Proteste contra a profanação de uma capela na Espanha!

Na Espanha, a capela da Universidade de la Complutense foi profanada. Segundo a notícia do Shalom, “70 jovens foram a uma capela da Universidade Complutense de Madrid proferindo insultos contra a Igreja Católica, o Papa e o clero, enquanto algumas garotas que faziam parte da profanação se despiram da cintura para acima ao redor do altar ante os aplausos do resto”.

Foto: Religión en libertad

O Hazteoír também noticiou. Os atos de vandalismo e profanação foram “cometidos por uma associação de estudantes da Faculdade de Ciências Políticas e Sociologia da Universidade Complutense, em Madrid, no último dia 10”. Aqui podem ser vistas algumas fotos – o ato não foi realizado às escondidas mas, ao contrário, foi alardeado e divulgado pelos próprios manifestantes.

Clique aqui para protestar contra esta blasfêmia, exigindo ao reitor da Universidade 1) a identificação dos estudantes que participaram do vandalismo; 2) o auxílio à polícia na obtenção do material que comprove o crime; 3) o fechamento desta citada associação de estudantes; e 4) a expulsão do líder (máximo responsable) da manifestação.

Sobre mocinhos e bandidos

Esta história eu faço questão de contar, só de raiva. Descobri-a hoje à tarde, no Twitter. Aconteceu em Cuiabá, sexta ou sábado que passou.

Uma família estava voltando para casa quando foi surpreendida por uma dupla de assaltantes armados. Fizeram a família de refém, e começaram a vasculhar a casa em busca de objetos valiosos. Trancaram a família no quarto, onde – por obra da Divina Providência – estava guardada a arma de um dos filhos, que era campeão regional de tiro. Ele a carregou e, quanto um dos ladrões entrou no quarto e apontou um revólver para a mãe do rapaz, este atirou nele e o matou. Atirou também no segundo meliante, que infelizmente conseguiu fugir mas logo depois foi capturado pela polícia.

Aí o Diário de Cuiabá pega e noticia este fato da seguinte maneira:

E assim, graças à fantástica magia das manchetes de jornais, a legítima defesa vira assassinato, um assaltante ao qual se ofereceu resistência transforma-se em adolescente assassinato e a vítima do assalto, que teve a coragem de reagir para proteger a sua família, é transformado em atirador assassino.

O absurdo era muito grande para passar incólume. A matéria foi removida do site. Ainda se encontra no cache do Google. Não sei se o responsável por ter colocado esta matéria criminosa no ar foi devidamente expulso do jornal, como seria justo. Sei que, até onde pude notar, o jornal não colocou nenhuma errata, nenhum pedido de desculpas, nenhuma nota indicando o seu erro, nada – simplesmente deu sumiço na matéria como se ela nunca tivesse existido. Também não sei se os responsáveis pela absurda prisão em flagrante do garoto que salvou a vida da sua família serão punidos como devem ser.

Sei, no entanto, que o garoto é um herói – a despeito das atitudes kafkianas das autoridades policiais e da imprensa. E sei que, graças a Deus, não sou o único a considerar os fatos desta maneira – basta olhar a página de comentários do Diário de Cuiabá onde a notícia originalmente estava. A despeito das tentativas “do alto” de inverter a realidade e transformar as coisas no seu contrário, o povo (ainda) tem o juízo no lugar. Graças a Deus.

Aviso

Pequenos problemas técnicos com acesso à internet. Atualizando as coisas esporadicamente – os comentários, ao menos, estão sendo lidos liberados a uma taxa razoável. Espera-se que daqui para amanhã as coisas estejam já resolvidas.

É Quaresma! Aliás, hoje é a primeira sexta-feira deste tempo santo. Arrependamo-nos das nossas faltas e façamos penitência pelos nossos crimes. Que o bem que fizermos e o mal que suportarmos nos aproveite para remissão dos pecados, aumento da Graça e penhor da vida eterna.

Carnaval IV

E chegamos à segunda-feira de carnaval com o problema posto, mas sem no entanto delinear ainda nenhuma solução. É fato que a alegria, em si, é uma coisa boa, como tivemos a oportunidade de discutir aqui. Também mostramos como é perfeitamente razoável que os dias anteriores à Quaresma sejam tratados com uma alegria e uma animação diferentes das habituais. Estes dois pilares são, digamos assim, os alicerces sobre os quais intentamos construir a nossa defesa do carnaval. No entanto, em desabono a estes dias, resta o fato – incontestável – de que esta festa conta com terríveis elementos de promiscuidade, de pecado, de ofensas a Deus. Por maiores e mais justos que sejam os argumentos favoráveis à diversão pré-quaresmal, um pecado é um pecado (ou, ainda, uma situação de pecado é uma situação de pecado), a favor do(a) qual não cabe nenhuma defesa e nem nenhuma tolerância. Então, o que fazer?

Não imagino que seja possível propôr soluções universalmente válidas para o problema. A tentação mais imediata de dizer “fuja do carnaval” esbarra na anti-naturalidade de se viver a Quaresma antes que a Igreja, de facto, estabeleça o tempo de jejum e penitência com o qual nos preparamos para a Páscoa do Senhor. Por outro lado, a outra tentação – de dizer “brinque carnaval!” – não parece ser aceitável por conta dos riscos à alma que este conselho via de regra comporta. Entre a cruz e a espada, assim, o que se pode fazer?

Alguém comentou aqui sobre os blocos líricos na volta do Recife Antigo (e me permito cantarolar as marchinhas pelas quais já confessei, anteriormente, o meu gosto: é lindo ver / o dia amanhecer / com violões e pastorinhas mil. / Dizendo, e bem, / que o Recife tem / o Carnaval melhor do meu Brasil!). E, com isso, eu volto a dizer algo que já delineei antes: eu sou um privilegiado por morar em Recife. Aqui, existem as marchinhas antigas que não guardam semelhança alguma com a promiscuidade que, hoje em dia, parece ser apanágio do Império de Momo. Aqui, nós temos frevo.

Comentava por esses dias com alguém sobre isso. Dizia que uma das coisas mais fantásticas no carnaval da minha cidade era o fato de não termos sucessos musicais temporários e descartáveis. “Qual o hit do carnaval 2011 em Olinda?” É fácil responder. É “Vassourinhas”, como foi no ano passado, no anterior e desde a primeira vez que eu subi as ladeiras da cidade antiga. Em um certo sentido, nós podemos dizer que temos um carnaval tradicional. Os frevos que escutamos hoje são os mesmos que os nossos pais escutaram. Minha mãe sabe cantar todas as músicas de carnaval que ainda hoje se escutam durante os dias de folia. E certamente ela não sabe cantar o “Rebolation” ou a música da Mulher Maravilha.

E, em uma situação dessas, é relativamente fácil encontrar uma solução para o carnaval. É relativamente fácil seguir o Bloco da Saudade pelas ruas do Recife Antigo sem que isso caracterize uma situação de pecado muito maior do que, sei lá, assistir a um musical antigo em um dos teatros da cidade. Se existe algo que pode salvar o carnaval, é este – chamemo-lo assim – “retorno às raízes”. Sei que (repito-me) não dá para generalizar isso para todas as festas de carnaval do Brasil afora; mas, aceitando o risco de incorrer em algum provincialismo pueril, este modelo de festas de rua parece-me absolutamente aceitável. Parece-me, aliás, o mais aceitável deles.

E a melhor maneira de brincar o carnaval é, portanto, em Recife? Sim e não. Sim, porque “Recife tem / o carnaval melhor do meu Brasil”, como cantamos durante esses dias. Não, porque o carnaval de Olinda e Recife infelizmente tem, como em toda parte, a sua quota de promiscuidade e de paganismo. Acho perfeitamente aceitável seguir um bloco de frevo antigo pelas ruas antigas da cidade. Em contrapartida, há lugares aqui em Recife e em Olinda nos quais eu, em consciência, não ouso estar.

E, também, não dá simplesmente para chamar todo mundo pra Recife (se bem que alguns amigos queridos eu bem gostaria de encontrar por aqui, nem que fosse somente durante as festas carnavalescas!). Como eu disse anteriormente, não pretendo aqui propôr soluções aplicáveis a todo mundo e a todos os lugares – eu nem teria conhecimento de causa para fazer isso. Por tudo o que falamos antes, a alegria carnavalesca é recomendável ao cristão; mas esta alegria precisa (óbvio) ser lícita, ser saudável. Por conta das tristes proporções que o Carnaval tomou, não sei (infelizmente) se isso é sempre possível. Talvez em alguns lugares, por conta simplesmente de falta de opções razoáveis, a fuga seja a única opção que reste a quem mantém firme o santo propósito de não ofender a Deus. Mas, quem puder cantar uma marchinha de carnaval antiga – pensando em mim! -, que o faça. Quem puder reunir alguns bons amigos para conversar, rir e cantar, que o faça. Quem puder divertir-se na santa alegria dos filhos de Deus, que o faça. Que cada um possa despedir-se do tempo comum da maneira que melhor puder. Depois de amanhã já é Quarta-Feira de Cinzas; estas são as últimas horas das quais dispomos para rir e brincar antes da Quaresma. Que brinquemos! É uma pena que esta alegria – repito, tão saudável! – seja obscurecida pela loucura do Carnaval. Não a deixemos morrer. Que tenhamos todos uma santa Quaresma. E, também – por contraditório que isso possa parecer! -, um santo carnaval.

Carnaval III

É claro que existem incontestáveis imoralidades no carnaval como hoje ele é celebrado. Negá-lo, é negar a os fatos tais e quais eles se apresentam – e este é um dos outros mitos do carnaval que precisa ser derrubado. Dizer simpliciter que o carnaval é uma festa neutra é falsear a realidade.

Não estou aqui simplesmente para fazer uma apologia do carnaval, é lógico. O carnaval não tem defesa. As escolas de samba do Rio de Janeiro parecem ter como conditio sine quae non a existência de mulheres (quando muito!) seminuas, e os grandes blocos de Salvador são uma festa onde a promiscuidade encontra cidadania. Não dá para defender este tipo de evento, naturalmente. Não é este o objetivo desta série de artigos.

Eu tive a sorte de nascer sob o império do frevo recife-olindense. É uma dança que não tem lá muitos chamativos sensuais: dança-se sozinho, exige uma boa técnica, as vestimentas e os passos da dança não pretendem possuir apelo sexual. Este é o carnaval que eu conheço, o carnaval da minha infância, das marchinhas antigas das quais tanto gosto! Naturalmente, não posso dizer que as ladeiras de Olinda são o último recôndito de moralidade durante os dias em que Momo impera. Mas (parece-me!) é muito mais fácil brincar carnaval de uma maneira lícita quando se escuta frevo do que quando se escuta samba ou axé.

E as pessoas que desejam simplesmente brincar o carnaval de uma maneira saudável encontram-se, durante os dias de folia, sem opções. Por um lado, existem as vergonhosas festas profanas das quais não se pode simplesmente participar (uma vez que evitar as ocasiões de pecado é um mandamento tão forte quanto o de evitar o pecado em si). Por outro lado, existe (as mais das vezes) uma completa vacuidade de opções legítimas para se divertir durante os dias de carnaval. É evidente que não me refiro aos retiros ou acampamentos: estes, existem em considerável número, mas me refiro àquelas opções que respeitam o direito do cristão de se divertir nos dias que antecedem o roxo quaresmal. São poucas estas possibilidades. Feliz de quem pode dispôr delas.

Se é importante resgatar o carnaval, é fundamental que isso seja feito por meio da substituição das festas profanas que conhecemos por outras festas, mais razoáveis, menos pecaminosas, mais adequadas aos filhos de Deus que só querem aproveitar os últimos dias antes da Quaresma. Hoje em dia, o dilema parece ser entre entregar-se à promiscuidade dos dias de Momo ou sacrificar a alegria carnavalesca. Não parece haver meio termo. E, durante estes dias de folia, é exatamente isso uma das coisas que mais faz falta.

Carnaval II

O calendário litúrgico da Igreja nos convida a rezar, digamos, “de maneira diferente” durante cada tempo. Convivem lado a lado a solenidade das festas da Virgem Santíssima com a frugalidade das missas feriais; a festa do nascimento do Salvador segue-se à expectativa do advento, e a penitência quaresmal prepara o grande júbilo da Páscoa. Reza-se diferente em cada tempo litúrgico diferente; parafraseando as Escrituras Sagradas, há “tempo para chorar, e tempo para rir; tempo para gemer, e tempo para dançar” (Ecl 3, 4).

Naturalmente, não existe o “tempo litúrgico do carnaval”. Existe o tempo comum antes da Quaresma e, no calendário antigo, havia a Septuagésima, a Sexagésima, a Quinquagésima. Mas existe também o senso dos fiéis. Ainda que não seja verdade que foi a Igreja quem inventou o Carnaval (incentivando o povo a “se despedir” da carne logo antes do extenso período de abstinência quaresmal), o fato é que esta idéia faz total sentido. Há tempo de gemer e há tempo de chorar; e, se vamos passar com lágrimas pela Quaresma, é natural que nos despeçamos com risos do “tempo comum”. Se a Igreja nos convida a um tempo de maiores exigências, é algo profundamente humano aproveitar os últimos brilhos do tempo onde somos menos cobrados.

Poderíamos até ousar dizer “do tempo em que a vida era fácil”, não porque haja neste Vale de Lágrimas algum rincão que possamos chamar de “fácil”, mas por mera comparação entre o verde e o roxo litúrgicos. Se fazemos penitência, teremos de fazer muito mais. Se rezamos, precisamos intensificar as nossas orações. Se são pesadas as nosses cruzes, teremos que subir o Calvário com cruzes ainda mais pesadas. Com a Quaresma em perspectiva, é aceitável chamar o tempo comum de vida fácil. A vida fácil que está se acabando, porque a Quaresma está às portas! Como tratar isso com indiferença? Como não se despedir dela?

E, não por coincidência, estes últimos dias antes das cinzas da Quarta-Feira são exatamente os dias do carnaval. Os últimos dias sem jejum e sem abstinência, os últimos dias antes de iniciarmos os nossos quarenta dias de deserto, de penitência… É razoável condenar esta necessidade humana de se despedir dos tempos de alegria quando se sabe que há sofrimentos adiante? Ontem eu falava da alegria que é, em si, uma coisa boa. Estes tempos do carnaval têm, no entanto, outro aspecto perfeitamento lícito que vem somar-se à própria alegria: a despedida. A Quaresma está adiante; e, se vamos enfrentá-la de cabeça erguida, não haveremos de baixá-la agora, como se nos envergonhássemos da alegria presente. Adiante está o tempo de chorar; agora, estamos no tempo de rir e, portanto, vamos rir.

É fato que as festas carnavalescas que vemos na televisão ou nas nossas ruas têm pouco ou nada a ver com uma despedida razoável dos prazeres lícitos dos quais nos iremos privar durante a Quaresma. Mas a deturpação destes dias não os transforma em dias “intrinsecamente maus”. Sobre a má festa, no entanto, falaremos com mais vagar em outra oportunidade.

Carnaval I

Hoje começa o carnaval, festa pagã onde as pessoas cometem os maiores excessos e imoralidades. A frase provavelmente já foi repetida incontáveis vezes, sem que no entanto pareça surtir qualquer efeito: todo ano são os mesmos dias de folia, e todo ano é a mesma coisa: embriaguez e violência, adultério e fornicação, acidentes e problemas de saúde. Todo ano, o saldo do carnaval é extremamente negativo e, no entanto, todo ano ele se repete! Como é possível tão estranho fenômeno? Como é possível que algo seja indiscutivelmente uma desgraça e, mesmo assim, todo ano atraia multidões para sofrer as mesmas tristes conseqüências que estamos já tão cansados de saber?

Há toda uma mitologia em relação ao carnaval que precisa ser desfeita. O primeiro (e, a meu ver, mais grave) aspecto que precisa ser desmentido é o seguinte: não é verdade que o carnaval seja uma completa desgraça. É óbvio que não é verdade; se o carnaval fosse tão ruim quanto ouvimos dizer, as pessoas simplesmente não iriam às ruas para brincá-lo. E, como canta um frevo daqui de Olinda, “se o povo não saísse / não havia carnaval” – incontestável verdade. Sem foliões não haveria festa; e a primeira coisa que se precisa ter em mente ao se analisar o carnaval é justamente que ele é uma coisa boa.

Claro que ele é uma coisa boa. O pecado é uma coisa boa porque, se não fosse, ninguém pecaria. Naturalmente, as expressões estão aqui empregadas em sentido relativo: “boa”, digo, por ser aprazível. Praticamente todo pecado é a opção por um bem menor em detrimento de um bem maior: assim, um adúltero põe o prazer venéreo acima da fidelidade conjugal, um ladrão põe o seu desejo por um bem qualquer acima do direito de posse do legítimo detentor daquele bem, etc. Seriam raríssimos (e dotados de uma malícia que eu diria patológica) os pecados nos quais o pecador que os cometesse não identificasse o ato realizado com um bem de nenhuma espécie. Peca-se, via de regra, porque se coloca um bem menor acima de um maior, um bem relativo acima do Bem Absoluto que é Deus.

Por que não dão certo as estratégias de se acabar com as imoralidades carnavalescas por meio da identificação pura e simples do carnaval com uma coisa maligna da qual se deva fugir como o diabo foge da cruz? Oras, simplesmente porque isso é anti-natural. As pessoas sabem, intuitivamente, que a alegria é uma coisa boa. Ninguém procura fazer com que um adúltero abandone a sua vida de adultério propondo-lhe o celibato, e ninguém procura fazer com que um ladrão abandone os seus desejos pelos bens alheios propondo-lhe uma vida de pobreza franciscana. Por que motivo, então, deveríamos propôr como única alternativa aos que brincam carnaval o isolamento, a fuga de toda festa, a antecipação da Quarta-Feira de Cinzas e alguns dias de intensas oração e penitência como aqueles aos quais os cristãos são chamados depois dos dias do reinado de Momo?

É óbvio que eu não condeno a mortificação durante o carnaval, como é óbvio que eu também não condeno o celibato ou a pobreza franciscana. Sei, no entanto, que nem o celibato nem a pobreza são para todos indistintamente; por qual motivo, então, o sacrifício completo da alegria nos dias anteriores à Quaresma o seria? Este radicalismo me parece absurdo e fadado ao fracasso. Um excesso oposto também é um excesso e, ainda que possa ser virtuoso, não tem (e não pode ter) aplicação ordinária justamente por ser excesso. Demonizar completamente a idéia de que é possível alegrar-se e divertir-se nos dias do carnaval é a melhor maneira de afastar as pessoas da Igreja e perdê-las para as imoralidades carnavalescas.

Durante os próximos dias de carnaval, irei publicar outros textos correlatos.

Red Baloon

O vídeo é caricato, mas é bem legal. As discussões começam sobre a cor do balão, e chegam ao sujeito que diz não haver balão algum. Só senti falta de alguém dizendo algo como “não, não é um balão, é um hipopótamo”…

Já se disse anteriormente que é óbvio que a verdade existe, uma vez que, se a verdade não existisse, seria verdade que a verdade não existiria. Dizer, portanto, “a verdade existe” é fazer uma dessas afirmações que são auto-evidentes. É incrível que haja, nos dias de hoje, quem tenha a ousadia de levantar opiniões tão patentemente absurdas e – pior! – de exigir que lhes concedamos a mesma seriedade com a qual tratamos as coisas que fazem sentido nesta vida.

E, por favor, não percam meu tempo com daltonismos, teorias das cores, questiúnculas terminológicas ou coisa que o valha. Quem adentrar nesta seara é porque não entendeu um vídeo tão simples como esse – de modo que eu só posso recomendar que o assista de novo, e ainda mais uma vez se for assim necessário. A verdade – como a cor do balão – é objetiva, e depende dela somente, e não de quem a percebe ou deixa de perceber. E independe completamente de quem acredita nela ou de quem, nela, deixa de acreditar.

Parlamentares comprometem-se a lutar contra o aborto

[Publico, na íntegra, notícia conforme recebi por email do “Comitê Pernambucano da Cidadania Pela Vida – Brasil sem Aborto”. É um bálsamo, uma lufada de ar fresco, um oásis neste deserto de imoralidade que é o século XXI. Em tempos como este no qual vivemos, os nomes dos parlamentares presentes a este evento merecem (aliás, devem) ser registrados.

Mundo afora, enquanto o Papa pede “aos médicos para proteger as mulheres do pensamento de que o aborto pode ser uma solução para dificuldades sociais, financeiras ou problemas de saúde”, o Royal College of Obstetricians and Gynaecologists britânico recomenda dizer às mulheres que “abortar é mais seguro do que ter um filho”. Também enquanto isso, um anúncio sobre aborto em mulheres negras gera polêmica nos Estados Unidos e, aqui em Recife, um homem encontra fetos jogados num saco de lixo. A situação é realmente desesperadora. Que Deus tenha misericórdia de nós todos, e a Virgem Santíssima seja o nosso auxílio neste combate.]

Parlamentares pró-vida comprometem-se a dar continuidade a luta contra a legalização do aborto no Brasil

O Movimento Nacional da Cidadania pela Vida (Brasil Sem Aborto) promoveu, nesta quarta-feira, 2 de março, um café da manhã na Câmara dos Deputados, para apresentar as atividades do movimento em defesa da vida, e partilhar com os deputados federais iniciativas e propostas de ação legislativa em 2011.

O evento foi aberto pela Dra. Lenise Garcia (Presidente do Movimento Nacional pela Cidadania Brasil Sem Aborto), que fez uma síntese da história do Brasil Sem Aborto, e das conquistas obtidas pelo movimento, especialmente na rejeição do PL 1135/91, que visava despenalizar o aborto no Brasil.  Representaram o Movimento Brasil Sem Aborto, além da presidente, Jaime ferreira Lopes (vice-presidente), Luis Eduardo Girão (Secretário Nacional de Finanças) e Prof. Hermes Rodrigues Nery (Secretário-Geral).

Participaram os seguintes deputados federais; Alberto Filho (PMDB/MA), Salvador Zimbaldi (PDT/SP), Áureo Lírio (PRTB/RJ), João Campos-PSDB/GO, Gonzaga Patriota-PSB/PE, Pe. José Linhares (PR/CE), Roberto de Lucena (PV/SP), Jorge Tadeu Mudallen (DEM/SP), Manato (PDT/ES), Solange Almeida (PMDB/RJ) Ronaldo Fonseca (PR/DF) e Eros Biondini (PTB/MG). Estiveram presentes deputados das regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste.

O deputado Salvador Zimbaldi, que deverá presidir a Frente Parlamentar Mista  em Defesa da Vida, destacou a importância da mobilização popular, tendo em vista que 82º da população, segundo o DataFolha, é pela vida, contra o aborto.  Para Zimbaldi este evento possibilitou o pré-lançamento desta Frente que existe desde 2005 por iniciativa do ex-deputado Luiz Bassuma que a presidiu por 5 anos. Todos os parlamentares presentes fizeram uso da palavra ressaltando a importância da unidade no trabalho em prol da vida do nascituro no âmbito do Congresso Nacional. Já o deputado Áureo Lírio do Rio de Janeiro que deverá ser o 1º Vice-Presidente da Frente afirmou que está totalmente comprometido com a luta contra o aborto, portanto, contra a sua legalização em nosso país.

O deputado federal Alberto Filho-PMDB/MA, em sua fala, fez questão de acentuar que não basta apenas ser contra o aborto, faz-se necessário ter uma militância por esta causa, trabalhando para que políticas públicas de amparo à maternidade sejam efetivamente concretizadas pelo Estado brasileiro, em todos os âmbitos de governo. Enfatizou ainda que o seu primeiro mandato na Câmara dos Deputados está inteiramente à disposição da luta contra a legalização do aborto e que, pessoalmente, estará engajado nas atividades em prol da defesa da vida no âmbito do Congresso Nacional. Este deputado maranhense será o Secretário Executivo desta Frente Parlamentar.

Outros deputados também se manifestaram para apoiar a iniciativa de retomada da Frente Parlamentar em defesa da vida como Deputado João Campos, Presidente da Frente Parlamentar Evangélica, Deputado Pe. José Linhares, organizador da Frente Parlamentar Católica e os deputados Eros Biondini, Ronaldo Fonseca. A deputada Solange Almeida, de maneira emocionada, afirmou ter aprendido muito na legislatura passada com a experiência da luta contra a legalização do aborto e aprovação do  seu Substitutivo ao projeto de lei que trata do Estatuto do Nascituro e conclamou os parlamentares presentes a continuarem firmes na luta em defesa da vida.

Após o café da manhã, a diretoria do Brasil Sem Aborto acompanhou a instalação das Comissões de Seguridade Social e Família, e a Comissão de Constituição e Justiça.

No próximo dia 27 de abril ocorrerá o 4º encontro de legisladores e governantes pela vida, também na Câmara dos Deputados, evento que tradicionalmente é promovido pela Frente Parlamentar em Defesa da Vida – Contra o Aborto. Este evento deverá reunir vereadores, prefeitos e vice-prefeitos, deputados estaduais, federais e senadores, bem como governadores de Estado.

Eu, “um dos piores bloggeiros da rede”

Por ocasião do meu texto sobre o garoto que foi suspenso em uma escola americana por usar um terço que eu publiquei aqui ontem, tive a oportunidade de participar de um nada educado bate-boca no wall do Facebook de um amigo. Mas não posso dizer que não tenha tido lá o seu quê de divertido. A figura abaixo mostra, em ordem cronológica, os sucessivos comentários (somente a partir do ponto em que, a meu ver, ficou mais interessante o “barraco” – para o espetáculo completo, verifiquem o link supra [p.s.: removido, para evitar susceptibilidades desnecessárias]). Cliquem para ampliar.

Trago o espécimen aqui somente à guisa de exemplo das besteiras que eu às vezes tenho que aturar. Não vou dissecar o comentário (tarefa aliás bastante fácil), porque eu realmente acho que já perdi muito tempo com o auto-intitulado “um dos melhores alunos da cadeira [de Filosofia] do estado do Rio de Janeiro” (que não entende o que é uma Petitio Principii e cujo “modus definendi” é incapaz de distinguir entre Aristóteles e os sofistas). Quero, na verdade, falar sobre uma outra coisa.

Eu sou um dos piores blogueiros da rede! Isto, em muitos aspectos, é uma verdade que confesso envergonhado. Possuo inumeráveis defeitos: sou preguiçoso, sou desorganizado, tenho enormes dificuldades em gerenciar o meu tempo e estabelecer prioridades, perco muito tempo com coisas fúteis, tenho a péssima mania de conceber projetos e assumir responsabilidades que, depois, não consigo cumprir, abandono as coisas pela metade, sou desleixado, escrevo por vezes com muita pressa (e, às vezes, nem sequer escrevo), não estudo as coisas com o afinco que deveria… et cetera, et cetera. Esta lista poderia muito bem ser expandida e, quem me conhece pessoalmente, sabe que não existe nela sombra de falsa humildade.

No entanto, a despeito de tudo isso, eu sei que o Deus lo Vult! não é um dos piores blogs da rede. Poderia ser muito melhor, é verdade… mas, afinal, o quê não o poderia? E é graças a esta santa “puxada de orelhas” que recebi (embora por vias tão adversas) no Facebook que eu vou fazer, a partir de agora, duas coisas.

1. Esforçar-me mais e com mais empenho para, com a graça de Deus, ser menos pior. Lutar com mais afinco para corrigir os meus muitos defeitos, tendo em vista especificamente este apostolado virtual que eu mantenho já há algum tempo. Lutar mais – e rezar mais – para desempenhar melhor este pequeno papel que a Providência me deu a graça de desempenhar. Aproveito para pedir aos que por aqui passarem orações por este pecador miserável que ora lhes escreve.

2. Ouvir sugestões e críticas sobre o que poderia ser feito para melhorar o Deus lo Vult!. Peço que as façam, da maneira mais sincera possível (façam-na no anonimato, caso assim se sintam mais à vontade) – não prometo fazê-las todas, óbvio, mas prometo lê-las e considerá-las com carinho, à luz do ponto anterior. Falem sobre absolutamente qualquer coisa que gostariam, por absurda e fora do padrão do blog que ela seja. Não é possível que nós não consigamos encontrar, com tantas cabeças pensando, formas novas e/ou melhores de fazer o que eu faço aqui.

E… é isso. Com a palavra, vocês.