar a punir o bandido pelos crimes que ele pode vir a cometer um dia?
Essa estória de “pró-vida mas com restrições” me parece com o movimento “direitos humanos, mas só pra ‘inocentes'”, hehe ;).
PS: Aliás, outro argumento que me faz rir é o tal do “ele é um psicopata, não vai se arrepender nunca, logo vamos matá-lo”. Me lembra das defesas emocionadas “pró-vida” das crianças que por um motivo ou outro não terão uma sobrevida maior que alguns dias depois de nascer.
O argumento? “foi deus que deu a vida, não vamos tirar”.
Claro, faltou incluir o asterisco e as letras miúdas do fim do contrato!
«Legítima defesa da sociedade?»
Sim, legítima defesa da sociedade, como foi tradicionalmente tratado o tema.
«Questão pros filósofos de plantão, eu tenho “direito” de matar alguém por achar que ele pode querer me matar um dia?»
É lógico que não.
«Vamos começar a punir o bandido pelos crimes que ele pode vir a cometer um dia?»
Não, nem ninguém defende semelhante despautério. O bandido é punido pelos crimes que ele já cometeu.
«Essa estória de “pró-vida mas com restrições” me parece com o movimento “direitos humanos, mas só pra ‘inocentes’”, hehe»
Não, não se trata de nenhuma “restrição”. É exatamente a defesa da vida que exige a punição do culpado. Sugiro que leia o Gustavo Corção, já citado. Destaco:
«Na verdade não me parece muito difícil provar que os verdadeiros defensores do transcendental valor da vida humana são mais aqueles que reconhecem o direito que têm as sociedades de rejeitar com a máxima energia os homicidas de superlativa e intolerável crueldade do que esses outros que, em nome de uma gelatinosa complacência com os perversos, desarma e desprotege os inocentes»
– Jorge
Acho que eu seria um desonesto intelectual se realmente não pensasse do jeito que escrevo, e não é o caso.
As mortes do “inocente” e do “psicopata” estão no mesmo patamar? em patamares diferentes? Eu não sei, não tô aqui pra decidir em que patamar está a morte de quem quer que seja. Você está?
Eu só acho engraçado as pessoas poderem ao mesmo tempo defender slogans como “100% Pró-vida” ou que “a vida é dom de deus e não compete ao homem tirá-la”, e defender que é lícito matar alguém pelo que ele fez ou pelo que ele pode vir a fazer um dia.
As primeiras idéias são muito mais fáceis de comprar que as últimas, a pesar de normalmente serem vendidas no mesmo pacote.
Marcos, você é desonesto intelectual mesmo. Ninguém em falou em condenar à pena de morte psicopatas assassinos em série apenas por não se arrependerem. Estes sujeitos, se forem soltos, voltarão a cometer crimes, voltarão a matar, com toda a certeza. E muitas vezes nem prisão perpétua adianta, porque eles cometem crimes dentro dos presídios. O índice de reincidência é alto nestes casos. Ninguém aqui falou em condenar à pena de morte alguém que pode vir a matar, e sim alquém que já matou, e com crueldade, sem dar chance da vítima se defender. Estou falando de assassino em série, não de criminoso comum. Não falei de alguém que matou sem querer, sem intenção, falo de pessoas que matam por terem prazer em matar e que não hesitam em fazer isso de novo, se tiverem a oportunidade. O que me faz rir é seus argumentos fracos contra a pena de morte, ao mesmo tempo em que defende o assassinato de crianças inocentes que não fizeram nada, nem pediram para ser concebidas. Você defende psicopatas, e as vítimas dos psicopatas, quem defende? Deixe de falar asneiras, vai.
Marcos
“Eu só acho engraçado as pessoas poderem ao mesmo tempo defender slogans como “100% Pró-vida” ou que “a vida é dom de deus e não compete ao homem tirá-la”, e defender que é lícito matar alguém pelo que ele fez ou pelo que ele pode vir a fazer um dia.”
O que eu acho engraçado, meu querido, é você defender o aborto e ser contra a pena de morte. Ninguém aqui defende pena de porte por motivos egoístas. Já pessoas como você defendem aborto por motivos completamente egoístas.
Lúcio Clayton, concordo plenamente contigo. Eu só defenderia pena de morte no Brasil se houvesse leis justas. Falei que em alguns casos prisão perpétua não adianta porque, de acordo com o que pesquisei, em alguns países onde existe prisão perpétua, a mesma não significa necessariamente prisão pelo resto da vida, quando deveria ser assim. Veja só este link sobre prisão perpétua:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pris%C3%A3o_perp%C3%A9tua
Sem falar que muitas vezes os criminosos matam alguém dentro dos presídios, ou usam o celular para mandar alguém cometer crimes fora das prisões. Não acho justo. Mas se o Brasil estivesse em condições ideais, eu defenderia a aplicação da pena de morte sim, com toda a certeza.
Marcus,
vc leu o fato que eu postei?
vc viu o vídeo que indiquei?
olha que existem coisas piores que aquilo,
vou te dar exemplos, só não quero ter que fazer um gráfico para poder deixar as coisas mais claras para sua mente obscurecida, é que não sou muito bom em gráficos.
dá uma lida nesse caso só pra exemplificar:
http://advhaereses.blogspot.com/2011/07/satanismo-e-pedofilia.html
no mais, existem pessoas capazes de coisas tão terríveis, mas tão terríveis que só de imaginar dá calafrios, e nos responda, se crimes dessa espécie fossem cometidos contra familiares teus, um filho por exemplo, vc ficaria satisfeito apenas com a prisão do bandido, mesmo sabendo que o desgraçado haveria de sair em alguns anos, isso ainda com os tais saidões.
e que tal um Fernandinho Beira Mar que até hoje, mesmo dentro da prisão atormenta a sociedade, um Elias Maluco, um Chanpinha, um Maníaco do parque?
então seu marcos, vc defende a vida desses sujeitos, mesmo se um deles pegasse um ente querido teu?
Correção:
“Ninguém aqui defende pena de porte por motivos egoístas.”
Eu quis dizer: ninguém aqui defende pena de morte por motivos egoístas.
É assim mesmo, Lúcio Clayton. As pessoas que são a favor do aborto quase sempre são contra a pena de morte. Eu reparo sempre nisso. Mas estas pessoas são contra porque nunca perderam um ente querido assassinado friamente. Eu nunca perdi ninguém assim, graças a Deus, mas se alguém assassinasse a sangue frio alguém que eu amo, se alguém cometesse um crime bárbaro contra alguém da minha família ou mesmo do meu círculo de amigos, eu ia querer justiça. Eu ia querer que essa pessoa pagasse, que mofasse na cadeia, fosse presa pelo resto da vida ou então que fosse condenada à pena de morte, para nunca mais matar um inocente. Para mim, é o mínimo que pessoas como o maníaco do parque ou como Suzane von Richthofen merecem. Adianta prender os criminosos, se alguns anos depois estes desgraçados já estão soltos, e voltam a cometer crimes? Ainda mais levando-se em conta que estes desgraçados estariam sendo sustentados pelos nossos impostos. Já vi muitos casos em que os bandidos são soltos, mas que logo voltaram a matar. Já ouvi falar em assassinos de crianças que tinham matado várias vezes, que não ficaram presos por muito tempo, foram soltos e logo voltaram a matar. Existem vários casos assim. E ainda tem gente capaz de defender esses bandidos, quando deveriam era defender as famílias das vítimas.
Os defensores dos bandidos deveriam perguntar para Glória Perez se ela está contente em ver que os assassinos de sua filha já estão soltos e livres, como se não tivessem feito nada demais, como se tivessem matado uma barata, ou como se só tivessem roubado um pão na padaria da esquina. Eu li sobre um caso que aconteceu aqui no Paraná, onde moro. Uma mulher matou uma criança de quatro anos com achocolatado envenenado. E tudo porque o pai da criança, que era amante dela, a abandonou. Ela quis se vingar do amante, matando o filho dele. E tentou envenenar a mãe da criança também, só que não conseguiu. Sabe o que a mãe da criança disse? Que gostaria de que a mulher que matou o filho dela envenenado tivesse sido condenada à pena de morte. Eu não tiro a razão dela, até a compreendo. Não sou mãe, mas sou filha, e se alguém matasse minha mãe, envenenando-a… Ou qualquer outra pessoa da minha família… Eu ia querer mais é que o criminoso apodrecesse na cadeia, no mínimo. Quem já perdeu algum ente querido nestas condições, garanto que defende a pena de morte.
Quem se põe contra a pena de morte, mesmo nos casos mais hediondos, por razões demagógicas (tipo “não podemos tirar a vida de ninguém, mesmo os piores criminosos”… mas beb~es nascituros, necessariamente inocentes e indefesos, pode – vá entender) deveria esclarecer se mataria em legítima defesa pessoal, ou se deixaria matar por um agressor injusto. Porque a legítima defesa da sociedade nada mais é que extensão da legítima defesa pessoal, que até o bom senso – e não apenas a doutrina católica – reconhece como legítima.
bom,
como Cristãos que somos, logo, logo alguém vai querer nos interpelar com algum discurso canalha do tipo :
“mas Jesus não ensinou que devemos perdoar sempre?”
Aviso, que quando alguém utiliza esse recurso de retórica, é quase sempre um ateu, agnóstico, anticristão, laicista e anticatólico até a alma!
porém deixo bem claro, para que não reste dúvidas, devemos perdoar, é isso que sim, Deus nos pede, pois Ele perdoa sempre.
mas, o perdão é dado a quem pede, a quem se arrepende, e chega a ser uma idiotice sem tamanho perdoar alguém que não tem a mínima intenção de pedir perdão ou que não demonstra arrependimento pelos seus crimes.
É como o He-man que sempre deixava o coitadinho do Esqueleto fugir para cometer novos crimes.
É óbvio que um assassinato digamos, acidental, é diferente de um assassinato hediondo, premeditado e com requintes de sadismo e crueldade, há que se pesar essas coisas.
Um homem ou mulher que comete um crime passional, pois acabou se deixando levar pelo calor do momento e que por isso acabou sendo usado pelo Diabo, ou mesmo pelas suas próprias más inclinações e que tenha cumprido sua pena, que tenha se arrependido, esse merece sim não somente o nosso perdão, mas o de toda a sociedade… essa pessoa é diferente de um criminoso sádico, psicopata, sociopata ou coisa parecida…
Defendo sim, a pena de morte para esses crimes hediondos, assim como defendo a castração quimica para pervertidos sexuais que cometem os mais variados crimes nessa área.
Vou citar mais dois casos ocorridos esse ano aqui em Brasília.
o 1° foi de uma familia que foi sequestrada por dois bandidos.
o marido foi buscar sua esposa na parada, ele ficou esperando-a dentro do carro com seu filhinho de 3 anos, quando a mulher chegou eles foram abordados pelos bandidos que armados ameaçavam constantemente a criança e a mulher, fizeram o casal sacar as economias nos bancos, fizeram o casal levá-los a uma lanchonete e depois um dos bandidos os arrastou para um matagal onde iria estuprar a mulher na frente do marido e da criança, mas felizmente o marido consegui reagir e lutar com o bandido enquanto a mulher fugiu com o menino e conseguiu chamar a policia que, graças a Deus, acabou capturando os criminosos.
já pensou Marcos ?
um desgraçado violentando sua mulher na tua frente e na frente de teu filho?
já pensou nisso marcos, pois então pense!
esse infeliz merece a vala! quem sabe se no momento em que esteja morrendo ou esperando a morte ele não se arrependa e acabe aí alcançando a misericórdia de Deus?
o 2° caso se deu mais recentemente,
havia um maníaco que em dois anos estuprou mais de 50 mulheres aqui nas regiões periféricas de Brasília, o desgraçado enfim foi preso, reconhecido e agora está enjaulado na área do seguro da penitenciária de Brasília agaurdando seu julgamento, e nesse caso, se o estado não aplica-lhe a pena de morte o “sistema interno” do presídio fará a sua justiça!
e aí Marcos?
e aí Gustavo?
Defensores do aborto e ao mesmo tempo defensores da vida de fascínoras, onde estão seus argumentos agora?
Cristiane
Não defendo o aborto e não defendo a pena de morte. Não me sinto no direito de decidir quem deve morrer e quem deve viver.
Gustavo, querido, não é questão de decidir quem deve viver ou morrer. É claro que nós não decidimos quem deve viver ou morrer. A questão não é essa. Apenas trata-se de impedir que um psicopata mate mais pessoas do que já matou. Você quer que um psicopata, assassino em série, continue vivendo para continuar pecando, cometendo crimes hediondos, fazendo vítimas inocentes? Além de causar dor a um número maior de famílias, como é que ficaria a situação dele quando morresse e estivesse diante de Deus? Seria condenado e receberia penas mais duras, iria para o inferno mais fundo ainda. É como eu disse, pena de morte é até caridade para com o criminoso, pois o impede de pecar mais do que já pecou, e certamente ele pegaria penas mais leves no inferno, sofreria menos. Além do mais, menos famílias sofreriam com a morte de um ente querido. Um criminoso a menos, bem menos gente inocente morrendo, porque um só criminoso desses mata várias pessoas. Além do mais, garanto que até mesmo você defenderia sua vida caso alguém estivesse ameaçando-a. Uma coisa é homicídio, outra coisa é legítima defesa. E eu só defendo pena de morte em último caso. Claro que eu prefiro que se use meios não sangrentos, mas somente se os meios não sangrentos, como a prisão perpétua, fossem realmente eficazes. Pense nisso.
Acho que a questão pode ser resumida da seguinte forma: é ilícito tirar a vida de pessoas inocentes em qualquer situação, o mesmo não ocorre com relação a pessoas criminosas, creio que a análise dos casos concretos deve ser levada em conta e penso que o melhor é evitar ao máximo a aplicação da pena capital, mas o abuso não tolhe o uso.
É perfeitamente possível ser a favor da pena de morte em princípio e ser contra o aborto dentro da ótica católica. Não há nenhuma contradição quanto a isso.
Além disso, como bem colocou o Jorge, é bem possível admitir a pena de morte em princípio e ser contra a mesma em determinado momento.
Particularmente, penso que já seria um avanço termos prisão perpétua aqui no Brasil já que a lei é branda demais com quem comete crimes hediondos.
Tampouco eu “me sinto no direito” – aliás, eu não tenho o direito – de decidir quem deve ficar trancafiado e quem deve ficar livre. Não obstante, é sandice negar às autoridades legítimas o direito de fazer tal julgamento pelo fato de eu próprio não ser capaz de o fazer.
– Jorge
Eu penso que no Brasil, mais do que em qualquer outro país, é absolutamente necessária a introdução da pena de morte.
No Brasil, com 180 milhões de pessoas, mata-se 27 pessoas por 100 mil habitantes.
Nos EUA, que têm talvez o dobro da população, mata-se 4 pessoas por 100 mil habitantes.
No Brasil, portanto, considerando a população, mata-se 14 vezes mais que nos EUA.
E ainda vejo comentários de que no Brasil não seria bom a introdução da pena de morte…
E quando seria, então? Quando não sobrar mais ninguém?
É claro que se existisse pena de morte no Brasil, ela só seria aplicada em casos raríssimos, por conta da nossa mentalidade romântica e sentimentalóide.
Mesmo que muitas pessoas recebessem essa condenação, haveria sempre o recurso ao Presidente da República – que certamente comutaria a imensa maioria das penas capitais em prisão.
Mas o certo é que a pena de morte seja aplicada mesmo apenas em casos raros, porque o efeito dela é mais psicológico. Uma única execução faria diminuir rápida e drasticamente os crimes.
Crimes que sem dúvida merecem a pena de morte: latrocínio, sequestro seguido de morte, estupro seguido de morte, pistolagem (matador de aluguel).
Mas isso é pura ilusão. Com os políticos e juristas que temos – especialmente os do STJ e do STF, a tendência é acabar até mesmo com a pena de prisão. Falta pouco para os Sinistros do STJ e do STF decidirem que ninguém mais vai para a cadeia, não importa o crime que cometeu.
Agora, por exemplo, já está pacificada a jurisprudência que admite que traficantes de droga tenham a pena privativa de liberdade substituída por prestação de serviços à comunidade. É mole? E olhem que o tráfico de drogas é crime hediondo…
Salve-se quem puder!