[Publico a íntegra do primeiro discurso do Papa Bento XVI no III Encontro de Assis, proferido hoje na Basílica de Santa Maria dos Anjos. Todos os grifos são meus.
Alguns podem estranhar que este discurso não se assemelhe tanto a uma defesa da Fé Católica diante dos que recusam a Religião Verdadeira. Isto é verdade. Mas nem todos os discursos papais precisam ser tratados de apologética, e nem os não-católicos só podem ser abordados sob a alcunha explícita de inimigos de Cristo. O dia é “pela Paz e a Justiça no Mundo”, e não diretamente “ut inimicos Sanctae Ecclesiae humiliare”. Há um tempo para cada coisa debaixo dos Céus.
O que não significa que não seja possível extrair coisas boas de uma abordagem distinta. Entre outras coisas, o Papa consegue, neste discurso, i) criticar o terrorismo islâmico; ii) demonstrar que são improfícuos os esforços naturalistas por paz; iii) defender abertamente a santidade da Igreja a despeito dos erros dos católicos; iv) criticar o Iluminismo; v) chamar os cristãos à conversão e ao aperfeiçoamento moral; vi) acusar o ateísmo assassino; e vii) separar os agnósticos (imensa maioria dos incrédulos) dos ateus fanáticos radicais (Dawkins et caterva), privando estes últimos do “número” que alegam ter. É bastante coisa. Que as pessoas o possam perceber. E que este dia possa dar bons frutos.
Fonte: Discurso do Papa Bento XVI, Assis, 27 de outubro de 2011.]
DISCURSO DO PAPA BENTO XVI
Assis, Basílica de Santa Maria dos Anjos
Quinta-feira, 27 de Outubro de 2011
Queridos irmãos e irmãs,
distintos Chefes e representantes das Igrejas
e Comunidades eclesiais e das religiões do mundo,
queridos amigos,
Passaram-se vinte e cinco anos desde quando pela primeira vez o beato Papa João Paulo II convidou representantes das religiões do mundo para uma oração pela paz em Assis. O que aconteceu desde então? Como se encontra hoje a causa da paz? Naquele momento, a grande ameaça para a paz no mundo provinha da divisão da terra em dois blocos contrapostos entre si. O símbolo saliente daquela divisão era o muro de Berlim que, atravessando a cidade, traçava a fronteira entre dois mundos. Em 1989, três anos depois do encontro em Assis, o muro caiu, sem derramamento de sangue. Inesperadamente, os enormes arsenais, que estavam por detrás do muro, deixaram de ter qualquer significado. Perderam a sua capacidade de aterrorizar. A vontade que tinham os povos de ser livres era mais forte que os arsenais da violência. A questão sobre as causas de tal derrocada é complexa e não pode encontrar uma resposta em simples fórmulas. Mas, ao lado dos factores económicos e políticos, a causa mais profunda de tal acontecimento é de carácter espiritual: por detrás do poder material, já não havia qualquer convicção espiritual. Enfim, a vontade de ser livre foi mais forte do que o medo face a uma violência que não tinha mais nenhuma cobertura espiritual. Sentimo-nos agradecidos por esta vitória da liberdade, que foi também e sobretudo uma vitória da paz. E é necessário acrescentar que, embora neste contexto não se tratasse somente, nem talvez primariamente, da liberdade de crer, também se tratava dela. Por isso, podemos de certo modo unir tudo isto também com a oração pela paz.
Mas, que aconteceu depois? Infelizmente, não podemos dizer que desde então a situação se caracterize por liberdade e paz. Embora a ameaça da grande guerra não se aviste no horizonte, todavia o mundo está, infelizmente, cheio de discórdias. E não é somente o facto de haver, em vários lugares, guerras que se reacendem repetidamente; a violência como tal está potencialmente sempre presente e caracteriza a condição do nosso mundo. A liberdade é um grande bem. Mas o mundo da liberdade revelou-se, em grande medida, sem orientação, e não poucos entendem, erradamente, a liberdade também como liberdade para a violência. A discórdia assume novas e assustadoras fisionomias e a luta pela paz deve-nos estimular a todos de um modo novo.
Procuremos identificar, mais de perto, as novas fisionomias da violência e da discórdia. Em grandes linhas, parece-me que é possível individuar duas tipologias diferentes de novas formas de violência, que são diametralmente opostas na sua motivação e, nos particulares, manifestam muitas variantes. Primeiramente temos o terrorismo, no qual, em vez de uma grande guerra, realizam-se ataques bem definidos que devem atingir pontos importantes do adversário, de modo destrutivo e sem nenhuma preocupação pelas vidas humanas inocentes, que acabam cruelmente ceifadas ou mutiladas. Aos olhos dos responsáveis, a grande causa da danificação do inimigo justifica qualquer forma de crueldade. É posto de lado tudo aquilo que era comummente reconhecido e sancionado como limite à violência no direito internacional. Sabemos que, frequentemente, o terrorismo tem uma motivação religiosa e que precisamente o carácter religioso dos ataques serve como justificação para esta crueldade monstruosa, que crê poder anular as regras do direito por causa do «bem» pretendido. Aqui a religião não está ao serviço da paz, mas da justificação da violência.
A crítica da religião, a partir do Iluminismo, alegou repetidamente que a religião seria causa de violência e assim fomentou a hostilidade contra as religiões. Que, no caso em questão, a religião motive de facto a violência é algo que, enquanto pessoas religiosas, nos deve preocupar profundamente. De modo mais subtil mas sempre cruel, vemos a religião como causa de violência também nas situações onde esta é exercida por defensores de uma religião contra os outros. O que os representantes das religiões congregados no ano 1986, em Assis, pretenderam dizer – e nós o repetimos com vigor e grande firmeza – era que esta não é a verdadeira natureza da religião. Ao contrário, é a sua deturpação e contribui para a sua destruição. Contra isso, objecta-se: Mas donde deduzis qual seja a verdadeira natureza da religião? A vossa pretensão por acaso não deriva do facto que se apagou entre vós a força da religião? E outros objectarão: Mas existe verdadeiramente uma natureza comum da religião, que se exprima em todas as religiões e, por conseguinte, seja válida para todas? Devemos enfrentar estas questões, se quisermos contrastar de modo realista e credível o recurso à violência por motivos religiosos. Aqui situa-se uma tarefa fundamental do diálogo inter-religioso, uma tarefa que deve ser novamente sublinhada por este encontro. Como cristão, quero dizer, neste momento: É verdade, na história, também se recorreu à violência em nome da fé cristã. Reconhecemo-lo, cheios de vergonha. Mas, sem sombra de dúvida, tratou-se de um uso abusivo da fé cristã, em contraste evidente com a sua verdadeira natureza. O Deus em quem nós, cristãos, acreditamos é o Criador e Pai de todos os homens, a partir do qual todas as pessoas são irmãos e irmãs entre si e constituem uma única família. A Cruz de Cristo é, para nós, o sinal daquele Deus que, no lugar da violência, coloca o sofrer com o outro e o amar com o outro. O seu nome é «Deus do amor e da paz» (2 Cor 13,11). É tarefa de todos aqueles que possuem alguma responsabilidade pela fé cristã, purificar continuamente a religião dos cristãos a partir do seu centro interior, para que – apesar da fraqueza do homem – seja verdadeiramente instrumento da paz de Deus no mundo.
Se hoje uma tipologia fundamental da violência tem motivação religiosa, colocando assim as religiões perante a questão da sua natureza e obrigando-nos a todos a uma purificação, há uma segunda tipologia de violência, de aspecto multiforme, que possui uma motivação exactamente oposta: é a consequência da ausência de Deus, da sua negação e da perda de humanidade que resulta disso. Como dissemos, os inimigos da religião vêem nela uma fonte primária de violência na história da humanidade e, consequentemente, pretendem o desaparecimento da religião. Mas o «não» a Deus produziu crueldade e uma violência sem medida, que foi possível só porque o homem deixara de reconhecer qualquer norma e juiz superior, mas tomava por norma somente a si mesmo. Os horrores dos campos de concentração mostram, com toda a clareza, as consequências da ausência de Deus.
Aqui, porém, não pretendo deter-me no ateísmo prescrito pelo Estado; queria, antes, falar da «decadência» do homem, em consequência da qual se realiza, de modo silencioso, e por conseguinte mais perigoso, uma alteração do clima espiritual. A adoração do dinheiro, do ter e do poder, revela-se uma contra-religião, na qual já não importa o homem, mas só o lucro pessoal. O desejo de felicidade degenera num anseio desenfreado e desumano como se manifesta, por exemplo, no domínio da droga com as suas formas diversas. Aí estão os grandes que com ela fazem os seus negócios, e depois tantos que acabam seduzidos e arruinados por ela tanto no corpo como na alma. A violência torna-se uma coisa normal e, em algumas partes do mundo, ameaça destruir a nossa juventude. Uma vez que a violência se torna uma coisa normal, a paz fica destruída e, nesta falta de paz, o homem destrói-se a si mesmo.
A ausência de Deus leva à decadência do homem e do humanismo. Mas, onde está Deus? Temos nós possibilidades de O conhecer e mostrar novamente à humanidade, para fundar uma verdadeira paz? Antes de mais nada, sintetizemos brevemente as nossas reflexões feitas até agora. Disse que existe uma concepção e um uso da religião através dos quais esta se torna fonte de violência, enquanto que a orientação do homem para Deus, vivida rectamente, é uma força de paz. Neste contexto, recordei a necessidade de diálogo e falei da purificação, sempre necessária, da vivência da religião. Por outro lado, afirmei que a negação de Deus corrompe o homem, priva-o de medidas e leva-o à violência.
Ao lado destas duas realidades, religião e anti-religião, existe, no mundo do agnosticismo em expansão, outra orientação de fundo: pessoas às quais não foi concedido o dom de poder crer e todavia procuram a verdade, estão à procura de Deus. Tais pessoas não se limitam a afirmar «Não existe nenhum Deus», mas elas sofrem devido à sua ausência e, procurando a verdade e o bem, estão, intimamente estão a caminho d’Ele. São «peregrinos da verdade, peregrinos da paz». Colocam questões tanto a uma parte como à outra. Aos ateus combativos, tiram-lhes aquela falsa certeza com que pretendem saber que não existe um Deus, e convidam-nos a tornar-se, em lugar de polémicos, pessoas à procura, que não perdem a esperança de que a verdade exista e que nós podemos e devemos viver em função dela. Mas, tais pessoas chamam em causa também os membros das religiões, para que não considerem Deus como uma propriedade que de tal modo lhes pertence que se sintam autorizados à violência contra os demais. Estas pessoas procuram a verdade, procuram o verdadeiro Deus, cuja imagem não raramente fica escondida nas religiões, devido ao modo como eventualmente são praticadas. Que os agnósticos não consigam encontrar a Deus depende também dos que crêem, com a sua imagem diminuída ou mesmo deturpada de Deus. Assim, a sua luta interior e o seu interrogar-se constituem para os que crêem também um apelo a purificarem a sua fé, para que Deus – o verdadeiro Deus – se torne acessível. Por isto mesmo, convidei representantes deste terceiro grupo para o nosso Encontro em Assis, que não reúne somente representantes de instituições religiosas. Trata-se de nos sentirmos juntos neste caminhar para a verdade, de nos comprometermos decisivamente pela dignidade do homem e de assumirmos juntos a causa da paz contra toda a espécie de violência que destrói o direito. Concluindo, queria assegura-vos de que a Igreja Católica não desistirá da luta contra a violência, do seu compromisso pela paz no mundo. Vivemos animados pelo desejo comum de ser «peregrinos da verdade, peregrinos da paz».
Caro Wilson Ramiro, Salve Maria,
Por partes:
1 – [Caro Francisco A. B. Júnior, não é preciso defender o Concílio Vaticano segundo, nem é necessário defender O beato Papa João Paulo II ou Sua Santidade o Papa Bento XVI.]
R: Assim como não é preciso defender Alexandre VI, não é mesmo??? Ou você acha que não podemos condenar os erros dele??? É óbvio que não querem defendê-los, pois alguns de seus atos não estão de acordo com a Tradição e doutrina da Igreja.
[Lutero acreditava que defendia a igreja original, “a mais tradicional” mesmo que não usasse estas palavras. Todo protestante afirma que a igreja se perdeu em algum momento ou concílio, isto não te soa familiar?]
R: Lutero tinha nova doutrina (assim como o CVII), rompeu por não concordar com a Tradição nem com Santa Missa que tinha forma de Sacrifício (Tridentina). Indo além, a Missa de Lutero era uma Ceia, muito parecida com a nova missa.
3 – [“sua santidade felay!” …nem o menor dos demônios ficaria sem rir. ]
R: Julgue-o você mesmo.
4 – [Tua escolha foi perfeita. São Thomas More entregou sua vida por não aceitar uma igreja sem Roma.]
Negativo, São Thomas More, se entregou por não aceitar mudança na doutrina e Tradição. Ele não compactuou com os planos de Henrique VIII sobre o adultério.
São John Fischer, rogai por nós.
PS: São J. Fischer, foi um dos únicos, senão o único cardeal/bispo a rejeitar os planos de Henrique VIII.
Salve Maria,
Mais algumas informações para aqueles que querem defender o indefensável:
http://www.youtube.com/user/paulolimakl?blend=1&ob=5#p/u/0/cl7re4BuBNo
http://www.youtube.com/watch?v=cl7re4BuBNo
Fica uma pergunta: Como criticar um católico que vai a centro de macumba, tendo em vista a benção recebida por JP2?? Este é o magistério Vivo a que se referem? Que a verdade era uma ontem, é outra hoje e será diferente amanhã?
Mostrem onde erro ao mencionar tais atitudes de JP2?
Se como alguns dizem, precisamos aceitar estes erros em silêncio para conseguir uma “plena comunhão” é melhor continuar como estamos. Não pedimos mais que o seguimento da Tradição de Sempre da Igreja.
A consciência dos que evitam criticar tais erros para se manter numa posição “confortável de plena comunhão” vai pesar.
Nossa Senhora da Penha, rogai por nós e especialmente pelo Papa.
Salva Maria,
http://www.youtube.com/watch?v=GMqIIbg7Q70&feature=player_embedded
Sabe quais são os próximos passos do Pe. M Rodríguez?
Ele vai ser proibido (já está sendo) pela hierarquia (em plena comunhão) da Igreja de falar a verdade e terá duas opções:
1 – Trair a doutrina da Igreja para ficar em “plena comunhão sua hierarquia e com Roma”, ou
2 – Ser transferido para um outro lugar ainda mais distante (talvez no deserto) onde não “incomode”, ou
3 – Denunciar seus superiores esperando um “milagre” vindo de Roma para dar-lhe razão e poder continuar pregando a verdade, ou
4 – Com muito pesar, ROMPER com seus superiores e continuar a pregar a VERDADE contida na Tradição da Igreja.
São Pedro, rogai por nós e pelo Papa.
A Igreja é missionária, a Igreja envia seus missionários para os países desses líderes religiosos, quando a Igreja faz gestos como o de Assis ela, além de reunir homens de boa vontade para o bem comum, está conquistando os corações desses líderes religiosos para que não criem dificuldades aos missionários católicos em seus respectivos países, é preciso enchergar além das aparências.
Se ao invés de beijar, o papa queimasse o Alcorão, como querem os fundamentalistas católicos? qual seria a reação do mundo islamico para com os missionários que lá estão?
Salve Maria,
Alexandre, siga teu ecumenismo e diálogo inter-religioso, com base única e exclusivamente nos ensinamentos da “nova doutrina” do CV2, mas que NUNCA FORAM ENSINADOS PELA IGREJA ANTERIORMENTE. Procure, a Igreja nunca pregou isto antes do CV2. Ou ela errou durante quase 2.000 anos ou erra agora.
Sugiro um texto:
http://fratresinunum.com/2011/10/30/na-festa-de-cristo-rei-a-verdade/
O reinado social de Cristo se dará pela
Verdade e não por acordos.
A paz deste mundo é aquela onde não há a verdade, onde cada um acredita e professa aquilo que deseja sem ser importunado(o homem é seu próprio deus). A Paz de Cristo, vem pela sua Verdade e da submissão de TODOS, VEJA BEM, TODOS, à sua Única Igreja.
São Cristovão, rogai por nós.
No vídeo inidicado por Francisco A. B. Júnior (30 October 2011 at 10:34 am), aproximadamente aos 3 min e 20 seg, uma mulher diz:
Só pra constar, tem no rodapé do documento:
O que o Pe. Michael Rodriguez escreveu naquele jornal local de El Paso você pode conhecer aqui (imagens) e aqui (texto, que inclusive pode ser traduzido com Google Translate). O padre também fez uma pregação para a câmara, mas não a busquei.
os sres estão corretos.
a suposição é minha, levando em consideração a história.
crimes cometidos em nome do Deus Cristão foi levado a termo por Reinos e Estados, mas apoiados e mentorados pela Igreja, o que me faz acusar a Igreja de cúmplice nos crimes de violência.
mas isso é uma posição minha, os sres certamente não teriam coragem ou a ousadia de contestar vossa Igreja.
Típico doa ateus e críticos da Igreja…criticar a Igreja por causa das Cruzadas e por causa da suposta imposição da Igreja.Sr Quintas….ninguém aqui nega os erros de alguns papas,clérigos ou mesmo da Igreja em determinados momentos históricos não!!!!!O fato de alguns terem errado no passado não descredencia tudo que a Igreja já fez!!!!Eu não sou católico ,mas respeito o catolicismo e sei que a Igreja é um potente agente social.
Porque tu não falas do islamismo ? dos homens-bomba? da arbitrariedade das outras religiões? Apontar erros do passado do catolicismo não descredencia a Igreja,pois outras religiões também possuem erros … as minhas divergências com o catolicismo …todos sabem aqui que são doutrinárias…mas é inútil falar dos erros se todas as religiões possuem pessoas com comportamentos humanos errados. Você é ateu? Sr Quintas e se não for ..diga-nos em que acredita…pois é muito fácil chegar aqui e “sentar o sarrafo” na Igreja como vc faz em todos os posts que participa….discorde,debata doutrinas…mas ficar aponatando coisas da ID.Média ou algum erro de algum adepto te torna um debatedor sem credibilidade…O seu primeiro comentário fala do “reconhecimento” dos “erros” da instiuição …pois se a instituição reconheceu os erros porque a crítica continua….?
SR Quintas….finalizo meu post…dizendo que Cristo veio para pessoas como vc!!!!!…Que o amor divino possa te surpreender e que vc possa ter um experiência com DEUS!!!!P.S: No próximo post…tenta expor seus argumentos com “classe”…ao invés de falar dos erros …cita ai o que tu não acreditas e em quais doutrinas tu discordas …talvez assim, alguns aqui te levem mais a sério e te tratem com menos agressividade!
A PAZ DE CRISTO PARA TODOS!
ÁLVARO FERNANDES
Coragem e ousadia? Faz-me rir, senhor Quintas. Que história o senhor leva em consideração? A história que nos ensinam os livros didáticos do ensino médio? As história que os professores marixstas das universidades contam? O senhor por acaso fez um estudo sério de história, principalmente sobre história da Igreja? Se não fez, então seria melhor ter ficado calado, em vez de vir aqui dar uma de entendido do assunto.
Vá estudar história direito e depois vem discutir sobre esse assunto. O que você faz não é nada mais do que repetir os velhos contos da carochinha ensinados por professores esquerdistas, os maiores mentirosos da história, além de hipócritas, pois os comunistas mesmo é que cometeram os piores crimes da história da humanidade. É só dar uma olhada atrás, sobre o que ocorreu na extinta União Soviética, no Camboja… Dos esquerdistas o senhor não fala um A.
Você é algum santo por acaso, para vir com lições de moral, para vir falar em crimes cometidos em nome do Deus cristão? Faça-me o favor! Bem se vê que o senhor desconhece mesmo a história, porque nem historiadores sérios levam mais a sério o que pessoas como você dizem. Os historiadores nem mesmo consideram mais a Idade Média como a Idade das Trevas. Mas como o senhor tem preguiça de estudar, só vai ficar papagaiando, falando as mesmas asneiras de sempre, os mesmos slogans ridículos.
roberto quintas escreveu:
É muito difícil eu ver um pagão, cético, ateu etc entender, nesse tipo de questão, o que os católicos chamam de “A Santa Madre Igreja, Corpo de Cristo”.
Aliás, eu mesmo ainda tenho muita dificuldade intelectual nisso. Mas abraço o mistério.
roberto, pode ter certeza que o católico consciente tem coragem e ousadia para contestar homens da Igreja (leia-se: clérigos, religiosos etc) sempre que estes estão errados em assuntos relevantes e de importância comunitária, o que é diferente de repudiar o Corpo de Cristo.
Gente, eu acho que o discurso do Papa poderia ser melhor. Eu gosto de Bento XVI, eu o respeito muito, mas falando francamente, eu esperava muito mais. Eu esperava, realmente, que ele dissesse que a verdadeira paz está em Cristo Jesus, que não oferecia a paz como o mundo oferecia… Eu esperava mais, muito mais do papa, até porque ele fala como líder religioso.
E não me venham com ataques não, porque nem estou falando contra o papado, nem é esta minha intenção. Não estou contra o papa, nem pretendo me afastar de Roma. Nunca ninguém aqui me viu aqui criticar o concílio… Posso ter confessado que não entendo o concílio, mas isso é comigo, é problema meu, dúvidas minhas. Eu sei muito bem que é o papa quem liga e desliga, portanto, nem vou discutir quanto a esse assunto. Nem por isso vou deixar de obedecer a Roma.
Agora, se quiserem vir me atacar, apenas por eu dizer o que penso, fazer o quê… Afinal, não estou a fim de agradar pessoas mesmo, estou é a fim de agradar a Deus… Nem mesmo Cristo agradou a todos…
Mas eu entendi que o que o Papa quis dizer quando falou em abusos cometidos em nome da fé cristã. O papa estava se desculpando pelos erros cometidos pelos membros da Igreja, e não pela Igreja, porque a Igreja não erra… Quem erra são os membros dela. Só analfabetos funcionais como esse senhor Roberto Quintas para distorcer tudo o que o papa diz. Trata-se do reconhecimento de erros dos membros da Igreja, não da Igreja em si. Afinal, a Igreja é o Corpo de Cristo, e Cristo não erra… Os filhos da Igreja podem até errar, mas o catolicismo não é um mau em si mesmo, muito pelo contrário. O catolicismo não ensina a fazer o mal. E nunca, em nenhum momento, os erros desses membros teve o apoio da Santa Sé. Digam o que quiserem, não estou nem aí. Tem gente que não acredita nem no que historiadores sérios dizem, fazer o quê? Só dá mesmo para ter pena de pessoas assim.
Para se entender o que um papa diz, deve-se levar em conta os dogmas da Igreja. Mas o que se esperar de um pagão que só vem aqui destilar seu ódio pela Igreja, não é mesmo? O ódio de certas pessoas é tanto que as impede de pensar.
Quanto ao papa João Paulo II ter beijado o alcorão, não engoli essa história até hoje. Depois de tudo o que os islâmicos fizeram com os cristãos, o papa vai beijar o alcorão? Gente, sinceramente, vocês têm de admitir que às vezes o papa dá gol contra. Papa erra, gente. O papa pode ser o representante de Cristo na terra, isso eu não nego, mas papa erra como qualquer ser humano. Não é porque é papa que tudo o que ele fizer será louvável. Lembrem-se do papa Alexandre VI, só para dar o exemplo… Papa só é infalível quando faz pronunciamento ex-cathedra, quando ensina coisas em matéria de fé e moral… Pelo menos até onde eu sei. No resto, o papa corre o risco de errar, sim.
Claro que não acho que seja preciso chegar ao extremo de queimar o Alcorão, como um pastor protestante fez uma vez nos EUA. Não é preciso chegar a tanto, mas para mim beijar o Alcorão já é demais… E o Papa João Paulo II, se não me engano, abençoou o Islã… Imagina, abençoar logo o Islã, que além de ser uma seita falsa, ainda por cima, em nome de Maomé, de Alá e não sei o que mais, muitos cristãos são assassinados todos os dias… Eu apenas acho que um papa não deve, de jeito nenhum, entrar em acordo com os islâmicos. Cristo mandou pregar o evangelho a toda criatura, e não dialogar e entrar num acordo com os outros.
“Por que o Papa não beijaria o Alcorão? já que o livro sagrado dos muçulmanos honra Nossa Senhora com um capítulo dedicado a ela”
O espiritismo também fala em Cristo, nem por isso vou aceitar o espiritismo como doutrina válida e legítima… Nem vou passar a mão na cabeça de espíritas que insistem em continuar no erro. Não adianta honrar Nossa Senhora, sem reconhecê-la como Mãe de Deus, como Rainha dos Céus. Assim como não adianta falar em Cristo sem reconhecê-lo como Deus. E tenho dito.
Gente, só sou a favor de um verdadeiro ecumenismo, do jeito como a Igreja sempre ensinou, que procura trazer as pessoas de volta para a verdadeira fé. Sou contra um falso ecumenismo, um ecumenismo de mão única, essa conversinha de respeito às outras religiões, de que todas as religiões são válidas. Não concordo com essa história de se ter respeito pelo erro. O erro a gente não deve respeitar, deve combater. E às vezes me parece que o que tem sido ensinado é um falso ecumenismo, que não faz com que os hereges se convertam. E nem sei de onde vem esse erro, que fique bem claro: não estou acusando a Igreja de ensinar coisa errada. Acho que isso tem mais a ver com a cultura de nosso país.
E que fique bem claro, o próprio papa Bento XVI procura combater o relativismo. Só para concluir o que eu disse.
Acredito que falta um pouco de vontade de entender as coisas, eu não me escandalizo pelo falecido e beato Papa João Paulo II ter beijado ao alcorão, foi uma atitude de respeito pela fé dos muçulmanos, pois entre beijar o alcorão por respeito e rasgar e queimar um alcorão, qual e melhor atitude a ser tomada, mesmo que parece para nós tão contraditório?, e pelo rasgar e queimar o alcorão, esta atitude, provocaria guerras e mortes indistintas, pois só lembrando, quando o Papa Bento XVI fez aquele discurso em que citou um imperador e o comentário deste imperador a respeito de Maomé e do islã, o mundo islâmico já queriam a cabeça do Papa em um bandeja, e guerra a qualquer custo contra o mundo ocidental judaico/cristão, agora imaginem se o Papa ou algum outro líder religioso queimasse um exemplar do alcorão (coisa que ateu também não fariam, pois covardes como são apenas atacam a nós cristãos, enquanto aos muçulmanos…), estaria instalada a 3º guerra mundial, portanto, vamos devagar com o andor, pois JESUS disse, que deveríamos ser mansos como as pombas e espertos como a serpentes, se Pio XII tivesse batido de frente contra Hitler, não teria salvo tanto judeus por baixo do tapetão, e a onda de mortes e chacinas contra os católicos (fieis ao Papa) na 2º guerra mundial, seria muito maior, por isto, quando vemos algumas atitudes de algum Papa, que em um primeiro momento nos parecem incompreensível, vamos sentar, pedir luzes ao ESPÍRITO SANTO, para entender tal procedimento, antes de sair atacando e falando toda espécie de grosserias como li nestes últimos dias neste blog, de pessoas que se dizem católicas, mas só faltam julgar o Papa no inferno por tais atitudes, é claro, que isto não inclui a Cristiane e outros que em um tom mais ponderado, não aceitam, algumas atitudes como a do Papa João Paulo II, como o de ter beijado o alcorão, mas, entre uma discordância ponderada e um ataque sistemático, há uma grande diferença, porém façamos, sempre, e sempre um pouquinho mais de esforço para entender algumas atitudes dos Papas, mesmo que venha a ser tão estranha para nós. Obrigado.
Sr. Quintas,
Contestar o corpo místico da Igreja é o que nós católicos mais fazemos.
E fazemos muito.
Caridosamente.
E a contestação é sempre bem vinda quando enxergamos ( cada qual com sua limitação intelectual)que algo na orquestra não soa bem.
O católico, Sr. Quintas, não teme a polêmica, pois sabe que tudo visa convergir para um bem maior.
Eu mesmo critico muitos os padres cantores, modelos, gatões e modernosos…
Mas para cada crítica, lá se vai uma Ave Maria que eu rezo cotidianamente no finalzinho de noite, pedindo a Deus que as “coisas” se ajeitem.
Eu só espero seu Quintas que quando o sr. nos acusou de “falta de contestação para com a Igreja”, não pretendeu com isso que levantássemos a voz contra Deus…
Vixe! Isso não….
Devo confessar que ao escrever algumas vezes ao sr. por aqui, sempre terminei oferecendo-lhe a Paz de Cristo.
Eu não sabia que o sr. era ateu…
Bem, como eu sou um católico muito ignorante em doutrina e não tenho conhecimento se podemos ( ou devemos ) pedir a Deus que abençoe um ateu, vou arriscar.
Vai que dá certo…
Sr. Quintas, que Deus te abençoe meu filho.
Olegario.
Em tempo: Jorge, meu príncipe, hoje eu “tô um doce!”.
Cristiane Pinto escreveu:
Deus também manda não fazer o mal. Quando um acordo é possível, a discórdia é um mal a ser evitado. Isso não significa necessariamente acordar doutrinas.
Exemplo: “Fulano, eu não vou com sua cara por causa das coisas que você pensa, acredita, externaliza e não renuncia, nem você vai com a minha, por causa das coisas que eu penso, acredito, externalizo e não renuncio. Mas façamos assim: a gente não precisa se matar. Vejamos se existe algo que eu ou você possamos renunciar para vivermos material e espiritualmente. Se a gente não encontrar, pelo menos a gente tentou.”
Que tal, Cristiane?
Pra que eu vou queimar o Alcorão, só pra irritar o cara?!
Afinal, [parece-me blasfêmia, mas vou me expressar assim mesmo] eu não sei por que raios o Meu Deus permite que tantas outras religiões existam, e predomienm [em alguns lugares]. Vivo num local onde predomina a minha (ou comum da religião que tento seguir), mas existem locais onde predominam outra. E não sou eu o Juiz daquelas pessoas. A ignorância de muitas delas (que matam alguns de nós) nunca justificará uma ignorância minha.
Com certeza, não é o caso de abraçar erros. Aliás, esse nunca é o caso para correligionários da Verdade! A virtude está no meio, e isso não significa que acatar meias verdades seja virtude. Mas o limite da verdade ainda é verdade e pode estar lá no meio, entre o Centro e o erro.
Eu também somente sou a favor do autêntico ecumenismo, sim, esse “que procura trazer as pessoas de volta para a verdadeira fé”. Porém, compreendo que, por um lado, é preciso ter muita paciência no seu exercício, e por outro lado, que o homem ecumênico católico – como qualquer outro homem – não é infalível todo tempo [mesmo no caso dele ser o Papa], e pode ele mesmo ter algo a ceder (intelectualmente). Uma semente de verdade guardada com muito carinho em outra religião pode ser preciosa mesmo para católicos, pois estes podem ter estado desatentos quanto à existência ou importância dela.
Calma, gente, talvez nem tudo seja aqui nos imaginamos.Quem sabe seja algum simbolismo que não estamos detectando?
Senhor Alexandre
“Exemplo: “Fulano, eu não vou com sua cara por causa das coisas que você pensa, acredita, externaliza e não renuncia, nem você vai com a minha, por causa das coisas que eu penso, acredito, externalizo e não renuncio. Mas façamos assim: a gente não precisa se matar. Vejamos se existe algo que eu ou você possamos renunciar para vivermos material e espiritualmente. Se a gente não encontrar, pelo menos a gente tentou.”
Com todo o respeito, mas eu discordo disso. Não acho que nesse caso exista algo ao que possamos renunciar. Podemos renunciar à muitas coisas, mas não podemos, de jeito nenhum, renunciar à verdade revelada, e é nosso dever dizer a verdade aos outros. É nosso dever fazer com que os outros vejam o erro e renunciem a esse erro. Se a religião dos outros está errada, eles devem reconhecer isso e aceitar a religião verdadeira. Se não quiserem aceitar, tudo bem, são livres para isso. Porque é assim mesmo, alguns escolhem a verdade, outros preferem continuar vivendo na mentira. Infelizmente é assim. E se eles não quiserem aceitar a verdade, pelo menos a gente teria tentado, não é assim? O que não significa que vamos sair matando todos os que se recusarem a ver a verdade.
Mas é dever de todo cristão fazer com que todos vejam a verdade, seja qual for. Mas isso não significa que as pessoas devem se matar por causa disto. O problema é que dizer a verdade não é agradável a todos, porque a verdade é o que é, não o que gostaríamos que seja. Eu mesma relutei a princípio em aceitar que o catolicismo era a religião verdadeira, fundada por Jesus, mas acabei aceitando. Por que os islâmicos, por exemplo, não podem aceitar também? Jesus mesmo disse que era Deus, os islâmicos que não querem aceitar Cristo como Deus. Para eles, Cristo é apenas um profeta. Isso equivale a chamar Cristo de mentiroso. Se eles não aceitam Cristo como Deus, é porque no fundo não acreditam em Jesus. E com isso não posso concordar, de jeito nenhum. Por isso, quanto a isso, não dá para entrar em acordo com eles. Tem coisas que não dá para entrar em acordo, principalmente quando insistem em acreditar em coisas erradas. Nem tudo dá para entrar num acordo.
Mas é claro que se deve falar a verdade com amor.
“E não sou eu o Juiz daquelas pessoas. A ignorância de muitas delas (que matam alguns de nós) nunca justificará uma ignorância minha.”
Não estou querendo ser juíza de ninguém. Sei que há casos em casos. Tem gente que é realmente ignorante, que não tem culpa alguma. A Igreja Católica acredita que é o instrumento da redenção de todos os homens e o sacramento universal da salvação.Por isso, a Igreja Católica ensina que fora da Igreja não há salvação. Esse ensinamento remonta aos primeiros séculos do Cristianismo, sendo já refletido por vários Padres da Igreja, como Santo Agostinho e São Cipriano. O Papa Pio IX (1846-1878) salientou também que:
Fora da Igreja Apostólica Romana ninguém pode salvar-se.[…] Entretanto, também é preciso ter por certo que aqueles que sofrem de ignorância da verdadeira religião, se aquela é invencível, não são eles ante os olhos do Senhor réus por isso de culpa alguma.
Essa ignorância invencível, que muitos não-católicos sofrem, pode ser causada pela precariedade dos meios de comunicação, pela ineficiência da evangelização e por ambientes de restrição e de barreiras contextuais, intelectuais, psicológicas, culturais, sociais e religiosas, muitas vezes insuperáveis. Isso significa que todos os não-católicos (mesmo os não-cristãos) também podem ser salvos, desde que, sem culpa própria, ignoram a Revelação divina e a Igreja, mas que “procuram sinceramente Deus e, sob o influxo da graça, se esforçam por cumprir a sua vontade”.[em teve oportunidade de conhecer o cristianismo.
Ou seja, é possível que as pessoas, mesmo não-cristãs se salvem, desde que ignorem sem culpa própria. Agora, se as pessoas sabiam e mesmo assim não quiseram se converter à verdadeira fé, aí já é diferente… Além do mais, as pessoas, mesmo não-cristãs, devem obedecer ao menos à lei natural. E matar é contra a lei natural. Portanto, a ignorância delas, como por exemplo dos islâmicos, a respeito da verdadeira fé não justifica matar alguns de nós. Isso não se justifica, em hipótese alguma.
“Com certeza, não é o caso de abraçar erros.”
Foi só isso que eu tentei dizer o tempo todo, que tem gente que confunde o verdadeiro ecumenismo com abraçar erros, infelizmente. Eu mesma cheguei a confundir, mas felizmente logo vi que não era bem assim.
“Uma semente de verdade guardada com muito carinho em outra religião pode ser preciosa mesmo para católicos, pois estes podem ter estado desatentos quanto à existência ou importância dela”.
Realmente, em outras religiões pode até haver elementos de verdade, mas ainda assim não é a verdade em sua totalidade, a verdade revelada por Deus. E não há nada desses elementos de verdade em outras religiões que não possamos encontrar no catolicismo.
“e pelo rasgar e queimar o alcorão, esta atitude, provocaria guerras e mortes indistintas”
É por isso, Sidnei, que eu não apoio a queima do alcorão. Isso causaria a morte de muitos cristãos. Só que é demais para minha cabeça essa história do papa ter beijado o alcorão e abençoado o islã. Apenas isso. Havia outras maneiras de demonstrar respeito aos islâmicos, sem beijar o alcorão. Desculpe, mas sou humana, de carne e osso, e não consigo entender sempre as atitudes de um papa, não.
Correção:
Calma, gente, talvez não seja aquilo que nós estejamos a imaginar.Quem sabe seja algum simbolismo que não estamos detectando?
Conferi todos os links indicados por Francisco A. B. Júnior. E realmente causa impacto ver um papa beijando o alcorão ou recebendo um sinal de shiva na testa. Li comentários que repudiam estas cenas e li comentários que atenuam estas cenas. Bem, só Deus sabe a intenção de João Paulo II quando este se submeteu a tais atos… Ainda assim, tento entender o porquê disto tudo. Se eu fizesse uma reunião, visando uma convivência pacífica com meus vizinhos inimigos, em minha casa, o que os impediria de cometer excessos? Como eu deveria me comportar diante desses excessos? Se para mim as respostas não são tão óbvias, dependendo da situação, quanto mais difícil é a situação de um papa em circunstâncias assim! Logo, como não sei exatamente o que esta envolvido nestas questões e sei que o sucessor de Pedro é assistido pelo Espírito Santo, que não permite que as portas do inferno prevaleçam contra a Igreja, mantenho minha confiança no Papa. Pelo meu bom censo (ou não), vejo que os argumentos tradicionalistas fazem muito sentido e concordo com muitos deles. Mas não a ponto de sacrificar minha comunhão com o Papa. A sucessão apostólica é fundamental para a Igreja, independente do homem que a recebe.
Nada sei sobre beijo no Alcorão, acho muito estranho que na época não tenha sido divulgado, e que agora estejam malhando um santo como João Paulo II depois que ele já se foi. Em todo o caso, todos nós, salvo engano, já beijamos na cara mesmo, pessoas que não topamos, mas por razões sociais não negamos o beijo. O Alcorão, pelo que eu entendo, é um dos apócrifos da Bíblia, já que pretende ser uma como que terceira revelação (aceita o Antigo e o Velho testamentos mas pretende superá-los) o que também se pode dizer dos livros de Alan Kardec. Quanto a Nossa Senhora, parece que o interesse dos islamitas se acentuou após as aparições de Fátima, pois esse é o nome da filha de Maomé.
Concordo com o Ygor em gênero, número e grau. Só Deus sabe a intenção de João Paulo II quando beijou o alcorão… Embora eu nem sempre entenda as atitudes de um Papa, nem por isso vou sacrificar a minha comunhão com o Papa. O problema é que as pessoas em geral, não somente os católicos, costumam esperar mais de um Papa. Mas a sucessão apostólica é realmente fundamental para a Igreja.
O apóstolo Paulo já disse: ” Me fiz de louco para ganhar os loucos”….se o papa tivesse queimado o alcorão(sou evangélico,mas achei ridículo aquele desrespeito)…alguns o criticariam….se ele apenas olhasse para o alcorão ….outros também criticariam e o beijo em sinal de respeito que ele deu e qualquer um daria na situação dele….outros também criticam!!!!!ENFIM!!!! É difícil agradar ao ser humano ,pois de tudo ele reclama!!!!Por isso se o papa fez aquilo de consciência limpa e querendo agradar somente a DEUS…as críticas não importam….Aliás eu achava o JPII extremamente carismático e acho até mais que o Bento XVI…(opinião pessoal)
Enfim …pode-se discordar sim dos sacerdotes!!!!!(eu discordo de muita coisa do pastor da minha IGREJA),mas deve -se lembrar sempre que discordar é diferente de se rebelar!!!!
NO contexto da desobediência de SAUL está escrito:
1SM 15.23 parte (a) ” Porque o pecado da rebelião ,é como o pecado da feitiçaria”….
Discordar sim!!!!!REBELAR ou OFENDER OU DESRESPEITAR não!!!!!!!!
A PAZ DE CRISTO!!!!
OUTRA COISA!!!!!! alguns líderes religiosos judeus(que não aceitam Jesus como o Messias) e muçulmanos se prostram e se prostraram aqui no Brasil em RESPEITO aos símbolos cristãos.Posso por links de fotos de lideranças islâmicas e judaicas prostradas ao Cristo Redentor!!!!Eles deixaram a religião deles por Cristo ?NÃO! Apenas se ajoeilharam em sinal de respeito e da mesma forma fez o papa na presença deles!!!!!!Tenho amigos católicos e oro junto com eles e respeito os símbolos na casa deles…já na minha casa …eles sabem que nós adoramos somente a Cristo e também respeitam…eles deixam de ser católicos por causa disto ? e eu de ser evangélico? Claro que não!!! O nome disso é respeito e tolerância!!!!!!!
A bíblia diz que o líder deve ser o exemplo dos fiéis…por isso se o papa fosse intolerante….alguns fiéis também seguiriam o mesmo exemplo e talvez ocorresse até uma guerra!!!!! Nesta atitude…eu concordo com o papa JPII….e que DEUS o tenha!!!!
A PAZ DE CRISTO!
Cristiane, principalmente se você for insistir em muitas discordâncias, para um debate mais justo, sugiro que use o editor que fiz para todos nós. Leia aqui, sobre o Deus lo Vult TinyEd e outros recursos. Estou usando ele, e com muitíssimo menos esforço foi que eu escrevi esse logo comentário.
Cristiane, se não é por estilo de linguagem, para a réplica, por favor, não me chame de “senhor”. Pois não tenho “título” que o valha. Por exemplo, não sou padre (desculpe-me se o exemplo não encaixa bem com o termo “título”, pois não encontro a palavra agora), e talvez eu tenha menos idade do que você, e não sou casado.
Eu admiro muito seus comentários. Se eles bem transmitem você, e acredito que transmitem, já posso dizer que admiro você. Vejo neles uma piedade autêntica e – com todo o respeito – uma feminilidade cativante. Creio não ser o único a observar isso aqui. O seu namorado, se ele existir, acalme-se, pois não estou dizendo nada demais. Os senhores casados católicos ou os padres também podem contemplar (sem pecado) dessa mesma forma uma jovem imagem de Cristo em construção. Estamos todos em construção!
Essas coisas que eu escrevo nos dois parágrafos anteriores (os elogios etc) não implicam eu não discordar de você em algo. Gostaria que você e os demais tenham atenção em quando eu escrevo em algo. Já fiz isso mais de uma vez, nos meus últimos comentários, neste blog. Para mim, está subentendido que ceder em algo não é afastar-se da verdade. Se eu estou certo em algo, a esse algo eu não devo renunciar.
Mas isso significa eu estar certo em tudo? Significa que eu escrevi ou disse bem todas as palavras?
A seguir, comento pontualmente algumas coisas que você me escreveu (na minha opinião, de uma forma “ligeira demais”):
Que caso?
5 minutos de fala na boca de alguém pode ter muitas questões em pauta; questões a debater, ideias a rejeitar, ideias a abraçar, verdades e mentiras.
O que estou propondo com essas observações é não nos limitarmos à superficialidade, principalmente em assuntos tão importantes, como são alguns da teologia, da filosofia, e mesmo da Revelação.
Se Bispos e Papas podem apreciar os Mistérios (sem nunca resolvê-los, é claro), por que então esperar humanamente que alguém distante da Fé (e em outra fé), de supetão, diga: “a partir desse momento eu aceito tudo, pronto! sou católico!”?
O que realmente foi revelado? Pra que tanto estudo, se todo católico já sabe automaticamente de tudo o que é católico? Por que será que a própria Igreja investe tanto em formação intelectual? É só pra passar o tempo?! Ou seria por que ainda existem problemas a resolver?
Não estou dizendo que a Verdade muda, que ela evolui. Mas a nossa apreensão e consequente aceitação d’Ela pode aumentar (ou diminuir).
Com certeza Deus não tem que resolver nenhum problema. Para ele, todos os problemas já estão resolvidos. Por outro lado, o homem, esse sim, tem muitos problemas a resolver, e isso faz parte de uma “resposta de Amor”. Eu acredito nisso. Ou Deus faz boa parte de nós, senão todos, de palhaços e é mau!
Também é nosso dever, enquanto vivermos, não assumirmos que já alcançamos toda a verdade e que só temos de compartilhá-la. É nosso dever buscar a verdade até a morte. E se nós precisamos buscá-la, é por que algo dela ainda falta em nós. Se algo dela falta em nós, por eu e o mulçumanos sermos execuções de um mesmo Projeto (somos homem), é possível que ele também tenha algo a me dar da verdade que me falta. Isso de modo algum significa aprovar o caminho dele (Islão) para mim, a quem já foi revelado algo muito importante: o caminho, a verdade, e a vida, Jesus – e não completamente! não o vi face-a-face!
Também é nosso dever vermos o erro e renunciarmos ao erro. Aliás, o Mestre manda tirarmos a trave do nosso olho antes de pretendermos tirar o cisco do olho do outro. Com isso eu não estou dizendo que um erro tal como não aceitar Jesus como Deus seja apenas “um cisco”. Estou dizendo que, apesar disso, em outros assuntos que influem no nosso relacionamento com o próximo (o samaritano, o mulçumano…) eu posso ter uma trave no olho e ele apenas um cisco.
Pois é. Sabe que eu concordo com isso?!
Eu só não concordo em esperar que uma iniciativa humana (um encontro, um diálogo, uma palavra, o que for) mude completamente a existência mental de alguém da noite para o dia. Não sou delegado, mas é como mísero crente que eu afirmo: isso é papel do Espírito Santo, com a nossa colaboração.
O que raios é a religião certa?!
Nem um de nós, nem mesmo o Papa, tem por si mesmo a “religião certa”. Nem um de nós, enquanto aqui na terra, estamos perfeitamente religados. Estamos em busca de Amor, quando damos passos corretos. E tropeçamos aqui e acolá…
Sim, eu concordo. Essa é uma parte da ideia que eu tento colocar aqui. E eu peço a Deus que o que eu proponho seja sempre verdade e não saia da Verdade. E que ele me corrija quando não for! Mas: e se Deus quiser usar um ateu pra me corrigir? Que eu aceite, na medida certa, o que for bom, somente o bom. É Deus – Justiça, Misericórdia, Sabedoria – quem ajusta essa comunicação; assim como também é Ele quem desajusta (como é o caso numa Torre de Babel).
Referia-me a coisas como as cruzadas. Lembremos bem:
Grande parte daquelas querelas eram questões doutrinárias?
Creio que não. Nunca fui bom aluno história, apesar de ter tirado algumas boas notas, mas penso que eles se matavam muito mais por falta de diplomacia. Coisa temporal.
De algum modo, cada religioso com sua religião já podia, naquela epoca, ter ficado em seu lugarzinho, sem pretender executar A Justiça de Deus com as próprias mãos sujas e frágeis de um homem de barro.
Eu penso o seguinte, ambos os papas, como todos os outros foram educados e o fato de eles serem educados, não significa que estão agora aceitando heresias, cristo andava com coxos, pobres, cegos, mendigo e pecadores, mas não aceitavam seus pecados.Acho que estão fazendo muita tempestade a respeito do assunto.
Em 1 November 2011 at 12:51 am, Ygor escreveu:
Em 1 November 2011 at 10:34 am, Cristiane Pinto escreveu:
Então parece que nós três estamos de acordo pelo menos em um ponto, e podemos estar concordando em algo mais, ainda.
Diálogo é isso! Eu sou eu mesmo, o outro é ele mesmo. Verdade pode estar comum a mim e a ele. Mentira pode estar comum a mim e a ele. Ambos, verdade e mentira. A meta comum deve ser a verdade. Quanto mais verdade melhor!
Bom… por uma questão de personalidade, individualidade, dificilmente alguém vai me ver aqui dizendo, como a Cristiane fez, que eu concordo com fulano em gênero, número e grau. Mas isso não a desqualifica para mim. É o modo dela ser. Ela não deixa de ser ela mesma se realmente concorda com um outro “em gênero, número e grau”.
Eu dificilmente sinto-me seguro para assinar embaixo por uma outra pessoa, assim. Pois há várias questões: se ele se expressou bem (de acordo com o que realmente pensa e vai desenvolver depois), se eu entendi bem (de acordo com o que realmente pensamos e vamos desenvolver depois), se o testemunho dele naquilo não vai falhar, se meu testemunho naquilo não vai falhar etc.
Isso é complicar? Pode ser. Mas, quando é o caso, considero uma “complicação necessária”.
Em 1 November 2011 at 2:22 pm, Álvaro Fernandes escreveu:
Aff! Os católicos adoram somente a Deus!
Você compreende que líderes religiosos judeus e mulçumanos podem se prostar em RESPEITO a símbolos religiosos cristãos, o que não posso compreender facilmente. Por outro lado, você parece não compreender que católicos podem orar em VENERAÇÃO aos santos.
Se eu me ajoelho junto à imagem de um santo isso quer necessariamente dizer que me ajoelho em ADORAÇÃO a ele?! Então como você aceita que aqueles líderes religiosos judeus e mulçumanos podem se prostar somente em RESPEITO a nossos símbolos cristãos?
Explica aí, vai!
Ou ceda nisso. Estamos dialogando…
Touchè! =D
“Touchè! =D” (2)
Digno de um Aramis.
Com relação ao comentário do sr. Gabriel Resgala acima, esclareço:
Terrorismo religioso é o islâmico por antonomásia. Todo mundo sabe disso, a associação é imediata e ninguém precisa dizer com todas as letras. O resto é cabeça de bacalhau e enterro de anão.
Quer dizer “sem Deus”.
Sim, eles desejam a paz, que é exatamente o que eu falei sobre o desejo da paz ser um universal humano.
É óbvio que defendeu. Imediatamente após reconhecer os erros dos católicos, o Papa disse com todas as letras que a religião era santa e não tinha nada a ver com aqueles erros: «sem sombra de dúvida, tratou-se de um uso abusivo da fé cristã, em contraste evidente com a sua verdadeira natureza».
“[S]em sombra de dúvida” e “evidente” são expressões fortes o bastante, de modo que a escolha delas justifica o meu advérbio “abertamente”.
Então não foi lido nem mesmo o título deste post! :(
Pois é. “Ênfase” não é sinônimo de “exclusividade”, e nem a ausência desta implica na daquela.
De fato, mas a contra-religião em sentido próprio (e, aliás, primeiramente mencionada) é o ateísmo. A “crueldade e violência sem medidas” provocadas pelo “não a Deus” é uma óbvia referência ao comunismo. De novo, todo mundo sabe disso, a associação é imediata (tanto que o Papa diz imediatamente depois que não quer falar só disso).
A separação (agnósticos de um lado, ateus do outro) é da lavra do Papa. A consideração de número é um dado empírico.
Mas é claro que foi sincero.
Abraços,
Jorge