Alvíssaras! Agora o Governo não vai precisar gastar com as crianças que não virão!

O Brasil é um país gravemente doente: este é o resultado que salta aos olhos quando se lê a apresentação dos resultados preliminares do Censo 2010 do IBGE. E a prova cabal desta doença está exposta no próprio texto, em letras capitais sem que contudo se dê maior atenção ao fato: «Taxa de fecundidade chega a 1,86 filho por mulher; em 2000 era de 2,38 filhos». Abaixo, a tabela:

A média nacional está abaixo da taxa de reposição populacional (de 2,1 filhos por mulher), assim como quase todas as médias regionais (à única exceção da região Norte – que é a mais alta – com 2,42). A região Sudeste chega a incríveis 1,66 filhos por mulher, colocando-se assim bem próxima às taxas mais críticas dos mais problemáticos países europeus (problema, aliás, que é reconhecido até mesmo pelos ateus, embora estes não dêem o braço a torcer quanto às suas causas).

Mas o mais incrível de tudo foi ouvir hoje na CBN o Gilberto Dimenstein falando que isto é uma coisa muito boa, muito legal e muito importante porque… agora  “fica mais fácil” pro Governo, que “não precisa construir tanta creche, não precisa construir tanta escola”! Sim, senhoras e senhores, as aspas são literais, e o comentarista da CBN saúda o suicídio demográfico do Brasil porque agora o Governo não vai precisar gastar tanto com as crianças que não virão!

Com relação aos graves problemas que vêm com as pirâmides etárias invertidas, o Dimenstein é perfeitamente lacônico: lá pelos 1m50s, ele fala que “ainda num vamo pegar o rolo de ter muita população na chamada terceira idade” (!). E pronto. Resta explicar por qual miraculoso motivo nós não iríamos pegar este “rolo”, se estamos caminhando cada vez mais rápido para ele (afinal, a variação da taxa de natalidade na última década foi de mais de 20% para baixo) e isto sim é matemática básica. Ora, ter uma taxa de natalidade inferior à de reposição (que é o caso do Brasil) significa exatamente que mais pessoas morrem do que nascem, que mais pessoas saem do mercado de trabalho do que nele entram, que cada vez mais pessoas precisam ser sustentadas por cada vez menos pessoas: e este é exatamente o “rolo” que o Dimenstein (contra toda a lógica mais elementar) diz que nós “num vamo pegar” – com a mesma simploriedade com a qual um cego caminhando em direção a um precipício dá graças a Deus porque “ainda” não vai cair nele.

Eu não sei se isto é uma crença irracional no progresso (por achar que, no futuro, estes problemas vão simplesmente “se resolver” sozinhos), se é um otimismo completamente irreal (como se, depois, fosse só dizer às pessoas “tenham filhos!” para que as taxas de natalidade se equilibrem automaticamente) ou se é, simplesmente, uma irresponsabilidade para com o futuro. Sei que é sintomático que a imprensa formadora de opinião deste país saúde com alvíssaras as notícias que prenunciam o declínio da civilização, o inverno demográfico, a crise à mostra adiante em direção à qual se caminha a passos largos e sorridentes. É sintomático e é deprimente.

Escândalo da Canção Nova atinge os comentaristas políticos: proteste junto a Dom Beni!

Sobre o mais recente escândalo envolvendo a Canção Nova e o programa concedido por esta emissora católica ao deputado petista Edinho Silva, presidente do PT-SP e defensor entusiasta da apreensão ilegal dos panfletos da CNBB Sul 1 nas eleições presidenciais do ano passado, o Reinaldo Azevedo também comentou. Duas vezes.

Primeiro aqui e depois aqui. Neste último texto, o Reinaldo é taxativo:

Não, senhores! Algo não vai bem no comando da Canção Nova no que diz respeito à doutrina. Parece que os dirigentes da comunidade estão perigosamente perto do poder terreno e um tanto mais distantes do poder de Deus — E ISSO NADA TEM A VER COM OS FIÉIS, JÁ QUE A VERDADEIRA IGREJA É O REBANHO. Homens podem se desvirtuar, todos sabemos disso. Chalita também estava na estréia de Edinho. Parece-me que está em curso uma tentativa de instrumentalizar a fé em favor de uma escolha político-eleitoral.

De fato, algo não vai bem na Canção Nova, e não é de hoje. O articulista da Veja está certíssimo – e não se trata de ser profeta ou vidente, mas apenas de analisar os fatos tais como eles se apresentam e tirar deles as suas conseqüências imediatas. O escândalo é tão grande que atingiu até mesmo as colunas não-religiosas de comentaristas políticos. Só a Canção Nova que não vê, não quer ver ou finge que não vê.

A charge é da autoria do Emerson de Oliveira e retrata bem a situação: uma emissora católica dando voz a um representante de um partido assassino e anti-católico, perseguidor manifesto da Igreja de Cristo.

Não adianta, portanto, protestar junto à direção da Canção Nova: aqui só resta bater a poeira dos calçados e seguir adiante. Adianta, talvez, suplicar ao Bispo de Lorena, Dom Benedito Beni, que intervenha junto à emissora para fazer cessar esta infâmia. Peço, portanto, aos que passarem por aqui e estiverem justamente indignados com esta palhaçada toda, que as reclamações sobre este fato lamentável sejam encaminhadas diretamente a Dom Beni, de forma educada e polida, suplicando-lhe que faça alguma coisa. Os emails de Sua Excelência são dombeni@mitralorena.com.br [p.s.: este primeiro não está funcionando] e dbbsantos@uol.com.br.

E rezemos, para que o Senhor tenha misericórdia de nós e não permita que a iniqüidade dos inimigos da Igreja possa ser glorificada pela Canção Nova. Que a sujeira partidária petista não emporcalhe os nossos meios de comunicação “em nome de Deus”. Que o escândalo não seja mais tolerado. Exsurge, Domine, não tardeis.

Reta final: Prêmio Top Blog 2011

Esta é a última semana de votação do prêmio Top Blog 2011. As eleições vão até o próximo dia 22 de novembro, terça-feira de hoje a oito. Como eu já disse aqui, o regulamento estabelece que «[o] período de votação do SEGUNDO TURNO pelo Júri Popular (Internauta) e avaliação pelo Júri Acadêmico é do dia 22/10/2011, às 02:00am até 22/11/2011, às 11:55pm horário de Brasília».

Estamos na reta final e, se antes os votos eram muitíssimo bem-vindos, agora eles são fundamentais. Clique aqui (ou no banner do prêmio ao lado; se alguém tiver dificuldades, vejam aqui um passo-a-passo) para votar neste blog e contribuir com a divulgação deste trabalho. Divulgue também o link curto de votação, para facilitar:

bit.ly/votedeuslovult

Atenção! Neste segundo turno os votos são zerados e, portanto, quem só votou no primeiro turno (antes do dia 22 de outubro) precisa votar novamente para que o seu voto seja contabilizado. Não leva nem um minuto. Atenção, também! Os votos são permitidos por email e por perfil de Twitter; quem tiver Twitter e email (ou mais de um endereço de email), pode votar com todos eles.

A figura acima mostra o Top-30, divulgado toda semana. Esta é a terceira e última divulgação antes do resultado do prêmio; nas duas outras, o Deus lo Vult! também esteve presente. Agradeço imensamente pelo reconhecimento dos meus leitores! Falta só mais uma semana. Permanece mais do que nunca válido o que eu disse anteriormente:

Se você já votou, vote de novo. Se já votou de novo, chame um amigo, um vizinho, um parente, quem seja!, para votar também. Se você não votou ainda… o que está esperando? Basta clicar aqui ou no banner da barra lateral.

Apenas mais uma semana! Vote e divulgue; o Deus lo Vult! agradece.

Não deixem também de votar no Tubo de Ensaio, do Marcio Campos, que está concorrendo na categoria Religião/Profissional e também tem marcado presença nos últimos Top-30 divulgados. O Deus lo Vult! concorre em Religião/Pessoal e, portanto, é possível fazer uma dobradinha premiando ambos os blogs, que não são concorrentes diretos. Para votar no Tubo de ensaio, clique aqui e não deixe também de divulgar o seguinte link curto:

bit.ly/votenotubo

Avante! Contamos com a sua colaboração. A blogosfera católica agradece.

Canção Nova, Edinho Silva, a mentira e os panfletos das eleições 2010

Quero escrever mais algumas linhas sobre o sr. Edinho Silva, o deputado gayzista e perseguidor da Igreja que ganhou recentemente um programa semanal na Canção Nova – em reconhecimento pelos bons serviços prestados, quiçá. Ontem o sr. deputado participou de um bate-boca no seu Twitter – @edinhosilva – com algumas pessoas que, justamente indignadas, cobravam um mínimo de coerência da Canção Nova e do parlamentar petista.

Abaixo um excerto da Timeline do sr. deputado. O blá-blá-blá dele se resume a repetir a meia-verdade (que, no contexto, é uma mentira completa) de que “Deus não exclui ninguém”, como se Nosso Senhor no Seu Trono de Glória estivesse obrigado a receber com beijinhos e abraços os sumo-sacerdotes dos judeus que O levaram à Crucificação.

Dizer que Deus não exclui ninguém significa que a nenhum pecador arrependido o Altíssimo nega o Seu perdão. Significa que as portas estão sempre abertas para os filhos pródigos que querem voltar. O Deus que não exclui ninguém permite que um perseguidor do calibre de um Saulo de Tarso transforme-se no Apóstolo São Paulo. Obviamente isto não significa que Pilatos, Anás e Caifás podem reivindicar um direito incondicional e inalienável de participarem das Bodas do Cordeiro, ou nem mesmo que São Pedro estivesse proibido de acusar os pérfidos judeus de terem crucificado a Cristo (cf. At 2, 36).

Isto, para qualquer pessoa que tenha a mais remota noção do Cristianismo, é básico; mas o sr. Edinho Silva parece estar realmente empenhado em propagar um “evangelho” que é o contrário mesmo d’Aquele que foi legado à humanidade pelo Filho de Deus. Na brilhante sabedoria teológica do sr. Edinho Silva, todo mundo pode apoiar qualquer barbaridade frontalmente contrária ao que prega a Igreja e, na verdade, os que denunciam esta hipocrisia e clamam por um mínimo de coerência e de respeito à palavra de Deus são os que estão contradizendo o Deus da Vida!

Mas a canalhice particularmente cretina surge quando este sujeito tem a cara-de-pau de, ao melhor estilo comunista, xingar os outros do que ele é e acusar os seus adversários daquilo que ele próprio faz. Lá pelas tantas, o sr. Edinho Silva tem a coragem de pronunciar a seguinte pérola twittesca:

Concedamos que não foi propriamente o sr. Edinho Silva, em seu próprio nome, quem abriu processo contra Dom Bergonzini. O processo 352620.2010.600.0000 tem como autores a sra. Dilma Vana Rousseff e a “Coligação para o Brasil seguir mudando” (PT/PMDB/PSB/PC do B/PDT/PR/PRB/PTN/PSC/PTC). No entanto, como já foi dito, o deputado petista era presidente do PT-SP à época do incidente e jamais escondeu o seu apoio entusiasta à palhaçada que foi feita contra o bispo de Guarulhos. Pode até não ter sido o autor material do processo, mas o apoiou pública e explicitamente.

No entanto, a confissão é interessante. Gente mentirosa não pode se intitular cristã, Edinho Silva? E o sr. se intitula cristão?

Folha de São Paulo, 06/10/2010, entrevista com o então presidente do PT-SP, o deputado Edinho Silva. A pergunta: como deve a campanha de Dilma lidar com o tema do aborto agora? A resposta (grifo meu):

Eu defendo que a gente enfrente isso de frente. Temos que tratar esse debate com muita transparência. A Dilma, em todas as manifestações dela, defende a vida. Se nós enfrentarmos a boataria e dialogarmos de forma franca com o eleitor, teremos sucesso. Até porque é fácil de debater, porque é uma mentira. O que está em disputa nessas eleições e nós temos que deixar isso claro, é que temos dois caminhos: um representa o Brasil que existia até 2002 e o eleitor conhece, e o outro é o pós-governo Lula.

Boataria, mentira? Os panfletos censurados pelo PT continham mentiras? Acaso é uma mentira o abortismo do PT? Acaso os vídeos da sra. Rousseff dizendo que o aborto deve ser tratado como uma questão de saúde pública (o que – como todo mundo sabe – significa que ele deveria deixar de ser crime para ser uma exigência de saúde) são mentiras? Acaso a sra. Rousseff afirmando textualmente em uma sabatina da Folha (tem até vídeo!) que “Hoje, no Brasil, (…) é um absurdo que não haja a descriminalização [do aborto]” é mentira? Acaso é mentirosa a camaleônica lista de declarações da sra. Rousseff sobre o aborto? Oras, sr. Edinho, mentiroso é o senhor! Como o sr. tem a cara-de-pau de chamar fatos públicos, notórios e amplamente divulgados pela imprensa de “boatos” e “mentiras”?

Alô, Canção Nova, vai continuar acobertando esta pouca-vergonha? O Edinho Silva diz que gente mentirosa não pode se intitular cristão. Mas o Edinho Silva mentiu escandalosamente à época das eleições presidenciais do ano passado, inclusive com grave prejuízo para o bispo de Guarulhos e o movimento pró-vida. Logo, o sr. Edinho Silva não pode se dizer cristão e, por conseguinte, não pode ter um programa na Canção Nova. Senão a Canção Nova vai estar compactuando com esta farsa e fazendo os seus telespectadores acreditarem que um notório gayzista e perseguidor da Igreja é, na verdade, um bom católico. Canção Nova, não permita este deboche ao Catolicismo. Apague a vela de Satanás. Sirva somente a Deus.

Ministério da Cultura Gay

mais de quatro meses atrás (em junho último) a Parada Gay de São Paulo debochou da Fé de milhões de cidadãos brasileiros ao colocar na avenida imagens de santos católicos retratados como homossexuais, em óbvia atitude de escárnio para com a religião da maioria do povo do Brasil. Na época, entre diversos protestos, uma amiga daqui de Recife escreveu à ouvidoria do Ministério da Cultura. Hoje, mais de quatro meses depois, veio a resposta. Reproduzo-a abaixo, na íntegra:

Ministério da Cultura – Ouvidoria

Resposta à Mensagem 15106

Sra. Tamyres Chalegre

Boa Tarde!

Primeiramente perdoe-nos pela demora em responder-lhe. Queira acreditar que tal fato constitui exceção ao padrão de atendimento que o Ministério da Cultura pretende oferecer aos cidadãos.

Consultada a Secretaria de Diversidade Cultural em 01/07/11, informamos:

“O Ministério da Cultura tem, desde 2003, buscado atuar em consonância com a Declaração Universal da UNESCO sobre Diversidade Cultural do ano de 2001 e em observância à Convenção sobre a Proteção e Promoção da Diversidade das Expressões Culturais, adotada pela Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – UNESCO, em outubro de 2005 e ratificada pelo Congresso Nacional em dezembro de 2006.

Segundo tal Convenção, a diversidade cultural só pode ser protegida e promovida  se os direitos humanos e as liberdades fundamentais tais como a liberdade de expressão, de informação e de comunicação, bem como a possibilidade para os indivíduos de escolher as expressões culturais, forem assegurados. As disposições da presente Convenção não poderão ser invocadas em prejuízo dos direitos humanos e das liberdades fundamentais tais como consagrados pela Declaração Universal dos Direitos do Homem ou garantidos pelo direito internacional, ou para restringir seu alcance.

Nesse sentido, visando a atender ao disposto na Convenção acima mencionada  e também ao programa Brasil Sem Homofobia é que norteamos as ações que fazem parte do Programa de Fomento e Apoio Projetos de combate à homofobia, criado no âmbito da SID, o qual busca estar em consonância com  a oitava ação do Programa Brasil sem Homofobia, cujo titulo é: “Direito à Cultura:  construindo uma política de cultura de paz e valores de promoção da diversidade humana”, que, abrangendo tanto a dimensão dos direitos culturais quanto a dos direitos sociais, propõe, entre outras: “apoiar a produção de bens culturais e eventos de visibilidade massiva e afirmação de orientação sexual”.

Baseado na Convenção (em observância principalmente aos seus artigos 1º; 2º, 7º e 11º ), no Programa Brasil sem Homofobia e tendo avaliado os  contextos históricos e as manifestações culturais LGTB através dos relatos e das demandas do Grupo de Trabalho de Promoção da Cidadania GLTB  – criado em 2004 e ampliado em 2008 -, o Ministério da Cultura reuniu propostas para balizar as ações da instituição.

Sendo assim, O MinC tem apoiado,  desde 2005, projetos culturais de combate à homofobia e de visibilidade do segmento LGBT. Os projetos apoiados pelo MinC incluem em suas estratégias de ação manifestações reconhecidamente culturais como, por exemplo: ensaios fotográficos, ciclos de debates, mostra de filmes, peças de teatro, produção de documentários e eventos do tipo “Paradas de Orgulho LGBT” que, no  nosso entendimento se configuram como expressão singular  e perfeitamente reconhecível como evento periódico e de criação coletiva e popular, inclusive com incorporação de elementos da cultura universal e brasileira, contribuindo dessa forma para a promoção da diversidade cultural brasileira.

Esperamos, dessa forma, contribuir para a promoção de uma cultura de paz onde o direito à livre orientação sexual e à cidadania cultural sejam plenamente respeitados e garantidos.  Não se trata, portanto, de privilegiar nenhum segmento e sim de promover direitos humanos de cidadãos que historicamente vem sendo alvo de preconceito e violência física e psicológica.

Sendo o Ministério da Cultura parte da estrutura de um Estado Laico, não se envolve com questões de cunho religioso. Pedimos que se dirijam diretamente aos organizadores da Parada do orgulho LGBT de São Paulo, uma vez que o nosso único objetivo ao apoiar o evento foi o de promover a cidadania do segmento LGBT.”

Atenciosamente,

Fale com a Cultura
Esplanada dos Ministérios, Bloco B, Térreo

Horário: segunda à sexta, das 9h às 17h
Telefones: (61) 2024-2077 / 2024-2097 / 2024-2239
(61) 2024-2118 / 2024-2314 / 2024-2146 / 2024-2249

Este é um e-mail automático. Por favor, não responda.

Resumo da ópera:

1. O Ministério da Cultura tem uma ouvidoria “pra inglês ver”, porque é evidente que um órgão cujo canal oficial de comunicação dá uma resposta depois de transcorrido um terço de ano da consulta inicial não está nem um pouco preocupado em oferecer satisfação alguma para as pessoas que entrem em contato com ele.

2. O Ministério da Cultura está igualmente pouco se lixando para as manifestações ofensivas com relação às quais foi questionado porque, para ele, o que importa é assegurar «a liberdade de expressão, de informação e de comunicação, bem como a possibilidade para os indivíduos de escolher as expressões culturais». Mesmo que estas “expressões culturais” em questão sejam um deboche puro e simples da religião católica.

3. Mais: para o Ministério da Cultura, agredir a religião da maioria do povo brasileiro parece ser uma forma plenamente legítima «para a promoção da diversidade cultural brasileira».

4. Para o Ministério da Cultura, «ensaios fotográficos [gays], ciclos de debates [gays], mostra de filmes [gays], peças de teatro [gays], produção de documentários [gays] e eventos do tipo “Paradas de Orgulho LGBT”» são indiscutivelmente «manifestações reconhecidamente culturais», merecedoras por isso do apoio (financeiro inclusive, às custas dos impostos dos brasileiros) entusiasta do Ministério.

5. Quando se aponta a óbvia contradição entre os elevados princípios morais apregoados pelo Ministério [p.ex., a promoção dos «direitos humanos de cidadãos que historicamente vem sendo alvo de preconceito e violência física e psicológica»] e a zombaria baixa e vulgar realizada pelos sodomitas em São Paulo (o que, aliás, constituiu o motivo da consulta), o Ministério tira o corpo fora: «Pedimos que se dirijam diretamente aos organizadores da Parada do orgulho LGBT de São Paulo».

Eis, portanto, o que podemos esperar dos poderes constituídos do Brasil. Eis aí como os nossos governantes nos tratam! Eis o que recebemos dos canais institucionais de participação cidadã. Eis o retrato do governo brasileiro.

Mais uma vela para o demônio (Canção Nova dá programa a inimigo da Igreja)

Eu ano passado cheguei a defender abertamente um boicote explícito à Canção Nova. Na ocasião, a pusilânime emissora havia censurado o corajoso discurso do pe. José Augusto contra o abortismo do PT: para vergonha desta Terra de Santa Cruz, a maior emissora “católica” do país veio pedir desculpas e dizer que não endossava as palavras proféticas do reverendíssimo sacerdote. Uma emissora que cala a palavra de Deus não se pode pretender católica e não merece receber apoio algum dos católicos verdadeiros que tratam a sua Fé com a seriedade exigida.

Hoje, dando continuidade aos escândalos e fazendo mais um agrado a Satanás (que zomba e ri dos católicos graças à Canção Nova), a emissora tem a coragem de lançar um programa com um deputado petista, gayzista e perseguidor manifesto da Igreja! Remeto ao Fratres in Unum para a leitura completa da denúncia. Mas cito aqui os dois principais pontos:

1. «O Partido dos Trabalhadores de Araraquara realizou no último final de semana seu 1º Encontro LGBT. […] O presidente do Diretório Estadual, Edinho Silva, enviou uma saudação aos presentes e reiterou o apoio do Partido nos debates envolvendo o movimento.» (site oficial do Deputado Estadual Edinho Silva)

2.1. «Uma gráfica no bairro do Cambuci, região sudeste da capital paulista, estava imprimindo, na manhã deste sábado, panfletos com um texto de um braço da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) contra o PT e a presidenciável Dilma Rousseff. […] Segundo o presidente do PT paulista, Edinho Silva, os advogados da campanha irão à Justiça Eleitoral para impedir a continuidade da impressão.» (Folha de São Paulo, 16/10/2010)

2.2. «O presidente estadual do PT, deputado Edinho Silva, contou como o partido descobriu os milhões de panfletos. Segundo ele, um cidadão foi encomendar um serviço da gráfica, viu os panfletos e resolveu denunciar. Ele telefonou no sábado para o secretário de comunicação do partido e, como o diretório estadual estava reunido, foi possível fazer a mobilização. “Queria parabenizar esse cidadão que não se silenciou diante de uma situação que enfraquece a democracia e desrespeita o povo brasileiro. Quero também reconhecer a determinação da militância que montou uma verdadeira vigília na gráfica para resguardar os panfletos até a chegada da Polícia Federal”.» (site oficial do Edinho Silva, 19/10/2010)

2.3. «Em coletiva, lideranças petistas falam sobre denúncias que mostram a ligação entre a Gráfica Pana que imprimiu mais de 1 milhão de panfletos ilegais, fazendo ataques ao PT e à Dilma, com o PSDB» (foto do Edinho Silva na citada coletiva de imprensa)

Não se trata, portanto, de um simples “deslize”, de um engano justificável, de uma falha normal que todas as pessoas (e portanto também as emissoras) podem inocentemente cometer, ou nem mesmo de um pecado passado já arrependido e pelo qual se faz penitência. Nada disso. Trata-se de uma orientação sistemática para o mal, de uma política durável de militância contra a Igreja por parte da emissora – ao mesmo tempo em que posa de católica e, diabolicamente, no meio de uma programação mais ou menos católica (dentre a qual, justiça seja feita, é possível encontrar materiais excelentes), dá vez e voz a declarados inimigos de Cristo. Isto porventura vai ficar assim? Não está mais do que na hora de alguém – nem que sejam os colaboradores da Canção Nova – exigir um pingo de coerência da emissora? Não está mais do que na hora das pessoas dizerem à Canção Nova que ela não pode continuar acendendo uma vela para Deus e outra pro Demônio?

A ideologia gay e os fatos sobre os homossexuais

Leio sobre o britânico que “virou gay” após um derrame. O testemunho dele é no mínimo curioso: ele caiu, quebrou o pescoço, teve um derrame e, quando acordou, era gay: «quando ganhei consciência, eu imediatamente me senti diferente. Eu não estava mais interessado em mulheres. Eu era definitivamente gay. Eu nunca tinha sentido atração por homens antes – eu nunca tive nem amigos gays.»

O caso dele é politicamente incorreto e, devido ao patrulhamento da Gaystapo, perguntar é incômodo. Mas eu não consigo ver como possa ser honestamente possível furtar-se aos questionamentos: se crianças com tendências homossexuais são com freqüência apresentadas como argumento a favor da tese de que [todos] os homossexuais “nascem assim”, por qual motivo o homossexualismo surgido após um trauma neurológico não serve nem mesmo para insinuar que, talvez, alguns casos sejam [patologicamente] adquiridos? E, avançando ainda mais na inconveniência das perguntas: se for verdade que tais tendências podem ser adquiridas, por qual motivo a recíproca não é também igualmente verdadeira e, portanto, elas não poderiam ser “desadquiridas”?

A Doutrina Católica não tem nenhum problema com a gênese psíquica do homossexualismo. É perfeitamente possível dizer, p.ex., que certas pessoas nascem com memória ruim e outras ficam com a memória ruim após tomarem certos tipos de medicamentos. É facto que certas pessoas nascem com os membros faltantes e, outras, perdem em acidentes os membros com os quais nasceram. Isto a rigor não significa absolutamente nada: a forma como as pessoas nascem ou deixam de nascer não é, de per si, demonstração irrefutável de que tal ou qual característica é uma qualidade e não um defeito. Aplicando este princípio ao homossexualismo, temos uma resposta bastante simples à questão (que, não obstante, o Movimento Gay empenha-se por obscurecer): os actos homossexuais são intrinsecamente desordenados, independente de se os gays nascem assim ou assim se fazem ao longo da vida.

A questão da gênese psíquica homossexual (e a questão conexa da sua reversibilidade), portanto, é totalmente irrelevante para a sua condenação moral (tanto do ponto de vista da Moral Católica como também da Lei Natural). Mas tem um interesse capital para as pessoas que sofrem com tais tendências, porque a resposta a tais questões determina se é possível a estes filhos de Deus conseguirem um bálsamo que alivie a pesada cruz lançada sobre os seus ombros ou se, ao contrário, eles devem se preparar para resistir às tentações da carne sem outro remédio que não os espirituais. É bastante óbvio que tais remédios são absolutamente suficientes para que qualquer pessoa vença as suas más inclinações e adquira a santidade; no entanto, se é possível à razão humana oferecer algum conforto a estas pessoas que sofrem com tendências sexuais profundamente arraigadas, nada justifica que uma ideologia revolucionária e anti-natural os impeça de terem acesso aos benefícios que o engenho humano, em condições normais, seria capaz de oferecer.

À  santidade todos são chamados e para todos ela é possível. E o caminho da santidade é aquele traçado pela Lei de Deus – o qual a Igreja de Cristo, qual farol a iluminar os viajantes, tem a missão de indicar a todos os homens de todos os tempos. Os fatos contrários ao Gayzismo dominante deveriam ser suficientes para romper o muro de silêncio ideológico: pois os maiores prejudicados pela militância sodomita, nada surpreendentemente, são os próprios homossexuais.

20 and counting – sobre famílias numerosas e inverno demográfico

Linda foto! Em um mundo com 7 bilhões de pessoas, uma família assim é sinal de que podemos ter esperança em tempos melhores. Um sinal – em certo sentido profético – de que o mundo não enlouqueceu completamente. O egoísmo (mesmo o transvestido de “consciência social”) não tem a última palavra em uma unanimidade de bocas. Ao menos para a Família Duggar, é com evidente prazer que eles anunciam que agora é 20 & counting.

A foto é de G1. Que contraste com o que estamos acostumados a ver! No Congresso Pró-Vida, o Raymond de Souza explicava as conseqüências óbvias deste generalizado suicídio da natalidade que presenciamos: os europeus irão se tornar “minorias étnicas” em seus próprios países tomados por imigrantes (nas paróquias européias já há mais funerais do que batizados!), e os muçulmanos sabem tanto disso que já cantam vitória dizendo que dominarão o mundo pelo ventre de suas mulheres. O que os cruzados cristãos outrora impediram pela bravura, hoje a Europa sem Fé entrega de graça pela pusilanimidade dos seus “cidadãos modernos”. Os derrotados do passado são hoje vitoriosos! E, na excelente metáfora do Raymond, estamos presenciando atônitos o crepúsculo de uma civilização: quando o Sol do Cristianismo que iluminou as nações se põe, e a lua crescente se levanta nas trevas da noite.

Talvez não seja mais possível reverter o quadro europeu. Sem dúvidas é humanamente impossível fazê-lo; não obstante, precisamos lutar. Não dá para saber o que será do futuro: se por um milagre esta tendência vai se reverter, se o Brasil enviará missionários para (re)converter as terras das quais primeiramente recebemos a Fé ou se Nosso Senhor porá fim ao opróbrio com Sua vinda gloriosa. Não dá para saber e também não importa. Importa, contudo, manter firmes as posições corretas mesmo na contramão do mundo. Importa levantar bem alto o estandarte de Cristo, mesmo que em meio aos escombros nos quais a modernidade lançou o mundo – mesmo que ninguém pareça vê-lo ou com ele se importar. Importa não vacilar nem mesmo na Cruz. É a Deus a nossa fidelidade, e Ele saberá julgá-la bem.