Padre cancela batizado ao descobrir que padrinho era “casado” com outro homem

Eu vi uma notícia interessante que merece alguns rápidos comentários: Padre católico espanhol impede batizado ao descobrir que padrinho é gay. A notícia me trouxe um misto de alento e de desespero.

Primeiro, a justificativa da mãe da criança é francamente estapafúrdia:

“Perguntaram se pais e padrinhos estavam batizados e confirmados. Depois se todos estávamos casados e respondemos que sim. Nunca pensamos que teríamos que avisar que ele era casado, mas com um homem. As normas, ele cumpria”, explicou ela.

Sério? Jamais passou pela cabeça desta senhora que o fato do candidato a padrinho ser sodomita público (nos dois sentidos – de notoriedade e legalidade civil) era relevante? Ela nunca pensou em dizer este “detalhe” nas entrevistas preparatórias para o Batismo? Será que esta senhora tem alguma noção de que a Doutrina Católica condena os atos homossexuais? Será possível que ela nunca tenha ouvido falar que os padrinhos têm que ser exemplo de vida para os seus afilhados? Será que ela não se apercebeu de que um pecador público, ao contrário de ser “exemplo de vida”, é na verdade um escândalo ambulante?

E ainda vem dizer que o sujeito cumpria as normas! O que significa esta declaração? É um cinismo farisaico (ah, casado ele era, mas você não perguntou se ele era casado com alguém do mesmo sexo ou do sexo oposto!) ou é uma demonstração preocupante de esquizofrênica alienação da realidade (ela de fato não sabia que a Igreja condena os atos homossexuais)?

Segundo, a família disse que ia levar o caso aos tribunais. Como assim, “aos tribunais”? O que ela pretende? Acaso ela espera que o Estado obrigue a Igreja a batizar o menino com um padrinho sodomita? Ou será que ela vai pedir (o que considero mais provável) “danos morais” pelo constrangimento… que ela própria causou?

A Igreja tem as Suas próprias regras e, francamente, não dá para alegar desconhecimento. Por exemplo, todo mundo sabe que a Igreja não aceita segundas núpcias. Suponhamos que fulano seja casado na Igreja, separe-se e queira casar de novo. Aí fulano vai para a Igreja, faz tudo “certinho” e, quando perguntam se ele é solteiro, diz que sim. Quando chega a papelada, percebem que ele já é casado. O padre diz que não vai celebrar o casamento. Aí fulano dá um piti e diz que cumpriu todas as normas, pois perguntaram se ele era casado e não se já tinha sido casado alguma vez na vida. Isto faz sentido para alguém?

Tremenda má fé desta gente que quer impôr à Igreja o seu próprio padrão de (i)moralidade! Não estamos falando de uma seita obscura, estamos falando da Igreja cuja Doutrina moral é amplamente conhecida. E, antes que venham com as “argumentações” de que outras faltas morais seriam “toleradas” com mais benevolência, a resposta é não. Se a madrinha fez um aborto e ninguém sabe (a não ser os mais próximos), o padre não tem como adivinhar isso. Se a madrinha é dona de uma clínica de aborto, e isto é público e o padre toma conhecimento, isto é um escândalo e ela não pode ser madrinha. Se o padrinho “pula a cerca” e trai a mulher com uma vizinha e algumas pessoas no prédio sabem e comentam, o padre não tem como adivinhar. Se ele abandonou a mulher para morar com a vizinha tendo inclusive um segundo casamento civil, isto é um escândalo público e o padre tem mais é que negar este candidato a padrinho mesmo. Custa acreditar que isto seja difícil de entender!

Por fim, causa alento que o padre tenha deixado de lado todo o respeito humano e cancelado a cerimônia, bem como que o bispo o tenha apoiado:

A polêmica provocou uma resposta pública do arcebispado, que enviou um comunicado apoiando o padre e advertindo que um padrinho católico precisa ter uma vida “congruente”.

A nota cita o Código de Direito Canônico, cânon 874, que descreve os requisitos para os padrinhos de batismo: “deve ser católico, estar confirmado, ter recebido o santíssimo sacramento da Eucaristia e levar uma vida congruente com a fé e a missão que vai assumir”.

Esta fidelidade deste prelado católico e esta santa intransigência do cura de almas não passarão despercebidas d’Aquele que habita os Céus. Os nossos parabéns aos representantes da Igreja que, na contramão das tendências modernas, não abdicaram de sua fidelidade a Cristo. Que neste Natal o Menino Deus os possa confirmar na Fé Católica, no estreito e difícil caminho que conduz aos Céus. E que a atitude deles inspire outros, a fim de que as almas não se percam pela desorientação daqueles que as deviam conduzir.

Publicado por

Jorge Ferraz (admin)

Católico Apostólico Romano, por graça de Deus e clemência da Virgem Santíssima; pecador miserável, a despeito dos muitos favores recebidos do Alto; filho de Deus e da Santa Madre Igreja, com desejo sincero de consumir a vida para a maior glória de Deus.

130 comentários em “Padre cancela batizado ao descobrir que padrinho era “casado” com outro homem”

  1. “Acaso ela espera que o Estado obrigue a Igreja a batizar o menino com um padrinho sodomita? ”

    Ainda bem que o Estado é laico!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

    Podem até terem conseguido o casamento no civil,mas com a benção de Deus NUNCA conseguiram!!!!!!!!!

    Parabéns pelo post!

    Também gostaria de falar do projeto de lei que pretende garantir padres,pastores,rabinos e qualquer entidade religiosa de não permitirem atos sodomitas nos templos.

    Mais um projeto de lei envolvendo homossexuais está sendo analisado pela Câmara. Trata-se do PL 1411/11 que estabelece que não é crime a recusa, por parte de clérigos de templos religiosos, de efetuar casamento em desacordo com suas crenças. A proposta também deixa claro que não cometem crime organizações religiosas que não aceitarem, em cultos, a permanência de cidadãos que violem seus valores, doutrinas, crenças e liturgias.

    A iniciativa da lei partiu do deputado Washington Reis (PMDB-RJ). “Não obstante o direito que assiste às minorias, na legítima promoção do combate a toda e qualquer forma de discriminação, há que se fazê-lo sem infringir outros direitos e garantias constitucionais e sem prejudicar princípios igualmente constitucionais”, argumenta Reis, que afirma que o objetivo do PL 1411 é garantir às organizações religiosas “o direito de liberdade de manifestação

    Fonte: Câmara Federal.

    Parabéns deputado!

  2. Para o caso específico que motivou o post, não descarto – e até prefiro – acreditar na possibilidade de ignorância, invés de má fé. Falta de conhecimento e, por consequência, consciência mal formada.

    Conheço pessoas sem conhecimento e que são “alienadas” / “separadas” da Igreja de tão modo que, com piedade, desejariam ter o filho (às vezes, por exemplo, já fruto de um ato sexual qualquer) BATIZADO; tal como pode ser o caso dessa mãe aí, que quer sua criança batizada; e com mesma capacidade de revolta dela também, no caso do sacramento lhes ser negado.

    Espero que não me entendam mal e não venham dizer-me que é preconceito discriminatório meu blá blá blá. Pelo contrário, é para fomentar uma compreensão maior, dessas pessoas que tiveram menos instrução, que quero aqui dizer: percebo que é fácil encontrar mães assim entre empregadas domésticas, por exemplo. E vejo uma ignorância sem culpa… na maioria das vezes que olho.

  3. O fato de ser casado com outro homem não pode impedi-lo de batizar se ele mantem abstinência sexual. Pois não? Já que para a Igreja o casamento entre pessoas do mesmo sexo nem existe.

    A notícia está mal contada. O padre deve ter perguntado se o casal gay mantém relações sexuais. Agora, se mantém relaões sexuais como pode estar em dia com a Eucaristia?

    Na minha cabeça, se está em dia com a Eucaristia então é porque sendo gay vive em abstinência sexual. Impedi-lo de batizar por estar casado é SUPOR que o cidadão recebe o sacramento sem poder recebê-lo A menos que o casal seja doidão e os pais da criança doidaços, ou o padre maluco. E se o padre está maluco também está o bispo.

    E não venham me dizer que eles não estão em abstinência porque isso não está na notícia. É dedução maligna. Por outro lado também não está na notícia que eles estão em ebstinência. Mas isso não significa que não estão.

    Melhor seria era que ficasse esclarecido logo, porque se forem a juízo declarando estar em abstinência o bispo vai pagar mico. O padre também, claro.

  4. “O fato de ser casado com outro homem não pode impedi-lo de batizar se ele mantem abstinência sexual.”
    Mas qual homem estando casado vai se manter em abstinência sexual, Bee? Nunca vi homossexuais “casados” se manterem em abstinência sexual.

  5. BEE,

    Não é “abstinência sexual” homossexual que é relevante,mas o simples fato do sujeito querer ser padrinho tendo uma orientação sexual pecaminosa!!!!!

    Maluco é o padre,pastor,rabino….que permitir uma coisa dessas….os que permitiram e permitem são falsos mestres!!!!!!(a não ser que seja sem o consentimento…..como o Jorge explicou….)

  6. Bee,

    “O padre vai pagar mico”!!!!!!!!!!!!!Mico é você que paga aqui!!!!!!!

    O Estado é laico!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! VOU explicar de uma forma melhor! No civil quem manda é o Estado! No religioso quem manda é a IGREJA!!!!!

    Se algum pseudopadre está “casando” homossexuais ele está contra a doutrina da Igreja!

    Aos demais!

    Felix natal!

  7. a questão não é só de abstinência, mais sim de postura. dois homens ou duas mulheres juntas? que exemplo existe nisso?

  8. Concordo com o Alezandre Magno….pode ter sido ignorância ao invés de má-fé!!!!!!!!

  9. muito estranho. quem vai na igreja se casar sabe muito bem as regras. não é algo que seja juridicamente viavel de entrar com uma ação.
    eu apenas não concordo com o que o Jorge diz:
    “Será possível que ela nunca tenha ouvido falar que os padrinhos têm que ser exemplo de vida para os seus afilhados? Será que ela não se apercebeu de que um pecador público, ao contrário de ser “exemplo de vida”, é na verdade um escândalo ambulante?”
    dá a entender que padrinhos gays não são exemplos. pessoas são exemplares a despeito de suas preferências sexuais. ser um heterossexual não é garantia de ser um exemplo de vida. mas, enfim, se estas pessoas procuraram a igreja, deveriam saber ou concordam com os conceitos desta daquilo que é moral, pecado e escandalo.

  10. Jorge, essa notícia me suscitou dúvidas.

    Explico: soube que minha madrinha cometeu um aborto, mas não sei se no período do meu batizado ela se arrependeu disso. Mas hoje ela está. A propósito, os padrinhos devem se confessar antes desse sacramento, correto? Pois bem, se acaso isso seja verdadeiro, eu não estou batizada?
    Já fiz os outros sacramentos.

    Aguardo resposta.

  11. Cristiane

    Então, essa sua dedução deve ter sido a mesma do padre e do bispo. Dedução por preconceito. “Eu nunca vi…, etc” .

    O casamento civil é uma figura jurídica que tem implicações muito interessantes no caso dos gays. Porque os indivíduos passam a ser parentes e isso traz consequências muito positivas.

    Eu não sei o que acontece, por exemplo, com monges, no caso de um deles ir para o hospital e parentes terem que decidir sobre procedimentos médicos que só são realizados mediante autorização.

    Com o casamento, você constitue um parente com direitos.

    Esse é só um exemplo.

    Um casamento entre pessoas do mesmo sexo é um recurso para se constituir família e não para fazer sexo, que pra isso não é preciso casar.

  12. Cristiane

    Em tempo: eu duvido que você tenha visto um casal homossexual. Deve ter ouvida falar, mas visto… duvido.

  13. Justamente manoel carlos, falaste bem. Não bastaria uma heroica abstinência sexual, pois é necessário o exemplo, a tal vida congruente com a fé. Não é porque o casamento entre pessoas do mesmo sexo não existe para a Igreja (no sentido de ser absolutamente inválido) que a mesma Igreja considere este tipo de união como absolutamente normal, desde que em continência. Que lógica absurda é essa?!

    Alexandre Magno, é fato que há pessoas tão alienadas da Igreja que não sabem absolutamente nada de doutrina. Já presenciei cenas de pessoas se perguntando “quem é aquele de chapéu com aquele negócio na mão??” ao ver o bispo… No entanto, é de conhecimento mais que público e notório que a Igreja não aprova este tipo de conduta, não é necessário ser fiel praticante para saber isso. E no caso da mãe realmente bem intencionada não saber que isso seria impedimento para o batismo, compreenderia e não faria todo esse alvoroço. Por tudo isso, não tenho medo de afirmar: essas pessoas estavam mal-intencionadas, talvez até já tivessem conversado previamente com a tal associação pelos direitos do homossexuais.

  14. A hipótese do homossexual declarado que vive publicamente com outro homem (inclusive legalmente) manter a castidade é risível.

    No entanto, ainda que ele (contra toda a lógica) não pratique a sodomia, o fato é que a coabitação é pública, o que é de per si um escândalo. Não basta evitar o pecado, tem que evitar a aparência do pecado.

    – Jorge

  15. Erminea, não se preocupe.

    O seu batismo é válido independente dos seus padrinhos. Maus padrinhos não invalidam o sacramento, apenas privam a pessoa de ter uma figura importante em sua educação cristã. O que também não é o seu caso, pois hoje a sua madrinha já se arrependeu e é, graças a Deus, uma boa cristã.

    Abraços,
    Jorge

  16. Quintas,

    Exatamente, ser heterossexual não é garantia de ser exemplo de vida (tanto que eu citei o exemplo do adúltero).

    Mas ser homossexual assumido e estar civilmente “casado” com outro homem é intrinsecamente um mau exemplo.

    Um homossexual poderia perfeitamente ser um bom padrinho. Bastaria ser uma pessoa que tem consciência de que os atos de sodomia são abomináveis e que luta heroicamente para viver uma vida casta que seja agradável a Nosso Senhor.

    Ao contrário, se o sujeito age publicamente de forma contrária a isso, isto é indiscutivelmente um escândalo.

    – Jorge

  17. “Um casamento entre pessoas do mesmo sexo é um recurso para se constituir família e não para fazer sexo, que pra isso não é preciso casar.”
    Eu sei que hoje em dia para as pessoas fazerem sexo não precisam casar. Não se trata disso. Apenas acho difícil dois homens homossexuais “casados” não terem relações sexuais. Acho que se for para manter a castidade, o homossexual nem se casaria. Porque sempre vai haver a tentação de ter relações sexuais com o outro, e é preciso sempre evitar as ocasiões de pecado.

    “Em tempo: eu duvido que você tenha visto um casal homossexual. Deve ter ouvida falar, mas visto… duvido.”
    Ah, eu vi sim. Não apenas ouvi falar de casais homossexuais, como conheço duas lésbicas que namoram, e que eu saiba, o relacionamento delas não é casto. Falo da irmã da minha cunhada, que é lésbica, e ela tem uma namorada. E a namorada dela vive indo na casa dela. Tudo indica que elas não mantêm a castidade.

  18. Bee, faço minhas as palavras do Jorge:
    “No entanto, ainda que ele (contra toda a lógica) não pratique a sodomia, o fato é que a coabitação é pública, o que é de per si um escândalo. Não basta evitar o pecado, tem que evitar a aparência do pecado.”
    O que não quer dizer que um homossexual não possa ser um bom padrinho. O homossexual pode até vir a ser um bom exemplo de cristão, desde que tenha consciência de que as práticas homossexuais são abomináveis aos olhos de Deus e que se esforce ao máximo para viver a castidade. Nesse sentido, eu concordo com o Jorge. É que o padrinho, de preferência, deve dar exemplo de vida cristã. Não sou contra um homossexual ser padrinho, desde que ele mantenha a castidade e se esforce para não cair em pecado.

  19. Aparência de pecado??? Jorge, risível é “aparência de pecado”. Que conceito é esse? Que ensinamento…

    O que é aparência de pecado? Parece mas não é.

    Ora, se não é pecado porque a aparência haveria de ser?

    Por essas e outras que a coisa vai mal. Toma-se o que se imagina ser pelo que é. São os malefícios do preconceito.

  20. E aí, Cristiane… Você já pegou a dupla em flagrante delito?

    Espero que vocês estejam percebendo o tamanho do preconceito.

    E de mais a mais, se só os santos puderem ser padrinhos de batismo, o que teria de pagão nesse mundo não tava escrito no gibi.

    Pra começar todos os católicos que usam preservativos e anticoncepcionais. Depois os que usam a tabelinha só pra desfrutar dos prazeres sexuais. Quer dizer, todos os católicos com famílias pequenas com um, dois ou três filhos depois de muitos anos de casados.

    Sim, famílias pequenas não têm aparência de pecado?

    Porque não são numerosas como aqueles americanos que faturam na tv e têm um filho por ano pra continuar celebridades?

    Que católico é exemplo de vida cristã? Os católicos conservadores cheios de preconceitos e raiva? Os católicos que são recebidos nas audiências públicas do Papa?

    Aaaara!

    Acordem crianças…

  21. Mais um troquinho que escapou. Pra Cristiane.

    Você acha difícil um par de homossexuais serem par e abstinentes. O que falta para você achar difícil um homossexual ser abstinente? E logo, o que falta para se achar difícil que alguém no auge dos seus hormônios seja abstinente.

    Não se pode deduzir a vida sexual de ninguém se este não a declarar. É simples assim. E suspeitar que o outro está em pecado é também em si mesmo pecado.

    O que se passa? Vocês não têm guia espiritual?

  22. Acredito que esta discussão sobre os homossexuais “emancipados” serem casto ou não, é fruto de uma confusão polissêmica. O conceito de castidade para o Bee, não é o mesmo que nós católicos temos; pois que eu saiba, a castidade não é apenas uma questão de abstinência sexual, é bem mais amplo, atinge toda a esfera do nosso ser; principalmente os sentidos internos como os externos, que quando mal orientados podem causar sérias desordens.
    Como bem um rapaz acima citou, castidade é também questão de postura, de exemplo para os outros.

    Porém, devo ser sensível a uma situação particular que vejo alcançar uma incompleta (por assim dizer, castidade). Por favor, não me compreendam mal.
    Há sim, de FATO, homossexuais assumidos, que tendo uma vida alegremente pervertida (no sentido de manter relações sexuais com vários parceiros(as), e por aí supor tantas outras situações), vivem atualmente de forma monogâmica, buscando ser leal na sua relação.

    Apenas digo por mim (não é posição da Igreja , nem do movimento que participo – Courage) que eles ou elas atingiram por mínimo (apesar que não vejo com tal) um certo grau de castidade. Eu não posso exigir uma castidade na nossa visão católica para alguém que viveu nessas situações. Mas é claro que é possivel avançar! Deus é paciente.
    Vejo que o problema está em se enfatizar exclusivamente em um discurso apologético (sim, ele é exigência de nossa época abertamente anticristã, o apoio), contudo, que é preciso considerar que estamos tratando de pessoas, não apenas de ideias.
    A minoria que é homossexual, em sua maioria não é um militante gay ou em potencial. E o que acontece é que, o discurso desses militantes estão sendo mais “empáticos” do que dos cristãos.
    Quero dizer que, para os cristãos é algo taxativo que eles não mantenham relações sexuais, nem envolvimento afetivo e ponto final!
    Dizer isso para alguém que não tem um histórico de vida equilibrado no âmbito especialmente da castidade, é muito sério. A regra é geral, correto, mas cada caso é particular.
    Façamos nossa parte, mas com sensibilidade e sabedoria; Deus fará o resto. E é isso que espero que Deus faça, por exemplo, no nosso visitante assíudo, o Bee.

    Um santo & Feliz Natal a todos.

  23. Olá, Gente, Feliz Natal para todos!

    Sobre o tema em questão, eu vou dar meu testemunho aqui, meu padrinho e minha madrinha de batismo, respectivamente o irmão de criação e minha saudosa avó paterna, nunca me incentivaram ir a Igreja.Olha que fui batizado em 1978, vivi até os 10 anos e meio sem quase pisar numa Igreja Católica.Quando fui crismado em 1994 foi quase a mesma coisa, embora minha madrinha fosse professora de catequese, a época ministra extraordinária da eucaristia e hoje esposa de um diácono permanente, ela nunca me perguntou como vai minha caminhada cristã.Se hoje sou católico praticante, deve-se mais por minha perseverança pessoal que qualquer outra coisa.
    Eu, por isso, sei o quanto maus padrinhos e madrinhas podem fazer mal com a indiferença.
    Aqui no Estado do Rio de Janeiro, por acaso, é o estado do Brasil, segundo pesquisa do IBGE com um dos menores percentuais de católicos do Brasil. Espero que com a Jornada Mundial da Juventude isso mude bastante.Eu tive o desprazer de ,recentemente, lidar e ter de conviver de forma triste com a migração de duas conhecidas, que eram ao meu ver católicas muito praticantes, uma da minha cidade (Campos/RJ) e a outra de Guapimirim-RJ, coincidentemente para a Igreja Batista.
    Eu, hoje, sou padrinho de duas pessoas que se crismaram e serei padrinho de uma bebê no início do ano que vem.No primeiro caso, eu sou chato, vou a casa da pessoa, se possível, quando encontro na rua pergunto porque tá sumido(a)da Igreja, porque isso, porque aquilo e, sobretudo ser exemplo para a pessoa.Porque há de se convir que esses termos madrinha ou padrinho, deveriam ser reconfigurados para Testemunha ou Testemunho, devido a um motivo lógico e óbvio: dar testemunho de fé cristã católica PRATICANTE e não só de esquentar bancos em missa, ou seja o padrinho ou madrinha devem ser, acima de tudo ATUANTES na Igreja e cumprir os requisitos descritos pelo Código de Direito Canônico, vou transcrever aqui:

    Cân. 774 § 1. A solicitude pela catequese, sob a direção da legítima autoridade eclesiástica, é responsabilidade de todos os membros da Igreja, cada um segundo as suas funções.
    § 2. Antes de quaisquer outros, os pais têm obrigação de formar, pela palavra e pelo exemplo, seus filhos na fé e na prática da vida cristã; semelhante obrigação têm aqueles que fazem as vezes dos pais, bem como os padrinhos.

    Cân. 851 A celebração do batismo deve ser devidamente
    preparada; assim:
    1° – o adulto que pretende receber o batismo seja
    admitido ao catecumenato e, enquanto possível, percorra os vários graus até a iniciação sacramental, de acordo com o ritual de iniciação, adaptado pela Conferência dos Bispos, e segundo normas especiais dadas por ela;

    2° – os pais da criança a ser batizada, e também os que vão assumir o encargo de padrinhos, sejam convenientemente instruídos sobre o significado desse
    sacramento e aos obrigações dele decorrentes; o pároco, por si ou por outros, cuide que os pais sejam devidamente instruídos por meio de exortações pastorais, e também mediante a oração comunitária reunindo mais famílias e, quando possível, visitando- as.

    Cân. 855 Cuidem os pais, padrinhos e pároco que não se imponham nomes alheios ao senso cristão.

    Capítulo IV
    DOS PADRINHOS
    Cân. 872 Ao batizando, enquanto possível, seja dado um
    padrinho, a quem cabe acompanhar o batizando adulto na
    iniciação cristã e, junto com os pais, apresentar ao batismo o batizando criança. Cabe também a ele ajudar que o batizado leve uma vida de acordo com o batismo e cumpra com fidelidade as obrigações inerentes.
    Cân. 873 Admite-se apenas um padrinho ou uma só madrinha, ou também um padrinho e uma madrinha.
    Cân. 874 § 1. Para que alguém seja admitido para assumir o encargo de padrinho, é necessário que:
    1° – seja designado pelo batizando, por seus pais ou por
    quem lhes faz as vezes, ou, na falta deles, pelo próprio
    pároco ou ministro, e tenha aptidão e intenção de cumprir esse encargo;
    2° – Tenha completado dezesseis anos de idade, a não ser que outra idade tenha sido determinada pelo Bispo diocesano, ou pareça ao pároco ou ministro que se deva
    admitir uma exceção por justa causa;
    3° – seja católico, confirmado, já tenha recebido o
    santíssimo sacramento da Eucaristia e leve uma vida de
    acordo com a fé e o encargo que vai assumir;
    4° – não tenha sido atingido por nenhuma pena canônica
    legitimamente irrogada ou declarada;
    5° – não seja pai ou mãe do batizando.
    § 2. O batizado pertencente a uma comunidade eclesial não-católica só seja admitido junto com um padrinho católico, o qual será apenas testemunha do batismo.”

    Portanto, ser madrinha ou padrinho de batismo, não é um prêmio, É UMA MISSÃO, e para desempenhar uma missão tem de ser uma pessoa que esteja de acordo com aquilo que diz a Igreja, desde quando alguém “casado(a)” que tenha uma vida homossexual, provavelmente ativa (não se sabe, mas a lógica….), pode dar testemunho de fé católica praticante, se a práxis católica abomina o homossexualismo, considerando o ato um pecado?É uma pergunta que fica “no ar”.

  24. Correção:
    “Sobre o tema em questão, eu vou dar meu testemunho aqui, meu padrinho e minha madrinha de batismo, respectivamente o irmão de criação da minha mãe e minha saudosa avó paterna (…)”

  25. Sim, “aparência de pecado”. É um conceito clássico da teologia moral e do senso comum. Os pagãos dirão que a mulher de César precisa portar-se como mulher de César, e o Apóstolo mandará abster-se de toda aparência de mal.

    É pecado porque é escândalo. Leia aqui (em particular o contra secundam e contra quartam do A.1).

    E não tem nada de preconceito aqui, isto é bom senso. Pressupõe-se, naturalmente, que os casais praticam os atos próprios dos casais. Se fulano firma um compromisso público atestando ser cônjuge mas, na verdade, não age como cônjuge, a culpa é de fulano que está mentindo, e não de quem acreditou nele.

    – Jorge

  26. E, en passant, é claro que não precisa ser santo para ser padrinho nem para ser nada nesta vida. Mas existe uma infinidade de tons de cinza entre um santo num extremo e um pecador público empedernido no outro.

    – Jorge

  27. Ouvi Cristiane dizer acima: “Não quer dizer que um homossexual não possa ser um bom padrinho”.

    Sra. Cristiane padrinho é o homem que batiza a criança e que na falta dos pais deve dar uma formação na fé católica, a sodomia é pecado mortal, qual exemplo ele dará ao afilhado de fé sendo gay?? Que pérola essa sua viu, cômico se n fosse trágico.

  28. Jorge:
    “Bastaria ser uma pessoa que tem consciência de que os atos de sodomia são abomináveis e que luta heroicamente para viver uma vida casta que seja agradável a Nosso Senhor.

    Ao contrário, se o sujeito age publicamente de forma contrária a isso, isto é indiscutivelmente um escândalo.”

    eu discordo, mas essa é a minha opinião. eu pessoalmente acho que Deus [ou Deuses…] tem muito mais o que fazer do que se preocupar com nossa vida sexual.

  29. Primeiramente, meu conceito de castidade é mais rígido que o católico promovido pelo Magistério Católico.

    Segundo, a confusão está em considerar o casamento civil como religioso. Isso é um atavismo do tempo em que o casamento religioso era entendido também como civil.

    O casamento civil mudou. O religioso não mudou, a menos do fato de que para ser casamento civil terá que passar pelos trâmites civis. Já não vale mais a fórmula do casamento religioso prevalecendo sobre o civil. Agora, por laicidade, também o casamento civil não prevalece sobre o religioso quando visto sob a ótica da religião.

    Isso é bom porque assim distribui-se justiça a todos.

    Então, dois do mesmo sexo que se dizem casados para a Igreja, só estão casados na verdade, no civil. Logo não implica obrigatoriamente que mantenham relação sexual no sentido de cópula.

    Assim como para se engravidar não é necessária a cópula. Nem mesmo a perda da virgindade.

    Assim como, do mesmíssimo modo, pode-se estar casado no religioso sem que para isso a cópula seja obrigatória.

    O que se pergunta é por que a igreja exige o casamento civil para acontecer o casamento religioso? Não estou certo disso. Por favor, me esclareçam.

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