Os dogmas sem sentido do Espiritismo

Um espírita revoltado não gostou quando eu disse aqui que o espiritismo era ilógico. No entanto, responder que é bom… nada. Preferiu rasgar as vestes e ter um ataque histérico, reclamando da nossa ignorância e do nosso fanatismo.

Vou dizer de novo (só que com outras palavras) o que eu disse lá e provocou a ira furibunda do seguidor da doutrina de Kardec: cada “resposta” oferecida pelo espiritismo suscita um sem-número de outras perguntas cujas explicações, em última instância, precisam ser aceitas sem comprovação alguma. Isto não é de per si um demérito; mas chega ser irônico como alguns espíritas reclamam dos dogmas do Cristianismo e, apresentando a sua religião praticamente como uma ciência cartesiana, convenientemente “se esquecem” dos muitos princípios de seu sistema que, nada possuindo de intuitivo, precisam simplesmente ser aceitos sem discussão. Dogmas por dogmas, eu prefiro os nossos. Ao menos eles fazem sentido. E o fato da Ressurreição de Cristo é evidência forte o suficiente para persuadir os homens de boa vontade e de bom senso da veracidade dos dogmas cristãos. Já quanto ao espiritismo… que evidência ele nos apresenta para que acreditemos em coisas tão inverossímeis?

Por exemplo, repetindo o que eu dizia lá nos comentários:  os “espíritos superiores” de Kardec dizem que todos os planetas são habitados (Livro dos Espíritos, q. 55). Ora, não foi encontrado até hoje um único planeta habitado sequer por uma bactéria. Como é possível que os “espíritos superiores” não soubessem disso? A resposta espírita tradicional diz que os planetas são habitados sim, mas… por “vida espiritual”. E assim, ressignificando um trecho dos seus livros sagrados, transportam convenientemente a discussão para a esfera das coisas que não são verificáveis e onde eles, por definição, não podem ser desmentidos. Que evidência existe de que haja “vida espiritual” em Marte? Esta afirmação serve tão-somente para salvaguardar os “espíritos superiores” da realidade dos fatos que os contradiz abertamente.

Mais: a população mundial (ainda) está crescendo, o que significa que nascem mais pessoas do que morrem – i.e., “encarnam” mais almas do que “desencarnam”. De onde vêm estas almas? A resposta padrão é que existem muitos outros mundos “inferiores”, nos quais as almas “evoluem” até que se tornem aptas para “encarnar” no nosso mundo. De novo: qual o indício que nós temos de que existem mundos inferiores e superiores habitados por espíritos em constante evolução? Ao invés disso, não está claro que esta afirmação gratuita não tem outro propósito que não salvar a teoria de Kardec de uma flagrante contradição matemática?

É dito, também, que Nosso Senhor não ensinou abertamente a reencarnação porque a humanidade ainda não estava suficientemente evoluída para entendê-la, e esta é a mais absurda das pretensões espíritas. Porque acontece que a metempsicose – que outra coisa não é que não a reencarnação kardecista – é uma doutrina mais velha do que a fome, sendo já conhecida de muitos povos muito antes de Cristo. Como assim, a humanidade ainda não estava evoluída para conhecer uma coisa… que já conhecia há séculos?

E o que há de extraordinário nesta doutrina para que Cristo a tivesse guardado para Si – o mesmo Cristo que ensinou coisas (essas sim) incômodas e exigentes como “amai os vossos inimigos”? Por qual motivo a reencarnação seria sublime demais para a mentalidade (grosseira, concedamos) dos homens do primeiro século, se Cristo não Se furtou a ensinar-lhes o “quem não tem pecado que atire a primeira pedra”? Qual a razão para Nosso Senhor ter esperado 18 séculos para ensinar uma doutrina velha e cômoda, quando não esperou nada para proferir o Sermão da Montanha que, este sim, é novo e revolucionário? Colocando lado a lado os Evangelhos e os Livros Básicos da Doutrina Espírita, não resta nenhuma dúvida de que a novidade mais elevada encontra-se nos primeiros e não nestes últimos. Por que o ensinamento mais elevado foi logo transmitido para os homens mais rudes e, ao mesmo tempo, a doutrina mais grosseira precisou esperar a evolução da humanidade para se fazer conhecida?

Enfim, todo mundo é livre para acreditar naquilo que quiser. Mas todo mundo tem a obrigação moral de ter senso crítico e, em particular, de não atacar na doutrina alheia aquilo de que a sua própria doutrina está repleta. Todo mundo está obrigado a procurar a Verdade e, nesta busca, todo mundo tem o dever de ser honesto consigo mesmo e abandonar as próprias convicções tão logo elas se mostrem falsas. As afirmações gratuitas, não-intuitivas e até mesmo ilógicas precisam se multiplicar para manter o espiritismo de pé! Como eu dizia no início, ao menos os nossos dogmas têm fundamento: um Fundamento vivo, Cristo Ressuscitado que não morre mais.

Publicado por

Jorge Ferraz (admin)

Católico Apostólico Romano, por graça de Deus e clemência da Virgem Santíssima; pecador miserável, a despeito dos muitos favores recebidos do Alto; filho de Deus e da Santa Madre Igreja, com desejo sincero de consumir a vida para a maior glória de Deus.

534 comentários em “Os dogmas sem sentido do Espiritismo”

  1. Este texto é dirigido aos ateus, mas serve também para todos os espíritas:

    “Deus quer que todos os homens se salvem; cf. 1 Tm 2, 4. Todavia Ele não força ninguém a amá´Lo e preferi´Lo aos bens criados. Por conseguinte, Deus a ninguém condena; é a criatura que condena a si mesma. Caso morra consciente e voluntariamente avessa a Deus (coisa que só Deus pode saber), terá para sempre a sorte que escolheu para si, pois a morte coloca o ser humano em estado definitivo, no qual não é possível qualquer mudança. ´ De resto, faz´se necessário reconhecer que nenhuma criatura está apta a julgar Deus; Este, por definição, é a Suma Perfeição e a Santidade Absoluta; quando Ele à limitada razão humana parece injusto, parece tal não porque seja menos justo do que o homem (um Deus injusto não pode existir), mas porque o seu desígnio salvífico ultrapassa o entendimento humano.”

    São Paulo afirma que Deus quer que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade; cf. lTm 2, 4. Esta verdade deve pairar sempre ante os olhos de quem estuda tal temática.

    Ocorre, porém, que Deus não força ninguém a se salvar ou a amar a Deus sobre todas as coisas. Ele respeita a livre opção do homem, quando este prefere a criatura ao Criador ou os bens finitos ao Bem Infinito.

    Por conseguinte, Deus não condena a criatura, mas é a criatura que condena a si mesma, optando por permanecer longe de Deus. ´Esta é outra verdade de importância capital, que dissipa a idéia de um Deus Carrasco ou Juiz frio e insensível.

    Está claro que as opções errôneas da criatura humana nem sempre são plenamente responsáveis. Há pessoas angustiadas, obcecadas que não agem com total conhecimento de causa ou com plena liberdade. Deus ´ e só Deus ´ conhece o íntimo de cada um(a); compreende a fraqueza de seus filhos. Vê que, muitas vezes, mesmo quando erram, estão procurando o bem, mas não sabem onde o encontrar. Conhecedor do fundo do coração humano, Ele não procede como um homem, mas atende aos anseios mal formulados daqueles que, sem culpa própria, Lhe dizem Não.

    Quem morre consciente e voluntariamente afastado de Deus, fica para sempre longe de Deus. A consciência desta verdade incute ao homem o valor da vida presente e de cada um de seus instantes; é no tempo que se configura a vida definitiva de cada ser humano.

    A morte coloca o homem num estado definitivo e imutável. 0 homem fica sendo para sempre amigo ou inimigo de Deus, conforme as disposições que tenha ao deixar este mundo; somente enquanto peregrina na terra, pode merecer ou desmerecer o Sumo Bem.

    Esta verdade se encontra no Evangelho: Jesus admoesta os discípulos a que vigiem, pois a atitude que tiverem assumido nesta vida em relação a Deus, definirá a sua sorte definitiva. É o que incutem as parábolas das dez virgens (M 25, 1´13), dos dez talentos (Mt 25, 14´30), do ricaço e de Lázaro (Lc 16, 18´31), o quadro do juízo final em Mt 25, 31´46…

    A mesma idéia ressoa na pregação dos Apóstolos; ver G1 6, 10; 1 Cor 15, 24; 2Cor 5, 10; 6, 2; Hb 3, 13. A tradição cristã a repetiu sempre, e o Concílio do Vaticano 1 (1870), suspenso antes de concluído, estava para promulgá´la em suas definições teológicas, nos seguintes termos:

    ´Depois da morte, que é o remate da nossa caminhada, todos teremos logo de nos apresentar perante o tribunal de Cristo, a fim de que cada qual receba a retribuição do que tiver feito de bem ou de mal quando estava no corpo (2Cor 5, 10); depois desta vida mortal, não há mais possibilidade de penitência e justificação´ (Mansi´Petit, Conc. t. LIII, 175).

    Até a morte, mas somente até a morte, a natureza humana se acha completa (alma e corpo) e dotada das faculdades que concorrem para a sua evolução (sentidos, inteligência e vontade). Ora é lógico que a decisão do homem relativa ao fim supremo seja tomada pelo homem em sua natureza completa. 0 homem não é espírito só, mas espírito destinado a vivificar um corpo e desenvolver´se mediante o corpo.

    Verdade é que, depois da ressurreição, o corpo estará de novo unido à alma. Por que então não poderá haver mudança de opções após a ressurreição? ´ Respondemos dizendo que a re´união de corpo e alma após a morte é algo a que a natureza humana não tem, por si mesma, direito; é dom gratuito de Deus. 0 corpo então não servirá de instrumento mediante o qual a alma mude as suas inclinações; ao contrário, as condições do corpo se adaptarão às disposições, boas ou más, da alma, em vez de as influenciar; os justos terão um corpo glorioso, ao passo que os réprobos terão um corpo tido como ´tenebroso´.

    A irrevogabilidade de um destino é algo que nós, peregrinos na terra, dificilmente concebemos; tudo o que conhecemos neste mundo, se nos apresenta como transitório; não temos a experiência do definitivo ou da morte.
    0 homem é, muitas vezes, tentado a criticar Deus, como se Este fosse menos perfeito do que a criatura e tivesse que aprender com ela a administrar a história deste mundo. Popularmente falando, isto equivale a dizer que, ´se Deus não procede como eu penso, Deus está errado e eu estou certo´. Ora tal atitude é falsa não somente aos olhos da fé, mas também aos da razão. Com efeito; Deus, por definição, é Santo e Perfeito; está infinitamente acima da capacidade intelectual e moral da criatura. Em conseqüência, um Deus injusto ou imperfeito simplesmente não é Deus; quem o admite, está negando o conceito e a existência de Deus; é mais lógico não crer em Deus do que crer num Deus falho e criticável. Se a criatura não compreende os desígnios de Deus, isto não se deve a deficiências do Senhor, mas às limitações do intelecto humano.

    Vem muito a propósito a parábola de Mt 20, 1´15: um patrão contrata cinco turmas de operários em diversas horas do dia e, no fim da jornada, manda pagar a todos o mesmo salário, embora tenham prestado desiguais cotas de serviço. Um dos mais cansados dos trabalhadores se insurge então e argüi o patrão de injustiça, pois iguala entre si os que não trabalharam o mesmo número de horas. 0 patrão lhe responde com serenidade, observando que não lhe faz injustiça, pois pagou quanto foi estipulado em contrato, ou seja, um dinheiro, a justa remuneração. Se ele dá aos demais trabalhadores algo que não lhes é devido em estrita justiça, mas depende da benevolência gratuita do patrão, ele tira do seu bolso e não lesa ninguém. Fica então a pergunta: ´Precisamente porque eu sou bondoso além de toda expectativa, dando de graça, tu te irritas? É a minha magnanimidade surpreendentemente bela e nobre que te faz protestar?´

    A mesma resposta do Senhor da parábola pode ser dada pelo Senhor Deus à criatura que o critica, julgando que Deus não é justo e deveria proceder como a criatura procederia. Se Ele ´escandaliza´, porque é bom além dos trâmites habituais vigentes entre os homens. Então não há por que 0 criticar, mas, sim, existem motivos para abaixar a cabeça e adorar a Suma Sabedoria do Senhor, que vê muito mais longe do que a mesquinha intuição do ser humano. É esta a resposta que a fé católica formula para dúvida acima.
    Fonte: http://www.exsurge.com.br/apologeticas/ateus/textos%20ateus/osateuspodemsesalvar.htm

  2. Caro Wilson Ramiro.
    Seu comentário de 29 December 2011 at 7:43 pm
    Será que você já leu o dicionário e viu que a diferença entre conduzir e arrebatar é que arrebatar é levar para longe e de súbito?
    Será que foi por causa disso que Eliseu disse que não adiantava procurar Elias, e não porque este foi conduzido ao Céu? Veja que tanto o verbo conduzir quanto arrebatar foram aplicados sem qualquer alteração de sentido do que aconteceu com Elias, a não ser o fato de que arrebatar indica “de súbito”.
    Quanto ao que você disse “Em nenhum lugar arrebatamento pelo espírito, pode ser confundido com “transportadora espírito””, gostaria de saber: onde eu confundi “arrebatamento pelo espírito” com “transportadora espírito”?!
    E depois os daqui dizem que são os espíritas que deturpam os textos…
    Abraços. Frazão

  3. Caro Álvaro.
    O nexo está justamente no que está escrito em Eclesiástico 14, 12-14, que diz: “12. Lembra-te de que a morte não tarda, e de que o pacto da moradia dos mortos te foi revelado, pois é lei deste mundo que é preciso morrer, 13. Antes de morrer, faze bem ao teu amigo, e dá esmola ao pobre conforme tuas posses. 14. Não te prives de um dia feliz, e não deixes escapar nenhuma parcela do precioso dom.” Veja que a “palavra” de Deus trata a morte como um “dom”, o que demonstra que é uma concessão dada ao ser humano indistintamente. Logo, meu caro, seja por hermenêutica, seja por exegese, ou qualquer outra forma de interpretação de texto (e de contexto), a dedução lógica a que se pode chegar pelo texto e contexto bíblicos é que:
    a) ninguém escapa da morte, pois é lei deste mundo que é preciso morrer (Ecl 14,12-14);
    b) que o tempo de vida do homem é de cento e vinte anos (Gn 6,3); e
    c) o arrebatamento de Elias foi para outro lugar aqui na terra (2 Rs 2,16).
    Veja que no caso da letra “c” os próprios filhos dos profetas que acompanhavam Eliseu sabiam que o arrebatamento não era para o Céu (a morada de Deus), mas, simplesmente, o espaço, que sugeriram a Eliseu mandar procurar Elias, sugestão essa recusada; será que não foi por Eliseu saber o motivo desse arrebatamento para outro local longínquo que ele a recusou? E mais: qual o meio mais rápido de se transportar de um lugar para outro (trasladar), e de forma visível, senão pelo espaço?… E foi isso, justamente, o que aconteceu, pois, se tivesse sido por dentro da terra, ou dentro d’água, no mínimo diriam que ele teria ido para a sepultura, ou morrido afogado; nesse caso, ninguém contestaria a sua morte; ou contestaria?
    Veja, ainda, que o “fenômeno” do arrebatamento não foi exclusividade de Elias, já que aconteceu com outros personagens bíblicos, conforme 2 Sm 22,20 e Daniel 14,32-42 que, para não virem dizer que estou deturpando texto bíblico, transcrevo: “32. Ora, o profeta Habacuc vivia naquele tempo na Judéia. Acabava de cozinhar um caldo e picava pão dentro dele numa panela, para levá-lo aos ceifadores no campo. 33. Mas um anjo do Senhor disse-lhe: Leva esta refeição à Babilônia, a Daniel, que se encontra na cova dos leões. 34. Senhor, disse Habacuc, nunca vi Babilônia, e não conheço essa cova. 35. Então o anjo, segurando-o pelo alto da cabeça, transportou-o pelos cabelos, num fôlego, até Babilônia, em cima da cova. 36. Daniel, Daniel (chamou), toma a refeição que Deus te envia. 37. E Daniel respondeu: Ó Deus, vós pensastes em mim! Vós não abandonastes os que vos amam! 38. Depois disso pôs-se a comer, enquanto o anjo do Senhor transportava de volta Habacuc a seu domicílio. 39. Ao sétimo dia veio o rei chorar Daniel. Ao acercar-se da cova, porém, olhou para dentro e aí avistou Daniel sentado. 40. E bem alto exclamou: Vós sois grande, Senhor, Deus de Daniel. Não existe outro Deus além de vós! 41. Mandou retirá-lo da cova dos leões e lá jogou todos aqueles que haviam tentado eliminá-lo, os quais foram imediatamente devorados, sob seus olhos. 42. Então disse o rei: Que todos os habitantes da terra reverenciem o Deus de Daniel, porque é um salvador que opera sinais e prodígios em toda a terra, e salvou Daniel da cova dos leões.”
    Logo, meu caro, o simples fato de você grafar o verbo TRASLADAR em caixa alta, seguido de exclamações, não vai mudar o seu significado de transportar, mudar de um lugar para outro, para o de arrebatar, visando demonstrar que o verbo arrebatar tem o sentido de levar [Elias] ao Céu, já que arrebatar tem um dos seguintes significados: 1. Tirar com violência; 2. Levar para longe e de súbito…
    Como vê, meu caro, posso dizer, nesse caso, sem qualquer sinal de remorso, que é você quem está tentando deturpar o sentido das palavras, visando defender o seu peixe, em relação à “palavra” de Deus que, pelas divergências, apesar de você não as reconhecer, não pode ser considerada como tal, já que Deus não pode ser dúbio em suas palavras; ou pode?!
    Agora, quanto a você considerar o que eu disse como piadas, vou tomar essa sua atitude como uma tentativa de projetar em mim aquilo que você pratica, pois, segundo o que se ouve por aí, o indivíduo procura projetar nos outros apenas os defeitos e fraquezas de que é portador, já que as virtudes são exclusivamente suas.
    Veja que não estou tentando apelar nem afirmando que é isso o que está acontecendo, mas, apenas, aventando tal hipótese.
    Abraços. Frazão

  4. Caro Álvaro.
    Teu comentário de 30 December 2011 at 8:24 am
    Você disse: “Desonestidade é utilizar um texto que fala de outro assunto totalmente diferente para “provar” uma doutrina e ainda duvidar da veracidade da fonte. Eu não consigo entender o porquê que os kardecistas “utilizam” a Bíblia e depois questionam a sua veracidade. Essa passagem (Gn 6.3) prova que Elias é João Batista reencarnado?”
    Para evitar trabalho em pesquisas por parte dos demais participantes destes debates, vou rememorar o motivo de eu ter utilizado a passagem de Gênesis 6,3, objeto de tua intervenção em relação ao meu comentário dirigido ao Durval em 29 December 2011 at 3:21 pm, citando essa passagem de Gênesis, para contestar o que ele disse em relação à suposição de Elias não ter morrido, mas ter sido arrebatado; foi, então, que a citei, transcrevendo-a, a qual diz: “O senhor então disse: “Meu espírito não permanecerá para sempre no homem, porque todo ele é carne, e a duração de sua vida será de cento e vinte anos.” Daí eu ter concluído que ninguém poderia deixar de morrer até os 120 anos, já que a vida do homem será de, no máximo, 120 anos, conforme a “palavra” de Deus e que nela está escrito que é lei deste mundo que se morra (Eclo 14,12).
    Só faltará você dizer que é protestante e que essa passagem não existe na tua Bíblia e que, portanto, não vale. Aí, pergunto: qual das duas bíblias é a palavra de Deus – a católica ou as protestantes (no plural), já que só a SBB tem 5 versões?
    Portanto, meu caro, não sou eu quem está sendo desonesto, mas, ao que parece, está sendo você, já que essa tua atitude está a demonstrar que é você quem está desvirtuando os fatos, tentando dar a entender que sou eu quem está manipulando as palavras; pode?!
    E isso não é de se estranhar porque, quando querem “provar” que a reencarnação não existe, os antirreencarnacionistas, principalmente os protestantes, apelam para todos os recursos possíveis, inclusive desprezando o preceito que pregam, de que não existe texto sem contexto, acusando-nos de tomarmos textos isolados e dizendo-nos que TEXTO sem CONTEXTO é PRETEXTO para heresias!
    E não me venha dizer que estou sem razão porque, justo aí, formei um contexto. Se você tiver dúvida sobre o que digo, peço que leia só o texto de Gênesis 6,3 para uma pessoa de média inteligência, e pergunte qual o tempo, pela Bíblia, de vida de um ser humano e veja se ela não vai responder que é de 120 anos… Se ela ficar em dúvida leia Eclo 14,12 e pergunte o porquê; aí, fatalmente, ela responderá que é de 120 anos, porque na Bíblia está escrito que “é lei deste mundo que é preciso morrer”.
    Portanto, essa tua colocação não tem sentido, já que a minha citação foi para demonstrar que ninguém está livre da morte; e essa lei é tão inflexível que até o Messias (o profeta dos profetas e segunda pessoa da trindade) não se livrou dela. E não me venha com essa de que são mistérios de Deus, porque esse chavão já está muito batido…
    Quanto à tua afirmação de que João não era Elias porque o próprio João disse que não era, cito, em contrário, o que afirmou Jesus a respeito de João em Mateus 11,10-15 e confirmou em 17,10-13, permitindo-me transcrever este último: “10E os seus discípulos o interrogaram, dizendo: Por que dizem, então, os escribas que é mister que Elias venha primeiro? 11E Jesus, respondendo, disse-lhes: Em verdade Elias virá primeiro e restaurará todas as coisas. 12Mas digo-vos que Elias já veio, e não o conheceram, mas fizeram-lhe tudo o que quiseram. Assim farão eles também padecer o Filho do Homem. 13Então, entenderam os discípulos que lhes falara de João Batista.”
    Com relação a essa passagem bíblica vou repetir o que já disse no comentário ao Durval, em relação ao qual você só se preocupou em me acusar de ter praticado uma desonestidade e citar passagens relativas a João, o batista, na tentativa de negar a reencarnação, com base no que se atribui a ele ter dito que não era Elias. Entretanto, não deve ser esquecido o que diz Jesus a respeito de João, que este é Elias que havia de vir. Em virtude disso, pergunto: qual a palavra que vale mais: a de João ou a de Jesus (ou Deus, segundo aqueles que acreditam no dogma católico da “santíssima” trindade)? Embora eu não aceite tal dogma, arrisco-me a optar pelo que diz Jesus; e você, meu caro, será que, para não desrespeitar um dogma católico, vai desrespeitar a palavra de Deus?
    Veja que nessa passagem, Jesus confirma que João é Elias, ao dizer que Elias já veio e não o conheceram. Mas, o mais importante nesta passagem, além da confirmação de Jesus, é o fato de que os discípulos (pelo menos Pedro, Tiago e João) tinham conhecimento da reencarnação, como se vê da pergunta que eles fizeram a Jesus e do fato deles terem compreendido que Jesus lhes falava de João Batista. E mais: veja que os discípulos falam em vir, o que significa que, para se ter que “vir”, é necessário não se estar mais no plano material, no caso, o que leva, a quem lê essa passagem, à dedução de que Elias já havia ido para a dimensão espiritual; e para ir para lá só há uma maneira: desencarnar (morrer). Ou ainda se vai negar?! Portanto, ainda que se queira insistir, não cabe o famoso chavão de que João veio com a função ou missão de Elias, como os não reencarnacionistas alegam, já que, nesse caso, estar-se-á afirmando que Deus nos enganou, ao dizer que mandaria o profeta Elias e nos teria mandado outro profeta, e que Jesus nos mentiu ao afirmar, e confirmar, que João é Elias, quando, de acordo com o entendimento dos antirreencarnacionistas, como você, não seria. Nesse caso, podemos dizer que Deus nos enganou e que Jesus nos mentiu? Claro que não! Então, só nos resta a conclusão de que João é Elias, ainda que se tente alegar que a Bíblia é inerrante. Em função disso, pergunto: Se a bíblia não erra, então Deus nos enganou e Jesus nos mentiu?! Espero sua resposta; evidentemente, com a devida justificativa, citando o respectivo texto e contexto bíblicos, para usar uma expressão tão a gosto dos evangélicos e em atenção ao que você mesmo afirma.
    Quanto a tua menção á passagem de Hebreus 9,27, digo que, no meu entender, o ponto de vista de que o “só se morre uma vez” veda a reencarnação, só seria válido se lá estivesse escrito “só se nasce uma vez”, já que, se você prestar um pouco de atenção ao texto, sem qualquer preconcepção, verificará que essa passagem, ao contrário do que afirmam os antirreencarnacionistas, não nega a reencarnação, já que o espírito não morre. Assim, como o que morre é o corpo (e ele só morre uma vez, porque se decompõe, retornando aos elementos químicos básicos que o formaram), essa afirmação só seria válida se em Hb 9,27 estivesse escrito que só se nasce uma vez; aí, sim, a reencarnação estaria, nesse ponto, sem suporte bíblico, pois evidenciaria que o espírito só viveria uma única vez, já que, nesse caso, como só poderia nascer uma vez, literalmente estaria impedido de nascer de novo, isto é, de ocupar novo corpo. Mas você poderá argumentar que o “só se nasce uma vez” é contrário à reencarnação, já que se se morre várias vezes não se pode, concomitantemente, afirmar que só se nasce uma vez, pois cada morte é precedida de um nascimento. Entretanto, não esqueça que o ser humano é composto de corpo (matéria) e espírito (essência), como as religiões cristãs e não cristãs assim preconizam, sendo o corpo a parte perecível, que se decompõe, como toda matéria, nos elementos químicos básicos que o formaram para servir de vestimenta do espírito. Isso porque o espírito é o mesmo, mas o corpo é uma nova matéria, que começa a se delinear a partir da fecundação do óvulo pelo espermatozóide, e a existir a partir do início da formação embrionária (concepção), para uso do espírito, como uma vestimenta é usada pelo ser humano. Consequentemente, o “só se nasce uma vez” não entra em conflito com a ressuscitação, já que esta última (ressuscitação) não implica em novo nascimento, mas em um simples retorno, isto é, volta do espírito ao mesmo corpo, do qual ele saíra e que, ainda, não se encontrava decomposto, a exemplo da vestimenta. Não é lógico, meu caro Ávaro?
    E esse meu entendimento está conforme o que diz a “palavra de Deus”, constante de Genesis 3,19 e Eclesiastes 12,7, dizendo este último: “Então o nosso corpo voltará para o pó da terra, de onde veio, e o nosso espírito voltará para Deus, que o deu.” (Bíblia de Estudo Nova Tradução na Linguagem de Hoje, da SBB). Ou será que você, repito, para obedecer a um dogma católico pretenderá contradizer a “palavra” de Deus?
    Abraços. Frazão

  5. Caro Álvaro.
    Teu comentário de 3 January 2012 at 7:12 pm.
    Não quero ensinar pai nosso a vigário e, muito menos, a pastor, mas o texto que você chama de contexto é composto de duas partes: uma que informa que Elias foi arrebatado e outra que mostra que os filhos dos profetas tinham o entendimento de que o arrebatamento de Elias teria sido para qualquer lugar aqui na Terra, conforme se vê da sugestão deles a Eliseu em 2 Rs 2,16, que diz: “E disseram-lhe: Eis que, com teus servos, há cinqüenta homens valentes; ora, deixa-os ir para buscar teu senhor; pode ser que o elevasse o Espírito do SENHOR e o lançasse em algum dos montes ou em algum dos vales. Porém ele disse: Não os envieis.” Veja que os próprios filhos dos profetas que acompanhavam Eliseu sabiam que o arrebatamento não era para o Céu (a morada de Deus), mas, simplesmente, o espaço; tanto, que sugeriram a Eliseu mandar procurar Elias, sugestão essa recusada; será que não foi por Eliseu saber o motivo desse arrebatamento para outro local longínquo, e de súbito (que é o verdadeiro significado de arrebatar), que Eliseu a recusou? E mais: qual o meio mais rápido de se transportar de um lugar para outro (trasladar), e de forma visível, senão pelo espaço?… E foi isso, justamente, o que aconteceu, pois, se tivesse sido por dentro da terra, ou dentro d’água, no mínimo diriam que ele teria ido para a sepultura, ou morrido afogado; nesse caso, ninguém contestaria a sua morte; ou contestaria?
    Quanto ao que você alega de que só os espíritas não entendem que o arrebatamento de Elias foi para o Céu, posso dizer o mesmo com relação aos antirreencarnacionistas já que está bem claro, para os espíritas, e com base no mesmo texto que você cita, que o “céu”, nessa passagem, tem o sentido de espaço; será que ninguém ouviu a expressão “os aviões cruzam o céu do Brasil”, no sentido de espaço? Ou você, para contestar o que digo, vai dizer que naquela época não existia avião?…
    Já quanto a você dizer “Suas piadas eu não fiz nem questão de refutar!”, estou começando a desconfiar que você está querendo partir para o deboche, como já aconteceu com alguns evangélicos que debateram comigo e que estavam começando a ficar sem respostas, como, ao que parece, está acontecendo com você, ao pretender considerar minhas colocações como piadas e começando a dar voltas sobre o mesmo assunto, apegando-se à sinonímia de “arrebatar”, querendo “arranjar” um novo significado para trasladar, como se o sentido deste fosse de “transportar ao Céu” quando, biblicamente, “trasladar” é empregado em dois sentidos; veja o que é dito na observação contida na introdução ao Gênesis, no subtítulo “a história dos patriarcas”, da edição eletrônica da versão da Bíblia de Estudo Almeida Revista e Corrigida: “Morrendo Jacó, os seus filhos “trasladaram o corpo” a Canaã e o sepultaram em um túmulo que Abraão havia comprado (50.13) para ali enterrar a sua esposa (23.16-20). Essa compra de um terreno para sepultura tem no Livro de Gênesis um claro sentido simbólico, prefigurando a tomada de posse pelos israelitas de um território onde os patriarcas do povo haviam vivido como estrangeiros em outra época.”(grifei)
    Repare que o “trasladar” aqui é empregado para noticiar o transporte do corpo de um morto, enquanto é empregado no sentido que você pretende, em relação a Enoque; daí, surge-me a pergunta: por que não foi empregado o verbo trasladar em relação ao arrebatamento de Elias, mas, simplesmente, é dito que ele subiu ao céu num redemoinho?…
    Veja que Elias sequer foi levado; muito menos que ele foi trasladado; ele foi, sim, separado de Eliseu por um carro de fogo e subiu em um redemoinho. Observe que nenhum dos dois verbos (arrebatar ou trasladar) foi aplicado em relação à movimentaçao de Elias pelo espaço.
    Quanto a “Tenha um pouco mais de paciência, pois não posso refutar TODO o seu texto agora, pois estou debatendo com outros espíritas por e-mail!(Mais irei refutar!)” estou começando a desconfiar que a justificativa de outros debates por e-mail é apenas uma desculpa para uma “saída heróica” do debate aqui. E mais: que essas minhas colocações aqui feitas venham ser consideradas como uma falta de respeito de minha parte para você justificar tua desistência do debate.
    Quanto ao teu pedido para ser mais sucinto, esclareço que só poderei atendê-lo na medida em que você seja mais específico e menos repetitivo em tuas abordagens; aí, sim, poderei ser mais sucinto.
    Abraços. Frazão

  6. Prezado Senhor João Frazão,

    O termo “piadas” foi inadequado e eu confesso,por isso,peço que me desculpes.Quero deixar claro que a discordância está tão somente no campo das ideias! Por isso me refiro ao espiritismo e não aos espíritas.

    Eu não tive a intenção de ser desrespeitoso,mas irei continuar o nosso debate:

    Vamos ao debate:

    Dicionário on-line de Português

    Significado de arrebatar:
    1 Retirar;
    2-arrancar; dentre outros sinônimos.

    No mesmo dicionário:(Podes procurar em outros dicionários)

    Significado de trasladar:

    1- Transportar de um lugar para outro;2- levar,3- mudar;

    Arrebatar e Trasladar são sinônimos e os termos aparecem em diferentes versões da Bíblia porque significam a mesma coisa.

    Geralmente aparecem os termos 1-Arrebatar;2-Trasladar ou sinônimos como levado ao ceú ou subiu ao céu nas edições de Estudo ou para grupos específicos (Bíblia da Criança,Bíblia de Estudo para Jovens…etc que aparecem em linguagem formal,porém menos arcaica do que nas edições antigas.)

    Eu me referi ao deboche de alguns espíritas com as Sagradas Escrituras e contrastei com o fato de que eles utilizarem as Sagradas Escrituras para “provarem” suas crenças.Alguns,pois já debati educadamente com muitos espíritas!

    Gênesis 6.3:

    “Então disse o SENHOR: O meu Espírito não agirá para sempre no homem,pois este é carnal;e os seus dias serão cento e vinte anos.

    Algumas explicações aqui:
    1-Meu Espírito refere-se ao Espírito Santo em seu papel de fôlego da ida dada ao homem por ocasião da criação.(cfGn 2.7).2-“Agirá-O termo em hebraico não é claro.Algumas traduções trazem “contenderá”.Deus,está agora determinado a reduzir a expectativa de vida do ser humano,visto no número simbólico de 120 anos,encerrando assim o período anterior de grande longevidade.A corrupção do ser humano pelo pecado recomendava a redução divina da sua média de vida em virtude do seu potencial para o mal.Assim,esta decisão é muito mais uma ação misericordiosa de Deus do que um julgamento.

    Então nós percebemos aqui que este contexto nada tem a ver com reencarnação.

    Continuando:

    “Continuando o seu caminho, entretidos a conversar, eis que de repente um carro de fogo com cavalos de fogo os separou um do outro, e Elias subiu ao céu num turbilhão.”
    II Reis 2 11( Bíblia católica Ave Maria-Todos os direitos reservados)

    Bíblia de Estudo Plenitude João Ferreia de Almeida:

    “Indo eles andando e falando,eis que um carro de fogo,com cavalos de fogoos separou um do outro e;Elias subiu ao céu num redemoinho”

    Algumas conclusões: 1-Não existe contradição,pois Elias subiu ao céu e não vive da mesma forma que nós vivemos.
    2- O contexto de Gênesis 6.3 nada tem a ver com reencarnação.
    3- Os verbos usados nas diferentes versões da Bíblia são sinônimas.

    Retornaremos ao contexto de Gênesis 6:

    “Como se foram multiplicando os homens NA TERRA, e lhes nasceram filhas.(Gn6.1-Maiúsculo acrescentado).

    Em primeiro lugar ,conforme demonstrado anteriormente,Elias subiu ao céu!
    2-Em segundo lugar a expectativa de vida do homem foi reduzida na terra.
    3-Logo,NÃO há contradição!

    Quanto ao canonicidade dos livros bíblicos eu não dissertei sobre isso para não tornar a leitura do texto enfadonha,mas “quem acusa deve ter o ônus da prova”,então me prove que a Bíblia é falsa eu refuto!

    Só uma pergunta: Se a “palavra” (aspas utilizadas por espíritas aqui no post e isso não é deboche!!!!De jeito nehum!) é falsa,então por que usá-la para “provar” a crença e aderir adeptos?

    Não existe contradição nessa objeção!

    Abraços,

    Álvaro Fernandes.

  7. Continuando:

    Responderei com um artigo do Pastor Aírton no tópico heresiologia do seu site:

    DIFICULDADES DO ESPIRITISMO KARDECISTA – VII

    – João Batista e Elias –

    O Espiritismo tem usado alguns textos bíblicos sobre João Batista e Elias, como prova de que a reencarnação faz parte das doutrinas cristãs. Embora o tema já por diversas vezes tenha sido abordado, em matérias diversas, julguei conveniente tratá-lo separadamente.

    Os principais textos bíblicos em torno do assunto são os seguintes:

    (a) “Eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o dia grande e terrível do Senhor” (Malaquias 4.5).

    (b) “E, se quiserdes dar crédito, ele é o Elias que havia de vir” (Mateus 11.14).

    (c) “Os discípulos O interrogavam: Por que dizem, pois, os escribas que é mister que Elias venha primeiro? Jesus lhe respondeu: Certamente Elias virá primeiro, e restaurará todas as coisas. Mas digo-vos que Elias já veio, e não o conheceram, mas fizeram-lhe tudo o que quiseram. Assim, farão eles também padecer o Filho do homem. Então entenderam os discípulos que lhes falara a respeito de João Batista”. (Mateus 17.10-13).

    (d) “Pois [João Batista] será grande diante do Senhor…será cheio do Espírito Santo, já desde o ventre de sua mãe; e converterá muitos dos filhos de Israel ao Senhor seu Deus. Irá adiante dele no espírito e poder de Elias, para converter os corações dos pais aos filhos…” (Lc 1.15-17).

    Em muitos casos a Bíblia se explica a si mesma. Quando algumas passagens se apresentam como de difícil entendimento, devemos buscar auxílio na própria Bíblia. Em primeiro lugar, consideremos que Jesus, na qualidade de Deus Filho, participou da inspiração da Escritura. Vejamos: (a) “Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente preparado para toda boa obra” (2 Tm 3.16-17). (b) “Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que, antes que Abraão existisse, eu sou” (Jo 8.58). Aqui Jesus falou de Sua eternidade, de Sua existência que não teve começo nem terá fim, da Sua condição de Ser não criado, mas Criador. Sua pré-existência absoluta significa igualdade com Deus. Os judeus compreenderam tão bem essa declaração de eternidade, que ficaram enfurecidos e tentaram apedrejar Jesus (Jo 8.59). A mesma expressão lemos em Êxodo 3.14,15, quando Deus fala de Sua eternidade a Moisés. Essas considerações introdutórias ao exame do caso Elias/João Batista, por si, já criam dificuldades aos kardecistas “cristãos” que rejeitam a divindade de Jesus. Em razão disso, precisamos admitir que a Bíblia não pode contradizer-se, por exemplo, dizer em Hebreus 9.27 que o homem morre apenas uma vez, e depois dizer que João Batista é a reencarnação de Elias. O “Eu Sou”, que existiu antes de Abraão, permeia toda a Escritura, faz parte dela, participou da elaboração de cada doutrina, cada ensino, cada profecia.

    Primeiro – Comecemos Lucas 1.15-17. Ali, de maneira alguma se lê que João Batista seria uma reencarnação de Elias. Não se encontra nessa passagem qualquer confirmação da esdrúxula tese reencarnacionista. Nem direta, nem indiretamente, o anjo Gabriel declara que Elias reencarnaria em João, mas que este teria virtudes idênticas às daquele; desenvolveria um ministério muito semelhante ao de Elias em termos de perseguição, de garra, de ousadia, de consagração, unção e poder. Comparemos: (a) como iniciaram seus ministérios (1 Rs 17.1 – Mt 3.1); (b) forma ousada de repreender uma autoridade: Elias repreendeu a Acabe (1 Rs 18.17-18); João, a Herodes (Mt 14.3-4); (c) Elias foi perseguido por Jezabel (1 Rs 19.2-3); João Batista, por Herodias (Mt 14.6-8); os dois viviam de forma austera e discreta.

    Segundo – Quando Jesus falou “Elias já veio” (Mt 17.12) e “ele é o Elias que havia de vir” (Mt 11.14), estava em suma dizendo que Elias não ressuscitara como todos esperavam, mas que João Batista desempenhara o papel de precursor do Messias, com a mesma coragem, virtude e espírito de Elias. Com estas palavras, Jesus confirmava Lucas 1.17. Situação análoga vamos encontrar em 1 Reis 2.15, assim: “O espírito de Elias repousa sobre Eliseu”. Esta declaração foi proferida pouco tempo depois de Elias ter sido arrebatado ao céu num redemoinho (v.11). Pode-se interpretar de forma literal essa passagem? Não. Não se tratava de reencarnação porque Eliseu já possuía o seu desencarnado nele encarnado, se fosse o caso. Os dois viveram numa mesma época. Um não podia ser encarnação do outro; não se trata de possessão mediúnica, ou seja, Eliseu não havia incorporado o espírito de Elias, por óbvias e irrefutáveis razões.

    Terceiro – Ainda em nossos dias usamos esse estilo de expressão: – Nunca mais surgirá um Rui Barbosa. – O Ronaldinho é um verdadeiro Pelé. São termos comparativos. – Se acreditais na vinda de um Elias, “e, se quiserdes dar crédito, ele é o Elias que havia de vir” (Mateus 11.14). Por suas mensagens vibrantes e seu corajoso desempenho diante de situações difíceis, Elias tornou-se símbolo dos profetas. Moisés, por exemplo, era símbolo da Lei (Lc 16.31). As profecias sobre a vinda de Elias não se contradizem. Muito pelo contrário. Vejam: Malaquias 4.5: “Eis que eu vos envio o profeta Elias, antes que venha o dia grande e terrível do Senhor; e converterei o coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos a seus pais; para que eu não venha e fira a terra com maldição”. Lucas 1.15-17: “Porque será grande diante do Senhor, e não beberá vinho, nem bebida forte, e será cheio do Espírito Santo, já desde o ventre de sua mãe. E converterá muitos dos filhos de Israel ao Senhor, seu Deus. E irá adiante dele no espírito e virtude de Elias, para converter o coração dos pais aos filhos e os rebeldes, à prudência dos justos, com o fim de preparar ao Senhor um povo bem disposto”. Logo, as profecias da vinda de Elias se cumpriram em João Batista. Portanto, Elias veio na pessoa de João Batista. É esta a real interpretação de Mateus 11.14 e 17.10-13.

    Quarto – O francês Hippolyte Leon Denizart Rivail soube ser ele a reencarnação dum poeta celta chamado Allan Kardec. Ora, se a crença da reencarnação fosse assim tão difundida e aceita; se Jesus fosse um médium, como diz o kardecismo; se vivessem os apóstolos nesse clima de experiências espirituais, João Batista, como aconteceu com Kardec, seria o primeiro a saber que ele não era ele mesmo. Mas vejam: “Perguntaram-lhe [a João Batista]: Então quem és? És tu Elias? Ele disse: Não sou. És tu o profeta? Não”. E como insistissem para saber quem ele era, respondeu com as palavras do profeta Isaías: “Eu sou a voz do que clama no deserto. Endireitai o caminho do Senhor. Perguntaram-lhe: Então por que batizas, se não és o Cristo, nem Elias, nem o profeta? João respondeu: Eu batizo com água, mas no meio de vós está alguém que não conheceis. Este é aquele que vem após mim, do qual eu não sou digno de desatar as correias das sandálias” (João 1.21-27). João responde aos kardecistas: EU NÃO SOU ELIAS. João era bastante sincero e firme em suas declarações. Se ele realmente tivesse dúvidas ou não soubesse, certamente responderia: EU NÃO SEI SE SOU ELIAS. Ora, um profeta que anuncia a vinda de um Salvador até então desconhecido (“alguém que não conheceis”); que teve a humildade de sair de cena no momento em que Jesus iniciou seu ministério (Jo 3.30); que conhecia a missão que lhe fora confiada, a de preparar os corações para receber as Boas Novas (Is 40.3), um profeta assim cheio do Espírito Santo (Lc 1.15) só poderia responder com absoluta convicção. Devemos crer nas suas palavras, ou seja, ele não era nem nunca foi Elias. Poderíamos parar por aqui, mas vamos prosseguir.

    Quinto – Por ocasião da transfiguração de Jesus, quando apareceram Moisés e Elias (Mt 17.3) João Batista já havia morrido, pois fora decapitado por ordem de Herodes (Mt 14.10). Ora, João era quem deveria aparecer ali, e não Elias, segundo a tese reencarnacionista. Na questão 150 do Livro dos Espíritos lê-se que a alma “tem um fluído que lhe é próprio, colhido na atmosfera de seu planeta, e que REPRESENTA A APARÊNCIA DE SUA ÚLTIMA REENCARNAÇÃO” (o realce é meu). Então, a última aparência daquela alma, que em determinado momento recebeu um corpo humano e se chamou Elias, seria a de João Batista. O que significa dizer que os próprios “espíritos” de Kardec fazem coro com João Batista: ele não era Elias. Eu concordo.

    Sexto – A teoria da reencarnação fundamenta-se no ciclo “morrer-renascer-morrer”, ou seja, sucessivas mortes e sucessivos renascimentos. No monumento sobre o túmulo de Allan Kardec, no cemitério de Pére Lachaise, em Paris, está escrito: “Nascer, morrer, renascer ainda é progredir sempre: esta é a lei”. Para um espírito retornar à vida corpórea, é preciso que tenha desencarnado, isto é, que o corpo haja descido ao pó, exceção somente admitida no caso da primeira encarnação, no estado em que a alma é “simples e ignorante” – tudo isso conforme a doutrina kardecista. Como Elias não morreu, mas foi trasladado ao céu (2 Rs 2.11), não há como os kardecistas admitirem que ele tenha reencarnado em João Batista. Seria um contra-senso. Alegar que a história da trasladação de Elias não merece crédito, não convence, porquanto o kardecismo usa a Bíblia na busca de apoio às suas doutrinas. Seria outro contra-senso.

    Pastor Airton Evangelista da Costa (30.11.2000)

  8. Artigo do Pastor com acréscimos meus!

    Senhor João Frazão!Agora me esforçarei para debater com civilidade,respeito e educação e peço que façais o mesmo!

    Jesus te ama!

    A Paz de Cristo!

    Abraços,

  9. Cara Cristiane Pinto.
    Teu comentário de 19 December 2011 at 10:52 am.
    Você disse:
    “Lendo os livros de Kardec, tem-se a impressão de ler textos de um aluno de ginásio que, não tendo compreendido bem a lição que recebeu, e com presunção própria aos ignorantes, escreve obras sem nexo, contraditórias e mal feitas. O resultado é uma Gnose de “basse cour”, isto é, uma “gnose de galinheiro”.
    Por ela se passa pisando como em “lama” pseudo intelectual.
    Pois lendo o livro A Gênese de Allan Kardec (Ed . Lake, São Paulo, 1a edição, comemorativa do 300 aniversário dessa obra) pode-se encontrar o seguinte texto, escandalosamente racista, do fundador do espiritismo moderno:
    “O progresso não foi, pois, uniforme em toda a espécie humana; as raças mais inteligentes naturalmente progrediram mais que as outras, sem contar que os Espíritos, recentemente nascidos na vida espiritual, vindo a se encarnar sobre a Terra desde que chegaram em primeiro lugar, tornam mais sensíveis a diferença do progresso(sic!). Com efeito, seria impossível atribuir a mesma antiguidade de criação aos selvagens que mal se distinguem dos macacos, que aos chineses, e ainda menos aos europeus civilizados” (Allan Kardec, A Gênese, ed. cit. p. 187, o sublinhado e o negrito são meus).
    Kardec afirma aí o mais grosseiro e brutal racismo,”.

    Por sua vez, diz o saudoso Orlando Fedeli, do site Montfort, no artigo – Allan Kardec, um racista brutal e grosseiro:
    “É bem sabido que o darwinismo suscitou uma grande onda racista. Pois se a luta pela sobrevivência causava a seleção das espécies, a luta entre as raças causaria o aperfeiçoamento da espécie. Assim, o nazismo foi um dos efeitos do darwinismo.
    O que, porém se deixa à sombra, é a influência do darwinismo no racismo de Allan Kardec, o fundador do espiritismo “moderno”.
    Kardec, cujo verdadeiro nome era Hypolite Léon Dénizard Rivail, foi um homem que aprendeu bem mal a Gnose típica das sociedades secretas a que pertenceu. Nessas sociedades do seçulo XIX, se ensinava uma doutrina mais ou menos influenciada pelo romantismo, doutrina em geral originada do cabalista Jacob Boehme. Se Kardec aprendeu mal essa doutrina teosófica e romântica, ensinou-a pior ainda. Daí nasceu o sistema gnóstico grosseiro e cheio de contradições do espiritismo moderno.
    Lendo os livros de Kardec, tem-se a impressão de ler textos de um aluno de ginásio que, não tendo compreendido bem a lição que recebeu, e com presunção própria aos ignorantes, escreve obras sem nexo, contraditórias e mal feitas. O resultado é uma Gnose de “basse cour”, isto é, uma “gnose de galinheiro”.
    Por ela se passa pisando como em “lama” pseudo intelectual.
    Pois lendo — com repugnância — o livro A Gênese de Allan Kardec (Ed . Lake, São Paulo, 1a edição, comemorativa do 100o aniversário dessa obra) pode-se encontrar o seguinte texto, escandalosamente racista, do fundador do espiritismo moderno:
    “O progresso não foi, pois, uniforme em toda a espécie humana; as raças mais inteligentes naturalmente progrediram mais que as outras, sem contar que os Espíritos, recentemente nascidos na vida espiritual, vindo a se encarnar sobre a Terra desde que chegaram em primeiro lugar, tornam mais sensíveis a diferença do progresso(sic!). Com efeito, seria impossível atribuir a mesma antiguidade de criação aos selvagens que mal se distinguem dos macacos, que aos chineses, e ainda menos aos europeus civilizados” (Allan Kardec, A Gênese, ed. cit. p. 187, o sublinhado e o negrito são meus).
    Kardec afirma aí o mais grosseiro e brutal racismo.”

    E você continua:
    “Hoje, queremos apresentar mais um texto desse autor, que, embora tendo baixíssimo nível intelectual, vem causando muito mal, particularmente no Brasil.
    Na obra intitulada O Livro dos Espíritos, Allan Kardec pergunta:
    “6 –Por que há selvagens e homens civilizados? Se tomarmos uma criança hotentote recém nascida e a educarmos nas melhores escolas, fareis dela, um dia, um Laplace ou um Newton?” (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Instituto de Difusão Espírita, Araras, São Paulo, sem data, capítulo V, p. 126).
    Já a pergunta denota um certo racismo, pois supõe que uma criança hotentote, ainda que educada nas melhores escolas, não teria possibilidade natural de alcançar o nível de um cientista branco.
    Allan Kardec explicita seu racismo brutal e grosseiro na resposta que dá a essa pergunta, por ele mesmo feita:
    “Em relação à sexta questão, dir-se-á, sem dúvida, que o Hotentote é de uma raça inferior; então, perguntaremos se o Hotentote é um homem ou não. Se é um homem, por que Deus o fez, e à sua raça, deserdado dos privilégios concedidos à raça caucásica? Se não é um homem, porque procurar fazê-lo cristão ?” (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Instituto de Difusão Espírita, Araras, São Paulo, sem data, capítulo V, p. 127).
    Como é possível se imprimir e difundir, ainda hoje, uma doutrina racista tão brutal e tão grosseira?
    É patente, nas frases citadas, que Allan Kardec considerava a raça branca — a caucásica — superior à raça hotentote.
    E Kardec chega ao absurdo de levantar a hipótese de que um hotentote não seria um homem!
    Hitler aprovaria a doutrina racista de Kardec.
    Como católica, repudio totalmente essa doutrina herética e racista.”

    Já o referido professor, em seu artigo – Allan Kardec, um racista brutal e grosseiro – 2, diz:
    “Vimos já várias citações escandalosamente racistas de Allan Kardec, frutos de sua doutrina caudatária do evolucionismo darwinista.
    Hoje, queremos apresentar mais um texto desse autor, que, embora tendo baixíssimo nível intelectual, vem causando muito mal, particularmente no Brasil.
    Na obra intitulada O Livro dos Espíritos, Allan Kardec pergunta:
    “6 –Por que há selvagens e homens civilizados? Se tomarmos uma criança hotentote recém nascida e a educarmos nas melhores escolas, fareis dela, um dia, um Laplace ou um Newton?” (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Instituto de Difusão Espírita, Araras, São Paulo, sem data, capítulo V, p. 126).
    Já a pergunta denota um certo racismo, pois supõe que uma criança hotentote, ainda que educada nas melhores escolas, não teria possibilidade natural de alcançar o nível de um cientista branco.
    Allan Kardec explicita seu racismo brutal e grosseiro na resposta que dá a essa pergunta, por ele mesmo feita:
    “Em relação à sexta questão, dir-se-á, sem dúvida, que o Hotentote é de uma raça inferior; então, perguntaremos se o Hotentote é um homem ou não. Se é um homem, por que Deus o fez, e à sua raça, deserdado dos privilégios concedidos à raça caucásica? Se não é um homem, porque procurar fazê-lo cristão ?” (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Instituto de Difusão Espírita, Araras, São Paulo, sem data, capítulo V, p. 127).
    Como é possível se imprimir e difundir, ainda hoje, uma doutrina racista tão brutal e tão grosseira?
    É patente, nas frases citadas, que Allan Kardec considerava a raça branca — a caucásica — superior à raça hotentote.
    E Kardec chega ao absurdo de levantar a hipótese de que um hotentote não seria um homem!
    Hitler aprovaria a doutrina racista de Kardec.
    E os espíritas tupiniquins, repudiam eles esse racismo grosseiro e brutal, ou o aceitam?
    Se o repudiam, como poderão continuar aceitando a doutrina espírita de Kardec como revelada por “espíritos superiores”?
    E será que esses “espíritos superiores” eram “caucásicos”, isto é, arianos?
    Não há dúvida, pois: Allan Kardec era um racista grosseiro e brutal. E a doutrina espírita é racista.
    Daí, o orgulho que ela suscita em seus seguidores, que — se são caucásicos — se julgam superiores aos demais mortais, quer porque os consideram de raças inferiores, quer – quando se comparam a outros brancos — os julgam pouco evoluídos espiritualmente.
    Como católico, repudio totalmente essa doutrina herética e racista.”
    _________________________________________________________
    Feitas essas comparações, só posso deduzir que esse teu comentário só não é cópia fiel das duas partes do artigo do professor Orlando Fedeli porque você suprimiu os três primeiros parágrafos da primeira parte e, no teu texto correspondente à segunda, suprimiu a primeira frase e, no final, cinco parágrafos, e teve o cuidado de flexionar o adjetivo católico para o feminino, certamente para dar a impressão que o texto do comentário é de tua autoria.
    Logo, o que me resta dizer é que você cometeu um baita de um plágio, já que copiou um texto sem indicar o seu autor e o site onde você o conseguiu; a não ser que ele tenha chegado às tuas mãos por obra e graça do “espírito santo”, no que duvido, pois ele não iria praticar uma atitude dessas, sob pena de deixar de ser santo…
    Peço desculpa por essa minha atitude, mas senti-me obrigado a fazer isso em face da arrogância, pelo menos de boa parte dos que aqui debatem, em relação aos espíritas.
    Desculpe-me, mais uma vez, mas a verdade tem que ser dita, nos termos do que nos manda Jesus, em Mateus 5,37: “Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; não, não, porque o que passa disso é de procedência maligna.”
    Abraços. Frazão

  10. Cristiane Pinto says:
    19 December 2011 at 11:01 am
    Você disse:
    ***************************
    **************************
    “No mesmo livro A Gênese, que já mencionei, se pode ler o seguinte:
    Esses Espíritos dos selvagens, entretanto pertencem à humanidade; atingirão um dia o nível de seus irmãos mais velhos, mas certamente isso não se dará no corpo da mesma raça física, impróprio a certo desenvolvimento intelectual e moral. Quando o instrumento não estiver mais em relação ao desenvolvimento, emigrarão de tal ambiente para se encarnar num grau superior, e assim por diante, até que hajam conquistado todos os graus terrestres, depois do que deixarão a Terra para passar a mundos mais e mais adiantados (Revue Spirite, abril de 1863, pág. 97: Perfectibilidade da raça negra, in Allan Kardec, A Gênese, Lake _ Livraria Allan Kardec editora, São Paulo, p. 187. O negrito é do original e o sublinhado é meu).
    Nesse texto do fundador do espiritismo moderno, está explicita a tese de que Kardec considerava os selvagens e a raça negra como inferiores.
    O que é racismo bruto e grosseiro.
    *******************************
    E Allan Kardec considerava raças inferiores não só os indígenas e negros, mas também os indivíduos de raça amarela.
    Raça superior seria só a branca.
    Para o racista grosseiro e bruto que foi Allan Kardec também os chineses seriam de uma raça inferior.
    Eis a prova do que estou afirmando, retirada de outro livro de Allan Kardec:
    “Um chinês, por exemplo, que progredisse suficientemente e não encontrasse na sua raça um meio correspondente ao grau que atingiu, encarnará entre um povo mais adiantado” (Allan Kardec, O que é o Espiritismo, Edição da Federação Espírita Brasileira, Brasília, 32a edição, sem data, pp. 206-207. A edição original de Qu’est ce que le Spiritisme é de 1859).
    Portanto, para Kardec e para os espíritas, também os amarelos (japoneses, chineses, etc.), teriam que se reencarnar em raças superiores ou mais adiantadas. Hitler não diria muito diferente.
    E Allan Kardec, esse racista bruto e grosseiro, pretendia que sua palavra fosse superior à palavra de Deus, na Sagrada Escritura,. pois ele escreveu:
    “A reencarnação fazia parte dos dogmas judaicos sob o nome de ressurreição; só os Saduceus, que pensavam que tudo acabava com a morte, não acreditavam nela. As idéias dos Judeus sobre esse ponto, como sobre muitos outros, não estavam claramente definidas, porque não tinham senão noções vagas e incompletas sobre a alma e sua ligação com o corpo. Eles acreditavam que um homem que viveu podia reviver, sem se inteirarem com precisão da maneira pela qual o fato podia ocorrer; designavam pela palavra ressurreição o que o Espiritismo, mais judiciosamente, chama reencarnação ” (Allan Kardec, O Evangelho segundo o Espiritismo, Instituto de Difusão Espírita, Araras 1978, p. 59. O negrito e o sublinhado são meus. O itálico é do autor).
    Portanto Allan Kardec se considerava mais “judicioso” do que a Bíblia, porque, naquilo que os autores inspirados por Deus erraram, ele Kardec elucidou.
    Além de ser, então, um racista brutal e grosseiro, Allan Kardec era um presunçoso soberbo, que se colocava até mesmo acima da Bíblia.”

    Já o professor Fedeli, em seu artigo – Allan Kardec, um racista brutal e grosseiro – 3, diz:

    “Allan Kardec foi de fato um racista grosseiro e bruto, acrescentando ao evolucionismo darwiniano a sua doutrina gnóstica, muito mal aprendida e pior explicada. Seus textos indicam um homem cheio de contradições e de baixo nível intelectual.

    Quero citar dele novos textos, comprovantes desse evolucionismo bruto e grosseiro do espiritismo kardecista.

    No mesmo livro A Gênese, que já mencionei, se pode ler o seguinte:

    “Esses Espíritos dos selvagens, entretanto pertencem à humanidade; atingirão um dia o nível de seus irmãos mais velhos, mas certamente isso não se dará no corpo da mesma raça física, impróprio a certo desenvolvimento intelectual e moral. Quando o instrumento não estiver mais em relação ao desenvolvimento, emigrarão de tal ambiente para se encarnar num grau superior, e assim por diante, até que hajam conquistado todos os graus terrestres, depois do que deixarão a Terra para passar a mundos mais e mais adiantados” (Revue Spirite, abril de 1863, pág. 97: Perfectibilidade da raça negra, in Allan Kardec, A Gênese, Lake _ Livraria Allan Kardec editora, São Paulo, p. 187. O negrito é do original e o sublinhado é meu).

    Nesse texto do fundador do espiritismo moderno, está explicita a tese de que Kardec considerava os selvagens e a raça negra como inferiores.

    O que é racismo bruto e grosseiro.

    Se algum espírita ousar defender esse racismo kardecista, hoje, estará cometendo uma violação das leis anti-racistas vigentes no Brasil.
    E Allan Kardec considerava raças inferiores não só os indígenas e negros, mas também os indivíduos de raça amarela.
    Raça superior seria só a branca.

    Para o racista grosseiro e bruto que foi Allan Kardec também os chineses seriam de uma raça inferior.

    Eis a prova do que estou afirmando, retirada de outro livro de Allan Kardec:

    “Um chinês, por exemplo, que progredisse suficientemente e não encontrasse na sua raça um meio correspondente ao grau que atingiu, encarnará entre um povo mais adiantado” (Allan Kardec, O que é o Espiritismo, Edição da Federação Espírita Brasileira, Brasília, 32a edição, sem data, pp. 206-207. A edição original de Qu’est ce que le Spiritisme é de 1859).

    Portanto, para Kardec e para os espíritas, também os amarelos (japoneses, chineses, etc.), teriam que se reencarnar em raças superiores ou mais adiantadas. Hitler não diria muito diferente.

    E Allan Kardec, esse racista bruto e grosseiro, pretendia que sua palavra fosse superior à palavra de Deus, na Sagrada Escritura,. pois ele escreveu:

    “A reencarnação fazia parte dos dogmas judaicos sob o nome de ressurreição; só os Saduceus, que pensavam que tudo acabava com a morte, não acreditavam nela. As idéias dos Judeus sobre esse ponto, como sobre muitos outros, não estavam claramente definidas, porque não tinham senão noções vagas e incompletas sobre a alma e sua ligação com o corpo. Eles acreditavam que um homem que viveu podia reviver, sem se inteirarem com precisão da maneira pela qual o fato podia ocorrer; designavam pela palavra ressurreição o que o Espiritismo, mais judiciosamente, chama reencarnação” (Allan Kardec, O Evangelho segundo o Espiritismo, Instituto de Difusão Espírita, Araras 1978, p. 59. O negrito e o sublinhado são meus. O itálico é do autor).

    Portanto Allan Kardec se considerava mais “judicioso” do que a Bíblia, porque, naquilo que os autores inspirados por Deus erraram, ele Kardec elucidou.

    Além de ser, então, um racista brutal e grosseiro, Allan Kardec era um presunçoso soberbo, que se colocava até mesmo acima da Bíblia.”

    Com relação a esse teu comentário tenho a dizer que você cometeu um deslize semelhante ao efetuado no teu anterior a esse, isto é, copiar um artigo do professor Fedeli, do qual, nesse, você apenas suprimiu o preâmbulo, a primeira frase e outra, que constavam onde se encontram os asteriscos na transcrição do teu.
    Portanto, minha cara Cristiane Pinto, a exemplo do que eu disse em relação ao anterior sobre o racismo de Kardec, repito: só me resta dizer que você cometeu um baita de um plágio, pois copiou um texto sem indicar o seu autor e o site onde você o conseguiu; a não ser que ele tenha chegado às tuas mãos por obra e graça do “espírito santo”, no que duvido, pois ele não iria praticar uma atitude dessas, sob pena de deixar de ser santo…
    E, também, pedir desculpa por essa minha atitude, mas senti-me obrigado a fazer isso em face da arrogância, pelo menos de boa parte dos que aqui debatem, em relação aos espíritas.
    Desculpe-me, mais uma vez, inclusive pela repetição, mas a verdade tem que ser dita, nos termos do que nos manda Jesus, em Mateus 5,37: “Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; não, não, porque o que passa disso é de procedência maligna.”
    Entretanto, independentemente de serem eles de tua autoria, ou não, antes que você, para pretender justificar esses teus comentários, me venha com a célebre pergunta: “onde está a mentira sobre o que foi dito sobre Kardec?”, respondo que a minha colocação não é para analisar o possível racismo de Kardec, mas para demonstrar que essa tua atitude, sem declarar a autoria dessas palavras, nem a fonte onde foram obtidas, demonstra uma boa dose de má-fé e de que, nisso, foi praticada a famosa máxima “os fins justificam os meios”…
    Finalmente, esclareço que não há nada de pessoal nesta minha colocação, pois, aqui, apenas analisei tua atitude e não tua pessoa.
    Abraços. Frazão

  11. Caro Álvaro.
    Teu comentário de 10 January 2012 at 10:40 am.
    Aqui, com a repetição de passagens bíblicas por mim citadas, você continua tentando deturpar o sentido do que eu disse, e insistir na sinonímia de “arrebatar” e “trasladar”, sinonímia que demonstrei no meu comentário de 9 January 2012 at 9:19 pm, para concluir que Elias não foi trasladado nem arrebatado ao céu, mas através do espaço, conforme os filhos dos profetas que acompanhavam Eliseu entenderam, ao sugerirem a Eliseu mandar 50 homens procurar Elias, no que Eliseu não aceitou, simplesmente porque sabia que Elias deveria ter sido levado para algum lugar longínquo aqui na Terra. Nesse mesmo comentário eu mostrei, até, que o verbo trasladar foi usado para informar que o corpo de Jacó foi transportado pelos seus filhos para Canaã, onde o sepultaram em um túmulo que Abraão havia comprado para enterrar a sua esposa.
    Em seguida, você transcreve a passagem de Gênesis 6,3, e repete o mesmo argumento de que a fixação de idade em 120 anos não tem nada a ver com reencarnação, o que, ao menos avisado, parece ser verdade; entretanto, você, aqui, está dando uma de “João sem braço”, porque “esqueceu” de que essa passagem 6,3 de Gênesis foi por mim citada, fazendo parte de um contexto (palavra que tanto os evangélicos gostam) onde faço referência a Eclo 14,12, que diz que é lei deste mundo que se morra; ora, meu caro, como você poderá ver, nem eu, tampouco, disse que tenha relação com reencarnação; apenas fiz a conjugação dessas duas passagens (Gn 6,3 e Eclo 14,12) para formar um contexto em que fica demonstrado que ninguém pode ficar sem morrer, e que o tempo máximo de vida, conforme a Bíblia, é de 120 anos (embora, atualmente, se noticie que pessoas tenham vivido mais do que isso), o que me fez deduzir que Elias teria que ter morrido.
    E daí concluí que, como Elias morreu, ele seria João, conforme o próprio Jesus afirmou e confirmou, de acordo com o que consta em Mateus 11,10-15 e 17,10-13. Logo, meu caro, apesar de se alegar que o próprio João tenha dito que não era Elias, é de se ter em mente que Jesus disse que João é Elias; aí te pergunto: qual a palavra que vale mais – a de João ou a de Jesus? Para mim vale a de Jesus; agora, por favor, me responda: qual das duas é a que vale para você?! Após a resposta, me informe o porquê…
    Você diz, com base na Bíblia de Estudo Plenitude João Ferreira de Almeida:
    “Algumas conclusões: 1-Não existe contradição, pois Elias subiu ao céu e não vive da mesma forma que nós vivemos.”
    Veja, meu caro, que você mesmo reconhece que Elias, no céu, não vive da mesma forma que nós vivemos aqui na terra; logo, você mesmo entende que são formas diferentes de vida, isto é, aqui é vida material e lá, no céu, é vida espiritual; consequentemente, para bom entendedor, não preso a dogmas, Elias não poderia ter ido em corpo ao céu; a não ser que lá tenha morrido e perdido seu corpo carnal, já que “o espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos disse são espírito e vida.”, conforme o próprio Jesus diz em João 6,63.
    Você disse, ainda:
    “Quanto ao canonicidade dos livros bíblicos eu não dissertei sobre isso para não tornar a leitura do texto enfadonha, mas “quem acusa deve ter o ônus da prova”, então me prove que a Bíblia é falsa eu refuto!”

    Meu caro; aqui você está tentando distorcer o que eu disse quanto à Bíblia ser ou não verdadeira, pois o que eu te pedi foi para você me informar sobre qual das Bíblias era a verdadeira, se a católica ou as protestantes, face às divergências entre as suas versões, em virtude das supressões de texto efetuadas nas protestantes.
    Para que não restem dúvidas vou transcrever, em caixa alta, o que eu disse no comentário a que você aqui se refere:
    “… AÍ, PERGUNTO: QUAL DAS DUAS BÍBLIAS É A PALAVRA DE DEUS – A CATÓLICA OU AS PROTESTANTES (NO PLURAL), JÁ QUE SÓ A SBB TEM 5 VERSÕES?”
    Portanto não cabe essa tua afirmação de que eu duvidei da Bíblia em si, quando, conforme escrevi, a minha dúvida é sobre qual das versões é a verdadeira “palavra” de Deus: a católica, ou alguma das protestantes?!
    Continuo aguardando uma resposta de tua parte, ou da de algum católico participante dos debates, sobre qual das versões da Bíblia é a verdadeira palavra de Deus… Claro que sem aquela de que para os evangélicos são as versões protestantes e para os católicos a sua versão do texto completo original, já que todas elas contêm os ensinamentos de Deus, em maior ou menor quantidade.
    Quanto a tua pergunta: “Se a “palavra” (aspas utilizadas por espíritas aqui no post e isso não é deboche!!!! De jeito nehum!) é falsa, então por que usá-la para “provar” a crença e aderir adeptos?”, esclareço que, pelo menos no meu caso, não considero a bíblia como falsa, mas que há nela algumas divergências como, por exemplo, a apontada em meu comentário de 3 January 2012 at 5:14 pm, do seguinte teor: “Com relação ao “palavra” entre aspas, de Deus, esclareço que usei as aspas para demonstrar que a palavra não é tão de Deus assim; se fosse realmente de Deus, não conteria divergências no seu texto (ou contexto?) como, por exemplo, em Mt 27,32; Mc 15,21 e Lc 23,27 a “palavra” de Deus diz que Simão, o Cireneu, foi obrigado a carregar a cruz, enquanto em Jo 19,17 diz que foi Jesus quem a quis carregar; daí surge-me a pergunta: Qual das falas que nos está informando a verdade? Como Deus não mente (Nm 23,19), não pode haver divergência no que Ele nos diz, ainda que por intermédio dos seus escolhidos, pois a palavra de Deus não pode conter divergências; ou pode?!”; veja, meu caro, que há divergência em relação à descrição do que ocorreu no trajeto entre o Pretório e o Gólgota, para crucificação de Jesus; justamente em relação ao fato mais importante do Cristianismo que hoje se divulga, que é a morte sacrificial de Jesus, para remissão dos nossos pecados.
    Lembro que você continua me devendo resposta a essa parte do meu comentário.
    Quanto a vocês acharem que consideramos a Bíblia falsa e que, portanto, não a deveríamos usá-la, esclareço que a utilizamos na medida em que os não reencarnacionistas a usam para atacar a Doutrina Espírita, ou seja, utilizamos, em nossa defesa, a mesma arma usada por vocês para nos atacar; se você fosse advogado e um cliente teu fosse acusado de um crime você usaria o Código Civil ou o próprio Código Penal, para defendê-lo?
    Assim, como vocês usam a Bíblia para acusar a Doutrina Espírita, nós a utilizamos para defender o Espiritismo, citando os textos bíblicos que dão suporte ao nosso entendimento, como vocês os usam para dar suporte ao de vocês; quer procedimento mais lógico e equânime? E mais: por que só em relação ao que vocês entendem é que a Bíblia é verdadeira?
    Ou os textos bíblicos e respectivos entendimentos são exclusivos do catolicismo e do protestantismo?!…
    Só falta você dizer que sim…
    Abraços. Frazão

  12. Senhor Administrador.
    Por que não foi publicado o meu comentário de 13 January 2012 at 7:25 pm, em resposta ao do Álvaro, de 10 January 2012 at 10:40 am?
    Será que, como de costume dos sites “cristãos”, já está sendo iniciado o boicote aos comentários defendendo a Doutrina Espírita?!
    Se assim for, que, pelo menos, publiquem os meus em resposta aos já publicados; é o mínimo que deve acontecer em tais situações, em atendimento ao direito basilar de resposta; principalmente, levando-se em consideração que a Doutrina Espírita é que foi atacada antes.
    Esclareço que ainda falta ser remetido um comentário, em resposta ao outro do Álvaro, de 10 January 2012 at 11:19 am, o que farei em seguida.
    Após a publicação das respostas, caso o senhor não pretenda dar continuidade aos debates, que ponha um aviso informando que os comentários estarão suspensos a partir daí.
    Abraços. Frazão

  13. Caro Álvaro.
    Teu comentário de 10 January 2012 at 11:19 am

    O autor do artigo por você transcrito, na tentativa de desacreditar a lei da reencarnação, querendo justificar que a promessa feita por Deus em Malaquias 4,5, de enviar o profeta Elias, não ocorreu com a reencarnação de Elias como João, mas, sim, com o fato de que João teve a mesma função ou ministério de Elias, diz:
    Primeiro – Comecemos Lucas 1.15-17. Ali, de maneira alguma se lê que João Batista seria uma reencarnação de Elias. Não se encontra nessa passagem qualquer confirmação da esdrúxula tese reencarnacionista. Nem direta, nem indiretamente, o anjo Gabriel declara que Elias reencarnaria em João, mas que este teria virtudes idênticas às daquele; desenvolveria um ministério muito semelhante ao de Elias em termos de perseguição, de garra, de ousadia, de consagração, unção e poder. Comparemos: (a) como iniciaram seus ministérios (1 Rs 17.1 – Mt 3.1); (b) forma ousada de repreender uma autoridade: Elias repreendeu a Acabe (1 Rs 18.17-18); João, a Herodes (Mt 14.3-4); (c) Elias foi perseguido por Jezabel (1 Rs 19.2-3); João Batista, por Herodias (Mt 14.6-8); os dois viviam de forma austera e discreta.
    Segundo – Quando Jesus falou “Elias já veio” (Mt 17.12) e “ele é o Elias que havia de vir” (Mt 11.14), estava em suma dizendo que Elias não ressuscitara como todos esperavam, mas que João Batista desempenhara o papel de precursor do Messias, com a mesma coragem, virtude e espírito de Elias. Com estas palavras, Jesus confirmava Lucas 1.17. Situação análoga vamos encontrar em 1 Reis 2.15, assim: “O espírito de Elias repousa sobre Eliseu”. Esta declaração foi proferida pouco tempo depois de Elias ter sido arrebatado ao céu num redemoinho (v.11). Pode-se interpretar de forma literal essa passagem? Não. Não se tratava de reencarnação porque Eliseu já possuía o seu desencarnado nele encarnado, se fosse o caso. Os dois viveram numa mesma época. Um não podia ser encarnação do outro; não se trata de possessão mediúnica, ou seja, Eliseu não havia incorporado o espírito de Elias, por óbvias e irrefutáveis razões.
    Terceiro – Ainda em nossos dias usamos esse estilo de expressão: – Nunca mais surgirá um Rui Barbosa. – O Ronaldinho é um verdadeiro Pelé. São termos comparativos. – Se acreditais na vinda de um Elias, “e, se quiserdes dar crédito, ele é o Elias que havia de vir” (Mateus 11.14). Por suas mensagens vibrantes e seu corajoso desempenho diante de situações difíceis, Elias tornou-se símbolo dos profetas. Moisés, por exemplo, era símbolo da Lei (Lc 16.31). As profecias sobre a vinda de Elias não se contradizem. Muito pelo contrário. Vejam: Malaquias 4.5: “Eis que eu vos envio o profeta Elias, antes que venha o dia grande e terrível do Senhor; e converterei o coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos a seus pais; para que eu não venha e fira a terra com maldição”.

    Entretanto, este autor esquece-se de que, quando Deus disse em Malaquias (3:23 em algumas traduções e em outras 4:5) “Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor”, Ele não disse que mandaria um profeta indeterminado, Ele já determinou quem seria esse profeta, ou seja, seria Elias. E Deus, que é onipotente, por ser onipresente e onisciente, já disse que o profeta seria Elias e não um profeta qualquer. E quem somos nós, eu, o autor do artigo e todos os religiosos, evangélicos ou não-evangélicos, para contestar o que Deus diz? Como se vê, Ele receitou o remédio e, no momento aprazado, o forneceu conforme o prometido, e não um similar; nem o genérico, como se diz atualmente. Isso porque Ele só trabalha com produto original! Para que não reste dúvida: Ele mando o espírito
    Além disso, se for aceito o ponto de vista do autor de que João não é Elias, mas que desempenhara o papel de precursor do Messias, com a mesma coragem, virtude e espírito de Elias, em contraposição ao que é dito em Malaquias e em Mateus (11:14-15 e 17:12-13), só poderemos deduzir que Deus nos enganou porque prometeu que enviaria Elias e enviou outro profeta, e que Jesus mentiu ao afirmar que João era Elias. Desculpe-me se você achar que estou sendo um blasfemo, mas Deus entenderá essa minha colocação. Esclareço que cheguei a essa conclusão, relativamente ao fato aqui enfocado, mais uma vez aplicando as práticas sugeridas pelos evangélicos de analisar o TEXTO E O CONTEXTO e acatando o “A BÍBLIA INTERPRETA A PRÓPRIA BÍBLIA”, ENTENDIMENTO SUGERIDO E ACEITO NO MEIO EVANGÉLICO. Isso porque esses três textos são tão explícitos que não precisamos interpretá-los, mas, simplesmente, deduzir que João é Elias porque Deus disse: “Eis que vos envio o profeta Elias antes que venha o grande e terrível dia do Senhor” e Jesus afirma que João é o Elias que havia de vir (Mt 11, 13-15) e confirma que Elias já veio e não o reconheceram (Mt 17,10-13), momento a partir do qual os apóstolos (Pedro, Tiago e João) entenderam que Jesus lhes falara de João, o batista.
    Eis o episódio para o qual muitos leitores da Bíblia não atentam e os “estudiosos” (inconsciente, ou intencionalmente) não divulgam: é o referente à pergunta dos apóstolos a Jesus e o fato deles entenderem que Jesus lhes falara de João, o batista, conforme consta em Mateus 17,10-13: “10 E os seus discípulos o interrogaram, dizendo: Por que dizem, então, os escribas que é mister que Elias venha primeiro? 11 E Jesus, respondendo, disse-lhes: Em verdade Elias virá primeiro e restaurará todas as coisas. 12 Mas digo-vos que Elias já veio, e não o conheceram, mas fizeram-lhe tudo o que quiseram. Assim farão eles também padecer o Filho do Homem. 13 Então, entenderam os discípulos que lhes falara de João Batista.”
    Veja, meu caro Álvaro, que, embora seja importante o que consta no versículo 13, onde é dito “os discípulos entenderam que Jesus lhes falara de João Batista”, o importante, para a compreensão da existência da reencarnação, é a pergunta constante do versículo 10, a respeito da vinda de Elias, pois demonstra que os discípulos, pelo menos Pedro, Tiago e João, que assistiram ao fenômeno da transfiguração, TINHAM PLENO CONHECIMENTO DA REENCARNAÇÃO; senão, não teria cabimento eles terem feito a pergunta sobre a vinda de Elias, e o fato deles, em conseqüência da resposta de Jesus, terem COMPREENDIDO que Ele lhes tinha falado de João Batista. E, pela forma como está dito, será forçar demais afirmar-se que os discípulos disseram que estavam entendendo que era a respeito de João, o batista, que Jesus lhes falara, apenas para não desagradar ao Mestre!

    Quanto ao quarto item em que o autor diz sobre o fato de Hippolyte ter adotado o pseudônimo de Allan Kardec porque soube ter sido ele a reencarnação de um poeta celta, tenho duas observações a fazer:
    1) da maneira em que está aplicado o verbo “soube”, vê-se que o autor está pretendendo dar a entender que o próprio Hippolyte descobriu, por ele próprio, que foi um poeta de nome Allan Kardec em encarnação anterior, enquanto que, pelo que consta em sua biografia, ele foi informado pelo seu espírito protetor (anjo da guarda), de nome Zéfiro;
    2) ele não foi um poeta mas, sim (segundo sua biografia escrita por Henri Sausse), um druida, cujo significado é “sacerdote celta, de grande influência política, que acumulava funções de educador e juiz”(Dicionário Houaiss);
    Portanto, meu caro Álvaro, o artigo que você escolheu para justificar a impossibilidade da existência da reencarnação é de um autor que, ao que parece, não tem muito conhecimento para escrever sobre o Espiritismo, embora demonstre ter boa memória para citar textos bíblicos; mas isso não é o suficiente, pois, ao dar destaque ao que disse João, e, daí, tirar a conclusão de que este não poderia ser Elias, porque o próprio João assim o disse, esqueceu-se de um pequeno detalhe, que joga por terra a sua conclusão: Jesus afirmou (Mt 11,13-15) e confirmou (Mt 17,10-13), com todos os “efes” “erres”, que João era Elias!
    Nesse caso, vale mais o que disse Jesus ou o que disse João?! Responda-me, por favor…

    Quanto ao quinto item o autor, para negar a reencarnação, menciona o fenômeno da transfiguração e diz que quem deveria ter aparecido seria João e não Elias, pelo fato de João já se encontrar morto; em abono ao seu entendimento ele cita a Questão 150, de O Livro dos Espíritos, por esta informar que o espírito “tem um fluído que lhe é próprio, colhido na atmosfera de seu planeta, e que REPRESENTA A APARÊNCIA DE SUA ÚLTIMA REENCARNAÇÃO” (o realce é do autor).
    Entretanto, a fim de que nem o autor, nem você e nem o leitor fiquem com uma informação pela metade e, também, para demonstrar o que afirmei sobre a falta de conhecimento do autor para comentar sobre Espiritismo, vou transcrever o segundo parágrafo do nº 102 do Capítulo VI de “O Livro dos Médiuns”, que diz:
    “Podendo tomar todas as aparências, o Espírito se apresenta sob a que melhor o faça reconhecível, se tal é o seu desejo. Assim, embora como Espírito nenhum defeito corpóreo tenha, ele se mostrará estropiado, coxo, corcunda, ferido, com cicatrizes, se isso for necessário à prova da sua identidade. Esopo, por exemplo, como Espírito, não é disforme; porém, se o evocarem como Esopo, ainda que muitas existências tenha tido depois da em que assim se chamou, ele aparecerá feio e corcunda, com os seus trajes tradicionais.”
    Portanto, para nós, espíritas, essa colocação do autor, desculpe-me, não tem razão de ser, por demonstrar falta de conhecimento dos postulados espíritas, ou por absoluta má-fé, como alguns dos não reencarnacionistas fazem, visando combater a reencarnação, sem conhecimento básico doutrinário para tal. Veja você que, como havia interesse na identificação de Elias, o espírito se apresentou identificando-se como sendo Elias (já que ninguém presente ao ato da transfiguração, exceto Jesus, poderia conhecer as feições de Elias) para, justamente, suscitar a dúvida nos discípulos e permitir a Jesus esclarecer que João era Elias. (MT 17,10-13). Não é mais lógica essa interpretação?
    Já no item sexto, para negar a reencarnação, o autor menciona que Elias não morreu; entretanto ele esquece-se que na “palavra” de Deus está escrito que o tempo de vida do ser humano será de 120 anos (Gn 6,3) e que é lei deste mundo que é preciso morrer (Eclo 14,12). Logo, conforme já disse em comentário anterior, em função dessas duas passagens da “palavra” de Deus, Elias teria que morrer no máximo aos 120 anos. Portanto, se aceito o ponto de vista do autor, de que Elias não morreu, estará sendo desobedecida (para não se dizer negada) a “palavra” de Deus; ou para não se desobedecer um dogma católico vai-se negar a palavra de Deus?!
    Finalmente, como tanto você quanto o autor do citado artigo falam em contrassenso de nossa parte, por usarmos a Bíblia para justificar Doutrina Espírita, chegou a minha hora de “devolver a peteca”: por que você e ele usaram a questão 150 de “O Livro dos Espíritos” para “justificar” o dogma contra a reencarnação que, segundo vocês, é um dogma Espírita?! Será que só é contrassenso o uso do livro da outra religião, para negar essa religião, quando praticado pelos espíritas?…
    Abraços. Frazão

  14. Sr. João Frazão, o administrador não está online o tempo inteiro pois tem também uma vida extra-internet para administrar. Relaxe que os comentários dos hereges (no caso, o seu interlocutor) também padecem de igual “delay”.

    Pendências liberadas.

  15. Prezado Senhor João Frazão,

    Em primeiro lugar, nem nós(evangélicos) e nem os católicos “apostólicos” romanos USAM o “livro dos espíritos” para justificar dogmas,costumes e doutrinas;entretanto,os espíritas utilizam a Bíblia Sagrada para “FUNDAMENTAR” doutrinas e posteriormente procuram desacreditá-la,ridicularizá-la e inferiorizá-la!Não sei se este é o seu caso,mas a maioria dos espíritas com os quais já debati duvidavam da veracidade e inspiração da Bíblia!

    Em segundo lugar,”Deus não nos enganou” ao utilizar o profeta Malaquias neste versículo:

    Malaquias 4.5:

    “Eis que vos enviarei o profeta Elias,antes que venha o grande e terrível Dia do Senhor”.

    Vale salientar que o livro de Malaquias é um livro PROFÉTICO e com comparações,símiles e metáforas;por exemplo:

    A Questão do dízimo(que não é o assunto do nosso debate,mas irei utilizar para demonstrar a linguagem figurada do profeta

    Malaquias 3.10:

    “Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro,para que haja mantimento na minha casa;e provai-me nisto,diz o Senhor dos exércitos,se eu não vos abrir as janelas do céu,e não derramar sobre vós benção sem medida.”

    Tu afirmas categoricamente que ELIAS é João Batista e não aceitas que ali seja uma comparação ou uma metáfora ou identificação;pois então vejamos:

    Mostre-me de forma literal “as janelas dos céus”? Mostre-me de forma literal ,qual será o “grande e terrível dia do Senhor”?Todo o contexto é apresentado de forma figurada semelhante ao Livro do Apocalipse.Cometeremos o mesmo erro ao tentar interpretar o Apocalipse de forma literal! Quem é a “Grande Meretriz”? O que significa as “sete taças”?”Os setes selos”? Enfim!Apenas alguns ínfimos exemplos!Podemos apenas conjecturar,mas não afirmar categoricamente,pois percebemos a clara linguagem figurada!

    Enfim,eu irei esperar sua resposta e depois te enviarei um artigo sobre os principais versículos utilizados pelos espíritas: Ml 4.5;Mt17.10-13;Mc9.11-13;Lc1.17;Jo1.21.

    Breve explicação:

    Ml 4.4-6: A Lei Justa veio através de Moisés e era apropriado que o último profeta de Israel antes da era messiânica convocasse o povo a se lembrar dos mandamentos da aliança.A promessa de que Elias viria anunciar o Dia do Senhor trouxe a esperança de que Deus ainda falaria a Israel.Jesus identificou e comparou João Batista como o Elias que anunciou o Messias(Mt 17.10-13).

    Enfim!Que Cristo te abençoe e que tu possas ter uma grandiosa experiência com ELE!

    Oséias 6.3:”Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor;como a alva,a sua vinda é certa; e ele descerá sobre nós como a chuva,como chuva serôdia que rega a terra.”

    A Paz de Cristo!

    Que Deus te abençoe!

    Abraços,

    Álvaro Fernandes.

  16. Caro João Frazão, aqui vai a fonte:
    http://www.montfort.org.br/old/index.php?secao=veritas&subsecao=religiao&artigo=kardec&lang=bra

    Está satisfeito agora? Assumo mesmo, não tenho problema em assumir, tirei essas informações do site Montfort, do texto do professor Orlando Fedeli. E isso já prova que não pretendia apresentar texto de outra pessoa como sendo da minha autoria. Só que ficou faltando eu citar a fonte. Pelo menos uma vez você disse a verdade, meus parabéns. Eu tirei estes trechos do site do professor Orlando Fedeli. Só não citei a fonte. Erro meu. Geralmente eu cito, mas desta vez eu não citei.

    Estou tentando deixar desse costume de copiar textos desde o ensino médio. Porque não sei se você sabe, na escola do ensino médio, não nos ensinam a citar sempre as fontes, e nas escolas os alunos geralmente não escrevem com as próprias palavras, e sim copiam. Se não ensinam a gente a ser correta, como querem que a gente seja correta, não é mesmo?

    Obrigada por ter me lembrado de citar a fonte, porque nem sempre eu lembro de citar. Obrigada por me corrigir, isto não deixa de ser uma obra de caridade, mesmo vinda de um herege. Sem querer te ofender, é claro, mas você deve estar cansado de saber que os espíritas para nós são hereges. Mas saiba que apenas a caridade não salva ninguém. Não é esse ato de caridade da sua parte que vai dar garantia para sua salvação, porque o homem não se salva por esforço próprio, só se salva pela graça de Deus. Por falar nisso, como eu procuro ser uma boa católica na primeira oportunidade vou me confessar. Tenho pelo menos um pecado a confessar.

    E aproveito para te corrigir quanto a isso também, porque duvido que você nunca tenha copiado algum texto. Deve ter feito isso durante a escola. Deve ter colado na prova, muitas pessoas fazem isso. Cola também é cópia, sabia? Será que não é plágio também? Copiar trabalho de alguém também pode ser considerado plágio, sabia? Será que você nunca pegou o texto da internet para fazer um trabalho de escola, sem citar a fonte? Ou mesmo de um livro ou de uma revista qualquer? Será que nunca copiou a tarefa de casa de algum colega seu? Duvido. Seria bom fazer um exame de consciência, será que você também não cometeu o belo de um plágio? Quem nunca copiou algo, que atire a primeira pedra. E duvido que você nunca tenha copiado nenhum texto, não é mesmo, caro João? Portanto, aproveito para te corrigir também. É bom nunca mais fazer isso, assim como eu também pretendo nunca mais fazer algo parecido.

    “analisar o possível racismo de Kardec, mas para demonstrar que essa tua atitude, sem declarar a autoria dessas palavras, nem a fonte onde foram obtidas, demonstra uma boa dose de má-fé e de que, nisso, foi praticada a famosa máxima “os fins justificam os meios”…”

    Má-fé? Cuidado por não julgar alguém injustamente, caro João. Chega a ser um pecado muito grande. A ação pode ser ruim, mas ninguém sabe as intenções da pessoa. A ação pode parecer de má fé, mas pode não ter sido minha intenção demonstrar má-fé. Tudo isso só porque eu me esqueci de citar a fonte? Foi esquecimento, nada mais do que isso. Creio que o meu erro foi isso, me esquecer de citar a fonte. Apenas isso. Não foi minha intenção apresentar o texto do Orlando Fedeli como sendo de minha autoria. Não pretendia chegar a esse ponto.

    Apenas esqueci de citar a fonte. Claro, eu passei o texto para o feminino porque eu não sou homem, e ficaria estranho eu colocar trechos no masculino. Faltou apenas citar a fonte de onde tirei as informações. Eu nunca fui o tipo de pessoa que acredita que os fins justificam os meios. E como você não me conhece, não pode dizer qual foi minha real intenção. E mesmo se conhecesse, não poderia dizer, porque só Deus sabe o que se passa no coração das pessoas.

    Viu como chego a agradecer por você me corrigir quando erro? Então, por que em vez de nos agradecer por corrigir vocês, que estão errados, vocês vêm com quatro pedras na mão? Hein? Por acaso você não sabe que é dever de todo cristão corrigir os que estão no erro? Corrigir também é um ato de caridade, também é um ato de amor. Quem ama corrige. E o espiritismo é errado, quer você queira ou não aceitar isso, caro João.

    “E, também, pedir desculpa por essa minha atitude, mas senti-me obrigado a fazer isso em face da arrogância, pelo menos de boa parte dos que aqui debatem, em relação aos espíritas.”

    Mas eu nunca disse que era santa e incapaz de errar, caro João Frazão. Pode olhar nas minhas mensagens anteriores, em nenhum momento eu disse que era santa, que não tinha pecado. Eu pelo menos reconheço que tenho falhas, que tenho pecado, e você por acaso reconhece? O primeiro passo para a pessoa se corrigir é reconhecer que errou.

    Mas devo dizer que mesmo que eu tenha errado, por não ter citado a fonte, e mesmo que eu tenha te agradecido por me corrigir, sua atitude não foi nem um pouco legal. Porque eu não fico falando dos erros e dos pecados pessoais dos outros. Estamos debatendo sobre doutrinas, e não sobre os erros pessoais dos outros. Eu apenas critico uma doutrina, não tenho nada pessoal contra os espíritas. Só não concordo com a doutrina espírita. Você deveria tentar não levar para o lado pessoal, porque não estamos falando da pessoa espírita, e sim do espiritismo.

    Arrogância é a sua, que resolveu fazer isso só porque nós criticamos a doutrina espírita. Que foi, o espiritismo é intocável? Se vocês se acham no direito de criticar o catolicismo, por que então não podemos criticar o espiritismo? Que eu saiba, não somos obrigados a concordar com tal doutrina, não é mesmo?

    “Portanto Allan Kardec se considerava mais “judicioso” do que a Bíblia, porque, naquilo que os autores inspirados por Deus erraram, ele Kardec elucidou.”
    Nunca vi alguém dizer tamanha asneira. Quem disse que Alan Kardec é melhor do que aqueles autores inspirados por Deus? Onde foi que esses autores erraram? Só porque não acreditavam em reencarnação?

    ““A reencarnação fazia parte dos dogmas judaicos sob o nome de ressurreição”
    Isso quem diz é Alan Kardec, mas não é verdade. Afirmar isso já é uma atitude de má-fé por parte de Kardec. Ressurreição e reencarnação NÃO SÃO a mesma coisa, são duas coisas completamente diferentes.
    Fonte:http://www.montfort.org.br/old/index.php?secao=cartas&subsecao=doutrina&artigo=20040904140000&lang=bra

    Desta vez citei a fonte, viu? Para ver que não estou de má fé. Passar bem.

  17. “a doutrina espírita nega a redenção dos pecados realizada por Cristo no Calvário.

    É o que verificamos claramente nas palavras de Leão Denis, famoso escritor kardecista: “Não, a missão de Cristo não era resgatar com o seu sangue os crimes da humanidade. O sangue, mesmo de um Deus, não seria capaz de resgatar ninguém. Cada qual deve resgatar-se a si mesmo, resgatar-se da ignorância e do mal” (Leão Denis, “Cristianismo e espiritismo”, p. 88).

    Este escritor espírita, em suas palavras, apenas repete a doutrina que Kardec ensina no Livro dos Espíritos com relação à redenção. Kardec, no entanto, não usa o termo redenção, mas fala em “expiação”. Passo a citar-lhe então palavras de Kardec acerca da “expiação” dos pecados, retiradas todas do Livro dos Espíritos do Kardec (FEB, 76a. edição, 1944). Os destaques são todos meus:

    “…ensinam também [os espíritos superiores] não haver faltas irremissíveis, que a expiação não possa apagar. Meio de consegui-lo encontra o homem nas diferentes existências que lhe permitem avançar, conformemente aos seus desejos e esforços, na senda do progresso, para a perfeição, que é o seu destino final” (Introdução VI, p.27); q. 998:

    expiação se cumpre no estado corporal ou no estado espiritual? “A expiação se cumpre durante a existência corporal, mediante as provas a que o Espírito se acha submetido e, na vida espiritual, pelos sofrimentos morais, inerentes ao estado de inferioridade do Espírito” (p.461); q. 999:

    Basta o arrependimento durante a vida para que as faltas do Espírito se apaguem e ele ache graça diante de Deus? “O arrependimento concorre para a melhoria do Espírito, mas ele tem que expiar o seu passado” (p.461); “…para alcançarem essa perfeição, [os Espíritos] têm que sofrer todas as vicissitudes da existência corporal: nisso é que está a expiação.” (q. 132, p. 103).

    “segundo Kardec, não é Cristo que nos redime mas somos nós mesmos que alcançamos nossa salvação por meio das diferentes existências, isto é, por meio da reencarnação. Disso decorre que a doutrina da reencarnação vai diametralmente contra as palavras do próprio Cristo, que disse

    “Isto é o meu sangue (…) o qual será derramado por muitos para remissão dos pecados” (Mt XXVI,28).

    E vai contra também as palavras de São Paulo:

    “É nele [em Cristo] que temos a redenção pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo as riquezas da sua graça a qual ele derramou abundantemente sobre nós” (Ef I, 7).

    Esta divergência entre os ensinamentos de Cristo e a doutrina espírita provam como o kardecismo não é cristão, e que os espíritas só falam de Cristo para atrair cristãos para seus centros, a fim de os desviar do reto caminho.”
    Fonte: http://www.montfort.org.br/old/perguntas/ressurreicao_reencarnacao.html

  18. Ah, caro João Frazão, aqui vão mais fontes do texto que esqueci de citar:
    http://www.montfort.org.br/veritas/kardec.html
    http://www.montfort.org.br/veritas/kardec2.html
    http://www.montfort.org.br/veritas/kardec3.html

    Satisfeito agora?

    “E, também, pedir desculpa por essa minha atitude, mas senti-me obrigado a fazer isso em face da arrogância, pelo menos de boa parte dos que aqui debatem, em relação aos espíritas”
    É isso que você faz quando alguém discorda de você? Estamos debatendo sobre doutrinas, e não sobre erros pessoais dos outros. Eu não fico apontando o dedo e falando de erros pessoais de quem discorda de mim. Não foi legal o que você fez.

  19. Caro Álvaro.
    Teu comentário de 14 January 2012 at 2:34 pm.
    Com relação à tua primeira colocação de que os antirreencarnacionistas não usam O Livro dos Espíritos, para justificar dogmas, esclareço que você, mais uma vez, está querendo distorcer minhas palavras, pois o que eu escrevi foi:
    ”por que você e ele usaram a questão 150 de “O Livro dos Espíritos” para “justificar” o dogma contra a reencarnação que, segundo vocês, é um dogma Espírita?! Será que só é contrassenso o uso do livro da outra religião, PARA NEGAR ESSA RELIGIÃO, quando praticado pelos espíritas?…” (grifei com caixa alta agora)
    Veja, meu caro, que o que eu escrevi foi que vocês utilizaram a questão 150 de “O Livro dos Espíritos” para combater a reencarnação; ou não foi?!
    Para que não restem dúvidas sobre o que estou afirmando, transcrevo a parte final do item 5 do artigo por você utilizado no teu comentário de 10 January 2012 at 11:19 am:
    “Na questão 150 do Livro dos Espíritos lê-se que a alma “tem um fluído que lhe é próprio, colhido na atmosfera de seu planeta, e que REPRESENTA A APARÊNCIA DE SUA ÚLTIMA REENCARNAÇÃO” (o realce é meu [o autor]). Então, a última aparência daquela alma, que em determinado momento recebeu um corpo humano e se chamou Elias, seria a de João Batista. O que significa dizer que os próprios “espíritos” de Kardec fazem coro com João Batista: ele não era Elias. Eu concordo.”
    Como você e os leitores poderão ver, a Questão 150 de “O Livro dos Espíritos” foi usada na tentativa de combater a Doutrina Espírita e não para justificar a doutrina católica ou protestante; consequentemente, está provado o que eu disse em relação ao uso do livro da outra religião para o combate desta.
    E mais: nós usamos a Bíblia apenas para nos defender dos ataques contra a Doutrina Espírita, já que essa é a “arma” usada por vocês contra nós.
    Apenas para demonstrar a lógica do nosso proceder, vou transcrever o que disse no antepenúltimo parágrafo do meu comentário de 13 January 2012 at 7:25 pm:
    “Quanto a vocês acharem que consideramos a Bíblia falsa e que, portanto, não a deveríamos usá-la, esclareço que a utilizamos na medida em que os não reencarnacionistas a usam para atacar a Doutrina Espírita, ou seja, utilizamos, em nossa defesa, a mesma arma usada por vocês para nos atacar; se você fosse advogado e um cliente teu fosse acusado de um crime você usaria o Código Civil ou o próprio Código Penal, para defendê-lo?”
    Portanto, meu caro, esse o critério que nós usamos: a mesma lei utilizada para nos condenar; apenas usando os “artigos” (versículos) que justificam o nosso entendimento.
    Agora, como você veio com essa tal de metáfora, vou dar um exemplo fictício, mas factível, pedindo que você me indique onde, nele, está a metáfora. Ei-lo:
    Vamos supor que o Papa, em uma visita à cidade de Itapecerica da Serra comunica aos habitantes que vai mandar um padre chamado Olegário para anunciar quando será instalada a diocese nessa cidade e quem será o seu primeiro bispo; além disso, o Papa diz que o pároco conhece esse padre de nome Olegário. Suponha que esse padre chegue lá normalmente e alguém lhe pergunte quem ele é e ele simplesmente responda: eu sou aquele a respeito de quem o Papa disse que vem anunciar a instalação da diocese e quem será o seu primeiro bispo; certamente aparecerão aqueles que, embora sabendo da promessa do Papa, não acreditarão na sua história e vão perguntar ao pároco quem é esse que diz que veio anunciar a instalação da diocese e quem será o seu primeiro bispo; suponha, agora, que o pároco diga que esse é o padre Olegário, aquele que o Papa prometeu mandar para anunciar a instalação da diocese e informar quem será o seu primeiro bispo. Será que, em virtude dessa resposta, alguém vai duvidar do pároco e dizer que aquele padre não é o Olegário, mas, apenas, um padre que veio com a mesma função do prometido pelo Papa? Por serem o Papa e o pároco pessoas comuns, até poderíamos admitir como válida a dúvida deles sobre o fato de o Papa os ter enganado por ter prometido mandar o padre Olegário e mandado outro, embora com a mesma função, e de que o pároco mentiu ao afirmar que aquele padre seja o prometido padre Olegário que deveria vir.
    Em decorrência do fato descrito nesse exemplo, só temos duas opções:
    1) A informação contida no texto é verdadeira e todos aceitam o que nele está escrito, sem contestar; ou
    2) A informação é mentirosa e ninguém aceita o que está escrito e se “arranja” uma justificativa para não a aceitar.
    Daí, só a partir da opção 2 é que se poderá falar em METÁFORA; isso porque a metáfora, pelo menos da maneira como aprendi, só pode ser aplicada no sentido figurado, isto é, só como indicação de algo parecido e não verdadeiro.
    Exemplo: Suponha que ninguém acreditou que o padre do exemplo fosse o Olegário prometido pelo Papa, e se constatou, posteriormente, que não era; nesse caso, em decorrência da constatação desse fato mentiroso, é que se pode aplicar a metáfora em relação a ele; assim, toda vez que alguém identificar uma pessoa e ninguém acreditar que essa pessoa é a que se diz ser, fatalmente, dir-se-á: esse é o “padre Olegário”, e todo mundo entenderá que esse alguém não é a pessoa informada como sendo a verdadeira.
    Já a interpretação que vocês chamam de metáfora, ela é justamente o inverso, isto é:
    – para não dizerem que Deus nos enganou e que Jesus nos mentiu, visando não aceitar que João é Elias reencarnado, porque contraria o dogma católico, vocês partem para dizer que, metaforicamente, Jesus quis dizer que João é Elias, porque ambos tiveram o mesmo “ministério” e outras “semelhanças” na vida.
    E é justamente em função disso que eu afirmo que isso que você diz ser “metáfora”, ao invés de justificar que João veio com a mesma função ou ministério de Elias, demonstra que o que os antirreencarnacionistas não aceitam é a promessa de Deus feita em Malaquias 4,5-6, sobre a vinda de Elias, e nem a afirmação (Mt 11,14-15) e confirmação (Mt 17,12-13) de Jesus, de que João é Elias; assim, desculpe-me pela repetição, para que se possa considerar o que Deus disse em Malaquias e Jesus em Mateus como uma metáfora, ter-se-á que negar que o que Eles disseram foi verdadeiro, ou seja, que Deus nos enganou e que Jesus nos mentiu!
    Em função desse enfoque continuo perguntando: alguém terá coragem de dizer, ou de suspeitar que Deus, a exemplo do Papa, nos enganou e que Jesus, a exemplo do pároco, nos mentiu? Quem vai dizer?… Eu, jamais!
    Agora, meu caro, com relação, ainda, ao uso da interpretação metafórica, gostaria de saber o porquê de, nos casos em que a dedução direta dos textos bíblicos, como o caso aqui enfocado (constante em Malaquias 4,5-6 e em Mateus 11,14-15; 17,10-13) leva a um entendimento favorável aos postulados espíritas, vocês partem para uma “interpretação metafórica”, completamente contrária ao que está escrito?
    E vou tomar como exemplo o texto citado por você de Malaquias 3,10, que me permito transcrever: “Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa; e provai-me nisto, diz o Senhor dos exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós benção sem medida.”
    Veja que esse versículo tem duas partes: a primeira é de dedução direta, pois ela determina o que fazer (levar o dízimo) e explica qual sua destinação (para que haja mantimento) na minha casa (metaforicamente entenda-se casa dos sacerdotes e famílias); daí para frente vem a parte que deve ser analisada exclusivamente sob o aspecto metafórico, que é o abrir as janelas (local por onde acontecerá a distribuição de bênçãos).
    O mesmo acontece em relação a Malaquias 4,5: “Eis que vos enviarei o profeta Elias,antes que venha o grande e terrível Dia do Senhor”. Veja que, a exemplo da passagem do dízimo, a primeira parte é de dedução direta, já que Deus determina o que vai fazer (enviar o profeta Elias); já na segunda (o dia grande e terrível do SENHOR;) é que se pode utilizar o método metafórico na sua interpretação, ou seja, a morte de Jesus na cruz, de acordo com a interpretação que católicos e protestantes adotam para essa passagem.
    Finalmente, com relação às passagens a que você aqui se refere, esclareço que já as abordei no meu comentário de 14 January 2012 at 10:44 am, em resposta ao artigo que você transcreveu em teu comentário de 10 January 2012 at 11:19 am.
    Quanto a transcrever artigos em comentários sugiro que se evite esse tipo de atitude, a fim de se “ocupar” memória do site, substituindo tal prática pela simples indicação do link, pois quem se interessar em lê-los pode acessá-los.
    Para começar a dar exemplo, sugiro, de início, os seguintes artigos:
    http://www.apologiaespirita.org/apologia/artigos/025_Elias_ja_veio.pdf, http://www.apologiaespirita.org/apologia/artigos/025_Joao_Batista_era_Elias_reencarnado.pdf, http://www.apologiaespirita.org/apologia/artigos/025_Hebreus_9,27_-_A_base_de_um_grande_sofisma.pdf, sobre os quais gostaria de receber os teus comentários.
    Abraços. Frazão

  20. Prezado Senhor João Frazão,

    Li os artigos de sua autoria e irei fazer algumas considerações sobre os mesmos.

    Saiba que eu recentemente usava o CACP para pesquisas apologéticas,mas depois descobri pelos própios blogueiros evangélicos que não é um bom site e que suas objeções já foram refutadas até pelos fóruns de orkut.Eu poderia citar aqui algumas aberrações do CACP que nem os blogueiros evangélicos gostam,mas não farei isto para não tornar a leitura enfadonha.

    A despeito da história do padre eu também conto outra história aqui para ilustrar,aliás Jesus também utilizava este método ao falar por parábolas para um melhor entendimento.

    Suponha que você me viu pessoalmente e em outro lugar você ver um rapaz com as características muito parecidas com as minhas:”evangélico,membro da Assembléia de Deus,… e pergunta para o rapaz: “Você é o Álvaro? Ele responde:Não sou o Álvaro!

    Bom! Eu já demonstrei aqui para outro leitor que João Batista afirma NÃO ser Elias apesar das semelhanças com o mesmo.Este é um fato IRREFUTÁVEL!

    Tu concordastes comigo que Malaquias é um livro profético?SIM;
    Tu concordastes comigo que Malaquias é um livro com símiles,metáforas,comparações?SIM;
    Tu concordastes comigo que as “janelas do céu” é uma metáfora dentre muitas outras?Sim;

    Então passaremos adiante:

    Suas palavras:

    (…)”O mesmo acontece em relação a Malaquias 4,5: “Eis que vos enviarei o profeta Elias,antes que venha o grande e terrível Dia do Senhor”. Veja que, a exemplo da passagem do dízimo, a primeira parte é de dedução direta, já que Deus determina o que vai fazer (enviar o profeta Elias); já na segunda (o dia grande e terrível do SENHOR;) é que se pode utilizar o método metafórico na sua interpretação, ou seja, a morte de Jesus na cruz, de acordo com a interpretação que católicos e protestantes adotam para essa passagem.”

    Malaquias capítulo 4

    Porque eis que aquele dia vem ardendo como fornalha; todos os soberbos, e todos os que cometem impiedade, serão como a palha; e o dia que está para vir os abrasará, diz o SENHOR dos Exércitos, de sorte que lhes não deixará nem raiz nem ramo.
    Mas para vós, os que temeis o meu nome, nascerá o sol da justiça, e cura trará nas suas asas; e saireis e saltareis como bezerros da estrebaria.
    E pisareis os ímpios, porque se farão cinza debaixo das plantas de vossos pés, naquele dia que estou preparando, diz o SENHOR dos Exércitos.
    Lembrai-vos da lei de Moisés, meu servo, que lhe mandei em Horebe para todo o Israel, a saber, estatutos e juízos.
    Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível dia do SENHOR;
    E ele converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais; para que eu não venha, e fira a terra com maldição.
    Malaquias 4:1-6

    “O grande e terrível dia do Senhor” é metaforicamente o Apocalipse ou a Segunda Vinda de Cristo ou o arrebatamento da Igreja(Cristãos verdadeiros e não um Estado).A maioria dos teólogos entende que esse dia “com fogo consumidor”,,que vem “ardendo como fornalha”…é o arrebatamento da Igreja e não a Ressurreição de Cristo!

    o Versículo 6 segundo a sua lógica:
    “E ele(João Batista ou Elias reencarnado) converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais; para que eu(Jesus) não venha, e fira a terra com maldição. ”

    Essas são apenas breves considerações,pois ainda lerei com calma os seus artigos,pois aqui foi só uma “fast awnser”…

    Álvaro Fernandes.

  21. “Mas, a salvação não é só alcançada com as obras e a fé? Porque, eu li aqueles versículos que diz que só se é salvo pela fé, mas na carta de São Tiago, ele não nos diz que sem as obras, a fé não é morta? Ele diz em Tiago 2, 14-26.

    Eu estou perguntanto, por que verdadeiramente aprendi que para ser salvo tem de se ter fé e realizar as boas obras, como a caridade por exemplo. Mas você disse que não, e por isso estou perguntatno. Queria que vocês e o pessoal do blog que são bem mais informados do que eu que me respondessem.”

    Sim, Marcos Arthur, a salvação é alcançada pelas obras e a fé. A fé sem obras é morta. Para ser salvo, tem de ter a fé verdadeira e realizar as boas obras. Mas, pelo o que eu entendi, a fé verdadeira e as boas obras devem andar juntas.

    “Que aproveitará, irmãos meus, se alguém diz que tem fé, e não tem obras? Porventura poderá salvá-lo tal fé? (…) Assim também a fé, se não tiver boas obras, é morta em si mesma.” (Epístola de São Tiago, II, 14 e 17) A fé sozinha é morta. A fé com obras é bíblica.

    Mas também não vale as boas obras sem a verdadeira fé, pelo o que eu entendi. Se eu estiver errada, que algum católico aqui me corrija.

    “Não se trata do homem ‘salvar-se por si mesmo’, fazendo boas obras, mas desprezando a graça. Isso é pelagianismo, que foi combatido pela Igreja. A doutrina correta é a aceitação da fé e na correspondência do homem através das obras. Deus concede as graças para a salvação do homem, o homem corresponde às graças através da prática das obras:

    Obras sem fé = pelagianismo.

    Fé sem obras = fé morta = protestanismo = jansenismo.

    Fé + obras = Eis a doutrina correta, porque bíblica.”
    (Professor Orlando Fedeli)
    Fonte: http://www.montfort.org.br/old/perguntas/fe_obras.html

  22. Caro Álvaro.
    Teu comentário de 17 January 2012 at 6:15 pm
    Sinceramente, não entendi o porquê da citação do CACP em tua resposta, pois não fiz qualquer referência ao referido site; assim, gostaria de saber qual o motivo dessa citação, já que, para mim, ele entrou aqui como Pilatos entrou no Credo, como diz o ditado.
    Com relação à tua “parábola” sobre o Álvaro, só te digo uma coisa: Jesus, por ser Deus, conforme o dogma da santíssima trindade, também sabe de todas as coisas, mais do que qualquer um de nós, inclusive João, o grande profeta; ou não é?! Isso porque, como Ele sabe tudo, e mais do que qualquer mortal, quando Ele disse que João é Elias, é porque João é Elias mesmo, já que Ele não falou em ministério ou função de profeta igual a Elias.
    Assim, como você mesmo diz que, para um melhor entendimento, a parábola é o método usado por Jesus, vou, a exemplo Dele, apresentar o seguinte exemplo (já que se disser parábola você será capaz de dizer que não sou Jesus):
    Suponha (lá vou eu com o suponha de novo) que o Álvaro diga que não é o Álvaro, mas, sim, seu irmão gêmeo (portanto, univitelinos), e a mãe dele (que o pariu), depois, diga a você que ele é o Álvaro. Nesse caso você vai acreditar em quem: na mãe, que o viu nascer, ou nele? O mesmo se deu com João, já que Jesus disse que ele era Elias, aquele que estava para vir. Ou você vai dizer que Jesus também não sabia que João poderia ser Elias porque João nasceu primeiro do que Jesus?…
    Foi em decorrência dessa situação (João dizer que não era Elias, e Jesus dizer que João era Elias) que eu fiz a pergunta se você acredita no que disse Jesus, afirmando (Mt 11,10-15) e confirmando (Mt 17,10-13) a promessa de Deus, feita em Malaquias 4,5.
    Não quero que você se convença, mas apenas que leia e reflita sobre o que está escrito nos textos citados, sem qualquer pretensão de sectarismo de minha parte; apenas em nome da dedução lógica dos textos, como se fora uma situação corriqueira, sem qualquer conotação religiosa; apenas isso.
    Como você disse que já havia demonstrado a outro leitor que João Batista “afirma não ser Elias apesar das semelhanças com o mesmo”, esclareço que isso foi dito a mim, em teu comentário de 30 December 2011 at 8:24 am, comentário esse que foi objeto do meu de 9 January 2012 at 9:07 pm, em que eu disse:
    “Portanto, ainda que se queira insistir, não cabe o famoso chavão de que João veio com a função ou missão de Elias, como os não reencarnacionistas alegam, já que, nesse caso, estar-se-á afirmando que Deus nos enganou, ao dizer que mandaria o profeta Elias e nos ter mandado outro profeta, e que Jesus nos mentiu ao afirmar, e confirmar, que João é Elias, quando, de acordo com o entendimento dos antirreencarnacionistas, como você, não seria. Nesse caso, podemos dizer que Deus nos enganou e que Jesus nos mentiu? Claro que não! Então, só nos resta a conclusão de que João é Elias, ainda que se tente alegar que a Bíblia é inerrante. Em função disso, pergunto: Se a bíblia não erra, então Deus nos enganou e Jesus nos mentiu?! Espero tua resposta; evidentemente, com a devida justificativa, citando o respectivo texto e contexto bíblicos, para usar uma expressão tão a gosto dos evangélicos e em atenção ao que você mesmo afirma.”
    Desculpe-me pela repetição do assunto, mas isso se dá pelo fato de você ainda não ter respondido, e de vir com a reposição da mesma colocação, como se ela não tivesse sido feita a mim, e não tivesse sido objeto de resposta de minha parte.
    Como ainda não recebi a graça da tua resposta, continuo aguardando-a, já que a continuação do nosso diálogo, pelo menos de minha parte, dependerá dela; mais outra coisa: não apresente outro assunto antes, pois conheço bem essa modalidade de dispersão, desde os meus tempos de política universitária.
    Quanto à interpretação do Capítulo 4, que você acha e afirma que a maioria dos teólogos assim também entende que essa profecia se relaciona ao Apocalipse ou à segunda vinda de Jesus, desculpe-me, mas você está forçando demais, pois as versões da SBB, sempre, em suas notas de rodapé, fazem correlação entre o texto de Malaquias 4,5 e a vinda do Messias (Jesus), conforme se vê da versão Almeida Revista e Atualizada (RA): “5 Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível Dia do SENHOR;” ( 4.5 Mt 11.14; 17.10-13; Mc 9.11-13; Lc 1.17; Jo 1.21)
    Mais ainda: da maneira que você colocou a tua “certeza” na profecia de Malaquias, você está pondo o “pobre” do profeta abaixo do nível de uma “mãe Dinah” da vida, com todo respeito a ela, pois nem ela faz previsões para o ano seguinte com tanta “certeza”, como você considera a profecia de Malaquias, em relação à vinda de Elias, já que na “palavra” de Deus está escrito uma coisa e você, para não desobedecer a um dogma católico, está desconsiderando o que nela está escrito; pelo menos é o que se pode depreender dessa tua interpretação…
    Abraços. Frazão

  23. Em tempo…

    Pilatos entrou no Credo para assinalar o caráter histórico da Revelação. Não é uma coisa “efêmera”, sem data, sem consistência, sem referência ao tempo presente. É uma coisa perfeitamente concreta: Nosso Senhor padeceu e morreu quando Pôncio Pilatos era governador da Judéia.

    E o verbo “ser” é equívoco. Sim, João Batista era Elias; mas onde isto prova que ele era a reencarnação de Elias? Desde quando “é” tem o único sentido de “é a reencarnação de”?

    Abraços,
    Jorge

  24. Prezado Senhor João Frazão,

    Em primeiro lugar, os seus artigos citados foram em “refutação” a um artigo do CACP.Releia os seus artigos(links) cidadão!Eu disse que tem muita baboseira no CACP e até os blogueiros evangélicos me recomendaram a não utilizá-lo…Só leio o CACP sobre outros temas…

    Em segundo lugar, eu disse que “a maioria dos teólogos”(estudiosos,eruditos bíblicos..) entendem que “o grande terrível dia do Senhor” que “vem ardendo com palha” e que “naquele dia vereis a diferença entre o justo e o injusto”,”entre o que serve a Deus e o que não serve” trata-se da Segunda vinda de Cristo e não a sua ressurreição!Foi isso que eu postei!

    De novo! Deus não nos enganou!(Utilizarei a versão católica,pois estou em um site católico,mas os textos são iguais em qualquer bíblia!)

    Gênesis 6(1ao 3)-Bíblia católica Ave-Maria-Todos os direitos reservados!

    “1.Quando os homens começaram a multiplicar-se sobre a terra, e lhes nasceram filhas,
    2. os filhos de Deus viram que as filhas dos homens eram belas, e escolheram esposas entre elas.
    3. O senhor então disse: “Meu espírito não permanecerá para sempre no homem, porque todo ele é carne, e a duração de sua vida será de cento e vinte anos”.

    O contexto(versículo1) mostra que Deus,por causa do pecado, diminuiu o tempo de vida do homem para 120 anos na TERRA.

    Elias foi trasladado,carregado,levado…para o céu!!!!!!!

    Não existe contradição!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

    Terra difere de céu!!!!!!!!!!

    “Again”…céu difere de Terra!!!!!!!!!!!

    Quanto ao verbo “ser”,por exemplo, eu digo: Eis que eu vos enviarei ,o Jorge Ferraz,o papa que havia de vir”…significa dizer que ele é a reencarnação do papa?

    Constantemente utilizamos este tipo de linguagem!O livro profético de Malaquias é extremamente metafórico,mas somente em Ml 4.5 podemos “interpretar que Elias era reenarnação de João Batista…

    Os seus artigos são um pouco grandes e talvez eu demore para refutar,mas não se preocupe que eu não me esqueço!

    Os teólogos chamam este tipo de interpretação de eisegese! Exegese difere eisegese!

    Eisegese ,em suma, é por uma “interpretação” totalmente diferente da qual o texto diz!!!!!….”Eu acho que em Ml 4.5 ;Elias é a reencarnação de João Batista….

    Cidadão! Olhe o que você postou:
    “Portanto, ainda que se queira insistir, não cabe o famoso chavão de que João veio com a função ou missão de Elias…”

    Tudo bem!!!!!

    “Não cabe” o “famoso chavão”….você quer que eu diga que eu concorde com você,por conseguinte, a minha explicação é um chavão…Vou dizer só para lhe agradar! João Batista era a reencarnação de Elias! Satisfeito?! Capiche?

    Os versículos citados ” (Ml 4.5 Mt 11.14; 17.10-13; Mc 9.11-13; Lc 1.17; ) apenas demonstram a semelhança entre Elias e João Batista!

    E perguntaram-lhe: Então quê? És tu Elias? E disse: Não sou. És tu profeta? E respondeu: Não.
    João 1:21

    Eu digo o Jorge era o “papa”(pelas semelhanças, católico romano,defensor da fé católica….Alguém não entende e pergunta: Jorge,você era o papa? Ele responde: Não! Qual conclusão? O Jorge não foi nenhum papa,porém tinha características semelhantes a do mesmo!

    “Suponha (lá vou eu com o suponha de novo) que o Álvaro diga que não é o Álvaro, mas, sim, seu irmão gêmeo (portanto, univitelinos), e a mãe dele (que o pariu), depois, diga a você que ele é o Álvaro. Nesse caso você vai acreditar em quem: na mãe, que o viu nascer, ou nele?

    Estou com sono e não vejo nenhum problema aqui!!!!

    “Desculpe-me pela repetição do assunto, mas isso se dá pelo fato de você ainda não ter respondido, e de vir com a reposição da mesma colocação, como se ela não tivesse sido feita a mim, e não tivesse sido objeto de resposta de minha parte.”

    Estou quase dormindo! Avisem-me quando tiver algum problema!!!!!

    “Mais ainda: da maneira que você colocou a tua “certeza” na profecia de Malaquias, você está pondo o “pobre” do profeta abaixo do nível de uma “mãe Dinah” da vida, com todo respeito a ela,”…

    zzzzzzzzz,mas com essa eu acordei! Espera aí? “Mãe Dinah”? Qual a moral que os espíritas tem para falar em “civilidade”,”educação”,”respeito ao credo alheio”? Quem quer debater com respeito ;deve respeitar, cidadão!!!!!!Eu respeitei você e a sua crença esse tempo todo!

    Ainda reclamam da “agresividade” do Jorge e dos demais debatedores…Se eu quero que o meu oponente não seja agressivo…eu tenho a obrigação de não ser!!!!!

  25. Jorge!

    Sei que fui agressivo em resposta a esse cidadão,mas por favor,libere meu comment…

  26. Faço minhas as palavras do Prof Orlando Fedeli:

    “Lendo os livros de Kardec, tem-se a impressão de ler textos de um aluno de ginásio que, não tendo compreendido bem a lição que recebeu, e com presunção própria aos ignorantes, escreve obras sem nexo, contraditórias e mal feitas. O resultado é uma Gnose de “basse cour”, isto é, uma “gnose de galinheiro”.

    Por ela se passa pisando como em “lama” pseudo intelectual.

    Pois lendo o livro A Gênese de Allan Kardec (Ed . Lake, São Paulo, 1a edição, comemorativa do 300 aniversário dessa obra) pode-se encontrar o seguinte texto, escandalosamente racista, do fundador do espiritismo moderno:

    “O progresso não foi, pois, uniforme em toda a espécie humana; as raças mais inteligentes naturalmente progrediram mais que as outras, sem contar que os Espíritos, recentemente nascidos na vida espiritual, vindo a se encarnar sobre a Terra desde que chegaram em primeiro lugar, tornam mais sensíveis a diferença do progresso(sic!). Com efeito, seria impossível atribuir a mesma antiguidade de criação aos selvagens que mal se distinguem dos macacos, que aos chineses, e ainda menos aos europeus civilizados”
    (Allan Kardec, A Gênese, ed. cit. p. 187, o sublinhado e o negrito são meus).

    Kardec afirma aí o mais grosseiro e brutal racismo,

    Hoje, queremos apresentar mais um texto desse autor, que, embora tendo baixíssimo nível intelectual, vem causando muito mal, particularmente no Brasil.

    Na obra intitulada O Livro dos Espíritos, Allan Kardec pergunta:

    “6 –Por que há selvagens e homens civilizados? Se tomarmos uma criança hotentote recém nascida e a educarmos nas melhores escolas, fareis dela, um dia, um Laplace ou um Newton?” (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Instituto de Difusão Espírita, Araras, São Paulo, sem data, capítulo V, p. 126).

    Já a pergunta denota um certo racismo, pois supõe que uma criança hotentote, ainda que educada nas melhores escolas, não teria possibilidade natural de alcançar o nível de um cientista branco.

    Allan Kardec explicita seu racismo brutal e grosseiro na resposta que dá a essa pergunta, por ele mesmo feita:

    “Em relação à sexta questão, dir-se-á, sem dúvida, que o Hotentote é de uma raça inferior; então, perguntaremos se o Hotentote é um homem ou não. Se é um homem, por que Deus o fez, e à sua raça, deserdado dos privilégios concedidos à raça caucásica? Se não é um homem, porque procurar fazê-lo cristão ?” (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Instituto de Difusão Espírita, Araras, São Paulo, sem data, capítulo V, p. 127).

    Como é possível se imprimir e difundir, ainda hoje, uma doutrina racista tão brutal e tão grosseira?

    É patente, nas frases citadas, que Allan Kardec considerava a raça branca — a caucásica — superior à raça hotentote.

    E Kardec chega ao absurdo de levantar a hipótese de que um hotentote não seria um homem!

    Hitler aprovaria a doutrina racista de Kardec.

    Como católico, repudio totalmente essa doutrina herética e racista.”

    (Orlando Fedeli)

    http://www.montfort.org.br/veritas/kardec.html
    http://www.montfort.org.br/veritas/kardec2.html
    http://www.montfort.org.br/veritas/kardec3.html

  27. Normalmente formam-se idéias a respeito de uma passagem da Escritura sem que tais idéias sejam exatamente o que o relato diz ou quer dar a entender. Este estudo pretende aclarar o que realmente aconteceu ao profeta, e o leitor facilmente concluirá que a idéia tradicional não está correta quando afirma que o profeta foi levado ao trono de Deus.

    Comecemos o estudo com o seguinte subtítulo:
    Significado de céu

    1) É importante manter em nossa mente que a palavra “céu” nem sempre identifica o lugar onde mora Deus. Essa palavra serve para identificar no mínimo a três céus:

    1.

    Leia Gênesis 1: 17. Depois que criou o sol e a lua, nosso Deus os colocou “na expansão dos céus”. Isso significa que a expansão (espaço) onde estão os astros é chamado céu.
    2.

    Leia Gênesis 1: 30. Observe que o texto menciona “a toda ave dos céus”, quer dizer, que voam nos céus, o que nos demonstra que onde voam as aves também é chamado de céu.
    3.

    Leia 2Corintios 12: 2. Sem nos determos ao assunto sobre o que Paulo está falando, é interessante notar que ele menciona o terceiro céu, que é exatamente aquele onde está o trono celestial de Deus.

    Da consideração destes três versículos se pode concluir que existem três céus, o primeiro onde as aves voam, o segundo onde estão os astros e o terceiro onde mora nosso Deus.
    Perguntas: Quantos céus existem no mínimo? Exemplifique

    2) Fazendo-se uso da razão pode-se formular pelo menos duas perguntas: A qual desses céus foi arrebatado Elias? A segunda é: O fato de 2Reis declarar que Elias foi arrebatado ao céu, necessariamente significa que esse céu é onde Deus habita?
    Se lermos esse texto sem vontade de altera-lo, entenderemos que a narração apenas diz que Elias foi levantado ao céu, mas não diz que o profeta foi levado para onde mora Deus. Ler essa passagem e dizer que o profeta foi levado até lá, é antes de qualquer coisa uma adição mental ao que o texto diz. Acaso não é certo que ao ler o texto imediatamente salta a imaginação uma cena onde aparece Elias sobre um carro puxado por dois ou quatro cavalos, que velozmente avança para cima até a glória?
    Perguntas: Que perguntas surgem? A que céu foi levantado Elias? O que seria uma adição mental? O que podemos imaginar ao ler essa passagem?
    O caso de Elias não é o único nas Escrituras

    3) Sim, tal como esse subtítulo diz, o levantamento de Elias ao céu não é o único caso, ao evangelista Felipe aconteceu algo similar: Leia Atos 8: 39, 40.
    Outro caso que talvez poderia tornar-se similar é o de Ezequiel: Leia Ezequiel 8: 3. Digo que poderia tornar-se similar simplesmente porque o profeta foi levantado no ar, contudo, não diz se foi mantido imóvel ou se foi levantado para ser transportado a Jerusalém.
    A descrição de todo o capítulo 8 poderia sugerir que ele não esteve imóvel, pois se movia de um lugar a outro. Esta conclusão cabe adequadamente dentro das possibilidades. Contudo, o caso de Felipe é mais claro, indicando que ele foi transportado pelo espírito a outro lugar para continuar sua missão evangelística.
    Perguntas: O que aconteceu com Felipe? E com o profeta Ezequiel? Por que o caso de Felipe é mais claro?
    Palavras que esclarecem a situação

    4) O apóstolo João disse: leia João 3: 13. Ao ler esse texto imediatamente a crença a respeito de Elias ter ido ao terceiro céu soa totalmente incongruente. João disse que “ninguém” subiu ao céu onde mora Deus exceto o Filho de Deus na glória. Convém pois esboçar a situação de maneira que seja mais fácil de entender, para que possamos continuar.
    Pergunta: O que o apóstolo João deixou claro?
    Esboço da situação

    5) Ao ler 2Reis capítulos 1, 2 e 3 observam-se várias cenas necessárias para entender o que aconteceu a Elias.
    O Capítulo 1 diz que Elias profetizou a morte de Ocozias, rei de Israel. Isto fez pouco antes de ser levantado ao céu. No capítulo 2 é narrado seu arrebatamento, ficando Eliseu como seu sucessor. O capítulo 3 diz que Jorão, sucessor de Ocozias começou a reinar no ano dezoito do reinado de Jeosafá, rei de Judá. Tanto o nome deste rei, Jorão, como o ano em que começou a reinar são importantes para o nosso estudo, portanto não os esqueça.
    Perguntas: Por que é importante a leitura dos capítulos 1, 2 e 3 de 2Reis? O que devemos gravar?

    6) Leia 2Reis 8: 16-17. Nesta passagem aparecem dois Jorão: um é o rei de Israel que há cinco anos reinava quando começou a reinar Jorão filho de Jeosafá sobre Judá. De acordo com o capítulo 3: 1 que estamos comentando, o Jorão israelita iniciou seu reinado no ano décimo oitavo do reinado de Jeosafá. Quer dizer então que Jorão filho de Jeosafá começou a reinar sobre Judá no vigésimo terceiro ano do reinado de seu pai. Se isso lhe parece um tanto confuso, não se preocupe, mais adiante ficará mais claro.
    Perguntas: Qual nome aparece duas vezes no capítulo 8 de 2Reis? Em que ano Jorão começou a reinar sobre Judá?

    7) Leia 1Reis 22: 42 . Cito este texto para comprovar que Jeosafá reinou vinte e cinco anos. Ademais serve para deixar claro que seu filho Jorão tinha nesse momento uns três anos reinando junto com seu pai. A partir desses três anos tomaria o reino como herança.
    Pergunta: O que nos transmite 2Reis 22: 42?

    8) Leia 2Crônicas 21: 1, 12-15. Por favor leia com muita atenção esses versículos, pois estão falando de Jeorão ou Jorão sucessor de Jeosafá. O texto claramente diz que Elias lhe enviou uma carta de sentença, dizendo-lhe que por não haver obedecido a Deus como fez Jeosafá seu pai, morreria de uma dolorosa enfermidade, a qual consistiu de sair-se-lhe os intestinos.
    Você notou? Elias enviou uma carta aproximadamente dois anos depois de haver morrido Jeosafá . Quer dizer, Elias foi arrebatado ao céu, não foi levado à glória, como tradicionalmente se crê. Mas foi levantado e transportado de um lugar para outro aqui mesmo na terra.
    É interessante observar que no momento de seu levantamento ele morava no reino de Israel. Seu arrebatamento aconteceu no ano dezoito do reinado de Jeosafá. Depois disso desaparece totalmente da narrativa bíblica. Não é mencionado até uns nove anos depois, quando enviou a carta a Jeorão o que aconteceu dois anos da morte de Jeosafá.
    Perguntas: O que diz 2Cronicas 21: 1, 12-15? O que devemos notar nesse texto? O que podemos entender se observarmos bem este texto? Em que ano ocorreu o levantamento (arrebatamento) de Elias? Onde morava ele? Durante quantos anos, nas escrituras, Elias não é mencionado? Como é mencionado depois disso? Elias foi arrebatado para a glória?
    Clique no link pra ler na íntegra.
    http://www.igrejadedeusemsaopaulo.org.br/oarrebatamentodeeliasest.htm

  28. Senhor Administrador.
    Teu comentário de 18 January 2012 at 9:25 pm.
    Não sei se o senhor notou, eu ressalvei com a expressão, “como diz o ditado”; portanto, trata-se de uma expressão de uso comum, para demonstrar ser uma coisa que nada tem a ver com o assunto que está sendo referido. Isso porque, pelo menos pela forma que me foi explicada, quando ainda jovem de ginásio, em uma cidade chamada Arcoverde, em Pernambuco, pelo meu professor de português e religião, de nome padre Décio, que, dando uma explicação sobre metáfora nos ditos populares, ele citou justamente esse de Pilatos no Credo, pelo simples fato de que Pilatos foi chamado a dar uma decisão para oficializar uma condenação religiosa, porque era exigida pelo Império Romano, na época, a decisão oficial, para se poder condenar um cidadão à morte, embora se tratasse de um problema meramente religioso; daí a minha colocação, pois, quem lê um pouco da Bíblia, deduz que ele, Pilatos, foi pressionado a fazer isso, tendo, inclusive, tentado evitar a morte de Jesus, conforme se vê em Mateus 27,11-23, embora ele tenha tentado evitar participar de uma farsa montada pelos religiosos da época, porque achou que não tinha nada a ver com isso; mesmo assim foi forçado a participar dessa farsa, por “injunções de estado”.
    Já com relação à tua observação relativa ao verbo “ser” ser equívoco, desculpe-me discordar, pois o “é” lá empregado leva o leitor a deduzir exclusivamente que João é Elias.
    Entretanto, como dessa dedução resulta uma só conclusão, cuja consequência é a de que Elias reencarnou no corpo que recebeu o nome de João (nome esse determinado pelo Senhor, através de um anjo), os antirreencarnacionistas apelam para uma interpretação metafórica, no sentido de que João teve a mesma função ou ministério de Elias; esse é o verdadeiro motivo que leva os antirreencarnacionistas a dizerem que “Jesus não disse que João é Elias reencarnado”, e outras frases semelhantes, para não terem que reconhecer a existência da reencarnação…
    Veja, senhor administrador, que eu não disse que o “é” “tem o único sentido de ‘é a reencarnação de’”; eu disse: “Então, só nos resta a conclusão de que João é Elias”; e mais adiante acrescentei: “Jesus, por ser Deus, conforme o dogma da santíssima trindade, também sabe de todas as coisas, mais do que qualquer um de nós, inclusive João, o grande profeta; ou não é?! Isso porque, como Ele sabe tudo, e mais do que qualquer mortal, quando Ele disse que João é Elias, é porque João é Elias mesmo, já que Ele não falou em ministério ou função de profeta igual a Elias.”
    E acrescento agora: E o Senhor não disse que mandaria um profeta indeterminado; Ele, inclusive, determinou o profeta que mandaria – Elias.
    Como se vê, senhor administrador, não sou em quem está pretendendo mudar o sentido do verbo; apenas estou mostrando que, em decorrência da aplicação do verbo “ser” no tempo presente (é), a dedução a que se pode chegar é a de que João é Elias, porque Deus prometeu que mandaria o profeta Elias, mencionando-o nominalmente, e Jesus dizendo que João é Elias; ou não será isso que está escrito em Mateus 11,14?!
    Espero que não restem dúvidas sobre o que estou explicando, pois, caso contrário, serei obrigado a deduzir que, realmente, o que vocês não querem é dar crédito às palavras de Jesus, lá contidas.
    Abraços. Frazão

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