Governo recua na polêmica do “kit-gay”

Li no Supplementum Fidei e no Julio Severo que os protestantes conseguiram obter da presidente Dilma a proibição (ao menos por enquanto) do famigerado “kit gay” das escolas públicas. A mesma notícia foi publicada no Estadão, sob o título “Bancada Evangélica diz que Dilma considerou de mau gosto material sobre homofobia”. Deste último, destaco:

O deputado Ronaldo Fonseca contou que Gilberto Carvalho disse que a presidente afirmou que novo material só será distribuído após discussão de conteúdo com parlamentares da frente evangélica, católica e de defesa da família.

Há dois pontos aqui. O primeiro é que esta matéria está absurdamente vaga. O deputado “contou” que o ministro “disse” que a presidente “afirmou”… houvesse mais um elemento nesta cadeia de “disse-me-disse”, acabar-se-iam os sinônimos necessários à elegância textual do período. Ninguém falou com a presidente? Esta decisão dela não está registrada em nenhuma fonte? Deste jeito, não dá para confiar nesta “palavra” de terceira mão da sra. Rousseff.

O segundo ponto é que a presidente da República não pode jamais ser confundida com uma aliada da causa pró-vida e pró-família. Se ela recuou neste ponto específico, foi um recuo tático: foi porque os parlamentares pressionaram-na até que ela não teve outra opção que não ceder. Afinal, os deputados haviam decidido simplesmente abandonar o plenário e não votar mais nada enquanto o assunto não fosse tratado. Por conta disso, hoje a presidente da República “afirmou que novo material só será distribuído após discussão de conteúdo com parlamentares da frente evangélica, católica e de defesa da família”.

É uma boa notícia e é sem dúvidas uma vitória, mas não podemos baixar a guarda. Temos que ter consciência de que esta “discussão” pretendida tem tão-somente o objetivo de passar um verniz de legitimidade à arbitrariedade totalitária já previamente decidida neste jogo de cartas marcadas – como a Suplicy já deixou entrever. Não nos enganemos: o Governo voltou atrás agora porque não teve opção. Assim que tiver, passará por cima dos opositores com a maior tranqüilidade de consciência. Ai de nós se não estivermos preparados!

Em tempo: bancadas católica e evangélica pedem a demissão de ministro da Educação. Não há dúvidas de que o Haddad seja um grandíssimo mentiroso; mas é bom ver que os parlamentares não estão dispostos a serem enganados e a fazerem política de boa vizinhança. Os inimigos da Pátria assaltam-na de maneira tempestuosa e violenta. Este é o tempo em que tolerância é capitulação, e onde o respeito humano pode custar a própria liberdade. Não é mais possível haver omissão ou acordos de boa convivência: importa oferecer uma resistência clara e inequívoca ao gayzismo ideológico que nos querem impôr.

O que a criminologia tem a dizer sobre os abusos sexuais de [crianças e] adolescentes por sacerdotes americanos?

A notícia é da semana passada, mas eu só li ontem e é muito importante: trata-se de uma investigação levada a cabo nos Estados Unidos pelo John Jay College of Criminal Justice sobre os casos de abusos sexuais de menores. Vi a notícia de segunda mão aqui; dentre as informações mais relevantes, vale destacar:

“Dos cerca de 6 mil padres acusados de abuso ao longo da metade do século passado (cerca de 5% do número total de padres que que serviram durante esse período), menos de 4% podem ser considerados pedófilos, assinala o relatório – isto é, homens que se aproveitaram de crianças”.

“Do mesmo modo, o celibato permaneceu uma constante ao longo dos picos e vales das taxas de abuso, e os padres podem ser menos propensos a abusar de crianças hoje em dia do que os homens de profissões similares”.

Portanto, nem os padres são em geral molestadores de crianças e nem os molestadores de crianças em geral são padres. E, mais ainda, a maior parte – a esmagadora maior parte – dos casos de abusos sexuais cometidos por membros do clero não é de pedofilia. E, também, o celibato não torna ninguém mais propenso a abusar de crianças. Ou seja: tudo o que nós sempre dissemos contra os espantalhos grotescos pintados pelos anti-clericais de todos os naipes. Mas, aqui, estamos falando de conclusões obtidas por uma instituição de criminologia respeitada mundialmente. E sobre os abusos cometidos nos Estados Unidos – país que se tornou tristemente emblemático do problema.

Mas há na reportagem uma coisa, uma única coisa, que não me parece bater. Trata-se do seguinte parágrafo:

[O]s pesquisadores não encontraram evidências estatísticas de que os padres gays eram mais propensos do que os padres heterossexuais ao abuso de menores (…). O número desproporcional de vítimas adolescentes do sexo masculino tem a ver com a oportunidade, não com uma preferência ou com uma patologia, afirma o relatório.

E eu, sinceramente, acho isso muito estranho. “Oportunidade” e não preferência?! Alguém aqui consegue imaginar um homem heterossexual que se relacione desproporcionalmente com outros homens e, depois, venha dizer que não é questão de preferência, mas de “oportunidade”? Ou um homem gay que, por “oportunidade”, relaciona-se mais com mulheres do que com outros homens…?

Vamos às fontes. O relatório original (150 páginas) está aqui. Os gráficos a seguir foram retirados dele.

 

Abusos sexuais por ano de ocorrência

 

Vítimas, por idade e gênero

 

Sacerdotes acusados, por tipo de acusação

Eu ainda não tive tempo para lê-lo inteiro, mas algumas coisas saltam aos olhos. Chamar de “desproporcional” o número de vítimas do sexo masculino é pouco: estamos falando de um número (na faixa dos 11-14 anos) quase seis vezes maior! E isto se explica por… “oportunidade”? Não consigo alcançar o porquê de semelhante afirmação; não vejo no quê ela possa se basear. Talvez haja no relatório algo que me escapou à primeira (e apressada) vista. Ou, talvez, o problema esteja na reportagem mesmo.

Dez dicas para a organização de celebrações litúrgicas

[Estas são dicas genéricas. Qualquer semelhança com pessoas ou fatos recentes é mera coincidência.]

1. Cuide-se para que o lugar da celebração assemelhe-se o mais possível a um templo sagrado, ainda que por razões de espaço a cerimônia tenha que se realizar fora do templo, ao ar livre. O altar seja visível e facilmente identificável como tal. Evitem-se construções arquitetônicas estranhas à tradição litúrgica da Igreja.

2. O centro de qualquer solenidade, por festiva que seja, é e tem que ser a Santa Missa. Haja parcimônia na colocação de outros eventos periféricos antes ou depois da celebração – como shows ou queima de fogos, por exemplo. Evite-se que os fiéis sejam instados a chegarem muito tempo antes da celebração para “prestigiar” os eventos precedentes ou, ao contrário, a permanecerem depois da Missa concluída para acompanhar a programação que porventura ainda haja. Principalmente, o momento da Comunhão não seja usado para pedir aos fiéis que fiquem depois da Missa para a queima de fogos.

3. A figura do comentarista é interessante e pode ser utilizada, mas que isso seja feito com parcimônia. O comentarista sirva para esclarecer sucintamente cada aspecto da celebração, e não para fazer as vezes de um animador incitando o povo a tal ou qual comportamento. Principalmente, que as suas intervenções sejam sucintas a ponto de não atrapalhar a celebração: comentários tão ou mais longos do que as próprias leituras da missa não são adequados.

4. A música tem uma função litúrgica insubstituível. Preze-se por cantos – ainda que populares – que sejam piedosos e adequados ao momento, tanto quanto à letra como quanto ao ritmo. Baterias sufocando as próprias vozes do coral de forma alguma são bem-vindas, e mais ainda se elas se mantiverem em uma batida que lembra “vamos brincar de índio” ou “ilari-lari-ê”.

5. A homilia do sacerdote é um importante momento de catequese dentro da cerimônia. Cuide-se para que ela seja audível pelos fiéis presentes, com as palavras claras e distintas, por meio de uma correta configuração do sistema de som. Se o sacerdote fala mais baixo, é imperativo que o microfone seja colocado mais alto, a fim de que não haja empecilhos a esta importante formação espiritual.

6. Dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço, e as coisas tornam-se tão mais indistinguíveis quanto mais distantes elas estão do observador. Em uma multidão, é impossível que todos estejam próximos o suficiente do altar para que sejam capazes de ver a celebração – os sinais externos da Liturgia – da maneira como eles devem ser vistos. Neste caso, telões podem ser utilizados.

7. Em hipótese alguma seja tocado o Hino Nacional após a Consagração. Se isto for difícil de se entender, seja considerado ao menos que a posição adequada diante de Cristo Eucarístico é de joelhos e, diante da execução do Hino Nacional, é de pé. Como não é possível estar simultaneamente de pé e de joelhos, o Hino Nacional não seja tocado no meio da Oração Eucarística.

8. O patriotismo é um valor a ser protegido, mas que se evitem excessos. Avalie-se criteriosamente a conveniência de se colocar uma grande bandeira do Brasil nas costas do crucifixo que entra em procissão. Se o mesmo for estritamente necessário, que a bandeira seja retirada quando o crucifixo chegar ao presbitério, para evitar a flâmula tremeluzente por trás do altar durante toda a Missa.

9. Os chamados “ministros extraordinários da comunhão eucarística” – leigos – devem ser usados na ausência de sacerdotes. Em uma celebração com dezenas de bispos e centenas de padres, o uso de leigos para distribuir a Sagrada Comunhão não é aceitável. Evite-se.

10. Uma solenidade não é medida pela sua duração. Uma missa pode ser extremamente solene sem que precise ser desnecessariamente longa. Seja levado em consideração o fato de que os fiéis também se cansam, geralmente estão em posição desconfortável, sujeitos às intempéries da natureza e, talvez, tenham horários inegociáveis (de viagens, por exemplo) a cumprir após a cerimônia. Dependendo da Liturgia, uma missa de uma hora e meia ou até duas horas está de bom tamanho. Duas horas e meia ou três horas é geralmente um exagero desnecessário.

Beata Dulce dos pobres, rogai por nós!

E a Bahia estava em festa para ver a Irmã Dulce ser inscrita no rol dos beatos da Santa Igreja Católica. A universalidade da celebração foi uma das coisas que mais me impressionou. Havia outdoors pelas ruas, cartazes nas janelas das casas e, segundo me disse um amigo, até mesmo os protestantes eram simpáticos àquela que mereceu ser chamada de “Anjo Bom da Bahia”: estes últimos apenas insistiam, de maneira tíbia, que “ela não podia interceder”. Mas as virtudes dela pareciam provocar admiração em todos.

Antecipei o meu vôo e acabei esquecendo de comprar os jornais do dia de ontem. Um amigo me disse que, em um deles, era narrado um episódio da vida da nova beata: acontecera um acidente grave com um pequeno ônibus, dentro do qual haviam ficado presas algumas pessoas. O ônibus pegara fogo e as pessoas não estavam conseguindo sair. Irmã Dulce, que estava nos arredores, ouviu o acidente, chamou as irmãs e foi correndo socorrer as vítimas; com pedras, quebrou os vidros e conseguiu salvar, se não me falha a memória, uma dúzia de pessoas.

E uma dessas pessoas era um garoto que a própria Irmã Dulce já salvara quando ele era um bebê. A mãe dele o havia abandonado para morrer, ferido, em uma encruzilhada como oferenda a algum Orixá. Irmã Dulce o recolheu, tratou dele e o entregou a uma família para que ele fosse criado. Anos depois, o mesmo garoto estava prestes a morrer em um acidente; e, mais uma vez, a Irmã Dulce estava lá para o salvar.

Nunca o serviço social dela foi confundido com mera filantropia. A sua visão horizontal era totalmente dependente de uma firme e clara visão vertical: a freira de hábito era uma mulher de profunda oração, interessada em lutar não por “melhores condições sociais” nem por nenhuma outra bobagem do tipo, mas preocupada em amar pessoalmente cada um dos filhos de Deus que Ele colocava em seu caminho. A dedicação de toda uma vida ao serviço dos pobres era radicada em um profundo amor a Deus, sem o qual o que ela fez simplesmente não teria sido possível. Externamente, alguma filantropia pode até ser confundida com caridade, mas o amor meramente humano – ao contrário do divino – tem limites. Ninguém consegue esquecer-se de si a serviço dos outros – como fez a Irmã Dulce – se não for por um profundo amor a Deus.

“-Chegou uma freira nova tão bonitinha!”. Um outro amigo me disse ter ouvido esta frase da mãe dele, referindo-se ao primeiro contato que ela tivera com Irmã Dulce em Salvador. Uma menina jovem e bonita, de uma família importante da cidade, dedicando-se exclusivamente – desde criança – a cuidar dos indigentes! Como não se admirar com esta mulher? A festa, repito, era na capital baiana inteira. Nem a chuva conseguiu esmorecer o ânimo dos baianos, que se dirigiram às centenas e aos milhares para o Parque de Exposições. Participar do histórico momento em que uma filha da Bahia foi declarada Bem-Aventurada.

Em bom latim, na leitura da bula do Papa Bento XVI, logo após traduzida: a Serva de Deus Dulce Lopes Pontes estava inscrita entre os beatos da Igreja Católica. Aplausos. O grande retrato da nova beata foi descoberto, ao lado do altar – de onde o Senhor do Bonfim olhava para a amplidão tomada de gente, e abençoava o povo da Bahia. Eu estava radiante: mais uma brasileira próxima dos altares! Uma conterrânea reconhecidamente na amizade de Deus. A olhar por Salvador, a olhar pela Bahia, a olhar pelo Brasil.

Que a Irmã Dulce interceda por nós! Que ela se lembre do seu Brasil, de sua Pátria tão necessitada dos favores celestes. Que muitas graças caiam em abundância sobre esta Terra de Santa Cruz: graças do Senhor do Bonfim, pelas mãos da Virgem da Conceição da Praia, pela intercessão da Bem-Aventurada Dulce dos Pobres.

Versus Deum

Passei por algumas igrejas aqui em Salvador hoje. São igrejas antigas, que mantêm – entre outras coisas – os altares laterais onde antigamente eram celebradas missas. De frente para Deus.

É impressionante, e triste, constatar como o sentido desta posição litúrgica se perdeu por completo. Hoje, por pelo menos duas vezes eu ouvi dois guias turísticos distintos “explicarem” que, antigamente, os padres celebravam “de costas para o povo”. E sem disfarçar o tom de desprezo a esta atitude ultrapassada dos padres de outrora.

Na verdade, a idéia moderna é bastante estúpida. Nunca antes na Igreja passou seriamente pela cabeça de ninguém que os padres estivessem celebrando de costas para o povo. Porque sempre se soube que ambos, padre e povo, estavam voltados juntos para a mesma direção. Ambos voltados para Deus.

E isso, que qualquer pessoa – por mais humilde que fosse – sempre aprendeu “na prática”, foge completamente à compreensão dos homens modernos. Estes simplesmente são incapazes de conceber que o padre e o povo devessem estar ambos voltados para a mesma direção para significar, exteriormente, uma convergência interior. Ambos olham para a mesma direção porque ambos olham em direção a Deus. Isto, que é tão simples, parece ser incompreensível para os homens que se desacostumaram a volver os olhos para o Criador do mundo.

Em uma das igrejas em que estive – acho que na nova Sé – eu vi um pequeno altar de parede. Neste, havia um grande, um enorme e belíssimo crucifixo. E, por um instante, eu imaginei um sacerdote diante deste altar, diante desta cruz, celebrando a Santa Missa. Durante o cânon romano, “elevando os olhos” e mirando, bem perto de si, enorme e alto, Cristo Crucificado. Mostrando, de forma visível e bem visível, o milagre que ele tem invisível em suas mãos. E nada será capaz de me convencer que não seria (muito) mais fácil manter a Fé este sacerdote que, todos os dias, celebrasse o Santo Sacrifício tendo, literalmente, o Crucificado diante dos olhos.

Aviso

Escrevo do aeroporto; São Salvador da Bahia de Todos os Santos, onde acabei de pousar. Um final de semana longe de casa; encontrar alguns amigos, jogar alguma conversa fora, confabular um pouco, distrair outro tanto.

E assistir à cerimônia de beatificação de Irmã Dulce dos pobres, o Anjo Bom da Bahia, que em breve estará mais próxima dos altares. Para a maior glória de Deus. Porque ainda há santos: a despeito de toda a ingratidão dos homens desta terra, Deus não nos abandona. E ainda nos permite alguns vislumbres do Céu.

Tomo um capuccino solitário enquanto escrevo estas linhas. Espero outro vôo, de um amigo que vem de Minas. E penso em como somos privilegiados: é-nos permitida uma bebida quente longe de casa, enquanto se está na iminência de rever um amigo distante. E tudo isso pode ser facilmente compartilhado com o mundo inteiro; e, há poucas horas, eu estava em Recife.

Deveríamos ser mais santos, sem dúvidas. Porque aquele mistério da Igreja da Comunhão dos Santos nunca antes na história encontrou uma correspondência visível tão forte e tão simples. Os laços espirituais concretizam-se de fato em atividades reais. É-nos permitido encontrar pessoalmente os amigos distantes a quem estamos unidos pela Fé Católica e Apostólica. E podemos estar presentes às celebrações litúrgicas cujas graças destinam-se a toda a Igreja.

Prometo rezar pelos amigos, não apenas os que eu vou encontrar aqui, mas todos os outros que eu, agora, só posso encontrar na Eucaristia. No Santíssimo Corpo de Deus que nos une a todos os membros da Igreja. Viajar faz bem…!

Que a Bem-Aventurada Dulce dos pobres rogue por nós.

Governantes Brasileiros: de guardiões da vontade do povo a adestradores de animais

O PLC 122/2006 estava ontem na pauta de votação do Senado. A expectativa era a de que, hoje (Sexta-Feira…), amanhecêssemos homofóbicos.

Acho que não foi desta vez. A Agência Senado noticiou a aprovação de um debate sobre o malfadado projeto. Pelo que pude entender, “o momento e o formato adequado do debate” serão negociados posteriormente – e foi só assim que os senadores entraram em consenso. Aliás, praticamente o mesmo requerimento fora feito tanto pela Marta Suplicy quanto pelo Magno Malta; e reproduzo o teor de ambos (via IPCO, com os destaques lá colocados; a fonte primária está aqui) para comparação:

Senador Magno Malta e outros Senhores Senadores: “[…] requerem que seja feita audiência pública, COM ENTIDADES DA SOCIEDADE CIVIL, destacando OAB, CNBB, e Conselhos de Líderes Religiosos Brasileiros, DENTRE OUTRAS […]”

Marta Suplicy “[…] Requeiro… … Audiência Pública… ESTA AUDIÊNCIA PÚBLICA TERÁ A PARTICIPAÇÃO DOS SEGUINTES CONVIDADOS: Michael Donald Kirby – Juiz aposentado da Suprema Corte Australiana; Jurista; Acadêmico; MARIA DO ROSÁRIO – SECRETÁRIA DE DIREITOS HUMANOS DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA; ELLEN GRACIE – MINISTRA DO (STF); REPRESENTANTE DA – ABLGT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE LÉSBICAS, GAYS, BISSEXUAIS, TRAVESTIS E TRANSEXUAIS; Representante da OAB – Ordem dos Advogados do Brasil. […]”

Seria engraçado se não fosse trágico: a senhora Suplicy quer um debate para o qual não sejam convidadas as partes discordantes! Um debate de cantilena monotônica, onde todos pensam praticamente a mesma coisa: apenas para dar um verniz de legitimidade e consenso à decisão ditatorial. Faz algum sentido realizar uma audiência pública sem convidar as partes que discordam do assunto debatido? Na cabeça da Marta Suplicy, não apenas faz sentido como também é exatamente isto que ela está requerendo! Se vivêssemos em um país sério, semelhante proposta faria a senadora corar de vergonha. Mas já vivemos sob uma ditadura velada, onde os poderes constituídos foram tomados por inimigos da Pátria – os quais zombam do povo com propostas como esta da senadora petista. A mulher é um verdadeiro suplício para o país!

Contrariando o costume, quero aproveitar a oportunidade para citar outros dois textos do Reinaldo Azevedo que julgo relevantes. O primeiro é este, de ontem, no qual o articulista da Veja rebate um texto do Hélio Schwartsman (da Folha de São Paulo). O segundo é este, onde o Reinaldo apresenta um vídeo do Jean Wyllys contra a realização de um plebiscito – uma vez que “um povo ignorante o bastante para dar a vitória a Wyllys no BBB e para elegê-lo deputado não pode, segundo ele próprio, decidir certos temas em plebiscito”.

Afinal, às favas com a vontade do povo! Quanto tempo falta para os brasileiros perceberem que os vigaristas habitantes do Planalto estão – descaradamente – agindo em relação ao povo como se fossem adestradores de animais, e não guardiões de sua vontade?

Atenção! Isto não se refere somente à lei da Mordaça Gay! Estamos falando de toda uma política consciente e constante de exaltação da sodomia, que se manifesta nas leis propostas ou aprovadas, nas jurisprudências absurdas que a Casa da Mãe Joana (o STF) firma, no espaço absurdo à imoralidade gay que é concedido nos meios de comunicação em massa (nos jornais mas também – e principalmente – na televisão, como p.ex. com o recente beijo lésbico do SBT, e também com toda a pletora de personagens gays “bonzinhos” com os quais a televisão anda infestada), na doutrinação da infância (p.ex., com o escândalo do kit gay), na (descarada) perseguição ideológica da Gaystapo, nas paradas da vergonha sodomita financiadas com dinheiro público, et cetera, et cetera, et cetera. É evidente, para além de qualquer possibilidade de dúvidas, de que há um movimento deliberado dos Poderes Públicos para enfiar a ideologia gay goela abaixo do povo brasileiro [p.s.: quem duvida, passe os olhos por este documento da Presidência da República / Secretaria Especial de Direitos Humanos]. E não podemos ficar parados.

O site do IPCO informa que, até o momento, “[j]á foram enviados 1.515.528 emails aos senadores pedindo o arquivamento do PLC 122/2006 ‘Lei da Homofobia'”. Continuemos mandando. Não fiquemos calados. Reproduzo aqui as coisas que podem – e devem – ser feitas:

a) Escreva emails de protesto agora mesmo: clique aqui.

b) Telefone. O “Alô Senado” é gratuito: 0800 61 22 11.

c) Faça-se presente. O Congresso é a “casa do povo” e, portanto, o acesso a ele é livre.

d) Reze. Vem por último, mas é o mais importante. Aqui, não há justificativas para se furtar. Reze. Faça penitência e implore ao Altíssimo misericórdia para a Pátria. Que Nossa Senhora Aparecida nos ajude. Que a Padroeira do Brasil salve a Terra de Santa Cruz.

Não desanimemos. Não deixemos de nos manifestar. Não permitamos que a tirania seja exercida por inércia de nossa parte. Ser-nos-á motivo de vergonha e fonte de muitas tribulações se os ímpios triunfarem – à revelia da vontade conhecida da maioria população brasileira – por pura apatia de nossa parte.

A mídia x os brasileiros: a reação dos internautas

Aconteceu ontem: o jornal “O Globo” havia publicado em seu site, logo na página principal e com destaque, esta notícia. É sobre a mais nova palhaçada do excelentíssimo sr. Governador do Estado do Rio de Janeiro (o mesmo que perguntou recentemente quem é que nunca teve uma namoradinha que precisou abortar): policiais militares gays participarem fardados da próxima Parada Gay carioca.

É claro que a idéia estúpida desagradou os policiais militares. Com muita propriedade eles questionaram: “acho estranho o governador liberar o carro, gastando gasolina do estado, para eles [os policiais homossexuais] participarem de algo de caráter particular. Além disso, se você usar a viatura para ir a um evento, deixará desguarnecidas áreas que precisam de segurança – diz Cordeiro, levantando ainda outro problema. – Se o policial for fardado, isso significa que irá armado. Quem usa fuzil, por exemplo, vai deixar na viatura ou levar para a passeata?”. Muito bem colocado. Mas o Sérgio Cabral é brasileiro e não desiste nunca. O show tinha que continuar.

Chegamos, enfim, à notícia à qual fiz referência na primeira frase deste post. Sob a palavra “polêmica”, a manchete diz: Parada Gay: Cabral nega mal-estar com comandante da PM, e Paes diz que participação de militares é ‘opinião do governador’. Como eu falei, estava logo na entrada do portal com destaque e rapidamente passou para os links mais modestos das notícias relacionadas – até desaparecer completamente da página principal.

Naturalmente, não dá para provar com certeza; mas eu acho – e não somente eu – que o motivo desta súbita perda de atenção d’O Globo na polêmica foi por conta dos comentários que estavam sendo feitos. Tratam-se de cidadãos brasileiros normais que se manifestaram descontentes com o espaço (absurdamente desproporcional) que a agenda gay está ocupando no governo e nos meios de comunicação. Ou seja: a manifestação dos leitores do jornal foi contra os interesses d’O Globo e, por isso, eles habilmente retiraram a matéria do centro das atenções.

O povo brasileiro não é partidário do espancamento de homossexuais, não acredita que eles devam receber pena de morte por seu comportamento imoral, acha natural que o patrimônio em comum construído possa pertencer àqueles que trabalharam para o construir e, contanto que se mantenham padrões mínimos de moralidade pública, está pouco interessado no que a dupla faz ou deixa de fazer na cama. No entanto, o povo brasileiro – o bom povo brasileiro – não aceita a imposição da cultura gay. Isto ficou claro nos comentários feitos à reportagem acima mencionada. Ontem à tarde (logo depois de “desaparecer” da página principal do site), havia pouco mais de 100 comentários em menos de quatro horas. Hoje, há 179. À guisa de exemplo, trago algumas manifestações dos leitores, das mais antigas às mais recentes:

TamoAi
18/05/2011 – 13h 52m

Esse re..tar..da..do do Cabral gosta de aparecer. Nao faz nada que presta.

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QueissoZe18
18/05/2011 – 13h 55m

A demagogia de Cabral é ilimitada. è tão tosco e mal preparado que até sugere ato inconstitucional. Não tem cabimento pedir pra policial levar a viatura – que é do estado e deveria servir ao povo, gay ou não – pra sair do armário. O que o sujeito faz na cama não é da conta do governador, é da intimidade de cada um , logo, de aspecto privado.

O gov devia conclamar o prefeito do RJ a sair do armário.

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JERICÓ
18/05/2011 – 13h 59m

Que desculpem os simpatizantes. Nunca vi uma família realizar um festa tipo debutante para o anúncio com gritos de satisfação da descoberta do homossexualismo de seus filhos ou filhas. Algo está errado com alguns simpatizantes que nunca festejam ou festejaram seus filhos homossexuais. A queda do império romano se deu em parte, justamente em função de sua promiscuidade inclusive com a participação de alguns imperadores. Parabéns coronel pela decisão técnica, legal e não política tomada.

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Luiz Henrique Gineste Barroso
18/05/2011 – 14h 03m

COM O MEU ,ALIAS NOSSO DINHEIRO.QUEIMANDO GASOLINA E HORAS DE SERVIÇOS.GOVERNADOR PENSE ANTES DE FALAR TANTA BOBAGEM.AS URNAS VÃO FALAR NAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES.

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Jair José de Almeida
18/05/2011 – 14h 10m

O tal do Jean Willes que venceu o BBB escreveu um livro, trabalhou na tev globo com ana maria braga, e na radio globo caiu no esquecimento, mas derrepente de candidata a deputado fica de suplente consegue uma vaga e agora se notabiliza por fazer campanha a favor do mundo gay. Será que nesse país não tem coisa mais importante pra se discutir? sou contar a homofobia mas também sou contara viada.gem, ô atraso

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Rodrigo Herrera
18/05/2011 – 14h 19m

Cada um na sua. Mas esta exaltação da opção sexual é patética. Todo mundo tem direito a fazer o que quiser se for entre adultos, agora parece que querer tornar o homosexualismo em obrigatório. Não tenho nada contra gays, mas tenho contra políticos que usam esta bandeira para bancarem moderninhos e os que defendem para bancarem os que defendem a família. Que coisa sem graça.

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Aluizio jorge
18/05/2011 – 14h 41m

Quanta palhaçada.

Que saco esta de parada gay, falta do que fazer dos politicos para aparecer na midia.

Enquanto o roubo o assistencialismo e a falta de educação escolar correm soltos neguinho da atenção a parada gay.

Cada povo tem o governo que merece

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Celso Machado
18/05/2011 – 15h 46m

Sergio cabral deveria ser governador do circo, com todo o respeito aos queridos palhaços…
Trabalhar que é bom. Saúde, um lixo. Educação nota zero. Segurança, só para ingles ver…
Agora essa questão de homofobia tratada de forma ridícula e criando preconceito. homo ou hetero, tanto faz cada um sabe da sua vida. O problema que no Brasil tudo acaba em palhaçada.

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Atlan
18/05/2011 – 16h 21m

Não sou homofóbico. Sou uma pessoa tolerante e que respeita a liberdade dos outros. Entretanto, a presença massiva da questão gay nos jornais, na internet e na tv é desproporcional. O assunto é tratado como se fosse a questão principal nas nossas vidas. Não é. Eu não conheço nenhum gay assumido. Em resumo, não é um assunto que me interesse. Entretanto, sou bombardeado com o assunto o tempo todo. Está passando do limite de forma que eu, que sou tolerante, estou incomodado.

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Carlos Erich Kramer
18/05/2011 – 17h 39m

Senhor Domingos de Santana Junior, os senhores JÁ tem direitos plenos, já têm mais que isso, já têm até financiamento estatal. Nenhum outro membro da PM ou dos Bombeiros tem direito a ir para o carnaval usando uniforme, seja heterossexual ou não. Por que teriam os gays direito de participar de passeatas usando o uniforme? Esse é o problema: vocês querem direitos especiais, querem privilégios, querem empurrar o gayzismo goela abaixo da população.

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Francisco Oliveira de Medeiros
18/05/2011 – 19h 32m

O Governador Sergio Cabral quer é mesmo avacalhar com a instituição policia militar, porque se ele não tem pelo menos uma pequena noção do estatudo dos policiais de seu estado, avalia outras coisas enerente ao estado como ele conhece.

E há muitos outros exemplos que poderiam ser citados. Todos eles a reafirmar, de modo insofismável, esta verdade que os meios de comunicação esforçam-se por esconder: os brasileiros não engoliram e nem vão engolir esta história de que o homossexualismo seja uma coisa natural, virtuosa até, que possa ser publicamente ostentada e estimulada e da qual se deva até mesmo ter orgulho.

Já antevejo o resultado de manifestações assim: o Governo vai usá-las como prova de que a população ainda é terrivelmente homofóbica, para então redobrar os esforços na implantação da Ideologia Gay. Porque o que está em curso não é um movimento legítimo de reivindicações dos direitos legítimos: o que está em curso é um processo de engenharia social no qual se deseja moldar a maioria de uma população em conformidade com os “valores” de uma minoria. Até quando os brasileiros vão engolir isto calados? Que cada um tenha em conta que eles começam roubando uma flor. Aqueles que precisam urgentemente sair do anonimato para manifestarem as suas opiniões são os cidadãos brasileiros descontentes com a campanha pró-homossexualismo que está em curso no Brasil. Antes que seja tarde demais.

Parada Gay: Cabral nega mal-estar com comandante da PM, e Paes diz que participação de militares é ‘opinião do governador’

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/mat/2011/05/18/parada-gay-cabral-nega-mal-estar-com-comandante-da-pm-paes-diz-que-participacao-de-militares-opiniao-do-governador-924488681.asp#ixzz1MnCdcmDp
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Curtas

– Adoraria saber com qual autoridade o Stephen Hawking pontifica que a vida após a morte é um “conto de fadas”. Que eu saiba, o ilustre físico britânico não morreu ainda, para nos contar o que existe “do lado de lá”. Trata-se de uma flagrante intromissão indevida do dr. Hawkings em campos que, data maxima venia, não são de sua alçada. A física teórica pode ter muitas aplicações neste mundo, mas não serve para falar absolutamente nada sobre o outro. Qualquer afirmação neste sentido é, portanto, anti-científica por definição.

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– Um tal de “van Dijck”, em um acesso de irracionalidade que eu até agora não consegui entender, resolveu me explicar um (suposto) crime já tipificado… cometendo-o contra mim! Vejam:

A lei 7716, por exemplo, é um lei que JÁ proíbe que em função de raça, etnia, procedência nacional e RELIGIÃO (tá lendo com atenção crente pentelho? tá lendo direitinho chatólico beato?) pessoas sejam recusadas em escolas ou faculdades ou sejam sobretaxadas em hospedarias ou sejam impedidas de tomar posse em cargo público. Mas em tese se o administrador de  um hotel  se negar a aceitar uma pessoa como hóspede apenas por ela ser homossexual tudo bem. Se uma academia quiser se negar a aceitar um cliente apenas por ele ser homem, ela pode (inclusive já existe academia deste tipo). O que esta modificação na lei faria é incluir discriminações de gênero e de sexualidade dentro do rol as discriminações já tipificadas.

Ora, se a lei 7.716 proíbe (art. 20) “praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”, como o sujeito vem dizer isso a mim e a um protestante apodando-nos de, respectivamente, “chatólico beato” e “crente pentelho”?!

Fora isto, resta explicar 1) qual o problema com uma academia de musculação só para mulheres; e 2) como todo este blá-blá-blá pode servir para fazer uma apologia (por mínima que seja) da Lei da Mordaça Gay.

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– Muito bom o artigo do dr. Ives Gandra Martins publicado n’O Estado de São Paulo. Vale a leitura. Destaco:

A Corte Constitucional da França, em 27/01/2011, ao examinar a proposta de equiparação da união homossexual à união natural de um homem e uma mulher, declarou: “que o princípio segundo o qual o matrimônio é a união de um homem e de uma mulher, fez com que o legislador, no exercício de sua competência, que lhe atribui o artigo 34 da Constituição, considerasse que a diferença de situação entre os casais do mesmo sexo e os casais compostos de um homem e uma mulher pode justificar uma diferença de tratamento quanto às regras do direito de família”, entendendo, por consequência, que: “não cabe ao Conselho Constitucional substituir, por sua apreciação, aquela de legislador para esta diferente situação”. Entendendo que só o Poder Legislativo poderia fazer a equiparação, impossível por um Tribunal Judicial, considerou que “as disposições contestadas não são contrárias a qualquer direito ou liberdade que a Constituição garante”.

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– Vale também a pena ver o artigo do John Allen Jr. que o pe. Demétrio publicou ontem em seu blog. Fala sobre o Magistério Eclesiástico e sobre a extensão da infalibilidade da Igreja, abordando os fatos dogmáticos. Excerto:

Nos anos 1980, esses pontos de vista conflitantes estavam no centro de um intercâmbio entre Ratzinger e o Pe. Charles Curran, teólogo moral norte-americano demitido em 1987 da Catholic University of America, em Washington, após uma longa investigação por parte do dicastério de Ratzinger. Em diversas correspondências com Ratzinger, Curran defendeu o direito de dissidência diante do que ele chamou de “ensinamento hierárquico não infalível e autoritativo”.

Ratzinger respondeu que essa restrita visão da autoridade magisterial da Igreja deriva da Reforma Protestante e leva à conclusão de que os católicos são obrigados a aceitar apenas alguns princípios dogmáticos fundamentais – a Trindade, por exemplo, ou a ressurreição do corpo –, enquanto todo o resto é discutível. De fato, disse Ratzinger, o Concílio Vaticano II (1962-1965) usou a frase sobre o “objeto secundário da infalibilidade” para se referir a uma ampla gama de ensinamentos sobre fé e moral que está intrinsecamente ligada à revelação divina e, portanto, é infalível.

“Grito Silencioso”

Da série “recordar é viver”. Nem me lembro quando foi a primeira vez que ouvi esta música; deve fazer perto de uma década. Nos meus tempos de redescoberta da Fé da minha infância. Quando voltava para a Igreja da Qual nunca tinha saído mas que indubitavelmente abandonara…

O vídeo tem imagens fortes, aviso logo. Mas ficou perfeito, uma vez que a letra também evoca imagens fortes. Porque o assunto é feio, e não tem como falar sobre ele de maneira “politicamente correta”, através de eufemismos e maquiagens. O assunto é doloroso, assim como a música, assim como o vídeo.

http://youtu.be/PXTeqJsErWo

Mas é uma dor que traz uma pontada de esperança! Uma dor que provoca, ao menos, a vontade de não mais perpetuá-la. Que conduz ao arrependimento e à vontade de fazer algo para que tanta dor pare; que leva, ao menos, a rezar. “Maria, Mãe da Igreja, roga pelos filhos seus”. É um verso, e é uma prece. Que Ela nos ouça. E proteja os indefesos.