Do Vaticano II:
“Pois [os] que crêem em Cristo e foram devidamente baptizados, estão numa certa comunhão, embora não perfeita, com a Igreja católica” (Unitatis Redintegratio, 3).
Do Ludwig Ott:
“Como el carácter bautismal, que obra la incorporación a la Iglesia, es indestructible, el bautizado, por más que cese de ser miembro de la Iglesia, no queda completamente fuera de ella de suerte que quede roto todo vínculo con la misma” (OTT, Ludwig; Manual de Teologia Dogmática, p. 467. Ed. Herder, Barcelona, 1966).
Qualquer semelhança não é mera coincidência. Fica – mais uma vez – a dúvida: se há o sentido ortodoxo, o que justifica interpretar o texto no sentido heterodoxo?
Concílio de Florença (1438-1445): “Firmemente crê, professa e predica que ninguém que não esteja dentro
da Igreja Católica, não somente os pagãos, mas também, judeus, os hereges e os cismáticos, não poderão
participar da vida eterna e irão para o fogo eterno que está preparado para o diabo e seus anjos, a não ser
que antes de sua morte se unirem a Ela(…).
O Concílio de Trento foi o concílio ecuménico mais longo da História da Igreja Católica. Foi também o concílio que “emitiu o maior número de decretos DOGMÁTICOS e reformas, e produziu os resultados mais benéficos”, duradouros e profundos “sobre a fé e a disciplina da Igreja”. [2]e reafirmou tudo o que foi dito em florença.
Reescrevendo a UNITATIS REDINTEGRATIO à luz da Tradição
“Por caridade, os católicos devem envidar esforços para a conversão dos cristãos não católicos à Única Igreja de Cristo, ou seja, à Igreja Católica Apostólica Romana, e deste modo, colaborar para a salvação de inúmeras almas enganadas pelo pai da mentira.
Modo de ação
Ao ensinar um cristão não católico, nunca utilizar linguagem enganosa ou ter medo de expressar sua fé na integralidade, deste modo, alguns pontos da doutrina Católica jamais, jamais, poderão ser omitidos em qualquer tentativa de conversão. Dentre estes pontos destacamos:
– O dogma de que fora da Igreja Católica não há salvação, exceto nos casos de ignorância invencível;
– Todo homem deve crer na Eucaristia e participar da Santa Missa (Sacrifício de Cristo);
– Todo homem deve ser submisso ao Romano Pontífice;
– Todo homem é obrigado a crer no dogma da assunção de Santa Maria e prestar-lhe culto de hiperdulia; e
– Todo homem é obrigado a crer na Comunhão dos Santos.
Reiteramos: Os católicos que buscam converter os cristãos não católicos devem deixar claro logo no início do ensinamento que sem a aceitação dos pontos acima não há qualquer possibilidade de agradar a Deus. Pelo contrário, a não aceitação dos pontos, representa vitória do inimigo.”
Viram, com linguagem clara e objetiva é mais fácil.
Pergunta: Se:
1 – A divisão é causada pelo inimigo, o Demônio; e
2 – A igreja Católica é a única igreja de Cristo, fora da qual não há Salvação, bem como é a única que Deus aprecia e aprova;
Como pode Deus , utilizar-se das seita criadas por ação do Demônio para salvar almas?
Como foi bem dito por vc Francisco UNITATIS REDINTEGRATIO é um documento do concílio Vaticano II que NÃO FOI DOGMÁTICO, foi apenas pastoral, e esse documento contraria toda a tradição DOGMÁTICA da Igreja, portanto é equivocado. Não adianta deixar escrito que está seguindo a tradição se o conteúdo contraria a propria tradição.
Prezado Jorge, salve Maria.
Depois de (acho) mais de dois anos sem comentar aqui, eis que, movido pela indignação causada pelas palavras acima, resolvi me manifestar, sempre procurando ser respeitoso.
Para refutar a defesa da compatibilidade entre aquilo que a UR ensina com aquilo que este manual de teologia ensina, vou colocar duas passagens papais, a primeira delas retirada do Catecismo Romano:
“(…) Só três classes de homens são EXCLUÍDOS DA COMUNHÃO COM A IGREJA. Em primeiro lugar, os infiéis; em segundo, os hereges e cismáticos; por último, os excomungados (…). Os hereges e cismáticos porque APOSTATARAM da Igreja. Pertence tampouco a Igreja como os desertores fazem parte do exército que abandonaram. É certo, todavia, que CONTINUAM SOBRE O PODER [COERCITIVO] da Igreja, que os pode JULGAR, PUNIR E EXCOMUNGAR!” (Catecismo Romano – 1º parte – Capitulo 10 – 9º Artigo – Parágrafo 8 – Página 162).
A segunda passagem retiro de Pio XII:
“22 – (…) Nem todos os pecados, embora graves, são de sua natureza tais que SEPAREM O HOMEM DO CORPO DA IGREJA como fazem os cismas, a heresia e a apostasia” (Mystice Corporis).
Claríssimo: pelo Catecismo Romano aprendemos sobre os tipos de homens que são excluidos da comunhão com a Igreja, os mesmos homens que Pio XII também afirma serem excluidos. Portanto, é de fé que tais homens são excluídos da comunhão com a Igreja, ninguém pode negar isso sobre pena de ir para o inferno.
Porém, esta exclusão, que é total (pois ninguém está “meio fora” do corpo, está fora por inteiro), não apaga o caráter batismal impresso na alma daquele que se colocou para fora da Igreja. Este até no inferno manterá tal caráter e por causa dele mantêm vínculo com a Igreja, mas este vínculo não significa de jeito nenhum algum tipo de “comunhão”, mas tão somente que este homem ainda pode ser julgado e punido pela Igreja.
Como sabe você, durante a inquisição apenas os batizados eram investigados e punidos depois de divulgarem heresias, ainda que eles não mais se declarassem católicos. A Igreja sempre reconheceu não ter poder sobre os não batizados. Daí o Catecismo Romano ensinar que os batizados, ainda que excluidos e sem nenhum tipo de comunhão podem ser julgados e punidos pela Igreja. Acho que não é tão difícil entender esta questão, que salta aos olhos.
Ora, o trecho do manual de teologia colocado por você diz exatamente isso: que estes homens citados pelo Catecismo Romano e por Pio XII estão fora da Igreja, sem nenhum tipo de comunhão, mas que neles permanece um vínculo que possibilita que sejam punidos pela Igreja, por causa do caráter batismal que subsiste em suas almas, o que não acontece com homens que nunca foram cristãos. Ou seja. se existe algum tipo de comunhão é para que estes infelizes sejam punidos, mas não para que se reze com eles e nem para que se diga que estes possuem “belas tradições”, belas “vidas contemplativas”, belas “missões”, etc, e todo aquele blá-blá-blá verdadeiramente heretizante e/ou propriamente herético do Vaticano II.
Assim, concluindo reafirmando que a Igreja “reclama seus direitos de jurisdição ainda sobre os batizados que se separaram delas”, como diz este manual, significa tão somente que a Igreja reclama o poder de punir, em todos os sentidos que esta palavra suporta, inclusive fisicamente (vide inquisição) aquelas classes de homens que não mantêm mais nenhum tipo de comunhão com ela, senão o vínculo batismal, este sim inextinguivel.
Você acha mesmo que isso é o mesmo que afirma a UR? Claro que não, prezado Jorge. Ao contrário, esta passagem, ao invés de afirmar o Vaticano II, o condena, reforçando a doutrina de sempre da Igreja. Obrigado por a colocar aqui, já a acrescentei à minha coleção de passagens que condenam o Vaticano II.
Abraços,
Sandro de Pontes
Está cheio de “porteiros do céu ” aqui e em outros lugares…uns afirmam quem vai para o céu…outros dizem quem não vai…..eita DEUS!!!!! Tem tanta gente achando que possui os atributos de DEUS….
Só Deus sabe quem são os verdadeiros cristãos…ainda que TODOS se auto-intitulem assim….só Deus sabe quem irá para o céu!!!!!!
Podem citar a encílcica X e o papa Y,mas só DEUS sabe quem verdadeiramente vive o evangelho….
Cristo é o caminho,a verdade e a vida(JO 14.10)…Fora de Cristo não há salvação!!!!!!!!
A Paz de Cristo para todos!
Esse site é muito útil à fé católica, mas sempre que podemos nos melhorar, porquê ficar preso ao erro? Essa página ainda é muito presa aos documentos do último concílio.
Sugiro Jorge que vc leia o Catecismo Romano e estude documentos da Igreja antes do CVII de papas como São Pio X, Pios IX, XI e XII, Gregório XVI ensina que liberdade religiosa é um afronto à inteligência, Leão XIII e verá que este último concílio é cheio de falhas e deixa espaços para penetração de heresias e por isso a fé esta sendo corroída.
Vou deixar minha contribuição para o debate.
Acho que hoje em dia todo mundo se acha “Doutor”, apressando-se em dar um juízo sobre a Igreja (certo ou errado).
Sem dúvida, é necessário ser católico para ser salvo.
Sem dúvida, Deus não nos deve satisfação de todos os meios que ele usa para salvar uma pessoa.
Sem dúvida, Deus pode tirar algo de bom até mesmo do que é ruim.
O que fazer?
Orar e oferecer sacrifícios pela conversão dos que não são católicos, orientar (bem) os que são, não se apressar em dizer que está errada a Igreja (mesmo em documentos não dogmáticos), afinal, onde está o Temor de Deus?
Não se antecipar a fazer julgamentos que competem às autoridades da Igreja (mais ao Papa) e ao próprio Deus.
Deus está no controle e Ele põe um limite ao mal.
Confiar, orar, e esperar.
Na Caridade.
Entretanto, o Papa do Syllabus ensinou isso aqui:
«É conhecido por nós e por vós que aqueles que ignoram invencivelmente a nossa santíssima religião e observam diligentemente a lei natural e os seus preceitos — impressos por Deus no coração de todos os homens — e que, dispostos a obedecer a Deus, conduzem uma vida honesta e reta, podem com o auxílio da luz e graça divina conseguir a vida eterna, já que Deus, que perfeitamente vê, escuta e conhece as mentes, as almas, os pensamentos e o comportamento de todos, de modo algum permite, que por sua suma bondade e clemência, que seja punido com eternos suplícios quem não é réu de culpa voluntária» (Bem-aventurado Pio IX, carta encíclica Quanto conficiamur moerore, 10-X-1863).
Ou seja, cem anos do Vaticano II, o bem-aventurado Pio IX já ensinava que não somente os pagãos, mas também os judeus, os hereges e os cismáticos podem participar da vida eterna, desde que, ignorando sem culpa a necessidade de pertencer visivelmente à Igreja católica, correspondam às graças que Deus prodigaliza a todos os homens com vistas à sua salvação.
Contradição com o Concílio de Florença? De jeito nenhum! É só questão de saber ler direito — coisa em que os pseudo-tradicionalistas (a seita que se acha no direito de “não aceitar” o último concílio ecumênico da Igreja) realmente tem muita dificuldade. Veja só: os pagãos, judeus, hereges e cismáticos podem salvar-se, não por serem pagãos, hereges e cismáticos, mas por corresponderem à divina graça numa situação de ignorância invencível da necessidade de pertencer à Igreja católica.
Contradição com o princípio extra Ecclesia nulla salus? Também, de jeito nenhum! Os pagãos, judeus, hereges e cismáticos que se logram salvar, só podem obtê-lo pelos méritos de Jesus Cristo Nosso Senhor e pela graça do Divino Espírito Santo, que constitui a alma da Santa Igreja. Assim sendo, os pagãos, judeus, hereges e cismáticos que, ignorando a necessidade moral de se pertencer à Igreja católica, vivem na graça de Deus, pertencem mística e espiritualmente à mesma Igreja, pertencem à sua alma, ainda que visivelmente não façam parte do seu corpo. Essa é a verdadeira doutrina tradicional da Igreja católica, reafirmada e desenvolvida no Sagrado Concílio Vaticano II.
O sr. Francisco Jr. se crê capaz de reescrever os documentos conciliares, mas não percebe a asneira teológico-dogmática que escreveu. A ignorância invencível não é uma ressalva ao princípio extra Ecclesia nulla salus. Isso porque as pessoas que, numa situação de ignorância invencível da necessidade moral de pertencer visivelmente à Igreja católica, vivem na graça de Deus, rigorosamente não estão fora da Igreja: pertencem à sua alma na medida que participam do mesmo Espírito.
Exceto quando o Romano Pontífice manda isso aqui:
«Assim, pois, com a graça de Deus, estando neste momento terminado tudo quanto diz respeito ao mesmo sagrado Concílio Ecuménico e tendo sido aprovadas por deliberação conciliar e por nós promulgadas todas as constituições, decretos, declarações e votos, com a Nossa autoridade apostólica decidimos e estabelecemos encerrar, para todos os efeitos, o mesmo Concílio Ecuménico, convocado pelo nosso predecessor de feliz memória João XXIII no dia 25 de Dezembro de 1961, inaugurado no dia 11 de Outubro de I962, e por Nós continuado depois da sua piíssima morte. Mandamos também e ordenamos que tudo quanto foi estabelecido conciliarmente seja observado santa e religiosamente por todos os fiéis, para glória de Deus, honra da santa mãe Igreja, tranquilidade e paz de todos os homens.»
http://www.vatican.va/holy_father/paul_vi/apost_letters/documents/hf_p-vi_apl_19651208_in-spiritu-sancto_po.html
Se o senhor tivesse estudado Santo Agostinho, teria aprendido que a Onipotente Bondade Divina só tem um motivo para tolerar o mal na criação: a possibilidade de dele tirar o bem. Assim, ainda que a contragosto, até o demônio é utilizado por Deus para a salvação das almas.
Essa afirmação é algo ainda a ser provado, até porque o senhor não fez citação alguma do referido documento, muito menos a cotejou com os dogmas da Igreja que, segundo a sua esdrúxula opinião, ele contraria.
Gregório XVI condenou a liberdade de consciência. O Vaticano II refere-se à liberdade religiosa. Não são apenas expressões diferentes, mas expressam também conceitos diferentes.
A liberdade de consciência é a afirmação de que a consciência humana individual não está submetida a nenhuma regra, a nenhuma verdade, e que ninguém tem o direito de governar as consciências, como a Igreja pretende fazer. A liberdade de consciência é uma imoralidade e um absurdo, equivale a dizer que não existe verdade, e por isso foi justamente condenada pelo papa Gregório XVI.
A liberdade religiosa foi rigorosamente definida pelo Vaticano II como a imunidade de coerção física em matéria religiosa. Significa apenas que o Estado não tem o direito de usar seu poder coercitivo em matéria religiosa, seja para impor uma religião, seja para proibi-la. É uma decorrência do tradicional princípio das duas espadas, da divisão entre o poder temporal e a autoridade espiritual, por sua vez decorrente das palavras de Nosso Senhor: «Quae sunt Caesaris, Caesari».
Basta ler as palavras do Concílio:
«Este Concílio Vaticano declara que a pessoa humana tem direito à liberdade religiosa. Esta liberdade consiste no seguinte: todos os homens devem estar livres de coacção, quer por parte dos indivíduos, quer dos grupos sociais ou qualquer autoridade humana; e de tal modo que, em matéria religiosa, ninguém seja forçado a agir contra a própria consciência, nem impedido de proceder segundo a mesma, em privado e em público, só ou associado com outros, dentro dos devidos limites.»
(Conc. Vaticano II, declaração Dignitatis Humanae, 2).
http://www.vatican.va/archive/hist_councils/ii_vatican_council/documents/vat-ii_decl_19651207_dignitatis-humanae_po.html
Sandro, Salve Maria!
Pois é. Por que andou sumido?
Veja, há pelo menos dois “níveis” de comunhão com a Igreja dos hereges e cismáticos:
1. A todos eles resta algum vínculo com a Igreja, o qual é suficiente para (no mínimo) dizer que Ela mantêm Sua jurisdição sobre eles; e
2. Aos de boa fé (hereges e cismáticos materiais, na expressão do Ludwig Ott) é possível ter a vida da graça e, portanto, fazerem plenamente parte da Igreja Católica.
É ainda possível
3. dar ao termo uma expressão mais ampla, no seu sentido natural, como quando se fala (p.ex.) em “comunhão de idéias” entre pessoas diferentes.
Tudo isto é perfeitamente ortodoxo. E, sim, é claro a UR só pode se referir a isso, porque a Igreja não Se contradiz.
A tua teoria de que até os condenados no Inferno «mantêm [um] vínculo com a Igreja» soa-me estranhíssima. O vínculo com a Igreja ou é da caridade ou da jurisdição, e nem há caridade no Inferno nem existe jurisdição eclesiástica no além-túmulo. De um modo ou de outro, portanto, a situação é essencialmente diferente dos batizados não-católicos vivos.
Abraços,
Jorge
Irmão Aparecido,
Pagãos, hereges e cismáticos usualmente “observam diligentemente a lei natural”?
Jorge, salve Maria.
Sumi porque nem eu mais aguento tanto debate. Continuo fervoroso, mas as letras excessivas oriundas das contendas internéticas me cansaram um pouco. Até porque o nível de muitos debatentes é baixíssimo hoje em dia. Eles nem parecem católicos.
Com relação ao que você disse, quero pedir-lhe perdão se me expressei mal, mas não quis dizer que “até os condenados no Inferno mantêm vínculo com a Igreja”, mas sim que estes condenados mantêm na alma o caráter de batizados. Mas será que falei besteira?
Independente disso, o que eu realço é o seguinte: o vínculo mantido com a Igreja por parte daqueles batizados que a abandonam é, na verdade, uma punição para eles, porque o que eles desejariam era não ter nenhum tipo de vínculo, pois isto impediria a Igreja de puni-los. Logo, tal vínculo oriundo do batismo é uma punição aos apóstatas, e não algo para os exaltar.
Já o vínculo que a UR reivindica é algo para elevar os batizados que não professam a fé católica, tendo-os como irmãos em Cristo:
“(…)justificados no Batismo pela fé (sic), são incorporados a Cristo (sic), e, por isso, com direito se honram com o nome de cristãos (sic)e justamente são reconhecidos pelos filhos da Igreja católica como irmãos no Senhor (sic, sic, sic)”.
Prezado, pode imaginar você como irmão de um protestante, que rejeita o catolicismo, rejeita a autoridade da Igreja, rejeita o papado, rejeita a hóstia consagrada, rejeita Nossa Senhora e tantas outras coisas? Eles não são nossos irmãos, porque não tem a Igreja como suas mães.
Com relação aqueles que estão de boa fé, em ignorância invencivel, é algo que foge de nossa realidade humana: apenas Deus sabe quem são tais pessoas, de modo que nós devemos evitar contatos com pessoas que não professam a fé católica, a não ser que sejam contatos para convertê-los. Não dá para saber quem está ou não está de boa fé, logo, esta é uma questão ociosa. Basta saber que a Igreja sempre mandou evitar aqueles que não professam a a verdadeira fé, principalmente os fiéis mais simples, estes mais susceptíveis as armadilhas do demônio.
Abraços,
Sandro
Irmão Aparecido, Salve Maria,
Vamos por partes, o que tu escrevetes, entre aspas:
1 – “O sr. Francisco Jr. se crê capaz de reescrever os documentos conciliares, mas não percebe a asneira teológico-dogmática que escreveu.”
Apenas sintetizei o que a Igreja sempre ensinou de forma clara e objetiva (o que não é uma característica do CV2), e olha que os papas e os santos se referiam aos hereges e protestantes de forma muita mais, digamos, dura.
2 – “A ignorância invencível não é uma ressalva ao princípio extra Ecclesia nulla salus. Isso porque as pessoas que, numa situação de ignorância invencível da necessidade moral de pertencer visivelmente à Igreja católica, vivem na graça de Deus, rigorosamente não estão fora da Igreja: pertencem à sua alma na medida que participam do mesmo Espírito.”
Direto ao aponto, responda sem rodeios: Onde está o erro, ONDE EU DISSE QUE TENHO CAPACIDADE DE JULGAR QUEM ESTÁ OU NÃO EM IGNORÂNCIA INVENCÍVEL? MOSTRE.
A regra é esta mesmo, queira o senhor ou não: FORA DA IGREJA NÃO HÁ SALVAÇÃO, EXCETO NOS CASOS DE IGNORÂNCIA INVENCÍVEL. Discorda?
Ou seja, por caridade, devemos converter todos ao catolicismo, pois é a fonte confiável de salvação.
Por enquanto é só.
São Pio X, rogai por nós.
Como é tolerante e ecumênico esse “irmão” Aparecido!
Não escreve um parágrafo sem dar um coice no adversário.
Mas eu entendo. Como ele é “Irmão”, sua tolerância e educação está reservada unicamente para os hereges protestantes, os quais, por sinal, estão todos em ignorância invencível, assim como os judeus, os maometanos, os cismáticos, os satanistas…
Jorge, o anônimo acima, pelo estilo de escrita e pelo conteúdo, não te parece conhecido?
Sandro, Salve Maria!
Pois é. Volte. A gente respira fundo e vai debatendo, ad majorem Dei Gloriam.
Quanto aos condenados do inferno, sim, eles mantêm o caráter batismal [e o crismal e o sacerdotal], mas não o vínculo eclesiástico. O que mostra que o vínculo com a Igreja mantido pelos hereges e cismáticos é coisa distinta do simples caráter.
Sim, manter um vínculo com a Igreja e não estar com Ela é certamente uma punição. Como ter a Santíssima Eucaristia e não estar unido ao Corpo de Cristo é uma punição, é angustiante, é terrível, é pecaminoso, é desesperador. O que existe de propriamente cristão fora da Igreja aponta para a Igreja, pede por Ela e, por isso, é objetivamente ruim ter uma parte e não ter o todo quando a parte exige, clama aos berros, suplica dolorosamente pelo todo.
O que não significa que não se o possa usar para argumentar a favor da necessária unidade da Igreja. Mutatis mutandis, um pai que renegue o seu filho pode ser obrigado a pagar-lhe pensão. Isto é sem dúvidas uma punição, mas é também um convite: a que ele volte a assumir as suas obrigações paternas. A Igreja, que é Mãe, impõe punições para converter, é óbvio. Ser punido (pelo menos aqui nesta terra, enquanto temos possibilidade de mudar) não é ruim, muito pelo contrário – é bom. E, portanto, o que torna possível esta punição – o vínculo com a Igreja – é uma coisa objetivamente boa.
A maneira de se referir a fulanos ou a sicranos – conquanto não seja errada em si mesma – não muda os fatos, Sandro. Quem diz que os hereges são “irmãos” é Santo Agostinho. A expressão, aliás, se presta inclusive a metáforas bíblicas: o filho pródigo era irmão do mais velho mesmo enquanto estava comendo a lavagem dos porcos [e, sempre que me falam dos judeus como “irmãos mais velhos”, eu respondo: “sim! Os filhos de Esaú!”]. Ser “irmão” (ou “cristão”, ou qualquer outra coisa) por si só não é sinônimo de ser “salvo”, nem de ter estado de Graça e nem mesmo de estar no caminho certo. Esta ilação é indevida e não deve ser feita a partir dos textos conciliares.
E todos os contatos que tivermos com quaisquer pessoas tem que ser para convertê-las, naturalmente. O que não significa que todo contato deva ser por meio de discussões explícitas. Dá para converter o pagão que trabalha ao lado pelo exemplo no trabalho, p.ex., e é possível unir-se a protestantes na defesa de interesses comuns, como louvava Pio XI.
Abraços,
Jorge
Jorge, para não haver ambiguidade sobre a quem me refiro no post anterior, estou citando o “anônimo” do 5° comentário, na ordem cronológica.
O que vocês acham de a igreja aplicar punições físicas aos católicos apóstatas afim de que eles se convertam, assim com nos tempos mais cristãos da saudosa Idade Média?
Será que não seriam salvas mais almas ao verem a podridão de sua alma herege ou cismática?
Nos dias de hoje, punições físicas aos católicos é impraticável.
– Jorge
Mas e numa sociedade realmente católica, pessoal?
Sei que isso é um choque para as pessoas mundanas que não conhecem Deus e sua única Igreja de verdade. Mas imagino que muitas almas foram salvas pela Inquisição.
Ali, ardendo em chamas, mesmo quando condenada injustamente (o que certamente ocorreu com raridade, apesar do que se diz por aí, pois a Igreja é Santa, nunca erra e nunca errará, pois Deus não mente. Eventuais injustiças são culpa de quem executou a sentença. É isso o que penso), a pessoa tinha a grande graça de se unir a Cristo, que foi injustiçado também, e oferecer-se como sacrifício pelos pecadores e desviados de Deus. Uma pessoa eleita por Deus para o martírio! Ó que graça tremenda!
E no caso de a pessoa ser realmente culpada, não entendo qual era o problema. Reclama-se da Igreja e da Inquisição, mas as pessoas não entendem que no Inferno serão torturadas de formas inimagináveis para a própria Inquisição, porque ali o tormento é infindável e a pessoa não morre mais. Ora, se alguns já sofrerão isso eternamente, qual a injustiça em adiantar tal justiça aos que a merecem? Pelo menos serve de exemplo para que outros não se enveredem pelas trilhas da perdição e comecem a criticar a Santa Igreja, Corpo de Cristo. Ainda mais porque no inferno se satisfará a justiça de Deus aos ímpios. Deus é injusto agora? Com certeza não!
Se a alma já está perdida, porque continuar vivendo? Melhor excluir a pessoa do mundo antes que ela contamine outros com os venenos de suas heresias e práticas pecaminosas. Bem alertava um papa, não lembro qual, que numa das encíclicas que li, e vocês certamente conhecem, já avisava dos males da liberdade de imprensa, liberdade de pensamento e liberdade religiosa. Mas nesse mundo cego pela “luz” do Iluminismo, ouse falar essas verdades… Acham que estão na luz, mas na verdade não conseguem ver quão densas são as trevas na alma dos que discordam da Igreja, pois discordando dela, discordam do próprio Deus!
Eu não teria coragem de falar isso pessoalmente, pois sei que muitos me achariam louco e mal, mas sou católico de verdade, ao contrário da maioria, e sou plenamente submisso à Igreja. O papa falou, pra mim tá falado! Se a igreja instituiu a Inquisição é porque Deus já a havia aprovado no coração do papa. Se Deus quer assim, quem somos nós para discordar? E Deus não erra e nunca permitirá que sua Igreja erre.
Pena que muitas pessoas hoje tem seus olhos espirituais fechados e já estão contaminadas por heresias e mentiras que se levantam contra a Mãe Igreja, que só quer salvar a todos.
É triste, amados. Por isso devemos esfolar nossos joelhos em súplicas a Deus pela conversão dos que estão longes de Deus e também suplicar perdão por nós mesmos, terríveis e indignos pecadores, mas certamente amados por Deus.
Mas volto à questão inicial: Jorge e demais fiéis, vocês acham que, num mundo “idealizado”, a punição física com até eventual pena capital não traria um grande proveito à salvação das almas? Bem disse o Marco, “saudosa Idade Média”… Ah, como que queria ter nascido nesse tempo de tanta fé em que muitas pessoas eram realmente obedientes a Deus e Sua Igreja!
Sim, a Santa Inquisição salvou sem dúvidas muitas almas do inferno. Podem inclusive se ter salvo alguns dos que foram queimados justamente (arrependendo-se no último minuto), mas sem dúvidas muitos deixaram de errar por conta do poder coercitivo do Estado. Do mesmo modo como as leis que punem crimes civis inibem a prática destes crimes.
Mas (e sem dúvidas) a Inquisição salvou inclusive materialmente os incontáveis que não foram mortos, e que certamente o seriam se não fosse por ela (p.ex., com os reis mandando queimar hereges, ou com o povo revoltado linchando-os).
Abraços,
Jorge
Nossa, irmão Maurício, nunca li uma mensagem em minha vida tão odiosa quanto a sua. Tem certeza de que você é católico?
E que coisa bizarra é essa de achar que a punição física irá evangelizar alguém? Você pode ameaçar as pessoas e elas ficarem quietas, mas pode ter certeza que é apenas por medo e não por fé!
Não diz a bíblia que “o amor lança fora todo o temor”?
Em algum lugar Jesus agrediu alguém pra evangelizar? Uma pessoa convertida por medo está realmente convertida?
Meu Deus do Céu, ainda estou chocada com o que li.
“Nossa, irmão Maurício, nunca li uma mensagem em minha vida tão odiosa quanto a sua.”
Edsheyla (lindo nome, aliás…), sua atitude “odiosa” e “bizarra” me deixa enojado.
O irmão resumiu tudo quando disse “O papa falou, pra mim tá falado! Se a igreja instituiu a Inquisição é porque Deus já a havia aprovado no coração do papa. Se Deus quer assim, quem somos nós para discordar? E Deus não erra e nunca permitirá que sua Igreja erre.”
Se você não tem essa fé cega e de submissão absoluta e inquestionável ao Cristo-na-Terra e às leis da Santa Madre Igreja, só posso rezar por você pra que Deus lhe mostre o único caminho pelo qual você poderá ser salva…
Ave-Maria, cheia de graça…
se Cristo veio buscar e salvar o que se tinha perdido, comia com pecadores,salvou a mulher adultera do apedrejamento,pelos religiosos,ensinou a um doutor da lei que e necessário nascer de novo, mudança de atitudes e reconhecer a autoridade e exemplo de Cristo nas escrituras, quando joão disse; que descesse fogo do céu para consumir aqueles que não o receberam,disse Jesus não sabeis a que esprito pertenceis, eu não vim destruir e sim salvar…