Pe. Lodi em Recife – II

Também hoje, domingo 19 de junho, o pe. Lodi esteve em Recife – dando, pela manhã, mais uma interessantíssima palestra no Círculo Católico de Pernambuco. À semelhança da palestra de ontem, estive presente e ponho aqui à apreciação dos leitores do Deus lo Vult! a gravação amadora, feita do celular.

Hoje, o padre Lodi falou da castidade como um dos pressupostos para a defesa da vida e, em particular, falou do homossexualismo, da recente decisão do STF a respeito da “união homoafetiva” e do PLC 122/2006.

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Agradecemos ao pe. Lodi pela visita e pela disposição de estar conosco por estes dois dias. Que a Virgem Santíssima possa abençoar e tornar fecundo o seu ministério sacerdotal. E que o Coração Imaculado de Maria livre-nos da maldição do aborto!

O rei está nu!

Alvíssaras! A despeito dos descalabros do STF, ainda resta um mínimo de bom senso no judiciário brasileiro: um juiz de Goiás cancelou um registro de “união estável” feito por uma dupla de sodomitas em Goiânia. O gesto é pequeno – aliás, certamente será derrubado nas instâncias superiores – e o meritíssimo juiz provavelmente sofrerá, a partir de agora, a implacável perseguição da Gaystapo; mas tem uma força simbólica muito grande. Houve em Goiás quem não quisesse abaixar a cabeça diante dos despautérios que vêm de Brasília. Houve em Goiás quem se recusasse a queimar alguns grãozinhos de incenso diante dos deuses do Novo Olimpo. Houve em Goiás quem não abrisse mão da sua consciência nem da sua capacidade de pensar e, na contramão do mundo, afirmasse claramente que o branco é branco, a despeito do Supremo Tribunal Federal insistir em dizer que é preto. Houve em Goiás um juiz digno da toga que veste!

O magistrado [juiz da 1ª Vara da Fazenda Pública Municipal e Registros Públicos de Goiânia, Jeronymo Pedro Villas Boas] contestou a decisão do Supremo, e disse que a Corte não tem competência para alterar normas da Constituição Federal. O artigo 226 traz em seu texto que, “para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão”. Esta seria a norma que o juiz entendeu inviolável.

Alvíssaras! Para ser possível viver em sociedade, é fundamental haver respeito à autoridade e à hierarquia; mas existem algumas situações nas quais o absurdo é tão gritantemente manifesto (lembremo-nos de que o STF decretou que a Consituição era inconstitucional, agindo deliberadamente contra tanto a letra do texto constitucional quanto contra a manifesta intenção da Assembléia Constituinte) que os subordinados precisam se levantar contra os seus superiores e lhes chamar à razão. E assim teve a coragem de dizer um juiz em Goiás: “a Corte não tem competência para alterar normas da Constituição Federal”! Disse o que era evidente e que todo mundo já sabia, mas ninguém tivera ainda a coragem de o dizer; como, no conto, todos fingiam admirar a “roupa que os tolos não eram capazes de ver” do monarca envaidecido, e ninguém tinha coragem de gritar que o rei estava nu [créditos ao pe. Lodi pela analogia].

Enquanto isso, encerra-se o prazo de recurso para o PDC 224/2011 (que sustava “a aplicação da decisão do Supremo Tribunal Federal (…) que reconhece a entidade familiar da união entre pessoas do mesmo sexo”), e ninguém apresenta recurso. A matéria foi devolvida ao relator. Os gestos dos descontentes com o golpe de Estado dado pelo STF em 05 de maio p.p. são tímidos, como se houvesse um medo de ferir susceptibilidades ou de se parecer retrógrado, homofóbico… ou tolo. Mas os que mantêm o seu bom senso intacto perfazem a imensa maioria dos cidadãos de bem deste país, a despeito do que decidam onze lunáticos (não eleitos pelo povo, é sempre bom frisar) lá em Brasília. É preciso ter a coragem de defender os valores inegociáveis. É preciso mostrar o descontentamento com as arbitrariedades dos poderosos. É preciso gritar que o rei está nu.

Pe. Lodi em Recife

O pe. Lodi esteve hoje em Recife, no Círculo Católico, para dar uma interessantíssima palestra sobre aborto, princípios morais básicos e ordenamento jurídico brasileiro. Lamento só ter estado presente à tarde – mas mesmo assim foi bastante proveitoso.

Abaixo é uma gravação não-autorizada (feita com celular e excessivamente baixa, mas acho que dá pra escutar) da palestra de hoje à tarde, começando “pela metade”; antes disso, o padre falara um pouco sobre a causa com duplo efeito, diferenciando-a do meio mau para a obtenção de um fim bom. Esta é, em resumo, a diferença entre matar um inocente para que desta morte decorra um fim bom e praticar um ato do qual decorram, simultaneamente, a morte do inocente e também um efeito bom. É a diferença, grossíssimo modo, entre desviar um trem desgovernado para um trilho sobre o qual encontra-se uma pessoa e jogar uma pessoa na frente de um trem desgovernado para pará-lo. A partir daqui, creio ser possível acompanhar o raciocínio do padre.

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Amanhã (domingo, 19 de junho) tem mais, às 09h00, no mesmo Círculo Católico.

Chesterton vs. Blatchford

Os que acreditam em milagres os aceitam, certa ou erradamente, porque possuem evidência para eles. O que não acreditam em milagres os negam, certa ou erradamente, porque eles têm uma doutrina contra eles. [G. K. Chesterton]

Não deixem de assistir a este vídeo! É a dramatização de um debate entre Chesterton (cujo aniversário de morte foi comemorado esta semana) e Blatchford, sobre a irracionalidade do ateísmo. Brilhante o insigne inglês, mais uma vez!

A (in)coerência dos que acreditam na Igreja


A charge acima é atéia e o quinto quadrinho induz simplesmente a uma inverdade (afinal, ninguém defende que se devam “proteger” os padres pedófilos, e sim que não se pode sair entregando ao braço secular e à execração pública sacerdotes do Deus Altíssimo à primeira insinuação de comportamento imoral que se lhes faça – mas exigir tal distinção a inimigos da Igreja é um pouco demais); no entanto, ela retrata tão bem uma incoerência dos tempos modernos que merece ser citada.

Por incrível e contraditório que pareça (e até mesmo os ateus são capazes de o perceber), há “católicos” que se sentem no direito de discordar de tudo o que a Igreja ensina e, mesmo assim, continuarem se afirmando católicos. Em uma tentativa pueril de enganarem aos outros ou a si próprios, não sei; mas o fato manifesto é que a incongruência salta aos olhos. Ora, pode-se dizer de tais pessoas que “acreditam na Igreja”?

Acreditar na Igreja é acreditar que Ela foi fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo como guia infalível e certo da Doutrina e da Moral e que, portanto, escutar a voz d’Ela é escutar a voz de Cristo – e isto de tal modo que, igualmente, negar-Lhe assentimento é negar assentimento a Nosso Senhor. Quem não acredita no que a Igreja prega passa ipso facto a não acreditar na Igreja e, portanto, apropria-se indevidamente de um título – o de “católico” – que não mais lhe compete.

Acreditar na Igreja é acreditar que Ela é – nas palavras do Apóstolo – a “Coluna e o Sustentáculo da Verdade” (1Tm 3, 15), e isto de tal maneira que não é possível falar em “Verdade” sem que esta esteja sustentada pela Igreja fundada por Nosso Senhor. Acreditar em alguma coisa diferente disso pode ser acreditar em qualquer coisa, menos “na Igreja”.

Acreditar na Igreja é acreditar que Ela perdurará até a consumação dos séculos, e que as portas do Inferno jamais prevalecerão sobre Ela. Em particular, isto significa que a Igreja fundada por Nosso Senhor não irá jamais ensinar o erro em matéria de Fé e de Moral, de modo que não faz nenhum sentido uma pessoa, ao mesmo tempo, dizer que acredita na Igreja mas não acredita naquilo que Ela ensina.

Tudo isto é bastante óbvio; no entanto, com quanta frequência nós encontramos “católicos” comportando-se exatamente como a personagem da tirinha acima! Não é verdade que estas pessoas acreditem na Igreja Católica a despeito de não acreditarem no que Ela fala; na verdade tais pessoas, com esta atitude, demonstram que não acreditam nem na Igreja e nem nos princípios mais elementares da coerência.

A Unidade dos Cristãos

Fui informado por um leitor do Deus lo Vult! – a quem agradeço – que houve recentemente na Arquidiocese de Olinda e Recife uma “Celebração Ecumênica” durante a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. Sobre o assunto, teço alguns breves comentários:

– A “unidade dos cristãos” significa simplesmente o retorno dos hereges e cismáticos à Igreja Católica Apostólica Romana da Qual eles nunca deveriam ser saído. É isto que se busca com as orações “pela unidade dos cristãos” (antigamente chamadas pro haereticis et schismaticis), e isto não se pode perder de vista sob nenhuma justificativa. As orientações do Vaticano neste sentido são claríssimas e não deixam margem para más interpretações. Pra ficar em um só exemplo, o Bem-Aventurado João Paulo II na Ut Unum Sint diz que “[a] Igreja Católica, tanto na sua praxis como nos textos oficiais, sustenta que a comunhão das Igrejas particulares com a Igreja de Roma, e dos seus Bispos com o Bispo de Roma, é um requisito essencial — no desígnio de Deus — para a comunhão plena e visível” (UUS 97). Os grifos são meus.

– Exatamente para evitar quaisquer confusões neste assunto de tão grande importância, é altamente recomendado que não sejam chamadas de “igrejas” as seitas protestantes, que não guardam nem Sucessão Apostólica e nem o mistério da Eucaristia. Neste sentido, também é bastante clara a Dominus Iesus: “As Comunidades eclesiais, invés, que não conservaram um válido episcopado e a genuína e íntegra substância do mistério eucarístico, não são Igrejas em sentido próprio” (DI 17).

– Assim sendo, frases como as seguintes não dizem nada e só fazem aumentar a confusão do (já tão carente de formação) povo de Deus:

  • “Unir-se em torno do ensinamento dos apóstolos chama as Igrejas a se constituírem como Igrejas pascais, abertas à missão e capazes de dialogar com o mundo atual”.
  • “A comunhão fraterna e a repartição do pão recordam que a vocação da Igreja cristã é ser profecia de um mundo novo e de partilha”.
  • “Meu sentimento é que como povo de Deus somos um. Somos parte do corpo de Cristo, que nos faz um. Nós somos irmãos”.

Particularmente a última frase, dita por um pastor protestante, é simplesmente errada. Um herege protestante não faz parte do Corpo de Cristo, exatamente por não fazer parte da Igreja Católica que é o Corpo Místico de Cristo.

Para que se reze pedindo alguma coisa ao Todo-Poderoso, é mister saber com clareza o que se está pedindo. Não havendo clareza na separação que existe entre a Igreja de Cristo, os hereges e os cismáticos – i.e., não havendo consciência da Unidade ideal que foi perdida -, não é possível haver consciência da unidade que Nosso Senhor deseja e, portanto, não é possível pedir por ela. Este tipo de “celebração ecumênica”, portanto, não apenas não serve nada para as [verdadeiras] orações “pela unidade dos cristãos” como, ao contrário, confunde o povo de Deus e, assim,  age contra o próprio fim da Semana de Oração que a Igreja promove.

– Causa, por fim, perplexidade a informação de que o “liturgista” [da Arquidiocese, depreende-se, ou pelo menos convidado pela Arquidiocese para esta “celebração”] é o padre Reginaldo Veloso, sacerdote amasiado que largou o ministério há décadas para se juntar com uma mulher e que, como ele mesmo diz, até hoje celebra sacramentos ilícitos (ou inválidos) nas comunidades do Morro da Conceição, em Recife. Certamente não foi este o tipo de “unidade” pela qual rezou Nosso Senhor!

Dom Luiz Bergonzini, o terror dos inimigos da Igreja

Vi n’O Possível e o Extraordinário esta reportagem sobre Dom Luiz Bergonzini, o grande herói das eleições de 2010. “Dom Bergonzini lembra que durante a campanha [eleitoral] de 2010 recebeu mais de mil e-mails. Nem 10% foram de críticas. As pessoas me falavam parabéns. Escreviam: ainda bem que o senhor teve coragem de falar, nós temos um bispo que usa calça comprida, nessa linha, relata”.

A matéria é bastante ruim, mas identificar as colocações do bispo de Guarulhos no meio dela vale o esforço. Não é sempre que nós temos um sucessor dos Apóstolos falando claramente aquilo que os brasileiros precisam ouvir! No meio da mediocridade geral, Dom Bergonzini levanta a sua voz para repetir o que a Igreja ensina, sem se preocupar com afagos ou com pedradas. Repetindo coisas que alguns não sabem e que outros esforçam-se por esquecer.

Por exemplo, a sua atuação nas eleições presidenciais no ano passado: dela se querem esquecer o próprio PT, os católicos pusilânimes, o movimento gay, as feministas e abortistas, os esquerdistas e, de um modo geral, toda a caterva de indivíduos ou de associações que, em maior ou menor escala, têm por inimiga a Moral da Igreja Católica e, contra ela, fazem pressão. Estes, não apenas querem esquecê-la como também que os outros a esqueçam. Foi, no entanto, em defesa dos valores perenes da Igreja que Dom Bergonzini se levantou, e a vergonha foi tão grande para os seus adversários que eles até hoje não se recuperaram. Ainda não aceitaram que um velho bispo do interior de São Paulo pudesse, virtualmente sozinho, ter feito o que fez. E ainda não conseguiram conviver com este [aliás justíssimo temor]: se a força de um velho bispo sozinho é tão grande, o que não acontecerá se mais e mais bispos – ou, melhor ainda, se todos em uníssono! – levantarem-se com vigor e determinação para protestar contra os descalabros do mundo moderno?

Dom Bergonzini impõe terror aos anti-clericais de todas as matizes porque é um símbolo. Um símbolo da força da Igreja, da Sua vitalidade, um símbolo que é simultaneamente um convite para que mais e mais prelados tenham a coragem de falar o que deve ser falado – do alto dos telhados! Desacostumados com as sentinelas da Igreja, os Seus inimigos foram pegos de surpresa pelo velho bispo de Guarulhos, e ainda não se recuperaram do susto. Ainda têm medo. E devem ter mesmo, porque coisa terrível é combater contra o Senhor dos Exércitos. Coisa desesperadora é enfrentar o Deus de Israel. Aterrador é ser inimigo do Crucificado. Apavorante é ver marchar contra si o estandarte d’Aquela que avança terrível como um exército em ordem de batalha.

A única possibilidade de vitória dos inimigos de Deus é na recusa ao combate dos soldados de Cristo – este é o único êxito que os adversários de Cristo são capazes de lograr! E eles sabem perfeitamente disto. É exatamente por isto que importa combater. É exatamente por isto que nos querem silenciar – tanto pela ditadura escancarada quanto pela falsa política de boa vizinhança. E é exatamente por isso que impõe tanto terror aos inimigos da Igreja a figura de um bispo velho e cansado, mas de lança em riste.

Obrigado, Dom Luiz Gonzaga Bergonzini – é o preito de gratidão dos que, junto a vós, queremos lutar por Cristo e pela Igreja. Dos que nos sentimos acolhidos e aliviados com as vossas palavras tão impopulares. Dos que não nos deixamos seduzir pelo canto-de-sereia do mundo moderno. Dos que reconhecemos a importância crucial de seguir os passos do Crucificado.

Veni, Sancte Spiritus!

É Pentecostes! Celebramos a vinda do Espírito Santo, o Consolador, a Força do Alto. Aquele que vem em auxílio às nossas fraquezas e que faz a Igreja nascente, abandonando o medo, sair para anunciar destemidamente o Evangelho.

É Pentecostes, festa do Espírito Santo que desceu sobre os Apóstolos reunidos no Cenáculo junto com a Virgem Maria. Ensinando-nos a importância de perseverar em união de orações. Ensinando-nos que Deus sempre cumpre as Suas promessas. E ensinando-nos também – por que não dizê-lo? – a importância de estarmos juntos d’Aquela que nos foi deixada como Mãe. Um dia o Espírito Santo A cobriu com Sua sombra e, no dia de hoje, mais uma vez o Espírito Santo desce precisamente onde Ela está.

É Pentecostes, e Aquele que um dia veio à Virgem Santíssima para dar Nosso Senhor Jesus Cristo ao mundo vem mais uma vez sobre Ela, para consolidar a Igreja no mundo. É d’Ela que nasce Cristo – cabeça da Igreja – e é junto a Ela que o restante do Corpo Místico de Cristo estava em oração no dia de hoje. É d’Ela, portanto, que nasce a Igreja, tanto por ser Ela a Mãe d’Aquele que é a Cabeça da Igreja quanto por Ela estar, mais uma vez, presente neste dia em que a edificação do Corpo de Cristo completa-se de maneira maravilhosa. Se o Espírito Santo é a alma da Igreja, certamente não pode pretender fazer parte desta Igreja quem se recusar a estar com Aquela que é a Esposa do Espírito Santo. Pentecostes nos ensina, mais uma vez, a importância de estarmos profundamente unidos Àquela sobre a Qual o Espírito Santo sempre vem.

Gosto particularmente da Sequência da Missa de hoje, que ponho logo abaixo – retirada do blog “Suma Teologica”, onde podem ser encontrados tanto um vídeo da música quanto uma sua tradução. Ainda mais em particular, gosto bastante de dois versos: “Veni, pater pauperum” e “Lava quod est sordidum”.

Pater Pauperum! O Pai dos Pobres. Afinal, “pobre” é aquele que nada tem – como somos todos nós, pobres de graça, pobres de virtudes, pobres de qualquer coisa que possa ser agradável a Deus – e “pai” é aquele que provê, que dá. Nós somos pobres, e é o Espírito Santo que, qual pai, dá-nos aquilo que de outra maneira não poderíamos obter. E, por não termos nada, terminamos pecando: acumulando sujeiras, imundícies… mas as quais é também o Espírito Santo que lava! A tradução para o português verte para “sujo” o termo latino; mas prefiro usar a tradução imediata de “sórdido” mesmo, que possui carga maior de malícia. Nós não temos nada, a não ser imundícies; e o Espírito Santo não apenas nos lava estas como também nos dá todo o resto…! A oração é perfeitamente adequada: Pai dos pobres, lava o que é sórdido! É uma súplica desesperada de quem sabe que só em Deus pode esperar. E o Altíssimo, em Sua magnificência, sempre nos concede ainda mais – muito mais! – do que ousamos pedir… Vinde, Espírito Santo! Manda do Céu um raio de Tua luz! É o pedido dos que não merecemos os Teus favores. É o pedido dos pobres que não temos a quem recorrer. É o pedido dos criminosos que não temos direito algum de Te suplicar nada. Vinde, e fazei maravilhas.

Um santo Pentecostes a todos!

* * *

VENI SANCTE SPIRITUS

Veni, Sancte Spiritus
et emitte caelitus
lucis tuae radium!

Veni, pater pauperum
veni, dator munerum
veni, lumen cordium.

Consolator optime
dulcis hospes animae
dulce refrigerium.

In labore requies
in aestu temperies
in fletu solatium.

O lux beatissima
reple cordis intima
tuorum fidelium.

Sine tuo numine
nihil est in homine
nihil est innoxium.

Lava quod est sordidum
riga quod est aridum
sana quod est saucium.

Flecte quod est rigidum
fove quod est frigidum
rege quod est devium.

Da tuis fidelibus
in te confidentibus
sacrum septenarium.

Da virtutis meritum
da salutis exitum
da perenne gaudium.

Amen, Alleluia.

Curtas

Battisti e os conceitos de “justiça”. “Tudo isso significa que consideramos a Itália um país medieval, incapaz de julgar seus cidadãos adequadamente por crimes cometidos em seu território. Já a Justiça brasileira, como sabemos, é exemplar”.

A recente decisão do STF sobre a não-extradição do criminoso italiano é mais um capítulo da triste história da vergonha brasileira, a cobrir de opróbrios esta nação. Que os nossos descendentes nos perdoem!

No mesmo sentido, ouvi ontem e hoje na CBN o Arnaldo Jabor lamentar que a Dilma esteja evitando encontrar-se com a iraniana Shirin Ebadi – segundo o comentarista, por causa da amizade entre Lula e o Ahmadinejad e dos “soviéticos de Brasília”. Aliás, é o terceiro dia seguido que eu ouço o comentário do Jabor, e o terceiro dia seguido em que ele se refere aos “soviéticos” e “bolcheviques” do Planalto…

* * *

Profanação Eucarística na Colômbia: “O Pe. Rodrigo Hurtado, pároco da igreja de San Isidro em Dosquebradas (Colômbia), denunciou que a capela Cristo Salvador foi vítima de um ato sacrílego, pois ladrões ingressaram no templo, furtaram dinheiro e bens valorados em mais de mil dólares, para logo retirar as hóstias do Sacrário, derramá-las no chão, jogar cerveja em cima e pisoteá-las”.

Caberia talvez pensar que foi um ato simples de assalto, onde os criminosos aproveitaram-se da oportunidade para vandalizar o ambiente. No entanto, o sacrilégio apresenta uns requintes de odium fidei tão ímpios que nos levam a pensar se, ao contrário, não foi o assalto uma tentativa de encobrir a profanação…

Rezemos ao Altíssimo em desagravo por este sacrilégio e por tantos outros que ocorrem mundo afora. Que Ele Se compadeça de nós.

* * *

Perito desmente mitos anti-católicos sobre as cruzadas. Leiam lá. Só destaco:

  • Primeiro mito: “as cruzadas representaram um ataque não provocado de cristãos ocidentais contra o mundo muçulmano”.
  • Segundo mito: “os cristãos ocidentais foram às cruzadas porque sua avareza os motivou a saquear os muçulmanos para ficarem ricos”.
  • Terceiro mito: “os cruzados foram um bloco cínico que em realidade não acreditava nem em sua própria propaganda religiosa, senão que tinham outros motivos mais materiais”.
  • Quarto mito: “os cruzados ensinaram aos muçulmanos a odiar e atacar a cristãos”.